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CA
TÁ
LO
GOIIIBAFFBAHIA AFRO
FILM FESTIVAL
13 A 23 DE MAIO DE 2010 CACHOEIRA-BAHIA-BRASIL
01
PAG.
05 Textos de abertura
12 Homenageados
24 Programação
38 Mostra de filmes convidados
46 Mostra competitiva
64 Jurados
68 Ficha técnica
72 Agradecimentos
05
PAG.
O BAHIA AFRO FILM FESTIVAL
tem como objetivo principal
divulgar, integrar e promover
discussões em torno da pro-
dução de cinema e de vídeos,
nacionais e internacionais,
que possuam como temá-
tica central o cidadão afro-
descendente, com ênfase
na diáspora africana, no
sincretismo cultural, no hu-
manismo e na preservação
de raízes e valores.
O Festival pensa o cinema
afrodescendente, que atua à
frente ou atrás das câmeras,
através da produção industrial
ou da produção indepen-
dente de trabalhos audiovi-
suais. Além de divulgar e
agregar a experiência e a
produção acadêmica e inte-
lectual comprometidas com
o tema, o BAHIA AFRO FILM
FESTIVAL mantém um acervo
audiovisual para mostras e
exibições especiais durante
todo o ano.
A escolha de Cachoeira, no
Recôncavo Baiano, para
palco de tão expressivo
evento, deve-se ao fato de
tratar-se de uma região histó-
rica e que apresenta uma alta
concentração de população
negra ou de ascendência
negra no Brasil, sendo hoje
um dos principais destinos
do turismo étnico.
O BAHIA AFRO FILM FESTIVAL
atrai a atenção para a impor-
tância do cinema de temá-
tica afro, contribuindo
positivamente para o pro-
cesso de profissionalização
e de crescimento da produ-
ção audiovisual na Bahia.
Focado também em ques-
tões fundamentais de forma-
ção e integração, o Festival
desenvolve, paralelamente,
oficinas profissionalizantes e
ações de responsabilidade
social. Destaque-se a “Mos-
tra Itinerante” viabilizada
através de Cineclubes, par-
cerias e convênios com os
diversos setores da educa-
ção e da cultura em nosso
país, que percorrerá escolas
e entidades organizadas de
cidades do Recôncavo e de
outras regiões baianas, bem
como cidades do interior e
de várias capitais brasileiras.
O estabelecimento do BAHIA
AFRO FILM FESTIVAL em Ca-
choeira deve-se, entre ou-
tros fatores, à constatação
de condições favoráveis ao
estabelecimento de um
“Pólo Regional de Cinema”
na região do Recôncavo
Baiano, que inclusive já conta
com o “Curso de Cinema da
Universidade Federal do
Recôncavo”. Sem perder
de vista que a história de Ca-
choeira, passada e presente,
remete-nos às nossas raízes
e ancestralidades.
Da localização geográfica ao
valor histórico, do patrimônio
monumental à beleza paisa-
gística, da sensibilidade à
receptividade próprias do
seu povo, Cachoeira, ao abri-
gar o BAHIA AFRO FILM FESTIVAL,
transformar-se-á num autên-
tico palco cultural de reflexão,
discussão e debate, desper-
tando a atenção e possibili-
tando que se vivencie um
Festival afrocultural demo-
crático, eclético, atraente e
único em nosso país.
Lázaro Faria
Cineasta.
Diretor e Curador
do Festival.
III BAFF BAHIA
AFRO FILM FESTIVAL
07
PAG.
06
PAG.
O cineasta mineiro Humberto
Mauro afirmou que “Cinema
é Cachoeira”, figurando a
imagem do cinema como o
intenso movimento das
águas, que tem dinamismo,
beleza e continuidade eterna.
Essa metáfora foi marcante
para um grupo de jovens
que, nos idos da década de
70 do século XX, carregavam
projetores 16mm para exibi-
ção de filmes nos lençóis
brancos que o povo estendia
e que serviam de telão nas
praças públicas.
Esse exercício para mostrar
as diferentes realidades do
Brasil e do mundo propiciou
o vigor do movimento cine-
clubista, através do negro
generoso e intelectual Luiz
Orlando, inesgotável fonte
de informações sobre a exis-
tência de filmes com dife-
rentes conteúdos e
linguagens cinematográfi-
cas. Dessa maneira, circulá-
vamos na Boca do Lixo, em
São Paulo, com apoio do ci-
neclubista Diogo Gomes, que
dirigia a Dinafilme – Distribui-
dora Nacional de Filmes para
cineclubes, criada pelo movi-
mento cineclubista nacional,
para conseguir uma filmo-
grafia alternativa e que não
representasse a imposição
do consumo “alienígena”.
Quem sabe não estávamos
exercitando a “subversiva pi-
rataria” para conhecer a ci-
nematografia do Realismo
Socialista, da Nouvelle
Vague, do Cinema Novo, do
Cinema Marginal, bem como
produções dirigidas por Fe-
lini, Serguei Eisenstein, In-
gman Bergman, Rogério
Sganzerla, Humberto Mauro,
Nelson Perreira dos Santos,
João Batista de Andrade,
Roberto Pires, Orlando
Senna, Glauber Rocha, Jean-
Luc Godard, Luiz Bunnuel e
outros tantos cineastas cen-
surados na época. Descobri-
mos o cinema novo, onde
Glauber Rocha nos influen-
ciou a adotar Terra em
Transe como o nome do pri-
meiro cineclube que criamos
em Cachoeira – no início da
década de 70 do século XX.
Para Glauber Rocha, uma
câmera na mão e uma ideia
na cabeça representavam o
ponto de partida para des-
velar a rica trama da diversi-
dade cultural brasileira,
manifestada nas expres-
sões das camadas popula-
res e, principalmente, da
africanizada riqueza cultu-
ral. Para aquela juventude
cachoeirana, deliciar-se
com as imagens em movi-
mento de Barravento, Deus
e o Diabo na Terra do Sol, O
Dragão da Maldade Contra
o Santo Guerreiro, entre ou-
tros, era verdadeiramente
fascinante, e representava
descobrir os labirintos que
aquela nova estética cine-
matográfica impunha aos
olhares e cérebros que esti-
mulavam os adolescentes e
jovens à subversão.
Esse fascínio levou à exibi-
ção de filmes nas praças pú-
blicas e nos terreiros de
candomblés, a exemplo do
Itaylê Ogum, onde o capoei-
rista e cineasta Arnol Con-
ceição e o cineasta Geraldo
Sarno filmaram Yaô. Passa-
mos a ter a compreensão de
que “Cachoeira é Cinema,” é
a “Terra em Transe”, é a ver-
dadeira e natural cidade ci-
nematográfica, muito bem
aproveitada pelos cineastas:
Geraldo Sarno, Fernando
Coni, Joel Almeida, Araripe,
Sérgio Machado, Otávio Be-
zerra, Élson Rosário, Vitor
Diniz, Fernando Belens,
entre outros de igual valor.
Destaque-se a trajetória de
Arnol Conceição que, de
pescador, capoeirista e car-
pinteiro, também descobriu
seu talento de operário da
arte cinematográfica. Arnol
Conceição é considerado
pelo pesquisador e cineasta
CACHOEIRA É CINEMA!
09
PAG.
08
PAG.
Geraldo Sarno como o pri-
meiro cineasta negro baiano
a produzir um filme docu-
mentário: “Massapê”. Mere-
cedor de justa e honrosa
homenagem do III BAHIA
AFRO FILM FESTIVAL.
É nesse cenário afrobarroco
da cidade banhada pelo Rio
Paraguaçu, e ligada ao pre-
sépio de Senhor São Felix
pela trançada e transada
ponte de aço D. Pedro II,
que estamos acolhendo o
III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL.
Uma iniciativa da Casa de Ci-
nema da Bahia, dirigida pelo
cineasta Lázaro Faria, que
teve sua saga inicial no Pe-
lourinho de Salvador, percor-
rendo a Senzala do Barro
Preto do Ilê Ayê – Curuzu,
para assentar sua cabeça
em Cachoeira, no roncó do
Terreiro da Nação Nagô do
Território de Identidade do
Recôncavo da Bahia.
O III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL
está sendo organizado e rea-
lizado pelo colegiado for-
mado pelo Ponto de Cultura
do Centro de Educação e
Cultura Vale do Iguape – Ex-
pressão Cidadania Quilom-
bola; pela Rede Terreiro
Cultural do Centro de Estudo
Pesquisa e Ação Sócio Cultu-
ral; a Casa de Cinema da
Bahia; e o importante Curso
de Cinema instalado no Cen-
tro de Artes, Humanidades e
Letras da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia – coor-
denado por Danillo Barata.
Esse colegiado vem tecendo
a realização do III BAHIA AFRO
FILM FESTIVAL, como as
mãos dos pescadores
tecem suas redes, e com o
carinho com que as senho-
ras de bilros teciam seus
belos panos de renda, sen-
tadas nas portas das ruas
das antigas cidades e co-
munidades.
Avançamos com muita pa-
ciência, dedicação e convic-
ção. A audácia e a sabedoria
guerrilheira da nação nagô
foi determinante para encon-
trarmos os aliados dessa
prazerosa jornada que
aposta em um Festival de ci-
nema e audiovisual estrutu-
rante e diferenciado.
Sem tapete vermelho, obvia-
mente, a antiga Fábrica Leite
Alves – onde as charuteiras,
como Dalva Xodó, capea-
vam o fumo enrolando as ci-
garrilhas e compondo
sambas de roda ritmados
pelas batidas das tabuinhas
– abre as suas portas para
acolher o emblemático III
BAHIA AFRO FILM FESTIVAL,
onde atualmente funciona o
Centro de Artes, Humanida-
des e Letras – CAHL (Univer-
sidade Federal do Recôncavo
Baiano – UFRB), que abriga o
Curso de Cinema Documen-
tário e Audiovisual.
Não é por acaso, e sim pela
determinação do Curso de
História, que abrimos as ativi-
dades do III BAHIA AFRO FILM
FESTIVAL no dia 13 de maio,
como espécie de alvorada
anunciadora comemorando
os 122 anos da “Aerosa Pas-
seata”, protagonizada exata-
mente em 13 de maio de
1888, pelo maestro abolicio-
nista Tranquilino Bastos, con-
jugada com os 140 anos da
Filarmônica Lira Ceciliana, fun-
dada pelo próprio maestro.
Dando sentido étnico ao
protagonismo desse Festi-
val, o etnomusicólogo de
raiz Jejê – músico, composi-
tor e ator Mateus Aleluia –
ex-componente do especial
grupo musical “Tincoãs”,
além de homenageado, ba-
tiza a abertura oficial do III
Bahia Afro Film Festival com
o maravilhoso show (recital
e manifesto) denominado “5
Sentidos”. Acompanhado da
orquestra “Afro Sinfônica”,
Mateus Aleluia indaga a Ca-
choeira e ao mundo: qual o
seu sentido de ser cidadão?
O que pretendemos de um
mundo tão desigual, injusto
para com os índios, negros,
mulheres e outros segmentos
da sociedade, que sempre
foram deixados à margem
dos direitos universais?
Cachoeira, sempre em
transe, revelou figuras aboli-
cionistas libertadoras e em-
blemáticas como: André
Rebouças, Maria Quitéria,
Ana Nery, João de Deus etc.
Um parêntese para incluir
Salu da Farmácia como um
roteiro à parte. Não poderia
deixar de destacar o ca-
choeirano Anjo Negro – ator
e poeta Mário Gusmão –
que será um dos homena-
geados no futuro IV BAHIA
AFRO FILM FESTIVAL.
O III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL,
além de primar pela afirma-
ção de conteúdos audiovi-
suais, destacando a
diversidade cultural brasi-
leira e universal, transforma-
se num espaço de múltiplas
articulações políticas e cultu-
rais que se desdobram em
eixos temáticos, dando luz
para a construção de políti-
cas públicas que viabilizem
o fortalecimento da cadeia
produtiva do audiovisual,
ampliando a produção, dis-
tribuição e difusão de con-
teúdos regionalizados, de
inquestionável qualidade
competitiva, para ocupar es-
paços nas redes de televi-
são públicas e privadas, e
em outros meios de difusão.
A mostra de documentários
do cineasta cubano Santiago
Alvarez, com a presença da
sua ex-companheira Lazara
Herrera, viúva e zeladora do
seu riquíssimo acervo cine-
matográfico, também repre-
sentando a Oficina de
Documentário do ICAIC –
Instituto Cubano de Arte e
Indústria Cinematográficas,
propiciará o intercâmbio e a
troca de saberes entre esse
conceituado Centro de For-
mação e o Curso de Cinema
da UFRB, e demais atores
sociais engajados na produ-
ção audiovisual.
III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL con-
verte-se numa ação perma-
nente, com o lançamento e a
implementação da Mostra Iti-
nerante que, de início, percor-
rerá 24 cidades de 6 estados,
com perspectiva de amplia-
ção, formando uma rede de di-
fusão mesclada com
atividades de formação e ca-
pacitação, através de oficinas,
debates, seminários, rodas de
conversas etc. Envolve esco-
las, cineclubes e pontos de
cultura, entre outros, otimi-
zando um grande número de
iniciativas não governamentais
e instalações de suporte
governamental do sistema
de cultura, educação e ou-
tras áreas.
Estamos vivenciando um
momento oportuno para in-
tegração de diversificadas
experiências no campo da
formação, pesquisa, produ-
ção, distribuição e difusão
audiovisual, que crescem
em intensa velocidade esti-
muladas pelo acesso às re-
novadas tecnologias de
informação e comunicação.
Agradecemos a todas as
pessoas e às instituições en-
gajadas nesse valoroso pro-
jeto, afirmando que o III
BAHIA AFRO FILM FESTIVAL
passa a compor o Calendá-
rio Cultural do Recôncavo da
Bahia e do Brasil, com nítida
perspectiva de transformar-
se em um Festival de gran-
deza internacional. Axé!
Luiz Cachoeira
Cineclubista. Produtor
audiovisual. Coordenador
do Ponto de Cultura Rede
Terreiro Cultural – Centro
de Estudo Pesquisa e
Ação Sócio Cultural, em
Cachoeira, Bahia.
11
PAG.
Nos idos de 1984, na cidade
de Cachoeira, tivemos o privi-
légio de receber, no Cine
Glória, uma versão da Jornada
Brasileira de Cinema da Bahia.
Pouco tempo depois, a jor-
nada virou um evento interna-
cional. Talvez tenha sido um
dos últimos sopros de vida do
cinema da cidade, que teve
uma das laterais do seu teto
ruída em 2008.
Hoje o Programa Monu-
menta/IPHAN e a Universi-
dade Federal do Recôncavo
da Bahia desenvolvem um
projeto de requalificação do
cinema e de três casas do
quarteirão. O projeto objetiva
ativar o cineteatro, e criar um
centro de preservação de fil-
mes e uma cinemateca, con-
solidando os pilares da cadeia
da preservação e difusão.
O curso de Cinema e Audio-
visual da UFRB, simbolica-
mente, nasceu bem no
momento em que o templo
do audiovisual da cidade de
Cachoeira precisava de cui-
dados. O primeiro curso su-
perior público de Cinema e
Audiovisual, implantado em
universidade no Norte e Nor-
deste do Brasil, confere-nos
a importante missão de,
além da formação, potencia-
lizar processos de constru-
ção e afirmação das marcas
identitárias no campo da
cultura e do audiovisual.
O acolhimento do III BAHIA
AFRO FILM FESTIVAL faz parte
dessa política. E engran-
dece-nos na medida em que
realizadores, pesquisadores,
cineclubistas, estudantes e,
sobretudo, o povo do território
do Recôncavo Baiano, esta-
rão representados nas telas
do Festival. Esse povo afro-
descendente, de origem ma-
tricial, de fato precisa vivenciar
um sentimento de pertença e
empoderamento nos meios
de comunicação. É funda-
mental sentir-se brasileiro.
Além da exibição nas cidades
de Cachoeira e São Félix,
acontecerá uma itinerância
em diversas comunidades re-
manescente de quilombos no
Iguape – Kaonge.
Acreditamos que o cinema e o
audiovisual são um farol, e que
podem orientar e clarear as
nossas práticas por meio de
ações cidadãs. Nessa perspec-
tiva, o audiovisual se inscreve
como um dos muitos falares
que serão requisitados para
compreender as demandas e,
também, as desigualdades
sepultadas e atenuadas pelos
ritmos históricos que in-
cluem/excluem regiões brasi-
leiras. Isso num diálogo mais
ou menos interativo, no to-
cante aos graves problemas
sociais da nossa realidade.
Danillo Barata
Coordenador do
Colegiado de Cinema
e Audiovisual da UFRB.
O CURSO DE CINEMA
E AUDIOVISUAL DA UFRB
O FAROL E A PEDRA DA BALEIA
Homenageados
O maestro Tranquilino Bastos
nasceu em Cachoeira (1850).
Era filho de um português com
uma escrava alforriada. Apren-
deu sozinho a tocar clarineta e,
ainda jovem, criou o grupo mu-
sical Recreio Cachoeirano, que
se exibia nas festas da cidade.
Integrou o coro da Igreja do
Monte e a Orquestra de São
Benedito, que se apresentava
nas festividades religiosas,
como a de Santa Cecília, pa-
droeira dos músicos.
Em 1870, já engajado nas
lutas contra a escravidão e
dominando a técnica de ou-
tros instrumentos, Tranqui-
lino cria a filarmônica
Euterpe Ceciliana – nome
original da atual Sociedade
Orféica Lyra Ceciliana –,
sendo seu primeiro regente
e professor. Como mestre
de banda garimpava, entre
os artesãos e a juventude
pobre de Cachoeira, quem
tinha talento para ser ins-
truído sobre os mistérios da
música. E assim formava os
músicos para sua filarmônica.
Na noite de 13 de Maio de
1888, Tranquilino Bastos, di-
rigindo a Euterpe Ceciliana,
desfila pelas ruas de Ca-
choeira, à frente de uma
multidão, composta predo-
minantemente de negros e
mulatos, comemorando a
assinatura da lei que abolia a
escravidão no Brasil. Nas dé-
cadas seguintes a sua fama
de regente, compositor e
professor de música logo se
espalha por todo o Recôn-
cavo Baiano. Tranquilino é
convidado e vai ensinar mú-
sica, estruturar, organizar e
reger filarmônicas em São
Félix (Harpa Sanfelixta), em
Feira de Santana (Sociedade
Victória) e em São Gonçalo
dos Campos (Lyra Sangonça-
lense). Além de atender a
essas sociedades musicais,
Tranquilino Bastos também
presta consultoria à filarmô-
nicas de outras cidades, in-
termediando a compra de
instrumentos musicais das
fábricas francesas Casas
Sax e Besson, de quem era
representante na Bahia. Nas
correspondências, Tranqui-
lino cotava preços e orien-
tava os fabricantes sobre
como aperfeiçoar os instru-
mentos destinados às filar-
mônicas baianas, para que
emitissem, no clima tropical,
uma melhor sonoridade. Em
1920 a Casa Sax remete-lhe
de Paris uma batuta de prata
e um diapasão (instrumento
metálico em forma de foqui-
lha que serve para afinar ins-
trumentos e vozes através
da vibração de um som mu-
sical de determinada altura).
Era um presente ao maes-
tro, autor de “Passo Do-
brado Nº 140”, música que
era executada no exterior.
Ao longo de sua trajetória,
Tranquilino Bastos compôs
295 dobrados, 150 marchas
festivas, 50 marchas fúne-
bres, 205 fragmentos de
ópera (transcritas para
banda marcial), 24 composi-
ções sacras, 80 composi-
ções diversas (entre valsas,
polacas e contradanças), 09
12
PAG.
MAESTRO
TRANQUILINO
BASTOS
MATEUS ALELUIA
ANTÔNIO
JORGE DIAS
DO NASCIMENTO
(MILICA)
O MAESTRO
TRANQUILINO
BASTOS
15
PAG.
fantasias e variações, 05
árias para canto e 03 hinos
patrióticos (entre eles, um
dedicado ao 13 de Maio).
Uma de suas composições
mais conhecidas é “Navio
Negreiro”, inspirada no fa-
moso poema do poeta ro-
mântico e abolicionista
Castro Alves. O acervo com
as partituras originais de
suas criações foi adquirido
pelo Estado da Bahia e en-
contra-se no Setor de Obras
Raras da Biblioteca Central
do Estado, à disposição de
estudiosos e pesquisadores.
Sua obra é considerada por
especialistas como de rele-
vante valor artístico musical,
e é constantemente consul-
tada por alunos de cursos
de pós graduação, tendo
servido de tema para disser-
tações de mestrado e teses
de doutorado em música.
Tranquilino foi também um
líder espírita – um dos fun-
dadores da Sociedade Espí-
rita Cachoeirana, em 1892.
Era vegetariano e praticante
da homeopatia, que utilizava
para prestar assistência e
atendimento médico alterna-
tivo à população pobre.
Como jornalista atuante, es-
creveu artigos na imprensa
cachoeirana onde defendia a
liberdade política e religiosa,
combatia o racismo e a tor-
tura aos presos, criticava as
desigualdades sociais e o
autoritarismo militar. Além
disso, pregava a Paz e de-
fendia o respeito à Natureza,
sendo contra a morte dos
animais – a quem conside-
rava irmãos – e contra a pri-
são dos pássaros em
gaiolas. Num dos seus arti-
gos defende ardorosamente
a liberdade de culto e critica
a perseguição aos pratican-
tes do Candomblé. “Acatar a
respeitar as funções destes
crentes, com a solenidade
de suas danças, cantos etc.,
é o dever dos que cultivam e
prezam a tolerência e o res-
peito às crenças alheias
tanto quanto às próprias. Não
acho correcto o procedimento
de uma autoridade que or-
dena o extermínio dessas fes-
tas inofensivas, profanando o
santuário com pontapés em
seus ídolos (santos).
Após afirmar que tais fatos
conspurcam as leis e ferem
a Constituição, Tranquilino
desabafa:
O Candomblé, como reli-
gião, entoa a Deus os seus
hymnos assim:
Egbeji moriô ri okorinkam
Orôhu moriô ro okorinkam
(Tradução)
Poderoso. Eu vos conheço
como o primeiro homem!
CORO
Ô kum-kum biri biri
Ajalê mori okorinkam
(Tradução)
Mesmo nas trevas eu vos
distingo como Poderoso.
Considerado o Mestre dos
Mestres de Banda da Bahia,
o “Maestro Bastos” era ve-
nerado por toda a Cachoeira,
sendo autor do hino oficial
da cidade, em que relata a
epopéia do povo cachoei-
rano nas lutas que deram iní-
cio à Guerra pela
Independência do Brasil. A
sua inspiração vinha-lhe de
valores morais que cultivava
com ardor, como a liber-
dade, a solidariedade, a ge-
nerosidade e o amor ao
próximo. Após ter formado
diversas gerações de músi-
cos, regentes e compositores
em toda a região, Tranquilino
Bastos, uma sólida referência
intelectual em Cachoeira e
em todo o Recôncavo, morre
em 1935, aos 85 anos.
Jorge Ramos
Jornalista. Autor de
“O Semeador de Orquestras –
Biografia de um Maestro
Abolicionista”.
17
PAG.
16
PAG.
vida musical orientado pelo
canto nos corais da igreja ca-
tólica – e olha que cantáva-
mos em latim – à qual juntei
minha herança genética,
toda a gama de informações
do candomblé. Ao mesmo
tempo em que estávamos na
igreja, éramos embalados
pelos cantos de Oxalá, Ye-
manjá, Oxossi e Xangô. E foi
essa via de captação espon-
tânea que determinou toda
minha criação musical”.
Essa virada garantiu aos Tin-
coãs – formado por Dadi-
nho, Eraldo e Mateus – uma
trajetória que levou o grupo
ao topo das paradas de su-
cesso entre os anos 70/80,
com apresentações nos
principais programas de te-
levisão do Brasil. Na época
Globo de Ouro, Programa
do Chacrinha e Fantástico –
da Rede Globo – e o Pro-
grama Flávio Cavalcanti, na
extinta Rede Tupi, num tra-
balho que merecidamente
foi reconhecido pela crítica
e pelo público. O principal
disco do grupo é um marco
importante da música brasi-
leira, não apenas pela quali-
dade das músicas, como
também pelo arranjo com
características de coral fei-
tos a partir de canções
oriundas dos terreiros de
candomblé, tendo como
base apenas quatro instru-
mentos: violão, atabaque,
agogô e cabaça. “Os Tin-
coãs” é considerado, até
hoje, o mais importante
grupo musical afro-brasileiro
da história da MPB. São cé-
lebres as criações e respec-
tivas interpretações de
“Cordeiro de Nanã”, “Pro-
messa ao Gantois”, “Yansã,
Mãe Virgem”, “Ogundê”,
“Canto para Yemanjá”, “A
Força da Jurema”, “Sauda-
ção aos Orixás” e “Obaluaê”,
entre outras canções.
Em 1983 os “Tincoãs” parte
para Angola, a princípio uni-
camente para uma semana
de apresentações. Mas vão
ficando e se envolvendo
cada vez mais com o país
que, embora convulsionado
pela guerra civil, muito tinha
a oferecer ao grupo, em ter-
mos da leitura de sua pró-
pria ancestralidade. Nessa
época Eraldo havia morrido
e tinha sido substituido por
Badu, que preferiu voltar ao
Brasil. Mateus e Dadinho fi-
caram em África. Dadinho
morre de derrame cerebral e
Mateus lá permanece por
duas décadas, forma família,
vivencia o fim da guerra e
assiste ao início da recons-
trução do país. “Foi em
Luanda que conheci as raí-
zes de minha ancestrali-
dade” define Mateus, para
quem o contato pessoal
“terra a terra” com a cultura
africana foi necessário para
reforçar e ampliar as sua
convicções de que o afrobar-
roco é nossa origem e des-
tino, enquanto cultura.
O reconhecimento do traba-
lho de Mateus Aleluia e dos
“Tincoãs” é feito por nomes
como Gilberto Gil afirma:
“Eles foram pioneiros, anterio-
res a tudo. Sustentaram um
compromisso com a dimen-
são afro-baiana, ciosos do
valor daquilo que faziam, e
mesmo tendo o conflito com
o convencionalismo domi-
nante, demonstraram cuidado
com valores que na época a
gente não estava atento”.
Jorge Ramos
Jornalista. Autor de
“O Semeador de Orquestras –
Biografia de um maestro
abolicionista”.
A formação artística do mú-
sico Mateus Aleluia é viva-
mente influenciada pela
mistura dos elementos que
sedimentaram em quatro
séculos a cultura do Recôn-
cavo Baiano. Para esse ca-
choeirano, nascido em 1943,
a formação de sua infância –
vivenciada simultanemente
entre o coro da Igreja de
Nossa Senhora do Rosário e a
iniciação nos rituais do can-
domblé, religião trazida por
seus ancestrais africanos – foi
decisiva para forjar o artista e
o cidadão, e montar uma car-
reira voltada para a cultura
afro-brasileira, denominação
que prefere etnologicamente
ampliar para “afrobarroca”.
E Mateus Aleluia insiste
nessa abordagem com ver-
niz antropológico. “ O bar-
roco no Brasil está na nossa
forma de ser, uma forma in-
tangível, imaterial, num casa-
mento com a cultura. Aqui o
colono europeu foi muito in-
fluenciado, do ponto de vista
cultural, coisa que não acon-
teceu, por exemplo, nos Es-
tados Unidos. Daí porque a
resistência cultural dos ne-
gros de lá não ficou tão bem
segmentada como aqui. A
ancestralidade africana in-
fluenciou muito mais a pró-
pria cultura brasileira, na
música, na dança, na gastro-
nomia, maneira de vestir e
em muitos outros elemen-
tos. Daí dizermos que o bar-
roco, que veio da Europa
trazido pelos colonos, aqui
se juntou aos elementos
hospedeiros do universo in-
dígena e a todas as manifes-
tações trazidas com a
diáspora africana”. Mateus
lembra que pesquisas ante-
riores feitas por nomes
como Joãozinho da Goméia
já exaltavam a musicalidade
vindo dos terreiros. E cita o
compositor cachoeirano
Tranquilino Bastos (1850-
1935), “por ter deixado al-
guma matéria sobre a
música de origem africana”
e ter defendido a ampla li-
berdade religiosa, num
tempo em que o candomblé
era perseguido pela Polícia.
Essa visão Mateus Aleluia
carrega consigo desde que
aderiu, em 1962, ao con-
junto vocal os “Tincoãs”, de
sua cidade. A sua entrada
redefiniu as propostas e os
rumos do grupo, até então
voltado para o gênero ro-
mântico, com seus boleros
e valsas dançantes. Mateus
foi o principal responsável
pela guinada do grupo:
“Paulatinamente fomos fa-
zendo uma mudança no
conceito do trabalho, o lado
musical foi sendo cada mais
influenciado pelo cultural. E
de forma espontânea come-
çamos a colocar um repertó-
rio que contivesse nossa
própria vivência, vindo a re-
velar esta junção do afro
com o barroco. Eu, por
exemplo, comecei minha
MATEUS
ALELUIA
19
PAG.
Antônio Jorge Dias do Nas-
cimento, que se dizia Milica,
era um poeta. Poeta, como
são todos aqueles que so-
nham ou morreram, como
ele, desejando mudar o
mundo com flores, palavras
e outras armas de grossos
calibres e duros golpes, que,
para ele, eram um projetor
de cinema, rolos de filmes e
a pedagogia de Paulo Freyre.
Caminhou extensas estra-
das, Brasil afora, com essas
“mortíferas” armas, viajando
sem passagem, de carona,
comendo na estrada poeira
e pão com mortadela.
Sim, poeta como são os lou-
cos, os visionários, os in-
quietos e os inconformados.
Irmãos dos amigos, seus ir-
mãos éramos nós, era Wal-
ney, Laércio, Zé da Liga, Lu
Cachoeira, o Cineclube Terra
em Transe que, com seus ir-
mãos, ajudou a fundar na cine-
matográfica cidade de
Cachoeira. E no Terra em
Transe viajou para os encontros
de cineclubistas; no Terra
em Transe enfrentava com
destemor a implacável per-
seguição e censura arbi-
trada pelos prepostos da
ditadura que davam plantão
em Cachoeira, e que viam
na prática cineclubista a
ameaça do fantasma comu-
nismo. As telas, então, eram
os lençóis brancos estendi-
dos pela população, e onde
os filmes eram exibidos, nas
zonas periféricas.
Milica nasceu em 6 de de-
zembro de 1956 e faleceu
em 14 de abril de 2002. Era
o quarto dos oito filhos que
tiveram Wandercock do Nas-
cimento e Zélia Dias do Nas-
cimento. Estudou filosofia,
trabalhou no Mobral Cultural
na década de 1980, foi edu-
cador, participou da funda-
ção do diretório do Partido
dos Trabalhadores de Ca-
choeira e era um cineclu-
bista. Milica era, antes de
tudo, um sonhador e pessoa
extremamente sensível com
o sofrimento humano. Fez
do cineclubismo um instru-
mento de luta política pela
redemocratização do Brasil,
pela justiça social.
É muito oportuno reproduzir
aqui o testemunho de seu
inseparável amigo Walney
Costa Araújo: “Eu e Mio en-
trávamos em ônibus coleti-
vos em Salvador fazendo
discursos de denúncia con-
tra a ditadura e as injustiças
sociais no Brasil. Nós sonhá-
vamos com Luiz Ignácio Lula
da Silva presidente do Brasil.
As pessoas ficavam perple-
xas; algumas nos apoiavam,
outras nos ofendiam. A
gente reagia à altura e saía-
mos correndo do ônibus
para não sermos linchados”.
Antônio Jorge Dias do Nasci-
mento, que se dizia Milica,
não viu Lula ser empossado,
mas foi votar em cadeira de
rodas e balão de oxigênio. Ele
estaria feliz com o III BAHIA
AFRO FILM FESTIVAL, com
tudo isto de que estamos
agora nos regozijando. Ele era
isso. Cinema-transformação.
Cinema-luta. Terra em transe.
Cacau Nascimento
Historiador e mestre em
antropologia. Irmão do
ex-cineclubista.
ANTÔNIO
JORGE DIAS
DO NASCIMENTO
(MILICA)
MILICA ERA O CINEMA-TRANSFORMAÇÃO.
CINEMA-LUTA. TERRA EM TRANSE.
21
PAG.
Em 1980, o marceneiro e ele-
tricista Arnol Conceição, na-
tural de Cachoeira, de
Oxossi, Odé Ajaí Koleji, filho
do babalorixá Enock, tornou-
se o primeiro documentarista
negro da Bahia ao fazer o
filme Massapê.
Embora tardio, será que po-
demos considerar este fato
como um marco real de des-
colonização?
Alguns documentaristas têm
usado a repetição de planos
numa aparente busca de ex-
pressar e perpetuar o mo-
mento mágico. A simples
repetição porém de um mo-
mento, por mais mágico/ma-
ravilhoso que ele seja, ou
tenha sido, em sua singulari-
dade, não induz o especta-
dor a perdurar na fruição
desse instante. O gol maravi-
lhoso de Zico, realizado em
um momento de explosão
criadora, repetido cinco, seis,
dez vezes na TV, em ritmo
normal, lento ou acelerado,
não mais me transmite, nem
reforça, nem prolonga aquela
sensação única que foi acom-
panhar em suspense os pas-
ses, a penetração na área,
ultrapassar os zagueiros ad-
versários e bater o goleiro
com tiro certeiro. O lance
quando visto pela primeira
vez, até o último segundo
que precede o gol, pressu-
põe sempre a surpresa, o
provável/possível, o desco-
nhecido. A repetição não
intensifica nem desdobra
essa sensação primeira. Per-
mitirá, quando muito, anali-
sar o lance, estudar a técnica
do atacante, as falhas da de-
fesa... Enfim a linguagem, a
forma pela qual se expressou
aquele momento mágico que
foi o gol de Zico.
Fernando Belens, psiquiatra
e cineasta baiano, realizou
Fibra, um documentário (do-
cumentário! talvez, mais de
uma aproximação possa ser
feita entre este filme e o La-
vrador, de Ana Carolina /
Paulo Rufino) no qual o mo-
mento mágico e dilatado por
toda a duração do filme. A in-
tensidade dos planos é man-
tida num mesmo nível do
princípio ao fim. A narração
(um poema etnográfico que
talvez não guarde nenhum
compromisso com a ciência
etnográfica) monocórdica e a
banda sonora musical sus-
tentam essa estrutura. Não
há repetição de planos. Não
há acumulação dramática.
No entanto a surpresa, o
inesperado podem ocorrer e
ocorrem, livremente. Como no
final, ao verificar-se que o mos-
trado tem a ver com o fato
real. Este filme seguramente
amplia e enriquece o espaço
poético do documentário.
Na verdade o que o docu-
mentário realmente docu-
menta com veracidade é a
minha maneira de documen-
tar. Ainda assim, devo admitir
que essa maneira de docu-
mentar (supondo-se que ela
pudesse ser configurada
num corpo orgânico de re-
gras e princípios filosóficos,
estéticos, etc.) estaria deter-
minada por questão de pro-
dução, por situações de
ordem técnica e por limita-
ções que decorrem de meu
maior ou menor domínio dos
meios de realização, como
minha maior ou menor expe-
riência etc. Quer dizer, entre
o originalmente imaginado -
a minha maneira de conce-
ber um tema – e a forma de-
finitiva que ele assume na
obra acabada há uma distân-
cia a percorrer durante a qual
o projeto inicial sofre modifi-
cações. E a questão ainda se
complica quando verifico que
o objeto a ser documentado,
o outro, o mundo, é vivo,
reage e é seguramente mais
rico e complexo que o pre-
viamente imaginado. A
minha afirmação inicial, a de
que o documentário real-
mente documenta com vera-
cidade é a minha maneira de
documentar, estará talvez
mais correta se também con-
cebo como maneira de docu-
mentar a minha peculiar
maneira de reagir às situa-
ções e questões concretas
que surgem durante a reali-
zação. A prática quase sem-
pre me força a agir assim.
Mas nem sempre estamos
preparados para rejeitar a
dualidade sujeito/objeto, para
U M A C O L A B O R A Ç Ã O D E G E R A L D O S A R N O P A R A R E F L E X Ã O S O B R E D O C U M E N T Á R I O.
TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO EM “FILME CULTURA” NÚMERO 44, DE ABRIL/AGOSTO DE 1984.
QUATRO NOTAS E UM DEPOIMENTO
SOBRE O DOCUMENTÁRIO
23
PAG.
22
PAG.
transformar todas as etapas
de realização de um filme do-
cumentário em etapas real-
mente criadoras, liberando a
subjetividade e assimilando a
invasão inesperada do real.
Quando isto ocorre, antes
mesmo que o espectador, o
primeiro resultado quem o
colhe sou eu mesmo com a
ampliação de meu espaço in-
terior imagístico.
De qualquer maneira a subje-
tividade, assumida ou não
conscientemente pelo reali-
zador, impõe suas regras
mesmo quando este busca a
objetividade.
O moderno documentário
brasileiro, aquele a que Paulo
Emílio se referiu: “focali-
zando sobretudo as formas
arcaicas da vida nordestina e
constituindo de certa forma
o prolongamento, agora se-
reno e paciente, do enfoque
cinemanovista, esses filmes
documentam a nobreza in-
trínseca do ocupado e a sua
competência”, construiu sua
poética numa relação pró-
xima com as ciências sociais.
A sociologia, a economia, a
antropologia, a política fun-
cionaram como prismas atra-
vés dos quais a câmera do
documentarista buscava
apreender a realidade. É bem
verdade que desde o início
levaram vantagem sobre o
Cinéma Vérité porque nunca
se iludiram quanto à possibi-
lidade de atingir a pura obje-
tividade. Aceitou-se
claramente essa mediação
das ciências sociais. Desse
esquema nem a vanguarda
se libertou. O documentário
de vanguarda substituiu as
ciências sociais por um sis-
tema de valores fílmicos, frio
e racional, esvaziado de qual-
quer projeção subjetiva e de
qualquer possibilidade de in-
terferência do real.
Releio o que acabo de escre-
ver e vejo que esse é um en-
foque que tanto tem de
sedutor quanto de fácil e
falso. Na verdade, pensando
bem, os documentários aos
quais Paulo Emílio se referiu
buscaram nas ciências sociais
apenas uma escora provisória
e precária, que atiraram fora
assim que abriram espaço
para sua poética. O que se
buscou todo o tempo foi
essa poética, foi essa forma
de estruturar uma linguagem
documentária, e o centro da
questão esteve sempre
muito mais na busca de am-
pliação dos espaços dessa
linguagem documentária (em
relação à ficção, à poesia, ao
processo cinematográfico to-
mado no seu todo) do que na
maior ou menor aproximação
com o enfoque específico de
determinada ciência social.
Se pensamos diferente-
mente, torna-se difícil, por
exemplo, compreender e jul-
gar a obra de Euclides da
Cunha. Sem dúvida, os cien-
tistas sociais julgarão em
grande parte, senão na sua
totalidade, ultrapassadas as
teses geográficas, sociais e
mesmo filosóficas, que Eucli-
des disserta em Os Sertões.
O mérito do livro, porém, re-
conhecido de imediato
desde o lançamento, não de-
pendeu da atualidade dessas
teses naquela época, como,
hoje, o reconhecê-las ultra-
passadas não reduz o livro a
um simples interesse histó-
rico. Isso sem dúvida ocorre-
ria se se tratasse apenas de
uma obra de ciência. A sua
estrutura poética, a sua lin-
guagem é que lhe assegu-
ram perenidade e a
posição-chave que ocupa na
formação da literatura nacio-
nal. Poética e linguagem que
não estão esvaziadas de um
profundo compromisso com
o homem brasileiro, de uma
clara preocupação para com
os destinos da nação que, no
caso, se deve muito mais à
postura do artista do que às
teorias do cientista. Este enfo-
que talvez nos ajude também
a compreender a permanên-
cia da obra de escritores
como Gilberto Freyre.
Essas considerações possibi-
litam apreender a evolução or-
gânica do documentário
brasileiro. Permitem superar
uma visão fragmentada do
mesmo e acompanhar não só
o desenvolvimento de sua
dialética interna como tam-
bém indicar seus possíveis
desdobramentos, que hoje
apontam para a supressão de
todos os sistemas prévios.
Essa liberação está se dando
nas duas direções: do subje-
tivo, com o autor lançando-
se a si mesmo no ato de
documentar o outro (Di,
Glauber Rocha); do real, fa-
zendo-o invadir o espaço ci-
nematográfico com todos
seus elementos impuros e im-
previsíveis, sem submetê-lo
ao controle de esquemas e
sistemas prévios (A pedra da
riqueza, Vladimir Carvalho).
Depoimento:
Costuma-se vincular Vira-
mundo à sociologia, Viva Ca-
riri! à economia e Iaô à
antropologia. E de certa ma-
neira é correto. No entanto,
em nenhum momento, foi
meu objetivo principal fazer
exposições científicas. O que
sempre me moveu foi pôr
em andamento a construção
de uma linguagem cinemato-
gráfica documentária, que
cada vez mais expandisse os
limites nos quais estava tra-
dicionalmente confinados. O
Cinéma Vérité, embora esti-
mulasse a utilização de
novos equipamentos que
permitiam registro de ima-
gem e som sincrônicos,
sempre me pareceu uma
castração do documentário
com sua recusa violenta da
mise-en-scène e de todos os
elementos ficcionais.
Viramundo (1964-65), a
pensá-lo em termos mera-
mente sociológicos, ousou ir
além da sociologia da época,
para espanto manifesto de
alguns sociólogos. Isto pode
ter algum mérito do ponto de
vista da sociologia. Porém no
plano cinematográfico em
que ele se colocou não há
nenhum mérito especial por
isto. Foi conseqüência natu-
ral do espaço que ele se per-
mitiu abrir para construir sua
linguagem. Iaô surgiu 10
anos depois de Viramundo.
Alguns querem ver entre
este e aquele o lento e ama-
durecido percurso do docu-
mentarista Geraldo Sarno, o
caminho que vai de um filme
agressivamente ideológico a
um outro em que essa agres-
sividade cede vez à com-
preensão de manifestações
onde, a rigor, os políticos não
esperam encontrar firmes
posturas ideológicas. Nada
mais falso. O projeto que deu
depois em Iaô existia desde
1965, foi o primeiro a ser feito
após concluir Viramundo e
tinha por título A cidade sa-
grada. Estava informado por
leituras de Edson Carneiro,
Pierre Verger e, sobretudo,
Roger Bastide. E desde então
destinado a ser a contrapar-
tida de Viramundo na docu-
mentação das religiões
afro-brasileiras que, como
todos os fenômenos huma-
nos, não representam um
único e exclusivo papel na
vida das sociedades. Se em
determinados momentos his-
tóricos têm um papel confor-
mista, antiliberador, em
outros momentos e situações
são fatores dinâmicos de
aglutinação de forças e resis-
tências sociais e culturais. E é
claro que Iaô se beneficiou de
uma narração inspirada num
texto de Juana Elbein dos
Santos, o que muito contri-
buiu para a leitura final que se
tem do filme hoje.
Tão significativos para minha
própria evolução interior
foram os documentários Viva
Cariri! e Segunda-feira. Do
primeiro, afirmar sua estru-
tura em três patamares (agri-
cultura, artesanato e
indústria) superpostos a de-
monstrações de religiosi-
dade e misticismo não diz
tudo. Talvez não diga o es-
sencial. Salvo engano, foi o
primeiro documentário a for-
mular a ruptura do gênero
em direção à ficção. Não só
o todo da estrutura dramá-
tica encontra-se armado em
blocos de sequências justa-
postas, como se fosse um
painel, esvaziando-as de um
relacionamento direto e natu-
ralístico entre si, como o
rompimento se dá na cons-
trução interna de determina-
das sequências: só no plano
da imagem, só no plano do
som e no som e imagem ao
mesmo tempo. No plano da
imagem: os planos de operá-
rios que constroem a estátua
de Padre Cícero são editados
de forma não-cronológica;
rompendo a sequência natu-
ral do trabalho, o plano rea-
liza a crítica do fato que
documenta. No plano do
som: por sobre o plano sin-
crônico do coronel que narra
seu relacionamento com os
moradores da fazenda, em
volume mais elevado, o
mesmo coronel queixa-se irri-
tado do governo e de perse-
guições e violências
políticas; as duas bandas so-
noras paralelas se interrom-
pem quando ele saca do
revólver e atira três vezes,
forma habitual de reunir os
moradores, como ele ex-
plica. Em ambos: por truca-
gem, penitente que carrega
cruz e multidão que o
acompanha pelas ruas de
Juazeiro marcham para
trás; na banda sonora, su-
cessivamente, ouvem-se
gritos de arregimentação
militar e fuzilaria/tiroteio, tí-
picos de cena de guerra.
Segunda-feira já é um docu-
mentário inteiramente libe-
rado de qualquer
compromisso que não seja
com o próprio universo que
documenta, e com uma
poética diretamente inspi-
rada por esse mesmo uni-
verso. “É como um baião de
Luiz Gonzaga”, me disse-
ram. Talvez seja.
Geraldo Sarno
Diretor. Roteirista.
Documentarista.
Programação
13 A 23
DE MAIO
DE 2010
25
PAG.
24
PAG.
DIA 13.05 (quinta-feira)
14:30h – CONFERÊNCIA “OS
SIGNIFICADOS DO DIA 13 DE
MAIO DE 1888”.
Mesa redonda com historiadores:
• Walter Fraga – professor da
Universidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia/UFRB. • Fábio
Batista – professor do Colégio
Edvaldo Brandão. • Maria Helena
Araújo – professora do Colégio
Estadual da Cachoeira. • Cacau
Nascimento – professor do
Centro Educacional Rômulo
Galvão de São Felix.
Local: auditório do Colégio Esta-
dual da Cachoeira.
17:00h – ABERTURA DA EXPOSIÇÃO
“IMAGENS DO UNIVERSO AFRO”.
Com trabalhos do artista Han-
sem Bahia, e dos fotógrafos
Pierre Verger e Adenor Gondim.
Local: nova sede da Fundação
Hansem Bahia, junto ao Centro
de Artes, Humanidades e Le-
tras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
20:00h – PERFORMANCE DO
PROJETO “POVO DA MÚSICA”,
DO MAESTRO ABOLICIONISTA
TRANQUILINO BASTOS.
Comemorando os 122 anos da
“Airosa Passeata”, ocorrida em
13 de maio de 1888, liderada
pelo maestro abolicionista
Tranquilino Bastos. Alusiva à
assinatura do Decreto de Abo-
lição da Escravatura e aos 140
anos de fundação da Filarmô-
nica “Lira Ceciliana”, criada
pelo próprio maestro.
Local: saída da Sede da Filarmô-
nica Lira Ceciliana, percorrendo o
Centro Histórico de Cachoeira.
DIA 14.05 (sexta-feira)
19:00h – ABERTURA DO MEMORIAL
DA HISTÓRIA DOS EQUIPAMENTOS
DE CINEMA, ORGANIZADO PELO
CINEASTA ROQUE ARAÚJO.
Varal de entalhes do artista Davi
Rodrigues e mosaico fotográfico
de Seo Zé, com feitura de Azeite
de Dendê no Massapé.
Local: foyer do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
20:00h – ABERTURA OFICIAL DO
III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL.
Com homenagem póstuma ao
maestro abolicionista Tranquilino
Bastos. Homenagens ao artista
Mateus Aleluia, ao cineasta Ar-
nold Conceição, ao Ministro da
Cultura – Juca Ferreira.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Mesa com representações
institucionais:
• Ministro da Cultura – Juca Fer-
reira. • Coordenador Nacional do
Programa Monumenta – Luiz
Fernando. • Reitor da Universi-
dade Federal do Recôncavo da
Bahia/UFRB – Paulo Gabriel.
• Assessor da Presidência da
27
PAG.
26
PAG.
Petrobras – Rosemberg Pinto.
• Coordenador de Comunica-
ção da Petrobras Nordeste –
Darcle Andrade. • Secretário
Estadual de Cultura – Márcio
Meireles. • Secretário Estadual
de Turismo – Antônio Carlos
Tramm. • Superintendente do
SEBRAE – Edval Passos. • Se-
cretária de Promoção da Igual-
dade – Luiza Bairros. • Diretor
do CAHL da Universidade Fede-
ral do Recôncavo da Bahia/UFRB.
– Xavier Vantin. • Secretário de
Cidadania Cultural/MINC – TT
Catalão. • Secretário de Audio-
visual/MINC – Newton Cannito.
• Diretor do Instituto de Radio-
difusão da Bahia/TVE – Póla Ri-
beiro. • Diretoria de Multimídia
da SECULT – Sofia Federico.
• Superintendente Regional
IPHAN/Bahia – Carlos Amorim.
• Diretor do IPAC – Frederico
Mendonça. • Presidente da Fun-
dação Cultural Palmares – Ed-
valdo Mendes Araújo (Zulu
Araújo). • Coordenação do
Curso de Cinema da Universi-
dade Federal do Recôncavo da
Bahia/UFRB – Danillo Barata. •
Presidente da Oscip Casa do Ci-
nema da Bahia – Lázaro Faria.
• Coordenador do Ponto de
Cultura Cineclube Rede Terreiro
Cultural/CEPAS – Luiz Ca-
choeira. • Centro de Educação
e Cultura Vale do Iguape – Juci-
lene Jovelino. • Presidente da
Associação Brasileira de Do-
cumentarista – Solange Lima.
• Presidente da Associação
Baiana de Cinema e Vídeo –
Mateus Damasceno.
PROGRAMA ESPECIAL
20:30h – EXIBIÇÃO DO FILME
INSTITUCIONAL DO BAHIA AFRO
FILM FESTIVAL, E DO CURTA ME-
TRAGEM “MASSAPÊ” DE AUTORIA
DO CINEASTA HOMENAGEADO
ARNOL CONCEIÇÃO.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
21:00h – SHOW MUSICAL “5
SENTIDOS” DE MATEUS ALELUIA,
COM ORQUESTRA AFRO SINFÔ-
NICA E CONVIDADOS ESPECIAIS.
COM LANÇAMENTO DO CD.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
DIA 15.05 (sábado)
08:30h às 12:00h – III SEMINÁRIO
DE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL.
Enfocando o tema “Nações, Et-
nias, Tráfico Escravo e Religio-
sidade de Influência Africana”.
Com exibição do filme “Atlân-
tico Negro na Rota dos Orixás”,
de Renato Barbiere.
Participações: • Osmundo
Pinho – antropólogo da Univer-
sidade Federal do Recôncavo
da Bahia/UFRB. • Cacau Nasci-
mento – historiador do Centro
de Estudo Pesquisa e Ação
Sócio Cultural/CEPASC. • Luís
Nicolau Pares – professor do
Centro Afro Oriental da UFBA.
• Edmar Ferreira – historiador.
• Walter Fraga – professor da
Universidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia/UFRB. • Graziele
Novato – professora de História
da Universidade Estadual do Su-
doeste da Bahia/UESB. • Pedro
Arcanjo – sociólogo e diretor do
Centro Cultural Danneman. •
Luiza Bairros – Secretaria de
Promoção da Igualdade do Es-
tado da Bahia/SEPROMI.
Mediação: Luiz Cachoeira –
coordenador do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural/CEPASC.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
14:00h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA I
Título: RECONVEXO
País de Produção: Brasil
Direção: Volney Menezes,
Johny Guimarães
Duração: 05’
Título: CANTADOR DE CHULA
País de Produção: Brasil
Direção: Marcelo Rabelo
Duração: 95’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
16:30h às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA II
Título: PALENQUE POPOLO LIBERO
D’AMERICA (Palenke
Povo Livre da América)
País de Produção: Itália,
Colômbia
Direção: Salvatore Braca
Duração: 24’ 23”
Título: O RITO DE ISMAEL IVO
País de Produção: Brasil
Direção: Ari Cândido Fernandes
Duração: 12’
Título: MEMÓRIAS DE
UM AFRO-PERUANO
País de Produção: Peru
Direção: Jovita Andrade
Duração: 52’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
20:00h – LANÇAMENTO DO CD
“CARTAS MUSICAIS”.
Do músico Juvino Alves, que
executa músicas do maestro
abolicionista Tranquilino Bastos.
Local: foyer do auditório do
Centro de Artes, Humanidades
e Letras da Universidade Fede-
ral do Recôncavo da Bahia.
20:30h – HOMENAGEM AO MAES-
TRO ABOLICIONISTA MANUEL TRAN-
QUILINO BASTOS, COM EXECUÇÃO
DO DOBRADO “NAVIO NEGREIRO” E
DA PEÇA “AIROSA PASSEATA”, DE
AUTORIA DO MAESTRO.
Pela Filarmônica Lira Ceciliana,
com participação especial do
clarinetista Juvino Alves.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
21:00h às 21:30h – I MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: O MILAGRE DO CANDEAL
(El Milagro de Candeal)
País de Produção: Espanha, Brasil
Direção: Fernando Trueba
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
DIA 16.05 (domingo)
09:30h às 11:30h – MOSTRA
DE FILMES DE ANIMAÇÃO
Locais: Igreja do Rosarinho de
Cachoeira e Escola Balão Má-
gico de São Félix.
08:30h às 12:00h – III SEMINÁRIO
DE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL.
Enfocando o tema: “Ética na
Revelação Audiovisual do Sa-
grado”, com exibição do filme
“Yaô”, de Geraldo Sarno.
Participações: • Geraldo Sarno
– cineasta e realizador de “Yaô”.
• Xavier Vatin – antropólogo e
diretor do CAHL da Universi-
dade Federal do Recôncavo da
Bahia/UFRB. • Ângela Figue-
redo – antropóloga e profes-
sora da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia/UFRB.
• Luiz Antônio Araujo – Rede
Terreiro Cultural • Roberto
Duarte – professor de Cinema,
da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia/UFRB.
Mediação: Antônio Moraes –
Ogan e coordenador do Centro
de Estudo Pesquisa e Ação
Sócio Cultural/CEPASC.
Local: auditório do Centro de
Artes Humanas e Letras da Uni-
versidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia.
Título: WITH EVERY BREATH (Uma
Respiração)
País de Produção: Estados Unidos
Direção: Ram Devineni
Duração: 05’
Título: CIDADES DOS MASCARADOS
País de Produção: Brasil
Direção: Emanuela Yglesias
Duração: 10’
Título: MÁ VIDA
País de Produção: Brasil
Direção: Tau Tourinho
Duração: 05’
Título: TRILOGIA DO REGGAE
País de Produção: Brasil
Direção: Volney Menezes, Johny
Guimarães
Duração: 62’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
16:30h às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA VI
Título: PASSAGENS ESTREITAS
País de Produção: Brasil
Direção: Kelson Frost
Duração: 07’
Título: A ILHA DOS ESCRAVOS
País de Produção: Portugal
Direção: Francisco Manso
Duração: 100’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
20:00 às 21:00h – III MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: MÁRIO GUSMÃO – O Anjo
Negro da Bahia
País de Produção: Brasil
Direção: Elson do Rosário
Duração: 54’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
DIA 18.05 (terça-feira)
08:00h às 12:00h:
TELA EM TRANSE: OFICINA DE
CINEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂ-
MERAS CINEMATOGRÁFICAS E IN-
TRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.
Coordenação: Lázaro Faria – ci-
neasta, Roque Araújo – ci-
neasta, Xeno Veloso – diretor
de fotografia.
Local: Centro Cultural Danneman,
em São Felix.
OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-
NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO
ROTEIRO “À PROCURA DE PAL-
MARES” QUE SERÁ FILMADO NO
MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.
Coordenação: Flávio Leandro –
cineasta.
Local: sala especial do Centro
de Artes, Humanidades e Le-
tras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO
EM SOFTWARE LIVRE
Coordenação: Elielson Barbosa –
editor do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural e Pontão
Digital Xemelê.
Local: sede do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural.
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PAG.
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PAG.
15:00h às 18:00h – RODA DE
CONVERSA SOBRE TVS UNIVERSITÁ-
RIAS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.
Participações: Pedro Ortz – TV
USP. • Roberto Duarte – Supe-
rintendência de Implantação da
TV UFRB. • Nádia Virgínia –- TV
UEFS e representante da TV
UFBA. • Representante da TV
UESB. • Representante da TV
Anísio Teixeira – Instituto Anísio
Teixeira/IAT. • Representante do
Instituto de Radiodifusão Edu-
cativa da Bahia/IRDEB.
Local: sala especial do Centro
de Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
14:00h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA III
Título: MANDINGA EN COLÔMBIA
(Convidado)
País de Produção: Brasil,
Colômbia
Direção: Lázaro Faria
Duração: 26
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
Título: PASTINHA UMA VIDA
PARA A CAPOEIRA
País de Produção: Brasil
Direção: Antônio Carlos Muricy
Duração: 56’
16:30h às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA IV
Título: SUA MAJESTADE O DELEGADO
País de Produção: Brasil
Direção: Clementino Junior
Duração: 14’
Título: DA RODA AO SAMBA
País de Produção: Brasil
Direção: Paulo Dourado
Duração: 60’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
20:00 às 21:30h – II MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: FILHAS DO VENTO
País de Produção: Brasil
Direção: Joel Zito Araújo
Duração:107’ 52’’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
DIA 17.05 (segunda-feira)
08:30h às 12:00h – EXPERIÊNCIAS
DE PRODUÇÃO E DIFUSÃO
AUDIOVISUAL EM PROCESSOS
EDUCATIVOS.
Expositores: • Ponto de Cultura
Centro de Educação e Cultura
do Vale do Iguape – Expressão
Cidadania Quilombola. • Centro
de Estudos Raízes do Recôn-
cavo. • Cineclube Centro Cultu-
ral João Antônio de Santana.
• Tele Centro e Rádio Comu-
nitária de Acupe/Santo Amaro.
• Ponto de Cultura Rede Ter-
reiro Cultural. • TV Comunitária
do Pelourinho. • Kabum/CIPÓ,
CRIA – Centro de Referência In-
tegral do Adolescente. • Ponto
de Cultura Eletrocooprativa.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
14:00h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA V
Título: MARIA DO PARAGUAÇU
País de Produção: Brasil
Direção: Camila Dutervil
Duração: 26’
08:30h às 12:00h – CONFERÊNCIA
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
EM COMUNICAÇÃO – REDE COLA-
BORATIVA NA EDUCAÇÃO.
Participações: • Darlene Almeida
– professora da Faculdade de
Educação da UFBA e Projeto
Rede de Intercâmbio e Produ-
ção Educativa. • Jorge Portugal
– professor e apresentador
de Programa Educativo na TV.
• Cláudio Manoel – professo-
res da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia/UFRB.
• Celso Salles – coordenador
do EDUCASAT. • Instituto Aní-
sio Teixeira/IAT. • Amélia Ma-
raux – Vice Reitora da
Universidade do Estado da
Bahia/UNEB.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
14:00h às 16:00h – IV MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: TUDO ISTO ME PARECE
UM SONHO
País de Produção: Brasil
Direção: Geraldo Sarno
Duração: 150’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
16:00h às 18:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA VII
Título: DEUSA DO ÉBANO – RAINHA
DO ILÊ AYÊ
País de Produção: Estados Unidos
Direção: Carolina Moraes-Liu
Duração: 19’ 40”
Título: CRUZ E SOUSA, A VOLTA
DE UM DESTERRADO
País de Produção: Brasil
Direção: Claudia Cárdenas,
Rafael Schlichting
Duração: 20’
Título: RIO DE MULHERES
País de Produção: Brasil
Direção: Cristina Maure, Joana
Oliveira
Duração: 21’
Título: Vermelho Imaginário
País de Produção: Brasil
Direção: Mateus Damasceno
Duração: 17’
Título: FAZENDO HISTÓRIA
(Making History)
País de Produção: França,
Martinica, Jamaica
Direção: Caecilia Tripp,
Karen McKinnon
Duração: 10’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
20:00 às 22h – V MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: ATABAQUE NZINGA
País de Produção: Brasil
Direção: Octávio Bezerra
Duração: 87’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
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PAG.
30
PAG.
Dia 19.05 (quarta-feira)
08:00h às 12:00h
TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-
NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂ-
MERAS CINEMATOGRÁFICAS E
INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.
Coordenação: Lázaro Faria – ci-
neasta, Roque Araújo – ci-
neasta, Xeno Veloso – diretor
de fotografia.
Local: Centro Cultural Danneman,
em São Felix.
OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-
NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO
ROTEIRO “À PROCURA DE PALMA-
RES”, QUE SERÁ FILMADO NO
MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.
Coordenação: Flávio Leandro –
cineasta.
Local: sala especial do Centro
de Artes, Humanidades e Le-
tras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO
EM SOFTWARE LIVRE
Coordenação: Elielson Barbosa –
editor do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural e Pontão
Digital Xemelê.
Local: sede do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural.
08:30h às 12:00h – EXPERIÊN-
CIAS DE EXPRESSÕES DA CULTURA
AFRO, TRANSVERSAIS À PRODU-
ÇÃO AUDIOVISUAL E CULTURA DI-
GITAL ATRAVÉS DA TV WEB.
Participação: Casa de Cultura
Tainã/Campinas/SP. • Coco de
Umbigada/PE. • Ponto de Cul-
tura Audiovisual de
Pirambu/CE. • BANKOMA Co-
munidade Negra/BA. • Pontão
Digital Minuano/RGS. • Rede
Terreiro Cultural/BA. • Expres-
são Cidadania Quilombola/BA.
• Ação Griô Grão e Luz/BA. •
Associação do Culto Afro Itabu-
nense/BA. • Pontão CINE
ANIMA/PE. • Pontão
Xemelê/Universidade do Es-
tado da Bahia/UNEB. • Inven-
ções Brasileiras/DF. •
Eletrocooperativa. • TT Catalão
– Secretário de Cidadania Cul-
tural do Ministério da Cultura e
coordenador do Programa Cul-
tura Viva do Ministério da Cul-
tura. • Ângela Andrade –
superintendente da Secretaria
de Cultura da Bahia. • Grupo
Cultural Olodum/BA • Ponto de
Cultura Pierre Verger/Fundação
Pierre Verger/BA.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
14:30h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA VIII
Título: MÃE FILHINHA 105 ANOS
OFERENDA À IEMANJÁ (Convidado)
País de Produção: Brasil
Direção e Roteiro: Lu Cachoeira
Título: A BENÇA
País de Produção: Brasil
Direção: Tarcísio Lara Puiati
Duração: 52’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
16:00h às 18:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA IX
Título: NEGO D’ÁGUA (Convidado)
País de Produção: Brasil
Direção: Saullo Farias
Duração: 7'
Título: GISELE OMINDAREWA
País de Produção: Brasil
Direção: Clarice Ehlers Peixoto
Duração: 71’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
20:00h às 22:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA X
Título: BENGUELÊ
País de Produção: Brasil
Direção: Helena Martinho da
Rocha
Duração: 84'
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
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PAG.
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PAG.
DIA 20.05 (quinta-feira)
08:00h às 12:00h
TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-
NEMA, COM OPERAÇÃO DE
CÂMERAS CINEMATOGRÁFICAS E
INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.
Coordenação: Lázaro Faria – ci-
neasta, Roque Araújo – ci-
neasta, Xeno Veloso – diretor
de fotografia.
Local: Centro Cultural Danne-
man, em São Felix.
OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-
NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO
ROTEIRO “À PROCURA DE PALMA-
RES” QUE SERÁ FILMADO NO
MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.
Coordenação: Flávio Leandro –
cineasta.
Local: sala especial do Centro
de Artes, Humanidades e Le-
tras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM
SOFTWARE LIVRE
Coordenação: Elielson Barbosa –
editor do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural e Pontão
Digital Xemelê.
Local: sede do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural.
19:00h – LANÇAMENTO DO
LIVRO “PENHASCOS”, DE ANA
ISABEL DE OLIVEIRA.
Contos inspirados em filmes
cults, a exemplo de “Persona”
do cineasta Ingmar Bergman.
E-mail: anaisabelo@ig.com.br
Local: foyer do Centro de Artes,
Humanidades e Letras da Uni-
versidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia.
08:30h às 12:00h – EXPERIÊN-
CIAS DA ESCOLA INTERNACIONAL
DE CINEMA DE CUBA; DA ESCOLA
DE DOCUMENTÁRIOS DE SAN
POLO – ITÁLIA E POSSÍVEIS INTER-
CÂMBIOS COM O CURSO DE CI-
NEMA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RECÔNCAVO DA
BAHIA/UFRB E DEMAIS PARCEIROS.
Participações: • Lazara Herrera –
diretora da Oficina de Documen-
tários Santiago Alvarez do Insti-
tuto de Cinema Cubano/ICAIC.
• Salvatore Braça – diretor da
Escola de Documentário de
San Pólo/Itália. • Secretário do
Audiovisual do MINC. • Danillo
Barata – coordenador do Curso
de Cinema da Universidade Fe-
deral do Recôncavo da
Bahia/UFRB. • Milena Gusmão
– organizadora do Curso de Ci-
nema da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia/UESB.
• Geraldo Moraes – presidente
da Coalizão Brasileira pela Di-
versidade Cultural e diretor da
Coalizão Mundial da Diversi-
dade Cultural. • Lázaro Faria
– presidente da Casa de Ci-
nema da Bahia.
Mediação: Luiz Cachoeira – cine-
clubista da Rede Terreiro Cultural.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
14:00 às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA XI
Título: BATATINHA, POETA DO SAMBA
País de Produção: Brasil
Direção: Marcelo Rabelo
Duração: 62’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
16:30h às 18:30h – VI MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Exibição especial de vários
documentários do grande ci-
neasta cubano Santiago Alvarez.
Participação: • Lazara Herrera –
diretora da Oficina de Docu-
mentários Santiago Alvarez do
Instituto de Cinema
Cubano/ICAIC. • Clarisse Mon-
tuano – cineasta brasileira, pri-
meira premiada no Festival
Internacional de Documentário
Santiago Alvarez.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
20:00 às 22:00 – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA XII
Título: BOM DIA, ETERNIDADE
País de Produção: Brasil
Direção: Rogério de Moura
Duração: 98’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
Dia 21.05 (sexta-feira)
08:00h às 12:00h
TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-
NEMA, COM OPERAÇÃO DE
CÂMERAS CINEMATOGRÁFICAS E
INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.
Coordenação: Lázaro Faria – ci-
neasta, Roque Araújo – ci-
neasta, Xeno Veloso – diretor
de fotografia.
Local: Centro Cultural Danneman,
em São Felix.
OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI-
NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO RO-
TEIRO “A PROCURA DE
PALMARES” QUE SERÁ FILMADO
NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.
Coordenação: Flávio Leandro –
cineasta.
Local: sala especial do Centro
de Artes, Humanidades e Le-
tras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO
EM SOFTWARE LIVRE
Coordenação: Elielson Barbosa –
editor do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural e Pontão
Digital Xemelê.
Local: sede do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural.
OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE.
Coordenação: videoartista suíça
Anna K. Com formação em
artes pela ENSAD (École Natio-
nale Supérieure des Arts Déco-
ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studio
des Arts Contemporains.
Local: Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia.
08:30h às 12:00h – EXPERIÊN-
CIAS DE FILM COMISSION: POS-
SIBILIDADES PARA O
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Participações: • Pólo Cinematográ-
fico de Paulinea – SP. • Instituto
de Radiodifusão da Bahia. • Film
Comission da Bahia. • Luiz Cláu-
dio Nascimento – Centro de Es-
tudo e Pesquisa Sócio Cultural. •
PETROBRAS • Secretaria de Au-
diovisual do MINC. • Secretaria
de Indústria e Comércio da Bahia.
• Domingos Leonelli – ex-Secre-
tário de Turismo da Bahia. • Su-
perintendência do SEBRAE da
Bahia. • Associação Brasileira de
Documentaristas e Curta-Metra-
gistas/ABD. • Associação Baiana
de Cinema e Vídeo/ABCV. •
Agência de Fomento do Estado
da Bahia/DESENBAHIA. • Curso
de Cinema da Universidade Fede-
ral do Recôncavo da Bahia/UFRB.
• DIMAS – Secretaria de Cul-
tura/Governo da Bahia. • Casa de
Cinema da Bahia. • Centro de
Produção Audiovisual do Trapiche.
Mediação: Cineclube Rede Ter-
reiro Cultural.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
35
PAG.
34
PAG.
14:00h às 15:50h – CONFERÊNCIA
RELAÇÃO DO PRÉ SAL – PETROBRAS
COM O FOMENTO À CULTURA.
Expositores: • Rosemberg Pinto
– assessor da Presidência da
Petrobras. • Antônio José
Rivas – gerente geral da Uni-
dade de Exploração e Produção
da Petrobras na Bahia. • Repre-
sentantes do Ministério da Cul-
tura e da Secretaria de Cultura
do Estado da Bahia.
Local: auditório do Centro de
Artes Humanas e Letras da Uni-
versidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia.
16:00 as 18:00 – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA XIII
Título: BLACK BERLIM
País de Produção: Brasil / Alemanha
Direção: Sabrina Fidalgo
Duração:19’
Título: GRAFFITI
País de Produção: Brasil
Direção: Lilian Solá Santiago
Duração: 10’
Título: NEGO
País de Produção: Brasil
Direção: Sávio Leite e
Marko Ajdaric
Duração: 03’
Título: DOIDO LELÉ
País de Produção: Brasil
Direção: Ceci Alves
Duração: 17’15”
Título: REVERSO
País de Produção: Brasil
Direção: Francisco Colombo
Duração: 5’ 38”
Título: REMANSO
País de Produção: Brasil
Direção: Marcelo Abreu Góis
Duração: 18’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
19:30h – LANÇAMENTO DO LIVRO
“ESCRITOS SOBRE CINEMA TRILO-
GIA DE UM TEMPO CRÍTICO”, DE
AUTORIA DE ANDRÉ SETARO.
André Setaro é professor do
Departamento de Comunicação
da Universidade Federal da
Bahia. Crítico cinematográfico
do jornal Tribuna da Bahia, cola-
borador eventual do Suple-
mento Cultural do jornal A
Tarde, colunista cinematográ-
fico da revista eletrônica Terra
Magazine. Escreve no site
http://www.coisadecinema.co
m.br e tem um blog especiali-
zado em cinema: http://seta-
rosblog.blogspot.com
Local: foyer do Centro de Artes,
Humanidades e Letras da Uni-
versidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia.
20:00 às 22:00h – VII MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: PAU BRASIL
País de Produção: Brasil
Direção: Fernando Belens
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
DIA 22.05 (sábado)
08:00h às 12:00h
TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI-
NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂME-
RAS CINEMATOGRÁFICAS E
INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL.
Coordenação: Lázaro Faria – ci-
neasta, Roque Araújo – ci-
neasta, Xeno Veloso – diretor
de fotografia.
Local: Centro Cultural Danneman,
em São Felix.
OFICINA DE PRODUÇÃO DE
CINEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO
ROTEIRO “A PROCURA DE
PALMARES” QUE SERÁ FILMADO
NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA.
Coordenação: Flávio Leandro –
cineasta.
Local: sala especial do Centro
de Artes, Humanidades e Le-
tras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM
SOFTWARE LIVRE
Coordenação: Elielson Barbosa –
editor do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural e Pontão
Digital Xemelê.
Local: sede do Ponto de Cultura
Rede Terreiro Cultural.
OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE.
Coordenação: videoartista suíça
Anna K. Com formação em
artes pela ENSAD (École Natio-
nale Supérieure des Arts Déco-
ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studio
des Arts Contemporains.
Local: Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia.
Das 09:30h às 12:00h – REDE
DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS.
Participação: • Instituto de Ra-
diodifusão da Bahia – TV e
Rádio Educativa e DIMAS – Se-
cretaria de Cultura/BA. • Secre-
taria de Audiovisual do MINC.
• Ponto de Cultura Cineclube
Rede Terreiro Cultural. • Curso
de Cinema da Universidade Fe-
deral do Recôncavo da
Bahia/UFRB. • Cineclube Ja-
nela Indiscreta. • Arraial Cine
Fest. • Cineclube Imagens da
Universidade Estadual de Feira
de Santana/UEFS. • Ponto de
Cultura Solar Boa Vista e Rede
dos Centros Culturais da Fun-
dação Cultural da Bahia. • Cine-
clubes da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia/UFRB.
• Núcleo de Criação do Fórum
Livre de Cineclubes da Bahia.
• Pontão Rede Nordestina de
Audiovisual. • Cine Mais Cul-
tura/Programadora Brasil. • As-
sociação Baiana de Cinema e
Vídeo/ABCV. • Associação Bra-
sileira de Documentaristas e
Curta-Metragistas/ABD Nacio-
nal. • Centro Cineclubista de
São Paulo. • Secretaria de Edu-
cação da Bahia. • Cineclube
Papa-Jaca – Santo Antônio de
Jesus/BA. • Cineclube Lauro de
Freitas/BA. • Cineclube Orlando
Senna/ Lençóis/BA.
Local: Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia.
14:00h às 16:00h – VIII MOS-
TRA DE FILMES CONVIDADOS
Título: ABDIAS NASCIMENTO –
MEMÓRIA NEGRA
País de Produção: Brasil
Direção: Antônio Olavo
Duração: 95’
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
16:30 às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA XIV
Título: CINDERELAS, LOBOS E UM
PRÍNCIPE ENCANTADO
País de Produção: Brasil
Direção: Joel Zito Araújo
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
20:00h às 21:00h – APRESEN-
TAÇÃO DA PERFORMANCE “ME-
MÓRIA CARNE VIVA”.
Projeto Interações Estéticas da
Atriz Ana Paula Bouzas, em
parceria com jovens do Ponto
de Cultura Expressão Cidadania
Quilombola do Kaonge, na
Bacia do Iguape.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
21:10h às 21:30 – LANÇAMENTO
DA MOSTRA ITINERANTE DE
FILMES DO III BAHIA AFRO FILM
FESTIVAL.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
21:30h às 22:00h – PREMIA-
ÇÕES, MENÇÕES HONROSAS E
HOMENAGENS PÓSTUMAS AOS
CINECLUBISTAS: LUIZ ORLANDO,
ANTÔNIO JORGE (MILICA) E
POETA ZECA MAGALHÃES.
Local: auditório do Centro de
Artes, Humanidades e Letras
da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
22:30h – PERFORMANCE MULTI-
MÍDIA NO CENTRO HISTÓRICO.
Comemorando a restauração do
antigo Cine Teatro Cachoeirano.
Local: Praça Teixeira de Freitas
(em frente ao antigo Cine Tea-
tro Cachoeirano).
Dia 23.05 (domingo)
08:00h às 12:00h – OFICINA
ATELIÊ VIDEOARTE.
Coordenação: videoartista suíça
Anna K. Com formação em
artes pela ENSAD (École Natio-
nale Supérieure des Arts Déco-
ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studio
des Arts Contemporains.
Local: Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia.
Atenção: A “Oficina Ateliê
Videoarte” acontecerá até o
dia 26.05 (quarta-feira),no
mesmo local.
PROGRAMA ESPECIAL
07:30h às 15:00h – TOUR PELO
TERRITÓRIO BACIA DO IGUAPE. AL-
MOÇO NO “TERREIRO DE CANDOM-
BLÉ 21 ALDEIA DE MAR E TERRA”,
COM RECEPÇÃO DAS GRIÔS DONA
NEGA E YALORIXÁ JUVANI JOVE-
LINO. SAMBA DE RODA, COM O
GRUPO “SUSPIRO DO IGUAPE”.
Local: comunidades remanes-
centes de escravos quilombos
Engenho da Ponte e Kaonge.
20:00h às 22:00h – EXIBIÇÃO
DOS FILMES PREMIADOS DO III
BAHIA AFRO FILM FESTIVAL.
Local: auditório do Centro de
Artes Humanas e Letras da Uni-
versidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia.
Mostra
defilmes
convidados
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PAG.
38
PAG.
DIA 15.05 (sábado)
21:00h às 21:30h – I MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: O MILAGRE DO CANDEAL (El Milagro de Candeal)
O diretor Fernando Trueba define o filme “O Milagre do Can-
deal” como um “musical social, um western pacífico em que
os bons se defendem com os tambores ao invés de pistolas”.
O cineasta espanhol, casado com uma brasileira e apaixonado
pela música do Brasil, debruça-se sobre o projeto social da
favela do Candeal, em Salvador, coordenado pelo músico Car-
linhos Brown, que nasceu ali. Trueba utiliza-se de outros músi-
cos,comoopianistacubanoBeboValdez,umdosprotagonistas
de seu documentário musical “Calle 54”, contracenando com
Mateus Aleluia, para explorar a religião, a cultura e a musica-
lidade da Bahia, apresentando as atividades empreendidas
pelas crianças moradoras do local, e que têm contribuído para
afastar do Candeal o flagelo da violência e da exclusão.
País de Produção: Espanha,Brasil
Direção: Fernando Trueba
Elenco: Carlinhos Brown, Bebo Valdez,
Mateus Aleluia e Grupo Jejê Nagô.
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia
DIA 16.05 (domingo)
14:00h às 16:00h
Título: MANDINGA EN COLÔMBIA
Em novembro de 2008, dois brasileiros, um mestre de ca-
poeira e um realizador cinematográfico, percorreram à
Colombia (Bogotá, Cartagena de las Índias, Santa Marta,
Malagana, Palenke de San Basílio, Calli, Buenaventura),
onde registraram o encontro da capoeira com as tradições
afro-colombianas.
País de Produção: Brasil, Colômbia
Direção: Lázaro Faria
Roteiro: Xeno Veloso, Lazaro Faria, Isabella Lago
Direção de Fotografia: Xeno Veloso
Som: Xavier La Lupa
Montagem: Xeno Veloso
Gênero: Documentário
Duração: 26
Produção Executiva: Casa de Cinema da Bahia,
Lázaro Faria (Brasil), Fabrício Apolo (Colômbia)
E-mail: lazaro@lazarofaria.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
DIA 14.05 (sexta-feira)
Às 20:30h – PROGRAMA ESPECIAL
Exibição do filme institucional do BAHIA AFRO FILM
FESTIVAL, e do curta metragem “Massapê”, de au-
toria do cineasta homenageado Arnol Conceição.
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20:00 às 21:30h – II MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: FILHAS DO VENTO
Um incidente familiar separou duas irmãs por 45 anos. A
natureza de cada uma delas, bem como a distância, levaram
as duas a caminhos bem diferentes. A morte do pai faz com
que se reencontrem em uma fase definitiva de suas vidas,
aflorando e cobrando resoluções para todos os sentimentos
e histórias deixados no passado.
País de Produção: Brasil
Direção: Joel Zito Araújo
Argumento: Joel Zito Araújo
Roteiro: Di Moretti
Elenco: Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís
Araújo, Maria Ceiça, Danielle Ornellas, Thalma de Freitas,
Rocco Pitanga, Zózimo Bulbul, Cida Moreno, Jonas
Bloch, Mônica Freitas, Beatriz Almeida, Vitória Viana.
Direção de Fotografia: Jacob Sarmento Solitrenick
Direção de Arte: Andréa Velloso
Trilha Sonora: Marcus Viana
Duração:107’ 52’’
Produção Executiva: Márcio Curi, Carla Gomide,
Joel Zito Araújo
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
DIA 17.05 (segunda-feira)
20:00 às 21:00h – III MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: MÁRIO GUSMÃO – O Anjo Negro da Bahia
EnfocaavidaeobradoatorCachoeirano,MárioGusmão,emtrês
linhas temáticas: a artística, a militância política no movimento
negro e a espiritual. Apresenta depoimentos com personagens
reais de destaque no cenário baiano que conviveram com Mário
Gusmão nas diversas etapas de sua vida. Dentre eles: Carlos Pe-
trovich, Nilda Spencer, Oscar Santana, Orlando Senna, Deolindo
Checcucci, Paloma Rocha, Carmem Paternostro, Vovô do Ilê, Jef-
ferson Bacelar, Jackson Costa, Carlinhos Brown e Carlos Betão.
País de Produção: Brasil
Direção: Elson do Rosário
Gênero: Documentário
Duração: 54’
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
DIA 18.05 (terça-feira)
14:00 às 16:00h – IV MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: TUDO ISTO ME PARECE UM SONHO
Documentário e ficção se unem para realizar pesquisa sobre
a vida do General Abreu e Lima, pernambucano que partici-
pou, ao lado de Bolívar, de batalhas que libertaram a Colôm-
bia, Venezuela e Peru da coroa espanhola. O documentário
discute o processo de construção dessa pesquisa, e tam-
bém do próprio filme. Um filme histórico e biográfico, e que
se entrelaça com um filme sobre o cinema.
País de Produção: Brasil
Direção: Geraldo Sarno
Roteiro: Geraldo Sarno, Werner Salles
Elenco: Wilson Mello, Caco Monteiro, Nélia Carvalho
Gênero: Documentário
Duração: 150'
E-mail: geraldosarno@yahoo.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
20:00 às 22:00h – V MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: ATABAQUE NZINGA
“Atabaque Nzinga” é um documentário musical sobre a cul-
tura afro-brasileira, cuja estrutura narrativa se traduz por um
jogo de búzios, no qual a protagonista chega atraída pelo
"chamado do tambor" em busca do autoconhecimento. Via-
jando pela estrada da percussão nas locações de Pernam-
buco, Bahia e Rio de Janeiro, a protagonista conhece
diferentes ritmos, grupos musicais e coreográficos, procu-
rando e encontrando sua integração na sociedade brasileira.
País de Produção: Brasil
Direção: Octávio Bezerra
Gênero: Documentário
Duração: 87’
Estúdio/Distrib.: Europa Filmes
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
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Dia 19.05 (quarta-feira)
14:30h às 16:00h
Título: MÃE FILHINHA 105 ANOS OFERENDA À IEMANJÁ
O documentário registra a convicção de fé e liberdade da
Griô Ialorixá Mãe Filhinha do Terreiro de Candomblé Italiê
Ogum. Irmã da Confraria Irmandade da Boa Morte que, aos
105 anos de idade, esbanja vitalidade cumprindo seus ri-
tuais, saudando os orixás. E que conduz suas oferendas à
Iemanjá, em belo cortejo ao Porto de Dentro, nas margens
do Rio Paraguaçu, no município de Cachoeira – Bahia.
País de Produção: Brasil
Direção e Roteiro: Lu Cachoeira
Direção de Fotografia: Roque Araújo
e Marcelo Coutinho
Desenho de Som: Lu Cachoeira e Antonio Moraes
Trilha Sonora: Mateus Aleluia e Tincoães
Edição em Software Livre: Elielson Barbosa
Gênero: Documentário
Coprodução: Rede Terreiro Cultural,
DIMAS e PONTOBRASIL.
Makeof: Ivan Márcio Duração: 5’
E-mail: luiz.cachoeira@gmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
16:00h às 18:00h
Título: NEGO D’ÁGUA
O mito do Nego D'Água é reiventado na história de vida de
um jovem capoeirista da Chapada Diamantina.
País de Produção: Brasil
Direção: Saullo Farias
Gênero: Documentário
Duração: 7'
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Dia 20.05 (quinta-feira)
16:30h às 18:30h – VI MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Exibição especial de vários documentários do
grande cineasta cubano Santiago Alvarez.
Participação: • Lazara Herrera – diretora da Ofi-
cina de Documentarios Santiago Alvarez do
Instituto de Cinema Cubano/ICAIC. • Cla-
risse Montuano – cineasta brasileira, I pre-
miada no Festival Internacional de
Documentário Santiago Alvarez.
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Dia 21.05 (sexta-feira)
20:00 às 22:00h – VII MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: PAU BRASIL
Duasfamíliasvivememcasasrudes,toscas,umaemfrentedaoutra.
Numa delas, um homem (Bertrand Duarte – sempre inexcedível)
mora com uma mulher e a deixa amar qualquer tipo que chegue à
suaporta,principalmentecaminhoneiros,quesãoseduzidospelasua
maneira fogosa de ser. Mas o personagem não se importa e é feliz e
carinhoso,alémdeabrigarnoseuseiofamiliarumoutrohomemque
aparece numa noite a pedir asilo em sua casa. O casal tem um filho,
maltratado pela coletividade, que se tranca em si mesmo.
País de Produção: Brasil
Direção: Fernando Belens
Roteiro: Fernando Belens, Dinorath do Valle
Direção de Fotografia: Hamilton Oliveira
Música Original: Bira Reis
Edição de Som: João da Costa Pinto
Trilha Sonora Original: Bira Reis
Montagem: André Bendocchi Alves
Produção: Sílvia Abre, Pola Ribeiro
Produção Executiva: Luciano Floquet, Sílvia Abreu
Local: auditório do Centro de Artes, Humanida-
des e Letras da Universidade Federal do Re-
côncavo da Bahia.
DIA 22.05 (sábado)
14:00h às 16:00h – VIII MOSTRA
DE FILMES CONVIDADOS
Título: ABDIAS NASCIMENTO – MEMÓRIA NEGRA
Conta a trajetória de Abdias Nascimento, histórico militante
considerado um ícone da cultura negra, atualmente com 95
anos. Sua obra e atuação política, ao longo do século XX,
são essenciais para a compreensão da importância do
negro na sociedade brasileira. O filme, ao ceder a narrativa
de sua própria história a Abdias Nascimento, abre “janelas”
para a organização do Movimento Negro no século XX,
compreendendo que ao contar a história de Abdias, está
contando um pouco da história de lutas do negro brasileiro.
País de Produção: Brasil
Direção: Antônio Olavo
Roteiro: Antônio Olavo
Direção de Fotografia: Márcio Bredariol, Paulo César
Montagem: Antônio Olavo, Raimundo Laran-
jeira, Thiago Lisboa
Som: Rodrigo Alzueta
Gênero: Documentário
Duração: 95’
Produção Executiva: Raimundo Bujão, Josias
Santos, Eliana Mendes,Leda Sacramento
E-mail: portfolium@portfolium.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Mostra
competitiva
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DIA 15.05 (sábado)
14:00H ÀS 16:00H – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA I
Título: RECONVEXO
Resultado de uma oficina de vídeo no Recôncavo da Bahia, o
documentário trata da rivalidade entre os moradores das cida-
des de Cachoeira e São Felix, municípios separados geografi-
camente pelo rio Paraguaçu, e unidos pela Ponte D. Pedro II.
País de Produção: Brasil
Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães
Roteiro: Volney Menezes, Johny Guimarães
Direção de Fotografia: Volney Menezes
Som: Johny Guimarães
Montagem: Volney Menezes, Johny Guimarães
Gênero: Documentário
Duração: 05’
E-mail: johnycine@bol.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: CANTADOR DE CHULA
O samba de roda foi declarado como patrimônio imaterial bra-
sileiro pelo IPHAN, em 2004, e como patrimônio cultural e ima-
terial da humanidade pela UNESCO, em 2005, fortalecendo o
reconhecimento da arte de matriz africana que durante séculos
tem sido reprimida e menosprezada. O Cantador de Chula é
mais uma pedra na reconstrução do mosaico que representa
a trajetória dos descendentes africanos no Brasil.
País de Produção: Brasil
Direção: Marcelo Rabelo
Roteiro: Marcelo Rabelo
Direção de Fotografia: Nicolas Hallet
Som: Simone Dourado
Montagem: Iris de Oliveira
Gênero: Documentário
Duração: 95’
Produção Executiva: Eliana Mendes, Marcelo Rabelo
E-mail: bendego@gmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
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16:00h às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA II
Título: PALENQUE POPOLO LIBERO D’AMERICA
(Palenke Povo Livre da América)
O“PalenquedeSanBasilio”éumacomunidadedepovosdeorí-
gemafricanaemterrascolombianas.Umdospoucosquerema-
nesce em toda a América Latina. Sua história é do início do
século 17, quando um Rei Africano, Benko Bioho, chega a Car-
tagena de las Indias à bordo de um navio Negreiro. Benko Bioho
foge juntamente com 20 africanos e fundam uma fortificação.
Muitasoutrasvãosurgindoaodecorrerdotempo,atéque,diante
daimpossibilidadedocontroledasituação,aRainhadaEspanha
propõe um acordo a Benko Bioho. O mesmo foi conduzido ao
Palácio da Inquisição em Cartagena, onde é preso, torturado e
morto. Até hoje seus remanescentes mantêm suas raízes e tra-
diçõesculturaisereligiosas,conseguindoterumalínguaprópria.
País de Produção: Itália, Colombia
Direção: Salvatore Braca
Roteiro: Salvatore Braca
Direção de Fotografia: Paolo Cortese
Som: Arthur Bandeira, Lia Camargo
Montagem: Alessandro Leligdowicz, Ricardo Testorio
Gênero: Documentário
Duração: 24’ 23”
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: O RITO DE ISMAEL IVO
Trata da vida do bailarino negro Ismael Ivo. Suas performances
e depoimentos sobre a dança e as dificuldades sociais enfren-
tadas para superar obstáculos e atingir uma posição satisfa-
tória na profissão. Vindo de uma família pobre, da periferia de
São Paulo-SP, Ismael deixa o Brasil no início da década de 80,
e torna-se um famoso e consagrado artista no exterior.
País de Produção: Brasil
Direção: Ari Cândido Fernandes
Roteiro: Ari Cândido Fernandes
Direção de Fotografia: Ari Cândido Fernandes
Som: Arthur Bandeira, Lia Camargo
Montagem: Cristina Amaral
Gênero: Documentário Experimental
Duração: 12’
E-mail: aricandido@yahoo.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: MEMÓRIAS DE UM AFRO-PERUANO
Rolando, um afro-peruano, conta a história de seus ances-
trais, escravos africanos. Como eles chegaram ao Peru, sua
cultura, suas persistentes lutas na época da escravidão.
País de Produção: Peru
Direção: Jovita Andrade
Roteiro: Jovita Andrade
Direção de Fotografia: Jorge Vignati
Som: Állex Giraldo
Montagem: Fréderic Arnoux
Gênero: Documentário
Duração: 52’
E-mail: contactjovita@gmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
DIA 16.05 (domingo)
14:00h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA III
Título: PASTINHA UMA VIDA PARA A CAPOEIRA
Nova versão do conhecido documentário “Pastinha uma
Vida Para a Capoeira”. Um clássico da capoeira, com mais
minutos de imagens adicionais. Conta a história do maior
mestre de capoeira Angola, guardião e poeta da capoeira,
o lendário Mestre Pastinha.
País de Produção: Brasil
Direção: Antônio Carlos Muricy
Roteiro: Antônio Carlos Muricy, Maria Teresa
Rocha, Emiliano Ribeiro
Direção de Fotografia: André Horta
Som: Heron Alencar
Montagem: Maria Muricy
Gênero: Documentário
Duração: 56’
E-mail: tonymuricy@yahoo.com.br / tonymu-
ricy@gmail.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
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16:30h às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA IV
Título: SUA MAJESTADE O DELEGADO
Da estação primeira para a Central do Brasil, segue a corte
do grande Delegado, o maior mestre-sala da estória do car-
naval carioca.
País de Produção: Brasil
Direção: Clementino Junior
Roteiro: Clementino Junior
Direção de Fotografia: Clementino Junior
e Suzane Nahas
Som: Clementino Junior
Montagem: Clementino Junior
Gênero: Ficção
Duração: 14’
E-mail: cremedelaclems@gmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: DA RODA AO SAMBA
O documentário investiga a verdadeira origem do samba.
Será que ele veio da Bahia ou do Rio de Janeiro? Motivados
por essa pergunta, a equipe procurou não só os participan-
tes do evento “Berçário do Samba”, mas também diversos
artistas e historiadores, intelectuais e estudiosos para falar
sobre o estilo musical tipicamente brasileiro.
País de Produção: Brasil
Direção: Paulo Dourado
Roteiro: João Sanches
Direção de Fotografia: Gabriel Teixeira, Tasso Lapa
Montagem: Ed Carlos e Marcos Silva
Gênero: Documentário
Duração: 60’
E-mail: douradop@ig.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
DIA 17.05 (segunda-feira)
14:00h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA V
Título: MARIA DO PARAGUAÇU
“Maria do Paraguaçu” revela a luta por terra e liberdade,
através do olhar de uma mulher que resiste pela dignidade
de seu povo.
País de Produção: Brasil
Direção: Camila Dutervil
Roteiro: Camila Dutervil
Direção de Fotografia: Camila Dutervil
Som: Bernardo Góes
Montagem: Roseni Santana, Thiago de Castro
Gênero: Documentário
Duração: 26’
Produção: Camila Dutervil
E-mail: dutervil@hotmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: WITH EVERY BREATH (Uma Respiração)
Documentário de curta duração sobre o poeta afro-ameri-
cano Lamont B, que reside na Filadélfia e que foi um vete-
rano da guerra do Vietnã. Hoje ele escreve poemas sobre
os traumas e lembranças daquela sangrenta guerra.
País de Produção: Estados Unidos
Direção: Ram Devineni
Roteiro: Ram Devineni
Direção de Fotografia: Ram Devineni
Som: Ram Devineni
Montagem: Ram Devineni
Gênero: Documentário
Duração: 05’
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
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Título: CIDADES DOS MASCARADOS
Quando existiam fazendas de produção de cana-de-açúcar re-
pletas de escravos no Brasil, em uma Fazenda chamada Acupe
de Santo Amaro, durante uma festividade, um dos escravos se
fantasioucomfolhasdebananeiraemáscaradepapelparafugir,
alcançando seu intento. Vendo aquilo, a população da comuni-
dade passou a se fantasiar também, sempre próximo a essa
data,dandoorigemaumamanifestaçãopopularconhecidahoje
como"OsCaretasdeAcupe".Estádocumentadonofilme:opro-
cesso de produção e criação das máscaras, das saias de bana-
neira e de tudo que faz parte da indumentária, além da
manifestação em si, quando o grupo sai mascarado pelo pe-
queno vilarejo levando à frente a tradição dos seus ancestrais.
País de Produção: Brasil
Direção: Emanuela Yglesias
Roteiro: Emanuela Yglesias
Direção de Fotografia: Marina Torrão
Som: Marcelo Benedicitis
Montagem: Emanuela Yglesias
Gênero: Documentário
Duração: 10’
E-mail: draco@dracoimagens.com.
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: MÁ VIDA
O curta metragem foi escrito a partir de um sonho do autor
e aborda, de forma surrealista, a questão das crianças aban-
donadas em situação de risco social.
País de Produção: Brasil
Direção: Tau Tourinho
Roteiro: Tau Tourinho
Elenco: Cauane Novais, Célia de Jesus, Wilson
Novais e Welton Novais
Direção de Fotografia: Tau Tourinho
Som: Edyarte
Montagem: Edyarte
Gênero: Documentário
Duração: 05’
E-mail: tautourinho@bol.com.br
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: TRILOGIA DO REGGAE
O filme conta um pouco da trajetória artística de Jorge de
Angélica, Dionorina e Gilsam, três reggaemen feirenses que
consolidaram seu universo musical de matriz africana. Apre-
senta gravações em bares, ruas, residências e espaços de
shows. Mostra como os ritmos africanos influenciaram e
influenciam o reggae. Trata das manifestações do candom-
blé, cerne de questões de uma história da resistência negra.
Trata também das questões da militância ideológica e de
pertencimento contidas nas composições apresentadas, e
que são frutos das vivências de enfrentamento de uma rea-
lidade adversa nas periferias das cidades grandes.
País de Produção: Brasil
Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães
Roteiro: Volney Menezes, Johny Guimarães
Elenco: Dionorina, Jorge de Angélica, Gilsam
Direção de Fotografia: Volney Menezes
Som: Johny Guimarães
Montagem: Volney Menezes, Johny Guimarães
Gênero: Documentário
Duração: 62’
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
16:30h às 18:30h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA VI
Título: PASSAGENS ESTREITAS
Um homem tem, à sua frente, o primeiro dia a dia de liber-
dade. Após o cárcere, e como escravo negro e marginali-
zado, não sabe lidar com a nova realidade, pois não entende
a alforria. Sente-se sozinho com o tempo perdido dentro dos
muros, e sua maior alegria surge no momento da morte.
País de Produção: Brasil
Direção: Kelson Frost
Roteiro: Kelson Frost
Direção de Fotografia: Kelson Frost
Montagem: Kelson Frost
Gênero: Ficção
Duração: 07’
E-mail: kelsonfrost@hotmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
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Título: A ILHA DOS ESCRAVOS
Após uma violenta guerra civil, D. Miguel, último rei abso-
lutista português, é derrotado pelos liberais liderados pelo
irmão D. Pedro. Em 1852 D. Miguel parte para o exílio. Os
seus partidários não desistem de fazê-lo regressar ao trono.
Dispostos a tudo, tentam até utilizar os escravos das colô-
nias. Um misterioso emissário é enviado a Cabo Verde para
preparar uma sublevação. Outros motivos estavam por de-
trás de sua visita ao arquipélago...
País de Produção: Portugal
Direção: Francisco Manso
Roteiro: Antônio Torrado
Elenco: Zezé Motta, Milton Gonçalves, Diogo Infante
Direção de Fotografia: Lúcio Kodato
Montagem: João Assunção
Som: Gita Cerveira
Gênero: Ficção
Duração: 100’
E-mail: anacosta@cinemate.pt / joana.cine-
mate@gmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
DIA 18.05 (terça-feira)
16:00h às 18:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA VII
Título: DEUSA DO ÉBANO – RAINHA DO ILÊ AYÊ
O documentário segue três jovens competindo no evento
anual em que o Ilê Ayê escolhe a sua rainha do carnaval
usando “conceitos afro-cêntricos” de beleza. O filme conta
com a participação da ex-secretária da reparação racial
Arany Santana, e do presidente do bloco afro Ilê Ayê, Antô-
nio Carlos “Vovô”.
País de Produção: Estados Unidos
Direção: Carolina Moraes-Liu
Roteiro: Carolina Moraes-Liu
Direção de Fotografia: Carolina Moraes-Liu
Som: Chung-Liu
Montagem: Carolina Moraes-Liu
Gênero: Documentário
Duração: 19’ 40”
E-mail: carolina@documentario.com / ca-
mera.olho@hotmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: CRUZ E SOUSA, A VOLTA DE UM DESTERRADO
Os restos mortais do poeta Cruz e Sousa voltam para Flo-
rianópolis, antiga Desterro, por requisição do governo esta-
dual, e são recebidos num evento no Palácio Cruz e Sousa.
O Documentário mostra a cerimônia, exibe o local onde os
restos serão recebidos e, em off, ouve-se a narração de dois
poemas de Cruz e Sousa.
País de Produção: Brasil
Direção: Cláudia Cárdenas, Rafael Schlichting
Roteiro: Cláudia Cárdenas
Direção de Fotografia: Rafael Schlichting
Som: Rafael Schlichting
Montagem: Rafael Schlichting
Gênero: Documentário
Duração: 20’
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: RIO DE MULHERES
Um documentário sobre a rotina de mulheres que vivem so-
menteentrecriançaseoutrasmulheres,emumambientemuito
seco e onde a água é escassa. Comunidades rurais remanes-
centesdequilombos,emumaregiãoáridadeMinasGerais.Seus
maridos, filhos e netos, maiores de 16 anos, passam a maior
parte do ano trabalhando na coleta de cana em São Paulo. As
mulheres cuidam da casa, crianças, adolescentes e idosos da
família, em uma condição extrema de seca. O filme mostra a
graça e a poesia do dia a dia da vida das mulheres: a rotina da
casa, a relação das crianças com o lugar, o cozinhar no forno e
fogãodelenha,achegadadocaminhãopipa,alavagemderoupa
no rio e os momentos de lazer no forró feminino, na feira etc.
País de Produção: Brasil
Direção: Cristina Maure, Joana Oliveira
Roteiro: Joana Oliveira
Fotografia: Cristina Maure
Som: Osvaldo Gomes
Montagem – Edição: Armando Mendz
Gênero: Documentário
Duração: 21’
Produtor: Cristina Maure e Joana Oliveira
E-mail: cristinamaure@yahoo.com.br / joa-
napmro@yahoo.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
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Título: VERMELHO IMAGINÁRIO
“Vermelho Imaginário” revisita o universo mitológico do se-
bastianismo, desvendando a fantasia e a resistência de um
folguedo popular em vias de desaparecimento. Para além do
tradicional folclore, o documentário conduz seu olhar através
de lembranças de antigos pescadores da comunidade dos Ay-
morés, no extremo sul da Bahia, acerca da Festa de São Se-
bastião e da Luta entre Mouros e Cristãos. O mestre popular,
reator da harmonia entre fé e imaginação, projeta sua própria
vida na brincadeira, numa linha tênue entre a vida e a morte,
transmitindo devoção e respeito às tradições ancestrais.
País de Produção: Brasil
Direção: Mateus Damasceno
Roteiro – Argumento: Mateus Damasceno
Direção de Fotografia: Pedro Santana
Som: Victor Uchoa
Música: Tangre Oliveira
Edicão: Pedro Santana
Gênero: Documentário
Duração: 17’
E-mail: matcdr@gmail.com / matcdr@hotmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Título: FAZENDO HISTÓRIA (Making History)
EdouardGlissantéconhecidocomoumdosmaisimportanteses-
critorescaribenhosdaúltimametadedoséculo.Em2002,Lindon
Kwesi Johnson torna-se o único segundo poeta vivo e o primeiro
poetanegroaterseutrabalhopublicadonasériePenguin’sClassic.
Ambossãofigurasimportantesdesseúltimoséculo.LindonKwesi
JohnsonéopaidapoesiadeDub,eEdouardGlissantfoiindicado
aoPrêmioNobeldeLiteratura,porseustextossobreosprocessos
decreolizaçãoeestéticasdetratados.Essesamigosdelongadata
se encontram em New Cork, em um dia de verão.
País de Produção: França, Martinica, Jamaica
Direção: Caecilia Tripp, Karen McKinnon
Roteiro: Caecilia Tripp, Karen McKinnon
Direção de Fotografia: Topin Yelland
Som: Baptiste Magontier
Montagem: Baptiste Magontier
Gênero: Documentário
Duração: 10’
E-mail: trippcaecilia@yahoo.fr / karenmckin-
non@hotmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
Dia 19.05 (quarta-feira)
14:30h às 16:00h – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA VIII
Título: A BENÇA
Mãe Enedina, de 90 anos, acabou de perder o neto com quem mo-
rava, e enfrenta os desafios de mudar de casa. Mãe Maria, aos 74
anos, divide-se entre a vida na sua comunidade e as atividades de
“criar” os iaôs, iniciantes do culto de orixás, no terreiro Axé Opó
Ajonjá. Viver para o candomblé é o lema de Mãe Mimi, mãe de
santo, de 75 anos. “A Bença” traz o dia a dia de três senhoras do
candomblé na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, abordando
temascomoaidade,apassagemdotempo,orespeitomútuoentre
jovenseidososdentrodocandomblé,eacrençanocultodeorixás.
País de Produção: Brasil
Direção: Tarcísio Lara Puiati
Roteiro: Tarcísio Lara Puiati
Direção de Fotografia: Felipe Sabugosa
Som: Vampiro
Montagem: João Felipe Freitas, Tarcísio Lara Puiati
Gênero: Documentário
Duração: 52’
Coprodução: Tarcísio Lara Puiati, Aquarela Filmes,
TVE Brasil, Fundação Padre Anchieta, TV Cultura
E-mail: tarcisolarapuiati@gmail.com
Local: auditório do Centro de Artes, Humani-
dades e Letras da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia.
16:00H ÀS 18:00H – MOSTRA
COMPETITIVA / PROGRAMA IX
Título: GISELE OMINDAREWA
Francesa de nascimento. Africana por afinidade. Brasileira
por destino. Essa é a vida de Gisele Cossad, posteriormente
Gisele Cossad Omindarewa, mãe de santo francesa que vive
há muitos anos na Baixada Fluminense. O documentário
procura reconstruir a trajetória de Gisele através das lem-
branças de sua infância e juventude, num dos bairros no-
bres da região parisiense, até sua vinda ao Brasil.
País de Produção: Brasil
Direção: Clarice Ehlers Peixoto
Roteiro: Clarice Ehlers Peixoto, Sueli Nascimento
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Direção de Fotografia: Christian Javas, Guapi
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Trilha Sonora: Música do Terreiro, Joãozinho da Gomea
Montagem: Sueli Nascimento
Gênero: Documentário
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Catálogo do III BAFF

  • 1. CA TÁ LO GOIIIBAFFBAHIA AFRO FILM FESTIVAL 13 A 23 DE MAIO DE 2010 CACHOEIRA-BAHIA-BRASIL
  • 2. 01 PAG. 05 Textos de abertura 12 Homenageados 24 Programação 38 Mostra de filmes convidados 46 Mostra competitiva 64 Jurados 68 Ficha técnica 72 Agradecimentos
  • 3. 05 PAG. O BAHIA AFRO FILM FESTIVAL tem como objetivo principal divulgar, integrar e promover discussões em torno da pro- dução de cinema e de vídeos, nacionais e internacionais, que possuam como temá- tica central o cidadão afro- descendente, com ênfase na diáspora africana, no sincretismo cultural, no hu- manismo e na preservação de raízes e valores. O Festival pensa o cinema afrodescendente, que atua à frente ou atrás das câmeras, através da produção industrial ou da produção indepen- dente de trabalhos audiovi- suais. Além de divulgar e agregar a experiência e a produção acadêmica e inte- lectual comprometidas com o tema, o BAHIA AFRO FILM FESTIVAL mantém um acervo audiovisual para mostras e exibições especiais durante todo o ano. A escolha de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, para palco de tão expressivo evento, deve-se ao fato de tratar-se de uma região histó- rica e que apresenta uma alta concentração de população negra ou de ascendência negra no Brasil, sendo hoje um dos principais destinos do turismo étnico. O BAHIA AFRO FILM FESTIVAL atrai a atenção para a impor- tância do cinema de temá- tica afro, contribuindo positivamente para o pro- cesso de profissionalização e de crescimento da produ- ção audiovisual na Bahia. Focado também em ques- tões fundamentais de forma- ção e integração, o Festival desenvolve, paralelamente, oficinas profissionalizantes e ações de responsabilidade social. Destaque-se a “Mos- tra Itinerante” viabilizada através de Cineclubes, par- cerias e convênios com os diversos setores da educa- ção e da cultura em nosso país, que percorrerá escolas e entidades organizadas de cidades do Recôncavo e de outras regiões baianas, bem como cidades do interior e de várias capitais brasileiras. O estabelecimento do BAHIA AFRO FILM FESTIVAL em Ca- choeira deve-se, entre ou- tros fatores, à constatação de condições favoráveis ao estabelecimento de um “Pólo Regional de Cinema” na região do Recôncavo Baiano, que inclusive já conta com o “Curso de Cinema da Universidade Federal do Recôncavo”. Sem perder de vista que a história de Ca- choeira, passada e presente, remete-nos às nossas raízes e ancestralidades. Da localização geográfica ao valor histórico, do patrimônio monumental à beleza paisa- gística, da sensibilidade à receptividade próprias do seu povo, Cachoeira, ao abri- gar o BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, transformar-se-á num autên- tico palco cultural de reflexão, discussão e debate, desper- tando a atenção e possibili- tando que se vivencie um Festival afrocultural demo- crático, eclético, atraente e único em nosso país. Lázaro Faria Cineasta. Diretor e Curador do Festival. III BAFF BAHIA AFRO FILM FESTIVAL
  • 4. 07 PAG. 06 PAG. O cineasta mineiro Humberto Mauro afirmou que “Cinema é Cachoeira”, figurando a imagem do cinema como o intenso movimento das águas, que tem dinamismo, beleza e continuidade eterna. Essa metáfora foi marcante para um grupo de jovens que, nos idos da década de 70 do século XX, carregavam projetores 16mm para exibi- ção de filmes nos lençóis brancos que o povo estendia e que serviam de telão nas praças públicas. Esse exercício para mostrar as diferentes realidades do Brasil e do mundo propiciou o vigor do movimento cine- clubista, através do negro generoso e intelectual Luiz Orlando, inesgotável fonte de informações sobre a exis- tência de filmes com dife- rentes conteúdos e linguagens cinematográfi- cas. Dessa maneira, circulá- vamos na Boca do Lixo, em São Paulo, com apoio do ci- neclubista Diogo Gomes, que dirigia a Dinafilme – Distribui- dora Nacional de Filmes para cineclubes, criada pelo movi- mento cineclubista nacional, para conseguir uma filmo- grafia alternativa e que não representasse a imposição do consumo “alienígena”. Quem sabe não estávamos exercitando a “subversiva pi- rataria” para conhecer a ci- nematografia do Realismo Socialista, da Nouvelle Vague, do Cinema Novo, do Cinema Marginal, bem como produções dirigidas por Fe- lini, Serguei Eisenstein, In- gman Bergman, Rogério Sganzerla, Humberto Mauro, Nelson Perreira dos Santos, João Batista de Andrade, Roberto Pires, Orlando Senna, Glauber Rocha, Jean- Luc Godard, Luiz Bunnuel e outros tantos cineastas cen- surados na época. Descobri- mos o cinema novo, onde Glauber Rocha nos influen- ciou a adotar Terra em Transe como o nome do pri- meiro cineclube que criamos em Cachoeira – no início da década de 70 do século XX. Para Glauber Rocha, uma câmera na mão e uma ideia na cabeça representavam o ponto de partida para des- velar a rica trama da diversi- dade cultural brasileira, manifestada nas expres- sões das camadas popula- res e, principalmente, da africanizada riqueza cultu- ral. Para aquela juventude cachoeirana, deliciar-se com as imagens em movi- mento de Barravento, Deus e o Diabo na Terra do Sol, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, entre ou- tros, era verdadeiramente fascinante, e representava descobrir os labirintos que aquela nova estética cine- matográfica impunha aos olhares e cérebros que esti- mulavam os adolescentes e jovens à subversão. Esse fascínio levou à exibi- ção de filmes nas praças pú- blicas e nos terreiros de candomblés, a exemplo do Itaylê Ogum, onde o capoei- rista e cineasta Arnol Con- ceição e o cineasta Geraldo Sarno filmaram Yaô. Passa- mos a ter a compreensão de que “Cachoeira é Cinema,” é a “Terra em Transe”, é a ver- dadeira e natural cidade ci- nematográfica, muito bem aproveitada pelos cineastas: Geraldo Sarno, Fernando Coni, Joel Almeida, Araripe, Sérgio Machado, Otávio Be- zerra, Élson Rosário, Vitor Diniz, Fernando Belens, entre outros de igual valor. Destaque-se a trajetória de Arnol Conceição que, de pescador, capoeirista e car- pinteiro, também descobriu seu talento de operário da arte cinematográfica. Arnol Conceição é considerado pelo pesquisador e cineasta CACHOEIRA É CINEMA!
  • 5. 09 PAG. 08 PAG. Geraldo Sarno como o pri- meiro cineasta negro baiano a produzir um filme docu- mentário: “Massapê”. Mere- cedor de justa e honrosa homenagem do III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL. É nesse cenário afrobarroco da cidade banhada pelo Rio Paraguaçu, e ligada ao pre- sépio de Senhor São Felix pela trançada e transada ponte de aço D. Pedro II, que estamos acolhendo o III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL. Uma iniciativa da Casa de Ci- nema da Bahia, dirigida pelo cineasta Lázaro Faria, que teve sua saga inicial no Pe- lourinho de Salvador, percor- rendo a Senzala do Barro Preto do Ilê Ayê – Curuzu, para assentar sua cabeça em Cachoeira, no roncó do Terreiro da Nação Nagô do Território de Identidade do Recôncavo da Bahia. O III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL está sendo organizado e rea- lizado pelo colegiado for- mado pelo Ponto de Cultura do Centro de Educação e Cultura Vale do Iguape – Ex- pressão Cidadania Quilom- bola; pela Rede Terreiro Cultural do Centro de Estudo Pesquisa e Ação Sócio Cultu- ral; a Casa de Cinema da Bahia; e o importante Curso de Cinema instalado no Cen- tro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – coor- denado por Danillo Barata. Esse colegiado vem tecendo a realização do III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, como as mãos dos pescadores tecem suas redes, e com o carinho com que as senho- ras de bilros teciam seus belos panos de renda, sen- tadas nas portas das ruas das antigas cidades e co- munidades. Avançamos com muita pa- ciência, dedicação e convic- ção. A audácia e a sabedoria guerrilheira da nação nagô foi determinante para encon- trarmos os aliados dessa prazerosa jornada que aposta em um Festival de ci- nema e audiovisual estrutu- rante e diferenciado. Sem tapete vermelho, obvia- mente, a antiga Fábrica Leite Alves – onde as charuteiras, como Dalva Xodó, capea- vam o fumo enrolando as ci- garrilhas e compondo sambas de roda ritmados pelas batidas das tabuinhas – abre as suas portas para acolher o emblemático III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, onde atualmente funciona o Centro de Artes, Humanida- des e Letras – CAHL (Univer- sidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB), que abriga o Curso de Cinema Documen- tário e Audiovisual. Não é por acaso, e sim pela determinação do Curso de História, que abrimos as ativi- dades do III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL no dia 13 de maio, como espécie de alvorada anunciadora comemorando os 122 anos da “Aerosa Pas- seata”, protagonizada exata- mente em 13 de maio de 1888, pelo maestro abolicio- nista Tranquilino Bastos, con- jugada com os 140 anos da Filarmônica Lira Ceciliana, fun- dada pelo próprio maestro. Dando sentido étnico ao protagonismo desse Festi- val, o etnomusicólogo de raiz Jejê – músico, composi- tor e ator Mateus Aleluia – ex-componente do especial grupo musical “Tincoãs”, além de homenageado, ba- tiza a abertura oficial do III Bahia Afro Film Festival com o maravilhoso show (recital e manifesto) denominado “5 Sentidos”. Acompanhado da orquestra “Afro Sinfônica”, Mateus Aleluia indaga a Ca- choeira e ao mundo: qual o seu sentido de ser cidadão? O que pretendemos de um mundo tão desigual, injusto para com os índios, negros, mulheres e outros segmentos da sociedade, que sempre foram deixados à margem dos direitos universais? Cachoeira, sempre em transe, revelou figuras aboli- cionistas libertadoras e em- blemáticas como: André Rebouças, Maria Quitéria, Ana Nery, João de Deus etc. Um parêntese para incluir Salu da Farmácia como um roteiro à parte. Não poderia deixar de destacar o ca- choeirano Anjo Negro – ator e poeta Mário Gusmão – que será um dos homena- geados no futuro IV BAHIA AFRO FILM FESTIVAL. O III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, além de primar pela afirma- ção de conteúdos audiovi- suais, destacando a diversidade cultural brasi- leira e universal, transforma- se num espaço de múltiplas articulações políticas e cultu- rais que se desdobram em eixos temáticos, dando luz para a construção de políti- cas públicas que viabilizem o fortalecimento da cadeia produtiva do audiovisual, ampliando a produção, dis- tribuição e difusão de con- teúdos regionalizados, de inquestionável qualidade competitiva, para ocupar es- paços nas redes de televi- são públicas e privadas, e em outros meios de difusão. A mostra de documentários do cineasta cubano Santiago Alvarez, com a presença da sua ex-companheira Lazara Herrera, viúva e zeladora do seu riquíssimo acervo cine- matográfico, também repre- sentando a Oficina de Documentário do ICAIC – Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas, propiciará o intercâmbio e a troca de saberes entre esse conceituado Centro de For- mação e o Curso de Cinema da UFRB, e demais atores sociais engajados na produ- ção audiovisual. III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL con- verte-se numa ação perma- nente, com o lançamento e a implementação da Mostra Iti- nerante que, de início, percor- rerá 24 cidades de 6 estados, com perspectiva de amplia- ção, formando uma rede de di- fusão mesclada com atividades de formação e ca- pacitação, através de oficinas, debates, seminários, rodas de conversas etc. Envolve esco- las, cineclubes e pontos de cultura, entre outros, otimi- zando um grande número de iniciativas não governamentais e instalações de suporte governamental do sistema de cultura, educação e ou- tras áreas. Estamos vivenciando um momento oportuno para in- tegração de diversificadas experiências no campo da formação, pesquisa, produ- ção, distribuição e difusão audiovisual, que crescem em intensa velocidade esti- muladas pelo acesso às re- novadas tecnologias de informação e comunicação. Agradecemos a todas as pessoas e às instituições en- gajadas nesse valoroso pro- jeto, afirmando que o III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL passa a compor o Calendá- rio Cultural do Recôncavo da Bahia e do Brasil, com nítida perspectiva de transformar- se em um Festival de gran- deza internacional. Axé! Luiz Cachoeira Cineclubista. Produtor audiovisual. Coordenador do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural – Centro de Estudo Pesquisa e Ação Sócio Cultural, em Cachoeira, Bahia.
  • 6. 11 PAG. Nos idos de 1984, na cidade de Cachoeira, tivemos o privi- légio de receber, no Cine Glória, uma versão da Jornada Brasileira de Cinema da Bahia. Pouco tempo depois, a jor- nada virou um evento interna- cional. Talvez tenha sido um dos últimos sopros de vida do cinema da cidade, que teve uma das laterais do seu teto ruída em 2008. Hoje o Programa Monu- menta/IPHAN e a Universi- dade Federal do Recôncavo da Bahia desenvolvem um projeto de requalificação do cinema e de três casas do quarteirão. O projeto objetiva ativar o cineteatro, e criar um centro de preservação de fil- mes e uma cinemateca, con- solidando os pilares da cadeia da preservação e difusão. O curso de Cinema e Audio- visual da UFRB, simbolica- mente, nasceu bem no momento em que o templo do audiovisual da cidade de Cachoeira precisava de cui- dados. O primeiro curso su- perior público de Cinema e Audiovisual, implantado em universidade no Norte e Nor- deste do Brasil, confere-nos a importante missão de, além da formação, potencia- lizar processos de constru- ção e afirmação das marcas identitárias no campo da cultura e do audiovisual. O acolhimento do III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL faz parte dessa política. E engran- dece-nos na medida em que realizadores, pesquisadores, cineclubistas, estudantes e, sobretudo, o povo do território do Recôncavo Baiano, esta- rão representados nas telas do Festival. Esse povo afro- descendente, de origem ma- tricial, de fato precisa vivenciar um sentimento de pertença e empoderamento nos meios de comunicação. É funda- mental sentir-se brasileiro. Além da exibição nas cidades de Cachoeira e São Félix, acontecerá uma itinerância em diversas comunidades re- manescente de quilombos no Iguape – Kaonge. Acreditamos que o cinema e o audiovisual são um farol, e que podem orientar e clarear as nossas práticas por meio de ações cidadãs. Nessa perspec- tiva, o audiovisual se inscreve como um dos muitos falares que serão requisitados para compreender as demandas e, também, as desigualdades sepultadas e atenuadas pelos ritmos históricos que in- cluem/excluem regiões brasi- leiras. Isso num diálogo mais ou menos interativo, no to- cante aos graves problemas sociais da nossa realidade. Danillo Barata Coordenador do Colegiado de Cinema e Audiovisual da UFRB. O CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL DA UFRB O FAROL E A PEDRA DA BALEIA
  • 7. Homenageados O maestro Tranquilino Bastos nasceu em Cachoeira (1850). Era filho de um português com uma escrava alforriada. Apren- deu sozinho a tocar clarineta e, ainda jovem, criou o grupo mu- sical Recreio Cachoeirano, que se exibia nas festas da cidade. Integrou o coro da Igreja do Monte e a Orquestra de São Benedito, que se apresentava nas festividades religiosas, como a de Santa Cecília, pa- droeira dos músicos. Em 1870, já engajado nas lutas contra a escravidão e dominando a técnica de ou- tros instrumentos, Tranqui- lino cria a filarmônica Euterpe Ceciliana – nome original da atual Sociedade Orféica Lyra Ceciliana –, sendo seu primeiro regente e professor. Como mestre de banda garimpava, entre os artesãos e a juventude pobre de Cachoeira, quem tinha talento para ser ins- truído sobre os mistérios da música. E assim formava os músicos para sua filarmônica. Na noite de 13 de Maio de 1888, Tranquilino Bastos, di- rigindo a Euterpe Ceciliana, desfila pelas ruas de Ca- choeira, à frente de uma multidão, composta predo- minantemente de negros e mulatos, comemorando a assinatura da lei que abolia a escravidão no Brasil. Nas dé- cadas seguintes a sua fama de regente, compositor e professor de música logo se espalha por todo o Recôn- cavo Baiano. Tranquilino é convidado e vai ensinar mú- sica, estruturar, organizar e reger filarmônicas em São Félix (Harpa Sanfelixta), em Feira de Santana (Sociedade Victória) e em São Gonçalo dos Campos (Lyra Sangonça- lense). Além de atender a essas sociedades musicais, Tranquilino Bastos também presta consultoria à filarmô- nicas de outras cidades, in- termediando a compra de instrumentos musicais das fábricas francesas Casas Sax e Besson, de quem era representante na Bahia. Nas correspondências, Tranqui- lino cotava preços e orien- tava os fabricantes sobre como aperfeiçoar os instru- mentos destinados às filar- mônicas baianas, para que emitissem, no clima tropical, uma melhor sonoridade. Em 1920 a Casa Sax remete-lhe de Paris uma batuta de prata e um diapasão (instrumento metálico em forma de foqui- lha que serve para afinar ins- trumentos e vozes através da vibração de um som mu- sical de determinada altura). Era um presente ao maes- tro, autor de “Passo Do- brado Nº 140”, música que era executada no exterior. Ao longo de sua trajetória, Tranquilino Bastos compôs 295 dobrados, 150 marchas festivas, 50 marchas fúne- bres, 205 fragmentos de ópera (transcritas para banda marcial), 24 composi- ções sacras, 80 composi- ções diversas (entre valsas, polacas e contradanças), 09 12 PAG. MAESTRO TRANQUILINO BASTOS MATEUS ALELUIA ANTÔNIO JORGE DIAS DO NASCIMENTO (MILICA) O MAESTRO TRANQUILINO BASTOS
  • 8. 15 PAG. fantasias e variações, 05 árias para canto e 03 hinos patrióticos (entre eles, um dedicado ao 13 de Maio). Uma de suas composições mais conhecidas é “Navio Negreiro”, inspirada no fa- moso poema do poeta ro- mântico e abolicionista Castro Alves. O acervo com as partituras originais de suas criações foi adquirido pelo Estado da Bahia e en- contra-se no Setor de Obras Raras da Biblioteca Central do Estado, à disposição de estudiosos e pesquisadores. Sua obra é considerada por especialistas como de rele- vante valor artístico musical, e é constantemente consul- tada por alunos de cursos de pós graduação, tendo servido de tema para disser- tações de mestrado e teses de doutorado em música. Tranquilino foi também um líder espírita – um dos fun- dadores da Sociedade Espí- rita Cachoeirana, em 1892. Era vegetariano e praticante da homeopatia, que utilizava para prestar assistência e atendimento médico alterna- tivo à população pobre. Como jornalista atuante, es- creveu artigos na imprensa cachoeirana onde defendia a liberdade política e religiosa, combatia o racismo e a tor- tura aos presos, criticava as desigualdades sociais e o autoritarismo militar. Além disso, pregava a Paz e de- fendia o respeito à Natureza, sendo contra a morte dos animais – a quem conside- rava irmãos – e contra a pri- são dos pássaros em gaiolas. Num dos seus arti- gos defende ardorosamente a liberdade de culto e critica a perseguição aos pratican- tes do Candomblé. “Acatar a respeitar as funções destes crentes, com a solenidade de suas danças, cantos etc., é o dever dos que cultivam e prezam a tolerência e o res- peito às crenças alheias tanto quanto às próprias. Não acho correcto o procedimento de uma autoridade que or- dena o extermínio dessas fes- tas inofensivas, profanando o santuário com pontapés em seus ídolos (santos). Após afirmar que tais fatos conspurcam as leis e ferem a Constituição, Tranquilino desabafa: O Candomblé, como reli- gião, entoa a Deus os seus hymnos assim: Egbeji moriô ri okorinkam Orôhu moriô ro okorinkam (Tradução) Poderoso. Eu vos conheço como o primeiro homem! CORO Ô kum-kum biri biri Ajalê mori okorinkam (Tradução) Mesmo nas trevas eu vos distingo como Poderoso. Considerado o Mestre dos Mestres de Banda da Bahia, o “Maestro Bastos” era ve- nerado por toda a Cachoeira, sendo autor do hino oficial da cidade, em que relata a epopéia do povo cachoei- rano nas lutas que deram iní- cio à Guerra pela Independência do Brasil. A sua inspiração vinha-lhe de valores morais que cultivava com ardor, como a liber- dade, a solidariedade, a ge- nerosidade e o amor ao próximo. Após ter formado diversas gerações de músi- cos, regentes e compositores em toda a região, Tranquilino Bastos, uma sólida referência intelectual em Cachoeira e em todo o Recôncavo, morre em 1935, aos 85 anos. Jorge Ramos Jornalista. Autor de “O Semeador de Orquestras – Biografia de um Maestro Abolicionista”.
  • 9. 17 PAG. 16 PAG. vida musical orientado pelo canto nos corais da igreja ca- tólica – e olha que cantáva- mos em latim – à qual juntei minha herança genética, toda a gama de informações do candomblé. Ao mesmo tempo em que estávamos na igreja, éramos embalados pelos cantos de Oxalá, Ye- manjá, Oxossi e Xangô. E foi essa via de captação espon- tânea que determinou toda minha criação musical”. Essa virada garantiu aos Tin- coãs – formado por Dadi- nho, Eraldo e Mateus – uma trajetória que levou o grupo ao topo das paradas de su- cesso entre os anos 70/80, com apresentações nos principais programas de te- levisão do Brasil. Na época Globo de Ouro, Programa do Chacrinha e Fantástico – da Rede Globo – e o Pro- grama Flávio Cavalcanti, na extinta Rede Tupi, num tra- balho que merecidamente foi reconhecido pela crítica e pelo público. O principal disco do grupo é um marco importante da música brasi- leira, não apenas pela quali- dade das músicas, como também pelo arranjo com características de coral fei- tos a partir de canções oriundas dos terreiros de candomblé, tendo como base apenas quatro instru- mentos: violão, atabaque, agogô e cabaça. “Os Tin- coãs” é considerado, até hoje, o mais importante grupo musical afro-brasileiro da história da MPB. São cé- lebres as criações e respec- tivas interpretações de “Cordeiro de Nanã”, “Pro- messa ao Gantois”, “Yansã, Mãe Virgem”, “Ogundê”, “Canto para Yemanjá”, “A Força da Jurema”, “Sauda- ção aos Orixás” e “Obaluaê”, entre outras canções. Em 1983 os “Tincoãs” parte para Angola, a princípio uni- camente para uma semana de apresentações. Mas vão ficando e se envolvendo cada vez mais com o país que, embora convulsionado pela guerra civil, muito tinha a oferecer ao grupo, em ter- mos da leitura de sua pró- pria ancestralidade. Nessa época Eraldo havia morrido e tinha sido substituido por Badu, que preferiu voltar ao Brasil. Mateus e Dadinho fi- caram em África. Dadinho morre de derrame cerebral e Mateus lá permanece por duas décadas, forma família, vivencia o fim da guerra e assiste ao início da recons- trução do país. “Foi em Luanda que conheci as raí- zes de minha ancestrali- dade” define Mateus, para quem o contato pessoal “terra a terra” com a cultura africana foi necessário para reforçar e ampliar as sua convicções de que o afrobar- roco é nossa origem e des- tino, enquanto cultura. O reconhecimento do traba- lho de Mateus Aleluia e dos “Tincoãs” é feito por nomes como Gilberto Gil afirma: “Eles foram pioneiros, anterio- res a tudo. Sustentaram um compromisso com a dimen- são afro-baiana, ciosos do valor daquilo que faziam, e mesmo tendo o conflito com o convencionalismo domi- nante, demonstraram cuidado com valores que na época a gente não estava atento”. Jorge Ramos Jornalista. Autor de “O Semeador de Orquestras – Biografia de um maestro abolicionista”. A formação artística do mú- sico Mateus Aleluia é viva- mente influenciada pela mistura dos elementos que sedimentaram em quatro séculos a cultura do Recôn- cavo Baiano. Para esse ca- choeirano, nascido em 1943, a formação de sua infância – vivenciada simultanemente entre o coro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a iniciação nos rituais do can- domblé, religião trazida por seus ancestrais africanos – foi decisiva para forjar o artista e o cidadão, e montar uma car- reira voltada para a cultura afro-brasileira, denominação que prefere etnologicamente ampliar para “afrobarroca”. E Mateus Aleluia insiste nessa abordagem com ver- niz antropológico. “ O bar- roco no Brasil está na nossa forma de ser, uma forma in- tangível, imaterial, num casa- mento com a cultura. Aqui o colono europeu foi muito in- fluenciado, do ponto de vista cultural, coisa que não acon- teceu, por exemplo, nos Es- tados Unidos. Daí porque a resistência cultural dos ne- gros de lá não ficou tão bem segmentada como aqui. A ancestralidade africana in- fluenciou muito mais a pró- pria cultura brasileira, na música, na dança, na gastro- nomia, maneira de vestir e em muitos outros elemen- tos. Daí dizermos que o bar- roco, que veio da Europa trazido pelos colonos, aqui se juntou aos elementos hospedeiros do universo in- dígena e a todas as manifes- tações trazidas com a diáspora africana”. Mateus lembra que pesquisas ante- riores feitas por nomes como Joãozinho da Goméia já exaltavam a musicalidade vindo dos terreiros. E cita o compositor cachoeirano Tranquilino Bastos (1850- 1935), “por ter deixado al- guma matéria sobre a música de origem africana” e ter defendido a ampla li- berdade religiosa, num tempo em que o candomblé era perseguido pela Polícia. Essa visão Mateus Aleluia carrega consigo desde que aderiu, em 1962, ao con- junto vocal os “Tincoãs”, de sua cidade. A sua entrada redefiniu as propostas e os rumos do grupo, até então voltado para o gênero ro- mântico, com seus boleros e valsas dançantes. Mateus foi o principal responsável pela guinada do grupo: “Paulatinamente fomos fa- zendo uma mudança no conceito do trabalho, o lado musical foi sendo cada mais influenciado pelo cultural. E de forma espontânea come- çamos a colocar um repertó- rio que contivesse nossa própria vivência, vindo a re- velar esta junção do afro com o barroco. Eu, por exemplo, comecei minha MATEUS ALELUIA
  • 10. 19 PAG. Antônio Jorge Dias do Nas- cimento, que se dizia Milica, era um poeta. Poeta, como são todos aqueles que so- nham ou morreram, como ele, desejando mudar o mundo com flores, palavras e outras armas de grossos calibres e duros golpes, que, para ele, eram um projetor de cinema, rolos de filmes e a pedagogia de Paulo Freyre. Caminhou extensas estra- das, Brasil afora, com essas “mortíferas” armas, viajando sem passagem, de carona, comendo na estrada poeira e pão com mortadela. Sim, poeta como são os lou- cos, os visionários, os in- quietos e os inconformados. Irmãos dos amigos, seus ir- mãos éramos nós, era Wal- ney, Laércio, Zé da Liga, Lu Cachoeira, o Cineclube Terra em Transe que, com seus ir- mãos, ajudou a fundar na cine- matográfica cidade de Cachoeira. E no Terra em Transe viajou para os encontros de cineclubistas; no Terra em Transe enfrentava com destemor a implacável per- seguição e censura arbi- trada pelos prepostos da ditadura que davam plantão em Cachoeira, e que viam na prática cineclubista a ameaça do fantasma comu- nismo. As telas, então, eram os lençóis brancos estendi- dos pela população, e onde os filmes eram exibidos, nas zonas periféricas. Milica nasceu em 6 de de- zembro de 1956 e faleceu em 14 de abril de 2002. Era o quarto dos oito filhos que tiveram Wandercock do Nas- cimento e Zélia Dias do Nas- cimento. Estudou filosofia, trabalhou no Mobral Cultural na década de 1980, foi edu- cador, participou da funda- ção do diretório do Partido dos Trabalhadores de Ca- choeira e era um cineclu- bista. Milica era, antes de tudo, um sonhador e pessoa extremamente sensível com o sofrimento humano. Fez do cineclubismo um instru- mento de luta política pela redemocratização do Brasil, pela justiça social. É muito oportuno reproduzir aqui o testemunho de seu inseparável amigo Walney Costa Araújo: “Eu e Mio en- trávamos em ônibus coleti- vos em Salvador fazendo discursos de denúncia con- tra a ditadura e as injustiças sociais no Brasil. Nós sonhá- vamos com Luiz Ignácio Lula da Silva presidente do Brasil. As pessoas ficavam perple- xas; algumas nos apoiavam, outras nos ofendiam. A gente reagia à altura e saía- mos correndo do ônibus para não sermos linchados”. Antônio Jorge Dias do Nasci- mento, que se dizia Milica, não viu Lula ser empossado, mas foi votar em cadeira de rodas e balão de oxigênio. Ele estaria feliz com o III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, com tudo isto de que estamos agora nos regozijando. Ele era isso. Cinema-transformação. Cinema-luta. Terra em transe. Cacau Nascimento Historiador e mestre em antropologia. Irmão do ex-cineclubista. ANTÔNIO JORGE DIAS DO NASCIMENTO (MILICA) MILICA ERA O CINEMA-TRANSFORMAÇÃO. CINEMA-LUTA. TERRA EM TRANSE.
  • 11. 21 PAG. Em 1980, o marceneiro e ele- tricista Arnol Conceição, na- tural de Cachoeira, de Oxossi, Odé Ajaí Koleji, filho do babalorixá Enock, tornou- se o primeiro documentarista negro da Bahia ao fazer o filme Massapê. Embora tardio, será que po- demos considerar este fato como um marco real de des- colonização? Alguns documentaristas têm usado a repetição de planos numa aparente busca de ex- pressar e perpetuar o mo- mento mágico. A simples repetição porém de um mo- mento, por mais mágico/ma- ravilhoso que ele seja, ou tenha sido, em sua singulari- dade, não induz o especta- dor a perdurar na fruição desse instante. O gol maravi- lhoso de Zico, realizado em um momento de explosão criadora, repetido cinco, seis, dez vezes na TV, em ritmo normal, lento ou acelerado, não mais me transmite, nem reforça, nem prolonga aquela sensação única que foi acom- panhar em suspense os pas- ses, a penetração na área, ultrapassar os zagueiros ad- versários e bater o goleiro com tiro certeiro. O lance quando visto pela primeira vez, até o último segundo que precede o gol, pressu- põe sempre a surpresa, o provável/possível, o desco- nhecido. A repetição não intensifica nem desdobra essa sensação primeira. Per- mitirá, quando muito, anali- sar o lance, estudar a técnica do atacante, as falhas da de- fesa... Enfim a linguagem, a forma pela qual se expressou aquele momento mágico que foi o gol de Zico. Fernando Belens, psiquiatra e cineasta baiano, realizou Fibra, um documentário (do- cumentário! talvez, mais de uma aproximação possa ser feita entre este filme e o La- vrador, de Ana Carolina / Paulo Rufino) no qual o mo- mento mágico e dilatado por toda a duração do filme. A in- tensidade dos planos é man- tida num mesmo nível do princípio ao fim. A narração (um poema etnográfico que talvez não guarde nenhum compromisso com a ciência etnográfica) monocórdica e a banda sonora musical sus- tentam essa estrutura. Não há repetição de planos. Não há acumulação dramática. No entanto a surpresa, o inesperado podem ocorrer e ocorrem, livremente. Como no final, ao verificar-se que o mos- trado tem a ver com o fato real. Este filme seguramente amplia e enriquece o espaço poético do documentário. Na verdade o que o docu- mentário realmente docu- menta com veracidade é a minha maneira de documen- tar. Ainda assim, devo admitir que essa maneira de docu- mentar (supondo-se que ela pudesse ser configurada num corpo orgânico de re- gras e princípios filosóficos, estéticos, etc.) estaria deter- minada por questão de pro- dução, por situações de ordem técnica e por limita- ções que decorrem de meu maior ou menor domínio dos meios de realização, como minha maior ou menor expe- riência etc. Quer dizer, entre o originalmente imaginado - a minha maneira de conce- ber um tema – e a forma de- finitiva que ele assume na obra acabada há uma distân- cia a percorrer durante a qual o projeto inicial sofre modifi- cações. E a questão ainda se complica quando verifico que o objeto a ser documentado, o outro, o mundo, é vivo, reage e é seguramente mais rico e complexo que o pre- viamente imaginado. A minha afirmação inicial, a de que o documentário real- mente documenta com vera- cidade é a minha maneira de documentar, estará talvez mais correta se também con- cebo como maneira de docu- mentar a minha peculiar maneira de reagir às situa- ções e questões concretas que surgem durante a reali- zação. A prática quase sem- pre me força a agir assim. Mas nem sempre estamos preparados para rejeitar a dualidade sujeito/objeto, para U M A C O L A B O R A Ç Ã O D E G E R A L D O S A R N O P A R A R E F L E X Ã O S O B R E D O C U M E N T Á R I O. TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO EM “FILME CULTURA” NÚMERO 44, DE ABRIL/AGOSTO DE 1984. QUATRO NOTAS E UM DEPOIMENTO SOBRE O DOCUMENTÁRIO
  • 12. 23 PAG. 22 PAG. transformar todas as etapas de realização de um filme do- cumentário em etapas real- mente criadoras, liberando a subjetividade e assimilando a invasão inesperada do real. Quando isto ocorre, antes mesmo que o espectador, o primeiro resultado quem o colhe sou eu mesmo com a ampliação de meu espaço in- terior imagístico. De qualquer maneira a subje- tividade, assumida ou não conscientemente pelo reali- zador, impõe suas regras mesmo quando este busca a objetividade. O moderno documentário brasileiro, aquele a que Paulo Emílio se referiu: “focali- zando sobretudo as formas arcaicas da vida nordestina e constituindo de certa forma o prolongamento, agora se- reno e paciente, do enfoque cinemanovista, esses filmes documentam a nobreza in- trínseca do ocupado e a sua competência”, construiu sua poética numa relação pró- xima com as ciências sociais. A sociologia, a economia, a antropologia, a política fun- cionaram como prismas atra- vés dos quais a câmera do documentarista buscava apreender a realidade. É bem verdade que desde o início levaram vantagem sobre o Cinéma Vérité porque nunca se iludiram quanto à possibi- lidade de atingir a pura obje- tividade. Aceitou-se claramente essa mediação das ciências sociais. Desse esquema nem a vanguarda se libertou. O documentário de vanguarda substituiu as ciências sociais por um sis- tema de valores fílmicos, frio e racional, esvaziado de qual- quer projeção subjetiva e de qualquer possibilidade de in- terferência do real. Releio o que acabo de escre- ver e vejo que esse é um en- foque que tanto tem de sedutor quanto de fácil e falso. Na verdade, pensando bem, os documentários aos quais Paulo Emílio se referiu buscaram nas ciências sociais apenas uma escora provisória e precária, que atiraram fora assim que abriram espaço para sua poética. O que se buscou todo o tempo foi essa poética, foi essa forma de estruturar uma linguagem documentária, e o centro da questão esteve sempre muito mais na busca de am- pliação dos espaços dessa linguagem documentária (em relação à ficção, à poesia, ao processo cinematográfico to- mado no seu todo) do que na maior ou menor aproximação com o enfoque específico de determinada ciência social. Se pensamos diferente- mente, torna-se difícil, por exemplo, compreender e jul- gar a obra de Euclides da Cunha. Sem dúvida, os cien- tistas sociais julgarão em grande parte, senão na sua totalidade, ultrapassadas as teses geográficas, sociais e mesmo filosóficas, que Eucli- des disserta em Os Sertões. O mérito do livro, porém, re- conhecido de imediato desde o lançamento, não de- pendeu da atualidade dessas teses naquela época, como, hoje, o reconhecê-las ultra- passadas não reduz o livro a um simples interesse histó- rico. Isso sem dúvida ocorre- ria se se tratasse apenas de uma obra de ciência. A sua estrutura poética, a sua lin- guagem é que lhe assegu- ram perenidade e a posição-chave que ocupa na formação da literatura nacio- nal. Poética e linguagem que não estão esvaziadas de um profundo compromisso com o homem brasileiro, de uma clara preocupação para com os destinos da nação que, no caso, se deve muito mais à postura do artista do que às teorias do cientista. Este enfo- que talvez nos ajude também a compreender a permanên- cia da obra de escritores como Gilberto Freyre. Essas considerações possibi- litam apreender a evolução or- gânica do documentário brasileiro. Permitem superar uma visão fragmentada do mesmo e acompanhar não só o desenvolvimento de sua dialética interna como tam- bém indicar seus possíveis desdobramentos, que hoje apontam para a supressão de todos os sistemas prévios. Essa liberação está se dando nas duas direções: do subje- tivo, com o autor lançando- se a si mesmo no ato de documentar o outro (Di, Glauber Rocha); do real, fa- zendo-o invadir o espaço ci- nematográfico com todos seus elementos impuros e im- previsíveis, sem submetê-lo ao controle de esquemas e sistemas prévios (A pedra da riqueza, Vladimir Carvalho). Depoimento: Costuma-se vincular Vira- mundo à sociologia, Viva Ca- riri! à economia e Iaô à antropologia. E de certa ma- neira é correto. No entanto, em nenhum momento, foi meu objetivo principal fazer exposições científicas. O que sempre me moveu foi pôr em andamento a construção de uma linguagem cinemato- gráfica documentária, que cada vez mais expandisse os limites nos quais estava tra- dicionalmente confinados. O Cinéma Vérité, embora esti- mulasse a utilização de novos equipamentos que permitiam registro de ima- gem e som sincrônicos, sempre me pareceu uma castração do documentário com sua recusa violenta da mise-en-scène e de todos os elementos ficcionais. Viramundo (1964-65), a pensá-lo em termos mera- mente sociológicos, ousou ir além da sociologia da época, para espanto manifesto de alguns sociólogos. Isto pode ter algum mérito do ponto de vista da sociologia. Porém no plano cinematográfico em que ele se colocou não há nenhum mérito especial por isto. Foi conseqüência natu- ral do espaço que ele se per- mitiu abrir para construir sua linguagem. Iaô surgiu 10 anos depois de Viramundo. Alguns querem ver entre este e aquele o lento e ama- durecido percurso do docu- mentarista Geraldo Sarno, o caminho que vai de um filme agressivamente ideológico a um outro em que essa agres- sividade cede vez à com- preensão de manifestações onde, a rigor, os políticos não esperam encontrar firmes posturas ideológicas. Nada mais falso. O projeto que deu depois em Iaô existia desde 1965, foi o primeiro a ser feito após concluir Viramundo e tinha por título A cidade sa- grada. Estava informado por leituras de Edson Carneiro, Pierre Verger e, sobretudo, Roger Bastide. E desde então destinado a ser a contrapar- tida de Viramundo na docu- mentação das religiões afro-brasileiras que, como todos os fenômenos huma- nos, não representam um único e exclusivo papel na vida das sociedades. Se em determinados momentos his- tóricos têm um papel confor- mista, antiliberador, em outros momentos e situações são fatores dinâmicos de aglutinação de forças e resis- tências sociais e culturais. E é claro que Iaô se beneficiou de uma narração inspirada num texto de Juana Elbein dos Santos, o que muito contri- buiu para a leitura final que se tem do filme hoje. Tão significativos para minha própria evolução interior foram os documentários Viva Cariri! e Segunda-feira. Do primeiro, afirmar sua estru- tura em três patamares (agri- cultura, artesanato e indústria) superpostos a de- monstrações de religiosi- dade e misticismo não diz tudo. Talvez não diga o es- sencial. Salvo engano, foi o primeiro documentário a for- mular a ruptura do gênero em direção à ficção. Não só o todo da estrutura dramá- tica encontra-se armado em blocos de sequências justa- postas, como se fosse um painel, esvaziando-as de um relacionamento direto e natu- ralístico entre si, como o rompimento se dá na cons- trução interna de determina- das sequências: só no plano da imagem, só no plano do som e no som e imagem ao mesmo tempo. No plano da imagem: os planos de operá- rios que constroem a estátua de Padre Cícero são editados de forma não-cronológica; rompendo a sequência natu- ral do trabalho, o plano rea- liza a crítica do fato que documenta. No plano do som: por sobre o plano sin- crônico do coronel que narra seu relacionamento com os moradores da fazenda, em volume mais elevado, o mesmo coronel queixa-se irri- tado do governo e de perse- guições e violências políticas; as duas bandas so- noras paralelas se interrom- pem quando ele saca do revólver e atira três vezes, forma habitual de reunir os moradores, como ele ex- plica. Em ambos: por truca- gem, penitente que carrega cruz e multidão que o acompanha pelas ruas de Juazeiro marcham para trás; na banda sonora, su- cessivamente, ouvem-se gritos de arregimentação militar e fuzilaria/tiroteio, tí- picos de cena de guerra. Segunda-feira já é um docu- mentário inteiramente libe- rado de qualquer compromisso que não seja com o próprio universo que documenta, e com uma poética diretamente inspi- rada por esse mesmo uni- verso. “É como um baião de Luiz Gonzaga”, me disse- ram. Talvez seja. Geraldo Sarno Diretor. Roteirista. Documentarista.
  • 13. Programação 13 A 23 DE MAIO DE 2010 25 PAG. 24 PAG. DIA 13.05 (quinta-feira) 14:30h – CONFERÊNCIA “OS SIGNIFICADOS DO DIA 13 DE MAIO DE 1888”. Mesa redonda com historiadores: • Walter Fraga – professor da Universidade Federal do Recôn- cavo da Bahia/UFRB. • Fábio Batista – professor do Colégio Edvaldo Brandão. • Maria Helena Araújo – professora do Colégio Estadual da Cachoeira. • Cacau Nascimento – professor do Centro Educacional Rômulo Galvão de São Felix. Local: auditório do Colégio Esta- dual da Cachoeira. 17:00h – ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “IMAGENS DO UNIVERSO AFRO”. Com trabalhos do artista Han- sem Bahia, e dos fotógrafos Pierre Verger e Adenor Gondim. Local: nova sede da Fundação Hansem Bahia, junto ao Centro de Artes, Humanidades e Le- tras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 20:00h – PERFORMANCE DO PROJETO “POVO DA MÚSICA”, DO MAESTRO ABOLICIONISTA TRANQUILINO BASTOS. Comemorando os 122 anos da “Airosa Passeata”, ocorrida em 13 de maio de 1888, liderada pelo maestro abolicionista Tranquilino Bastos. Alusiva à assinatura do Decreto de Abo- lição da Escravatura e aos 140 anos de fundação da Filarmô- nica “Lira Ceciliana”, criada pelo próprio maestro. Local: saída da Sede da Filarmô- nica Lira Ceciliana, percorrendo o Centro Histórico de Cachoeira. DIA 14.05 (sexta-feira) 19:00h – ABERTURA DO MEMORIAL DA HISTÓRIA DOS EQUIPAMENTOS DE CINEMA, ORGANIZADO PELO CINEASTA ROQUE ARAÚJO. Varal de entalhes do artista Davi Rodrigues e mosaico fotográfico de Seo Zé, com feitura de Azeite de Dendê no Massapé. Local: foyer do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 20:00h – ABERTURA OFICIAL DO III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL. Com homenagem póstuma ao maestro abolicionista Tranquilino Bastos. Homenagens ao artista Mateus Aleluia, ao cineasta Ar- nold Conceição, ao Ministro da Cultura – Juca Ferreira. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Mesa com representações institucionais: • Ministro da Cultura – Juca Fer- reira. • Coordenador Nacional do Programa Monumenta – Luiz Fernando. • Reitor da Universi- dade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB – Paulo Gabriel. • Assessor da Presidência da
  • 14. 27 PAG. 26 PAG. Petrobras – Rosemberg Pinto. • Coordenador de Comunica- ção da Petrobras Nordeste – Darcle Andrade. • Secretário Estadual de Cultura – Márcio Meireles. • Secretário Estadual de Turismo – Antônio Carlos Tramm. • Superintendente do SEBRAE – Edval Passos. • Se- cretária de Promoção da Igual- dade – Luiza Bairros. • Diretor do CAHL da Universidade Fede- ral do Recôncavo da Bahia/UFRB. – Xavier Vantin. • Secretário de Cidadania Cultural/MINC – TT Catalão. • Secretário de Audio- visual/MINC – Newton Cannito. • Diretor do Instituto de Radio- difusão da Bahia/TVE – Póla Ri- beiro. • Diretoria de Multimídia da SECULT – Sofia Federico. • Superintendente Regional IPHAN/Bahia – Carlos Amorim. • Diretor do IPAC – Frederico Mendonça. • Presidente da Fun- dação Cultural Palmares – Ed- valdo Mendes Araújo (Zulu Araújo). • Coordenação do Curso de Cinema da Universi- dade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB – Danillo Barata. • Presidente da Oscip Casa do Ci- nema da Bahia – Lázaro Faria. • Coordenador do Ponto de Cultura Cineclube Rede Terreiro Cultural/CEPAS – Luiz Ca- choeira. • Centro de Educação e Cultura Vale do Iguape – Juci- lene Jovelino. • Presidente da Associação Brasileira de Do- cumentarista – Solange Lima. • Presidente da Associação Baiana de Cinema e Vídeo – Mateus Damasceno. PROGRAMA ESPECIAL 20:30h – EXIBIÇÃO DO FILME INSTITUCIONAL DO BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, E DO CURTA ME- TRAGEM “MASSAPÊ” DE AUTORIA DO CINEASTA HOMENAGEADO ARNOL CONCEIÇÃO. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 21:00h – SHOW MUSICAL “5 SENTIDOS” DE MATEUS ALELUIA, COM ORQUESTRA AFRO SINFÔ- NICA E CONVIDADOS ESPECIAIS. COM LANÇAMENTO DO CD. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. DIA 15.05 (sábado) 08:30h às 12:00h – III SEMINÁRIO DE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL. Enfocando o tema “Nações, Et- nias, Tráfico Escravo e Religio- sidade de Influência Africana”. Com exibição do filme “Atlân- tico Negro na Rota dos Orixás”, de Renato Barbiere. Participações: • Osmundo Pinho – antropólogo da Univer- sidade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Cacau Nasci- mento – historiador do Centro de Estudo Pesquisa e Ação Sócio Cultural/CEPASC. • Luís Nicolau Pares – professor do Centro Afro Oriental da UFBA. • Edmar Ferreira – historiador. • Walter Fraga – professor da Universidade Federal do Recôn- cavo da Bahia/UFRB. • Graziele Novato – professora de História da Universidade Estadual do Su- doeste da Bahia/UESB. • Pedro Arcanjo – sociólogo e diretor do Centro Cultural Danneman. • Luiza Bairros – Secretaria de Promoção da Igualdade do Es- tado da Bahia/SEPROMI. Mediação: Luiz Cachoeira – coordenador do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural/CEPASC. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA I Título: RECONVEXO País de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães Duração: 05’ Título: CANTADOR DE CHULA País de Produção: Brasil Direção: Marcelo Rabelo Duração: 95’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA II Título: PALENQUE POPOLO LIBERO D’AMERICA (Palenke Povo Livre da América) País de Produção: Itália, Colômbia Direção: Salvatore Braca Duração: 24’ 23” Título: O RITO DE ISMAEL IVO País de Produção: Brasil Direção: Ari Cândido Fernandes Duração: 12’ Título: MEMÓRIAS DE UM AFRO-PERUANO País de Produção: Peru Direção: Jovita Andrade Duração: 52’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 20:00h – LANÇAMENTO DO CD “CARTAS MUSICAIS”. Do músico Juvino Alves, que executa músicas do maestro abolicionista Tranquilino Bastos. Local: foyer do auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Fede- ral do Recôncavo da Bahia. 20:30h – HOMENAGEM AO MAES- TRO ABOLICIONISTA MANUEL TRAN- QUILINO BASTOS, COM EXECUÇÃO DO DOBRADO “NAVIO NEGREIRO” E DA PEÇA “AIROSA PASSEATA”, DE AUTORIA DO MAESTRO. Pela Filarmônica Lira Ceciliana, com participação especial do clarinetista Juvino Alves. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 21:00h às 21:30h – I MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: O MILAGRE DO CANDEAL (El Milagro de Candeal) País de Produção: Espanha, Brasil Direção: Fernando Trueba Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. DIA 16.05 (domingo) 09:30h às 11:30h – MOSTRA DE FILMES DE ANIMAÇÃO Locais: Igreja do Rosarinho de Cachoeira e Escola Balão Má- gico de São Félix. 08:30h às 12:00h – III SEMINÁRIO DE ANTROPOLOGIA AUDIOVISUAL. Enfocando o tema: “Ética na Revelação Audiovisual do Sa- grado”, com exibição do filme “Yaô”, de Geraldo Sarno. Participações: • Geraldo Sarno – cineasta e realizador de “Yaô”. • Xavier Vatin – antropólogo e diretor do CAHL da Universi- dade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Ângela Figue- redo – antropóloga e profes- sora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Luiz Antônio Araujo – Rede Terreiro Cultural • Roberto Duarte – professor de Cinema, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB. Mediação: Antônio Moraes – Ogan e coordenador do Centro de Estudo Pesquisa e Ação Sócio Cultural/CEPASC. Local: auditório do Centro de Artes Humanas e Letras da Uni- versidade Federal do Recôn- cavo da Bahia.
  • 15. Título: WITH EVERY BREATH (Uma Respiração) País de Produção: Estados Unidos Direção: Ram Devineni Duração: 05’ Título: CIDADES DOS MASCARADOS País de Produção: Brasil Direção: Emanuela Yglesias Duração: 10’ Título: MÁ VIDA País de Produção: Brasil Direção: Tau Tourinho Duração: 05’ Título: TRILOGIA DO REGGAE País de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães Duração: 62’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VI Título: PASSAGENS ESTREITAS País de Produção: Brasil Direção: Kelson Frost Duração: 07’ Título: A ILHA DOS ESCRAVOS País de Produção: Portugal Direção: Francisco Manso Duração: 100’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 20:00 às 21:00h – III MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: MÁRIO GUSMÃO – O Anjo Negro da Bahia País de Produção: Brasil Direção: Elson do Rosário Duração: 54’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. DIA 18.05 (terça-feira) 08:00h às 12:00h: TELA EM TRANSE: OFICINA DE CINEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂ- MERAS CINEMATOGRÁFICAS E IN- TRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL. Coordenação: Lázaro Faria – ci- neasta, Roque Araújo – ci- neasta, Xeno Veloso – diretor de fotografia. Local: Centro Cultural Danneman, em São Felix. OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI- NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO ROTEIRO “À PROCURA DE PAL- MARES” QUE SERÁ FILMADO NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA. Coordenação: Flávio Leandro – cineasta. Local: sala especial do Centro de Artes, Humanidades e Le- tras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM SOFTWARE LIVRE Coordenação: Elielson Barbosa – editor do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural e Pontão Digital Xemelê. Local: sede do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural. 29 PAG. 28 PAG. 15:00h às 18:00h – RODA DE CONVERSA SOBRE TVS UNIVERSITÁ- RIAS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS. Participações: Pedro Ortz – TV USP. • Roberto Duarte – Supe- rintendência de Implantação da TV UFRB. • Nádia Virgínia –- TV UEFS e representante da TV UFBA. • Representante da TV UESB. • Representante da TV Anísio Teixeira – Instituto Anísio Teixeira/IAT. • Representante do Instituto de Radiodifusão Edu- cativa da Bahia/IRDEB. Local: sala especial do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA III Título: MANDINGA EN COLÔMBIA (Convidado) País de Produção: Brasil, Colômbia Direção: Lázaro Faria Duração: 26 Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. Título: PASTINHA UMA VIDA PARA A CAPOEIRA País de Produção: Brasil Direção: Antônio Carlos Muricy Duração: 56’ 16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA IV Título: SUA MAJESTADE O DELEGADO País de Produção: Brasil Direção: Clementino Junior Duração: 14’ Título: DA RODA AO SAMBA País de Produção: Brasil Direção: Paulo Dourado Duração: 60’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 20:00 às 21:30h – II MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: FILHAS DO VENTO País de Produção: Brasil Direção: Joel Zito Araújo Duração:107’ 52’’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. DIA 17.05 (segunda-feira) 08:30h às 12:00h – EXPERIÊNCIAS DE PRODUÇÃO E DIFUSÃO AUDIOVISUAL EM PROCESSOS EDUCATIVOS. Expositores: • Ponto de Cultura Centro de Educação e Cultura do Vale do Iguape – Expressão Cidadania Quilombola. • Centro de Estudos Raízes do Recôn- cavo. • Cineclube Centro Cultu- ral João Antônio de Santana. • Tele Centro e Rádio Comu- nitária de Acupe/Santo Amaro. • Ponto de Cultura Rede Ter- reiro Cultural. • TV Comunitária do Pelourinho. • Kabum/CIPÓ, CRIA – Centro de Referência In- tegral do Adolescente. • Ponto de Cultura Eletrocooprativa. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA V Título: MARIA DO PARAGUAÇU País de Produção: Brasil Direção: Camila Dutervil Duração: 26’
  • 16. 08:30h às 12:00h – CONFERÊNCIA TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO – REDE COLA- BORATIVA NA EDUCAÇÃO. Participações: • Darlene Almeida – professora da Faculdade de Educação da UFBA e Projeto Rede de Intercâmbio e Produ- ção Educativa. • Jorge Portugal – professor e apresentador de Programa Educativo na TV. • Cláudio Manoel – professo- res da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Celso Salles – coordenador do EDUCASAT. • Instituto Aní- sio Teixeira/IAT. • Amélia Ma- raux – Vice Reitora da Universidade do Estado da Bahia/UNEB. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 14:00h às 16:00h – IV MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: TUDO ISTO ME PARECE UM SONHO País de Produção: Brasil Direção: Geraldo Sarno Duração: 150’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 16:00h às 18:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VII Título: DEUSA DO ÉBANO – RAINHA DO ILÊ AYÊ País de Produção: Estados Unidos Direção: Carolina Moraes-Liu Duração: 19’ 40” Título: CRUZ E SOUSA, A VOLTA DE UM DESTERRADO País de Produção: Brasil Direção: Claudia Cárdenas, Rafael Schlichting Duração: 20’ Título: RIO DE MULHERES País de Produção: Brasil Direção: Cristina Maure, Joana Oliveira Duração: 21’ Título: Vermelho Imaginário País de Produção: Brasil Direção: Mateus Damasceno Duração: 17’ Título: FAZENDO HISTÓRIA (Making History) País de Produção: França, Martinica, Jamaica Direção: Caecilia Tripp, Karen McKinnon Duração: 10’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 20:00 às 22h – V MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: ATABAQUE NZINGA País de Produção: Brasil Direção: Octávio Bezerra Duração: 87’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 31 PAG. 30 PAG. Dia 19.05 (quarta-feira) 08:00h às 12:00h TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI- NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂ- MERAS CINEMATOGRÁFICAS E INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL. Coordenação: Lázaro Faria – ci- neasta, Roque Araújo – ci- neasta, Xeno Veloso – diretor de fotografia. Local: Centro Cultural Danneman, em São Felix. OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI- NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO ROTEIRO “À PROCURA DE PALMA- RES”, QUE SERÁ FILMADO NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA. Coordenação: Flávio Leandro – cineasta. Local: sala especial do Centro de Artes, Humanidades e Le- tras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM SOFTWARE LIVRE Coordenação: Elielson Barbosa – editor do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural e Pontão Digital Xemelê. Local: sede do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural. 08:30h às 12:00h – EXPERIÊN- CIAS DE EXPRESSÕES DA CULTURA AFRO, TRANSVERSAIS À PRODU- ÇÃO AUDIOVISUAL E CULTURA DI- GITAL ATRAVÉS DA TV WEB. Participação: Casa de Cultura Tainã/Campinas/SP. • Coco de Umbigada/PE. • Ponto de Cul- tura Audiovisual de Pirambu/CE. • BANKOMA Co- munidade Negra/BA. • Pontão Digital Minuano/RGS. • Rede Terreiro Cultural/BA. • Expres- são Cidadania Quilombola/BA. • Ação Griô Grão e Luz/BA. • Associação do Culto Afro Itabu- nense/BA. • Pontão CINE ANIMA/PE. • Pontão Xemelê/Universidade do Es- tado da Bahia/UNEB. • Inven- ções Brasileiras/DF. • Eletrocooperativa. • TT Catalão – Secretário de Cidadania Cul- tural do Ministério da Cultura e coordenador do Programa Cul- tura Viva do Ministério da Cul- tura. • Ângela Andrade – superintendente da Secretaria de Cultura da Bahia. • Grupo Cultural Olodum/BA • Ponto de Cultura Pierre Verger/Fundação Pierre Verger/BA. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 14:30h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VIII Título: MÃE FILHINHA 105 ANOS OFERENDA À IEMANJÁ (Convidado) País de Produção: Brasil Direção e Roteiro: Lu Cachoeira Título: A BENÇA País de Produção: Brasil Direção: Tarcísio Lara Puiati Duração: 52’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 16:00h às 18:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA IX Título: NEGO D’ÁGUA (Convidado) País de Produção: Brasil Direção: Saullo Farias Duração: 7' Título: GISELE OMINDAREWA País de Produção: Brasil Direção: Clarice Ehlers Peixoto Duração: 71’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 20:00h às 22:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA X Título: BENGUELÊ País de Produção: Brasil Direção: Helena Martinho da Rocha Duração: 84' Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia.
  • 17. 33 PAG. 32 PAG. DIA 20.05 (quinta-feira) 08:00h às 12:00h TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI- NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂMERAS CINEMATOGRÁFICAS E INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL. Coordenação: Lázaro Faria – ci- neasta, Roque Araújo – ci- neasta, Xeno Veloso – diretor de fotografia. Local: Centro Cultural Danne- man, em São Felix. OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI- NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO ROTEIRO “À PROCURA DE PALMA- RES” QUE SERÁ FILMADO NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA. Coordenação: Flávio Leandro – cineasta. Local: sala especial do Centro de Artes, Humanidades e Le- tras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM SOFTWARE LIVRE Coordenação: Elielson Barbosa – editor do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural e Pontão Digital Xemelê. Local: sede do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural. 19:00h – LANÇAMENTO DO LIVRO “PENHASCOS”, DE ANA ISABEL DE OLIVEIRA. Contos inspirados em filmes cults, a exemplo de “Persona” do cineasta Ingmar Bergman. E-mail: anaisabelo@ig.com.br Local: foyer do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Uni- versidade Federal do Recôn- cavo da Bahia. 08:30h às 12:00h – EXPERIÊN- CIAS DA ESCOLA INTERNACIONAL DE CINEMA DE CUBA; DA ESCOLA DE DOCUMENTÁRIOS DE SAN POLO – ITÁLIA E POSSÍVEIS INTER- CÂMBIOS COM O CURSO DE CI- NEMA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA/UFRB E DEMAIS PARCEIROS. Participações: • Lazara Herrera – diretora da Oficina de Documen- tários Santiago Alvarez do Insti- tuto de Cinema Cubano/ICAIC. • Salvatore Braça – diretor da Escola de Documentário de San Pólo/Itália. • Secretário do Audiovisual do MINC. • Danillo Barata – coordenador do Curso de Cinema da Universidade Fe- deral do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Milena Gusmão – organizadora do Curso de Ci- nema da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB. • Geraldo Moraes – presidente da Coalizão Brasileira pela Di- versidade Cultural e diretor da Coalizão Mundial da Diversi- dade Cultural. • Lázaro Faria – presidente da Casa de Ci- nema da Bahia. Mediação: Luiz Cachoeira – cine- clubista da Rede Terreiro Cultural. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 14:00 às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XI Título: BATATINHA, POETA DO SAMBA País de Produção: Brasil Direção: Marcelo Rabelo Duração: 62’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 16:30h às 18:30h – VI MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Exibição especial de vários documentários do grande ci- neasta cubano Santiago Alvarez. Participação: • Lazara Herrera – diretora da Oficina de Docu- mentários Santiago Alvarez do Instituto de Cinema Cubano/ICAIC. • Clarisse Mon- tuano – cineasta brasileira, pri- meira premiada no Festival Internacional de Documentário Santiago Alvarez. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 20:00 às 22:00 – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XII Título: BOM DIA, ETERNIDADE País de Produção: Brasil Direção: Rogério de Moura Duração: 98’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. Dia 21.05 (sexta-feira) 08:00h às 12:00h TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI- NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂMERAS CINEMATOGRÁFICAS E INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL. Coordenação: Lázaro Faria – ci- neasta, Roque Araújo – ci- neasta, Xeno Veloso – diretor de fotografia. Local: Centro Cultural Danneman, em São Felix. OFICINA DE PRODUÇÃO DE CI- NEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO RO- TEIRO “A PROCURA DE PALMARES” QUE SERÁ FILMADO NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA. Coordenação: Flávio Leandro – cineasta. Local: sala especial do Centro de Artes, Humanidades e Le- tras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM SOFTWARE LIVRE Coordenação: Elielson Barbosa – editor do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural e Pontão Digital Xemelê. Local: sede do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural. OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE. Coordenação: videoartista suíça Anna K. Com formação em artes pela ENSAD (École Natio- nale Supérieure des Arts Déco- ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studio des Arts Contemporains. Local: Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 08:30h às 12:00h – EXPERIÊN- CIAS DE FILM COMISSION: POS- SIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Participações: • Pólo Cinematográ- fico de Paulinea – SP. • Instituto de Radiodifusão da Bahia. • Film Comission da Bahia. • Luiz Cláu- dio Nascimento – Centro de Es- tudo e Pesquisa Sócio Cultural. • PETROBRAS • Secretaria de Au- diovisual do MINC. • Secretaria de Indústria e Comércio da Bahia. • Domingos Leonelli – ex-Secre- tário de Turismo da Bahia. • Su- perintendência do SEBRAE da Bahia. • Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metra- gistas/ABD. • Associação Baiana de Cinema e Vídeo/ABCV. • Agência de Fomento do Estado da Bahia/DESENBAHIA. • Curso de Cinema da Universidade Fede- ral do Recôncavo da Bahia/UFRB. • DIMAS – Secretaria de Cul- tura/Governo da Bahia. • Casa de Cinema da Bahia. • Centro de Produção Audiovisual do Trapiche. Mediação: Cineclube Rede Ter- reiro Cultural. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia.
  • 18. 35 PAG. 34 PAG. 14:00h às 15:50h – CONFERÊNCIA RELAÇÃO DO PRÉ SAL – PETROBRAS COM O FOMENTO À CULTURA. Expositores: • Rosemberg Pinto – assessor da Presidência da Petrobras. • Antônio José Rivas – gerente geral da Uni- dade de Exploração e Produção da Petrobras na Bahia. • Repre- sentantes do Ministério da Cul- tura e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Local: auditório do Centro de Artes Humanas e Letras da Uni- versidade Federal do Recôn- cavo da Bahia. 16:00 as 18:00 – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XIII Título: BLACK BERLIM País de Produção: Brasil / Alemanha Direção: Sabrina Fidalgo Duração:19’ Título: GRAFFITI País de Produção: Brasil Direção: Lilian Solá Santiago Duração: 10’ Título: NEGO País de Produção: Brasil Direção: Sávio Leite e Marko Ajdaric Duração: 03’ Título: DOIDO LELÉ País de Produção: Brasil Direção: Ceci Alves Duração: 17’15” Título: REVERSO País de Produção: Brasil Direção: Francisco Colombo Duração: 5’ 38” Título: REMANSO País de Produção: Brasil Direção: Marcelo Abreu Góis Duração: 18’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 19:30h – LANÇAMENTO DO LIVRO “ESCRITOS SOBRE CINEMA TRILO- GIA DE UM TEMPO CRÍTICO”, DE AUTORIA DE ANDRÉ SETARO. André Setaro é professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Crítico cinematográfico do jornal Tribuna da Bahia, cola- borador eventual do Suple- mento Cultural do jornal A Tarde, colunista cinematográ- fico da revista eletrônica Terra Magazine. Escreve no site http://www.coisadecinema.co m.br e tem um blog especiali- zado em cinema: http://seta- rosblog.blogspot.com Local: foyer do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Uni- versidade Federal do Recôn- cavo da Bahia. 20:00 às 22:00h – VII MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: PAU BRASIL País de Produção: Brasil Direção: Fernando Belens Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. DIA 22.05 (sábado) 08:00h às 12:00h TELA EM TRANSE: OFICINA DE CI- NEMA, COM OPERAÇÃO DE CÂME- RAS CINEMATOGRÁFICAS E INTRODUÇÃO AO CINEMA DIGITAL. Coordenação: Lázaro Faria – ci- neasta, Roque Araújo – ci- neasta, Xeno Veloso – diretor de fotografia. Local: Centro Cultural Danneman, em São Felix. OFICINA DE PRODUÇÃO DE CINEMA: ANÁLISE TÉCNICA DO ROTEIRO “A PROCURA DE PALMARES” QUE SERÁ FILMADO NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA. Coordenação: Flávio Leandro – cineasta. Local: sala especial do Centro de Artes, Humanidades e Le- tras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO EM SOFTWARE LIVRE Coordenação: Elielson Barbosa – editor do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural e Pontão Digital Xemelê. Local: sede do Ponto de Cultura Rede Terreiro Cultural. OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE. Coordenação: videoartista suíça Anna K. Com formação em artes pela ENSAD (École Natio- nale Supérieure des Arts Déco- ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studio des Arts Contemporains. Local: Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Das 09:30h às 12:00h – REDE DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS. Participação: • Instituto de Ra- diodifusão da Bahia – TV e Rádio Educativa e DIMAS – Se- cretaria de Cultura/BA. • Secre- taria de Audiovisual do MINC. • Ponto de Cultura Cineclube Rede Terreiro Cultural. • Curso de Cinema da Universidade Fe- deral do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Cineclube Ja- nela Indiscreta. • Arraial Cine Fest. • Cineclube Imagens da Universidade Estadual de Feira de Santana/UEFS. • Ponto de Cultura Solar Boa Vista e Rede dos Centros Culturais da Fun- dação Cultural da Bahia. • Cine- clubes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB. • Núcleo de Criação do Fórum Livre de Cineclubes da Bahia. • Pontão Rede Nordestina de Audiovisual. • Cine Mais Cul- tura/Programadora Brasil. • As- sociação Baiana de Cinema e Vídeo/ABCV. • Associação Bra- sileira de Documentaristas e Curta-Metragistas/ABD Nacio- nal. • Centro Cineclubista de São Paulo. • Secretaria de Edu- cação da Bahia. • Cineclube Papa-Jaca – Santo Antônio de Jesus/BA. • Cineclube Lauro de Freitas/BA. • Cineclube Orlando Senna/ Lençóis/BA. Local: Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 14:00h às 16:00h – VIII MOS- TRA DE FILMES CONVIDADOS Título: ABDIAS NASCIMENTO – MEMÓRIA NEGRA País de Produção: Brasil Direção: Antônio Olavo Duração: 95’ Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 16:30 às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA XIV Título: CINDERELAS, LOBOS E UM PRÍNCIPE ENCANTADO País de Produção: Brasil Direção: Joel Zito Araújo Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 20:00h às 21:00h – APRESEN- TAÇÃO DA PERFORMANCE “ME- MÓRIA CARNE VIVA”. Projeto Interações Estéticas da Atriz Ana Paula Bouzas, em parceria com jovens do Ponto de Cultura Expressão Cidadania Quilombola do Kaonge, na Bacia do Iguape. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 21:10h às 21:30 – LANÇAMENTO DA MOSTRA ITINERANTE DE FILMES DO III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 21:30h às 22:00h – PREMIA- ÇÕES, MENÇÕES HONROSAS E HOMENAGENS PÓSTUMAS AOS CINECLUBISTAS: LUIZ ORLANDO, ANTÔNIO JORGE (MILICA) E POETA ZECA MAGALHÃES. Local: auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia. 22:30h – PERFORMANCE MULTI- MÍDIA NO CENTRO HISTÓRICO. Comemorando a restauração do antigo Cine Teatro Cachoeirano. Local: Praça Teixeira de Freitas (em frente ao antigo Cine Tea- tro Cachoeirano).
  • 19. Dia 23.05 (domingo) 08:00h às 12:00h – OFICINA ATELIÊ VIDEOARTE. Coordenação: videoartista suíça Anna K. Com formação em artes pela ENSAD (École Natio- nale Supérieure des Arts Déco- ratifs, Paris) e Le Fresnoy, Studio des Arts Contemporains. Local: Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Atenção: A “Oficina Ateliê Videoarte” acontecerá até o dia 26.05 (quarta-feira),no mesmo local. PROGRAMA ESPECIAL 07:30h às 15:00h – TOUR PELO TERRITÓRIO BACIA DO IGUAPE. AL- MOÇO NO “TERREIRO DE CANDOM- BLÉ 21 ALDEIA DE MAR E TERRA”, COM RECEPÇÃO DAS GRIÔS DONA NEGA E YALORIXÁ JUVANI JOVE- LINO. SAMBA DE RODA, COM O GRUPO “SUSPIRO DO IGUAPE”. Local: comunidades remanes- centes de escravos quilombos Engenho da Ponte e Kaonge. 20:00h às 22:00h – EXIBIÇÃO DOS FILMES PREMIADOS DO III BAHIA AFRO FILM FESTIVAL. Local: auditório do Centro de Artes Humanas e Letras da Uni- versidade Federal do Recôn- cavo da Bahia.
  • 20. Mostra defilmes convidados 39 PAG. 38 PAG. DIA 15.05 (sábado) 21:00h às 21:30h – I MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: O MILAGRE DO CANDEAL (El Milagro de Candeal) O diretor Fernando Trueba define o filme “O Milagre do Can- deal” como um “musical social, um western pacífico em que os bons se defendem com os tambores ao invés de pistolas”. O cineasta espanhol, casado com uma brasileira e apaixonado pela música do Brasil, debruça-se sobre o projeto social da favela do Candeal, em Salvador, coordenado pelo músico Car- linhos Brown, que nasceu ali. Trueba utiliza-se de outros músi- cos,comoopianistacubanoBeboValdez,umdosprotagonistas de seu documentário musical “Calle 54”, contracenando com Mateus Aleluia, para explorar a religião, a cultura e a musica- lidade da Bahia, apresentando as atividades empreendidas pelas crianças moradoras do local, e que têm contribuído para afastar do Candeal o flagelo da violência e da exclusão. País de Produção: Espanha,Brasil Direção: Fernando Trueba Elenco: Carlinhos Brown, Bebo Valdez, Mateus Aleluia e Grupo Jejê Nagô. Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia DIA 16.05 (domingo) 14:00h às 16:00h Título: MANDINGA EN COLÔMBIA Em novembro de 2008, dois brasileiros, um mestre de ca- poeira e um realizador cinematográfico, percorreram à Colombia (Bogotá, Cartagena de las Índias, Santa Marta, Malagana, Palenke de San Basílio, Calli, Buenaventura), onde registraram o encontro da capoeira com as tradições afro-colombianas. País de Produção: Brasil, Colômbia Direção: Lázaro Faria Roteiro: Xeno Veloso, Lazaro Faria, Isabella Lago Direção de Fotografia: Xeno Veloso Som: Xavier La Lupa Montagem: Xeno Veloso Gênero: Documentário Duração: 26 Produção Executiva: Casa de Cinema da Bahia, Lázaro Faria (Brasil), Fabrício Apolo (Colômbia) E-mail: lazaro@lazarofaria.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. DIA 14.05 (sexta-feira) Às 20:30h – PROGRAMA ESPECIAL Exibição do filme institucional do BAHIA AFRO FILM FESTIVAL, e do curta metragem “Massapê”, de au- toria do cineasta homenageado Arnol Conceição.
  • 21. 41 PAG. 40 PAG. 20:00 às 21:30h – II MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: FILHAS DO VENTO Um incidente familiar separou duas irmãs por 45 anos. A natureza de cada uma delas, bem como a distância, levaram as duas a caminhos bem diferentes. A morte do pai faz com que se reencontrem em uma fase definitiva de suas vidas, aflorando e cobrando resoluções para todos os sentimentos e histórias deixados no passado. País de Produção: Brasil Direção: Joel Zito Araújo Argumento: Joel Zito Araújo Roteiro: Di Moretti Elenco: Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Maria Ceiça, Danielle Ornellas, Thalma de Freitas, Rocco Pitanga, Zózimo Bulbul, Cida Moreno, Jonas Bloch, Mônica Freitas, Beatriz Almeida, Vitória Viana. Direção de Fotografia: Jacob Sarmento Solitrenick Direção de Arte: Andréa Velloso Trilha Sonora: Marcus Viana Duração:107’ 52’’ Produção Executiva: Márcio Curi, Carla Gomide, Joel Zito Araújo Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. DIA 17.05 (segunda-feira) 20:00 às 21:00h – III MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: MÁRIO GUSMÃO – O Anjo Negro da Bahia EnfocaavidaeobradoatorCachoeirano,MárioGusmão,emtrês linhas temáticas: a artística, a militância política no movimento negro e a espiritual. Apresenta depoimentos com personagens reais de destaque no cenário baiano que conviveram com Mário Gusmão nas diversas etapas de sua vida. Dentre eles: Carlos Pe- trovich, Nilda Spencer, Oscar Santana, Orlando Senna, Deolindo Checcucci, Paloma Rocha, Carmem Paternostro, Vovô do Ilê, Jef- ferson Bacelar, Jackson Costa, Carlinhos Brown e Carlos Betão. País de Produção: Brasil Direção: Elson do Rosário Gênero: Documentário Duração: 54’ Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. DIA 18.05 (terça-feira) 14:00 às 16:00h – IV MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: TUDO ISTO ME PARECE UM SONHO Documentário e ficção se unem para realizar pesquisa sobre a vida do General Abreu e Lima, pernambucano que partici- pou, ao lado de Bolívar, de batalhas que libertaram a Colôm- bia, Venezuela e Peru da coroa espanhola. O documentário discute o processo de construção dessa pesquisa, e tam- bém do próprio filme. Um filme histórico e biográfico, e que se entrelaça com um filme sobre o cinema. País de Produção: Brasil Direção: Geraldo Sarno Roteiro: Geraldo Sarno, Werner Salles Elenco: Wilson Mello, Caco Monteiro, Nélia Carvalho Gênero: Documentário Duração: 150' E-mail: geraldosarno@yahoo.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 20:00 às 22:00h – V MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: ATABAQUE NZINGA “Atabaque Nzinga” é um documentário musical sobre a cul- tura afro-brasileira, cuja estrutura narrativa se traduz por um jogo de búzios, no qual a protagonista chega atraída pelo "chamado do tambor" em busca do autoconhecimento. Via- jando pela estrada da percussão nas locações de Pernam- buco, Bahia e Rio de Janeiro, a protagonista conhece diferentes ritmos, grupos musicais e coreográficos, procu- rando e encontrando sua integração na sociedade brasileira. País de Produção: Brasil Direção: Octávio Bezerra Gênero: Documentário Duração: 87’ Estúdio/Distrib.: Europa Filmes Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 22. 43 PAG. 42 PAG. Dia 19.05 (quarta-feira) 14:30h às 16:00h Título: MÃE FILHINHA 105 ANOS OFERENDA À IEMANJÁ O documentário registra a convicção de fé e liberdade da Griô Ialorixá Mãe Filhinha do Terreiro de Candomblé Italiê Ogum. Irmã da Confraria Irmandade da Boa Morte que, aos 105 anos de idade, esbanja vitalidade cumprindo seus ri- tuais, saudando os orixás. E que conduz suas oferendas à Iemanjá, em belo cortejo ao Porto de Dentro, nas margens do Rio Paraguaçu, no município de Cachoeira – Bahia. País de Produção: Brasil Direção e Roteiro: Lu Cachoeira Direção de Fotografia: Roque Araújo e Marcelo Coutinho Desenho de Som: Lu Cachoeira e Antonio Moraes Trilha Sonora: Mateus Aleluia e Tincoães Edição em Software Livre: Elielson Barbosa Gênero: Documentário Coprodução: Rede Terreiro Cultural, DIMAS e PONTOBRASIL. Makeof: Ivan Márcio Duração: 5’ E-mail: luiz.cachoeira@gmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 16:00h às 18:00h Título: NEGO D’ÁGUA O mito do Nego D'Água é reiventado na história de vida de um jovem capoeirista da Chapada Diamantina. País de Produção: Brasil Direção: Saullo Farias Gênero: Documentário Duração: 7' Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Dia 20.05 (quinta-feira) 16:30h às 18:30h – VI MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Exibição especial de vários documentários do grande cineasta cubano Santiago Alvarez. Participação: • Lazara Herrera – diretora da Ofi- cina de Documentarios Santiago Alvarez do Instituto de Cinema Cubano/ICAIC. • Cla- risse Montuano – cineasta brasileira, I pre- miada no Festival Internacional de Documentário Santiago Alvarez. Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Dia 21.05 (sexta-feira) 20:00 às 22:00h – VII MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: PAU BRASIL Duasfamíliasvivememcasasrudes,toscas,umaemfrentedaoutra. Numa delas, um homem (Bertrand Duarte – sempre inexcedível) mora com uma mulher e a deixa amar qualquer tipo que chegue à suaporta,principalmentecaminhoneiros,quesãoseduzidospelasua maneira fogosa de ser. Mas o personagem não se importa e é feliz e carinhoso,alémdeabrigarnoseuseiofamiliarumoutrohomemque aparece numa noite a pedir asilo em sua casa. O casal tem um filho, maltratado pela coletividade, que se tranca em si mesmo. País de Produção: Brasil Direção: Fernando Belens Roteiro: Fernando Belens, Dinorath do Valle Direção de Fotografia: Hamilton Oliveira Música Original: Bira Reis Edição de Som: João da Costa Pinto Trilha Sonora Original: Bira Reis Montagem: André Bendocchi Alves Produção: Sílvia Abre, Pola Ribeiro Produção Executiva: Luciano Floquet, Sílvia Abreu Local: auditório do Centro de Artes, Humanida- des e Letras da Universidade Federal do Re- côncavo da Bahia.
  • 23. DIA 22.05 (sábado) 14:00h às 16:00h – VIII MOSTRA DE FILMES CONVIDADOS Título: ABDIAS NASCIMENTO – MEMÓRIA NEGRA Conta a trajetória de Abdias Nascimento, histórico militante considerado um ícone da cultura negra, atualmente com 95 anos. Sua obra e atuação política, ao longo do século XX, são essenciais para a compreensão da importância do negro na sociedade brasileira. O filme, ao ceder a narrativa de sua própria história a Abdias Nascimento, abre “janelas” para a organização do Movimento Negro no século XX, compreendendo que ao contar a história de Abdias, está contando um pouco da história de lutas do negro brasileiro. País de Produção: Brasil Direção: Antônio Olavo Roteiro: Antônio Olavo Direção de Fotografia: Márcio Bredariol, Paulo César Montagem: Antônio Olavo, Raimundo Laran- jeira, Thiago Lisboa Som: Rodrigo Alzueta Gênero: Documentário Duração: 95’ Produção Executiva: Raimundo Bujão, Josias Santos, Eliana Mendes,Leda Sacramento E-mail: portfolium@portfolium.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 24. Mostra competitiva 47 PAG. 46 PAG. DIA 15.05 (sábado) 14:00H ÀS 16:00H – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA I Título: RECONVEXO Resultado de uma oficina de vídeo no Recôncavo da Bahia, o documentário trata da rivalidade entre os moradores das cida- des de Cachoeira e São Felix, municípios separados geografi- camente pelo rio Paraguaçu, e unidos pela Ponte D. Pedro II. País de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães Roteiro: Volney Menezes, Johny Guimarães Direção de Fotografia: Volney Menezes Som: Johny Guimarães Montagem: Volney Menezes, Johny Guimarães Gênero: Documentário Duração: 05’ E-mail: johnycine@bol.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: CANTADOR DE CHULA O samba de roda foi declarado como patrimônio imaterial bra- sileiro pelo IPHAN, em 2004, e como patrimônio cultural e ima- terial da humanidade pela UNESCO, em 2005, fortalecendo o reconhecimento da arte de matriz africana que durante séculos tem sido reprimida e menosprezada. O Cantador de Chula é mais uma pedra na reconstrução do mosaico que representa a trajetória dos descendentes africanos no Brasil. País de Produção: Brasil Direção: Marcelo Rabelo Roteiro: Marcelo Rabelo Direção de Fotografia: Nicolas Hallet Som: Simone Dourado Montagem: Iris de Oliveira Gênero: Documentário Duração: 95’ Produção Executiva: Eliana Mendes, Marcelo Rabelo E-mail: bendego@gmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 25. 49 PAG. 48 PAG. 16:00h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA II Título: PALENQUE POPOLO LIBERO D’AMERICA (Palenke Povo Livre da América) O“PalenquedeSanBasilio”éumacomunidadedepovosdeorí- gemafricanaemterrascolombianas.Umdospoucosquerema- nesce em toda a América Latina. Sua história é do início do século 17, quando um Rei Africano, Benko Bioho, chega a Car- tagena de las Indias à bordo de um navio Negreiro. Benko Bioho foge juntamente com 20 africanos e fundam uma fortificação. Muitasoutrasvãosurgindoaodecorrerdotempo,atéque,diante daimpossibilidadedocontroledasituação,aRainhadaEspanha propõe um acordo a Benko Bioho. O mesmo foi conduzido ao Palácio da Inquisição em Cartagena, onde é preso, torturado e morto. Até hoje seus remanescentes mantêm suas raízes e tra- diçõesculturaisereligiosas,conseguindoterumalínguaprópria. País de Produção: Itália, Colombia Direção: Salvatore Braca Roteiro: Salvatore Braca Direção de Fotografia: Paolo Cortese Som: Arthur Bandeira, Lia Camargo Montagem: Alessandro Leligdowicz, Ricardo Testorio Gênero: Documentário Duração: 24’ 23” Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: O RITO DE ISMAEL IVO Trata da vida do bailarino negro Ismael Ivo. Suas performances e depoimentos sobre a dança e as dificuldades sociais enfren- tadas para superar obstáculos e atingir uma posição satisfa- tória na profissão. Vindo de uma família pobre, da periferia de São Paulo-SP, Ismael deixa o Brasil no início da década de 80, e torna-se um famoso e consagrado artista no exterior. País de Produção: Brasil Direção: Ari Cândido Fernandes Roteiro: Ari Cândido Fernandes Direção de Fotografia: Ari Cândido Fernandes Som: Arthur Bandeira, Lia Camargo Montagem: Cristina Amaral Gênero: Documentário Experimental Duração: 12’ E-mail: aricandido@yahoo.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: MEMÓRIAS DE UM AFRO-PERUANO Rolando, um afro-peruano, conta a história de seus ances- trais, escravos africanos. Como eles chegaram ao Peru, sua cultura, suas persistentes lutas na época da escravidão. País de Produção: Peru Direção: Jovita Andrade Roteiro: Jovita Andrade Direção de Fotografia: Jorge Vignati Som: Állex Giraldo Montagem: Fréderic Arnoux Gênero: Documentário Duração: 52’ E-mail: contactjovita@gmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. DIA 16.05 (domingo) 14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA III Título: PASTINHA UMA VIDA PARA A CAPOEIRA Nova versão do conhecido documentário “Pastinha uma Vida Para a Capoeira”. Um clássico da capoeira, com mais minutos de imagens adicionais. Conta a história do maior mestre de capoeira Angola, guardião e poeta da capoeira, o lendário Mestre Pastinha. País de Produção: Brasil Direção: Antônio Carlos Muricy Roteiro: Antônio Carlos Muricy, Maria Teresa Rocha, Emiliano Ribeiro Direção de Fotografia: André Horta Som: Heron Alencar Montagem: Maria Muricy Gênero: Documentário Duração: 56’ E-mail: tonymuricy@yahoo.com.br / tonymu- ricy@gmail.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 26. 51 PAG. 50 PAG. 16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA IV Título: SUA MAJESTADE O DELEGADO Da estação primeira para a Central do Brasil, segue a corte do grande Delegado, o maior mestre-sala da estória do car- naval carioca. País de Produção: Brasil Direção: Clementino Junior Roteiro: Clementino Junior Direção de Fotografia: Clementino Junior e Suzane Nahas Som: Clementino Junior Montagem: Clementino Junior Gênero: Ficção Duração: 14’ E-mail: cremedelaclems@gmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: DA RODA AO SAMBA O documentário investiga a verdadeira origem do samba. Será que ele veio da Bahia ou do Rio de Janeiro? Motivados por essa pergunta, a equipe procurou não só os participan- tes do evento “Berçário do Samba”, mas também diversos artistas e historiadores, intelectuais e estudiosos para falar sobre o estilo musical tipicamente brasileiro. País de Produção: Brasil Direção: Paulo Dourado Roteiro: João Sanches Direção de Fotografia: Gabriel Teixeira, Tasso Lapa Montagem: Ed Carlos e Marcos Silva Gênero: Documentário Duração: 60’ E-mail: douradop@ig.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. DIA 17.05 (segunda-feira) 14:00h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA V Título: MARIA DO PARAGUAÇU “Maria do Paraguaçu” revela a luta por terra e liberdade, através do olhar de uma mulher que resiste pela dignidade de seu povo. País de Produção: Brasil Direção: Camila Dutervil Roteiro: Camila Dutervil Direção de Fotografia: Camila Dutervil Som: Bernardo Góes Montagem: Roseni Santana, Thiago de Castro Gênero: Documentário Duração: 26’ Produção: Camila Dutervil E-mail: dutervil@hotmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: WITH EVERY BREATH (Uma Respiração) Documentário de curta duração sobre o poeta afro-ameri- cano Lamont B, que reside na Filadélfia e que foi um vete- rano da guerra do Vietnã. Hoje ele escreve poemas sobre os traumas e lembranças daquela sangrenta guerra. País de Produção: Estados Unidos Direção: Ram Devineni Roteiro: Ram Devineni Direção de Fotografia: Ram Devineni Som: Ram Devineni Montagem: Ram Devineni Gênero: Documentário Duração: 05’ Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 27. 53 PAG. 52 PAG. Título: CIDADES DOS MASCARADOS Quando existiam fazendas de produção de cana-de-açúcar re- pletas de escravos no Brasil, em uma Fazenda chamada Acupe de Santo Amaro, durante uma festividade, um dos escravos se fantasioucomfolhasdebananeiraemáscaradepapelparafugir, alcançando seu intento. Vendo aquilo, a população da comuni- dade passou a se fantasiar também, sempre próximo a essa data,dandoorigemaumamanifestaçãopopularconhecidahoje como"OsCaretasdeAcupe".Estádocumentadonofilme:opro- cesso de produção e criação das máscaras, das saias de bana- neira e de tudo que faz parte da indumentária, além da manifestação em si, quando o grupo sai mascarado pelo pe- queno vilarejo levando à frente a tradição dos seus ancestrais. País de Produção: Brasil Direção: Emanuela Yglesias Roteiro: Emanuela Yglesias Direção de Fotografia: Marina Torrão Som: Marcelo Benedicitis Montagem: Emanuela Yglesias Gênero: Documentário Duração: 10’ E-mail: draco@dracoimagens.com. Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: MÁ VIDA O curta metragem foi escrito a partir de um sonho do autor e aborda, de forma surrealista, a questão das crianças aban- donadas em situação de risco social. País de Produção: Brasil Direção: Tau Tourinho Roteiro: Tau Tourinho Elenco: Cauane Novais, Célia de Jesus, Wilson Novais e Welton Novais Direção de Fotografia: Tau Tourinho Som: Edyarte Montagem: Edyarte Gênero: Documentário Duração: 05’ E-mail: tautourinho@bol.com.br Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: TRILOGIA DO REGGAE O filme conta um pouco da trajetória artística de Jorge de Angélica, Dionorina e Gilsam, três reggaemen feirenses que consolidaram seu universo musical de matriz africana. Apre- senta gravações em bares, ruas, residências e espaços de shows. Mostra como os ritmos africanos influenciaram e influenciam o reggae. Trata das manifestações do candom- blé, cerne de questões de uma história da resistência negra. Trata também das questões da militância ideológica e de pertencimento contidas nas composições apresentadas, e que são frutos das vivências de enfrentamento de uma rea- lidade adversa nas periferias das cidades grandes. País de Produção: Brasil Direção: Volney Menezes, Johny Guimarães Roteiro: Volney Menezes, Johny Guimarães Elenco: Dionorina, Jorge de Angélica, Gilsam Direção de Fotografia: Volney Menezes Som: Johny Guimarães Montagem: Volney Menezes, Johny Guimarães Gênero: Documentário Duração: 62’ Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 16:30h às 18:30h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VI Título: PASSAGENS ESTREITAS Um homem tem, à sua frente, o primeiro dia a dia de liber- dade. Após o cárcere, e como escravo negro e marginali- zado, não sabe lidar com a nova realidade, pois não entende a alforria. Sente-se sozinho com o tempo perdido dentro dos muros, e sua maior alegria surge no momento da morte. País de Produção: Brasil Direção: Kelson Frost Roteiro: Kelson Frost Direção de Fotografia: Kelson Frost Montagem: Kelson Frost Gênero: Ficção Duração: 07’ E-mail: kelsonfrost@hotmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 28. 55 PAG. 54 PAG. Título: A ILHA DOS ESCRAVOS Após uma violenta guerra civil, D. Miguel, último rei abso- lutista português, é derrotado pelos liberais liderados pelo irmão D. Pedro. Em 1852 D. Miguel parte para o exílio. Os seus partidários não desistem de fazê-lo regressar ao trono. Dispostos a tudo, tentam até utilizar os escravos das colô- nias. Um misterioso emissário é enviado a Cabo Verde para preparar uma sublevação. Outros motivos estavam por de- trás de sua visita ao arquipélago... País de Produção: Portugal Direção: Francisco Manso Roteiro: Antônio Torrado Elenco: Zezé Motta, Milton Gonçalves, Diogo Infante Direção de Fotografia: Lúcio Kodato Montagem: João Assunção Som: Gita Cerveira Gênero: Ficção Duração: 100’ E-mail: anacosta@cinemate.pt / joana.cine- mate@gmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. DIA 18.05 (terça-feira) 16:00h às 18:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VII Título: DEUSA DO ÉBANO – RAINHA DO ILÊ AYÊ O documentário segue três jovens competindo no evento anual em que o Ilê Ayê escolhe a sua rainha do carnaval usando “conceitos afro-cêntricos” de beleza. O filme conta com a participação da ex-secretária da reparação racial Arany Santana, e do presidente do bloco afro Ilê Ayê, Antô- nio Carlos “Vovô”. País de Produção: Estados Unidos Direção: Carolina Moraes-Liu Roteiro: Carolina Moraes-Liu Direção de Fotografia: Carolina Moraes-Liu Som: Chung-Liu Montagem: Carolina Moraes-Liu Gênero: Documentário Duração: 19’ 40” E-mail: carolina@documentario.com / ca- mera.olho@hotmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: CRUZ E SOUSA, A VOLTA DE UM DESTERRADO Os restos mortais do poeta Cruz e Sousa voltam para Flo- rianópolis, antiga Desterro, por requisição do governo esta- dual, e são recebidos num evento no Palácio Cruz e Sousa. O Documentário mostra a cerimônia, exibe o local onde os restos serão recebidos e, em off, ouve-se a narração de dois poemas de Cruz e Sousa. País de Produção: Brasil Direção: Cláudia Cárdenas, Rafael Schlichting Roteiro: Cláudia Cárdenas Direção de Fotografia: Rafael Schlichting Som: Rafael Schlichting Montagem: Rafael Schlichting Gênero: Documentário Duração: 20’ Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: RIO DE MULHERES Um documentário sobre a rotina de mulheres que vivem so- menteentrecriançaseoutrasmulheres,emumambientemuito seco e onde a água é escassa. Comunidades rurais remanes- centesdequilombos,emumaregiãoáridadeMinasGerais.Seus maridos, filhos e netos, maiores de 16 anos, passam a maior parte do ano trabalhando na coleta de cana em São Paulo. As mulheres cuidam da casa, crianças, adolescentes e idosos da família, em uma condição extrema de seca. O filme mostra a graça e a poesia do dia a dia da vida das mulheres: a rotina da casa, a relação das crianças com o lugar, o cozinhar no forno e fogãodelenha,achegadadocaminhãopipa,alavagemderoupa no rio e os momentos de lazer no forró feminino, na feira etc. País de Produção: Brasil Direção: Cristina Maure, Joana Oliveira Roteiro: Joana Oliveira Fotografia: Cristina Maure Som: Osvaldo Gomes Montagem – Edição: Armando Mendz Gênero: Documentário Duração: 21’ Produtor: Cristina Maure e Joana Oliveira E-mail: cristinamaure@yahoo.com.br / joa- napmro@yahoo.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 29. 57 PAG. 56 PAG. Título: VERMELHO IMAGINÁRIO “Vermelho Imaginário” revisita o universo mitológico do se- bastianismo, desvendando a fantasia e a resistência de um folguedo popular em vias de desaparecimento. Para além do tradicional folclore, o documentário conduz seu olhar através de lembranças de antigos pescadores da comunidade dos Ay- morés, no extremo sul da Bahia, acerca da Festa de São Se- bastião e da Luta entre Mouros e Cristãos. O mestre popular, reator da harmonia entre fé e imaginação, projeta sua própria vida na brincadeira, numa linha tênue entre a vida e a morte, transmitindo devoção e respeito às tradições ancestrais. País de Produção: Brasil Direção: Mateus Damasceno Roteiro – Argumento: Mateus Damasceno Direção de Fotografia: Pedro Santana Som: Victor Uchoa Música: Tangre Oliveira Edicão: Pedro Santana Gênero: Documentário Duração: 17’ E-mail: matcdr@gmail.com / matcdr@hotmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Título: FAZENDO HISTÓRIA (Making History) EdouardGlissantéconhecidocomoumdosmaisimportanteses- critorescaribenhosdaúltimametadedoséculo.Em2002,Lindon Kwesi Johnson torna-se o único segundo poeta vivo e o primeiro poetanegroaterseutrabalhopublicadonasériePenguin’sClassic. Ambossãofigurasimportantesdesseúltimoséculo.LindonKwesi JohnsonéopaidapoesiadeDub,eEdouardGlissantfoiindicado aoPrêmioNobeldeLiteratura,porseustextossobreosprocessos decreolizaçãoeestéticasdetratados.Essesamigosdelongadata se encontram em New Cork, em um dia de verão. País de Produção: França, Martinica, Jamaica Direção: Caecilia Tripp, Karen McKinnon Roteiro: Caecilia Tripp, Karen McKinnon Direção de Fotografia: Topin Yelland Som: Baptiste Magontier Montagem: Baptiste Magontier Gênero: Documentário Duração: 10’ E-mail: trippcaecilia@yahoo.fr / karenmckin- non@hotmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Dia 19.05 (quarta-feira) 14:30h às 16:00h – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA VIII Título: A BENÇA Mãe Enedina, de 90 anos, acabou de perder o neto com quem mo- rava, e enfrenta os desafios de mudar de casa. Mãe Maria, aos 74 anos, divide-se entre a vida na sua comunidade e as atividades de “criar” os iaôs, iniciantes do culto de orixás, no terreiro Axé Opó Ajonjá. Viver para o candomblé é o lema de Mãe Mimi, mãe de santo, de 75 anos. “A Bença” traz o dia a dia de três senhoras do candomblé na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, abordando temascomoaidade,apassagemdotempo,orespeitomútuoentre jovenseidososdentrodocandomblé,eacrençanocultodeorixás. País de Produção: Brasil Direção: Tarcísio Lara Puiati Roteiro: Tarcísio Lara Puiati Direção de Fotografia: Felipe Sabugosa Som: Vampiro Montagem: João Felipe Freitas, Tarcísio Lara Puiati Gênero: Documentário Duração: 52’ Coprodução: Tarcísio Lara Puiati, Aquarela Filmes, TVE Brasil, Fundação Padre Anchieta, TV Cultura E-mail: tarcisolarapuiati@gmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 16:00H ÀS 18:00H – MOSTRA COMPETITIVA / PROGRAMA IX Título: GISELE OMINDAREWA Francesa de nascimento. Africana por afinidade. Brasileira por destino. Essa é a vida de Gisele Cossad, posteriormente Gisele Cossad Omindarewa, mãe de santo francesa que vive há muitos anos na Baixada Fluminense. O documentário procura reconstruir a trajetória de Gisele através das lem- branças de sua infância e juventude, num dos bairros no- bres da região parisiense, até sua vinda ao Brasil. País de Produção: Brasil Direção: Clarice Ehlers Peixoto Roteiro: Clarice Ehlers Peixoto, Sueli Nascimento Elenco: Gisele Omindarewa e seus filhos Direção de Fotografia: Christian Javas, Guapi Góes, Vanderley R. Moreira Som: Clarice Rath Trilha Sonora: Música do Terreiro, Joãozinho da Gomea Montagem: Sueli Nascimento Gênero: Documentário Duração: 71’ E-mail: cpeixoto@uerj.br / peixotoclarice@hotmail.com Local: auditório do Centro de Artes, Humani- dades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.