1. ARTESANATO DA AMAZÔNIA
Cerâmica , colares, pulseiras, anéis, brincos, gargantilhas,
utensílios domésticos e peças decorativas.
2. CERÂMICA MARAJOARA.
É a quarta fase arqueológica da Ilha do Marajó. Segundo Heloisa Alberto
Torres, a cerâmica Marajoara evoluiu na própria região e tem como origem a
arte dacestaria com seus lindos traçados. É também considerada como a fase
de maior desenvolvimento, onde encontramos as cerâmicas mais belas e
decoradas. Faz parte da tradição policrônica (conjunto de várias cores). Foi
uma Fase exuberante com variedades de decoração. Utilizavam sempre as
cores preta e vermelho sobre o branco. Os Mounds ou cemitérios
arqueológicos da cerâmica Marajoara, estão localizados, nos campos da
metade oriental do Marajó, tendo o lago Ariri como centro. Existe uma
variedade muito grande de peças, citaremos algumas urnas: zoomorfas,
antropomorfas e antropozoomorfas, para sepultamentos secundários;
igaçabaspara guardaralimentos
e água; tangas, peças ritualísticas, estatuetas.
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4. CERÂMICA TAPAJÔNICA.
É considerada uma das mais lindas do mundo; é uma representação da
fauna amazônica. Foi descoberta por Kurt Nimuendaju em 1923 que
teve informação sobre a mesma por um padre alemão que era seu
amigo, cujo nome é desconhecido. O grupo indígena Tapajó, localizavase na foz e ao longo do afluente da margem direita do Amazonas - O Rio
Tapajós. Apenas a cerâmica restou para testemunhar sua história. Essa
belíssima cerâmica se inclui na tradição Inciso Ponteada (1.000 a 1.500
A.D.) e nelas vamos encontrar uma peculiaridade: não existiam urnas
funerárias. Esse povo tinha outra cultura, pois não enterravam seus
mortos. Existia uma cabana mortuária, onde deixavam o corpo em uma
rede com seus pertences a seus pés, até se deteriorarem por completo.
Os ossos que restavam eram lavados, moídos e colocados em vinho, para
ser bebido pelos familiares do morto e o resto da tribo, por ocasião da
festa ritualística. Existem inúmeros tipos de vasos de cerâmica
tapajônica. Citaremos alguns mais representativos: vaso de gargalo, vaso
de cariátides, pratos, estatuetas, cachimbo.
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6. CERÂMICA MARACÁ.
Foi Ferreira Pena, quem encontrou essa cerâmica, nas lapas de
um afluente do Rio Maracá na região da Serra do Laranjal, no
Amapá, em 1871. São urnas zoomorfas, antropozoomorfas e
tubulares. Quase todas encontradas com ossos ou fragmentos de
ossos, eram fechadas por finos cordões enfiados em orifícios,
unindo o corpo da urna com a tampa. Eram lacrados por uma
espécie de cimento. Essas urnas não estavam enterradas e sim
dispostas em certa ordem sobre o solo das grutas. Muitas foram
destruídas pelos animais ou pelas raízes das árvores. Algumas
peças apresentavam pinturas e decoração. Ferreira Pena diz que a
origem dessa cerâmica é dos Caraíbas, já Ladislau Neto diz que os
Maracás são os antepassados dos Marajoaras. A cerâmica Maracá
não faz parte das tradições ceramistas existentes. Ela é
classificado como fase não filiada.
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8. CERÂMICA ICOARACI.
O Distrito de Icoaraci, é o maior centro produtor e divulgador da
cerâmica indígena amazônica. No centro do distrito fica o bairro do
Paracuri, onde se concentram cerca de 90% da comunidade de
ceramistas. São inúmeras oficinas e olarias, alinhadas uma ao lado da
outra, por toda a extensão do bairro.
No distrito e arredores existem grandes quantidades e variedades
de argila em cores e texturas diferenciadas, o que provavelmente, explica
a milenar tradição da cerâmica local. Uma tradição que, aliás, se reporta,
em alguns aspectos, à cultura indígena, que, na origem, se transmitia de
mãe para filha e, contemporaneamente, é passada de pai para filho. Mas
a importância da mulher no processo de produção de cerâmica se
mantém: enquanto os homens cuidam da fabricação de peças no torno,
elas se encarregam da modelagem manual e acabamento, com texturas
diferenciadas. Algumas vezes, participam da queima das peças.
Até os anos 60, em Icoaraci se produziu a cerâmica de olaria telhas, tijolos, alguidares, potes e filtros, entre outras peças. Antes, havia
apenas dois ou três ceramistas fazendo trabalhos artísticos. Entre eles, o
"Cabeludo", que retratava pessoas no cotidiano.