Evangeliza - Bem-Aventuranças - O Sermão da Montanha
1.
2. A receita de Jesus para a verdadeira felicidade
Deus nos criou
para a felicidade.
O grande projeto
de Deus é que o
homem seja feliz.
3. “O crepúsculo descia num deslumbramento de ouro e brisas cariciosas. Ao longo de toda a
encosta, acotovelava-se a turba imensa. Muitas centenas de criaturas se aglomeravam ali, a fim
de ouvirem a palavra do Senhor, dentro da paisagem que se aureolava dos brilhos singulares de
todo o horizonte pincelado de luz. Eram velhinhos trêmulos, lavradores simples e generosos,
mulheres do povo agarradas aos filhinhos. Entre os mais fortes e sadios, viam-se cegos e crianças
doentes, homens maltrapilhos, exibindo as verminas que lhes corroíam as mãos e os pés. Todos se
comprimiam ofegantes. Ante os seus olhares felizes, a figura do Mestre surgiu na eminência
enfeitada de verdura, onde perpassavam brandamente os ventos amigos da tarde. [...], Jesus,
pela primeira vez, pregou as bem-aventuranças celestiais. Sua voz caía como bálsamo eterno,
sobre os corações desditosos.” (XAVIER, Francisco Cândido. Boa Nova. Pelo Espírito de Humberto
de Campos. Cap.11, pag. 58).
4. Após passar quase toda a noite em profunda meditação e em oração com o Deus-Pai, Jesus viu a
multidão ali presente na colina, os discípulos foram se aproximando, e o Mestre iluminado pela
Luz da Divindade falou:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o
mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa
recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.”
(Mateus, 5:3-12).
5. Ações humanas Recompensas divinas
Os pobres de espírito deles é o reino dos céus
Os que choram (os aflitos) serão consolados
Os brandos e pacíficos (os mansos) herdarão a terra
Os que tem fome e sede de justiça serão saciados
Os misericordiosos alcançarão a misericórdia
Os puros de coração verão a Deus
Os pacificadores serão chamados filhos de Deus
Os perseguidos por à amor e
justiça
deles é o reino dos céus
6. As Bem-Aventuranças, dentro do Sermão da
Montanha, não são somente ensinamentos, são
na verdade experiências íntimas da vida de Jesus.
Não é para ser lida e ouvida simplesmente. É
para ser sentida e refletida num profundo estado
de espiritualidade. Mahatma Gandhi disse: “Se
toda a literatura espiritual da Humanidade
perecesse, e só se salvasse o Sermão da
Montanha, nada estaria perdido”.
“O Sermão da Montanha é a mais notável
contribuição do pensamento em todas as épocas
da história para a plenitude humana.” (Divaldo
Pereira Franco).
7. Pobre de Espírito (rico em qualidades morais):
Confia em Deus;
Humildade e Simplicidade de coração;
Não se julga superior;
Não alimenta vaidades: não podemos chegar à Deus se
estamos cheios de nós mesmos, de vaidade, de egoísmo;
É obediente às Leis de Deus;
Tem coragem;
É sensível aos ensinos de Jesus;
Trabalha, partilha;
Agradece a Deus;
Maria era pobre em espírito. Na anunciação
se declara serva do Senhor; quando sabe que
Isabel precisa de ajuda, corre a socorrê-la...
O canto do “Magníficat” é o canto dos
verdadeiros pobres em espírito.
São Francisco de Assis
é um exemplo muito
especial de pobreza.
8. Os que choram (os aflitos):
Resignação (Resignados);
Paciência (Pacientes);
Sabem renunciar;
“Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” (Mateus, 5:4).
O Cristo Consolador
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu
fardo é leve.” (Mateus, 11:28 a 30).
9. Mansos:
Calmo, paciente, tranquilo;
Humilde;
Prudente;
Sabe perdoar;
Tem maturidade;
“Aprendei de mim que sou manso e
humilde de coração.” (Mateus, 11:29).
Mansidão de Maria
No “Magnificat” Maria proclama que Deus
exalta os humildes. Depois da adoração dos
pastores “conservava cuidadosamente estes
acontecimentos e os meditava em seu
coração.
10. Os tem fome e sede de justiça:
Justo;
Fidelidade e perseverança;
Confiança em Deus;
Fé – a virtude que nos liga a Deus; A oração é o veículo da Fé;
“Esquece todo o mal. A justiça é de Deus.” (Chico Xavier/Emmanuel).
"Não reclame das sombras, faça luz." (Chico Xavier).
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” (Mateus, 6:33).
“Tratai a todos como gostarias de ser tratado.” (Lucas ,10:27-28).
Ser saciado é a conquista
destes objetivos, é resultado
da busca e da prática do
bem, a evolução espiritual.
11. Os Misericordiosos:
Perdão das ofensas – Perdoa é superar o ressentimento; Perdoar é seguir além;
“Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.”
(Mateus, 18:21-22).
“Misericórdia é o complemento da brandura.” (KARDEC, Allan. ESE. Cap. 10, item 4).
Indulgência; “Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam.”
(KARDEC, Allan. ESE. Cap. 10, item 17).
Reciprocidade;
Fraternidade;
Generosidade;
Compaixão.
Misericórdia (Latin Misere cordis, ou coração de pobre) –
capacidade de ter compaixão da miséria do outro.
“Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no
caminho com ele.” (Mateus, 5:25).
“Não julgueis, a fim de não serdes julgados.” (Mateus, 7:1).
“Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.” (João, 8:7).
12. Os que puros de coração:
Sinceridade (Sinceros), Espontaneidade;
Honestidade (Honestos);
Confiança;
Amor – amar sem exigências, sem artifícios;
Alegria;
Verdade;
O que nos caracteriza espontaneamente é a simpatia;
Limpeza interior – faxina no coração;
“A pureza do coração é inseparável da simplicidade e
da humildade.” (KARDEC, Allan. ESE. Cap. 8, item 3).
“Deixai que venham a
mim as criancinhas e não
as impeçais, porquanto o
reino dos céus é para os
que se lhes assemelham.”
(Marcos, 10:14).
13. Os pacificadores:
Respeito; Tolerância;
Otimismo; “Não se perturbe o vosso coração.” (João, 14:1);
Reconciliação, diálogo;
Esperança; A Esperança é a estrela que norteia as nossas mais belas aspirações;
Obediência e Resignação (Resignados); “A obediência é o consentimento da razão; a
resignação é o consentimento do coração.” (KARDEC, Allan. ESE. Cap. 9, item 8).
Paciência (Pacientes);
Afabilidade e a doçura; “A paz esteja com vocês.” (João, 20:19).
Sabem renunciar;
“A violência externa que nos
atinge é fruto da desorganização
interna que nos constitui.”
(Adenauer Novaes).
14. Os que sofrem perseguição por causa
da justiça:
Resignados;
Tem paciência;
Confiam em Deus;
Quem faz alguma coisa boa pelos outros;
“Fora da Caridade não há salvação.”
(KARDEC, Allan. ESE. Cap. 15, Item 1).
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16. O Cristo anunciou mais uma bem-aventurança, que costuma
passar despercebida.
Após Sua ressurreição, Ele apareceu a várias pessoas, mas o
discípulo Tomé não estava entre elas.
Ao saber do evento, Tomé afirmou que somente acreditaria se
visse os sinais do martírio em Jesus e neles pudesse colocar a mão.
A oportunidade não se fez tardar e o Mestre logo lhe apareceu.
Após Se mostrar, Jesus sentenciou:
Porque me viste, Tomé, creste. Bem-aventurados os que não
viram e creram.
[...].
Bem-aventurado quem crê antes de ver e por isso tem a força
de viver e construir o bem.
(FRANCO, Divaldo Pereira. A mensagem do amor imortal. Pelo
Espírito de Amélia Rodrigues, ed. Leal. cap. XXI).
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20. “Quando Jesus terminou a sua alocução, algumas estrelas já brilhavam no firmamento, como
radiosas bênçãos divinas. Muitas mães sofredoras e oprimidas, com suave fulgor nos olhos, lhe
trouxeram os filhinhos para que ele os abençoasse. Anciães de frontes nevadas pelos invernos da
vida lhe beijavam as mãos. Cegos e leprosos rodeavam-no com semblante sorridente e diziam:
Bendito seja o filho de Deus! Jesus acolhia-os satisfeito, enviando a todos o sorriso de sua afeição.”
(XAVIER, Francisco Cândido. Boa Nova. Pelo Espírito de Humberto de Campos. Cap.11, pag. 59).
21. Para que a paz seja uma realidade em nossa vida, temos a necessidade urgente de despertarmos nossa
consciência da paz em alguns níveis .
PAZ consigo mesmo
A coerência entre as idéias, as falas e os atos do indivíduo.
Todas as vezes que age incoerentemente o indivíduo
sucumbe ante a cobrança de sua própria consciência.
PAZ com o próximo
PAZ com a natureza e o ambiente
O segundo nível é a Paz, a convivência com a alteridade,
com a diferença, pressupõe o respeito ao direito do outro.
Neste estágio o indivíduo busca a harmonização com o
mundo em que vive. Harmoniza-se com seres e coisas.
Quando destrói, o faz como parte de um processo de
renovação, com respeito ao meio e aos outros.
PAZ com Deus A Paz é Deus presente em nós.
“Não se turbe o vosso
coração; credes em Deus,
crede também em mim.”
(João, 14:1).
“Deixo-vos a paz, a minha
paz vos dou; não vo-la dou
como o mundo a dá. Não se
turbe o vosso coração, nem
se atemorize.” (João, 14:27).