O documento descreve a teoria da tectónica de placas. Explica que as placas tectónicas se movem e interagem nos limites divergentes, convergentes e transformantes, resultando na expansão dos fundos oceânicos, formação de montanhas, vulcanismo e sismos.
2. EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS
Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), a tecnologia para a deteção de
submarinos permitiu recolher novos dados sobre o relevo dos oceanos.
Contrariamente ao que se imaginava, os
estudos oceanográficos revelaram que os
relevos dos fundos oceânicos eram mais do
que tranquilas planícies: existem longas
Os sonares permitiram estudar os cadeias de montanhas, fenómenos vulcânicos
fundos oceânicos. e vales extremamente profundos.
4. Plataforma continental Rifte Planície abissal
Dorsal Zona de
Talude continental oceânica subducção Fossa oceânica
Dorsal oceânica – cadeia montanhosa
Rifte – abertura central da Planície abissal – extensa existente no fundo dos oceanos.
dorsal oceânica por onde é zona plana existente de um
libertado magma; local de lado e do outro da dorsal Subducção– processo pelo qual a crosta
formação da crosta oceânica. oceânica. oceânica mergulha sob a crosta continental
(ou oceânica), ao nível das fossas oceânicas,
Plataforma continental – Fossa oceânica – zona e é destruída.
zona dos continentes que já muito profunda onde a
se encontra submersa; é crosta oceânica é Talude continental – zona que se segue à
pouco inclinada. destruída. plataforma continental; apresenta grande
inclinação.
5. A – Talude G – Fossa
C - Planície abissal E – Ilha vulcânica
continental oceânica/ abissal
B – Ilhas em D – Dorsal F – Plataforma
formação oceânica continental
6.
7. O magma do manto,
situado sob a
litosfera, ascende à
superfície através
dos riftes.
Ocorre a destruição
Ao atingir a superfície,
da placa oceânica,
esse magma arrefece e
que se transforma
solidifica, formando
novamente em
nova crosta oceânica.
magma.
À medida que o novo fundo
do oceano se produz, o mais
antigo (mais próximo das Estas novas rochas que
margens continentais) se formaram,
mergulha e funde-se na empurram as placas em
zona de encontro entre a sentidos opostos, em
placa oceânica e a placa direção às margens dos
continental - zona de continentes.
subducção - à qual se
associa uma fossa oceânica.
8. Nas zonas de rifte há subida de
DORSAIS OCEÂNICAS magma que, ao ascender, vai
para um lado e outro da dorsal,
acabando por solidificar e
formar nova crosta oceânica (de
natureza basáltica).
Expansão dos fundos oceânicos
Este processo está a decorrer
atualmente no Oceano
Atlântico (2,5 cm/ano).
A maior (não em altura, mas em extensão) cadeia montanhosa da superfície terrestre está
submersa – dorsal médio oceânica . Os picos mais altos sobressaem 3000 m dos fundos
oceânicos numa extensão de cerca de 65 000 km.
9. FOSSAS OCEÂNICAS
A maior fossa
abissal é a
fossa das
Marianas, no
Oceano
Pacífico.
Se há zonas da Terra onde se forma nova crosta/litosfera oceânica, noutros locais
ocorre destruição desse tipo de crosta/litosfera - fossas oceânicas ou abissais.
10. IDADE DAS ROCHAS
A crosta oceânica é formada nas zonas de rifte e destruída nas zonas das fossas
oceânicas (subducção).
À medida que nos
afastamos do rifte, a
idade das rochas dos
fundos oceânicos
aumenta.
Perto do rifte as
rochas são mais jovens
enquanto que as
rochas mais antigas se
encontram próximas
das fossas oceânicas.
Não encontramos crosta oceânica com idades superiores a
200 M.a.
11. TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
Segundo a Teoria da Tectónica de Placas, a
litosfera não é contínua; encontra-se dividida
em blocos - placas tectónicas ou litosféricas.
Não são os
continentes que
se movem, mas
sim as placas
litosféricas onde o
continente está
localizado!
As placas tectónicas movimentam-se independentemente umas das outras e
assentam sobre uma zona do interior da Terra que possui uma certa plasticidade - a
astenosfera. Esta comporta-se como uma massa pastosa sobre a qual as placas
“flutuam”, permitindo assim o seu deslizamento - devido a correntes de convecção.
12.
13.
14. O "motor" que gera as correntes de convecção, capaz de
deslocar a litosfera, é o calor produzido no interior da Terra: os
materiais mais quentes tornam-se mais densos, ascendendo;
os materiais mais frios tornam-se menos densos, logo vão
descer.
No manto geram-se correntes de material rochoso, tal
como numa panela com água a ferver: a água move-se
do fundo para a superfície, e novamente para o fundo
em padrões circulares. É que a água quente, menos
densa, sobe enquanto que a água fria, mais à
superfície e mais densa, afunda.
15. LIMITES DIVERGENTES
As duas placas estão continuamente a formar-
se (devido à ascensão de magma na zona de
rifte, nas dorsais oceânicas), afastando-se em
sentidos opostos.
Formação de nova crosta oceânica
Fenómenos geológicos associados: formação do fundo oceânico, vulcanismo efusivo e sismos.
Dorsal médio-oceânica (Islândia)
16. LIMITES CONVERGENTES
As placas colidem uma com a outra ocorrendo destruição de crosta nas zonas de
subducção, devido ao mergulho de uma placa sob a outra, ou formação de cadeias
montanhosas.
A convergência pode ocorrer de três formas:
Convergência oceânica-continental Convergência oceânica-oceânica Convergência continental-continental
17. Convergência oceânica-continental
Quando as duas placas colidem, a oceânica,
por ser mais densa, mergulha sob a placa
continental, e é destruída em profundidade,
ocorrendo novamente a formação de magma.
Fenómenos geológicos associados: subducção,
sismos, vulcanismo intenso, deformação de
rochas e, por vezes, formação de montanhas.
Cordilheira dos Andes
18. Convergência oceânica-oceânica
Quando as duas placas
colidem, a mais densa
sofre subducção e é
destruída em
profundidade, ocorrendo
novamente a formação de
magma.
Fenómenos geológicos associados: subducção, sismos e
vulcanismo, que pode originar ilhas.
Arco insular do Japão
19. Convergência continental-continental
Quando as duas placas colidem, não
ocorre subducção. Há levantamento de
crosta, havendo formação de cadeias
montanhosas.
Fenómenos geológicos associados:
formação de cadeias montanhosas,
sismos e deformação de rochas.
Himalaias – atualmente a
colisão das placas continua,
fazendo com que os
Himalaias “cresçam” 1 a 2
cm por ano.
20. LIMITES TRANSFORMANTES
Zona definida por duas placas que deslizam,
horizontalmente, uma ao longo da outra, em
sentidos opostos. Não há formação nem
destruição de litosfera.
Fenómenos geológicos associados: falhas e sismos.
Falha de Santo André - Califórnia