3. Manuelino
• Reinado de D. Manuel I
– desenvolvimento de um novo estilo
artístico;
• novo gosto decorativo;
• conciliação do gótico com as tendências
do Renascimento.
– Período de intensa atividade
arquitetónica
• domínio religioso;
• domínio civil.
3
4. Manuelino
• Este novo estilo ficou conhecido
como manuelino.
– sobretudo caráter ornamental;
– utilização de novos processos
construtivos.
4
Portal da capela de S. Miguel
Universidade de Coimbra
1510
5. Manuelino
• Igreja-Salão (Hallenkirche)
– as naves (3) erguem-se à mesma altura;
– são cobertas por abóbadas de nervuras;
– sensação de unificação do espaço por uma única abóbada;
– Exemplo:
• Igreja do Convento de Jesus em Setúbal;
• Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Belém;
• Igreja Matriz de Arronches.
5
6. 6Igreja do Convento de Jesus em Setúbal
Igreja Matriz de Arronches
Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Belém
8. Manuelino
• Novos elementos decorativos
– vegetalistas
• folhas de loureiro, troncos de árvores, espigas de
milho, alcachofras…;
– Ligados aos descobrimentos
• Bóias, navios, cordas, conchas, corais…
– Símbolos régios
• esfera armilar, cruz de Cristo e escudo nacional
8
9. 9
Romãs, símbolo de fertilidade, na porta
lateral da Igreja Matriz da Golegã
Caracol esculpido no portal das Capelas
Imperfeitas, no Mosteiro da Batalha.
Dragão mordendo a sua própria cauda Velas e escudo nacional, Tomar
10. 10
Marinheiro na Gávea,
Igreja Matriz de Viana do Alentejo
Rinoceronte, Torre de Belém
Monstro marinho Figura humana (Diogo Arruda ?), Tomar
11. 11
Monstro e figura humana,
Claustro do Mosteiro dos Jerónimos
Animal com decoração
vegetalista, Claustro do Mosteiro dos
Jerónimos
Nau portuguesa,
Claustro do Mosteiro dos Jerónimos
Mestre Pedreiro,
Casa do Capítulo, Mosteiro da Batalha
25. Manuelino
• Mosteiro de Santa Maria de Belém
– iniciado no ano de 1502
– Responsáveis:
• Diogo Boitaca (até 1516) -> plano inicial
• João de Castilho (depois de 1517) -> altera o plano inicial e é o
responsável pelo portal sul, pelo claustro e pela cobertura de
abóbada nervurada da nave e cruzeiro.
25Jerónimos - Panorâmica
32. Manuelino
• Torre de Belém
– Plano de Francisco de Arruda;
– Exemplo:
• da arquitetura militar;
• de encenação do poder:
– assistir à partida e chegada
das armadas.
32
45. Novas tendências renascentistas
• Influência Renascentista
– é tardia devido à persistência do manuelino;
– fica-se a dever à chegada ao reino de artistas estrangeiros:
• arquitetos biscainhos Diogo e João de Castilho;
• escultores franceses Nicolau de Chanterenne e João de Ruão;
• pintores de origem flamenga.
– Ideias trazidas pelos bolseiros em Roma
• D. Miguel da Silva (c.1480-1556), embaixador português em
Roma, na Corte do papa Leão X, entre 1515 e 1525;
• Francisco de Holanda (1517-1585), grande divulgador da estética
italiana em Portugal.
45
47. Novas tendências renascentistas
• Francisco de Holanda (1517-
1585)
– foi humanista, arquitecto, escultor,
desenhador, iluminador, pintor, en
saísta, crítico de arte e historiador.
– Estudou em Roma entre 1538 e
1547, a expensas do rei D. João III;
– Frequentou o grupo de Vitória
Colonna, poetisa italiana;
– Conviveu
com Parmigianino, Giambologna e
Miguel Ângelo.
47
Auto-retrato de Francisco de Holanda,
De Aetatibus Mundi Imagines,
Biblioteca Nacional de
Espanha, Madrid, Espanha
49. Novas tendências renascentistas
• Escreve algumas obras onde expos a sua visão da arte.
49Da pintura Antiga Da fábrica que falece à cidade
de Lisboa
Do tirar polo natural
50. Novas tendências renascentistas
• Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa
– publicada pela primeira vez em 1571, em Lisboa;
– retrata a situação da cidade de Lisboa, propondo soluções
para alguns dos seus problemas urbanos à época
como, por exemplo, o do abastecimento de água:
50
Lisboa [...] onde todos os que bebem água, não tem mais de
um estreito chafariz para tanta gente [...] e deve de trazer a
Lisboa Água Livre que de duas léguas dela trouxeram os
Romanos, por condutas debaixo da terra, subterrâneos
furando muitos montes e com muito gasto e trabalho.
53. Novas tendências renascentistas
• Arquitetura
– introdução de elementos clássicos:
• colunas dóricas e jónicas, em estruturas construtivas já existentes.
– Existem pouco exemplos.
53
54. Novas tendências renascentistas
• Características:
– Simplificação das nervuras das abóbadas de cruzaria;
– Utilização de abóbadas de berço e de coberturas planas de
madeira;
– Substituição de contrafortes por pilastras laterais;
– Delimitação das naves por arcadas redondas, assentes em
colunas toscanas;
– Multiplicação dos frontões, das colunas e capiteis
clássicos;
– Expansão do modelo de igreja-salão;
– Utilização da planta centralizada.
54
55. Novas tendências renascentistas
• Igreja da Conceição, em Tomar (c.1535-c.1550)
– projetada por João de Castilho;
55Vista geral da fachada principal e lateral
67. Novas tendências renascentistas
67
• Casa dos Bicos
• Casa construída em 1523
• Encomendada por D.
Brás de Albuquerque;
• A fachada está revestida
de pedra aparelhada em
forma de ponta de
diamante, os "bicos“.
73. Novas tendências renascentistas
• Influência renascentista
– Através dos escultores franceses:
• Nicolau de Chanterenne (c.1470-1551);
• João de Ruão (?-1580)
• Filipe Hodart (act. 1529-1536).
– Escultores portugueses:
• Diogo Pires, o Moço (act. 1511 e 1535).
73
74. Novas tendências renascentistas
• Nicolau de Chanterene (act. 1516-1551)
– Realizou:
• Escultor de origem francesa;
• Passou por Itália e Espanha;
• Realiza:
– o grupo escultórico do portal principal do Mosteiro dos
Jerónimos;
– os túmulos de D. Afonso Henriques e D. Sancho I, na Sé Velha
de Coimbra.
74
81. Novas tendências renascentistas
• João de Ruão
– Escultor francês;
– Trabalha em Coimbra, entre 1528 e 1580;
– Realiza:
• a Porta Especiosa da Sé Velha de Coimbra;
• as figuras de David, da Virgem e Isaías da fachada da igreja de
Santa Cruz;
• o retábulo da Sé da Guarda.
81
89. Novas tendências renascentistas
• Diogo Pires, o Moço
– Escultor português;
– Obra dividida em duas fases:
• primeira, mais claramente manuelina;
• uma segunda, mais renascentista.
– Manteve contatos com Nicolau de Chanterenne:
• as obras passam a revelar maior cuidado no tratamento das
figuras;
• procura atingir um maior naturalismo na representação.
89
95. Novas tendências renascentistas
• Pintura
– Beneficiou:
• das riquezas que afluíam ao reino;
• patrocínio régio.
– intercâmbio com pintores flamengos:
• contribuiu para uma renovação pictural;
• Introdução de novos modelos plásticos.
95
97. Novas tendências renascentistas
• Francisco Henriques
– veio da Flandres;
– atividade entre 1503 e 1518;
– características:
• A sua obra assemelha-se à pintura flamenga no cromatismo
intenso;
• Tens características próprias no traço largo das composições.
97
101. Novas tendências renascentistas
• Jorge Afonso
– Foi o responsável pela oficina mais importante de
Lisboa, entre 1509 e 1540;
– Foi pintor de D. Manuel I;
– Participa na formação de outros pintores como Gregório
Lopes, Cristóvão de Figueiredo e Garcia Fernandes.
– Características:
• Rigor anatómico;
• Cuidado nos panejamentos das figuras.
101
106. Novas tendências renascentistas
• Gregório Lopes (1490-1550)
– Em 1513, Gregório Lopes já exercia o ofício de pintor;
– Em 1514, trabalhava na Oficina de Jorge Afonso, em
Lisboa, sendo casado com uma filha deste, Isabel Jorge.
– Características:
• responsável pela introdução de novas conceções estéticas;
• as suas figuras possuem maior dinamismo e naturalidade.
106
112. Novas tendências renascentistas
• Vasco Fernandes (1475-1542)
– conhecido como Grão Vasco;
– responsável pela realização dos retábulos da Sé de Lamego
e da Sé de Viseu;
– mantem contactos com D. Miguel da Silva;
– na sua obra são visíveis a influência da pintura e da gravura
alemã, em especial de Dürer.
112
113. 113
Vasco Fernandes,
Adoração dos reis Magos,
Retábulo da Sé de Viseu
c. 1501
130,2 x 79 cm,
Óleo sobre madeira,
Museu Grão Vasco, Viseu
120. Novas tendências renascentistas
• Cristóvão de Figueiredo
– Encontra-se documentado de 1515 a 1543;
– Tinha oficina e morava em Lisboa;
– Foi aluno da oficina lisboeta, orientada por Jorge Afonso;
– trabalhou para o rei D. João III;
– trabalhou como examinador de pintores em 1515.
120
121. 121
Cristóvão de Figueiredo
O Imperador Heráclio com a Santa
Cruz ou Exalçamento da Santa
Cruz
1522 - 1530
149 x 129,5 cm
Óleo sobre madeira de carvalho
Museu Nacional de Machado de
Castro
129. 129
Mestre do Retábulo de Santa Auta, Martírio das mil virgens
1520, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
130. 130
Mestre da Lourinhã,
S. João Batista no deserto
1515
Óleo sobre madeira,
Museu da Santa Casa da Misericórdia,
Lourinhã
131. 131
Mestre da Lourinhã,
S. João em Patmos
Óleo sobre madeira,
Museu da Santa Casa da
Misericórdia,
Lourinhã
132. 132
Autor desconhecido, Inferno ,
Portugal, 1º terço do século XVI (1505-1530), A 119 x L 217,5 cm, Óleo sobre madeira de carvalho
Conventos extintos em 1834, Museu Nacional de Arte Antiga
133. 133
Autor desconhecido
São Tiago combatendo os Mouros
Retábulo da Vida de São Tiago
1520 d.C. - 1530 d.C.
A 130 x L 85 cm,
Óleo sobre madeira de carvalho
Museu Nacional de Arte Antiga