O documento apresenta um resumo sobre Informática em Saúde, abordando:
1) Uma breve história da Informática em Saúde, desde as máquinas tabuladoras no século XIX até os sistemas de informação hospitalares modernos;
2) A definição de Informática em Saúde como a aplicação da tecnologia da informação nas ciências médicas e biológicas;
3) A importância do uso da informática pelos profissionais de saúde para lidar com o grande volume de informações médicas.
1. Apresentação
Informática em Saúde
Profa. Dra. Lourdes Brasil
Profa. MSc. Camila Hamdan
2. Temas
Plano de Aula
A informação nos sistemas de saúde
Definições
Estado da Arte em Informática em Saúde
Banco de Dados/Sistemas de Informação
Prontuário Eletrônico do Paciente/Telemedicina
3. Pesquisa do INEP – Fev/2005
A Engenharia tem um mercado em expansão;
Ocupa atualmente o quarto lugar no ranking de todas
as faculdades, estando atrás apenas de
administração, direito e pedagogia;
O número de alunos que se matriculam por ano em
cursos de Engenharia é de 234.641 e o de
concluintes 45.800.
4. Profissões do Futuro – Maio/2005
Engenharia Biomédica: Uma Profissão Promissora
Fonte: Revista Exame, Edição 843
As carreiras mais promissoras para os próximos
dez anos
Carreira Perspectiva de aumento
Engenheiro ambiental 54%
Analista de sistemas e informações 42%
Conselheiro de finanças pessoais 36%
Administradores de banco de dados 33%
Engenheiro de software 28%
Engenheiro biomédico 28%
Relações públicas 28%
Administrador de infossistema 26%
Fonte: Bureau of Labor Statistics
5. Profissões do Futuro – Junho/2006
Fonte: Inova Engenharia – IEL/SENAI*
Propostas para Modernização da Educação em
Engenharia no Brasil
As carreiras mais promissoras para os próximos
dez anos
Engenharia Biomédica
*IEL – Instituto Euvaldi Lodi
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Nacional
11. Engenharia Biomédica na
FGA
O que é Engenharia Biomédica (ou
Bioengenharia)?
A Engenharia Biomédica é uma área
multidisciplinar que pode ser entendida
como a aplicação de métodos das Ciências
Exatas e de Engenharia no campo das
Ciências Médicas e Biológicas [SBEB].
12. Biomedicina
A Biomedicina estuda os seres vivos nos seus
diversos aspectos, como da bioquímica, biologia
molecular, farmacologia, anatomia, imunologia, etc.
Uma sólida fundamentação teórica e um adequado
conhecimento prático estão entre as características
mais importantes do biomédico. Isso permitirá uma
atuação competente no mercado de trabalho, na
pesquisa ou na emissão de laudos e pareceres.
14. • O termo Informática em Saúde
(Informática Médica) surgiu nos anos 70.
• A informática em saúde integra a
tecnologia da informação e as diferentes
áreas de atendimento à saúde.
• Informática em Saúde é a disciplina que
investiga a estrutura e as propriedades da
informação médica.
15. • A informática em saúde segundo Shortlife:
" é o campo científico que trata do
armazenamento, recuperação, e uso
otimizado da informação biomédica, dados, e
conhecimento para a resolução rápida de
problemas e tomada de decisões."
16. • A informática em saúde segundo Van
Bemmel:
"A Informática Médica compreende os aspectos
teóricos e práticos do processamento da
informação e comunicação, baseados no
conhecimento e na experiência derivada dos
processos em medicina e atendimento à
saúde."
17. • A Informática em Saúde é uma ciência:
– Contém um domínio onde uma teoria é
desenvolvida;
– Não é, meramente, uma ciência aplicada;
– Não é, unicamente, determinada por uma
tecnologia;
– Modelos são desenvolvidos para ilustrar e
provar teorias;
– Problemas são solucionados através de uma
maneira metódica, seguindo princípios
científicos de abstração e generalização.
18. • A informática em saúde desenvolve e
avalia métodos e sistemas para a
aquisição, processamento e interpretação
dos dados dos pacientes com o auxílio do
conhecimento que é obtido na pesquisa
científica.
19. Um Pouco de História...
• As máquinas tabuladoras, inventadas em
1890 por Hermann Hollerith para tabular o
censo dos EUA, são consideradas por
muitos como a gênese da revolução de
informação.
• As máquinas tabuladoras foram usadas
para processar informação médica, no
projeto de automatização das estatísticas
de altas hospitalares do estado de Nova
Iorque.
20. Um Pouco de História...
Uma tabuladora de cartões perfurados Hollerith
(Fonte: Revista Informática Médica vol.1, nº 5, 1998)
21. Um Pouco de História...
• No final da década de 40, um dos
primeiros computadores digitais modernos
foi usado na Alemanha para automatizar o
registro de tumores do hospital de
Heidelberg.
• Em 1966, surgiu o MEDLARS (Index
Medicus, um índice da literatura médica
mundial), primeiro sistema de informação
on-line disponível publicamente.
22. Um Pouco de História...
• Em 1972, o Dr. A. Octo Barnett da
Universidade Harvard, inventou a
linguagem MUMPS (Massachussetts
General Hospital Utility for
Multiprogramming Systems) voltada aos
bancos de dados médicos, que teve um
papel fundamental nos primeiros sistemas
de informação hospitalar e laboratorial.
23. Um Pouco de História...
• Em 1974, foi formalizada a disciplina de
informática médica, e esta passou a ser
crescentemente reconhecida como um
componente importante da prática global
de medicina.
• Em 1974, surgiu o MYCIN (um dos
primeiros sistemas especialistas de apoio
à decisão), desenvolvido pelo Dr. Edward
Shortlife de Stanford.
24. Um Pouco de História...
• Em 1986, o Dr. Donald Lindberg, um dos
"pais" da informática médica americana,
tornou-se o diretor da Biblioteca Nacional
de Medicina (NLM) e conduziu-a NLM
para grandes realizações:
– o refinamento adicional do MEDLINE (a base
de dados bibliográficos do MEDLARS);
– o desenvolvimento da base de imagens "Ser
Humano Visível";
– o financiamento de conexões à Internet para
hospitais rurais e de projetos de telemedicina.
25. Um Pouco de História...
• No início da década de 70, Luis Carlos
Lobo (professor da UFRJ) trouxe a
linguagem MUMPS para o Brasil e fundou
o Núcleo de Tecnologia de Educação em
Saúde, que iniciou a aplicação do PDP-11
em sistemas de apoio ao ensino.
27. Um Pouco de História...
• No hospital da UFRJ, foram desenvolvidos
os primeiros sistemas baseados em
microcomputadores, entre eles um
sistema de controle de farmácia.
28. Um Pouco de História...
• Em 1972, em Ribeirão Preto, no
Departamento de Fisiologia, Renato
Sabbatini e colaboradores deram início às
primeiras aplicações na análise de dados
fisiológicos, simulações aplicadas ao
ensino e pesquisa, utilizando os primeiros
microcomputadores e calculadoras
programáveis que estavam sendo
comercializados no país.
29. Um Pouco de História...
• A informática no complexo hospitalar da USP
teve início em 1975, com a PRODESP
(Companhia de Processamento de Dados de
SP), que instalou vários computadores e
terminais nos hospitais.
• Em 1976, no InCor, foram importados vários
minicomputadores HP e montados os primeiros
sistemas de monitoração fisiológica digital e de
apoio aos testes hemodinâmicos do país.
30. Um Pouco de História...
• O desenvolvimento da Informática em Saúde
brasileira passou por um grande ímpeto a partir
de 1983, com a criação de novos grupos
dedicados à esta área de pesquisa e ensino.
• Em 1986, surgiu a Sociedade Brasileira de
Informática em Saúde (SBIS), durante o I
Congresso Brasileiro de Informática em Saúde,
presidido pelo Dr. Renato Sabbatini.
31. Um Pouco de História...
• Desde 1998, a SBIS e vários centros de
pesquisa desenvolvem projetos com o MS
(DATASUS): o Cartão do SUS, a
padronização de componentes de
software e linguagens.
• Vários centros de pesquisa se envolveram
com projetos na Internet: Hospital Virtual
Brasileiro, e*pub, (NIB/UNICAMP), a
Universidade Virtual do CIS/EPM, etc.
32. Um Pouco de História...
• A disciplina de informática aplicada à saúde (em
nível de graduação e pós-graduação) foi
introduzida a partir de 1982 na:UFRGS, UFPR,
USP, USP-RP, EPM, UNICAMP, UFPE, UERJ,
UFRJ, etc.
• Alguns centros oferecem mestrado e doutorado
em associação com outras áreas de
concentração, principalmente engenharia
biomédica: UFRJ, UFSC, USP, UNICAMP,
UFPB, PUC-PR e outras.
33. Porque Usar a Informática?
• Uma pesquisa feita no Brasil mostrou que cerca
de 60 a 65% dos médicos brasileiros declaram
ter acesso a computadores.
(fonte: revista eletrônica Informática Médica,
vol. 2, nº 1, Jan/Fev 1999)
• Apenas 15% deste percentual, efetivamente,
utiliza os computadores para controle do
consultório, manutenção dos prontuários
clínicos, emissão de receitas, consultas à
bancos de dados, etc.
34. Porque Usar a Informática?
• Os profissionais de saúde lidam com um
grande volume e complexidade de
informação, e a qualidade e a eficácia da
assistência dependem diretamente do
acesso e manipulação da mesma.
35. Bibliografia
• Bemmel, J.H.V; Musen, M. A. – Handbook
of Medical Informatics,
http://www.mieur.nl/mihandbook/r_3_3/ha
ndbook/home.htm
• Informática Médica (Revista On-line), vol.
2, nº 1, 1999, disponível na URL:
http://www.epub.org.br/informaticamedica/i
ndex.html
36. Bibliografia
• Informática Médica (Revista On-line), vol.
1, nº 5, 1998, disponível na URL:
http://www.epub.org.br/informaticamedica/i
ndex.html
• BRASIL, Lourdes M. (Org.), Informática
em’Saúde. Editoras: Universa e Eduel,
2008.
38. Processamento da Informação
• Analisar a estrutura de um sistema de
processamento da informação.
• Apresentar as semelhanças e as
diferenças existentes entre o
processamento da informação realizado
pelo homem e pela máquina.
39. Processamento da Informação
Geral Atendimento Proc. Computacional
Observ. Coleta de Dados Entrada de Dados
do Paciente
Raciocínio Diagnóstico Processamento dos
Dados
Ação Terapia Geração da Saída
40. Processamento da Informação
Só faz sentido falar em processamento
da informação se o ser humano estiver
envolvido neste processo, seja na figura
do responsável pelo processamento em si
ou na figura do responsável pelo
fornecimento da informação a ser
processada.
41. Processamento dos Dados
• Computadores não processam
informações e sim dados.
• Apenas os seres humanos são capazes
de interpretar todos os dados, para que
estes se tornem informações.
42. Processamento dos Dados
Computadores processam informações
também, mas realizam, apenas, os
processamentos que podem ser
estruturados e generalizados.
43. Processamento dos Dados
No atendimento ao paciente, os
computadores não podem e não devem
substituir os processos de interpretação
realizados pelo profissional de saúde e
sim eles devem aumentar as capacidades
do cérebro humano.
44. Processamento dos Dados
• No atendimento ao paciente, um
computador pode:
– estender a memória do cérebro;
– aumentar sua capacidade de
processamento dos dados;
– melhorar a precisão e a consistência
do processamento de dados
realizado pelo cérebro.
45. Responsabilidades no Processamento
• No processamento da informação
realizado pelo computador, o homem
desempenha um papel importante e bem
específico:
– inicia o processo;
– prepara o processamento;
– interpreta os resultados.
46. Responsabilidades no Processamento
• No desenvolvimento ou na utilização de
um sistema de processamento de
informação:
– a responsabilidade do profissional
deve ser garantida;
– não deve ocorrer situações, na qual o
profissional se torne uma peça substituível
neste processo.
47. Responsabilidades no
Processamento
• Quando computadores são utilizados na
assistência à saúde, onde seres humanos
são ambos os sujeitos (profissionais de
saúde) e os objetos (pacientes) do
processamento da informação é
importante que saibamos balancear as
responsabilidades do homem e da
máquina.
48. Suporte ao Raciocínio Humano
• Na assistência à saúde, o raciocínio
(estágio 2 da atividade humana) e a ação
(estágio 3 da atividade humana) são
definidos por regras (leis definidas pelos
profissionais, através da prática) e teorias
(desenvolvidas através de processos
científicos).
49. Suporte ao Raciocínio Humano
• O computador pode fornecer suporte para
estruturarmos tanto os aspectos
científicos quanto os aspectos adquiridos
com a prática.
50. Suporte ao Raciocínio Humano
• A informática em saúde:
– formula regras;
– define leis;
– estrutura modelos
Fornecer a melhor maneira de
processar as informações.
Perigo: Possível tentativa de limitar
o conhecimento
51. Desenvolvimento na Assistência à
Saúde
• A introdução do uso de computadores na
assistência à saúde surgiu em paralelo
com a crescente preocupação com o
aumento assustador dos custos do
atendimento à saúde.
53. Desenvolvimento na Assistência à
Saúde
• A utilização de computadores no
atendimento à saúde é cada dia mais
enfatizada com o intuito de se buscar o
controle e a estabilização dos custos
gastos na assistência à saúde.
54. Desenvolvimento na Assistência à
Saúde
• Medida proposta para diminuir os custos no
atendimento à saúde:
– Enfatizar o atendimento primário (por ex. nos
postos de saúde) combinado com
profissionais de saúde equipados com
computadores.
Deslocamento do atendimento no hospital
para o atendimento primário e o atendimento
no domicílio.
55. Desenvolvimento na Assistência à
Saúde
• Medida proposta para diminuir os custos no
atendimento à saúde:
– Deslocamento do atendimento no hospital para o
atendimento primário e o atendimento no domicílio.
• colaboração entre fornecedores de atendimento suportados
por atendimento compartilhado baseado em computadores e
a troca eletrônica de dados do paciente
56. Desenvolvimento na Assistência à
Saúde
• Medida proposta para diminuir os custos
no atendimento à saúde:
– Deslocamento do atendimento no hospital
para o atendimento primário e o atendimento
no domicílio.
• tele-consultas
• sistemas de suporte à decisão
Tudo isto resulta na mudança das
tarefas realizadas pelos profissionais!
57. Aplicações de Computadores
Nível Sociedade Atend. à Saúde
1 Uso da Internet Tele-Consulta
2 Reserva de Registro no Hospital
Passagem Aérea
3 Imagens de Satélite Imagens de Raio X
4 Controle de Processo Monitoramento de
Paciente
5 Ferramentas CAD Planejamento de
Radioterapia
6 Modelo do Fluxo de Modelo da Circula-
Tráfico ção Sangüinea
59. Bibliografia
• Bemmel, J.H.V; Musen, M. A. – Handbook of Medical
Informatics. In capítulo 1.
http://www.mieur.nl/mihandbook/r_3_3/handbook/home.
htm
• http://www.researchgate.net/publication/12946774_The_
handbook_of_medical_informatics_and_its_web_site
• http://en.wikipedia.org/wiki/Book:Biomedicalnfor
matics
63. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Toda comunicação em um computador
para processar uma informação é
constituída:
– um remetente
– um canal de transmissão
– um destinatário
64. Proc. Humano x Proc. Máquina
• O processamento da informação no ser
humano é equivalente:
– mensagens são geradas
– mensagens são transportadas através do
sistema nervoso ou sistema hormonal
– mensagens são enviadas aos órgãos dos
sentidos
65. Proc. Humano x Proc. Máquina
• O processamento da informação no ser
humano é equivalente:
– o organismo se comunica com o meio
externo, através dos transportes físicos ou
químicos (voz, gestos e cheiro), tendo como
destinatários os cinco sentidos
66. Proc. Humano x Proc. Máquina
• A visão e a audição são os sentidos mais
importantes para a realização da
aquisição de informações do meio
externo.
• O olho humano é capaz de receber 3
milhões de bits (menor unidade de
informação), através da retina.
67. Proc. Humano x Proc. Máquina
• A habilidade humana para adquirir
imagens é impressionante, já que a
maioria das câmeras de televisão
possuem uma resolução bem mais baixa.
68. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Diferenças entre o processamento
humano e da máquina:
– O cérebro humano inicia o processo através
da retina que possibilita o processamento
paralelo da informação, já que possui mais de
1 milhão de nervos ligado ao córtex.
– A maioria dos computadores só possuem um
processador.
69. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Diferenças entre o processamento
humano e da máquina:
– Um neurônio pode ser comparado a menor
unidade de armazenamento de informação
em um computador (só armazena 1 bit).
– A capacidade de armazenamento de um
cérebro em termos de bits é estimada na
ordem de 1 milhão de bits por cm3.
70. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Diferenças entre o processamento
humano e da máquina:
– Capacidade total de armazenamento do
cérebro: 1012 bits ( 1 milhão de megabits).
Número de neurônios envolvidos: 1.5 x 1010.
– O compact disk possui uma capacidade de
armazenamento de: 5 x 109 bits.
71. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Diferenças entre o processamento humano e da
máquina:
– Os sentidos humanos não são capazes de coletar
muitas das informações importantes para identificar
um diagnóstico.
• Ultrasom de vários MHz que ultrapassa a escala perceptível
ao nosso ouvido
• ondas eletromagnéticas como raio X ou luz infravermelho
que estão fora do espectrum de luz visível.
72. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Diferenças entre o processamento
humano e da máquina:
– Os sentidos humanos não são capazes de
coletar muitas das informações importantes
para identificar um diagnóstico. Nesses casos
utilizamos um transdutor (transforma uma
grandeza analógica em uma tenção elétrica
correspondente. Exs.: microfone para
detecção de sons cardíacos).
73. Proc. Humano x Proc. Máquina
• Diferenças entre o processamento
humano e da máquina:
– Nem todos os dados adquiridos através dos
nossos sentidos contém informação.
74. Ciência da Informação
• É a ciência que faz uso de símbolos e suas
combinações, ou em geral, de uma linguagem.
• A linguagem natural é a maneira mais direta de
nos expressarmos.
• Utilizando a linguagem do computador nós nos
expressamos de uma forma mais estruturada.
75. Ciência da Informação
• A informação possui três diferentes
aspectos que estão, diretamente,
relacionados aos três estágios da
atividade humana e, particularmente, aos
três estágios do ciclo diagnóstico-
terapêutico (observação, diagnóstico e
terapia): sintático, semântico e
pragmático.
76. Aspecto Sintático
• Constitui a gramática ou sintaxe para a
descrição, armazenamento ou
transmissão de mensagens.
• A sintaxe descreve as regras de condução
para os transportadores da informação.
Exs.: conjunto de códigos ou símbolos, as
letras do alfabeto, a maneira que as
palavras devem ser soletradas.
77. Aspecto Sintático
• É fortemente relacionado ao transportador
da informação:
– a linguagem
– o tipo da imagem
– um biosinal.
• Aspecto Sintático Puro: Dado.
• Os dados não precisam ser interpretados
pelo destinatário.
78. Aspecto Sintático
• Muitas observações no campo da saúde
são apenas dados. Somente depois da
interpretação humana é que os dados
adquirem um significado.
79. Aspecto Semântico
• Relativo ao significado da mensagem.
• Está interessado apenas no significado
da informação para interpretação e
tomada de decisão.
• O significado só pode ser derivado se é
sabido o contexto da mensagem.
80. Aspecto Semântico
• Os profissionais de saúde lidam com o
aspecto semântico quando estão
definindo um diagnóstico.
• Mesmo que a mensagem tenha sido
transmitida sem qualquer distúrbio e está
sintaticamente correta, a interpretação
não é, necessariamente, não-ambígua.
81. Aspecto Semântico
• A linguagem natural permite a dedução de
vários significados, especialmente,
quando não conhecemos o contexto.
82. Aspecto Pragmático
• Toda interpretação de uma informação
tem uma intenção ou um objetivo a ser
alcançado.
• Muitos exemplos do uso de dados
ilustrando todos os três aspectos podem
ser encontrados nos registros de
pacientes.
83. Aspecto Pragmático
• Ex.: Em um registro do paciente não
apresenta um valor 8.2 sem estar ligado a
algum contexto. Como, por exemplo,
Hemoglobina: 8.2.
– As regras sintáticas (aspecto sintático)
definem que um valor seja precedido por uma
unidade.
84. Aspecto Pragmático
– O significado deste valor para o
acompanhamento do paciente (aspecto
semântico) depende se o valor é anormal,
dado um contexto (por exemplo, a idade do
paciente ou a história do paciente).
– O aspecto pragmático trata das ações que
necessitam serem realizadas (por exemplo,
transfusão de sangue, prescrição de dieta,
prescrição de medicamentos).
85. Informação
• A definição de informação segundo três
pioneiros da ciência da informação:
– Claude E. Shannon (1916): Informação é o
valor negativo do logaritmo da probabilidade
de ocorrência.
– Louis-Marcel Brillouim (1854-1948):
Informação é uma função da relação entre
possíveis erros ocorridos antes e depois da
recepção.
86. Informação
• A definição de informação segundo três
pioneiros da ciência da informação:
– Nobert Wierner (1894-1964): Informação é o
nome para o conteúdo do que é trocado com
o mundo externo.
87. Bibliografia
• Bemmel, J.H.V; Musen, M. A. – Handbook
of Medical Informatics. In capítulo 2.
http://www.mieur.nl/mihandbook/r_3_3/ha
ndbook/home.htm