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PLANEJAMENTO DO ENSINO
PRINCÍPIOS DIDÁTICOS E MODOS DE ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO PEDAGÓGICO
CURRÍCULO INCLUSIVO
Resultado das orientações dos documentos
oficiais, da prática dos professores e do
contexto em que a escola se encontra.
O que é praticado no cotidiano da escola é que,
de fato, constitui o currículo.
A prática docente resulta das concepções
acerca do que se deve ensinar, estas tem por
base tanto os documentos curriculares quanto
em textos de estudo, formações, experiência de
trabalho, conhecimento dos conteúdos
escolares, resultados de avaliações e escolhas
de estratégias de ensino.
Tecendo a teia
 As concepções que constituem o currículo inclusivo
influenciam no planejamento e nos processos de
mediação dos professores, estes, por sua vez são
pautados em princípios didáticos.
 Então um problema se apresenta...NEM SEMPRE OS
DOCENTES TEM CONSCIÊNCIA ACERCA DOS
PRINCÍPIOS QUE REGEM SUA PRÁTICA.
 Solução??? QUANTO MAIS CONSCIÊNCIA, MAIS
AUTONOMIA NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO E
REALIZAÇÃO DA AÇÃO DIDÁTICA.
Um estudo de caso
 Em um estudo sobre os princípios didáticos que regiam as práticas de duas
professoras do quinto ano do Ensino Fundamental de escolas municipais de ensino
de Recife e Jaboatão dos Guararapes, Lima (2011) identificou princípios
fundamentais que levaram a autora a considerar que as professoras analisadas
tinham uma dinâmica centrada em uma perspectiva sociointeracionista de ensino.
A partir desse estudo ela identificou 10 princípios subjacentes a maior parte das
aulas das professoras. São eles:
(1) ensino reflexivo – as professoras estimulavam as crianças a refletir sobre os
conhecimentos, evitando situações em que estes eram simplesmente transmitidos por
elas;
(2) ensino centrado na problematização – as professoras planejavam atividades
em que as crianças eram desafiadas a resolver problemas diversos; havia desafios
que motivavam as crianças a querer aprender;
(3) ensino centrado na interação em pares – as professoras priorizavam
situações em que a aprendizagem se dava por meio da interação em grandes grupos,
em pequenos grupos, em duplas; as atividades individuais sempre culminavam em
momentos de socialização e discussão;
(4) ensino centrado na explicitação verbal – as crianças eram estimuladas a falar
sobre o que pensavam, a responder perguntas; elas não tinham medo de errar
porque sabiam que podiam dizer o que pensavam sem passar por constrangimentos;
entendiam que todos estavam aprendendo;
(5) favorecimento da argumentação – as crianças eram estimuladas a expor e
justificar suas opiniões; os diferentes pontos de vista na sala de aula eram
confrontados; as professoras valorizavam as posturas de respeito, mas com
explicitação das diferentes possibilidades de pensar sobre os conhecimentos;
(6) sistematização dos saberes – as professoras realizavam atividades
de sistematização dos conhecimentos ensinados; havia momentos de
sínteses em relação aos conhecimentos acumulados, seja por meio de
exposições breves, seja por meio de registro coletivo das aprendizagens
realizadas;
(7) valorização dos conhecimentos dos alunos – as docentes
frequentemente realizavam atividades para saber o que as crianças
pensavam sobre os conteúdos que estavam sendo ensinados; utilizavam
tais conhecimentos para planejar as atividades e como ponto de partida
nos momentos de resolução de problemas; as professoras estimulavam as
crianças a expor seus conhecimentos, valorizando o que elas diziam;
investiam também no aumento da autoestima das crianças;
(8) incentivo à participação dos alunos – as professoras se dirigiam às
crianças quando percebiam que elas estavam apáticas, sobretudo as
crianças mais tímidas ou que não tinham iniciativa de participação nas
atividades;
(9) diversificação de estratégias didáticas – as professoras realizavam
vários tipos de atividades para contemplar um determinado conteúdo; elas
diversificavam tanto os recursos didáticos quanto as atividades;
(10) ensino centrado na progressão – as docentes contemplavam um
mesmo conteúdo em aulas diferentes, aumentando o grau de dificuldade.
 As aulas foram desenvolvidas a partir de uma sequência didática
envolvendo a reflexão, leitura e produção de reportagens e foram
realizadas palas professoras Ana Rita Aguiar de Oliveira e Maria Selma
de Melo, em escolas de Recife e Jaboatão.
 As docentes realizaram atividades de leitura e discussão de reportagens
sobre preconceito, adoção, ataques de tubarões e saneamento básico,
assim como mediaram situações de produção de reportagens que
compuseram o jornal mural da escola.
 Além dos objetivos relativos à ampliação de conhecimentos sobre os
temas, objetivava-se, também, familiarizar as crianças com o suporte
jornal, ajudá-los a caracterizar o gênero reportagem e desenvolver
estratégias de leitura e produção de textos.
 Foram realizadas entrevistas com 51 crianças, com o objetivo de saber
a opinião delas sobre as aulas. As entrevistas, que eram realizadas logo
após as aulas, tratavam das opiniões das crianças sobre o que tinham
vivenciado: O que você achou da aula de hoje? De que parte da aula
você mais gostou? Por quê? De qual parte não gostou? Por quê?
As respostas,
eles gostavam das aulas quando:
• os conteúdos eram importantes para a vida;
• as atividades eram boas;
• havia vários tipos de atividades;
• a ordem das atividades era interessante;
• os assuntos trabalhados em uma aula também eram ensinados em outras
aulas;
• alguns assuntos eram de duas “matérias” (componentes curriculares);
• as atividades não eram muito difíceis;
• a professora ajudava a realizar a atividade;
• a professora explicava “direito”;
• os textos eram bons;
• a professora percebia se a turma estava aprendendo;
• conseguiam aprender.
O que isso nos mostra sobre o
planejamento do professor e sobre as
crianças???
 Nos mostra que as crianças estavam atentas e que a prática foi
realizada de modo sistemático, organizado, dinâmico e que as crianças
se sentiram motivadas e se envolveram e foram capazes de monitorar
suas próprias aprendizagens.
 Quando as aulas são bem planejadas, os estudantes se envolvem
mais.
 Os princípios identificados dizem respeito não somente a atividade
planejada, mas também às posturas, aos modos de mediação, à
capacidade de explicar e dialogar com as crianças.
CONCLUSÃO
 A melhoria da prática pedagógica envolve, por um lado, a
ampliação contínua dos conhecimentos, mas também o
desenvolvimento de modos de interagir com os alunos.
 Na alfabetização, o atendimento a esses princípios
citados pode gerar momentos de aprendizagem
muito ricos, em que as crianças são motivadas a
participar, tendo-se sempre em mente o direito à
aprendizagem dos estudantes.
 No estudo as professoras usaram sequências didáticas, mas os
princípios anteriormente citados, podem ser atendidos através de
outras formas de organização do trabalho pedagógico.
 Algumas formas de organização têm sido mais recorrentes nos dias
atuais, como, por exemplo: atividades permanentes, sequências
didáticas, projetos didáticos.
 O importante é que o contato com a leitura e escrita seja
gratificante.
 As atividades permanentes são aquelas que se repetem durante
um determinado período de tempo (semana, mês, ano). A hora da
novidade, presente em muitas rotinas escolares, pode ser
considerada uma atividade permanente, assim como a hora da
leitura, em que a professora lê textos literários para as crianças, ou
mesmo a hora da brincadeira. Pode-se decidir, por exemplo,
realizar a hora da biblioteca como atividade permanente. Vieira e
Fernandes (2010, p. 109) argumentam que “por ser a escola, às
vezes, o único espaço onde algumas crianças terão oportunidade
de acesso a livros, é importante favorecer este acesso e procurar
conhecer bem o acervo da biblioteca escolar”
 A hora da biblioteca e outros tipos de atividades permanentes
criam, na escola, certas rotinas que, embora impliquem em
repetição de um determinado procedimento didático, não é
enfadonho, nem cansativo, pois há mudanças na permanência: os
textos são diferentes, os diálogos são diferentes, as formas de
mediação são diferentes. É importante perceber que a rotina por
si só também é formativa, além disso, ela ajuda a estabelecer um
sentimento de estabilidade e confiança, principalmente para as
crianças menores.
 Outra forma de organizar o trabalho pedagógico são as
sequências didáticas ou atividades sequenciais, que são as
situações em que as atividades são dependentes umas das outras
e a ordem das atividades é importante. Por meio das atividades
didáticas, um mesmo conteúdo pode ser revisitado em diferentes
aulas, de modo articulado e integrado.
 Outro modo de organização do trabalho pedagógico são os
projetos didáticos. Nesta forma de intervenção didática um
determinado problema precisa ser resolvido pelo grupo e para
isso diferentes atividades são desenvolvidas. A culminância com
a socialização das produções é outra característica que marca os
projetos didáticos.
 Hernández e Ventura (1998) ressaltam que o trabalho
organizado em projeto didático rompe com a ordenação rígida
das atividades didáticas e com as fronteiras entre as disciplinas
escolares. Uma característica fundamental desse modo de
organização do ensino é o planejamento conjunto com os
estudantes das estratégias a serem usadas no processo de
pesquisa, assim como a possibilidade de redefinição de metas ao
longo do percurso didático.
Para terminar...
 Tanto por meio de projetos didáticos,
quanto de sequências didáticas ou de
atividades permanentes, ou outras formas
de organização da ação didática, as
aprendizagens podem ocorrer. Na
verdade, o fundamental é que sejam
contemplados princípios didáticos que
motivem os estudantes e favoreçam as
apropriações de modo reflexivo,
problematizador.
BIBLIOGRAFIA
 CARVALHO, Janete Magalhães. Pensando o currículo escolar a partir do
outro que está em mim. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo (org.). Cotidiano
escolar, formação de professores (as) e currículo. 2ª Ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
 HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, M Montserrat. A organização do
currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
 LIMA, Juliana de Melo. Os Critérios adotados por crianças para avaliar
suas professoras. Dissertação (Mestrado em Educação), Pós-Graduação
em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
 VIEIRA, Adriana Silene; FERNANDES, Célia Regina D. O acervo das
bibliotecas escolares e suas possibilidades. In: PAIVA, Aparecida; MACIEL,
Francisca; COSSON, Rildo. Literatura: ensino fundamental (Coleção
Explorando o Ensino). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica, 2010.

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Vaca, leitão e pata
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Planejamento do ensino

  • 1. PLANEJAMENTO DO ENSINO PRINCÍPIOS DIDÁTICOS E MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
  • 2. CURRÍCULO INCLUSIVO Resultado das orientações dos documentos oficiais, da prática dos professores e do contexto em que a escola se encontra. O que é praticado no cotidiano da escola é que, de fato, constitui o currículo. A prática docente resulta das concepções acerca do que se deve ensinar, estas tem por base tanto os documentos curriculares quanto em textos de estudo, formações, experiência de trabalho, conhecimento dos conteúdos escolares, resultados de avaliações e escolhas de estratégias de ensino.
  • 3. Tecendo a teia  As concepções que constituem o currículo inclusivo influenciam no planejamento e nos processos de mediação dos professores, estes, por sua vez são pautados em princípios didáticos.  Então um problema se apresenta...NEM SEMPRE OS DOCENTES TEM CONSCIÊNCIA ACERCA DOS PRINCÍPIOS QUE REGEM SUA PRÁTICA.  Solução??? QUANTO MAIS CONSCIÊNCIA, MAIS AUTONOMIA NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DA AÇÃO DIDÁTICA.
  • 4. Um estudo de caso  Em um estudo sobre os princípios didáticos que regiam as práticas de duas professoras do quinto ano do Ensino Fundamental de escolas municipais de ensino de Recife e Jaboatão dos Guararapes, Lima (2011) identificou princípios fundamentais que levaram a autora a considerar que as professoras analisadas tinham uma dinâmica centrada em uma perspectiva sociointeracionista de ensino. A partir desse estudo ela identificou 10 princípios subjacentes a maior parte das aulas das professoras. São eles: (1) ensino reflexivo – as professoras estimulavam as crianças a refletir sobre os conhecimentos, evitando situações em que estes eram simplesmente transmitidos por elas; (2) ensino centrado na problematização – as professoras planejavam atividades em que as crianças eram desafiadas a resolver problemas diversos; havia desafios que motivavam as crianças a querer aprender; (3) ensino centrado na interação em pares – as professoras priorizavam situações em que a aprendizagem se dava por meio da interação em grandes grupos, em pequenos grupos, em duplas; as atividades individuais sempre culminavam em momentos de socialização e discussão; (4) ensino centrado na explicitação verbal – as crianças eram estimuladas a falar sobre o que pensavam, a responder perguntas; elas não tinham medo de errar porque sabiam que podiam dizer o que pensavam sem passar por constrangimentos; entendiam que todos estavam aprendendo; (5) favorecimento da argumentação – as crianças eram estimuladas a expor e justificar suas opiniões; os diferentes pontos de vista na sala de aula eram confrontados; as professoras valorizavam as posturas de respeito, mas com explicitação das diferentes possibilidades de pensar sobre os conhecimentos;
  • 5. (6) sistematização dos saberes – as professoras realizavam atividades de sistematização dos conhecimentos ensinados; havia momentos de sínteses em relação aos conhecimentos acumulados, seja por meio de exposições breves, seja por meio de registro coletivo das aprendizagens realizadas; (7) valorização dos conhecimentos dos alunos – as docentes frequentemente realizavam atividades para saber o que as crianças pensavam sobre os conteúdos que estavam sendo ensinados; utilizavam tais conhecimentos para planejar as atividades e como ponto de partida nos momentos de resolução de problemas; as professoras estimulavam as crianças a expor seus conhecimentos, valorizando o que elas diziam; investiam também no aumento da autoestima das crianças; (8) incentivo à participação dos alunos – as professoras se dirigiam às crianças quando percebiam que elas estavam apáticas, sobretudo as crianças mais tímidas ou que não tinham iniciativa de participação nas atividades; (9) diversificação de estratégias didáticas – as professoras realizavam vários tipos de atividades para contemplar um determinado conteúdo; elas diversificavam tanto os recursos didáticos quanto as atividades; (10) ensino centrado na progressão – as docentes contemplavam um mesmo conteúdo em aulas diferentes, aumentando o grau de dificuldade.
  • 6.  As aulas foram desenvolvidas a partir de uma sequência didática envolvendo a reflexão, leitura e produção de reportagens e foram realizadas palas professoras Ana Rita Aguiar de Oliveira e Maria Selma de Melo, em escolas de Recife e Jaboatão.  As docentes realizaram atividades de leitura e discussão de reportagens sobre preconceito, adoção, ataques de tubarões e saneamento básico, assim como mediaram situações de produção de reportagens que compuseram o jornal mural da escola.  Além dos objetivos relativos à ampliação de conhecimentos sobre os temas, objetivava-se, também, familiarizar as crianças com o suporte jornal, ajudá-los a caracterizar o gênero reportagem e desenvolver estratégias de leitura e produção de textos.  Foram realizadas entrevistas com 51 crianças, com o objetivo de saber a opinião delas sobre as aulas. As entrevistas, que eram realizadas logo após as aulas, tratavam das opiniões das crianças sobre o que tinham vivenciado: O que você achou da aula de hoje? De que parte da aula você mais gostou? Por quê? De qual parte não gostou? Por quê?
  • 7. As respostas, eles gostavam das aulas quando: • os conteúdos eram importantes para a vida; • as atividades eram boas; • havia vários tipos de atividades; • a ordem das atividades era interessante; • os assuntos trabalhados em uma aula também eram ensinados em outras aulas; • alguns assuntos eram de duas “matérias” (componentes curriculares); • as atividades não eram muito difíceis; • a professora ajudava a realizar a atividade; • a professora explicava “direito”; • os textos eram bons; • a professora percebia se a turma estava aprendendo; • conseguiam aprender.
  • 8. O que isso nos mostra sobre o planejamento do professor e sobre as crianças???  Nos mostra que as crianças estavam atentas e que a prática foi realizada de modo sistemático, organizado, dinâmico e que as crianças se sentiram motivadas e se envolveram e foram capazes de monitorar suas próprias aprendizagens.  Quando as aulas são bem planejadas, os estudantes se envolvem mais.  Os princípios identificados dizem respeito não somente a atividade planejada, mas também às posturas, aos modos de mediação, à capacidade de explicar e dialogar com as crianças.
  • 9. CONCLUSÃO  A melhoria da prática pedagógica envolve, por um lado, a ampliação contínua dos conhecimentos, mas também o desenvolvimento de modos de interagir com os alunos.  Na alfabetização, o atendimento a esses princípios citados pode gerar momentos de aprendizagem muito ricos, em que as crianças são motivadas a participar, tendo-se sempre em mente o direito à aprendizagem dos estudantes.
  • 10.  No estudo as professoras usaram sequências didáticas, mas os princípios anteriormente citados, podem ser atendidos através de outras formas de organização do trabalho pedagógico.  Algumas formas de organização têm sido mais recorrentes nos dias atuais, como, por exemplo: atividades permanentes, sequências didáticas, projetos didáticos.  O importante é que o contato com a leitura e escrita seja gratificante.  As atividades permanentes são aquelas que se repetem durante um determinado período de tempo (semana, mês, ano). A hora da novidade, presente em muitas rotinas escolares, pode ser considerada uma atividade permanente, assim como a hora da leitura, em que a professora lê textos literários para as crianças, ou mesmo a hora da brincadeira. Pode-se decidir, por exemplo, realizar a hora da biblioteca como atividade permanente. Vieira e Fernandes (2010, p. 109) argumentam que “por ser a escola, às vezes, o único espaço onde algumas crianças terão oportunidade de acesso a livros, é importante favorecer este acesso e procurar conhecer bem o acervo da biblioteca escolar”
  • 11.  A hora da biblioteca e outros tipos de atividades permanentes criam, na escola, certas rotinas que, embora impliquem em repetição de um determinado procedimento didático, não é enfadonho, nem cansativo, pois há mudanças na permanência: os textos são diferentes, os diálogos são diferentes, as formas de mediação são diferentes. É importante perceber que a rotina por si só também é formativa, além disso, ela ajuda a estabelecer um sentimento de estabilidade e confiança, principalmente para as crianças menores.  Outra forma de organizar o trabalho pedagógico são as sequências didáticas ou atividades sequenciais, que são as situações em que as atividades são dependentes umas das outras e a ordem das atividades é importante. Por meio das atividades didáticas, um mesmo conteúdo pode ser revisitado em diferentes aulas, de modo articulado e integrado.
  • 12.  Outro modo de organização do trabalho pedagógico são os projetos didáticos. Nesta forma de intervenção didática um determinado problema precisa ser resolvido pelo grupo e para isso diferentes atividades são desenvolvidas. A culminância com a socialização das produções é outra característica que marca os projetos didáticos.  Hernández e Ventura (1998) ressaltam que o trabalho organizado em projeto didático rompe com a ordenação rígida das atividades didáticas e com as fronteiras entre as disciplinas escolares. Uma característica fundamental desse modo de organização do ensino é o planejamento conjunto com os estudantes das estratégias a serem usadas no processo de pesquisa, assim como a possibilidade de redefinição de metas ao longo do percurso didático.
  • 13. Para terminar...  Tanto por meio de projetos didáticos, quanto de sequências didáticas ou de atividades permanentes, ou outras formas de organização da ação didática, as aprendizagens podem ocorrer. Na verdade, o fundamental é que sejam contemplados princípios didáticos que motivem os estudantes e favoreçam as apropriações de modo reflexivo, problematizador.
  • 14. BIBLIOGRAFIA  CARVALHO, Janete Magalhães. Pensando o currículo escolar a partir do outro que está em mim. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo (org.). Cotidiano escolar, formação de professores (as) e currículo. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2008.  HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, M Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.  LIMA, Juliana de Melo. Os Critérios adotados por crianças para avaliar suas professoras. Dissertação (Mestrado em Educação), Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.  VIEIRA, Adriana Silene; FERNANDES, Célia Regina D. O acervo das bibliotecas escolares e suas possibilidades. In: PAIVA, Aparecida; MACIEL, Francisca; COSSON, Rildo. Literatura: ensino fundamental (Coleção Explorando o Ensino). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010.