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CAP. 7 – CONHECIMENTO
                    VULGAR E
                    CONHECIMENTO
                    CIENTÍFICO
  António Padrão
ESAS | 2012- 2013
                              .
Filosofia da ciência
2

       A filosofia da ciência é uma disciplina que estuda os
        problemas filosóficos levantados pelas ciências da
        natureza e pelas ciências sociais. Procura perceber a
        natureza do conhecimento científico. Entre outras,
        procura responder às seguintes questões:
            O que distingue o conhecimento vulgar do conhecimento
             científico?
            O que é uma explicação científica?
            O que distingue as teorias científicas das que não são
             científicas?
            Podem as teorias científicas ser verificadas?
            O que caracteriza o método da ciência?
            Como evolui o conhecimento científico?
            A ciência é objetiva?

    António Padrão | ESAS
Uma classificação das ciências
3




                                           Ciências

                        Formais                                  Empíricas

      Os seus objetos de estudo não têm uma      Estudam, com base na experiência, os
       existência concreta. Nada afirmam ou     fenómenos naturais e sociais. Procuram
         negam acerca do que sucede no             descobrir e explicar os padrões e
                      mundo.                       regularidades desses fenómenos.

                                                      Ciências
            Matemática            Lógica                               Ciências sociais
                                                      naturais


                                                  Física, Química,     História, Sociologia,
                                                    Biologia, …           Economia, …




    António Padrão | ESAS
A importância da ciência
4


       Valor prático da ciência: tecnologias
       Valor teórico da ciência
       Alguns elementos históricos sobre a ciência
       Cientismo

       A ciência levanta problemas filosóficos
          Problemas éticos
          Problemas de filosofia da ciência



    António Padrão | ESAS
5
          O que distingue o conhecimento
          vulgar do conhecimento científico?
          – Ciência e senso comum (Manual, pp. 172-174)
          – Texto 11 “Linguagem comum e linguagem científica”
          (Nagel, Manual, pp. 174-175)
          – Texto “Conhecimento vulgar e conhecimento
          científico” (Galliano, 1979, pp. 18-19)




António Padrão | ESAS
Senso comum (ou conhecimento
6
    vulgar)
       É o conjunto de crenças amplamente partilhadas pelos seres
        humanos, justificadas pela experiência quotidiana e
        transmitidas de geração em geração.
       É      um      conhecimento      relativamente     superficial,
        acentuadamente prático (reflete as necessidades humanas
        mais imediatas) e é transmitido de forma acrítica.
       É um conhecimento pouco organizado, pouco sistematizado,
        constituído por uma coleção de factos bastante dispersos.
       Raramente explica por que ocorrem os factos ou, quando
        tenta explicar, as suas explicações carecem frequentemente
        de testes da sua relevância para os factos.
       Faz parte das tradições de uma coletividade e encontra-se
        contido em provérbios e ditados populares.
       Utiliza uma linguagem vaga e imprecisa.


    António Padrão | ESAS
Conhecimento científico
7

       É um corpo de conhecimento sistematizado que visa
        proporcionar explicações de factos conhecidos.
       As suas explicações são controláveis pelos dados factuais,
        isto é, são baseadas em teorias testadas sistematicamente
        através de experiências.
       Resulta de investigação metódica, sistemática da realidade.
       Procura descobrir as causas dos fenómenos e estabelecer
        as leis gerais que os regem.
       Utiliza uma linguagem rigorosa e exige uma atitude crítica.
       Em parte, a ciência é um desenvolvimento do senso comum:
        o conhecimento científico surgiu a partir da informação
        empírica que constitui uma parte importante do senso
        comum e as diversas ciências resultaram das necessidades
        práticas da vida humana (ex: astronomia, geometria,
        biologia, química…).

    António Padrão | ESAS
8
          O que é uma explicação
          científica?
          – Explanandum e explanans
          – Modelo nomológico
               - Dedutivo (leis deterministas)
               - Estatístico-indutivo (leis estatísticas)
          – Críticas ao modelo nomológico




António Padrão | ESAS
Explanandum e explanans
9


       Uma explicação científica apresenta dois
        elementos:
          Explanandum:      Aquilo que queremos explicar. O
           explanandum pode consistir numa descrição de
           um acontecimento particular (por exemplo, este
           pedaço de cobre dilatou) ou numa regularidade
           geral (ou lei – por exemplo, o cobre dilata quando
           é aquecido).
          Explanans: A informação apresentada para
           responder ao pedido de explicação.

    António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
10


        As explicações científicas de acontecimentos são
         argumentos válidos cuja conclusão é o
         explanandum e cujas premissas são o
         explanans.
        O explanans de uma explicação científica indica
         pelo menos uma regularidade ou lei da natureza
         e pelo menos uma proposição que descreve
         condições iniciais.
        Explicar um acontecimento é mostrar que, em
         virtude de certas regularidades ou leis da
         natureza, este tinha de ocorrer ou era muito
         provável que ocorresse, dada a realização de
         certas condições iniciais.
        Explicar uma lei é inferi-la de leis mais gerais.
     António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
11


        De acordo com este modelo, para explicar um
         fenómeno temos de perguntar:
           «Por        que razão o fenómeno acontece?»
        Esta pergunta deve ser entendida do seguinte
         modo:
           «De  acordo com que leis gerais, e em virtude de
             que condições iniciais, o fenómeno ocorre?»




     António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
12


         Uma explicação              científica   apresenta      a
          seguinte forma:


                              L1, L2, … Lk         Leis gerais
     Explanans
                              C 1, C 2, …          Condições
                              Ck                   iniciais
     Explanandu                  E                 Descrição do
     m                                             fenómeno


      António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
13


         Exemplo 1: Por que é que este pedaço de
          cobre dilatou?

                               Todos os pedaços de cobre que são    Lei da natureza
                               aquecidos dilatam.
     Explanans
                               Este pedaço de cobre foi aquecido.   Condição inicial

     Explanandu               Logo, este pedaço de cobre dilatou.   Descrição do
     m                                                              fenómeno




      António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
14


         Exemplo 2: Um remador olha para o seu
          remo e vê que está „encurvado‟. Por que é que
          o remador vê o seu remo „encurvado‟?

                              Lei da refração e lei de que a água é    Leis da natureza
                              oticamente mais densa que o ar.
     Explanans                O remo é direito e está imerso na água
                              segundo um determinado ângulo.           Condições iniciais

     Explanandu               Logo, o remador vê o remo encurvado.     Descrição do
     m                                                                 fenómeno




      António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
15


        Exemplo 3: Por que é que o volume final do
         gás é 0,5 L?




                    Situação inicial   T constante   Situação final
     António Padrão | ESAS
O modelo nomológico
16


         Exemplo 3
                               Lei de Boyle: P x V = constante C (a T
                               constante).
                               (Para uma dada massa de gás mantida        Lei da natureza
                               a uma temperatura constante, a pressão
                               e    o   volume      são    inversamente
     Explanans                 proporcionais).
                               O volume inicial do gás X é de 1 L.
                               A pressão inicial é de 1 atmosfera.        Condições iniciais
                               A pressão é aumentada para 2
                               atmosferas.
                               A temperatura permanece constante..

     Explanandu               Logo, o volume final do gás é de 0,5 L.     Descrição do
     m                                                                    fenómeno




      António Padrão | ESAS
Leis da natureza
17


        Para explicar os fenómenos, recorremos a leis
         da natureza.
          Uma             lei da natureza é uma afirmação geral
              acerca do modo como a natureza se comporta.
           As leis da natureza têm um caráter universal, isto
              é, aplicam-se a todos os objetos de uma certa
              categoria e não estão limitadas a qualquer lugar
              ou momento.
           As leis mais simples têm a forma «Todo o F é G».
           Exemplo: «Todos os              planetas têm órbitas
              elíticas».
           A proposição «Há planetas que têm órbitas
              elíticas» não exprime qualquer lei, pois não é
     António Padrão | ESAS
Leis da natureza
18


        Nem todas as proposições universais
         exprimem leis.
        Problema: o que distingue as leis da
         natureza das generalizações acidentais?
        Exemplos de generalizações acidentais:
          «Todos          os alunos que estão nesta sala são
              alunos de 11.º ano».
           «Todas as notas que tenho na carteira são de 5
              euros».
           «Todos os automóveis estacionados naquele
              parque são da marca xpto».
     António Padrão | ESAS
Leis deterministas e leis
19
     estatísticas
        Nos     três   exemplos    de      explicações
         anteriormente apresentados, utilizaram-se leis
         deterministas, isto é, leis que não
         especificavam qualquer probabilidade, do tipo
         «Todo o F é G».
        Quando, numa explicação, utilizamos leis
         deterministas, então estamos a utilizar o
         modelo nomológico dedutivo.



     António Padrão | ESAS
Leis deterministas e leis
20
     estatísticas
        Algumas leis científicas são leis estatísticas,
         isto é, são leis que invocam probabilidades;
         por exemplo, «Os F têm uma probabilidade de
         90% de serem G».
        Quando, numa explicação, utilizamos leis
         estatísticas, então estamos a utilizar o modelo
         nomológico estatístico-indutivo.




     António Padrão | ESAS
Exemplo de explicação com lei
21
     estatística
     1.     Cerca de 90% dos doentes infetados com
            estreptococos recuperam em 24 horas
            depois de lhes terem administrado penicilina.
     2.     O João tinha uma infeção de estreptococos e
            administraram-lhe penicilina na quarta-feira.
     3.     Logo, o João recuperou da infeção na quinta-
            feira.




     António Padrão | ESAS
Explicações de leis
22


        Explicar uma lei é inferi-la de leis mais gerais.
        Explicamos uma lei mostrando que esta é um
         caso específico de uma lei mais englobante e
         profunda.
        Exemplo: leis de Galileu, Kepler e Newton (p.
         179).




     António Padrão | ESAS
Explicação e previsão
23


        Para os defensores do modelo nomológico,
         não há qualquer diferença importante entre
         explicação e previsão. A única diferença
         corresponde aos tempos verbais utilizados.
        Exemplo de previsão:
             Todos os pedaços de cobre que são aquecidos dilatam.
             Este pedaço de cobre está a ser aquecido.
             Logo, este pedaço de cobre dilatará.




     António Padrão | ESAS
Críticas ao modelo nomológico
24


         Ler Manual, p. 180.
     1.    Nem todos os argumentos que obedecem ao
           modelo nomológico são explicações, dado
           que, por vezes, as condições iniciais não são
           causas do acontecimento a explicar.
     2.    O modelo nomológico não se aplica às
           ciências sociais e humanas, já que nestas
           ciências as leis têm menos importância.


     António Padrão | ESAS
Questão de revisão
25


        Utilizando o modelo nomológico, responda à
         seguinte questão:
           «Por    que é que a corrente de água de uma
             torneira, quando a água corre devagar, se vai
             estreitando à medida que cai?»
                                               [Walker, 1990, p. 157]




     António Padrão | ESAS
Bibliografia
26


        Almeida et al. (2008). A arte de pensar –
         Filosofia 11.º ano. Lisboa: Didáctica Editora.
        Galliano, A. G. (1979). O método científico:
         teoria e prática. São Paulo: Harper & Row.
        Losee, J. (1998). Introdução histórica à
         filosofia da ciência. Lisboa: Terramar.
        Walker, J. (1990). O grande circo da física.
         Lisboa: Gradiva.


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Conhecimento vulgar e conhecimento científico

  • 1. CAP. 7 – CONHECIMENTO VULGAR E CONHECIMENTO CIENTÍFICO António Padrão ESAS | 2012- 2013 .
  • 2. Filosofia da ciência 2  A filosofia da ciência é uma disciplina que estuda os problemas filosóficos levantados pelas ciências da natureza e pelas ciências sociais. Procura perceber a natureza do conhecimento científico. Entre outras, procura responder às seguintes questões:  O que distingue o conhecimento vulgar do conhecimento científico?  O que é uma explicação científica?  O que distingue as teorias científicas das que não são científicas?  Podem as teorias científicas ser verificadas?  O que caracteriza o método da ciência?  Como evolui o conhecimento científico?  A ciência é objetiva? António Padrão | ESAS
  • 3. Uma classificação das ciências 3 Ciências Formais Empíricas Os seus objetos de estudo não têm uma Estudam, com base na experiência, os existência concreta. Nada afirmam ou fenómenos naturais e sociais. Procuram negam acerca do que sucede no descobrir e explicar os padrões e mundo. regularidades desses fenómenos. Ciências Matemática Lógica Ciências sociais naturais Física, Química, História, Sociologia, Biologia, … Economia, … António Padrão | ESAS
  • 4. A importância da ciência 4  Valor prático da ciência: tecnologias  Valor teórico da ciência  Alguns elementos históricos sobre a ciência  Cientismo  A ciência levanta problemas filosóficos  Problemas éticos  Problemas de filosofia da ciência António Padrão | ESAS
  • 5. 5 O que distingue o conhecimento vulgar do conhecimento científico? – Ciência e senso comum (Manual, pp. 172-174) – Texto 11 “Linguagem comum e linguagem científica” (Nagel, Manual, pp. 174-175) – Texto “Conhecimento vulgar e conhecimento científico” (Galliano, 1979, pp. 18-19) António Padrão | ESAS
  • 6. Senso comum (ou conhecimento 6 vulgar)  É o conjunto de crenças amplamente partilhadas pelos seres humanos, justificadas pela experiência quotidiana e transmitidas de geração em geração.  É um conhecimento relativamente superficial, acentuadamente prático (reflete as necessidades humanas mais imediatas) e é transmitido de forma acrítica.  É um conhecimento pouco organizado, pouco sistematizado, constituído por uma coleção de factos bastante dispersos.  Raramente explica por que ocorrem os factos ou, quando tenta explicar, as suas explicações carecem frequentemente de testes da sua relevância para os factos.  Faz parte das tradições de uma coletividade e encontra-se contido em provérbios e ditados populares.  Utiliza uma linguagem vaga e imprecisa. António Padrão | ESAS
  • 7. Conhecimento científico 7  É um corpo de conhecimento sistematizado que visa proporcionar explicações de factos conhecidos.  As suas explicações são controláveis pelos dados factuais, isto é, são baseadas em teorias testadas sistematicamente através de experiências.  Resulta de investigação metódica, sistemática da realidade.  Procura descobrir as causas dos fenómenos e estabelecer as leis gerais que os regem.  Utiliza uma linguagem rigorosa e exige uma atitude crítica.  Em parte, a ciência é um desenvolvimento do senso comum: o conhecimento científico surgiu a partir da informação empírica que constitui uma parte importante do senso comum e as diversas ciências resultaram das necessidades práticas da vida humana (ex: astronomia, geometria, biologia, química…). António Padrão | ESAS
  • 8. 8 O que é uma explicação científica? – Explanandum e explanans – Modelo nomológico - Dedutivo (leis deterministas) - Estatístico-indutivo (leis estatísticas) – Críticas ao modelo nomológico António Padrão | ESAS
  • 9. Explanandum e explanans 9  Uma explicação científica apresenta dois elementos:  Explanandum: Aquilo que queremos explicar. O explanandum pode consistir numa descrição de um acontecimento particular (por exemplo, este pedaço de cobre dilatou) ou numa regularidade geral (ou lei – por exemplo, o cobre dilata quando é aquecido).  Explanans: A informação apresentada para responder ao pedido de explicação. António Padrão | ESAS
  • 10. O modelo nomológico 10  As explicações científicas de acontecimentos são argumentos válidos cuja conclusão é o explanandum e cujas premissas são o explanans.  O explanans de uma explicação científica indica pelo menos uma regularidade ou lei da natureza e pelo menos uma proposição que descreve condições iniciais.  Explicar um acontecimento é mostrar que, em virtude de certas regularidades ou leis da natureza, este tinha de ocorrer ou era muito provável que ocorresse, dada a realização de certas condições iniciais.  Explicar uma lei é inferi-la de leis mais gerais. António Padrão | ESAS
  • 11. O modelo nomológico 11  De acordo com este modelo, para explicar um fenómeno temos de perguntar:  «Por que razão o fenómeno acontece?»  Esta pergunta deve ser entendida do seguinte modo:  «De acordo com que leis gerais, e em virtude de que condições iniciais, o fenómeno ocorre?» António Padrão | ESAS
  • 12. O modelo nomológico 12  Uma explicação científica apresenta a seguinte forma: L1, L2, … Lk Leis gerais Explanans C 1, C 2, … Condições Ck iniciais Explanandu E Descrição do m fenómeno António Padrão | ESAS
  • 13. O modelo nomológico 13  Exemplo 1: Por que é que este pedaço de cobre dilatou? Todos os pedaços de cobre que são Lei da natureza aquecidos dilatam. Explanans Este pedaço de cobre foi aquecido. Condição inicial Explanandu Logo, este pedaço de cobre dilatou. Descrição do m fenómeno António Padrão | ESAS
  • 14. O modelo nomológico 14  Exemplo 2: Um remador olha para o seu remo e vê que está „encurvado‟. Por que é que o remador vê o seu remo „encurvado‟? Lei da refração e lei de que a água é Leis da natureza oticamente mais densa que o ar. Explanans O remo é direito e está imerso na água segundo um determinado ângulo. Condições iniciais Explanandu Logo, o remador vê o remo encurvado. Descrição do m fenómeno António Padrão | ESAS
  • 15. O modelo nomológico 15  Exemplo 3: Por que é que o volume final do gás é 0,5 L? Situação inicial T constante Situação final António Padrão | ESAS
  • 16. O modelo nomológico 16  Exemplo 3 Lei de Boyle: P x V = constante C (a T constante). (Para uma dada massa de gás mantida Lei da natureza a uma temperatura constante, a pressão e o volume são inversamente Explanans proporcionais). O volume inicial do gás X é de 1 L. A pressão inicial é de 1 atmosfera. Condições iniciais A pressão é aumentada para 2 atmosferas. A temperatura permanece constante.. Explanandu Logo, o volume final do gás é de 0,5 L. Descrição do m fenómeno António Padrão | ESAS
  • 17. Leis da natureza 17  Para explicar os fenómenos, recorremos a leis da natureza.  Uma lei da natureza é uma afirmação geral acerca do modo como a natureza se comporta.  As leis da natureza têm um caráter universal, isto é, aplicam-se a todos os objetos de uma certa categoria e não estão limitadas a qualquer lugar ou momento.  As leis mais simples têm a forma «Todo o F é G».  Exemplo: «Todos os planetas têm órbitas elíticas».  A proposição «Há planetas que têm órbitas elíticas» não exprime qualquer lei, pois não é António Padrão | ESAS
  • 18. Leis da natureza 18  Nem todas as proposições universais exprimem leis.  Problema: o que distingue as leis da natureza das generalizações acidentais?  Exemplos de generalizações acidentais:  «Todos os alunos que estão nesta sala são alunos de 11.º ano».  «Todas as notas que tenho na carteira são de 5 euros».  «Todos os automóveis estacionados naquele parque são da marca xpto». António Padrão | ESAS
  • 19. Leis deterministas e leis 19 estatísticas  Nos três exemplos de explicações anteriormente apresentados, utilizaram-se leis deterministas, isto é, leis que não especificavam qualquer probabilidade, do tipo «Todo o F é G».  Quando, numa explicação, utilizamos leis deterministas, então estamos a utilizar o modelo nomológico dedutivo. António Padrão | ESAS
  • 20. Leis deterministas e leis 20 estatísticas  Algumas leis científicas são leis estatísticas, isto é, são leis que invocam probabilidades; por exemplo, «Os F têm uma probabilidade de 90% de serem G».  Quando, numa explicação, utilizamos leis estatísticas, então estamos a utilizar o modelo nomológico estatístico-indutivo. António Padrão | ESAS
  • 21. Exemplo de explicação com lei 21 estatística 1. Cerca de 90% dos doentes infetados com estreptococos recuperam em 24 horas depois de lhes terem administrado penicilina. 2. O João tinha uma infeção de estreptococos e administraram-lhe penicilina na quarta-feira. 3. Logo, o João recuperou da infeção na quinta- feira. António Padrão | ESAS
  • 22. Explicações de leis 22  Explicar uma lei é inferi-la de leis mais gerais.  Explicamos uma lei mostrando que esta é um caso específico de uma lei mais englobante e profunda.  Exemplo: leis de Galileu, Kepler e Newton (p. 179). António Padrão | ESAS
  • 23. Explicação e previsão 23  Para os defensores do modelo nomológico, não há qualquer diferença importante entre explicação e previsão. A única diferença corresponde aos tempos verbais utilizados.  Exemplo de previsão: Todos os pedaços de cobre que são aquecidos dilatam. Este pedaço de cobre está a ser aquecido. Logo, este pedaço de cobre dilatará. António Padrão | ESAS
  • 24. Críticas ao modelo nomológico 24  Ler Manual, p. 180. 1. Nem todos os argumentos que obedecem ao modelo nomológico são explicações, dado que, por vezes, as condições iniciais não são causas do acontecimento a explicar. 2. O modelo nomológico não se aplica às ciências sociais e humanas, já que nestas ciências as leis têm menos importância. António Padrão | ESAS
  • 25. Questão de revisão 25  Utilizando o modelo nomológico, responda à seguinte questão:  «Por que é que a corrente de água de uma torneira, quando a água corre devagar, se vai estreitando à medida que cai?» [Walker, 1990, p. 157] António Padrão | ESAS
  • 26. Bibliografia 26  Almeida et al. (2008). A arte de pensar – Filosofia 11.º ano. Lisboa: Didáctica Editora.  Galliano, A. G. (1979). O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harper & Row.  Losee, J. (1998). Introdução histórica à filosofia da ciência. Lisboa: Terramar.  Walker, J. (1990). O grande circo da física. Lisboa: Gradiva. António Padrão | ESAS