SlideShare a Scribd company logo
1 of 39
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
    CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
            CURSO DE FARMÁCIA

             Bruno Moraes Barros
       Orientadora: Profª. Drª. Nair Bizão
2
   País de origem - Índia.
   Propriedades
    antibacteriana, antifúngi
    ca, antiviral e
    antialérgica das folhas.
   Antiinflamatória e
    anticarcinogênica no
    caule.
   Tratamento do diabetes.
    (Sr. Sebastião).

                                3
*Migliato et al.; 2005   4
   “Fruto dos deuses”.




    Os três deuses principais do hinduísmo – Brahma, Vishnu e Shiva.
                                                                       5
Syzygium cumini - Taxonomia
                             Reino Plantae
                          Filo Magnoliophyta
                         Classe Magnoliopsida
                            Ordem Myrtales
                           Família Myrtaceae
                           Gênero Syzygium
                           Espécie S. cumini
*Bioprospecção em Eugenia jambolana (Myrtaceae) - Cristina Dametto (UNESP)   6
Objetivo geral

 Realizar estudos fitoquímicos preliminares de
 metabólitos secundários de interesse de
 extratos brutos hidroalcoólico e hexânico.



                                                  7
Objetivos específicos

 Coletar, identificar e montar exsicata de
 Syzygium cumini.

 Preparar extratos brutos e realizar análise
 fitoquímica.


                                                8
METABÓLITO                  POLAR        APOLAR
     SECUNDÁRIO               (ETANÓLICO)   (HEXÂNICO)

       TANINOS                       X
   *HETEROSÍDEOS
      TERPENOS                                  X
     CUMARINAS                       X
     SAPONINAS                                  X
      QUINONAS                                  X
    FLAVONÓIDES                                 X
     ALCALÓIDES                                 X
     CATEQUINAS                      X
*Depende da presença de hidroxilas                       9
METABÓLITO SECUNDÁRIO                      USO FARMACOLÓGICO
              TANINOS                            ANTIMICROBIANO
          HETEROSÍDEOS                            CARDIOTÔNICO
             TERPENOS                             ESPASMÓDICO
            CUMARINAS                            ANTICOAGULANTE
            SAPONINAS                             EXPECTORANTE
             QUINONAS                               LAXANTE
           FLAVONÓIDES                              ANTIVIRAL
            ALCALÓIDES                           ANTICOLINÉRGICO
            CATEQUINAS                            ANTIOXIDANTE

Importância da fitoquímica no uso terapêutico                       10
11
   Jamelão, jambolão, azeitona - preta.

   30 metros de altura.

   100 anos.

   Aclimada no Brasil.

                                           12
   Árvore frutífera, perenifólia.

   Copa frondosa, densa.

   Tronco geralmente tortuoso.

   Folhas simples, coriáceas, glabras, lustrosas,
    aromáticas (LORENZI et al.; 2002).

                                                     13
   Flores andróginas, actinomorfas, diclamídeas
    e polistêmones.

   Formadas entre setembro e novembro.

   Frutos oblongos, de sabor adocicado e
    adstringente.

   Amadurecimento de janeiro a maio.
                                                   14
   Pigmento tem um inconveniente: mancha
    mãos, tecidos e calçamentos.

   Atividade antibacteriana frente a 17 tipos de
    bactérias. Antibacteriana e antifúngica contra
    15 microorganismos testados (seis tipos de
    bactérias e nove tipos de fungos).

   (Profª. Cristina Dametto - UNESP).
                                                     15
*Lima et al.; 2011   16
 Metabólitos secundários

 Taninos - Substâncias fenólicas solúveis em
    água (POLAR).
   Controle de insetos, fungos e bactérias.
 Heterosídeos - Tratamento da insuficiência
    cardíaca (Polaridade dependente da presença
    ou ausência de hidroxilas suplementares)
   Digoxina e digitoxina.
                                                  17
 Cumarinas       -   derivadas   do   dicumarol
    (POLAR).

   Ex: Problemas de baço e estômago, náuseas
    e vômitos.

 Terpenos - derivam de unidades do isopreno
    (APOLAR).

   Pequi e jatobá.
                                                   18
Exemplos de Óleos essenciais   19
 Saponinas       - Glicosídeos de esteróides
    (APOLAR).

   Parte lipofílica e outra hidrofílica.




                                                20
 Quinonas - Produtos da oxidação de fenóis
    (APOLAR).

   Atividade laxante.




                                              21
   Flavonóides:
    biossintetizados a
    partir da via dos
    fenilpropanóides.
    (APOLAR).

   Protegem contra os
    raios UV,
    antioxidantes, ajudam
    na polinização.
                            22
   Alcalóides: compostos
    nitrogenados
    (APOLAR).

   Coniina (Sócrates).




                            23
24
   Coleta das folhas.

   Campus I da UFMT.

   Mês de março de 2012.

   10 horas da manhã.

   Registro do herbário:
    05577 (Profª. Maryland
    Sanches).

                             25
   Secagem, moagem.
   Pó das folhas (650g)
   Maceração por 7 dias.
   Filtragem, rotaevaporação
    (retirada de todo líquido).
   Extrato bruto (estufa).
    (componentes concentrados).

                                  26
   Solventes utilizados: etanol e hexano.

   1L cada um.

   Etanol - cerveja, vinho, aguardente.

   Hexano - muito volátil.

   Dores de cabeça, náuseas, tonturas.
                                             27
Maceração   Rotaevaporação   Extrato Bruto


                                             28
 Reagentes químicos


   FeCl3 (taninos).

   H2SO4 (heterosídeos).

   NH4OH (quinonas).

   HCl (alcalóides).
                            29
   KOH (cumarinas).

   Cartão opaco não
    fluorescente.

   CHCl3 (saponinas).

   Espuma abundante e
    persistente.


                         30
   NaOH (catequinas).
   (POLAR).

   Formação de
    precipitado
    avermelhado.

   Teste de alcalóides:
    Hager, Mayer e
    Dragendorff
                           31
32
Extrato           Cor            Odor         Consistência
Hidroalcoólico   Verde-escuro   Característico     Pastosa
  Hexânico       Verde-escuro   Característico     Líquida




                                                                33
Constituintes Químicos Extrato Hidroalcoólico   Extrato Hexânico
       Taninos                   +                     -
    Heterosídeos                 +                     -
      Terpenos                   +                     +
     Cumarinas                    -                    -
      Saponinas                   -                    +
      Quinonas                   +                     -
     Flavonóides                 +                     -
      Alcalóides                 +                     -
     Catequinas                  +                     -

                                                                   34
35
 Planta importante para a saúde humana.


 Relação  entre a polaridade dos extratos
  brutos e dos metabólitos secundários.

 Taninos - hidrolizáveis (hidroalcoólico).
 Catequinas - polares (hidroalcoólico).
 Saponinas - hidrofóbicas (hexânico).
 Terpenos - apolares (hexânico).
                                              36
 DAMETTO, A.C. Bioprospecção em Eugenia jambolana
  (Myrtaceae). 2010, 139f. Dissertação (Mestrado em Química),
  Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, 2010.
 ROMAGNOLO, M. B.; SOUZA, M. C. O gênero Eugenia L.
  (Myrtaceae) na planície de alagável do Alto Rio Paraná, Estados de
  Mato Grosso do Sul e Paraná, Brasil. Acta botanica brasilica, v.20,
  n.3 529-548, 2006.
 HELMSTADTER, A. Syzygium cumini (L.) SKEELS (Myrtaceae)
  against diabetes--125 years of research. Pharmazie, v. 63, n. 2, p.
  91-101, 2008.
 BRUNETON, J.; Elementos de Fitoquímica y de Farmacognosia,
  1ed. Zaragoza: Editorial ACRIBIA, 1991. 594 p.


                                                                        37
 ZUANAZZI, J. A. S.; MONTANHA, J. A. Flavonóides. In: SIMÕES,C.
  M. O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6
  ed., Porto Alegre : Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da
  UFSC, 2007, p. 578-609.
 LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e
  cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Volume 2. 2ª Edição.
  Instituto Plantarum de Estudos da Flora LTDA, 2002. Nova
  Odessa, SP.
 ARANTES, A. A. e MONTEIRO, R. A família Myrtaceae na Estação
  Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.
  Lundiana, v.3, n. 2, p.111-127, 2002.
 TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium, Compêndio de
  Fitoterapia. ed. 3. Curitiba: Herbarium Editora e
  Laboratório, 1997.

                                                                    38
“Semeie um ato, e você colhe um hábito.
Semeie um hábito e você colhe um caráter.
Semeie um caráter e você colhe um destino.”

Charles Reade
                                              39

More Related Content

What's hot

Conceitos Basicos de Microgiologia
Conceitos Basicos de MicrogiologiaConceitos Basicos de Microgiologia
Conceitos Basicos de MicrogiologiaIvson Cassiano
 
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificaçãoMicrobiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificaçãoJoão Marcos
 
Análise de Líquidos Corporais
Análise de Líquidos CorporaisAnálise de Líquidos Corporais
Análise de Líquidos CorporaisFábio Baía
 
Classificação e reprodução
Classificação e reproduçãoClassificação e reprodução
Classificação e reproduçãoJoão Monteiro
 
Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017
Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017
Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017sedis-suporte
 
Aula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologiaAula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologiaAdila Trubat
 
Apresentacao de plantas medicinais
Apresentacao de plantas medicinaisApresentacao de plantas medicinais
Apresentacao de plantas medicinaisDouglas Miranda
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃOINTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃOGeagra UFG
 
Anatomia e morfologia de folha
Anatomia e morfologia de folhaAnatomia e morfologia de folha
Anatomia e morfologia de folhaJanaína Baldêz
 
Controle Biológico
Controle BiológicoControle Biológico
Controle BiológicoJoão Felix
 

What's hot (20)

Conceitos Basicos de Microgiologia
Conceitos Basicos de MicrogiologiaConceitos Basicos de Microgiologia
Conceitos Basicos de Microgiologia
 
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificaçãoMicrobiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
 
Plantas medicinais
Plantas medicinaisPlantas medicinais
Plantas medicinais
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Análise de Líquidos Corporais
Análise de Líquidos CorporaisAnálise de Líquidos Corporais
Análise de Líquidos Corporais
 
Classificação e reprodução
Classificação e reproduçãoClassificação e reprodução
Classificação e reprodução
 
Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017
Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017
Ppt etapa 1 introducao_ao_estudo_de_plantas_medicinais_v14_10042017
 
Aula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologiaAula 1 conceitos gerais de parasitologia
Aula 1 conceitos gerais de parasitologia
 
Apresentacao de plantas medicinais
Apresentacao de plantas medicinaisApresentacao de plantas medicinais
Apresentacao de plantas medicinais
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
 
Micorrizas
MicorrizasMicorrizas
Micorrizas
 
Aula 2
Aula 2   Aula 2
Aula 2
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃOINTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
 
Olericultura e hortaliças
Olericultura e hortaliçasOlericultura e hortaliças
Olericultura e hortaliças
 
Aula 11 fungos
Aula   11 fungosAula   11 fungos
Aula 11 fungos
 
Anatomia e morfologia de folha
Anatomia e morfologia de folhaAnatomia e morfologia de folha
Anatomia e morfologia de folha
 
Fitoterapia racional
Fitoterapia racionalFitoterapia racional
Fitoterapia racional
 
Introdução à microbiologia
Introdução à microbiologiaIntrodução à microbiologia
Introdução à microbiologia
 
Controle Biológico
Controle BiológicoControle Biológico
Controle Biológico
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 

Similar to TCC (20)

Artigo bioterra v14_n1_08
Artigo bioterra v14_n1_08Artigo bioterra v14_n1_08
Artigo bioterra v14_n1_08
 
Artigo bioterra v17_n2_02
Artigo bioterra v17_n2_02Artigo bioterra v17_n2_02
Artigo bioterra v17_n2_02
 
Fitoterapia módulo ii
Fitoterapia   módulo iiFitoterapia   módulo ii
Fitoterapia módulo ii
 
01 aspectos fitoquimicos de tecidos foliares
01 aspectos fitoquimicos de tecidos foliares01 aspectos fitoquimicos de tecidos foliares
01 aspectos fitoquimicos de tecidos foliares
 
Artigo bioterra v14_n1_07
Artigo bioterra v14_n1_07Artigo bioterra v14_n1_07
Artigo bioterra v14_n1_07
 
Flavonoides
FlavonoidesFlavonoides
Flavonoides
 
Hormônios e defesa vegetal
Hormônios e defesa vegetalHormônios e defesa vegetal
Hormônios e defesa vegetal
 
Taxonomia, sistemática e principais grupos de algas e vegetais
Taxonomia, sistemática e principais grupos de algas e vegetaisTaxonomia, sistemática e principais grupos de algas e vegetais
Taxonomia, sistemática e principais grupos de algas e vegetais
 
Classificação taxonômica
Classificação taxonômicaClassificação taxonômica
Classificação taxonômica
 
Aula 1 introdução a microbiologia
Aula 1 introdução a microbiologiaAula 1 introdução a microbiologia
Aula 1 introdução a microbiologia
 
Terpenóides
TerpenóidesTerpenóides
Terpenóides
 
Faculdade asces (1)
Faculdade asces (1)Faculdade asces (1)
Faculdade asces (1)
 
Faculdade asces (2)
Faculdade asces (2)Faculdade asces (2)
Faculdade asces (2)
 
Terpenóides
TerpenóidesTerpenóides
Terpenóides
 
Toxicologia
ToxicologiaToxicologia
Toxicologia
 
Plantas medicinais-1-convertido (1)
Plantas medicinais-1-convertido (1)Plantas medicinais-1-convertido (1)
Plantas medicinais-1-convertido (1)
 
Artigo bioterra v15_n2_01
Artigo bioterra v15_n2_01Artigo bioterra v15_n2_01
Artigo bioterra v15_n2_01
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V2N1 2012
 

TCC

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA Bruno Moraes Barros Orientadora: Profª. Drª. Nair Bizão
  • 2. 2
  • 3. País de origem - Índia.  Propriedades antibacteriana, antifúngi ca, antiviral e antialérgica das folhas.  Antiinflamatória e anticarcinogênica no caule.  Tratamento do diabetes. (Sr. Sebastião). 3
  • 5. “Fruto dos deuses”. Os três deuses principais do hinduísmo – Brahma, Vishnu e Shiva. 5
  • 6. Syzygium cumini - Taxonomia Reino Plantae Filo Magnoliophyta Classe Magnoliopsida Ordem Myrtales Família Myrtaceae Gênero Syzygium Espécie S. cumini *Bioprospecção em Eugenia jambolana (Myrtaceae) - Cristina Dametto (UNESP) 6
  • 7. Objetivo geral  Realizar estudos fitoquímicos preliminares de metabólitos secundários de interesse de extratos brutos hidroalcoólico e hexânico. 7
  • 8. Objetivos específicos  Coletar, identificar e montar exsicata de Syzygium cumini.  Preparar extratos brutos e realizar análise fitoquímica. 8
  • 9. METABÓLITO POLAR APOLAR SECUNDÁRIO (ETANÓLICO) (HEXÂNICO) TANINOS X *HETEROSÍDEOS TERPENOS X CUMARINAS X SAPONINAS X QUINONAS X FLAVONÓIDES X ALCALÓIDES X CATEQUINAS X *Depende da presença de hidroxilas 9
  • 10. METABÓLITO SECUNDÁRIO USO FARMACOLÓGICO TANINOS ANTIMICROBIANO HETEROSÍDEOS CARDIOTÔNICO TERPENOS ESPASMÓDICO CUMARINAS ANTICOAGULANTE SAPONINAS EXPECTORANTE QUINONAS LAXANTE FLAVONÓIDES ANTIVIRAL ALCALÓIDES ANTICOLINÉRGICO CATEQUINAS ANTIOXIDANTE Importância da fitoquímica no uso terapêutico 10
  • 11. 11
  • 12. Jamelão, jambolão, azeitona - preta.  30 metros de altura.  100 anos.  Aclimada no Brasil. 12
  • 13. Árvore frutífera, perenifólia.  Copa frondosa, densa.  Tronco geralmente tortuoso.  Folhas simples, coriáceas, glabras, lustrosas, aromáticas (LORENZI et al.; 2002). 13
  • 14. Flores andróginas, actinomorfas, diclamídeas e polistêmones.  Formadas entre setembro e novembro.  Frutos oblongos, de sabor adocicado e adstringente.  Amadurecimento de janeiro a maio. 14
  • 15. Pigmento tem um inconveniente: mancha mãos, tecidos e calçamentos.  Atividade antibacteriana frente a 17 tipos de bactérias. Antibacteriana e antifúngica contra 15 microorganismos testados (seis tipos de bactérias e nove tipos de fungos).  (Profª. Cristina Dametto - UNESP). 15
  • 16. *Lima et al.; 2011 16
  • 17.  Metabólitos secundários  Taninos - Substâncias fenólicas solúveis em água (POLAR).  Controle de insetos, fungos e bactérias.  Heterosídeos - Tratamento da insuficiência cardíaca (Polaridade dependente da presença ou ausência de hidroxilas suplementares)  Digoxina e digitoxina. 17
  • 18.  Cumarinas - derivadas do dicumarol (POLAR).  Ex: Problemas de baço e estômago, náuseas e vômitos.  Terpenos - derivam de unidades do isopreno (APOLAR).  Pequi e jatobá. 18
  • 19. Exemplos de Óleos essenciais 19
  • 20.  Saponinas - Glicosídeos de esteróides (APOLAR).  Parte lipofílica e outra hidrofílica. 20
  • 21.  Quinonas - Produtos da oxidação de fenóis (APOLAR).  Atividade laxante. 21
  • 22. Flavonóides: biossintetizados a partir da via dos fenilpropanóides. (APOLAR).  Protegem contra os raios UV, antioxidantes, ajudam na polinização. 22
  • 23. Alcalóides: compostos nitrogenados (APOLAR).  Coniina (Sócrates). 23
  • 24. 24
  • 25. Coleta das folhas.  Campus I da UFMT.  Mês de março de 2012.  10 horas da manhã.  Registro do herbário: 05577 (Profª. Maryland Sanches). 25
  • 26. Secagem, moagem.  Pó das folhas (650g)  Maceração por 7 dias.  Filtragem, rotaevaporação (retirada de todo líquido).  Extrato bruto (estufa). (componentes concentrados). 26
  • 27. Solventes utilizados: etanol e hexano.  1L cada um.  Etanol - cerveja, vinho, aguardente.  Hexano - muito volátil.  Dores de cabeça, náuseas, tonturas. 27
  • 28. Maceração Rotaevaporação Extrato Bruto 28
  • 29.  Reagentes químicos  FeCl3 (taninos).  H2SO4 (heterosídeos).  NH4OH (quinonas).  HCl (alcalóides). 29
  • 30. KOH (cumarinas).  Cartão opaco não fluorescente.  CHCl3 (saponinas).  Espuma abundante e persistente. 30
  • 31. NaOH (catequinas).  (POLAR).  Formação de precipitado avermelhado.  Teste de alcalóides: Hager, Mayer e Dragendorff 31
  • 32. 32
  • 33. Extrato Cor Odor Consistência Hidroalcoólico Verde-escuro Característico Pastosa Hexânico Verde-escuro Característico Líquida 33
  • 34. Constituintes Químicos Extrato Hidroalcoólico Extrato Hexânico Taninos + - Heterosídeos + - Terpenos + + Cumarinas - - Saponinas - + Quinonas + - Flavonóides + - Alcalóides + - Catequinas + - 34
  • 35. 35
  • 36.  Planta importante para a saúde humana.  Relação entre a polaridade dos extratos brutos e dos metabólitos secundários.  Taninos - hidrolizáveis (hidroalcoólico).  Catequinas - polares (hidroalcoólico).  Saponinas - hidrofóbicas (hexânico).  Terpenos - apolares (hexânico). 36
  • 37.  DAMETTO, A.C. Bioprospecção em Eugenia jambolana (Myrtaceae). 2010, 139f. Dissertação (Mestrado em Química), Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, 2010.  ROMAGNOLO, M. B.; SOUZA, M. C. O gênero Eugenia L. (Myrtaceae) na planície de alagável do Alto Rio Paraná, Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, Brasil. Acta botanica brasilica, v.20, n.3 529-548, 2006.  HELMSTADTER, A. Syzygium cumini (L.) SKEELS (Myrtaceae) against diabetes--125 years of research. Pharmazie, v. 63, n. 2, p. 91-101, 2008.  BRUNETON, J.; Elementos de Fitoquímica y de Farmacognosia, 1ed. Zaragoza: Editorial ACRIBIA, 1991. 594 p. 37
  • 38.  ZUANAZZI, J. A. S.; MONTANHA, J. A. Flavonóides. In: SIMÕES,C. M. O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6 ed., Porto Alegre : Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da UFSC, 2007, p. 578-609.  LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Volume 2. 2ª Edição. Instituto Plantarum de Estudos da Flora LTDA, 2002. Nova Odessa, SP.  ARANTES, A. A. e MONTEIRO, R. A família Myrtaceae na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Lundiana, v.3, n. 2, p.111-127, 2002.  TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium, Compêndio de Fitoterapia. ed. 3. Curitiba: Herbarium Editora e Laboratório, 1997. 38
  • 39. “Semeie um ato, e você colhe um hábito. Semeie um hábito e você colhe um caráter. Semeie um caráter e você colhe um destino.” Charles Reade 39