Cultura do Palácio - Renascimento e Maneirismo em Portugal
Tendências Culturais entre o Naturalismo e as Vanguardas
1. História A
Tendências Culturais:
Entre o Naturalismo e as Vanguardas
Prof. Carlos Vieira
2. Modernismo em Portugal
• 2ª metade do séc. XIX – 1ª do Séc XX
– Período de instabilidade:
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3. Modernismo em Portugal
• 2ª metade do séc. XIX – 1ª do Séc XX
– Período de instabilidade:
• Mapa Cor-de-Rosa
• Perturbações marcadas pela ditadura de João Franco;
• Contestação dos republicanos;
• Regicídio;
• Implantação do regime republicano;
• Intervenção na I Guerra Mundial;
• Instauração do Estado Novo.
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4. Modernismo em Portugal
• As artes foram as mais prejudicadas.
– Desfasamento cronológico entre os movimentos artísticos
europeus e o conhecimento dos artistas portugueses;
– As obras produzidas estavam ligadas as mentalidades da
altura;
– Os compradores tinham pouco conhecimento da arte.
– Pouca projecção dos seus artistas.
– Ensino submetido a tradição.
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5. Modernismo em Portugal
• Tendências
– Apesar da permanência no naturalismo houve alguma
contestação no campo da literatura.
– Foi a partir destas inconformistas que se começou a falar
de modernismo:
• pintura - 1915
• Arquitectura -1925-30
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6. Modernismo em Portugal
• Literatura
– Eça de Queirós (1845-1900)
– António Nobre (1867-1900)
– Florbela Espanca (1894-1930)
– Mário de Sá Carneiro (1890-1916)
– Fernando Pessoa (1888-1935)
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7. Modernismo em Portugal
• Música
– Viana da Motta (1868-1948)
– Alfredo Keil (1850-1907)
– Luís de Freitas Branco (1890-1955)
– Fernando Lopes Graça (1906-1994)
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8. Modernismo em Portugal
• Artes Plásticas
– José Malhoa;
– Pousão;
– Antonio Carneiro;
– Amadeu da Souza-Cardoso;
– Almada Negreiros;
– Eduardo Viana
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9. Modernismo em Portugal
• Arquitectura
– Ventura Terra (1866-1919);
– Adães Bermudes (1864-1948);
– Marques da Silva (1869-1947);
– …
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10. Modernismo em Portugal
• A partir de 1900
– ocorreram vários eventos artísticos:
• Exposição livre 1911
• Exposição de humoristas e dos modernistas
1912
• Museu nacional de arte contemporânea 1911
• Presença dos Delaunay em Portugal uma
influência para os artistas a partir 1915
• Concurso do pavilhão de Portugal 1900
• Sociedade de arquitectos portugueses 1902
• Prémios de Valmor de arquitectura 1902
Sónia e Robert Delaunay
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13. Modernismo em Portugal
• Tendências
– Os pintores dos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX
conheceram as correntes artísticas europeias mas
continuaram ligados ao naturalismo.
– O naturalismo continuou a agradar e a ser feito por
monárquicos, republicanos, fascistas, liberais e
democráticos.
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14. Modernismo em Portugal
• Novidades
– Alguns procuraram novos caminhos:
• uns como laivos impressionistas, como Malhoa e
especialmente Pousão que se aproxima de Manet e Pissarro.
• outros seguiram o modelo e o sentir simbolista e
expressionista como António Carneiro;
• outros ainda perseguiram varias correntes…
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16. Modernismo em Portugal
• 1ª Geração Modernista
Eduardo Viana
1881-1967
Amadeo de Souza-Cardoso Almada Negreiros Santa-Rita
1887-1918 1893-1970 1889-1918
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17. Modernismo em Portugal
• Eduardo Viana - 1881-1967
– Inicialmente era um pintor
naturalista de cenas e costumes
mas cedo enveredou pelo
protocubismo cezanniano em
termos de forma.
– Em 1915 conheceu orfismo e os
Delaunay e passou a produzir
quadros inspirados na plástica
órfica.
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18. Modernismo em Portugal
Eduardo Viana
A revolta das bonecas - 1916
óleo sobre tela
114 x 132 cm
Museu do Chiado (Lisboa)
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19. Modernismo em Portugal
Eduardo Viana
As três abóboras - 1919
óleo sobre tela
134 x 117,5 cm
Colecção particular (Lisboa)
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20. Modernismo em Portugal
Eduardo Viana
k4. O quadro do azul - 1916
óleo sobre tela
45 x 56 cm
Centro de Arte Moderna (Lisboa)
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21. Modernismo em Portugal
Eduardo Viana
Nu, 1925
óleo sobre tela, 96 x 146 cm
Museu do ChiadoVieira
Prof. Carlos (Lisboa)
22. Modernismo em Portugal
Eduardo Viana
Nu, 1925
óleo sobre tela, 96 x 146 cm
Centro de Arte Moderna (Lisboa)
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23. Modernismo em Portugal
• Amadeo de Souza-Cardoso -
1887-1918
– Obra caracterizada pela
experimentação de varias
correntes, do naturalismo ao
expressionismo e ao cubo-
futurismo.
– Participou em exposições em Paris,
Berlim e Nova Iorque.
– Contactou com Picasso, Braque e o
casal Delaunay.
– Ficou celebre pelas suas mascaras,
pelas naturezas mortas, pelas
paisagens e pelas violas.
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24. Modernismo em Portugal
– A mistura harmónica do cubismo, do futurismo, do
expressionismo e de laivos do abstraccionismo dificulta a
classificação das suas obras.
– Foi também inovador pelos materiais utilizados (pasta de
óleo, areias) e pelo recurso a colagem (fósforos, ganchos
de cabelo, estilhaços de espelho) pela simulação cubista da
introdução de letras.
– Sem uma corrente única, era essencialmente apaixonado
pelo movimento, pela velocidade pela febre da vida
moderna.
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25. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Saut du Lapin, 1911
óleo sobre tela
50 x 61,3 cm
The Art Institut of Chicago
Chicago, E.U.A.
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26. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Retrato de Francisco Cardoso, c. 1912,
óleo sobre cartão
35 x 27 cm
Museu Municipal Souza-Cardoso
Amarante
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27. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Menina dos Cravos, 1913
óleo sobre madeira
40 x 29 cm
Museu do Caramulo, Caramulo
Prof. Carlos Vieira
28. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Cozinha da Casa de Manhouce , 1913
óleo sobre madeira
29,2 Carlos Vieira
Prof. x 49,6 cm
Centro de Arte Moderna / Fund. Gulbenkian, Lisboa
29. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Pintura
Óleo sobre madeira
1916
Centro de Arte Moderna José Azeredo
Perdigão
Prof. Carlos Vieira
30. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Procissão Corpus Christi , 1913
óleo sobre madeira
29 x 50,8 cm
Centro de Arte Moderna / Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa,
31. Modernismo em Portugal
Amadeo de Souza-Cardoso
Canção Popular a Russa e o Fígaro, c. 1916
óleo sobre tela
80 x 60 cm
Centro de Arte Moderna / Fund. Gulbenkian
Prof. Carlos Vieira
32. Modernismo em Portugal
• Guilherme Santa Rita - 1889-1918
– Conhecido por Santa Rita Pintor.
– Em 1912 definia-se como pintor
futurista. Vagueou entre o desafio
conceptual e a pintura futurista
italiana.
– É difícil analisar a sua obra pois
mando-a destruir antes de morrer,
havendo poucas excepções como a
Cabeça.
– Foi um agitador de ideias, um
inovador no campo estético e o
organizador da revista Portugal
Futurista em 1917.
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33. Modernismo em Portugal
Santa Rita
Cabeça , c. 1910
óleo sobre tela
65,3 x 46,5 cm
Col. Ministério da Cultura, Lisboa
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34. Modernismo em Portugal
• Almada Negreiros - 1893-1970
– Exerceu um importante papel na
cena política do nosso 1ª
modernismo, possuía uma
personalidade excêntrica e original.
– Passou nos anos20 por uma pintura
arte nova e o abstraccionismo entre
a modernidade futurista e as raízes
portuguesas.
– Foi também cenógrafo, bailarino,
caricaturista, pintor e dinamizador
nomeadamente das revistas Orpheu
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e Portugal Futurista. Prof. Carlos Vieira
35. Modernismo em Portugal
Almada Negreiros
Fernando Pessoa, 1954
óleo sobre tela
201 x 201 cm
Museu da Cidade (Lisboa)
Prof. Carlos Vieira
36. Modernismo em Portugal
Almada Negreiros
Auto-Retrato num Grupo, 1925
óleo sobre tela, 130 x 197 cm
Prof. Carlos Vieira
Centro de Arte Moderna (Lisboa)
37. Modernismo em Portugal
Almada Negreiros
Maternidade, 1935
óleo sobre tela
100 x 100 cm
Centro de Arte Moderna (Lisboa)
Prof. Carlos Vieira
41. Modernismo em Portugal
• 2ª Geração Modernista
– Escritores
José Régio João Gaspar Simões Adolfo Casais
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Prof. Carlos Vieira Monteiros 41
42. Modernismo em Portugal
– Pintores
• Dórdio Gomes
• Mário Eloy
• Sarah Afonso
• Carlos Botelho
• Abel Manta
• Vieira da Silva
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46. Modernismo em Portugal
Dordio Gomes
Dordio Gomes, Éguas de manada, Casas de Malakoff – Óleo sobre Tela,
1929, óleo sobre tela, 106 x 126 cm 53,4 x 65,2 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
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47. Modernismo em Portugal
Mário Eloy, Nú, Mário Eloy, O Poeta e o anjo,
1932, óleo sobre tela 1938, óleo sobre tela
Prof. Carlos Vieira
48. Modernismo em Portugal
Sarah Afonso, Auto-retrato Sarah Afonso, A Sereia
1927, 64 x 53,7 cm 1939 103 x 86 cm
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49. Modernismo em Portugal
Carlos Botelho, Ramalhate de Lisboa Carlos Botelho, Lisboa e o Tejo, Domingo
1935, óleo sobre tela 1935, óleo sobre tela
101 x 72,3 cm, Museu da Cidade 71 x 100 cm, Museu do Chiado (Lisboa)
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50. Modernismo em Portugal
Abel Manta, Rua de S. Bernardo Abel Manta, Jogo de Damas
1928, óleo sobre tela 1927, óleo sobre tela,
43 x 39 cm, Col. João Abel Manta 106 x 116 cm, Museu do Chiado (Lisboa)
(Lisboa)
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51. Modernismo em Portugal
Vieira da Silva, As Bandeiras Vermelhas
1939, óleo sobre tela
80 x 140 cm, Kunstammlung, Düsseldorf, Alemanha Vieira da Silva, O Passeante Invisível
1949-51, óleo sobre tela,
132 x 168 cm,
Museum of Modern Art (San Francisco, EUA)
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53. Modernismo em Portugal
• I metade do Séc. XX
– Manutenção do naturalismo;
– António Teixeira Lopes é o principal
escultor deste período.
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54. Modernismo em Portugal
António Teixeira Lopes António Teixeira Lopes
Monumento a Eça de Queirós A Viúva 54
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1903 1893
55. Modernismo em Portugal
• Escultores Modernistas
Francisco Franco Diogo de Macedo Canto da Maia
1885 -1955 1889 -1959 1890-1981
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56. Modernismo em Portugal
• Características;
– Simplificação geométrica das formas e dos volumes;
– Busca da essencialidade plástica;
• A partir dos anos 30, a escultura submete-se à
estética do Estado Novo.
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57. Modernismo em Portugal
Francisco Franco Francisco Franco Francisco Franco
Torso de Mulher D. João III Cristo-Rei
1922 1949-1959 57
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62. Modernismo em Portugal
• Arquitectos
Cottinelli Telmo
1897-1948
Luís Cristino da Silva Carlos Ramos Porfírio Pardal Monteiro
1869-1976 1897-1969 1897-1957
Cassiano Branco
Prof. Carlos Vieira
1897-1970 62 62
84. Modernismo em Portugal
• Alterações Políticas:
– O agravamento da situação político-
económica e social e a ascensão das forças
reaccionárias e nacionalistas irão impor a
partir de 1926 o Estado Novo, que asfixiou o
primeiro modernismo português.
– Alguns pintores sobrevivem trabalhando
como ilustradores e gráficos;
– Reúnem-se em cafés como A Brasileira e o
Bristol Club;
– Depois de 1930 o modernismo ganhou
definitivamente estatuto mas era uma arte
tutelada pelo estado o que fez com que
visemos um “modernismo tranquilo”.
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