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REALISMO
NATURALISMO
PARNASIANISMO
FINAL DO SÉCULO XIX
Jo
Gustave Coulbert
Contexto HistóricoContexto Histórico
Revolução Industrial
Cientificismo
Negação da burguesia como modelo
Eixos CientíficosEixos Científicos
Positivismo – Auguste Comte
Socialismo Científico – Karl Marx e Friedrich Engels
Evolucionismo – Charles Darwin
Psicanálise – Sigmund Freud
Determinismo – Hippolyte Taine
RealismoRealismo
Objetivismo
Contemporaneidade
Materialismo
Predomínio dos interesses convenientes
Romance documental
Ênfase no individual
Descrença na natureza humana
NaturalismoNaturalismo
Rebaixa a condição humana
Determinismo
Ação em função da natureza instintiva e ocasional
Ênfase no coletivo
Romance de tese
Temas acerca de patologias
ParnasianismoParnasianismo
Poesia estruturalmente fixas
Arte pela arte
Busca pela perfeição
Preciosismo
Descrição pormenorizada
Impessoalidade
Amor carnal
Apoio a modelo clássicos
A Tríade da Torre de MarfimA Tríade da Torre de Marfim
A expressão Torre de Marfim representa uma
atmosfera onde intelectuais se envolvem em
questionamentos desvinculados das preocupações
cotidianas e, por isso, tem uma conotação pejorativa.
Na literatura parnasiana temos a seguinte tríade:
Olavo Bilac
Alberto de Oliveira
Raimundo Correia
ALBERTO DE OLIVEIRA
(1857-1937)
Descrição pormenorizada
Objetividade
Culto da arte pela arte
Reverência à Antiguidade clássica
Perfeição formal
Rigidez métrica
Preciosismo
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
RAIMUNDO CORREIA
(1859 – 1911)
Temas típicos: a natureza, a perfeição
formal, a cultura clássica
Poesia filosófica, de meditação,
marcada pela desilusão e por um forte
pessimismo
Mal Secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"
OLAVO BILAC
(1865-1918)
Temas: o amor, o culto à pátria, a admiração pelo
trabalho e pelo progresso, o culto ao sacrifício e ao
heroísmo, a dor da saudade, a tentação do pecado
XIII
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Augusto dos Anjos
(1884 – 1914)
Autor apreciado pelo povo, mas ignorado pela
crítica. Apreciava elementos parnasianos,
simbolistas e pré-modernistas. Eis, daí, sua
difícil classificação.
PARNASIANISMO: apreciação pela forma, em
especial pelo soneto
SIMBOLISMO: gosto pelo mórbido, por metáforas
insólitas e pelo cósmico
NATURALISMO: linguagem cientificista e corrosiva
PRÉ-MODERNISMO
na tentativa de traduzir as sujeiras da vida
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

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  • 3. Contexto HistóricoContexto Histórico Revolução Industrial Cientificismo Negação da burguesia como modelo Eixos CientíficosEixos Científicos Positivismo – Auguste Comte Socialismo Científico – Karl Marx e Friedrich Engels Evolucionismo – Charles Darwin Psicanálise – Sigmund Freud Determinismo – Hippolyte Taine
  • 4. RealismoRealismo Objetivismo Contemporaneidade Materialismo Predomínio dos interesses convenientes Romance documental Ênfase no individual Descrença na natureza humana
  • 5. NaturalismoNaturalismo Rebaixa a condição humana Determinismo Ação em função da natureza instintiva e ocasional Ênfase no coletivo Romance de tese Temas acerca de patologias
  • 6. ParnasianismoParnasianismo Poesia estruturalmente fixas Arte pela arte Busca pela perfeição Preciosismo Descrição pormenorizada Impessoalidade Amor carnal Apoio a modelo clássicos
  • 7. A Tríade da Torre de MarfimA Tríade da Torre de Marfim A expressão Torre de Marfim representa uma atmosfera onde intelectuais se envolvem em questionamentos desvinculados das preocupações cotidianas e, por isso, tem uma conotação pejorativa. Na literatura parnasiana temos a seguinte tríade: Olavo Bilac Alberto de Oliveira Raimundo Correia
  • 8. ALBERTO DE OLIVEIRA (1857-1937) Descrição pormenorizada Objetividade Culto da arte pela arte Reverência à Antiguidade clássica Perfeição formal Rigidez métrica Preciosismo
  • 9. Vaso Chinês Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?... de um velho mandarim Também lá estava a singular figura. Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa.
  • 10. RAIMUNDO CORREIA (1859 – 1911) Temas típicos: a natureza, a perfeição formal, a cultura clássica Poesia filosófica, de meditação, marcada pela desilusão e por um forte pessimismo
  • 11. Mal Secreto Se a cólera que espuma, a dor que mora N'alma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste Em parecer aos outros venturosa!"
  • 12. OLAVO BILAC (1865-1918) Temas: o amor, o culto à pátria, a admiração pelo trabalho e pelo progresso, o culto ao sacrifício e ao heroísmo, a dor da saudade, a tentação do pecado
  • 13. XIII "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto ... E conversamos toda a noite, enquanto A via láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas."
  • 14. Augusto dos Anjos (1884 – 1914) Autor apreciado pelo povo, mas ignorado pela crítica. Apreciava elementos parnasianos, simbolistas e pré-modernistas. Eis, daí, sua difícil classificação.
  • 15. PARNASIANISMO: apreciação pela forma, em especial pelo soneto SIMBOLISMO: gosto pelo mórbido, por metáforas insólitas e pelo cósmico NATURALISMO: linguagem cientificista e corrosiva PRÉ-MODERNISMO na tentativa de traduzir as sujeiras da vida
  • 16. Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme - este operário das ruínas - Que o sangue podre das carnificinas Come, e á vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!