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A sociedade de classes do séc. XIX
 
Indicadores de aprendizagem ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Burguesia
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Classes Médias
- camponeses ( proletariado rural) -operários ( proletariado urbano) Operariado / Proletariado
Como é que este tipo de sociedade se conseguiu implantar? Leitura do documento da página 65 ( doc. 99)
Como se caracterizava a sociedade do antigo Regime?
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Sociedade de Classes Baseia-se na igualdade jurídica estabelecida pelo Liberalismo; pelo respeito dos direitos naturais do Homem e pela liberdade individual em todos os sectores. As diferenças são determinadas não pelo nascimento, mas pelas capacidades individuais de cada um , profissão e poder económico. Permite a mobilidade ascendente e descendente.
[object Object]
Muitos burgueses receberam títulos de nobreza como recompensa. Um dito popular da época dizia:  «Foge cão, que te fazem barão!»
A sociedade de classes ,[object Object]
A sociedade de classes ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A cidade tornou-se o espaço da Burguesia: Foi nas cidades que  os burgueses construíram luxuosas residências.
O DESPERTAR DO TERCEIRO ESTADO Foi durante o século XIX que A Burguesia alcançou grande poder. Foram os burgueses que mais lutaram pelas ideias liberais e foi graças a eles, que a Revolução Liberal triunfou. Com a Revolução Industrial, os Burgueses aumentaram os seus lucros com as fábricas e com a produção mecanizada
A nova sociedade Liberal do s é c. XIX  é  constru í da com base numa s é rie de mudan ç as sociais que provocam altera ç ões no seu sistema. Deixa de se falar na sociedade onde os t í tulos e o nascimento significam tudo para se passar a falar numa sociedade de classes, mais abertas e flu í das, onde as hierarquias se determinam pelo lugar ocupado no processo de produ ç ão ou pela actividade profissional que praticam e por outras coisas como o grau cultural, o comportamento moral e religioso, a ideologia pol í tica ou o modo de vida. Esta sociedade est á  assente no liberalismo pol í tico onde h á  um reconhecimento da igualdade jur í dica de todos os homens perante a lei e liberdade pol í tica, al é m da aboli ç ão
de privil é gios de certas castas. Deste modo chega-se ao fim do predom í nio da aristocracia que, no entanto, atrav é s dos neg ó cios e do casamento, se mistura com a alta burguesia continuando a resistir  à s mudan ç as. H á  pois uma moderniza ç ão da sociedade devido ao desenvolvimento tecnol ó gico,  à  livre concorrência,  à  nova organiza ç ão do trabalho,  à  produ ç ão em massa,  à  urbaniza ç ão, aos sistemas de cr é dito e tamb é m ao desenvolvimento dos meios de comunica ç ão. A sociedade, agora apelidada de burguesa (o seu grupo dominante)  é  uma sociedade mais rica e complexa, com a cria ç ão de uma burguesia heterog é nea que não suprime o agravamento das condi ç ões de vida da classe oper á ria.  É  uma sociedade feita de conflitos sociais e onde cresce uma popula ç ão com poder de compra  –  as classes m é dias, e onde aparecem novas necessidades que fazem surgir novos servi ç os.
Lê o documento da pág. 106
[object Object],[object Object]
Defendem os valores da aristocracia, chegam a imit á -los, e preocupam-se com as artes e as ciências. A fam í lia  é  um valor importante e vivem em luxo e ostenta ç ão  e são pessoas activas na vida profissional. Praticam o mecenato e a filantropia  –  preocupam-se com a sociedade e patrocinam funda ç ões humanit á rias A hegemonia desta classe assenta em três enormes pilares de poder:
 
Música: Josh Groban
 
Vivem no luxo
Interior de uma casa burguesa
 
Frequentam as Universidades.
Frequentam a ópera e o Teatro
Nos tempos livres era chique passear nos jardins, como o “Passeio Público” em Lisboa ou o “Jardim de S. Lázaro”, no Porto.
No Verão “iam a banhos” nas praias de Sintra, Cascais e Foz ou iam para as “termas”.
Frequentavam bailes
As mulheres e homens da burguesia deviam saber comportar-se na sociedade. Gostavam de imitar a nobreza  na maneira de vestir e de falar.
Elas, eram graciosas e sensíveis e quando estavam em idade de casar eram apresentadas na alta sociedade em festas e bailes
Os homens eram cavalheiros e tinham de respeitar as damas.
Viver em sociedade exigia regras de conduta
Carlos Maria Eduarda
As “Boas Maneiras” ,[object Object]
 
 
[object Object],[object Object]
 
No século XIX as mulheres das famílias burguesas eram educadas para o casamento.
[object Object],[object Object]
[object Object]
Os guardanapos ainda não se usavam em toda a Europa . Em Portugal e no Brasil já existiam e em Inglaterra, convinha levar dois lenços : um de assoar e outro para limpar os dedos e a boca ao jantar ou ao almoço .  Não se devia arrotar, nem soprar a sopa enquanto quente, nem fazer barulho a comer … Também não se deviam palitar os dentes, nem falar enquanto se comia … pois os perdigotos podiam pousar na cara dos vizinhos .
O  vestuário da Burguesia era diferente do das classes populares
[object Object],As luvas e o leque eram considerados acessórios muito importantes. Usavam tecidos caros e coloridos, seguindo a moda francesa. Copiavam os figurinos das revistas da época.
Preocupavam-se com os chapéus, penteados, perfumes, bigodes encerados, patilhas, lenços ou gravatas e bengalas.
 
Os comportamentos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
.  Entre esta burguesia há uma nova moral convicta no lema de que cada um tem a sorte que merece. Desta maneira ser rico era motivo de orgulho e ser pobre era o resultado da preguiça e da ausência de talento e mérito- mito do self- made man
Andrew Carnegie nasce na Esc ó cia. O pai, mestre tecelão que trabalha  à  mão tecidos finos de linho adamascado, pertence  à  aristocracia do trabalho, mas a partir de 1842, a concorrência dos teares mecânicas redu-lo a pouco a pouco ao desemprego. A mãe faz pressão para que partam. O Novo Mundo est á  então cheio de promessas para o imigrante que tiver confian ç a em si pr ó prio. Principia aos 13 anos, como bobinador numa f á brica de algodão. 1, 20 d ó lares por semana, e depois numa forja. Durante doze anos, Andrew Carnegie trabalha nos caminhos  –  de  –  ferro e sobe escalões de hierarquia: a í  aprende o funcionamento de uma grande empresa e estabelece rela ç ões pessoais com os meios de neg ó cio de Pittsburgh. Em 1856, dirige o centro de triagem de Altoona; em 1859, com 24 anos, a Pensilvânia Railroad co nomeia -o director do seu ramo ocidental. As suas qualidades de gestor são j á  conhecidas; no princ í pio da Guerra de Secessão, restabelece as comunica ç ões ferrovi á rias com Washington. Contudo,  é  j á  atra í do noutras direc ç ões e toma participa ç ão em diversos neg ó cios: wagons-lits, petr ó leo, constru ç ão de pontes, etc. Acumula, assim, capital gra ç as a aplica ç ões sensatas efectuadas muitas vezes com dinheiro emprestado; os lucros são elevados para quem sabe escolher as boas ocasiões. Em 1856 abandona a condi ç ão de assalariados faz vida de capitalista. Carnegie utiliza imediatamente as suas qualidades de aud á cia e de oportunismo que lhe garantem superioridade sobre os seus concorrentes. Constr ó i a f á brica de siderurgia mais moderna, que ser á  constantemente aperfei ç oada; rodeia-se dos homens mais competentes da profissão. A razão de êxito de Carnegie  é  portanto,  é  esta furiosa energia que o leva a a fazer sempre prevalecer a qualidade e o progresso t é cnico.  Jean Heffer,  “ O leque das experiências ”
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Caricatura de Self-Made Man ” Self-Made Man ”:
 
 
Foi durante os vinte anos desse regime detestado e corruptor ; graças ao desenvolvimento dos meios de transporte, à liberdade das fábricas, à facilidade e à frequência dos contactos, graças aos progressos infelizmente, lentos ainda da instrução pública , à difusão das Luzes, graças, enfim ao tempo que é a potência mestre da História , que se formou de uma certa maneira , uma nova França. Esse mundo de pequenos proprietários, pequenos industriais, de pequenos lojistas, foi suscitado pelo movimento económico que acabo de indicar. Foi assim que se criaram essas boas camadas sociais , cujo aparecimento eu saudei um dia. Meus senhores, eu disse novas camadas sociais, não classes: é uma palavra má que eu nunca emprego. São essas camadas novas que formam a democracia desde que os homens sejam investidos do direito de escolher o seu governo. Discurso de Léon Gambetta , político francês 1- A que se deve segundo o autor o desenvolvimento das classes médias, na França? 2-que expectativa nutria o autor em relação a este grupo?
O meu pai era tecelão , a minha mãe ocupava-se da casa e dos campos com os meus avós. Sempre considerei a profissão de professor a mais bela das profissões . Certamente a influência da minha família foi preponderante nesta escolha : 1º porque os meus pais eram pouco instruídos ( e os meus avós analfabetos), falavam-me sempre dos benefícios da instrução; 2º , tal, como os meus pais, considerava invejável a profissão de professor , porque o ordenado era seguro e me parecia suficiente, enquanto na nossa casa debatíamo-nos  com poucos ganhos; 3º, ainda, pensava sobretudo, na dureza dos trabalhos rurais no Verão , no meu pai  puxando sem descanso a lançadeira num canto da cavalariça, a tecer os panos, de tal modo que passei a considerar o professor , um privilegiado  e sua profissão  pouco fatigante ( mudei de opinião depois!). Testemunho, citado por J. Ozouf 1-Que atractivos tinha a profissão de professor primário? 2-Por que era considerada uma profissão com futuro? 3-Compara o estatuto do professor no século XIX  com o da actualidade.
O desenvolvimento do sector terciário (comércio e serviços) cria as condições para a formação das  classes médias  urbanas.
[object Object]
As Classes M é dias As classes m é dias são um mundo heterog é neo, um conjunto de grupos sociais socioprofissionais diversificados que vivem do trabalho assalariado, da gestão de pequenas empresas ou de rendimentos modestos. Lê o doc. “ Colarinhos brancos” Não têm contacto com o meio produtivo manual nem controlam os grandes meios de produ ç ão. São modestos empres á rios da ind ú stria, trabalhadores do sector terci á rio donde se destacam os chamados  “ colarinhos brancos ”  (contabilistas, contramestres, escritur á rios, pequenos funcion á rios do Estado ou do privado, basicamente os empregados de escrit ó rio),
“ O s colarinhos brancos ” A situa ç ão do pequeno funcion á rio ou do empregado de escrit ó rio embora modesta, era infinitamente superior  à  do assalariado pobre. Não fazia trabalho f í sico. As mãos limpas e o colarinho branco colocavam-no, simbolicamente, que fosse do lado dos ricos. Envolvia-o normalmente a aura da autoridade p ú blica. Para in ú meras fam í lias de camponeses e trabalhadores, para quem não havia outras perspectivas de progresso de ascensão social, a pequena burocracia, o magist é rio ou o sacerd ó cio estavam, pelo menos em teoria, ao seu alcance. As profissões liberais eram praticamente inacess í veis; ser-se m é dico, advogado, professor, ou  “ outra pessoa educada exercendo uma mescla de actividades ”  exigia longos anos de estudo ou talento e oportunidades excepcionais. Existia apenas uma verdadeira oportunidade: o ensino elementar por leigos e religiosos. Não era de forma alguma insignificante, nos estados ocidentais, o n ú mero de professores recrutados entre os filhos de camponeses, artesãos e outras fam í lias modernas. Hosbawm,  A Era das Revolu ç ões 1-Que vantagens ofereciam as profissões  “de mãos limpas e colarinho branco”? 2-Que relação existe entre as classes médias e as altas camadas da sociedade? 3-Explica o papel da educação para as classes médias.
Têm como objectivo de vida a ascensão social e frequentam os meios de neg ó cio para se darem com a alta burguesia. Defendem valores como a seguran ç a no emprego e o respeito e admira ç ão pelo patrão. Al é m disto são pessoas bastante conservadoras e têm o sentido de ordem, estatuto e respeito pelas hierarquias, olhando com desconfian ç a o oper á rio.  Tudo o que lhe der estatuto  é  importante, a casa, a mulher (que não deve ser vistosa), a educa ç ão, a maneira de vestir e de se comportar, tudo isso  é  feito de maneira conservadora para mostrar a sua dignidade. A fam í lia  é  um valor defendido assim como o ensino pois estas classes prestavam exames que mostravam as suas aptências. possuidores de rendimentos ou profissionais liberais que vêm a sua profissão valorizar-se pelo seu saber cient í fico lhes conferir autoridade e estatuto.  Têm um grau de instru ç ão, um trajo e umas maneiras pr ó prias que os distingue do proletariado.
Análise iconográfica Que  valores estão aqui evidenciados? Justifica.
1- Quais são as peças do mobiliário que chamam à atenção ? Parece haver luxo, conforto, dificuldades? Justifica 2-Que papel cabe ao pai? Porquê ? Como se apresenta a mãe? E os filhos? 3- Qual o lugar da avó? 4- Explica , porque é que este quadro evidencia aspectos conservadores da burguesia.

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  • 10.
  • 11. Muitos burgueses receberam títulos de nobreza como recompensa. Um dito popular da época dizia: «Foge cão, que te fazem barão!»
  • 12.
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  • 14. A cidade tornou-se o espaço da Burguesia: Foi nas cidades que os burgueses construíram luxuosas residências.
  • 15. O DESPERTAR DO TERCEIRO ESTADO Foi durante o século XIX que A Burguesia alcançou grande poder. Foram os burgueses que mais lutaram pelas ideias liberais e foi graças a eles, que a Revolução Liberal triunfou. Com a Revolução Industrial, os Burgueses aumentaram os seus lucros com as fábricas e com a produção mecanizada
  • 16. A nova sociedade Liberal do s é c. XIX é constru í da com base numa s é rie de mudan ç as sociais que provocam altera ç ões no seu sistema. Deixa de se falar na sociedade onde os t í tulos e o nascimento significam tudo para se passar a falar numa sociedade de classes, mais abertas e flu í das, onde as hierarquias se determinam pelo lugar ocupado no processo de produ ç ão ou pela actividade profissional que praticam e por outras coisas como o grau cultural, o comportamento moral e religioso, a ideologia pol í tica ou o modo de vida. Esta sociedade est á assente no liberalismo pol í tico onde h á um reconhecimento da igualdade jur í dica de todos os homens perante a lei e liberdade pol í tica, al é m da aboli ç ão
  • 17. de privil é gios de certas castas. Deste modo chega-se ao fim do predom í nio da aristocracia que, no entanto, atrav é s dos neg ó cios e do casamento, se mistura com a alta burguesia continuando a resistir à s mudan ç as. H á pois uma moderniza ç ão da sociedade devido ao desenvolvimento tecnol ó gico, à livre concorrência, à nova organiza ç ão do trabalho, à produ ç ão em massa, à urbaniza ç ão, aos sistemas de cr é dito e tamb é m ao desenvolvimento dos meios de comunica ç ão. A sociedade, agora apelidada de burguesa (o seu grupo dominante) é uma sociedade mais rica e complexa, com a cria ç ão de uma burguesia heterog é nea que não suprime o agravamento das condi ç ões de vida da classe oper á ria. É uma sociedade feita de conflitos sociais e onde cresce uma popula ç ão com poder de compra – as classes m é dias, e onde aparecem novas necessidades que fazem surgir novos servi ç os.
  • 18. Lê o documento da pág. 106
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  • 20. Defendem os valores da aristocracia, chegam a imit á -los, e preocupam-se com as artes e as ciências. A fam í lia é um valor importante e vivem em luxo e ostenta ç ão e são pessoas activas na vida profissional. Praticam o mecenato e a filantropia – preocupam-se com a sociedade e patrocinam funda ç ões humanit á rias A hegemonia desta classe assenta em três enormes pilares de poder:
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  • 25. Interior de uma casa burguesa
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  • 28. Frequentam a ópera e o Teatro
  • 29. Nos tempos livres era chique passear nos jardins, como o “Passeio Público” em Lisboa ou o “Jardim de S. Lázaro”, no Porto.
  • 30. No Verão “iam a banhos” nas praias de Sintra, Cascais e Foz ou iam para as “termas”.
  • 32. As mulheres e homens da burguesia deviam saber comportar-se na sociedade. Gostavam de imitar a nobreza na maneira de vestir e de falar.
  • 33. Elas, eram graciosas e sensíveis e quando estavam em idade de casar eram apresentadas na alta sociedade em festas e bailes
  • 34. Os homens eram cavalheiros e tinham de respeitar as damas.
  • 35. Viver em sociedade exigia regras de conduta
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  • 42. No século XIX as mulheres das famílias burguesas eram educadas para o casamento.
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  • 45. Os guardanapos ainda não se usavam em toda a Europa . Em Portugal e no Brasil já existiam e em Inglaterra, convinha levar dois lenços : um de assoar e outro para limpar os dedos e a boca ao jantar ou ao almoço . Não se devia arrotar, nem soprar a sopa enquanto quente, nem fazer barulho a comer … Também não se deviam palitar os dentes, nem falar enquanto se comia … pois os perdigotos podiam pousar na cara dos vizinhos .
  • 46. O vestuário da Burguesia era diferente do das classes populares
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  • 48. Preocupavam-se com os chapéus, penteados, perfumes, bigodes encerados, patilhas, lenços ou gravatas e bengalas.
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  • 51. . Entre esta burguesia há uma nova moral convicta no lema de que cada um tem a sorte que merece. Desta maneira ser rico era motivo de orgulho e ser pobre era o resultado da preguiça e da ausência de talento e mérito- mito do self- made man
  • 52. Andrew Carnegie nasce na Esc ó cia. O pai, mestre tecelão que trabalha à mão tecidos finos de linho adamascado, pertence à aristocracia do trabalho, mas a partir de 1842, a concorrência dos teares mecânicas redu-lo a pouco a pouco ao desemprego. A mãe faz pressão para que partam. O Novo Mundo est á então cheio de promessas para o imigrante que tiver confian ç a em si pr ó prio. Principia aos 13 anos, como bobinador numa f á brica de algodão. 1, 20 d ó lares por semana, e depois numa forja. Durante doze anos, Andrew Carnegie trabalha nos caminhos – de – ferro e sobe escalões de hierarquia: a í aprende o funcionamento de uma grande empresa e estabelece rela ç ões pessoais com os meios de neg ó cio de Pittsburgh. Em 1856, dirige o centro de triagem de Altoona; em 1859, com 24 anos, a Pensilvânia Railroad co nomeia -o director do seu ramo ocidental. As suas qualidades de gestor são j á conhecidas; no princ í pio da Guerra de Secessão, restabelece as comunica ç ões ferrovi á rias com Washington. Contudo, é j á atra í do noutras direc ç ões e toma participa ç ão em diversos neg ó cios: wagons-lits, petr ó leo, constru ç ão de pontes, etc. Acumula, assim, capital gra ç as a aplica ç ões sensatas efectuadas muitas vezes com dinheiro emprestado; os lucros são elevados para quem sabe escolher as boas ocasiões. Em 1856 abandona a condi ç ão de assalariados faz vida de capitalista. Carnegie utiliza imediatamente as suas qualidades de aud á cia e de oportunismo que lhe garantem superioridade sobre os seus concorrentes. Constr ó i a f á brica de siderurgia mais moderna, que ser á constantemente aperfei ç oada; rodeia-se dos homens mais competentes da profissão. A razão de êxito de Carnegie é portanto, é esta furiosa energia que o leva a a fazer sempre prevalecer a qualidade e o progresso t é cnico. Jean Heffer, “ O leque das experiências ”
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  • 56. Foi durante os vinte anos desse regime detestado e corruptor ; graças ao desenvolvimento dos meios de transporte, à liberdade das fábricas, à facilidade e à frequência dos contactos, graças aos progressos infelizmente, lentos ainda da instrução pública , à difusão das Luzes, graças, enfim ao tempo que é a potência mestre da História , que se formou de uma certa maneira , uma nova França. Esse mundo de pequenos proprietários, pequenos industriais, de pequenos lojistas, foi suscitado pelo movimento económico que acabo de indicar. Foi assim que se criaram essas boas camadas sociais , cujo aparecimento eu saudei um dia. Meus senhores, eu disse novas camadas sociais, não classes: é uma palavra má que eu nunca emprego. São essas camadas novas que formam a democracia desde que os homens sejam investidos do direito de escolher o seu governo. Discurso de Léon Gambetta , político francês 1- A que se deve segundo o autor o desenvolvimento das classes médias, na França? 2-que expectativa nutria o autor em relação a este grupo?
  • 57. O meu pai era tecelão , a minha mãe ocupava-se da casa e dos campos com os meus avós. Sempre considerei a profissão de professor a mais bela das profissões . Certamente a influência da minha família foi preponderante nesta escolha : 1º porque os meus pais eram pouco instruídos ( e os meus avós analfabetos), falavam-me sempre dos benefícios da instrução; 2º , tal, como os meus pais, considerava invejável a profissão de professor , porque o ordenado era seguro e me parecia suficiente, enquanto na nossa casa debatíamo-nos com poucos ganhos; 3º, ainda, pensava sobretudo, na dureza dos trabalhos rurais no Verão , no meu pai puxando sem descanso a lançadeira num canto da cavalariça, a tecer os panos, de tal modo que passei a considerar o professor , um privilegiado e sua profissão pouco fatigante ( mudei de opinião depois!). Testemunho, citado por J. Ozouf 1-Que atractivos tinha a profissão de professor primário? 2-Por que era considerada uma profissão com futuro? 3-Compara o estatuto do professor no século XIX com o da actualidade.
  • 58. O desenvolvimento do sector terciário (comércio e serviços) cria as condições para a formação das classes médias urbanas.
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  • 60. As Classes M é dias As classes m é dias são um mundo heterog é neo, um conjunto de grupos sociais socioprofissionais diversificados que vivem do trabalho assalariado, da gestão de pequenas empresas ou de rendimentos modestos. Lê o doc. “ Colarinhos brancos” Não têm contacto com o meio produtivo manual nem controlam os grandes meios de produ ç ão. São modestos empres á rios da ind ú stria, trabalhadores do sector terci á rio donde se destacam os chamados “ colarinhos brancos ” (contabilistas, contramestres, escritur á rios, pequenos funcion á rios do Estado ou do privado, basicamente os empregados de escrit ó rio),
  • 61. “ O s colarinhos brancos ” A situa ç ão do pequeno funcion á rio ou do empregado de escrit ó rio embora modesta, era infinitamente superior à do assalariado pobre. Não fazia trabalho f í sico. As mãos limpas e o colarinho branco colocavam-no, simbolicamente, que fosse do lado dos ricos. Envolvia-o normalmente a aura da autoridade p ú blica. Para in ú meras fam í lias de camponeses e trabalhadores, para quem não havia outras perspectivas de progresso de ascensão social, a pequena burocracia, o magist é rio ou o sacerd ó cio estavam, pelo menos em teoria, ao seu alcance. As profissões liberais eram praticamente inacess í veis; ser-se m é dico, advogado, professor, ou “ outra pessoa educada exercendo uma mescla de actividades ” exigia longos anos de estudo ou talento e oportunidades excepcionais. Existia apenas uma verdadeira oportunidade: o ensino elementar por leigos e religiosos. Não era de forma alguma insignificante, nos estados ocidentais, o n ú mero de professores recrutados entre os filhos de camponeses, artesãos e outras fam í lias modernas. Hosbawm, A Era das Revolu ç ões 1-Que vantagens ofereciam as profissões “de mãos limpas e colarinho branco”? 2-Que relação existe entre as classes médias e as altas camadas da sociedade? 3-Explica o papel da educação para as classes médias.
  • 62. Têm como objectivo de vida a ascensão social e frequentam os meios de neg ó cio para se darem com a alta burguesia. Defendem valores como a seguran ç a no emprego e o respeito e admira ç ão pelo patrão. Al é m disto são pessoas bastante conservadoras e têm o sentido de ordem, estatuto e respeito pelas hierarquias, olhando com desconfian ç a o oper á rio. Tudo o que lhe der estatuto é importante, a casa, a mulher (que não deve ser vistosa), a educa ç ão, a maneira de vestir e de se comportar, tudo isso é feito de maneira conservadora para mostrar a sua dignidade. A fam í lia é um valor defendido assim como o ensino pois estas classes prestavam exames que mostravam as suas aptências. possuidores de rendimentos ou profissionais liberais que vêm a sua profissão valorizar-se pelo seu saber cient í fico lhes conferir autoridade e estatuto. Têm um grau de instru ç ão, um trajo e umas maneiras pr ó prias que os distingue do proletariado.
  • 63. Análise iconográfica Que valores estão aqui evidenciados? Justifica.
  • 64. 1- Quais são as peças do mobiliário que chamam à atenção ? Parece haver luxo, conforto, dificuldades? Justifica 2-Que papel cabe ao pai? Porquê ? Como se apresenta a mãe? E os filhos? 3- Qual o lugar da avó? 4- Explica , porque é que este quadro evidencia aspectos conservadores da burguesia.

Editor's Notes

  1. O triunfo das revoluções liberais em ambos os lados do Atlântico, o reconhecimento da igualdade de todos os cidadãos perante a lei e a progressiva universalização do direito de voto implicaram o desaparecimento da sociedade do Antigo Regime, estratificada em ordens baseadas em privilégios decorrentes do nascimento, e criaram condições para a emergência de uma sociedade de classes, teoricamente mais aberta e dinâmica, em que a mobilidade social ascendente era possível.
  2. A assunção do princípio da igualdade de direitos e o individualismo alicerçaram a convicção de que as diferenças individuais provinham de diferenças naturais, resultantes da inteligência e das capacidades de cada um, pelo que a ascensão social estava apenas dependente do mérito e da iniciativa individual.