More Related Content
Viewers also liked
Contabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolsoContabilidade custos gasto, investimento, custo, despesa, perda, desembolsocustos contabil
Similar to Modelamento e Simulação de Redes de Telecomunicações
Similar to Modelamento e Simulação de Redes de Telecomunicações (20)
More from Antonio Marcos Alberti
More from Antonio Marcos Alberti (20)
Modelamento e Simulação de Redes de Telecomunicações
- 1. XIII Seminário de Engenharia Elétrica
Princípios de Simulação em
Telecomunicações
© Antônio M. Alberti 2005
- 2. Simulação de Redes de
Comunicações
Prof. Antônio M. Alberti
Inatel, Santa Rita do Sapucaí, MG, Brasil.
alberti@inatel.br
© Antônio M. Alberti 2005
- 3. Modelamento e Simulação de Redes
Simulação de Redes de Comunicações
Por que simular?
Modelamento
Tipos de Ferramentas
Técnicas de Simulação
Os Desafios de Simular Redes de Comunicações
Características Desejáveis de um Simulador
O que Simular?
Como Configurar os Modelos?
O que Medir?
© Antônio M. Alberti 2005
- 4. Por que simular?
Simulação de Redes de Comunicações
A análise de desempenho de redes de comunicações
pode ser feita através de três formas principais:
Redes Experimentais
Métodos Analíticos
Simulação Computacional
© Antônio M. Alberti 2005
- 5. Por que simular?
Simulação de Redes de Comunicações
Redes Experimentais
São utilizadas principalmente em operadoras, para testar e
validar novas tecnologias.
Possuem alto custo e demandam pelo conhecimento dos
detalhes de implementação de cada fabricante.
Produzem excelentes resultados, pois o teste é feito na
rede real.
© Antônio M. Alberti 2005
- 6. Por que simular?
Simulação de Redes de Comunicações
Métodos Analíticos
Possuem baixo custo, entretanto, são complexos,
inflexíveis e muitas vezes intratáveis.
Dentre os principais métodos analíticos estão:
Teoria de Filas
Processos Estocásticos
Otimização
Monte Carlo
Amostragem por Importância
© Antônio M. Alberti 2005
- 7. Por que simular?
Simulação de Redes de Comunicações
Simulação Computacional
É a mais flexível e prática das soluções mencionadas.
Possui custo intermediário, entretanto, muitas vezes fica
distante do problema do mundo real.
Pode incorporar métodos analíticos e características de
sistemas reais.
Possibilita o modelamento realista de fontes de tráfego.
Facilita o projeto e a comparação de algoritmos e
protocolos.
Possibilita a análise de desempenho com diferentes níveis
de detalhe e escalas de tempo de observação.
Demanda por uma série de cuidados especiais a fim de
não se tornar pouco eficiente e ou até mesmo inviável.
© Antônio M. Alberti 2005
- 8. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Definição
Modelamento é o processo de construir modelos de
sistemas reais para um determinado ambiente de
simulação, de forma que estes modelos representem o
mais fiel possível o funcionamento desses sistemas diante
de um certo conjunto de situações.
Modelamento x Simulação
Simulação é o ato de reproduzir em partes o
comportamento de um sistema ou rede real utilizando um
conjunto de modelos deste sistema.
O ideal é que os modelos sejam independentes do
simulador.
© Antônio M. Alberti 2005
- 9. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Simulação x Emulação
Na emulação, o propósito é imitar completamente a rede ou
uma função original, representando na totalidade os
detalhes envolvidos.
Em contraste, na simulação o propósito é modelar somente
os aspectos importantes para obter resultados estatísticos
que descrevam a operação destas redes ou funções.
Então, uma questão chave é: o que deve ser mantido de
emulação nos modelos de simulação?
© Antônio M. Alberti 2005
- 10. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Precisão dos Modelos x Custo Computacional
É necessário otimizar a relação entre a precisão atingida no
modelamento e o custo computacional requerido para
simular os modelos desenvolvidos.
Pré-requisitos
O modelamento de redes de comunicações exige não
apenas o conhecimento do ambiente de simulação para o
qual os modelos serão desenvolvidos, mas também o
conhecimento de toda a teoria das tecnologias de
interesse, dos detalhes dos componentes a serem
modelados e uma idéia dos resultados a serem obtidos.
© Antônio M. Alberti 2005
- 11. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Fases Típicas do Desenvolvimento de Modelos
Tecnologias Primeira Fase:
de Interesse Estudar as Tecnologias de Interesse
Segunda Fase:
Modelamento Modelar Estrutura e Principais
Componentes destas Tecnologias
Ferramenta Terceira Fase:
Estudar a Ferramenta e a Linguagem de
Programação Necessária para
Linguagem de Programação Implementar os Modelos
Quarta Fase:
Implementar protótipo do modelo.
Quinta Fase:
Identificar pontos fracos e ajustar modelo.
Sexta Fase:
Validar o modelo.
© Antônio M. Alberti 2005
- 12. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Técnicas de Modelamento
Dentre as técnicas de modelamento para simulação
computacional estão:
Modelamento no Nível de PDUs
Modelamento no Nível de Conexões
Modelamento Estatístico
Modelamento Fluído
Muitas vezes são independentes da ferramenta de
simulação.
© Antônio M. Alberti 2005
- 13. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Modelamento no Nível de PDUs
Características
É a solução mais simples e a mais usada.
Os modelos preocupam-se com o transporte, armazenamento, serviço
e processamento individual de PDUs (Packet Data Units).
Modela o funcionamento dos protocolos.
Vantagens
A principal vantagem é o alto nível de detalhamento que pode ser
obtido, dado que este é o nível natural de funcionamento das redes de
comutação de pacotes.
Desvantagens
É extremamente oneroso do ponto de vista computacional.
© Antônio M. Alberti 2005
- 14. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Modelamento no Nível de Conexões
Características
Os modelos preocupam-se com a dinâmica do estabelecimento,
manutenção e término de conexões.
Vantagens
Viabiliza a análise de problemas orientados à rede, tais como
protocolos de roteamento, escalabilidade, etc.
Desvantagens
Consiste de uma aproximação para a simulação no nível de PDUs, e
portanto pode levar a simplificações que tornem os resultados não
conclusivos.
© Antônio M. Alberti 2005
- 15. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Modelamento Estatístico
Características
Os modelos capturam estatisticamente o comportamento da rede,
seus protocolos e algoritmos.
Vantagens
Acelera a simulação, uma vez que trabalha com momentos
estatísticos.
Desvantagens
Consiste de uma aproximação para a simulação no nível de PDUs, e
portanto pode levar a simplificações que tornem os resultados não
conclusivos.
É complexo e inflexível.
© Antônio M. Alberti 2005
- 16. Modelamento
Simulação de Redes de Comunicações
Modelamento Fluído
Características
Os modelos são fontes ou processadores de fluxos contínuos de
informações, que apresentam uma taxa de transmissão em bits por
segundo.
Vantagens
A principal vantagem é a aceleração da simulação, uma vez que no
nível de taxas os eventos ocorrem em escalas de tempo muito
menores quando comparadas com as escalas de ocorrência de
eventos em simulações no nível de PDUs.
Desvantagens
Também é uma aproximação para o comportamento no nível de
PDUs, e portanto pode levar a simplificações que tornem os
resultados não conclusivos.
É complexo e inflexível.
© Antônio M. Alberti 2005
- 17. Tipos de Ferramentas
Simulação de Redes de Comunicações
Existem quatro tipos de ferramentas para apoiar na
análise de desempenho e projeto de telecomunicações:
Ferramentas de Projeto de Sistemas de Comunicações
Projetam a camada física de uma rede de comunicações. Ex.: CelLink,
Optiwave OptiAmplifier, Matlab.
Ferramentas de Projeto de Redes de Comunicações
Projetam a rede de comunicação como um todo. Ex.: CelPlaner,
OPNET Guru, VPI Transport Maker, Optiwave Optiplanner.
Ferramentas de Simulação de Sistemas de Comunicações
Simulam a camada física de um sistema de comunicações. Ex.: VPI
Transmission Maker, Optiwave Optisystem.
Ferramentas de Simulação de Redes de Comunicações
Simulam a rede de comunicação como um todo. Ex.: OPNET Modeler,
NS-2.
© Antônio M. Alberti 2005
- 18. Tipos de Ferramentas
Simulação de Redes de Comunicações
Linguagens Gerais de Simulação de Redes de
Comunicações
Podem em princípio ser utilizadas para simular qualquer
sistema, independente da sua complexidade e das suas
singularidades.
Entretanto, nem sempre é possível atingir o grau de
detalhamento desejado quando se utiliza este tipo de
ferramenta.
Algumas incluem conjuntos de modelos especialmente
desenvolvidos para a simulação de redes de
comunicações.
Exemplos são: MODSIM III , SIMSCRIPT II.5 e Parsec.
© Antônio M. Alberti 2005
- 19. Tipos de Ferramentas
Simulação de Redes de Comunicações
Linguagens de Simulação Orientadas às Redes de
Comunicações
Direcionadas especificamente para a simulação de redes
de comunicação.
Dentre as vantagens deste tipo de software pode-se
destacar a facilidade e a flexibilidade de desenvolvimento
de modelos.
Exemplos são: OPNET Modeler , TeD/GTW, NS-2 e
COMNET III.
© Antônio M. Alberti 2005
- 20. Tipos de Ferramentas
Simulação de Redes de Comunicações
Simuladores Orientados à Tecnologias Específicas de
Redes de Comunicações
Permitem simular apenas uma classe específica de redes
de comunicações.
Dentre as vantagens deste tipo de software estão a
facilidade de uso e a redução do tempo e da complexidade
de desenvolvimento de modelos.
Nem todos os softwares deste tipo permitem o
desenvolvimento de novos modelos.
Exemplos são: NIST, QUARTS-II, SimATM, qualquer
simulador para uma tecnologia específica.
© Antônio M. Alberti 2005
- 21. Técnicas de Simulação
Simulação de Redes de Comunicações
Uma técnica de simulação para ser adotada em um
software de simulação deve:
Ser eficiente.
Permitir a troca flexível de informações entre os modelos
de simulação.
Possibilitar o modelamento do fluxo assíncrono bidirecional
de informações presente nos enlaces das redes de
comunicações.
Permitir o modelamento flexível da arquitetura e dos
componentes destas redes.
© Antônio M. Alberti 2005
- 22. Técnicas de Simulação
Simulação de Redes de Comunicações
Três técnicas tem sido utilizadas para desenvolver
softwares de simulação:
Técnica orientada por eventos discretos (event-driven).
Técnica orientada pelo tempo (time-driven).
Técnica orientada pelo dados (data-driven).
A técnica event-driven é mais eficiente do ponto de vista
computacional do que a técnica time-driven devido a sua
natureza assíncrona.
© Antônio M. Alberti 2005
- 23. Os Desafios de Simular Redes de Comunicações
Simulação de Redes de Comunicações
Possibilitar a simulação de grandes redes
O desafio é permitir o estudo de problemas orientados à
rede, tais como: escalabilidade, estabilidade de protocolos,
perda de pacotes, qualidade de serviço, gerência, etc.
Possibilitar a simulação de redes multiprotocoladas
A convergência de redes está cada vez mais fazendo com
que redes de diferentes tecnologias sejam interconectadas.
Possibilitar a simulação de eventos raros
Estes eventos são importantes medidas de desempenho.
© Antônio M. Alberti 2005
- 24. Os Desafios de Simular Redes de Comunicações
Simulação de Redes de Comunicações
Possibilitar a simulação por longas escalas de tempo
Permitir a estimação precisa de probabilidades de
ocorrência de eventos raros e identifcar os efeitos
causados por processo auto-similares de longa duração.
Desenvolver modelos corretos
Como ter certeza de que o modelo desenvolvido não
possui bugs?
Desenvolver modelos realistas
Os modelos desenvolvidos capturam o comportamento da
rede no mundo real?
O modelo de tráfego representa adequadamente o
comportamento dos clientes da rede no mundo real?
© Antônio M. Alberti 2005
- 25. Os Desafios de Simular Redes de Comunicações
Simulação de Redes de Comunicações
Obter resultados confiáveis
Os resultados obtidos podem ser usados para tomar
decisões no mundo real?
A rede simulada é grande o suficiente para que o resultado
possa ser estendido para a Internet?
Eliminar detalhes sem importância
Os modelos desenvolvidos possuem detalhes em
importância?
Validar os modelos e os resultados
Os modelos desenvolvidos foram validados?
Os resultados foram comparados com outros trabalhos?
© Antônio M. Alberti 2005
- 26. Características Desejáveis de um Simulador
Simulação de Redes de Comunicações
Utilizar uma técnica de simulação eficiente
Somente a utilização de uma técnica de simulação eficiente
possibilitará a simulação por longas escalas de tempo de
grandes redes hierárquicas que carregam tráfego de
dezenas de pilhas de protocolos.
Utilizar processamento paralelo ou distribuído
Pela mesma razão, é altamente recomendável a utilização
de processamento paralelo ou distribuído no kernel ou
núcleo do simulador.
Mostrar o desempenho da simulação
Métricas de desempenho, tais como uso de memória,
tempo estimado de simulação, desempenho de simulação
em pacotes/segundo, são desejáveis.
© Antônio M. Alberti 2005
- 27. Características Desejáveis de um Simulador
Simulação de Redes de Comunicações
Utilizar uma linguagem de programação que suporte
programação orientada à objetos
Dentre as linguagens de programação que suportam OOP
(Object Oriented Programming), a linguagem C++ talvez
seja a mais indicada. A linguagem Java ainda está em
desvantagem.
Possuir uma biblioteca de modelos expansível e
independente do núcleo do simulador
É fundamental que o software de simulação permita o
desenvolvimento e a integração de novos modelos a
biblioteca de modelos existentes.
Isto deve ser feito de forma transparente, sem que o núcleo
do software de simulação precise ser modificado.
© Antônio M. Alberti 2005
- 28. Características Desejáveis de um Simulador
Simulação de Redes de Comunicações
Facilitar o desenvolvimento de modelos
Nem sempre os modelos disponíveis na biblioteca
satisfazem as necessidades de simulação.
Portanto, é fundamental que o software de simulação
facilite o desenvolvimento de novos modelos.
Permitir a flexibilidade de modelamento
Em princípio, todas as estratégias existentes de
modelamento devem ser suportadas.
Também é interessante que o simulador disponibilize um
ou mais conjuntos básicos de modelos desenvolvidos com
diferentes estratégias de modelamento.
© Antônio M. Alberti 2005
- 29. Características Desejáveis de um Simulador
Simulação de Redes de Comunicações
Possuir conjuntos de modelos eficientes
É fundamental que os conjuntos de modelos
disponibilizados no simulador sejam otimizados para o
tempo de execução.
Permitir o modelamento hierárquico
É desejável que novos modelos possam ser construídos a
partir de modelos já existentes.
Esta característica facilita bastante o desenvolvimento de
modelos em redes de comunicações, dada a hierarquia
lógica de blocos existente em protocolos, equipamentos,
aplicativos e outros componentes destas redes.
© Antônio M. Alberti 2005
- 30. Características Desejáveis de um Simulador
Simulação de Redes de Comunicações
Possibilitar o cálculo e a coleta detalhada de estatísticas
Esta característica é bastante importante uma vez que na
simulação de redes as fontes de tráfego geralmente
possuem comportamento aleatório ou auto-similar.
Possibilitar a validação dos modelos
Mecanismos para ajudar na validação dos modelos são
fundamentais.
Verificar a confiabilidade dos resultados
Mecanismos para avaliar a confiabilidade dos resultados
também são fundamentais.
© Antônio M. Alberti 2005
- 31. Características Desejáveis de um Simulador
Simulação de Redes de Comunicações
Salvar simulações em andamento
Esta característica é muito difícil de ser implementada,
entretanto de fundamental importância para longas
simulações.
Oferecer uma boa interface gráfica com recursos de
animação
Nada melhor que uma boa interface para facilitar o uso da
ferramenta.
Facilitar o debug dos modelos e a geração de relatórios
Mecanismos para verificar o correto funcionamento dos
modelos devem ser oferecidos.
© Antônio M. Alberti 2005
- 32. O que Simular?
Simulação de Redes de Comunicações
Uma vez disponível o simulador e os modelos, resta
agora identificar o que pode ser estudado com eles e em
que nível de confiabilidade.
Como vimos, os modelos capturam somente os detalhes
mais relevantes das tecnologias.
Portanto, é preciso saber se os modelos utilizados
capturam o comportamento necessário para a análise de
um determinado problema.
No caso de não capturarem, é necessário aprimorar os
modelos ou simplificar o problema.
© Antônio M. Alberti 2005
- 33. Como Configurar os Modelos?
Simulação de Redes de Comunicações
Também é preciso selecionar quais são os modelos
necessários para o estudo proposto, bem como configurar
os seus parâmetros.
As fontes de tráfego da rede e seus parâmetros devem
ser escolhidos de forma a representar adequadamente o
comportamento do tráfego real.
Modelos de fonte de tráfego podem ser determinísticos,
estatísticos ou baseados em dados reais.
© Antônio M. Alberti 2005
- 34. O que Medir?
Simulação de Redes de Comunicações
É preciso entender e selecionar os resultados que podem
ser coletados, estudando o significado de cada um deles.
Outro aspecto importante, diz respeito a duração das
simulações: quanto tempo é necessário para que os
resultados sejam confiáveis?
Por fim, é preciso verificar se os resultados obtidos
refletem o comportamento esperado em uma rede real.
© Antônio M. Alberti 2005