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AUTISMO E APRENDIZAGEM

                      Ensinar a criança com autismo


Shopler e tal (1978) demonstraram que as crianças com autismo funcionam
melhor em condições bem estruturadas: como a organização dos espaços físicos
de ensino, a organização dos materiais e actividades adaptados às diferenças
individuais de cada criança, definição de tarefas (como, quando e quanto) e a
definição de rotinas e regras explícitas.
Este tipo de intervenção baseia-se num trabalho directo com crianças num
programa curricular centrado nas áreas fortes e emergentes, identificadas numa
avaliação especializada.
Contudo, apesar de uma boa estruturação do ambiente e das actividades e do
empenho e formação dos técnicos, muitos factores dificultam a aprendizagem
destas crianças, nomeadamente défices de:


            Motivação
            Sequenciação
            Processamento sensorial
            Atenção
            Memória
            Resolução de problemas
            Comunicação
Para controlar todos os factores comprometedores de aprendizagem na criança
com autismo, não há receitas mágicas, mas existem estratégias que, se
sistematicamente aplicadas, podem facilitar os trabalhos dos pais e técnicos e
permitirem uma aprendizagem menos fatigante para todos: criança, técnicos e
pais.




   Ausenda Nunes                                                          1
MOTIVAÇÃO


Para a criança com autismo não faz sentido a necessidade de iniciar, realizar ou
terminar uma dada tarefa ou actividade. Para ela, essa actividade não tem ou
não representa uma finalidade bem definida.
Estas crianças não têm qualquer sentimento de competição, orgulho no sucesso
ou vergonha de falhar. São indiferentes ao desejo de agradar aos outros.
Contudo, não são indiferentes ao seu próprio sucesso nas tarefas. É mesmo
frequente mostrarem satisfação ao completar uma tarefa e frustração em não a
realizar.
De facto, alguns dos comportamentos ritualistas e obsessivos destas crianças são
claramente auto-motivaçionais , mas diferem do auto-reforço normal, uma vez
que parecem não existir limites.
Este tipo de comportamento dificulta que a criança direccione a sua atenção
para as actividades da sala de aula.




                                 SEQUENCIAÇÃO


Estas crianças têm dificuldades em seguir sequências. Muitas vezes constatamos
que têm dificuldade em seguir o modelo dado. Parece que falham na abstracção
do princípio ou da regra na qual a sequência se baseia. Outras vezes
constatamos que podem até seguir a regra, mas sem a compreender. As crianças
autistas mais capazes produzem para si próprias sequências que demonstram a
existência de princípios sequenciadores, mas mantêm as dificuldades em segui-
las, se impostas pelos outros.
Tempo e casualidade são dois tipos de sequências. O tempo pode ser
interpretado como uma sequência de acontecimentos, e isso não representa
nenhum problema em particular para as crianças autistas, desde que forneça
uma sequência inalterável. No entanto, como nas outras sequências, estas
crianças sentem dificuldades em prever a partir do pré-definido. Mudanças na
rotina tornam-se assustadoras e imprevisíveis e provocam, normalmente uma



   Ausenda Nunes                                                            2
certa resistência; não é a mudança em si que provoca desconforto, mas a
mudança na sequência daquilo que vai ter de realizar.
Os défices comuns na sequenciação são:
Dificuldade em pensar antecipadamente e numa sequência, uma tarefa, tal
como completar um puzzle ou um outro jogo com sequência;
Dificuldade em planear, escolher e retirar apenas um item de cada vez, em vez
de retirar tudo de uma só vez ou de forma desorganizada;
Dificuldade em perceber a totalidade dos itens usados, mantendo-se muito
distraído, por vezes, face a pequenos detalhes ou preservando apenas num
pormenor ou detalhe.



                       PROCESSAMENTO SENSORIAL


Uma das características mais paradoxais da crianças com autismo é a
inconsistência da sua reacção face aos estímulos perceptivos, o que perturba
todo o seu processo de aprendizagem.
Podemos considerar os estímulos tácteis, visuais e auditivos, como aqueles que
se encontram directamente implicados nesse processo. Com efeito, este
processo tem em conta a capacidade que a criança possui para integrar duas
modalidades sensoriais ao mesmo tempo e, o tempo necessário para processar e
organizar a informação.
Possuem uma falha no processamento complexo da informação (Minshew, 1992)
e não um défice de atenção e aquisição de informação.
Paralelamente aos problemas relacionados com            a integração de duas
percepções, apresentam uma grande variação no tempo necessário para o
processamento.
Estas reacções traduzem-se por vezes em fobias de natureza vária ou em
comportamentos de auto-estimulação e auto-mutilação.
Os técnicos, tal como os pais e educadores, que ser sensíveis a esta variação e
dar à criança tempo suficiente, para a compreensão da tarefa, antes de
pressupor que ela não compreendeu ou que não sabe a resposta adequada.




   Ausenda Nunes                                                           3
ATENÇÃO



Um dos pontos importantes do processo de desenvolvimento das respostas
sociais é a competência para partilhar e dirigir a atenção com os outros. As
crianças com autismo muito raramente tentam partilhar ou chamar a atenção do
adulto para si ou para os seus brinquedos e raramente apontam para algo que
lhes interessa. Esta característica não tem apenas implicações sociais, mas
também tem graves implicações no processo de aprendizagem.
A duração e organização da atenção dispensada a uma dada actividade varia de
acordo com a idade desenvolvimental da criança e com o tipo de actividade em
causa. No entanto, a criança com autismo pode atender por períodos
relativamente longos de tempo, a uma actividade não estruturada ou fácil, ou
mesmo em actividades que lhe são familiares, mas dar uma atenção muito
reduzida ou diminuta a tarefas mais trabalhosas ou novas.
Existem crianças que se concentram atentamente em tarefas como puzzles ou
desenhos, mas que dão uma atenção muito menor a tarefas de linguagem ou de
jogo intencional.
Apresentam uma “hiper-selecção de estímulos”. Respondem apenas a uma parte
restrita do ambiente; têm como que uma “atenção em túnel”, na qual como que
apenas alguns estímulos se encontram agrupados, enquanto que outros são
ignorados.




                                  MEMÓRIA


A memória é outra das características paradoxais destas crianças. Elas são
muitas vezes referenciadas como tendo uma memória “excepcional”. Podem ser
capazes de retirar um desenho complexo e elaborado de um livro e de o
reproduzir sem ter o original presente. Podem repetir frases ou canções
publicitárias, mas é extremamente complicado conseguirem recontar uma
história que ouviram e, se o fizerem, será como um conjunto de datalhes muito
precisos e não como uma história como um todo. Na maioria dos casos, também


   Ausenda Nunes                                                         4
não são capazes de dizer, por exemplo, o que comeram ao pequeno almoço,
responder a simples questões como “Em que dia fazes anos?” ou “Como é que te
chamas?”
Reflectem uma memória armazenada por episódios ou por factos concretos
(memória semântica) e não um corpo de conhecimentos integrado.
Estas crianças têm uma incapacidade em termos de memória pessoal ou relativa
a acontecimentos pessoais, uma vez que desconhecem, na maioria das vezes, a
dimensão pessoal.
Hoje sabe-se, nomeadamente através do relato de alguns autistas, que eles têm
extrema dificuldade em relembrar acções ou recordar acontecimentos que lhe
acontecem a eles próprios.
As memórias podem estar presentes, mas não se encontram sob forma que
permita ao autista a sua busca espontânea, quando por exemplo lhe perguntam
o que almoçou ou como passou o fim de semana.
Isto não quer dizer que eles não tenham sentimentos acerca de si próprios, mas
sim que têm dificuldade em usar esses sentimentos, em reflectir acerca deles e
voltar a eles mais tarde. Têm dificuldades em codificar a informação que se
encontra presente em cada episódio, de forma a que possam usar essa
informação num episódio futuro.



                                  IMITAÇÃO


As crianças com autismo tendem a apresentar competências de imitação pobres.
Tanto no que se refere à duplicação do comportamento como no assumir do
papel do outro.
No entanto, muitos dos autistas que verbalizam aparentemente imitam bem,
produzindo réplicas daquilo que ouvem, incluindo entoações e acentuações com
ar mecânico. Mas a exactidão dessa imitação é que fornece uma pista para a
particularidade dos seus problemas.
Em termos de comunicação, estas crianças tendem a não tomar o papel do outro
no diálogo, mas a repetir exactamente aquilo que ouviram.




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Em termos motores, muitas delas têm dificuldades em imitar movimentos, mas
com treino adequado, muitas tendem a desenvolver, embora de uma maneira
desajeitada, essas competências.



                   PREOCUPAÇÕES, ESTEREOTIPIAS E RITUAIS


Podem ser simples ou complexas.
Podem tomar diferentes formas, nomeadamente questões repetitivas, de
preocupações temáticas, actividades estereotipadas, ou actividades abstractas,
sons ou ladainhas repetitivos e por vezes incompreensíveis ou sem sentido.
Os comportamentos mais frequentemente observados são o saltitar, rodopiar,
brincar com a areia ou pedrinhas por entre os dedos e as mãos, balanceamento
do corpo ou manuseamento das mãos em frente dos espelhos, ou persistir numa
dada tarefa de forma rotineira e obsessiva.
As estereotipias (verbais e não verbais), ocorrem mais frequentemente durante
as tarefas menos estruturadas ou mesmo não estruturadas ou de jogo livre.
Podem ocorrer também durante tarefas estruturadas, concorrendo com a
atenção e concentração da criança.



                             RESISTÊNCIA À MUDANÇA


   Uma das características da criança com autismo é a sua resistência à
   mudança. Esta características é observada quando a criança permanece
   num dado comportamento ou actividade, recusa deixar o material que está
   a utilizar, ou rejeita a mudança de uma determinada área de interesse para
   outra.
   O desconforto desta transição pode não se relacionar com a preferência da
   criança pela actividade que está a realizar, ou com o facto de não gostar da
   nova actividade que lhe está a ser proposta, mas simplesmente por exigir
   um processo de mudança. Por outro lado também pode ser analisada como
   uma recusa a parar uma actividade auto-reforçadora ou auto-motivadora.



   Ausenda Nunes                                                             6
A incapacidade da criança em prever ou aceitar a mudança é uma das
maiores     causas   de    alteração    de    comportamento,      com   birras   ou
comportamentos de auto-agressão ou auto-mutilação.
É importante     que, sempre que é didacticamente necessária a útil, a
mudança ocorra de uma forma muito gradual e lenta, para que a criança
não a sinta como aversiva.



                          RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Devido a dificuldades de generalização, estas crianças tendem a não aplicar
futuramente as estratégias aprendidas numa dada situação.
A sua aprendizagem caracteriza-se por situações específicas e apresentam
grandes dificuldades em generalizar para situações novas. Isto quer dizer
que as estratégias aprendidas numa determinada situação, não irão estar
disponíveis numa situação futura semelhante, que se apresente como nova.
Estas crianças falham na abstracção de princípios gerais que guiam a
escolha das estratégias.



                                       LINGUAGEM


As dificuldades de linguagem nos autistas são uma das suas principais
características. Afectam tanto a capacidade comunicativa, como a forma
como elas se comportam, pensam e sentem. Apesar do atraso da aquisição
da linguagem, quando esta emerge faz-se por uma ordem de aquisições de
sons e erros fonológicos sobreponíveis aos das crianças normais.
É importante salientar que as dificuldades de linguagem nos autistas
abrangem mais do que o discurso. A criança com autismo tem dificuldades
em todos os tipos de linguagem não verbal, incluindo a expressão facial,
linguagem corporal e gestual. Têm também problemas quer ao nível da
compreensão,     quer     ao   nível   da    expressão   e   a   gravidade   destas
incapacidades pode variar consideravelmente. Pode mesmo acontecer que



Ausenda Nunes                                                                    7
algumas crianças tenham um discurso adequado, mas possuam uma
compreensão muito limitada daquilo que ouvem; o seu discurso é mais
imitativo do que o resultado de uma atribuição de significado. Por outro
lado, crianças com pouco ou nenhum discurso, podem apresentar um grau
de compreensão bem desenvolvido.
Muitas vezes, têm um discurso imitativo e não de transmissão ou troca de
informação.
O défice de compreensão tem maiores implicações em termos de
aprendizagem, mas apresentam também anomalias em termos de uso da
linguagem, que caracterizam o seu desenvolvimento. Entre elas a ausência
completa de linguagem; a ecolália imediata (a repetição imediata das
palavras que acaba de ouvir); a ecolália retardada (a repetição das palavras
ouvidas anteriormente e aplicadas noutro contexto ou situação); o uso
repetitivo, estereotipado e idiossincrático das palavras; a imaturidade da
estrutura gramatical das palavras; confusão semântica; inversão de
pronomes; etc.
As trocas sociais com os outros são, normalmente, limitadas ou ausentes.



                              JOGO SIMBÓLICO


Uma das características mais notáveis nas crianças com autismo é a
ausência total do jogo simbólico. Isto quer dizer que elas não se envolvem
no jogo ou brincadeira típica do “faz de conta” do tipo “mães e pais”, ou
“médicos e doentes”. Normalmente brincam com os objectos de uma forma
muito peculiar, alinhando cubos todos de seguida por tamanhos ou por
cores, ou colocando repetidamente as bonecas dentro da casinha de
brincar, não manifestando qualquer jogo imaginativo.
A pobreza do jogo simbólico não leva apenas a que a criança perca
oportunidades em termos sociais, como prejudica toda a possibilidade de
aprendizagem daí decorrente, uma vez que a alternância de papeis e de
perspectivas permite o início da compreensão da interacção social. Por
outro lado, em termos comunicativos, este tipo de jogo também beneficia a



Ausenda Nunes                                                              8
sua aprendizagem. Como resultado a sua não existência prejudica vários
   aspectos do desenvolvimento.



                                COGNIÇÃO SOCIAL


   Abrange o desenvolvimento social, a consciência de si mesmo, a motivação,
   as crenças sociais e envolve a apreciação das emoções.
   Apresentam uma incapacidade de criar empatia e posteriormente saber
   aquilo que o outro está a sentir, pensar ou acreditar. Esta incapacidade
   mantém-se presente em todos os autistas, mesmo nos mais capazes.
   Origina as dificuldades que estas crianças apresentam em se relacionar com
   os outros, o que provoca um isolamento social característico.
   Alguns autores referem que os défices cognitivos podem ser um resultado
   aos problemas sociais.



            CONSIDERAÇÕES ACERCA DA ESCOLHA DOS OBJECTIVOS


   A escolha dos objectivos educativos deve ter sempre em conta critérios bem
   definidos, tais como:
        O seu realismo em função da criança em causa
        A pertinência na escola
        As prioridades das necessidades dos pais




REALISMO:


Certas aquisições ou comportamentos aparecem mais rapidamente se
determinados pré-requisitos estiverem presentes.
Escolhidos com base nas capacidades emergentes conhecidas, através quer da
avaliação realizada, quer da entrevista com pais e educadores.




   Ausenda Nunes                                                          9
PERTINÊNCIA NA ESCOLA:


Há um certo número de comportamentos que são particularmente úteis à
adaptação escolar da criança com autismo, nomeadamente:
   o Tolerar a presença de outras crianças;
   o Trabalhar com elas;
   o Cooperar e aceitar o quotidiano de uma classe, etc.




PRIORIDADES DAS FAMÍLIAS:


Existem aprendizagens e comportamentos que os pais consideram essenciais
para a vida e harmonia familiar.
Por exemplo comportamentos relacionados com aspectos alimentares, ou
comportamentos em locais públicos, como restaurantes e cafés.
É essencial um trabalho de equipa e coordenado, com base em objectivos
precisos e definidos, que devem ser considerados a três níveis:


   o A longo prazo
   o A médio prazo (de três meses a um ano)
   o Imediatos.




Numa programação desta natureza, existem normalmente dois grandes tipos de
objectivos:


   o Os que se referem a conteúdos educativos definidos com base nas
       capacidades existentes e emergentes em termos de desenvolvimento;
   o Os que se referem à conduta a ter face a comportamentos difíceis ou
       estranhos, que interferem com a situação de aprendizagem.




   Ausenda Nunes                                                           10
12 CONSELHOS PRÁTICOS


1) Não tente trabalhar muitos aspectos ao mesmo tempo. Escolha
    prioridades.
2) Mantenha-se o mais calmo possível e use uma linguagem clara e precisa.
3) Tente ser consistente quando está a trabalhar um comportamento
    particular. Estabeleça rotinas simples.
4) A comunicação entre todos os envolvidos na educação da criança tem de
    ser contínua – todos têm de usar as mesmas regras.
5) Sempre que lhe seja possível, tente lidar com os comportamentos
    inadequados de uma forma calma e divertida.
6) Quando a intervenção e confrontação de tornar necessária, certifique-se
    de que é capaz de o controlar com sucesso.
7) Seja cuidadoso para não reforçar comportamentos indesejáveis. Por
    exemplo, gritar e ficar zangado pode constituir uma recompensa se o
    resultado for uma maior atenção por parte do Educador.
8) Divida todas as tarefas e comportamentos a serem trabalhados, em
    passos muito pequenos (tome nota de que, por vezes, os passos também
    têm passos).
9) O comportamento demora a mudar. Seja paciente e persistente.
10) Nunca se sinta sozinho. Peça ajuda, partilhe.
11) Tente ter sempre em conta os aspectos positivos. Pare de olhar só para
    os problemas.
12) Não se preocupe com o tempo.




Ausenda Nunes                                                          11
Bibliografia:


       ARENDT, L. - Living and Working With Autism: Practical Guidelines. London:
       Published by the National Autistic Society. 1992.


       JORDAN, R; POWELL, S. – The Special Curricular Needs of Autistic Children:
       Learning and Thinking Skills. Published by the Association of Heads and
       Teachers of Adults and Children with Autism. 1990.


       JORDAN, R; POWELL, S. - Autism and Learning: a Guide for Good Practice.
       London: David Fulton Publishers. 1997.


       JORDAN, R; POWELL, S. -                      Understanding and Teaching Children With
       Autism. London: John Wiley & Sons. 1995.


       SCHOPLER, E.; MESIBOV, G. B. - Learning and Cognition in Autism. New
       York: Plenum Press. 1995.


       WING, L. -           Autistic Spectrum Disorders: an aid to diagnosis. London:
       Published by the National Autistic Society. 1995.




__________________________
   Resumido e adaptado do documento Autismo e Aprendizagem: Linhas Orientadoras para trabalhar com Crianças com
o Espectro Autista, sintetizado e coordenado por Carla Elsa Marques, no âmbito do “Projecto de Intervenção e Apoio a
Crianças com Perturbações do Espectro do Autismo e suas Famílias” do Hospital Pediátrico de Coimbra.




     Ausenda Nunes                                                                                              12

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Ensinar crianças com autismo

  • 1. AUTISMO E APRENDIZAGEM Ensinar a criança com autismo Shopler e tal (1978) demonstraram que as crianças com autismo funcionam melhor em condições bem estruturadas: como a organização dos espaços físicos de ensino, a organização dos materiais e actividades adaptados às diferenças individuais de cada criança, definição de tarefas (como, quando e quanto) e a definição de rotinas e regras explícitas. Este tipo de intervenção baseia-se num trabalho directo com crianças num programa curricular centrado nas áreas fortes e emergentes, identificadas numa avaliação especializada. Contudo, apesar de uma boa estruturação do ambiente e das actividades e do empenho e formação dos técnicos, muitos factores dificultam a aprendizagem destas crianças, nomeadamente défices de: Motivação Sequenciação Processamento sensorial Atenção Memória Resolução de problemas Comunicação Para controlar todos os factores comprometedores de aprendizagem na criança com autismo, não há receitas mágicas, mas existem estratégias que, se sistematicamente aplicadas, podem facilitar os trabalhos dos pais e técnicos e permitirem uma aprendizagem menos fatigante para todos: criança, técnicos e pais. Ausenda Nunes 1
  • 2. MOTIVAÇÃO Para a criança com autismo não faz sentido a necessidade de iniciar, realizar ou terminar uma dada tarefa ou actividade. Para ela, essa actividade não tem ou não representa uma finalidade bem definida. Estas crianças não têm qualquer sentimento de competição, orgulho no sucesso ou vergonha de falhar. São indiferentes ao desejo de agradar aos outros. Contudo, não são indiferentes ao seu próprio sucesso nas tarefas. É mesmo frequente mostrarem satisfação ao completar uma tarefa e frustração em não a realizar. De facto, alguns dos comportamentos ritualistas e obsessivos destas crianças são claramente auto-motivaçionais , mas diferem do auto-reforço normal, uma vez que parecem não existir limites. Este tipo de comportamento dificulta que a criança direccione a sua atenção para as actividades da sala de aula. SEQUENCIAÇÃO Estas crianças têm dificuldades em seguir sequências. Muitas vezes constatamos que têm dificuldade em seguir o modelo dado. Parece que falham na abstracção do princípio ou da regra na qual a sequência se baseia. Outras vezes constatamos que podem até seguir a regra, mas sem a compreender. As crianças autistas mais capazes produzem para si próprias sequências que demonstram a existência de princípios sequenciadores, mas mantêm as dificuldades em segui- las, se impostas pelos outros. Tempo e casualidade são dois tipos de sequências. O tempo pode ser interpretado como uma sequência de acontecimentos, e isso não representa nenhum problema em particular para as crianças autistas, desde que forneça uma sequência inalterável. No entanto, como nas outras sequências, estas crianças sentem dificuldades em prever a partir do pré-definido. Mudanças na rotina tornam-se assustadoras e imprevisíveis e provocam, normalmente uma Ausenda Nunes 2
  • 3. certa resistência; não é a mudança em si que provoca desconforto, mas a mudança na sequência daquilo que vai ter de realizar. Os défices comuns na sequenciação são: Dificuldade em pensar antecipadamente e numa sequência, uma tarefa, tal como completar um puzzle ou um outro jogo com sequência; Dificuldade em planear, escolher e retirar apenas um item de cada vez, em vez de retirar tudo de uma só vez ou de forma desorganizada; Dificuldade em perceber a totalidade dos itens usados, mantendo-se muito distraído, por vezes, face a pequenos detalhes ou preservando apenas num pormenor ou detalhe. PROCESSAMENTO SENSORIAL Uma das características mais paradoxais da crianças com autismo é a inconsistência da sua reacção face aos estímulos perceptivos, o que perturba todo o seu processo de aprendizagem. Podemos considerar os estímulos tácteis, visuais e auditivos, como aqueles que se encontram directamente implicados nesse processo. Com efeito, este processo tem em conta a capacidade que a criança possui para integrar duas modalidades sensoriais ao mesmo tempo e, o tempo necessário para processar e organizar a informação. Possuem uma falha no processamento complexo da informação (Minshew, 1992) e não um défice de atenção e aquisição de informação. Paralelamente aos problemas relacionados com a integração de duas percepções, apresentam uma grande variação no tempo necessário para o processamento. Estas reacções traduzem-se por vezes em fobias de natureza vária ou em comportamentos de auto-estimulação e auto-mutilação. Os técnicos, tal como os pais e educadores, que ser sensíveis a esta variação e dar à criança tempo suficiente, para a compreensão da tarefa, antes de pressupor que ela não compreendeu ou que não sabe a resposta adequada. Ausenda Nunes 3
  • 4. ATENÇÃO Um dos pontos importantes do processo de desenvolvimento das respostas sociais é a competência para partilhar e dirigir a atenção com os outros. As crianças com autismo muito raramente tentam partilhar ou chamar a atenção do adulto para si ou para os seus brinquedos e raramente apontam para algo que lhes interessa. Esta característica não tem apenas implicações sociais, mas também tem graves implicações no processo de aprendizagem. A duração e organização da atenção dispensada a uma dada actividade varia de acordo com a idade desenvolvimental da criança e com o tipo de actividade em causa. No entanto, a criança com autismo pode atender por períodos relativamente longos de tempo, a uma actividade não estruturada ou fácil, ou mesmo em actividades que lhe são familiares, mas dar uma atenção muito reduzida ou diminuta a tarefas mais trabalhosas ou novas. Existem crianças que se concentram atentamente em tarefas como puzzles ou desenhos, mas que dão uma atenção muito menor a tarefas de linguagem ou de jogo intencional. Apresentam uma “hiper-selecção de estímulos”. Respondem apenas a uma parte restrita do ambiente; têm como que uma “atenção em túnel”, na qual como que apenas alguns estímulos se encontram agrupados, enquanto que outros são ignorados. MEMÓRIA A memória é outra das características paradoxais destas crianças. Elas são muitas vezes referenciadas como tendo uma memória “excepcional”. Podem ser capazes de retirar um desenho complexo e elaborado de um livro e de o reproduzir sem ter o original presente. Podem repetir frases ou canções publicitárias, mas é extremamente complicado conseguirem recontar uma história que ouviram e, se o fizerem, será como um conjunto de datalhes muito precisos e não como uma história como um todo. Na maioria dos casos, também Ausenda Nunes 4
  • 5. não são capazes de dizer, por exemplo, o que comeram ao pequeno almoço, responder a simples questões como “Em que dia fazes anos?” ou “Como é que te chamas?” Reflectem uma memória armazenada por episódios ou por factos concretos (memória semântica) e não um corpo de conhecimentos integrado. Estas crianças têm uma incapacidade em termos de memória pessoal ou relativa a acontecimentos pessoais, uma vez que desconhecem, na maioria das vezes, a dimensão pessoal. Hoje sabe-se, nomeadamente através do relato de alguns autistas, que eles têm extrema dificuldade em relembrar acções ou recordar acontecimentos que lhe acontecem a eles próprios. As memórias podem estar presentes, mas não se encontram sob forma que permita ao autista a sua busca espontânea, quando por exemplo lhe perguntam o que almoçou ou como passou o fim de semana. Isto não quer dizer que eles não tenham sentimentos acerca de si próprios, mas sim que têm dificuldade em usar esses sentimentos, em reflectir acerca deles e voltar a eles mais tarde. Têm dificuldades em codificar a informação que se encontra presente em cada episódio, de forma a que possam usar essa informação num episódio futuro. IMITAÇÃO As crianças com autismo tendem a apresentar competências de imitação pobres. Tanto no que se refere à duplicação do comportamento como no assumir do papel do outro. No entanto, muitos dos autistas que verbalizam aparentemente imitam bem, produzindo réplicas daquilo que ouvem, incluindo entoações e acentuações com ar mecânico. Mas a exactidão dessa imitação é que fornece uma pista para a particularidade dos seus problemas. Em termos de comunicação, estas crianças tendem a não tomar o papel do outro no diálogo, mas a repetir exactamente aquilo que ouviram. Ausenda Nunes 5
  • 6. Em termos motores, muitas delas têm dificuldades em imitar movimentos, mas com treino adequado, muitas tendem a desenvolver, embora de uma maneira desajeitada, essas competências. PREOCUPAÇÕES, ESTEREOTIPIAS E RITUAIS Podem ser simples ou complexas. Podem tomar diferentes formas, nomeadamente questões repetitivas, de preocupações temáticas, actividades estereotipadas, ou actividades abstractas, sons ou ladainhas repetitivos e por vezes incompreensíveis ou sem sentido. Os comportamentos mais frequentemente observados são o saltitar, rodopiar, brincar com a areia ou pedrinhas por entre os dedos e as mãos, balanceamento do corpo ou manuseamento das mãos em frente dos espelhos, ou persistir numa dada tarefa de forma rotineira e obsessiva. As estereotipias (verbais e não verbais), ocorrem mais frequentemente durante as tarefas menos estruturadas ou mesmo não estruturadas ou de jogo livre. Podem ocorrer também durante tarefas estruturadas, concorrendo com a atenção e concentração da criança. RESISTÊNCIA À MUDANÇA Uma das características da criança com autismo é a sua resistência à mudança. Esta características é observada quando a criança permanece num dado comportamento ou actividade, recusa deixar o material que está a utilizar, ou rejeita a mudança de uma determinada área de interesse para outra. O desconforto desta transição pode não se relacionar com a preferência da criança pela actividade que está a realizar, ou com o facto de não gostar da nova actividade que lhe está a ser proposta, mas simplesmente por exigir um processo de mudança. Por outro lado também pode ser analisada como uma recusa a parar uma actividade auto-reforçadora ou auto-motivadora. Ausenda Nunes 6
  • 7. A incapacidade da criança em prever ou aceitar a mudança é uma das maiores causas de alteração de comportamento, com birras ou comportamentos de auto-agressão ou auto-mutilação. É importante que, sempre que é didacticamente necessária a útil, a mudança ocorra de uma forma muito gradual e lenta, para que a criança não a sinta como aversiva. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Devido a dificuldades de generalização, estas crianças tendem a não aplicar futuramente as estratégias aprendidas numa dada situação. A sua aprendizagem caracteriza-se por situações específicas e apresentam grandes dificuldades em generalizar para situações novas. Isto quer dizer que as estratégias aprendidas numa determinada situação, não irão estar disponíveis numa situação futura semelhante, que se apresente como nova. Estas crianças falham na abstracção de princípios gerais que guiam a escolha das estratégias. LINGUAGEM As dificuldades de linguagem nos autistas são uma das suas principais características. Afectam tanto a capacidade comunicativa, como a forma como elas se comportam, pensam e sentem. Apesar do atraso da aquisição da linguagem, quando esta emerge faz-se por uma ordem de aquisições de sons e erros fonológicos sobreponíveis aos das crianças normais. É importante salientar que as dificuldades de linguagem nos autistas abrangem mais do que o discurso. A criança com autismo tem dificuldades em todos os tipos de linguagem não verbal, incluindo a expressão facial, linguagem corporal e gestual. Têm também problemas quer ao nível da compreensão, quer ao nível da expressão e a gravidade destas incapacidades pode variar consideravelmente. Pode mesmo acontecer que Ausenda Nunes 7
  • 8. algumas crianças tenham um discurso adequado, mas possuam uma compreensão muito limitada daquilo que ouvem; o seu discurso é mais imitativo do que o resultado de uma atribuição de significado. Por outro lado, crianças com pouco ou nenhum discurso, podem apresentar um grau de compreensão bem desenvolvido. Muitas vezes, têm um discurso imitativo e não de transmissão ou troca de informação. O défice de compreensão tem maiores implicações em termos de aprendizagem, mas apresentam também anomalias em termos de uso da linguagem, que caracterizam o seu desenvolvimento. Entre elas a ausência completa de linguagem; a ecolália imediata (a repetição imediata das palavras que acaba de ouvir); a ecolália retardada (a repetição das palavras ouvidas anteriormente e aplicadas noutro contexto ou situação); o uso repetitivo, estereotipado e idiossincrático das palavras; a imaturidade da estrutura gramatical das palavras; confusão semântica; inversão de pronomes; etc. As trocas sociais com os outros são, normalmente, limitadas ou ausentes. JOGO SIMBÓLICO Uma das características mais notáveis nas crianças com autismo é a ausência total do jogo simbólico. Isto quer dizer que elas não se envolvem no jogo ou brincadeira típica do “faz de conta” do tipo “mães e pais”, ou “médicos e doentes”. Normalmente brincam com os objectos de uma forma muito peculiar, alinhando cubos todos de seguida por tamanhos ou por cores, ou colocando repetidamente as bonecas dentro da casinha de brincar, não manifestando qualquer jogo imaginativo. A pobreza do jogo simbólico não leva apenas a que a criança perca oportunidades em termos sociais, como prejudica toda a possibilidade de aprendizagem daí decorrente, uma vez que a alternância de papeis e de perspectivas permite o início da compreensão da interacção social. Por outro lado, em termos comunicativos, este tipo de jogo também beneficia a Ausenda Nunes 8
  • 9. sua aprendizagem. Como resultado a sua não existência prejudica vários aspectos do desenvolvimento. COGNIÇÃO SOCIAL Abrange o desenvolvimento social, a consciência de si mesmo, a motivação, as crenças sociais e envolve a apreciação das emoções. Apresentam uma incapacidade de criar empatia e posteriormente saber aquilo que o outro está a sentir, pensar ou acreditar. Esta incapacidade mantém-se presente em todos os autistas, mesmo nos mais capazes. Origina as dificuldades que estas crianças apresentam em se relacionar com os outros, o que provoca um isolamento social característico. Alguns autores referem que os défices cognitivos podem ser um resultado aos problemas sociais. CONSIDERAÇÕES ACERCA DA ESCOLHA DOS OBJECTIVOS A escolha dos objectivos educativos deve ter sempre em conta critérios bem definidos, tais como:  O seu realismo em função da criança em causa  A pertinência na escola  As prioridades das necessidades dos pais REALISMO: Certas aquisições ou comportamentos aparecem mais rapidamente se determinados pré-requisitos estiverem presentes. Escolhidos com base nas capacidades emergentes conhecidas, através quer da avaliação realizada, quer da entrevista com pais e educadores. Ausenda Nunes 9
  • 10. PERTINÊNCIA NA ESCOLA: Há um certo número de comportamentos que são particularmente úteis à adaptação escolar da criança com autismo, nomeadamente: o Tolerar a presença de outras crianças; o Trabalhar com elas; o Cooperar e aceitar o quotidiano de uma classe, etc. PRIORIDADES DAS FAMÍLIAS: Existem aprendizagens e comportamentos que os pais consideram essenciais para a vida e harmonia familiar. Por exemplo comportamentos relacionados com aspectos alimentares, ou comportamentos em locais públicos, como restaurantes e cafés. É essencial um trabalho de equipa e coordenado, com base em objectivos precisos e definidos, que devem ser considerados a três níveis: o A longo prazo o A médio prazo (de três meses a um ano) o Imediatos. Numa programação desta natureza, existem normalmente dois grandes tipos de objectivos: o Os que se referem a conteúdos educativos definidos com base nas capacidades existentes e emergentes em termos de desenvolvimento; o Os que se referem à conduta a ter face a comportamentos difíceis ou estranhos, que interferem com a situação de aprendizagem. Ausenda Nunes 10
  • 11. 12 CONSELHOS PRÁTICOS 1) Não tente trabalhar muitos aspectos ao mesmo tempo. Escolha prioridades. 2) Mantenha-se o mais calmo possível e use uma linguagem clara e precisa. 3) Tente ser consistente quando está a trabalhar um comportamento particular. Estabeleça rotinas simples. 4) A comunicação entre todos os envolvidos na educação da criança tem de ser contínua – todos têm de usar as mesmas regras. 5) Sempre que lhe seja possível, tente lidar com os comportamentos inadequados de uma forma calma e divertida. 6) Quando a intervenção e confrontação de tornar necessária, certifique-se de que é capaz de o controlar com sucesso. 7) Seja cuidadoso para não reforçar comportamentos indesejáveis. Por exemplo, gritar e ficar zangado pode constituir uma recompensa se o resultado for uma maior atenção por parte do Educador. 8) Divida todas as tarefas e comportamentos a serem trabalhados, em passos muito pequenos (tome nota de que, por vezes, os passos também têm passos). 9) O comportamento demora a mudar. Seja paciente e persistente. 10) Nunca se sinta sozinho. Peça ajuda, partilhe. 11) Tente ter sempre em conta os aspectos positivos. Pare de olhar só para os problemas. 12) Não se preocupe com o tempo. Ausenda Nunes 11
  • 12. Bibliografia: ARENDT, L. - Living and Working With Autism: Practical Guidelines. London: Published by the National Autistic Society. 1992. JORDAN, R; POWELL, S. – The Special Curricular Needs of Autistic Children: Learning and Thinking Skills. Published by the Association of Heads and Teachers of Adults and Children with Autism. 1990. JORDAN, R; POWELL, S. - Autism and Learning: a Guide for Good Practice. London: David Fulton Publishers. 1997. JORDAN, R; POWELL, S. - Understanding and Teaching Children With Autism. London: John Wiley & Sons. 1995. SCHOPLER, E.; MESIBOV, G. B. - Learning and Cognition in Autism. New York: Plenum Press. 1995. WING, L. - Autistic Spectrum Disorders: an aid to diagnosis. London: Published by the National Autistic Society. 1995. __________________________  Resumido e adaptado do documento Autismo e Aprendizagem: Linhas Orientadoras para trabalhar com Crianças com o Espectro Autista, sintetizado e coordenado por Carla Elsa Marques, no âmbito do “Projecto de Intervenção e Apoio a Crianças com Perturbações do Espectro do Autismo e suas Famílias” do Hospital Pediátrico de Coimbra. Ausenda Nunes 12