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CIDADE DO PORTO
A LIBERDADE CONSISTE EM FAZER TUDO
QUE NÃO PREJUDICA OS OUTROS
Declaração dos direitos do homem e do cidadão
SETEMBRO – 2010
1 – INTRODUÇÃO
2 – O PORTO SEU DESENVOLVIMENTO
2.1 – SÉ – Aguarelas
2.2 – RIBEIRA 1 – Aguarelas
2.3 – RIBEIRA 2 – Aguarelas
2.4 – ESCADAS DO BARREDO
2.5 – BARREDO – Aguarelas
2.6 – DESCRITIVA
2.7 – MIRAGAIA - Aguarelas
3 – POEMA SOBRE O INFANTE
3.1 – INFANTE – Aguarelas
4 – ZONA BALNEAR
4.1 – MASSARELOS – Aguarelas
4.2 – FOZ - Aguarelas
5 - DESCRITIVA
5.1 – BAIXA – Aguarelas
5.2 – CARMO – Aguarelas
6 – SOBRE O AUTOR
O presente trabalho é constituído por quarenta aguarelas com as dimensões de 31x24 cm, que
fazem parte da colecção do autor.
Foi sua intenção dar a conhecer aos mais novos os locais mais representativos da cidade do Porto, os
quais nos permitem ler um pouco da história desta nossa cidade.
Iniciamos a visita pela freguesia da Sé admirando as vistas que se obtêm da centenária ponte D. Luís
I, e em seguida visitaremos a velha Sé portuense.
Para descermos à Ribeira, podemos utilizar as Escadas do Barredo e, no final destas, admirar o velho
burgo portuense, -isto é, o Barredo,- passando em seguida para a Ribeira onde podemos tomar um
café num dos seus muitos bares e esplanadas, admirando entre outras coisas os barcos rabelos, e
aproveitar para dar um pequeno passeio num deles. Caminhando à margem do rio vamos até ao
largo do Terreiro e, em seguida faremos a visita obrigatória à Casa do Infante.
Em seguida vamos para Miragaia e no final desta visita penetraremos na velha Alfândega do Porto.
Seguindo pela marginal vamos até ao jardim da Rua do Ouro, e terminamos esta viagem na Foz do
Douro, zona de belas praias que o convidam a um banho no mar.
De regresso, admiremos a Baixa do Porto, com a Estação de S Bento e o seu átrio de visita
obrigatória, a Igreja dos Congregados, a Avenida dos Aliados e Clérigos, e depois vamos entrar na
zona do Carmo e da Cordoaria.
Os mais exigentes e mais disponíveis têm ainda a possibilidade de assistir aos espectáculos dos
Teatros do Porto, da Casa da Música e de entrar no Museu de Serralves, entre as muitas ofertas
culturais da cidade.
1 - INTRODUÇÃO
O Porto pela sua importância geográfica começou a ser povoado por volta do século VII AC, por
povos como os fenícios, cartagineses, romanos, árabes e, mais tarde pelos cristãos, o que deu
origem ao condado portucalense, e posteriormente a Portugal.
Até aos fins do século XIII, o território correspondia à zona da Sé, onde o seu Bispo dispunha de todo
o poder eclesiástico e, praticamente, de todo o poder civil.
A cidade era murada para se proteger dos frequentes ataques e a sua população não ultrapassava as
cinco mil pessoas.
Na expansão populacional fora dos muros da cidade, teve a sua importância a zona ribeirinha,
devido à sua actividade fluvial. Mas a verdadeira expansão só se verificou partir do século XIV com a
chegada dos produtos europeus vindo por via marítima, que desembarcavam na Ribeira.
Isto obrigou à construção de locais de armazenamento, e o alargamento da sua da zona de
comercialização originando uma expansão industrial e habitacional, sendo estes factores ainda
agravados nos séculos seguintes com o desembarque dos produtos vindos das terras recentemente
descobertas pelos portugueses.
2- PORTO – seu desenvolvimento
2
CATEDRAL
Remonta ao século XII a sua construção e foi
localizada no Monte de Pena Ventosa.
Através dos anos sofreu diversos
melhoramentos, entre os quais o seu portal
estilo rococó que data de 1772.
O seu Galilé lateral foi construído em 1736 e é
projecto do arquitecto Nicolau Nazoni.
TERREIRO DA SÉ
Foi neste local que teve início o povoamento da
cidade do Porto As ruelas e becos que ao longo
dos séculos ali foram construídos, foram
demolidas em 1940 para dar lugar ao actual
Terreiro.
Os pelourinhos eram os locais onde se
amarravam os condenados, para estes sofrerem
entre outros castigos, o vexame popular.
ARCO DE S. SEBASTIÃO
Localizado na Rua S. Sebastião, mesmo em
frente à Sé
ARCO DAS VERDADES
Fica nas Escadas das Verdades ( ao fundo da Rua
D. Hugo) e com ligação através das Escadas do
Barredo, à marginal do Douro.
2.1 BARREDO-Aguarelas de Ferreira da Silva
BARCO RABELO
É uma embarcação portuguesa que durante séculos
foi utilizada no difícil percurso do rio Douro no
transporte de pipas de vinho da região duriense para
as caves de Vila Nova de Gaia.
Em finais do século XIX o transporte de vinho nestes
barcos foi substituído pelo comboio.
Em 24 de Junho (S. João), com os barcos rabelos que
se encontram em exposição nas zonas ribeirinhas do
Porto e de Gaia, efectua-se uma corrida no rio Douro,
entre a Cantareira e a Ribeira.
RABELO TURISTICO
São antigos barcos rabelos adaptados ao
transporte de grupos de passageiros em viagens
turísticas no rio Douro.
PRAÇA DA RIBEIRA
Uma das mais antigas e importantes praças da
cidade do Porto, por onde passava grande
actividade económica enquanto as vizinhas
margens do Douro foram o único ponto
comercial, até finais do século XIX.
Actualmente é um local turístico de visita
indispensável.
CAIS DA RIBEIRA
Zona ribeirinha de visita obrigatória, antigo
posto comercial da cidade, hoje zona classificada
pela UNESCO como património da Humanidade.
2.2 – RIBEIRA 1 – Aguarelas de Ferreira da Silva
LARGO DO TERREIRO
Remonta ao século XV a origem desta praça.
A capela do século XII é dedicada a Nossa
Senhora do Ó, festejada no mês de Agosto.
O nome de Senhora do Ó, deriva que pela Festa
da Expectação ser cantada nos sete dias antes do
nascimento de Cristo as Antífonas, que todas
elas começam pela letra Ó.
CAIS DA RIBEIRA (Muro dos Bacalhoeiros)
Tem este nome por ali em tempos idos se terem
instalado neste local diversos armazéns e
comerciantes de bacalhau.
RUA DA REBOLEIRA
A casa com o número 55, mantém ainda as
características da sua origem – Idade Média
CASA DO INFANTE
É um dos edifícios mais antigos da cidade do
Porto.
Consta-se que ali nasceu o Infante D. Henrique,
patrono dos descobrimentos portugueses.
Actualmente funciona como Arquivo Histórico
Municipal.
2.3 – RIBEIRA 2 – Aguarelas de Ferreira da Silva
2.4 – ESCADAS DO BARREDO LIGAÇÃO PEDESTRE DA SÉ AO BARREDO - (243 DEGRAUS)
LARGO DO TERRERINHO
Edifício construído no século XVI, com
representatividade senhorial.
RUA DOS CANASTREIROS
Onde os produtos artesanais eram, em grande
parte, fabricados e vendidos.
RUA DO BARREDO
Rua típica do velho burgo portuense.
ESCADAS DO BARREDO
Via pedestre (243 degraus) que liga a Sé ao
Barredo
(Escadas das Verdades 39 e Escadas do Barredo
204)
2.5 – BARREDO – Aguarelas de Ferreira da Silva
Miragaia, começou a ser povoada em meados do século XIII por um grupo de pescadores que
comercializavam o seu produto, com os habitantes da cidade do Porto.
Aos poucos este local foi aumentando de população e já no século XV com a queda de
Constantinopla muitos Judeus e cristãos Arménios vieram habitar neste local. Este povo que se
dedicava ao fabrico artesanal e ao comércio em muito contribuiu para o desenvolvimento de
Miragaia.
No final do século XIX, Miragaia foi enriquecida com a construção da Alfândega do Porto, cujo
projecto é do arquitecto francês Jean F. G. Colson, da abertura da Rua Nova de Alfândega e, da
instalação de várias zonas fabris, o que motivou um aumento populacional e comercial e a
necessidade de se construir novas áreas habitacionais, o que efectivamente veio a acontecer.
Temos ainda que referir que Miragaia, aquando as cheias do Rio Douro, os seus pisos térreos por
vezes ficam totalmente inundados.
2.6 – MIRAGAIA
LARGO DE MIRAGAIA
Local onde acaba a rua de Miragaia
RUA DE MIRAGAIA
É uma das zonas da cidade onde se pode
admirar um tipo de construção, com
características pouco vulgares.
RUA ARMÉNIA
Habitada no século XIV por Cristãos Arménios e
Judeus fugidos de Constantinopla, que motivou
o nome da rua.
RUAS DE MIRAGAIA E NOVA DE ALFÂNDEGA
Um enquadramento que se ajusta à zona.
Miragaia, Carro Eléctrico e a velha Alfândega do
Porto
2.7 – MIRAGAIA – Aguarelas de Ferreira da Silva
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Poema de Fernando Pessoa
3 – POEMA SOBRE O INFANTE
MERCADO FERREIRA BORGES
Construído em 1885 para substituir o antigo
mercado da Ribeira, o que nunca aconteceu
devido à oposição dos negociantes em
abandonar esse mercado.
Actualmente é utilizado em exposições e feiras
de âmbito cultural.
PALÁCIO DA BOLSA
Construído em meados do século XIX pela
Associação Comercial do Porto, é um dos mais
belos edifícios desta cidade e de Portugal.
É o local onde normalmente são prestadas as
homenagens a altas personalidades que visitam
esta cidade.
É muito procurado por turistas por causa do
belíssimo salão árabe.
IGREJA DE S. FRANCISCO
Pertença da Ordem Terceira de S. Francisco a
sua construção remonta a 1410. É a única
construção com arquitectura gótica na cidade do
Porto.
O seu revestimento interior, forrado a talha
dourada, é o único do país.
Pode-se ainda visitar as suas catacumbas.
RUA INFANTE D. HENRIQUE
É neste local que podemos dar início a uma
viagem de carro eléctrico pela marginal do
Douro, até ao Passeio Alegre.
3.1 – INFANTE – Aguarelas de Ferreira da Silva
A Foz do Douro é uma zona onde sempre nos sentimos satisfeitos em visitar, pois parece que o local
nos transmite paz interior.
Com os seus jardins e esplanadas, com belas praias ao longo da costa, ainda temos a possibilidade
de dar um passeio maravilhoso junto do mar, ou do rio se nos deslocarmos mais para nascente.
Sem menosprezar toda a arte arquitectónica do local, as suas belezas naturais são mais que
suficientes para uma visita obrigatória.
É ainda de realçar a festa do “Cortejo do Traje do Papel”que se efectua nesta zona no dia 24 de
Agosto, em que todos os figurantes vestidos com traje de papel, percorrem as ruas da freguesia e,
no final tomam um banho no mar.
4 – ZONA BALNEAR –
PONTE DA ARRÁBIDA
Liga o Porto a Gaia desde 22 de Junho de 1963.
Aquando da inauguração era uma das maiores
pontes em arco de betão armado no mundo.
Tem aproximadamente 615 metros de
comprimento e 27 de largura.
O autor do projecto foi o engenheiro português
Edgar Cardoso, tal como da ponte ferroviária de
S. João.
MUSEU DO CARRO ELECTRICO
Localizado na antiga estação Termo Eléctrica de
Massarelos dos STC do Porto, foi aberto ao
público em Maio de 1992.
No dia 15 de Maio é organizado um desfile do
carro eléctrico com saída do Museu às 15,0 h e,
tendo o seguinte percurso: Museu, Passeio
Alegre (Cantareira), Infante e regresso ao Museu.
RIO DOURO NA ANTIGA ZONA DO GÁS
Local junto à rua do Ouro, onde existem barcos
apropriados que fazem a travessia do rio Douro,
para a Afurada (V. N. de Gaia)
JARDIM DA RUA DO OURO
Um óptimo local para se fazer uma caminhada e
apreciar os barcos no rio
4.1 – MASSARELOS – Aguarelas de Ferreira da Silva
PÉRGULA
Construída em 1931, durante a presidência do
Dr. Sousa Rocha na C.M. do Porto.
Foi a esposa deste presidente a grande
impulsionadora desta construção.
AV. D. CARLOS I ( Ant. Av. Das Palmeiras)
É uma das zonas do Porto onde podemos
desfrutar um pouco de paz, quer junto ao mar,
quer no seu jardim.
FAROL DE FELGUEIRA (Pilotos)
Zona ocidental da cidade do Porto onde o rio
Douro se encontra com o oceano Atlântico.
Óptimo local para se passar uma tarde.
MOLHES DA BARRA DO DOURO
Conjunto concluído em 1997 com o fim de
estabilizar as margens do estuário e melhorar as
condições de navegabilidade na entrada da barra
do Douro.
O projecto é da autoria do Eng. Fernando Silveira
Ramos.
4.2 – FOZ - Aguarelas de Ferreira da Silva
A zona “Baixa” da cidade do Porto teve a sua origem com a abertura da hoje Praça da Liberdade no
Com a construção da ponte D. Luís I, e mais tarde com a abertura da estação de S. Bento, este local
tornou-se o centro de convívio da cidade.
A animar o local foi instalado a norte da Praça, em 1819, o edifício dos Paços do Concelho, que se
manteve no local cerca de 100 anos, pois só foi demolido em 1916 para dar início à construção da
actual Avenida dos Aliados e de novos arruamentos, cujo estudo obedeceu ao projecto elaborado
pelo arquitecto inglês Barry Parquer.
Em 1920 iniciou-se no topo da Avenida, a construção dos novos e actuais Paços do Concelho,
concluídos em 1955, completando-se desta forma toda a estrutura da baixa portuense.
5
– BAIXA
PRAÇA DA LIBERDADE E AV. DOS ALIADOS
A actual Praça da Liberdade teve a sua origem no
século XVII, mas só em 1916 é que teve a sua
amplitude com o inicio da construção da Avenida
dos Aliados, e mais tarde com os Paços do
Concelho.
EDIFÍCIO DA C. M. DO PORTO
Sob o projecto do arquitecto Correia da Silva, a
construção desta Câmara teve início em 1920,
mas só em 1957 é que os Serviços Técnicos se
instalaram no edifício.
Em frente desta Câmara tem a estátua de
Almeida Garrett, inaugurada em 1954.
PRAÇA ALMEIDA GARRETT
As suas origens remontam a 1521.
De visita obrigatória é o átrio da estação de S.
Bento, para se admirar os azulejos do pintor
Jorge Colaço.
É também de visitar a antiga Igreja dos
Congregados, edificada em 1680.
TORRE DOS CLÉRIGOS
Foi construída entre 1754 e 1763, com projecto
do arquitecto Nicolau Nazoni.
A torre tem uma altura de 75 metros e com
escadaria de 225 degraus.
À data da construção era o edifício mais alto de
Portugal.
5.1 – BAIXA – Aguarelas de Ferreira da Silva
ANTIGA CADEIA DA RELAÇÃO
Foi construída em 1796, em granito lavrado e
sobreposto sem qualquer tipo de argamassa.
Além de ter sido utilizada como cadeia também
serviu de Tribunal da Relação.
Deixou de funcionar em 1974 e actualmente
alberga o Instituto Português de Fotografia.
IGREJAS DO CARMO E DAS CARMELITAS
Carmo (à direita)- Construída entre 1756 e 1768,
tinha o seu convento onde hoje está instalado o
Hospital do Carmo.
Carmelitas (à esquerda) – Construída entre 1616
e1628,sendo o seu convento no local onde hoje
está instalado o Quartel do Comando da G.N.R.
do Porto
HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO
A sua construção teve início em 1779, com a
configuração em forma de U e, só em 1933 é que
foi ampliado alterando para uma base quadrada.
Actualmente é dos hospitais mais modernos em
Portugal.
REITORIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Antiga Escola Politécnica do século XVIII passou
a Universidade em 1911.
Em 1974 a Universidade expandiu-se e hoje tem
14 Faculdades espalhadas por vários locais da
cidade.
5.22 – BAIXA – Aguarelas de Ferreira da Silva
Ferreira da Silva, é natural de Campanhã, Porto, onde nasceu em 1932; reside em Rio Tinto,
Gondomar, há cerca de 40 anos. É formado em Electrotecnia e Máquinas pelo Instituto Industrial do
Porto (actual ISEP).
Como autodidacta a sua vocação para a pintura manifestou-se a partir dos 50 anos de idade,
momento a partir do qual tem feito desta o seu”Hobby”preferido. Expôs pela primeira vez na antiga
galeria do jornal “O Primeiro de Janeiro” do Porto em 1988. Desde aí participou em diversas mostras
colectivas, sendo distinguido com o 1º Prémio da 11ª mostra de Pintura e Escultura da Junta de
Freguesia de Moreira da Maia e com o 1º Prémio de pintura da “Lúmen”. Foi ainda agraciado com o
diploma de Mérito da Junta de Freguesia de Campanhã pelos serviços culturais prestados.
Desde 2005 e sem carácter comercial, dedica-se a divulgar aspectos de diversos locais e temáticas
por si consideradas de interesse colectivo. Cada matéria e locais invocados são acompanhados de
uma síntese histórica que as enquadra.
Email: manuelferreiradasilva32@gmail.com
6 – SOBRE O AUTOR – Aguarelas de Ferreira da Silva

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Cidade do Porto-Portugal

  • 1. CIDADE DO PORTO A LIBERDADE CONSISTE EM FAZER TUDO QUE NÃO PREJUDICA OS OUTROS Declaração dos direitos do homem e do cidadão SETEMBRO – 2010
  • 2. 1 – INTRODUÇÃO 2 – O PORTO SEU DESENVOLVIMENTO 2.1 – SÉ – Aguarelas 2.2 – RIBEIRA 1 – Aguarelas 2.3 – RIBEIRA 2 – Aguarelas 2.4 – ESCADAS DO BARREDO 2.5 – BARREDO – Aguarelas 2.6 – DESCRITIVA 2.7 – MIRAGAIA - Aguarelas 3 – POEMA SOBRE O INFANTE 3.1 – INFANTE – Aguarelas 4 – ZONA BALNEAR 4.1 – MASSARELOS – Aguarelas 4.2 – FOZ - Aguarelas 5 - DESCRITIVA 5.1 – BAIXA – Aguarelas 5.2 – CARMO – Aguarelas 6 – SOBRE O AUTOR
  • 3. O presente trabalho é constituído por quarenta aguarelas com as dimensões de 31x24 cm, que fazem parte da colecção do autor. Foi sua intenção dar a conhecer aos mais novos os locais mais representativos da cidade do Porto, os quais nos permitem ler um pouco da história desta nossa cidade. Iniciamos a visita pela freguesia da Sé admirando as vistas que se obtêm da centenária ponte D. Luís I, e em seguida visitaremos a velha Sé portuense. Para descermos à Ribeira, podemos utilizar as Escadas do Barredo e, no final destas, admirar o velho burgo portuense, -isto é, o Barredo,- passando em seguida para a Ribeira onde podemos tomar um café num dos seus muitos bares e esplanadas, admirando entre outras coisas os barcos rabelos, e aproveitar para dar um pequeno passeio num deles. Caminhando à margem do rio vamos até ao largo do Terreiro e, em seguida faremos a visita obrigatória à Casa do Infante. Em seguida vamos para Miragaia e no final desta visita penetraremos na velha Alfândega do Porto. Seguindo pela marginal vamos até ao jardim da Rua do Ouro, e terminamos esta viagem na Foz do Douro, zona de belas praias que o convidam a um banho no mar. De regresso, admiremos a Baixa do Porto, com a Estação de S Bento e o seu átrio de visita obrigatória, a Igreja dos Congregados, a Avenida dos Aliados e Clérigos, e depois vamos entrar na zona do Carmo e da Cordoaria. Os mais exigentes e mais disponíveis têm ainda a possibilidade de assistir aos espectáculos dos Teatros do Porto, da Casa da Música e de entrar no Museu de Serralves, entre as muitas ofertas culturais da cidade. 1 - INTRODUÇÃO
  • 4. O Porto pela sua importância geográfica começou a ser povoado por volta do século VII AC, por povos como os fenícios, cartagineses, romanos, árabes e, mais tarde pelos cristãos, o que deu origem ao condado portucalense, e posteriormente a Portugal. Até aos fins do século XIII, o território correspondia à zona da Sé, onde o seu Bispo dispunha de todo o poder eclesiástico e, praticamente, de todo o poder civil. A cidade era murada para se proteger dos frequentes ataques e a sua população não ultrapassava as cinco mil pessoas. Na expansão populacional fora dos muros da cidade, teve a sua importância a zona ribeirinha, devido à sua actividade fluvial. Mas a verdadeira expansão só se verificou partir do século XIV com a chegada dos produtos europeus vindo por via marítima, que desembarcavam na Ribeira. Isto obrigou à construção de locais de armazenamento, e o alargamento da sua da zona de comercialização originando uma expansão industrial e habitacional, sendo estes factores ainda agravados nos séculos seguintes com o desembarque dos produtos vindos das terras recentemente descobertas pelos portugueses. 2- PORTO – seu desenvolvimento
  • 5. 2 CATEDRAL Remonta ao século XII a sua construção e foi localizada no Monte de Pena Ventosa. Através dos anos sofreu diversos melhoramentos, entre os quais o seu portal estilo rococó que data de 1772. O seu Galilé lateral foi construído em 1736 e é projecto do arquitecto Nicolau Nazoni. TERREIRO DA SÉ Foi neste local que teve início o povoamento da cidade do Porto As ruelas e becos que ao longo dos séculos ali foram construídos, foram demolidas em 1940 para dar lugar ao actual Terreiro. Os pelourinhos eram os locais onde se amarravam os condenados, para estes sofrerem entre outros castigos, o vexame popular. ARCO DE S. SEBASTIÃO Localizado na Rua S. Sebastião, mesmo em frente à Sé ARCO DAS VERDADES Fica nas Escadas das Verdades ( ao fundo da Rua D. Hugo) e com ligação através das Escadas do Barredo, à marginal do Douro. 2.1 BARREDO-Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 6. BARCO RABELO É uma embarcação portuguesa que durante séculos foi utilizada no difícil percurso do rio Douro no transporte de pipas de vinho da região duriense para as caves de Vila Nova de Gaia. Em finais do século XIX o transporte de vinho nestes barcos foi substituído pelo comboio. Em 24 de Junho (S. João), com os barcos rabelos que se encontram em exposição nas zonas ribeirinhas do Porto e de Gaia, efectua-se uma corrida no rio Douro, entre a Cantareira e a Ribeira. RABELO TURISTICO São antigos barcos rabelos adaptados ao transporte de grupos de passageiros em viagens turísticas no rio Douro. PRAÇA DA RIBEIRA Uma das mais antigas e importantes praças da cidade do Porto, por onde passava grande actividade económica enquanto as vizinhas margens do Douro foram o único ponto comercial, até finais do século XIX. Actualmente é um local turístico de visita indispensável. CAIS DA RIBEIRA Zona ribeirinha de visita obrigatória, antigo posto comercial da cidade, hoje zona classificada pela UNESCO como património da Humanidade. 2.2 – RIBEIRA 1 – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 7. LARGO DO TERREIRO Remonta ao século XV a origem desta praça. A capela do século XII é dedicada a Nossa Senhora do Ó, festejada no mês de Agosto. O nome de Senhora do Ó, deriva que pela Festa da Expectação ser cantada nos sete dias antes do nascimento de Cristo as Antífonas, que todas elas começam pela letra Ó. CAIS DA RIBEIRA (Muro dos Bacalhoeiros) Tem este nome por ali em tempos idos se terem instalado neste local diversos armazéns e comerciantes de bacalhau. RUA DA REBOLEIRA A casa com o número 55, mantém ainda as características da sua origem – Idade Média CASA DO INFANTE É um dos edifícios mais antigos da cidade do Porto. Consta-se que ali nasceu o Infante D. Henrique, patrono dos descobrimentos portugueses. Actualmente funciona como Arquivo Histórico Municipal. 2.3 – RIBEIRA 2 – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 8. 2.4 – ESCADAS DO BARREDO LIGAÇÃO PEDESTRE DA SÉ AO BARREDO - (243 DEGRAUS)
  • 9. LARGO DO TERRERINHO Edifício construído no século XVI, com representatividade senhorial. RUA DOS CANASTREIROS Onde os produtos artesanais eram, em grande parte, fabricados e vendidos. RUA DO BARREDO Rua típica do velho burgo portuense. ESCADAS DO BARREDO Via pedestre (243 degraus) que liga a Sé ao Barredo (Escadas das Verdades 39 e Escadas do Barredo 204) 2.5 – BARREDO – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 10. Miragaia, começou a ser povoada em meados do século XIII por um grupo de pescadores que comercializavam o seu produto, com os habitantes da cidade do Porto. Aos poucos este local foi aumentando de população e já no século XV com a queda de Constantinopla muitos Judeus e cristãos Arménios vieram habitar neste local. Este povo que se dedicava ao fabrico artesanal e ao comércio em muito contribuiu para o desenvolvimento de Miragaia. No final do século XIX, Miragaia foi enriquecida com a construção da Alfândega do Porto, cujo projecto é do arquitecto francês Jean F. G. Colson, da abertura da Rua Nova de Alfândega e, da instalação de várias zonas fabris, o que motivou um aumento populacional e comercial e a necessidade de se construir novas áreas habitacionais, o que efectivamente veio a acontecer. Temos ainda que referir que Miragaia, aquando as cheias do Rio Douro, os seus pisos térreos por vezes ficam totalmente inundados. 2.6 – MIRAGAIA
  • 11. LARGO DE MIRAGAIA Local onde acaba a rua de Miragaia RUA DE MIRAGAIA É uma das zonas da cidade onde se pode admirar um tipo de construção, com características pouco vulgares. RUA ARMÉNIA Habitada no século XIV por Cristãos Arménios e Judeus fugidos de Constantinopla, que motivou o nome da rua. RUAS DE MIRAGAIA E NOVA DE ALFÂNDEGA Um enquadramento que se ajusta à zona. Miragaia, Carro Eléctrico e a velha Alfândega do Porto 2.7 – MIRAGAIA – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 12. Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. Deus quis que a terra fosse toda uma, Que o mar unisse, já não separasse. Sagrou-te, e foste desvendando a espuma, E a orla branca foi de ilha em continente, Clareou, correndo, até ao fim do mundo, E viu-se a terra inteira, de repente, Surgir, redonda, do azul profundo. Quem te sagrou criou-te português. Do mar e nós em ti nos deu sinal. Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal! Poema de Fernando Pessoa 3 – POEMA SOBRE O INFANTE
  • 13. MERCADO FERREIRA BORGES Construído em 1885 para substituir o antigo mercado da Ribeira, o que nunca aconteceu devido à oposição dos negociantes em abandonar esse mercado. Actualmente é utilizado em exposições e feiras de âmbito cultural. PALÁCIO DA BOLSA Construído em meados do século XIX pela Associação Comercial do Porto, é um dos mais belos edifícios desta cidade e de Portugal. É o local onde normalmente são prestadas as homenagens a altas personalidades que visitam esta cidade. É muito procurado por turistas por causa do belíssimo salão árabe. IGREJA DE S. FRANCISCO Pertença da Ordem Terceira de S. Francisco a sua construção remonta a 1410. É a única construção com arquitectura gótica na cidade do Porto. O seu revestimento interior, forrado a talha dourada, é o único do país. Pode-se ainda visitar as suas catacumbas. RUA INFANTE D. HENRIQUE É neste local que podemos dar início a uma viagem de carro eléctrico pela marginal do Douro, até ao Passeio Alegre. 3.1 – INFANTE – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 14. A Foz do Douro é uma zona onde sempre nos sentimos satisfeitos em visitar, pois parece que o local nos transmite paz interior. Com os seus jardins e esplanadas, com belas praias ao longo da costa, ainda temos a possibilidade de dar um passeio maravilhoso junto do mar, ou do rio se nos deslocarmos mais para nascente. Sem menosprezar toda a arte arquitectónica do local, as suas belezas naturais são mais que suficientes para uma visita obrigatória. É ainda de realçar a festa do “Cortejo do Traje do Papel”que se efectua nesta zona no dia 24 de Agosto, em que todos os figurantes vestidos com traje de papel, percorrem as ruas da freguesia e, no final tomam um banho no mar. 4 – ZONA BALNEAR –
  • 15. PONTE DA ARRÁBIDA Liga o Porto a Gaia desde 22 de Junho de 1963. Aquando da inauguração era uma das maiores pontes em arco de betão armado no mundo. Tem aproximadamente 615 metros de comprimento e 27 de largura. O autor do projecto foi o engenheiro português Edgar Cardoso, tal como da ponte ferroviária de S. João. MUSEU DO CARRO ELECTRICO Localizado na antiga estação Termo Eléctrica de Massarelos dos STC do Porto, foi aberto ao público em Maio de 1992. No dia 15 de Maio é organizado um desfile do carro eléctrico com saída do Museu às 15,0 h e, tendo o seguinte percurso: Museu, Passeio Alegre (Cantareira), Infante e regresso ao Museu. RIO DOURO NA ANTIGA ZONA DO GÁS Local junto à rua do Ouro, onde existem barcos apropriados que fazem a travessia do rio Douro, para a Afurada (V. N. de Gaia) JARDIM DA RUA DO OURO Um óptimo local para se fazer uma caminhada e apreciar os barcos no rio 4.1 – MASSARELOS – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 16. PÉRGULA Construída em 1931, durante a presidência do Dr. Sousa Rocha na C.M. do Porto. Foi a esposa deste presidente a grande impulsionadora desta construção. AV. D. CARLOS I ( Ant. Av. Das Palmeiras) É uma das zonas do Porto onde podemos desfrutar um pouco de paz, quer junto ao mar, quer no seu jardim. FAROL DE FELGUEIRA (Pilotos) Zona ocidental da cidade do Porto onde o rio Douro se encontra com o oceano Atlântico. Óptimo local para se passar uma tarde. MOLHES DA BARRA DO DOURO Conjunto concluído em 1997 com o fim de estabilizar as margens do estuário e melhorar as condições de navegabilidade na entrada da barra do Douro. O projecto é da autoria do Eng. Fernando Silveira Ramos. 4.2 – FOZ - Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 17. A zona “Baixa” da cidade do Porto teve a sua origem com a abertura da hoje Praça da Liberdade no Com a construção da ponte D. Luís I, e mais tarde com a abertura da estação de S. Bento, este local tornou-se o centro de convívio da cidade. A animar o local foi instalado a norte da Praça, em 1819, o edifício dos Paços do Concelho, que se manteve no local cerca de 100 anos, pois só foi demolido em 1916 para dar início à construção da actual Avenida dos Aliados e de novos arruamentos, cujo estudo obedeceu ao projecto elaborado pelo arquitecto inglês Barry Parquer. Em 1920 iniciou-se no topo da Avenida, a construção dos novos e actuais Paços do Concelho, concluídos em 1955, completando-se desta forma toda a estrutura da baixa portuense. 5 – BAIXA
  • 18. PRAÇA DA LIBERDADE E AV. DOS ALIADOS A actual Praça da Liberdade teve a sua origem no século XVII, mas só em 1916 é que teve a sua amplitude com o inicio da construção da Avenida dos Aliados, e mais tarde com os Paços do Concelho. EDIFÍCIO DA C. M. DO PORTO Sob o projecto do arquitecto Correia da Silva, a construção desta Câmara teve início em 1920, mas só em 1957 é que os Serviços Técnicos se instalaram no edifício. Em frente desta Câmara tem a estátua de Almeida Garrett, inaugurada em 1954. PRAÇA ALMEIDA GARRETT As suas origens remontam a 1521. De visita obrigatória é o átrio da estação de S. Bento, para se admirar os azulejos do pintor Jorge Colaço. É também de visitar a antiga Igreja dos Congregados, edificada em 1680. TORRE DOS CLÉRIGOS Foi construída entre 1754 e 1763, com projecto do arquitecto Nicolau Nazoni. A torre tem uma altura de 75 metros e com escadaria de 225 degraus. À data da construção era o edifício mais alto de Portugal. 5.1 – BAIXA – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 19. ANTIGA CADEIA DA RELAÇÃO Foi construída em 1796, em granito lavrado e sobreposto sem qualquer tipo de argamassa. Além de ter sido utilizada como cadeia também serviu de Tribunal da Relação. Deixou de funcionar em 1974 e actualmente alberga o Instituto Português de Fotografia. IGREJAS DO CARMO E DAS CARMELITAS Carmo (à direita)- Construída entre 1756 e 1768, tinha o seu convento onde hoje está instalado o Hospital do Carmo. Carmelitas (à esquerda) – Construída entre 1616 e1628,sendo o seu convento no local onde hoje está instalado o Quartel do Comando da G.N.R. do Porto HOSPITAL DE SANTO ANTÓNIO A sua construção teve início em 1779, com a configuração em forma de U e, só em 1933 é que foi ampliado alterando para uma base quadrada. Actualmente é dos hospitais mais modernos em Portugal. REITORIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Antiga Escola Politécnica do século XVIII passou a Universidade em 1911. Em 1974 a Universidade expandiu-se e hoje tem 14 Faculdades espalhadas por vários locais da cidade. 5.22 – BAIXA – Aguarelas de Ferreira da Silva
  • 20. Ferreira da Silva, é natural de Campanhã, Porto, onde nasceu em 1932; reside em Rio Tinto, Gondomar, há cerca de 40 anos. É formado em Electrotecnia e Máquinas pelo Instituto Industrial do Porto (actual ISEP). Como autodidacta a sua vocação para a pintura manifestou-se a partir dos 50 anos de idade, momento a partir do qual tem feito desta o seu”Hobby”preferido. Expôs pela primeira vez na antiga galeria do jornal “O Primeiro de Janeiro” do Porto em 1988. Desde aí participou em diversas mostras colectivas, sendo distinguido com o 1º Prémio da 11ª mostra de Pintura e Escultura da Junta de Freguesia de Moreira da Maia e com o 1º Prémio de pintura da “Lúmen”. Foi ainda agraciado com o diploma de Mérito da Junta de Freguesia de Campanhã pelos serviços culturais prestados. Desde 2005 e sem carácter comercial, dedica-se a divulgar aspectos de diversos locais e temáticas por si consideradas de interesse colectivo. Cada matéria e locais invocados são acompanhados de uma síntese histórica que as enquadra. Email: manuelferreiradasilva32@gmail.com 6 – SOBRE O AUTOR – Aguarelas de Ferreira da Silva