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BARTOLOMEU GUSMÃO
E DOMENICO SCARLATTI
CONTEXTUALIZAÇÃO EPOCAL:

O que marcou foi a acção dos “estrangeirados”, homens que partiam para o
estrangeiro e lá aprendiam o que, mais tarde, desejavam implantar em
Portugal: as novas ideias que grassavam nos países mais evoluídos da europa.
Atribuíam o atraso do país a falta de cultura dos portugueses e acreditavam
que o progresso e iluminismo eram indissociáveis. Os homens cultos
defendiam a experiência e o método indutivo
O padre Bartolomeu de Gusmão, incentivado por este clima, inventou a
passarola.
BARTOLOMEU GUSMÃO

Bartolomeu Lourenço de Gusmão (16851724) foi um sacerdote e inventor brasileiro.
Entre suas experiências estava o primeiro
balão construído no mundo. Na sala dos
diplomatas, no Palácio Real, sua invenção foi
apresentada ao Rei de Portugal, D. João V, a
fidalgos e funcionários da corte, dizendo ser
capaz de guiá-lo e transportar pessoas,
munições e víveres. Ficou conhecido como
"O padre voador".
Esta personagem, que assume aliás, na verdadeira acepção da palavra, o mito
proteico, releva o seu pensamento dialético no plano da passarola que
consagra em si o princípio de um barco e o princípio da ave que voa. A busca
incessante do “meio” que fará voar a passarola leva o padre a enveredar pelo
estudo das antigas teorias medievais da física, unindo-as às novas descobertas
cientificas que impregnam a Europa.
Humanista, o padre Bartolomeu de Gusmão procura aliar o pensamento
científico à realidade religiosa que conhece e será na Holanda que os seus
princípios escolásticos desaparecerão definitivamente (através da
desmistificação da quinta essência – o éter), para dar lugar ao elemento
espiritual divino, isto é, a vontade humana. Ao aplicar os conhecimentos
mecanicistas da razão e da técnica, Bartolomeu de Gusmão ultrapassa a época
a que pertence e evidencia.
DOMENICO SCARLATTI

Artista estrangeiro (nasceu em Itália), é contratado por
D. João V para iniciar a infanta Maria Bárbara na arte
musical.
O poder curativo da sua música liberta Blimunda da
sua estranha doença, permitindo-lhe cumprir a sua
tarefa ("Durante uma semana […] o músico foi tocar
duas, três horas, até que Blimunda teve forças para
levantar-se, sentava-se ao pé do cravo, pálida ainda,
rodeada de música como se mergulhasse num
profundo mar, […] Depois, a saúde voltou depressa“ págs. 192-194). Representa, por isso, a arte que, aliada
ao sonho, permite a cura de Blimunda e possibilita a
conclusão e voo da passarola. Aliás, ele é cúmplice
silencioso do projecto da passarola.
É Scarlatti que dá a notícia a Baltasar e Blimunda da morte do padre
Bartolomeu ("Vim-te dizer, e a Baltasar, que o padre Bartolomeu de Gusmão
morreu em Toledo, que é em Espanha, para onde tinha fugido, dizem que
louco…” - pág. 231).

A música do cravo de Scarlatti simboliza o ultrapassar, por parte do
homem, de uma materialidade excessiva, e o atingir da plenitude da vida.
Para Maria Alzira Seixo, Bartolomeu de Gusmão, cujo aliado é o músico
Scarlatti, o único que pode de raiz compreender as suas congeminações
aladas, “representa a possibilidade de articulação entre a cultura e o
humano, entre o saber e o sonho, entre o conhecimento e o desejo […]. São
os caminhos da ficção os que mais justificadamente conduzem ao encontro da
verdade”.
PASSAROLA – A MÁQUINA
VOADORA

A primeira aeronave conhecida no
mundo a efectuar um voo foi
baptizada de Passarola. A Passarola
era um aeróstato, cujas características
técnicas não são actualmente
conhecidas na totalidade, inventado
por Bartolomeu de Gusmão, padre e
cientista português nascido no Brasil
colónia, tendo voado no ano de 1709.
Materiais principais:
Bolas âmbar (que serão
atraídas pelo sol); Éter
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Íman (atraído pelo éter).

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Bartolomeu de gusmão

  • 2. CONTEXTUALIZAÇÃO EPOCAL: O que marcou foi a acção dos “estrangeirados”, homens que partiam para o estrangeiro e lá aprendiam o que, mais tarde, desejavam implantar em Portugal: as novas ideias que grassavam nos países mais evoluídos da europa. Atribuíam o atraso do país a falta de cultura dos portugueses e acreditavam que o progresso e iluminismo eram indissociáveis. Os homens cultos defendiam a experiência e o método indutivo O padre Bartolomeu de Gusmão, incentivado por este clima, inventou a passarola.
  • 3. BARTOLOMEU GUSMÃO Bartolomeu Lourenço de Gusmão (16851724) foi um sacerdote e inventor brasileiro. Entre suas experiências estava o primeiro balão construído no mundo. Na sala dos diplomatas, no Palácio Real, sua invenção foi apresentada ao Rei de Portugal, D. João V, a fidalgos e funcionários da corte, dizendo ser capaz de guiá-lo e transportar pessoas, munições e víveres. Ficou conhecido como "O padre voador".
  • 4. Esta personagem, que assume aliás, na verdadeira acepção da palavra, o mito proteico, releva o seu pensamento dialético no plano da passarola que consagra em si o princípio de um barco e o princípio da ave que voa. A busca incessante do “meio” que fará voar a passarola leva o padre a enveredar pelo estudo das antigas teorias medievais da física, unindo-as às novas descobertas cientificas que impregnam a Europa.
  • 5. Humanista, o padre Bartolomeu de Gusmão procura aliar o pensamento científico à realidade religiosa que conhece e será na Holanda que os seus princípios escolásticos desaparecerão definitivamente (através da desmistificação da quinta essência – o éter), para dar lugar ao elemento espiritual divino, isto é, a vontade humana. Ao aplicar os conhecimentos mecanicistas da razão e da técnica, Bartolomeu de Gusmão ultrapassa a época a que pertence e evidencia.
  • 6. DOMENICO SCARLATTI Artista estrangeiro (nasceu em Itália), é contratado por D. João V para iniciar a infanta Maria Bárbara na arte musical. O poder curativo da sua música liberta Blimunda da sua estranha doença, permitindo-lhe cumprir a sua tarefa ("Durante uma semana […] o músico foi tocar duas, três horas, até que Blimunda teve forças para levantar-se, sentava-se ao pé do cravo, pálida ainda, rodeada de música como se mergulhasse num profundo mar, […] Depois, a saúde voltou depressa“ págs. 192-194). Representa, por isso, a arte que, aliada ao sonho, permite a cura de Blimunda e possibilita a conclusão e voo da passarola. Aliás, ele é cúmplice silencioso do projecto da passarola.
  • 7. É Scarlatti que dá a notícia a Baltasar e Blimunda da morte do padre Bartolomeu ("Vim-te dizer, e a Baltasar, que o padre Bartolomeu de Gusmão morreu em Toledo, que é em Espanha, para onde tinha fugido, dizem que louco…” - pág. 231). A música do cravo de Scarlatti simboliza o ultrapassar, por parte do homem, de uma materialidade excessiva, e o atingir da plenitude da vida.
  • 8. Para Maria Alzira Seixo, Bartolomeu de Gusmão, cujo aliado é o músico Scarlatti, o único que pode de raiz compreender as suas congeminações aladas, “representa a possibilidade de articulação entre a cultura e o humano, entre o saber e o sonho, entre o conhecimento e o desejo […]. São os caminhos da ficção os que mais justificadamente conduzem ao encontro da verdade”.
  • 9. PASSAROLA – A MÁQUINA VOADORA A primeira aeronave conhecida no mundo a efectuar um voo foi baptizada de Passarola. A Passarola era um aeróstato, cujas características técnicas não são actualmente conhecidas na totalidade, inventado por Bartolomeu de Gusmão, padre e cientista português nascido no Brasil colónia, tendo voado no ano de 1709.
  • 10. Materiais principais: Bolas âmbar (que serão atraídas pelo sol); Éter (atraído pelo âmbar); Íman (atraído pelo éter).