1. LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E
INTERAÇÃO
A COMUNICAÇÃO ocorre quando interagimos com
outras pessoas utilizando linguagem.
LINGUAGEM é um processo comunicativo pelo qual
as pessoas interagem entre si.
INTERLOCUTORES são as pessoas que participam do
processo de interação por meio da linguagem.
2. CÓDIGO é um conjunto de sinais convencionados
socialmente para a construção e a transmissão de
mensagens.
LÍNGUA é um código formado por signos (palavras) e
leis combinatórias por meio do qual as pessoas se
comunicam e interagem entre si.
3. LINGUAGEM FORMAL E
INFORMAL
A linguagem coloquial, informal ou popular é uma
linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a
observância total da Gramática de modo que haja mais
fluidez na comunicação feita através de jornais,
revistas e principalmente num diálogo. Na linguagem
informal usam-se muitas gírias e construções
gramaticais mais livres.
4. Norma culta ou linguagem culta ou formal é uma
expressão empregada pelos linguistas brasileiros para
designar o conjunto de variedades linguísticas
efetivamente faladas, na vida cotidiana, pelos falantes
cultos, sendo assim classificados os cidadãos nascidos
e criados em zona urbana e com grau de instrução
superior completo.
É aquela que carrega consigo a rigidez das normas
gramaticais, utilizada principalmente em textos e
profissões que a exigem como no Direito ou na
Matemática.
5. TEXTO:
Minerim
Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzin tumano
uma pincumel e cuzinhano um kidcarne cum
mastumate pra mode fazê uma macarronada cum
galinha assada.
Quascaí di susto, quanduvi um barui vino di
dendoforno, pareceno um tidiguerra. A receita mandô
pô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô
e a galinha ispludiu!
Nossinhora!
6. Fiquei branco quinei um lidileite. Foi um trem
doidimais! Quascaí dedapia! Fiquei sensabê doncovim,
proncovô, oncotô. Oi procevê que locura.
Grazadeus ninguém si machucô!
O que mais chama a sua atenção no texto
Minerim? Há certo preconceito em relação à
forma como ele foi escrito?
7. FALA
Não planejada
Fragmentária
Incompleta
Pouco elaborada
Predominância de
frases curtas, simples
ou coordenadas
Pouco uso de passivas
ESCRITA
Planejada
Não fragmentária
Completa
Elaborada
Predominância de
frases complexas,
com subordinação
abundante
Emprego frequente
de passivas
8. Variedades Linguísticas
São as variações que uma língua apresenta, de acordo
com as condições sociais, culturais, regionais e
históricas em que é utilizada.
Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde
que cumpram com eficiência o papel fundamental de
uma língua – o de permitir a interação verbal entre as
pessoas, isto é, a comunicação.
9. A variação linguística está ligada aos seguintes fatores:
Variação geográfica: o modo de falar uma língua
aponta para sua origem geográfica. Quando duas
variedades de uma mesma língua são muito distintas, a
ponto de dificultar a intercomunicação, mesmo que os
falantes percebam um“ar de família”, temos os dialetos.
Mas quando as variedades não impedem a
comunicação, criando apenas a sensação de que seus
falantes não procedem da mesma região geográfica,
temos os falares.
10. Variação sociocultural: a classe socioeconômica do
indivíduo transparece em sua fala, e com isto temos a
fala não padrão dos analfabetos, e a fala culta dos
alfabetizados.
Variação de sexo: também o sexo do falante
transparece em seu modo de falar, e aqui temos a fala
dos homens e a fala das mulheres.
11. Variação etária: conforme você muda de idade, sua
linguagem também vai mudando, e assim teremos a
fala das crianças, a fala dos adolescentes e a fala dos
velhos.
Variação de estilo: dependendo da situação em que
você se encontra, será selecionada uma fala
formal, mais refletida, ou uma fala informal, mais à
vontade.
Variação de canal: quando nos
comunicamos, podemos fazê-lo falando ou
escrevendo, o que nos leva à língua escrita e à língua
falada.
12. Textos de humor – As variedades linguísticas
Assaltante nordestino
- Ei, bichin... Isso é um assalto... Arriba os braços e num
se bula e nem faça muganga... Arrebola o dinheiro no
mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu
fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu tô
com uma fome da moléstia...
13. Assaltante mineiro
- Ô sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os
braço e fica quetim quesse trem na minha mão tá cheio
de bala... Mió passá logo os trocado que eu num tô bão
hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai!!!
14. Assaltante gaúcho
- O, guri, ficas atento... Bah, isso é um assalto... Levanta
os braços e te aquietas, tchê! Não tentes nada e
cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê.
Passa as pilas pra cá! E te manda a la cria, senão o
quarenta e quatro fala.
15. Assaltante carioca
- Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto.
Passa a grana e levanta os braços, rapá... Não fica de
bobeira que eu atiro bem pra... Vai andando e, se olhar
pra trás, vira pesunto...
16. Assaltante baiano
- Ô, meu rei... (longa pausa) Isso é um assalto... (longa
pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não...
(longa pausa) . Se num quiser nem precisa levantar,
pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem
devagarinho... (longa pausa) . Num repara se o berro
está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado... Não
esquenta, meu irmãozinho (longa pausa) Vou deixar
teus documentos na encruzilhada...
17. Assaltante paulista
- Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os
braços, meu... Passa a grana logo, meu... Mais rápido,
meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra
comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu... Pô,
se manda, meu...
18. DIALETO # SOTAQUE
Podemos entender por dialeto as variações de
pronúncia, vocabulário e gramática pertencentes a
uma determinada língua.
Os dialetos não ocorrem somente em regiões
diferentes, pois uma determinada região existem
também variações dialetais etárias, sociais, etc.
Sotaque é a diferença de pronúncia do falante.
19. Os dialetos são as variações de uma
língua em determinada região.
A fala comum de um povo
Sem importar se está correto ou não.
De Sul a Norte, de Leste a Oeste
No outono, inverno, primavera ou
verão.
Os cariocas, por exemplo,
compram tudo no plural
‘Dois(X) pães (X), por favor’,
pois a sua fala tem um chiado natural.
Os Mineiros dizem "uai".
Os paulistas falam o "r" como em
Portugal.
No dialeto crioulo Rio-Grandense,
o pronome lhe é pronunciado por le
o diminutivo inho é substituído por
Ito,
faz parte de sua fala pronunciar o chê.
E no nordeste interjeição que
refere-se a descontentamento é: "ò
xente".
Aipim no Sul
Mandioca, aqui no Centro - Oeste,
essa raiz de casca grossa
é a mesma coisa que macaxeira no
Nordeste.
Tem ainda a abóbora no DF
que é igual ao Jerimum do agreste.
Parada, ponto, stop, adedonha,
sinaleiro ou farol,
apurado, apertado, difruso, gripado.
Rodoviária, terminal.
Dialetos existem de montão
no interior do país e até no litoral.
Pititinga na Bahia é também
conhecido como Manjubinha no Rio
de Janeiro.
Ainda outro dialeto
é dizer que está liso, sem dinheiro.
Mas em qualquer lugar
o segundo mês do ano é sempre
Fevereiro..
Tay Liminha
20. ESTRANGEIRISMO
É o processo que introduz palavras vindas de
outros idiomas na língua portuguesa. De
acordo com o idioma de origem, as palavras
recebem nomes específicos, tais como
anglicismo (do inglês) e galicismo (francês).
21. Além da importação de palavras
estrangeiras, há, ainda, a criação de outros
termos (neologismos) por necessidade das
evoluções do mundo.
Estrangeirismo é um vício de linguagem que
consiste no uso de palavras, expressões ou
construções próprias de línguas estrangeiras.
Por vezes, estes estrangeirismos são
desnecessários e o seu uso condenável
22. EXEMPLOS DE ESTRANGEIRISMO
Ok
Brother
Chouffer
Croissant
Delivery
Drive-thru
Designer
Fashion
Deletar do inglês Delete
Jeans
Futebol (do inglês football)
Teen
United
Link
Hero
Element
Zip
Approach
Cappuccino
Internet
Vitrine
Short (bermuda)
Enter (tecla no teclado do computador)
Go
Shampoo
t-shirt
Yes
Show
Site
Pizza
Hot dog
Market
Revèillon
Muzarella
Basquete (do inglês basketball)
Vôlei (do inglês voleyball)
Handebol (do inglês handball)
Sonda
On-line
Sister
Stop
Pink
Spaghetti
23. Samba do Approach
(Zeca Pagodinho/Zeca Baleiro)
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...(2x)
Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash...
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...(2x)
Fica ligado no link
Que eu vou confessar, my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho engov
Eu tirei o meu green card
E fui pra Miami Beach
Posso não ser pop-star
Mas já sou um noveau-riche...
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...(2x)
Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz como Damon Hill
Tenaz como Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Quero jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite, drag queen...
24. NEOLOGISMO
É um fenômeno linguístico que consiste na
criação de uma palavra ou expressão nova, ou
na atribuição de um novo sentido a uma
palavra já existente. Pode ser fruto de um
comportamento espontâneo, próprio do ser
humano e da linguagem, ou artificial, para fins
pejorativos ou não.Geralmente, os neologismos
são criados a partir de processos que já existem
na língua: justaposição, prefixação,
aglutinação, verbalização e sufixação.
25. Podemos dizer que neologismo é toda palavra
que não existia e passou a existir, independente
do tempo de vida e de como surgiu.
Ex. deletar, printar, escanear, mouse, site e etc.
O neologismo está presente na representação
de sons (puf!, Vrum!, miar, piar, tibum, chuá,
cataplaft, etc) e na linguagem do msn (blz, flw,
t+, qq, vc, ker, abc, xau, bju, etc).
26. Nós, como falantes, sentimos necessidade em criar e
recriar palavras e sentidos, pois a língua é viva e
apresenta muitas possibilidades de transformações,
inovações.
Um exemplo muito citado de neologismo está no
poema de Manuel Bandeira que possui este mesmo
título:
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.