O documento discute a leitura da arte e crítica, apresentando conceitos de Montesquieu sobre o gosto, a metodologia triangular de ensino de arte de Ana Mae Barbosa, e a influência do crítico Giorgio Vasari na história da arte.
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A leitura da arte montesquieu
1. A LEITURA
DA ARTE
[MONTESQUIEU, O Gosto,
1730]
Profa. Caroline Casali
UFSM/CESNORS
2. O GOSTO -
MONTESQUIEU
A alma desfruta três espécies de
prazeres:
• Extraído de sua existência (da alma);
• Resultado de sua união com o corpo;
• Vem de inclinações e preconceitos que
instituições, usos e hábitos lhe impuseram.
4. O GOSTO -
MONTESQUIEU
Se eu sinto prazer em ver algo que me
parece útil, digo se tratar de algo “bom”.
+ ÚTIL = BOM
5. O GOSTO -
MONTESQUIEU
Se sinto prazer em ver algo sem nele
reconhecer uma real utilidade, dizemos se
tratar de algo “belo”.
+ INÚTIL = BELO
6. O GOSTO -
MONTESQUIEU
GOSTO
AQUILO QUE NOS LIGA A UMA COISA
ATRAVÉS DO SENTIMENTO ,
considerando que mesmo as coisas
relacionadas ao conhecimento e ao intelecto
também nos levam a sentir. Quando a alma
vê uma coisa, ela sente, e não há coisas tão
intelectuais que ela não possa ver e, por
conseguinte, sentir.
7. O GOSTO -
MONTESQUIEU
DAS CARACTERÍSTICAS DO
GOSTO
CURIOSIDADE
ORDEM
SIMETRIA
CONTRASTE
8. DAS CARACTERÍSTICAS
DO GOSTO
CURIOSIDADE
o prazer proporcionado por um
objeto nos faz querer ver outro, é
por isso que a alma sempre
procura coisas novas .
Sempre daremos prazer à alma
quando lhe dermos a ver várias
coisas, ou mais coisas do que ela
está esperava ver.
9. DAS CARACTERÍSTICAS
DO GOSTO
ORDEM
Não basta mostrar muitas
coisas à alma, é preciso fazê-
lo com ordem, para que nos
lembremos do que vimos e
comecemos a imaginar o que
veremos.
10. Mesmo que na bagunça de
uma guerra, os pintores
sempre pintam em primeiro
plano algo que os olhos
possam distinguir, deixando
a confusão para o fundo da
tela.
11. DAS CARACTERÍSTICAS
DO GOSTO
SIMETRIA
Uma das maiores causas dos
prazeres da alma é a facilidade de
percebê-los e a simetria facilita
isso, poupando-lhe esforços. Regra
geral: onde a simetria é útil à alma,
se torna agradável, mas onde for
inútil, torna-se enfadonha porque
elimina a variedade.
12. É da natureza da alma
que um todo seja
completo, por isso um
edifício com apenas uma
única ala, ou com uma ala
mais curta que a outra é
como um corpo humano
sem um braço, é
imperfeito.
13. DAS CARACTERÍSTICAS
DO GOSTO
CONTRASTE
Pés dispostos da mesma forma são
insuportáveis, afinal nosso corpo
tem movimento e a repetição deles
torna-se cansativa. É preciso,
portanto, introduzir contraste nas
atitudes. Porém, o contraste
perpétuo acaba se tornando
uniformidade.
14. DAS CARACTERÍSTICAS
DO GOSTO
SURPRESA
A alma aprecia todos os prazeres que
advém da surpresa, pelo espetáculo e
imediatez da ação. A alma percebe ou
sente algo que não esperava. Por isso,
atraem-nos os jogos de azar: exibem-
nos uma seqüência contínua de eventos
inesperados.
15. A LEITURA DA ARTE
- CRÍTICA-
CRÍTICA DA ARTE = existem diferentes maneiras de
se trabalhar conceitos, movimentos ou trajetórias
individuais. E todo conhecimento sobre arte passa pela
relação da arte com a leitura da obra de arte.
16. A LEITURA DA ARTE
- CRÍTICA-
ANA MAE BARBOSA (BRASIL)
Em 1987 desenvolveu o primeiro programa educativo do
gênero. Consiste no ensino de Arte em três abordagens:
Metodologia Triangular
Contextualização histórica;
Fazer artístico;
Apreciação artística (leitura da obra de arte)
18. A LEITURA DA ARTE
- CRÍTICA-
OBRAS REVELADAS
Por JORGE COLI
(um dos mais importantes pesquisadores
brasileiros de Arte)
Que leituras Edilson fez da obra?
Com base em que?
19. A LEITURA DA ARTE
- CRÍTICA-
GIORGIO VASARI
– a crítica da arte -
Seus escritos e biografias de artistas mudaram o que
conhecemos a respeito da História da Arte.
Ele foi o primeiro grande crítico da história, responsável
por registros importantes dos feitos de artistas
bizantinos e renascentistas.
20. Descrevam, em 2 pgs, sua
leitura de uma obra de arte,
tentando articular variáveis da
crítica de Vasari, percepções
como as de Edilson e
elementos do Gosto,
propostos por Montesquieu.
MODIGLIANI (1917)
CARIBÉ (1985)
PICASSO