SlideShare a Scribd company logo
1 of 46
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA 
HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO F. BEZERRA (HOSPED) 
INTERNATO EM PEDIATRIA I – PED I . 
Coordenação: Dr. Leonardo Moura Ferreira de Souza 
Apresentação: Ddo. Luis Fellipe Revorêdo 
Ddo. Marcos Antônio Pinheiro 
Dda. Mariana Smith Conrado
ANAMNESE 
F.L.N, sexomasculino, 2 anos e 10meses. 
QP: “Manchas no corpo” 
HDA Mãe refere que o paciente apresenta quadro de IVAS há 
alguns dias, sendo levado por este motivo ao PS há 8 dias onde 
foi medicado para infecção de garganta com 
Sulfametoxazol+Trimetoprima (5 dias). No momento da 
consulta, a mãe mostrou algumas equimoses –– jjooeellhhoo,, ccoossttaass ee 
orelha – que haviam aparecido após inicio do quadro respiratório, 
foi tranquilizada com a informação de que possivelmente eram 
fruto de alguma injúria que a criança sofrera. A medicação foi 
usada conforme orientação do médico, porém não houve 
melhora significativa do quadro respiratório e as equimoses 
haviam aumentado em tamanho e quantidade, atingindo todo o 
corpo, inclusive couro cabeludo. Nega febre e outros 
sangramentos.
•Antecedentes pessoais fisiológicos (APF): nascido parto 
normal, a termo, PN: 3.500 g Cumprimento: 5500 ccmm PPCC;; 
35cm Apgar: 9/9. Sem intercorrências 
•Antecedentes Pessoais Patológicos (APP) : NDN 
•Antecedentes Pessoais familiares (APF): Diabete; HAS. 
•Hábitos de vida- Reside em casa de alvenaria, Presença 
de instalações hidroelétricas e sanitárias. Agua tratada
•Vacinação: atualizada 
•DNPM: adequado para idade 
•Alimentação: Leite mmaatteerrnnoo eexxcclluussiivvoo aattéé 66 
meses. Complementado até 2 e½. 
•Alimentação atual com boa ingestão de 
proteínas, leguminosas, cereal (tubérculo), 
verduras e legumes
•Peso : 13,8 (-2< Z 0) Estatura: 82cm (-2< Z 0) 
•BEG, eupnéico, acianótico, anictérico 
•AP: MVF , simétrico, sem ruídos adventícios FR: 
288 iippmm 
•AVC: RCR em 2T Bulhas normofonéticas FC: 
88bpm 
•Abdome: Flácido, sem visceromegalias 
Pele...
Foram solicitados exames com urgência: 
 Hemograma com plaquetas. 
 PCR 
 TTAAPP 
 TTP 
Programado retorno com 24hrs para apresentar 
exames.
PÚRPURA 
TTRROOMMBBOOCCIITTOOPPÊÊNNIICCAA 
IMUNOLÓGICA (PTI)
•Paciente internado no Hospital de Pediatria 
Prof. Heriberto Ferreira Bezerra (HOSPED) , 
com diagnóstico de Púrpura Trombocitopênica 
Imunológica ((PPTTII)) eeGGeennggiivvoorrrraaggiiaa.. 
•Tratamento realizado: Pulsoterapia com IgIV 
(01 dose) eMetilprednisolona. 
•No 4º dia substituição por Prednisona oral 
(2mg/kg/dia)
• Paciente apresentou reação a pulsoterapia com 
Metilprednisolona, que foi suspensa e substituída 
por terapia oorraall ccoommPPrreeddnniissoonnaa.. 
•Não apresentou febre nem novo episódio de 
sangramentos emmucosas. 
•Diversos hematomas e equimoses espalhadas 
pelo corpo.
•Alta após cinco dias de internamento. 
• Exames na alta hospitalar: 
Hb: 10 Leucograma: 15.900 ((5511%%sseegg ee 3366%%lliinnff)) 
Plaquetas: 108.000 
Ur: 19 Cr: 0,41 Alb: 4.22TGO/TGP: 35/14 
•Orientação para seguimento ambulatorial e prevenção 
de injúrias não intencionais. 
• Prescrito PrednisonaVO 30mg/dia.
“Manchas no corpo “ 
Manifestações HHeemmoorrrráággiiccaass 
EQUIMOSE 
PÚRPURA
• Sangramento subcutâneo que pode apresentar-se em 
cores que variam desde o vermelho escuro até verde, 
amarelo, púrpura ou preto, dependendo da duração da 
equimose e doa diferentes produtos ddee ddeeggrraaddaaççããoo ddaa 
hemoglobina encontrados. 
•As equimoses resultam de confluências de petéquias 
ou de hemorragias oriundas de vasos maiores do que 
os capilares. Quando múltiplas caracterizam 
desordens hemorrágicas e passam a ser chamadas 
coletivamente de púrpura.
• Sua presença habitualmente indica 
trombocitopenia, embora haja casos que não cursem 
ccoommeessssaa pprreerrrrooggaattiivvaa.. 
• É imprescindível buscar causa e avaliar gravidade 
das púrpuras trombocitopênicas, porque em geral há 
umpotencial hemorrágico associado.
•O risco de vida não está associado à púrpura 
cutânea, mas aos impactos que a trombocitopenia 
pode ter no tocante aa ssaannggrraammeennttoo eemm oouuttrrooss 
órgãos. 
• Púrpura com contagem normal de plaquetas, 
considerar possibilidade de se tratar de vasculite. 
Nesses caso as lesões cutâneas são frequentemente 
elevadas.
Doença autoimune adquirida e geralmente benigna, 
de etiologia pouco esclarecida que se caracteriza por 
trombocitopenia. 
 Em crianças: Causa mais comum de plaquetopenia. 
Incidência: 3-8 casos por 100.000 crianças/ ano. Faixa 
etária mais acometida: 2-5 anos de idade. Leve 
predomínio no sexomasculino. 
 Púrpura Trombocitopênica Idiopática, autoimune ou 
isoimune.
Etiologia: 
Apesar da etiologia desconhecida, reconhecem-se 
autoanticorpos, geralmente da classe IgG, direcionados a 
antígenos damembrana plaquetária. 
 Uma vez que a plaqueta aapprreesseennttaa uumm aannttiiccoorrppoo 
aderido à sua membrana, é reconhecida por macrófagos 
localizados no baço e em outras áreas de tecido 
reticuloendotelial, onde são destruídas, levando a um 
menor tempo de vida médio plaquetário e, 
consequentemente, a menores contagens de plaquetas 
circulantes.
Classificação: 
 Aguda: recuperação em menos de seis 
meses. 
 Crônica: persiste pormais de seismeses. 
 Recorrente: reativação ddaa ddooeennççaa aappóóss 
períodos de remissão demais de trêsmeses. 
Primária ou secundária – imunodeficiências, 
infecções, outras doenças reumatológicas e 
mais raramente neoplasias.
Quadro clínico: 
 Ocorre geralmente 2-3 semanas após um quadro 
infeccioso (viral ou bacteriano) ou vacinação. 
Manifestações clínicas: 
- Hematomas e petéquias, ssaannggrraammeennttoo eemm 
mucosas. 
- Plaquetopenia acentuada pode levar a quadros 
de sangramentos em outros órgãos. (SNC raro, porém 
commorbidade alta). 
- Outras manifestações clínicas são incomuns.
Quadro laboratorial: 
 Plaquetopenia com macroplaquetas no sangue 
periférico. 
 Leucograma é normal. 
Anemia se faz presente emalguns casos,mas deve-se 
atentar para sangramentos maciços e/ou outros 
possíveis diagnósticos diferenciais. 
 Exame deMO revela hiperplasia megariocítica.
Atentar para... 
 Visceromegalias. 
 Linfonodomegalias. 
 Sintomas B. 
...quando presentes pensar em outro diagnóstico 
possível.
Diagnóstico: 
O diagnóstico de PTI é de exclusão, sendo realizado com 
base na HC e no EF, além de hemograma completo e 
esfregaço de sangue periférico. 
O diagnóstico é realizado quando houver: 
 presença de trombocitopenia ((mmeennooss ddee 110000..000000//mmmm33)) 
isolada, sem alterações nas outras séries do hemograma e 
no esfregaço de sangue periférico e 
 ausência de outras condições clínicas que cursam com 
trombocitopenia, como infecções, doenças autoimunes, 
neoplasias, efeito adverso de medicamentos, entre outras. 
Realizado com base na plaquetopenia e no quadro clínico 
característico.
Diagnóstico: 
O exame de MO não é essencial, indicado para os 
casos que divergem da normalidade ou quando a PTI é 
refratária ao tratamento após trêsmeses de evolução. 
Diagnóstico diferencial: exames do grupo STORCH, 
incluindo anti-HIV, anti-HCV, FAN e Fator Reumatóide.
Diagnósticos Diferenciais: 
 Distúrbios de agregação plaquetária 
 Aplasia de medula óssea 
 Doenças rreeuummaattoollóóggiiccaass 
 Leucemias 
 Hiperesplenismo 
 Infecções 
 Coagulopatias de consumo.
Tratamento: 
 Indicado sempre que as plaquetas estiverem abaixo 
de 20.000 ou abaixo de 50.000 na presença de 
sangramento. 
A terapia medicamentosa é direcionada para controle 
precoce dos sintomas e redução do risco de 
sangramentos graves, não afetando o prognóstico a 
longo prazo. 
 Não há evidências definitivas da superioridade do 
tratamento medicamentoso sobre a observação 
criteriosa.
Tratamento: 
 Tratamento padrão: Prednisolona 2mg/kg/dia, 
por 2-3 semanas, com posterior redução gradual 
até a dose ideal para manter as plaquetas acima 
do nível de tratamento seja encontrada 
 Imunoglobulina humana intravenosa: 1 g/kg por 
dia, por via intravenosa, durante 1-2 dias (repetir 
no segundo dia se a plaquetometria estiver abaixo 
de 20.000/mm3). (Recomendação da Sociedade 
Britânica –mesma eficácia)
•Tratamento: 
Esplenectomia: deve ser reservada aos quadros 
refratários após um ano de tratamento, com pelo 
menos seis sangramentos importantes nesse 
período. 
• Deve ser evitada em menores de 6 anos. (vacinas: 
Haemophilus influenzae b, meningococo e 
pneumococo e recomenda-se profilaxia com 
penicilina até o início ou fimda adolescência.
Importante: 
 70% das PTIs na infância entram em remissão nos 
primeiros seis meses e 20% nos meses 
subsequentes. 
 55%% ccrroonniiffiiccaamm.. 
 5% são recorrentes. 
 Casos crônicos e recorrentes geralmente estão 
associados a outras doenças e ocorrem mais em 
crianças mais velhas.
PORTARIA SAS/MS Nº 715, DE 17 DE 
DEZEMBRO DE 2010 . 
 Diagnóstico Diferencial em Clínica Médica – 
French’s. Ed Medsi ,13ª ed. 
 Pediatria: Consulta Rápida. Paula Xavier 
Picon et al. Porto Alegre: Artemed, 2010.
Púrpura trombocitopênica imunológica: relato de caso

More Related Content

What's hot

Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17pauloalambert
 
Dengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor RobsonDengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor RobsonProfessor Robson
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticaSindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticapauloalambert
 
Doenças+exantemática
Doenças+exantemáticaDoenças+exantemática
Doenças+exantemáticablogped1
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Brenda Lahlou
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosadapab
 
Infecção de pele e partes moles
Infecção de pele e partes molesInfecção de pele e partes moles
Infecção de pele e partes molesProfessor Robson
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoPaulo Alambert
 
Icterícia Neonatal
Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal
Icterícia Neonatalblogped1
 
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoHipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoTaillany Caroline
 
Glomerulonefrites na infância
Glomerulonefrites na infânciaGlomerulonefrites na infância
Glomerulonefrites na infânciaLeonardo Savassi
 
Pneumonia Pediatria
Pneumonia PediatriaPneumonia Pediatria
Pneumonia Pediatriagiolamarao
 
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICAGLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICAFernanda Marinho
 
Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferroprivablogped1
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Vanessa Boeira
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacadapab
 

What's hot (20)

Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17
 
Estudo de caso - Dengue
Estudo de caso - DengueEstudo de caso - Dengue
Estudo de caso - Dengue
 
Dengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor RobsonDengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor Robson
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefriticaSindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
Doenças+exantemática
Doenças+exantemáticaDoenças+exantemática
Doenças+exantemática
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosa
 
Infecção de pele e partes moles
Infecção de pele e partes molesInfecção de pele e partes moles
Infecção de pele e partes moles
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso Sistêmico
 
Icterícia Neonatal
Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal
Icterícia Neonatal
 
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoHipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
 
Glomerulonefrites na infância
Glomerulonefrites na infânciaGlomerulonefrites na infância
Glomerulonefrites na infância
 
Pneumonia Pediatria
Pneumonia PediatriaPneumonia Pediatria
Pneumonia Pediatria
 
2 Anemias - Visão Geral
2  Anemias - Visão Geral2  Anemias - Visão Geral
2 Anemias - Visão Geral
 
Bronquite
BronquiteBronquite
Bronquite
 
Asma
AsmaAsma
Asma
 
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICAGLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
GLOMERULONEFRITE E SINDROME NEFRÓTICA
 
Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferropriva
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 

Similar to Púrpura trombocitopênica imunológica: relato de caso

Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)  Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO) Hospital de Câncer de Barretos
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IImarioaugusto
 
Introdução à Coagulação
Introdução à CoagulaçãoIntrodução à Coagulação
Introdução à CoagulaçãoGeydson Cruz
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosablogped1
 
capacitação em serviço dengue
capacitação em serviço denguecapacitação em serviço dengue
capacitação em serviço dengueAnestesiador
 
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdfPancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdfEmanuelJulioMiguel
 
PneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidade
PneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidadePneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidade
PneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidadeWevertRamaoCorreaDaS
 
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralTransplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralRenan Miranda Cavalcante
 
Trabalho Professora B.A.E.pptx
Trabalho Professora B.A.E.pptxTrabalho Professora B.A.E.pptx
Trabalho Professora B.A.E.pptxFabioGuedesMoreira
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia  2013Tétano com espasmo e apneia  2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Yvone Formiga
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Yvone Formiga
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaProfessor Robson
 

Similar to Púrpura trombocitopênica imunológica: relato de caso (20)

Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)  Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
Aula 3: Dra. Neysimélia Villela (Coord. do Serv. de TMO)
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue II
 
Em Tempos De Dengue
Em Tempos De DengueEm Tempos De Dengue
Em Tempos De Dengue
 
1692034819777.pdf
1692034819777.pdf1692034819777.pdf
1692034819777.pdf
 
A15v26n1
A15v26n1A15v26n1
A15v26n1
 
Doenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdfDoenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdf
 
Patologias gestacionais
Patologias gestacionaisPatologias gestacionais
Patologias gestacionais
 
Introdução à Coagulação
Introdução à CoagulaçãoIntrodução à Coagulação
Introdução à Coagulação
 
Sessão de artigo
Sessão de artigoSessão de artigo
Sessão de artigo
 
Caso clinico plect
Caso clinico  plectCaso clinico  plect
Caso clinico plect
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosa
 
capacitação em serviço dengue
capacitação em serviço denguecapacitação em serviço dengue
capacitação em serviço dengue
 
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdfPancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
Pancreatite Aguda_ap hospital_final.pdf
 
PneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidade
PneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidadePneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidade
PneumoniaComunitaria_Bernardo.pdf pneumonia adquirida na comunidade
 
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralTransplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
 
Trabalho Professora B.A.E.pptx
Trabalho Professora B.A.E.pptxTrabalho Professora B.A.E.pptx
Trabalho Professora B.A.E.pptx
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia  2013Tétano com espasmo e apneia  2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
 

More from blogped1

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericulturablogped1
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativablogped1
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...blogped1
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016blogped1
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vidablogped1
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciablogped1
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN blogped1
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infânciablogped1
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesblogped1
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Agudablogped1
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Mediablogped1
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facialblogped1
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016blogped1
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomablogped1
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.blogped1
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal blogped1
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...blogped1
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal blogped1
 

More from blogped1 (20)

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 

Recently uploaded

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 

Recently uploaded (7)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 

Púrpura trombocitopênica imunológica: relato de caso

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO F. BEZERRA (HOSPED) INTERNATO EM PEDIATRIA I – PED I . Coordenação: Dr. Leonardo Moura Ferreira de Souza Apresentação: Ddo. Luis Fellipe Revorêdo Ddo. Marcos Antônio Pinheiro Dda. Mariana Smith Conrado
  • 2.
  • 3.
  • 4. ANAMNESE F.L.N, sexomasculino, 2 anos e 10meses. QP: “Manchas no corpo” HDA Mãe refere que o paciente apresenta quadro de IVAS há alguns dias, sendo levado por este motivo ao PS há 8 dias onde foi medicado para infecção de garganta com Sulfametoxazol+Trimetoprima (5 dias). No momento da consulta, a mãe mostrou algumas equimoses –– jjooeellhhoo,, ccoossttaass ee orelha – que haviam aparecido após inicio do quadro respiratório, foi tranquilizada com a informação de que possivelmente eram fruto de alguma injúria que a criança sofrera. A medicação foi usada conforme orientação do médico, porém não houve melhora significativa do quadro respiratório e as equimoses haviam aumentado em tamanho e quantidade, atingindo todo o corpo, inclusive couro cabeludo. Nega febre e outros sangramentos.
  • 5. •Antecedentes pessoais fisiológicos (APF): nascido parto normal, a termo, PN: 3.500 g Cumprimento: 5500 ccmm PPCC;; 35cm Apgar: 9/9. Sem intercorrências •Antecedentes Pessoais Patológicos (APP) : NDN •Antecedentes Pessoais familiares (APF): Diabete; HAS. •Hábitos de vida- Reside em casa de alvenaria, Presença de instalações hidroelétricas e sanitárias. Agua tratada
  • 6. •Vacinação: atualizada •DNPM: adequado para idade •Alimentação: Leite mmaatteerrnnoo eexxcclluussiivvoo aattéé 66 meses. Complementado até 2 e½. •Alimentação atual com boa ingestão de proteínas, leguminosas, cereal (tubérculo), verduras e legumes
  • 7.
  • 8. •Peso : 13,8 (-2< Z 0) Estatura: 82cm (-2< Z 0) •BEG, eupnéico, acianótico, anictérico •AP: MVF , simétrico, sem ruídos adventícios FR: 288 iippmm •AVC: RCR em 2T Bulhas normofonéticas FC: 88bpm •Abdome: Flácido, sem visceromegalias Pele...
  • 9.
  • 10.
  • 11. Foram solicitados exames com urgência: Hemograma com plaquetas. PCR TTAAPP TTP Programado retorno com 24hrs para apresentar exames.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 18.
  • 19. •Paciente internado no Hospital de Pediatria Prof. Heriberto Ferreira Bezerra (HOSPED) , com diagnóstico de Púrpura Trombocitopênica Imunológica ((PPTTII)) eeGGeennggiivvoorrrraaggiiaa.. •Tratamento realizado: Pulsoterapia com IgIV (01 dose) eMetilprednisolona. •No 4º dia substituição por Prednisona oral (2mg/kg/dia)
  • 20.
  • 21. • Paciente apresentou reação a pulsoterapia com Metilprednisolona, que foi suspensa e substituída por terapia oorraall ccoommPPrreeddnniissoonnaa.. •Não apresentou febre nem novo episódio de sangramentos emmucosas. •Diversos hematomas e equimoses espalhadas pelo corpo.
  • 22. •Alta após cinco dias de internamento. • Exames na alta hospitalar: Hb: 10 Leucograma: 15.900 ((5511%%sseegg ee 3366%%lliinnff)) Plaquetas: 108.000 Ur: 19 Cr: 0,41 Alb: 4.22TGO/TGP: 35/14 •Orientação para seguimento ambulatorial e prevenção de injúrias não intencionais. • Prescrito PrednisonaVO 30mg/dia.
  • 23.
  • 24. “Manchas no corpo “ Manifestações HHeemmoorrrráággiiccaass EQUIMOSE PÚRPURA
  • 25.
  • 26. • Sangramento subcutâneo que pode apresentar-se em cores que variam desde o vermelho escuro até verde, amarelo, púrpura ou preto, dependendo da duração da equimose e doa diferentes produtos ddee ddeeggrraaddaaççããoo ddaa hemoglobina encontrados. •As equimoses resultam de confluências de petéquias ou de hemorragias oriundas de vasos maiores do que os capilares. Quando múltiplas caracterizam desordens hemorrágicas e passam a ser chamadas coletivamente de púrpura.
  • 27.
  • 28. • Sua presença habitualmente indica trombocitopenia, embora haja casos que não cursem ccoommeessssaa pprreerrrrooggaattiivvaa.. • É imprescindível buscar causa e avaliar gravidade das púrpuras trombocitopênicas, porque em geral há umpotencial hemorrágico associado.
  • 29. •O risco de vida não está associado à púrpura cutânea, mas aos impactos que a trombocitopenia pode ter no tocante aa ssaannggrraammeennttoo eemm oouuttrrooss órgãos. • Púrpura com contagem normal de plaquetas, considerar possibilidade de se tratar de vasculite. Nesses caso as lesões cutâneas são frequentemente elevadas.
  • 30.
  • 31. Doença autoimune adquirida e geralmente benigna, de etiologia pouco esclarecida que se caracteriza por trombocitopenia. Em crianças: Causa mais comum de plaquetopenia. Incidência: 3-8 casos por 100.000 crianças/ ano. Faixa etária mais acometida: 2-5 anos de idade. Leve predomínio no sexomasculino. Púrpura Trombocitopênica Idiopática, autoimune ou isoimune.
  • 32. Etiologia: Apesar da etiologia desconhecida, reconhecem-se autoanticorpos, geralmente da classe IgG, direcionados a antígenos damembrana plaquetária. Uma vez que a plaqueta aapprreesseennttaa uumm aannttiiccoorrppoo aderido à sua membrana, é reconhecida por macrófagos localizados no baço e em outras áreas de tecido reticuloendotelial, onde são destruídas, levando a um menor tempo de vida médio plaquetário e, consequentemente, a menores contagens de plaquetas circulantes.
  • 33. Classificação: Aguda: recuperação em menos de seis meses. Crônica: persiste pormais de seismeses. Recorrente: reativação ddaa ddooeennççaa aappóóss períodos de remissão demais de trêsmeses. Primária ou secundária – imunodeficiências, infecções, outras doenças reumatológicas e mais raramente neoplasias.
  • 34. Quadro clínico: Ocorre geralmente 2-3 semanas após um quadro infeccioso (viral ou bacteriano) ou vacinação. Manifestações clínicas: - Hematomas e petéquias, ssaannggrraammeennttoo eemm mucosas. - Plaquetopenia acentuada pode levar a quadros de sangramentos em outros órgãos. (SNC raro, porém commorbidade alta). - Outras manifestações clínicas são incomuns.
  • 35.
  • 36. Quadro laboratorial: Plaquetopenia com macroplaquetas no sangue periférico. Leucograma é normal. Anemia se faz presente emalguns casos,mas deve-se atentar para sangramentos maciços e/ou outros possíveis diagnósticos diferenciais. Exame deMO revela hiperplasia megariocítica.
  • 37. Atentar para... Visceromegalias. Linfonodomegalias. Sintomas B. ...quando presentes pensar em outro diagnóstico possível.
  • 38. Diagnóstico: O diagnóstico de PTI é de exclusão, sendo realizado com base na HC e no EF, além de hemograma completo e esfregaço de sangue periférico. O diagnóstico é realizado quando houver: presença de trombocitopenia ((mmeennooss ddee 110000..000000//mmmm33)) isolada, sem alterações nas outras séries do hemograma e no esfregaço de sangue periférico e ausência de outras condições clínicas que cursam com trombocitopenia, como infecções, doenças autoimunes, neoplasias, efeito adverso de medicamentos, entre outras. Realizado com base na plaquetopenia e no quadro clínico característico.
  • 39. Diagnóstico: O exame de MO não é essencial, indicado para os casos que divergem da normalidade ou quando a PTI é refratária ao tratamento após trêsmeses de evolução. Diagnóstico diferencial: exames do grupo STORCH, incluindo anti-HIV, anti-HCV, FAN e Fator Reumatóide.
  • 40. Diagnósticos Diferenciais: Distúrbios de agregação plaquetária Aplasia de medula óssea Doenças rreeuummaattoollóóggiiccaass Leucemias Hiperesplenismo Infecções Coagulopatias de consumo.
  • 41. Tratamento: Indicado sempre que as plaquetas estiverem abaixo de 20.000 ou abaixo de 50.000 na presença de sangramento. A terapia medicamentosa é direcionada para controle precoce dos sintomas e redução do risco de sangramentos graves, não afetando o prognóstico a longo prazo. Não há evidências definitivas da superioridade do tratamento medicamentoso sobre a observação criteriosa.
  • 42. Tratamento: Tratamento padrão: Prednisolona 2mg/kg/dia, por 2-3 semanas, com posterior redução gradual até a dose ideal para manter as plaquetas acima do nível de tratamento seja encontrada Imunoglobulina humana intravenosa: 1 g/kg por dia, por via intravenosa, durante 1-2 dias (repetir no segundo dia se a plaquetometria estiver abaixo de 20.000/mm3). (Recomendação da Sociedade Britânica –mesma eficácia)
  • 43. •Tratamento: Esplenectomia: deve ser reservada aos quadros refratários após um ano de tratamento, com pelo menos seis sangramentos importantes nesse período. • Deve ser evitada em menores de 6 anos. (vacinas: Haemophilus influenzae b, meningococo e pneumococo e recomenda-se profilaxia com penicilina até o início ou fimda adolescência.
  • 44. Importante: 70% das PTIs na infância entram em remissão nos primeiros seis meses e 20% nos meses subsequentes. 55%% ccrroonniiffiiccaamm.. 5% são recorrentes. Casos crônicos e recorrentes geralmente estão associados a outras doenças e ocorrem mais em crianças mais velhas.
  • 45. PORTARIA SAS/MS Nº 715, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010 . Diagnóstico Diferencial em Clínica Médica – French’s. Ed Medsi ,13ª ed. Pediatria: Consulta Rápida. Paula Xavier Picon et al. Porto Alegre: Artemed, 2010.