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O EXPANSIONISMO
EUROPEU
Cartografia antes dos Descobrimentos
• Desconhecia-se a existência do da
América e da Oceânia;
• Pensava-se não haver passagem entre o
Atlântico e o Índico;
• África e Ásia eram representadas com
grandes imperfeições;
• A zona melhor representada era o
Mediterrâneo.
Mapa ptolemaico (séc. XV), elaborado com base nos conhecimentos de
Ptolomeu, grego do séc. II
– Seres com aparência de cão
mas com cabeça humana (os
cinântropos) ou o seu inverso
(os cinocéfalos)
– Seres de quatro olhos (os
parvines)…
– Seres de um só pé gigantesco,
para se protegerem do sol e
que atingiam velocidades
fantásticas (os monópodos)…
- Humanos sem cabeça, com olhos e
boca na altura do peito (os blemeyes).
Outros mitos
• A região equatorial era tão quente que a água do mar fervia;
• Quem navegasse para o interior do Atlântico cairia no abismo;
• Nos desertos acreditava-se existirem demónios em forma de mulher, com
cabeça de dragão nas pontas dos pés e que, belas como as sereias,
atraiam os viajantes para o deserto, onde os devoravam…
O século XV: uma nova época
• Recuperação demográfica,
• Surto urbano,
• Reorganização dos campos,
• Reanimação das rotas terrestres e incremento das rotas marítimas,
• Desenvolvimento das práticas financeiras,
• Ascensão da Burguesia,
• Renovação cultural,
• Tendência de centralização do poder,
• Inovações técnicas e científicas…
Motivos da expansão marítima
• Ultrapassar a crise do século XIV;
• Fazer face à falta de mão de obra;
• Fazer face à falta de cereais;
• Fazer face à falta de metais preciosos.
• Acercar diretamente as riquezas orientais (que chegavam à Europa por
intermédio dos muçulmanos pelas rotas caravaneiras).
• Os reis procuravam também novas terras para expandir a fé cristã e novas
tecnologias que pudessem utilizar para seu proveito.
Motivações da sociedade portuguesa
• Clero
• Alargamento da fé cristã / enfraquecimento dos muçulmanos.
• Nobreza
• Novos domínios territoriais.
• Novos cargos militares e administrativos.
• Burguesia
• Procura de novos produtos para comércio
e de novos mercados.
• Populares
• Melhoria das condições de vida.
Condições da prioridade portuguesa
• Condições geográficas:
• Perto da costa de África e dos territórios a descobrir;
• Longa costa marítima (845 Km);
• Bons portos marítimos e fluviais.
Condições da prioridade portuguesa
• Históricas
• Tradição piscatória;
• Forte atividade comercial;
• Contatos com muçulmanos e judeus (conhecedores de técnicas de
navegação e conhecimentos náuticos).
• Políticas
• Clima de paz;
• Nova dinastia (que governa com uma nobreza renovada).
Contributo português
• Nos séculos XV e XVI, os descobrimentos
marítimos proporcionaram a Portugal um
desenvolvimento dos saberes técnicos e
científicos.
• A inovação nas técnicas náuticas e na
representação cartográfica da Terra, bem
como pela observação e descrição da
Natureza, permitiram que Portugal
contribuísse para o alargamento do
conhecimento do Mundo.
Descobertas marítimas
1415: Conquista de Ceuta. Uma esquadra portuguesa de 250 navios com 12.000 homens
toma de assalto a cidade de Ceuta; esta data marca o início da expansão portuguesa do
Século XV.
1418 – João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira desembarcam na ilha do Porto Santo
1419- João Gonçalves Zarco e Bartolomeu Perestrelo descobrem a ilha da Madeira.
1427 – Diogo de Silves descobre o grupo oriental dos Açores
1434 - Cabo Bojador.
1488 - Cabo da Boa Esperança.
Í1498 – Índia.
1500 – Brasil.
1512 - António de Abreu descobre a ilha de Timor
Progressos técnicos
Ampulheta
Esfera Armilar
Bússola
A tábua quadrienal de
declinação solar
Progressos
Progressos
Navegação
• Navegação por cabotagem: navegação entre portos marítimos, sem
perder a costa de vista.
• Instrumentos náuticos necessários à navegação astronómica:
• Astrolábio;
• Quadrante;
• Balestilha;
• Kamal
Bússola ou “agulha de marear”
Instrumentos para saber a posição
do navio (latitude)
Instrumento para determinar o
rumo a tomar
Navegação
As caravelas permitiam navegar com ventos adversos e foram usadas sobretudo em viagens de
exploração na costa africana. As naus tinham muita capacidade de transporte e faziam as viagens
de comércio ao Oriente.
Caravela Nau
A Expansão – período henriquino
• Conquista de Ceuta (1415), cidade escolhida pela sua: localização
geográfica e pela sua localização estratégica:
• localiza-se estrategicamente à entrada
do mar mediterrâneo;
• era um importante entreposto comercial,
que escoava para a Europa produtos como:
ouro, especiarias, escravos e trigo.
• As especiarias vinham do Oriente através
das caravanas de mercadores muçulmanos.
A Expansão – período henriquino
• Viagens marítimas de descoberta da Costa Africana (1434 – Gil Eanes dobra
o Cabo Bojador; 1441, Nuno Tristão chega ao Cabo Branco e em 1460 Diogo
Gomes atinge a Serra Leoa).
• Reconhecimento e exploração dos recursos naturais dos arquipélagos
atlânticos.
• Colonização dos arquipélagos atlânticos, sob o regime de capitanias-
donatárias.
• Sistema de monopólio atribuído ao Infante D. Henrique (é ele quem controla o
comércio).
Capitanias-donatarias
• O rei recorre a elementos da pequena nobreza para
administrar e explorar economicamente os novos territórios
ultramarinos.
• São concedidos aos capitães-donatários amplos poderes
administrativos, judiciais e fiscais:
 aplicam a justiça;
 cobram rendas e impostos aos colonos;
 administram e defendem o território.
Sistema adotado na colonização da Madeira, dos
Açores, de Cabo Verde, de S. Tomé e Príncipe e do Brasil
A exploração dos arquipélagos
Açores: cidade de Angra na ilha Terceira,
gravura de Jan Huygen van Linschoten, 1595.Madeira: divisão em capitanias.
A Expansão – período de D. Afonso V
• Retorno à política de conquista das cidades marroquinas (Arzila, Alcácer-
Ceguer e Tânger).
• No litoral africano criam-se feitorias: de Arguim e S. Jorge da Mina,
importantes postos de ligação entre Portugal e África.
• Relações amistosas com os reis africanos.
• Comércio de escravos, ouro, marfim, malagueta, peixe... (trocadas por sal,
tecidos e objectos variados).
• Entrega da expansão a particulares (arrendamento da costa africana a
Fernão Gomes), com a condição de continuarem as descobertas na costa
africana. Fim do monopólio régio.
A Expansão – período de D. João II
• O comércio colonial torna-se definitivamente monopólio da coroa.
• Continuam as descobertas africanas (em 1488 Bartolomeu Dias dobra o Cabo
das Tormentas, que passa a designar-se por Cabo da Boa Esperança).
• Assinatura do Tratado de Alcáçovas, que divide o mundo pelo paralelo das
Canárias (a sul ficariam as terras portuguesas).
• Cristovão Colombo descobre as Antilhas, ao serviço de Castela.
• Assinatura do Tratado de Tordesilhas (o mundo é dividido por um meridiano
em duas partes, a Oriente para Portugal, a Ocidente para Castela).
• Verifica-se uma verdadeira diáspora portuguesa.
Tratado de Alcáçovas (1497)
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posse das
Canárias.
Portugal e Castela
dividem o mundo
pelo paralelo do
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Alcáçovas
Tentativas dos
castelhanos
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comércio na
costa africana.
1.ª viagem de Cristóvão Colombo,
ao serviço dos reis de Castela,
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Tratado de Alcáçovas (1497)
Tratado de Tordesilhas
LinhadeTordesilhas–1494
Linha de Alcáçovas-Toledo
1479
PropostadopapaAlexandreVI–
1493
Zona de expansão portuguesaZona de expansão espanhola
A alteração da proposta do Papa pedida por D. João II leva os historiadores a supor que o rei já
sabia, secretamente, da existência do Brasil e queria incluí-lo na sua área de influência.
Zona de expan-
são espanhola
O Mare Clausum
• Dá-se este nome ao princípio
pelo qual a navegação nos mares
desconhecidos e a descoberta
de novos territórios ficava
proibida à maioria dos povos.
Mare clausum
• O Papa, autoridade internacional
máxima da Europa, concedeu a
Portugal e Castela a exclusividade de
navegação em mares desconhecidos
e o direito às terras por descobrir.
• Os tratados de Alcáçovas-Toledo e de
Tordesilhas estabeleceram esse
direito aos dois países.
Quem decidiu?
De que modo o fez?
• Portugal e Castela.
Quais os
beneficiários dessa
política?
D. João II
Isabel de Castela e
Fernando de Aragão
A Expansão – período de D. Manuel I
• Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a Índia.
• Pedro Alvares Cabral (re)descobre o Brasil.
• O Oriente é controlado politicamente graças à criação do cargo de vice-rei (D.
Francisco de Almeida e D. Afonso de Albuquerque).
• O rei D. Manuel funda o mais importante entreposto português de controle
comercial régio: a Casa da Índia.
• Goa torna-se a sede da administração no Oriente.
• Funda-se uma feitoria em Antuérpia, de onde os
produtos são distribuídos para toda a Europa.
A Expansão – período de D. Manuel I
A chegada à Índia
A Expansão – período de D. Manuel I
Domínio do Oriente
-1505-1509 - Francisco de Almeida: entendia que a
força de Portugal devia assentar numa forte esquadra
e no domínio de importantes rotas do Índico (domínio
dos mares). Manteve permanentemente uma frota no
Oceano Índico e estabeleceu o sistema de licenças
pagas (cartazes) para todos os navios mercantes que
não fossem portugueses. Era a política do Mare
Clausum.
A Expansão – período de D. Manuel I
Domínio do Oriente
-1509-1515 - Afonso de Albuquerque: defendia a
existência de uma armada poderosa, mas também a
conquista de praças importantes. Assim, procura
dominar pontos estratégicos em terra: Goa; Ormuz e
Malaca. A política deste vice-rei é de concretização da
conquista. Para isso leva a cabo uma acção de
miscigenação (casamento entre portugueses e
indianas).
A Expansão – período de D. João III
A exploração do Brasil
1ª FASE: entre 1503 e 1530. Regime de arrendamentos a cristãos-novos que exploram
essencialmente o pau-brasil. A exploração foi entregue a um grupo de burgueses, onde se
destacava Fernão de Noronha, que - em troca do comércio do pau-brasil, madeira que
abundava nas terras brasileiras - se comprometeu a desbravar 300 léguas da costa por
ano.
2ª FASE: entre 1530 e 1548. A decadência do comércio oriental, a lucrativa exploração de
pau-brasil e os ataques da pirataria francesa ao território levaram D. João III, em 1534, a
implantar o sistema de capitanias. Assim, este monarca dividiu o território brasileiro em
várias faixas paralelas, entregando-as a 12 capitães-donatários, com amplos poderes
sobre os territórios (excepção feita à cunhagem de moeda).
A Expansão – período de D. João III
A exploração do Brasil
3ª FASE: a partir de 1548. Descoberta do tabaco. Governo Geral entregue a um
Representante Real. Tomé de Sousa tornou-se, então, o primeiro governador-geral do
Brasil.
O Brasil conheceu um rápido desenvolvimento: milhares de colonos e muitos
missionários, servindo-se de índios, mestiços e escravos africanos, arrotearam terras,
expandiram culturas agrícolas (em particular a cana-de-açúcar), fundaram povoações e
divulgaram a fé cristã. Entre os missionários, merecem destaque os jesuítas.
O tabaco torna-se moeda de troca para a compra dos escravos. A partir de 1642 a
exploração desta cultura passa a ser livre. Em 1674 D. Pedro, por necessidades do erário
régio, lança um imposto sobre o consumo do tabaco, em princípio por seis anos, mas que
se torna definitivo.
A organização dos espaços coloniais
• A partir da conquista
de Ceuta, Portugal
torna-se cabeça de
um vasto império
diferente de todos os
que tinham existido
até então.
• Na costa ocidental de
África são fundadas
feitorias apoiadas
por fortalezas.
Produtos transacionados em África
Objetivo principal
dos Portugueses em
África: fazer
comércio.
Produtos:
Levados para África
Trazidos de África
Ouro
Objetos
de
adorno
Tecidos
Marfim
Malagueta
Sal
TrigoEscravos
A organização dos espaços coloniais
• Nos arquipélagos atlânticos, a colonização foi realizada segundo um
sistema de Capitanias- Donatárias, o mesmo acontecendo com o
Brasil.
Fundação de S. Vicente, S. Paulo, em 1532.
A organização dos espaços coloniais
• Na Índia e Extremo-Oriente, geram-se formas de domínio estabelecidas
através de uma intrincada rede de feitorias, vigilância dos mares e
criação do posto de Vice-Rei.
Produtos transacionados no Oriente
Objetivo principal
dos Portugueses no
Oriente: obter o
monopólio do
comércio no Índico
Sedas Porcelana
s
Noz
moscada
CanelaCravinho
Moeda
Produtos:
Levados para o Oriente
Trazidos do Oriente
PimentaPedras
preciosas
O império espanhol
Machu Picchu
Incas
Templo de Jaguar,
ruínas maias de Tikal,
Guatemala
Maias
Hérnan Cortez chega às terras de Vera Cruz, mural
de Diego Rivera
Astecas
• Conquista rápida,
• Conquista violenta dos povos e destruição das civilizações,
• Exploração mineira (prata).
O império espanhol
Consequências da expansão:
abertura das rotas comerciais
•O Atlântico substitui o Mediterrâneo.
•Lisboa e Sevilha são os grandes portos do comércio além-mar.
•As artérias de circulação ou rotas do comércio marítimo português até 1490 são:
•A Rota da Costa Africana - Guiné e Mina, englobando os arquipélagos atlânticos.
•A Rota do Atlântico Norte - de Lisboa à Flandres e Norte da Europa - centrada na
feitoria de Bruges.
•O séc. XVI abrange novos espaços e novas rotas:
•A Rota do Atlântico Nordeste - a Terra Nova - representa o espaço da pesca do
Bacalhau que será daqui por diante o complemento indispensável da alimentação.
Consequências:
abertura das rotas comerciais
•A Rota do Atlântico Central e Sul - Brasil - a rota do pau-brasil, do açúcar e do
tabaco.
•A Rota do Cabo ou das Especiarias - que liga o Ocidente ao Oriente. Com este
traçado, Portugal substitui os Italianos no tráfico das especiarias, no mercado
europeu.
•A rota de Manila – que liga Acapulco a Manila (rota espanhola).
Consequências: económicas
• Desenvolve-se o comércio, que passa a ser à escala mundial (e designado
como comércio triangular).
• O desenvolvimento do comércio diminui a produção interna do reino.
• A agricultura é abandonada e o artesanato é quase inexistente.
• O rei é o principal empresário colonial.
• Desenvolve-se a Economia de Transporte ou Política de Transporte.
Consequências
• No quotidiano:
• Introduzem-se novos hábitos na
culinária – uso das especiarias.
• Introduzem-se novas culturas
como o ananás, o milho grosso,
o cacau, a batata...
• Generaliza-se o uso do tabaco.
• Transformações ao nível do
vestuário.
• A nível social e demográfico:
•Reforço do poder do rei.
•A Burguesia ascende na escala social.
•Expansão do Cristianismo.
•O tráfico negreiro (de escravos) aumenta.
•Aumenta a emigração para as novas áreas
•Desenvolve-se a política de miscigenação
(casamento entre colonizadores e entre
colonizados).
Consequências: culturais
• As línguas europeias espalham-se por todo o mundo.
• Desenvolvem-se as ciências e a técnica: Medicina, Ciências Naturais, Náutica...
• Conhece-se a verdadeira forma do globo terrestre e terminam as fábulas e
lendas.
• O saber livresco (característico da Idade Média) é substituído pelo valor da
observação e da experiência – surge o Renascimento.
• A arte passa a ser uma mistura da arte europeia com elementos indígenas (em
Portugal surge o Manuelino, arte típica dos descobrimentos).
Multiculturalismo
Aculturação e
assimilação
Nova organização
social e
económica
Mestiçagem
Difusão das
línguas portuguesa
e castelhana
Missionação –
difusão do
catolicismo
Divulgação de
técnicas e
artes
Ouro Preto (Brasil) –
arquitetura colonial.
Contador indo- -
português, séc. XVII.
Pregação do Padre António Vieira
aos índios do Brasil.
Expansão da religião
• Intolerância: perseguição
aos não cristãos, com
destaque para os judeus
Imposição do
catolicismo
• Averiguação e tortura de
suspeitos de desrespeitar
as normas católicas
Tribunal do
Santo Ofício
(Inquisição)
• Nos autos de fé eram
exibidos publicamente os
condenados. Os que não
mostravam arrependimento
podiam ser queimados em
fogueiras.
Realização
de
cerimónias
públicas de
condenação
Muitos abandonaram Portugal
e Espanha, contribuindo para
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A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

  • 2. Cartografia antes dos Descobrimentos • Desconhecia-se a existência do da América e da Oceânia; • Pensava-se não haver passagem entre o Atlântico e o Índico; • África e Ásia eram representadas com grandes imperfeições; • A zona melhor representada era o Mediterrâneo. Mapa ptolemaico (séc. XV), elaborado com base nos conhecimentos de Ptolomeu, grego do séc. II
  • 3. – Seres com aparência de cão mas com cabeça humana (os cinântropos) ou o seu inverso (os cinocéfalos) – Seres de quatro olhos (os parvines)… – Seres de um só pé gigantesco, para se protegerem do sol e que atingiam velocidades fantásticas (os monópodos)… - Humanos sem cabeça, com olhos e boca na altura do peito (os blemeyes).
  • 4. Outros mitos • A região equatorial era tão quente que a água do mar fervia; • Quem navegasse para o interior do Atlântico cairia no abismo; • Nos desertos acreditava-se existirem demónios em forma de mulher, com cabeça de dragão nas pontas dos pés e que, belas como as sereias, atraiam os viajantes para o deserto, onde os devoravam…
  • 5. O século XV: uma nova época • Recuperação demográfica, • Surto urbano, • Reorganização dos campos, • Reanimação das rotas terrestres e incremento das rotas marítimas, • Desenvolvimento das práticas financeiras, • Ascensão da Burguesia, • Renovação cultural, • Tendência de centralização do poder, • Inovações técnicas e científicas…
  • 6. Motivos da expansão marítima • Ultrapassar a crise do século XIV; • Fazer face à falta de mão de obra; • Fazer face à falta de cereais; • Fazer face à falta de metais preciosos. • Acercar diretamente as riquezas orientais (que chegavam à Europa por intermédio dos muçulmanos pelas rotas caravaneiras). • Os reis procuravam também novas terras para expandir a fé cristã e novas tecnologias que pudessem utilizar para seu proveito.
  • 7. Motivações da sociedade portuguesa • Clero • Alargamento da fé cristã / enfraquecimento dos muçulmanos. • Nobreza • Novos domínios territoriais. • Novos cargos militares e administrativos. • Burguesia • Procura de novos produtos para comércio e de novos mercados. • Populares • Melhoria das condições de vida.
  • 8. Condições da prioridade portuguesa • Condições geográficas: • Perto da costa de África e dos territórios a descobrir; • Longa costa marítima (845 Km); • Bons portos marítimos e fluviais.
  • 9. Condições da prioridade portuguesa • Históricas • Tradição piscatória; • Forte atividade comercial; • Contatos com muçulmanos e judeus (conhecedores de técnicas de navegação e conhecimentos náuticos). • Políticas • Clima de paz; • Nova dinastia (que governa com uma nobreza renovada).
  • 10. Contributo português • Nos séculos XV e XVI, os descobrimentos marítimos proporcionaram a Portugal um desenvolvimento dos saberes técnicos e científicos. • A inovação nas técnicas náuticas e na representação cartográfica da Terra, bem como pela observação e descrição da Natureza, permitiram que Portugal contribuísse para o alargamento do conhecimento do Mundo.
  • 11. Descobertas marítimas 1415: Conquista de Ceuta. Uma esquadra portuguesa de 250 navios com 12.000 homens toma de assalto a cidade de Ceuta; esta data marca o início da expansão portuguesa do Século XV. 1418 – João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira desembarcam na ilha do Porto Santo 1419- João Gonçalves Zarco e Bartolomeu Perestrelo descobrem a ilha da Madeira. 1427 – Diogo de Silves descobre o grupo oriental dos Açores 1434 - Cabo Bojador. 1488 - Cabo da Boa Esperança. Í1498 – Índia. 1500 – Brasil. 1512 - António de Abreu descobre a ilha de Timor
  • 12. Progressos técnicos Ampulheta Esfera Armilar Bússola A tábua quadrienal de declinação solar
  • 15. Navegação • Navegação por cabotagem: navegação entre portos marítimos, sem perder a costa de vista. • Instrumentos náuticos necessários à navegação astronómica: • Astrolábio; • Quadrante; • Balestilha; • Kamal Bússola ou “agulha de marear” Instrumentos para saber a posição do navio (latitude) Instrumento para determinar o rumo a tomar
  • 16. Navegação As caravelas permitiam navegar com ventos adversos e foram usadas sobretudo em viagens de exploração na costa africana. As naus tinham muita capacidade de transporte e faziam as viagens de comércio ao Oriente. Caravela Nau
  • 17. A Expansão – período henriquino • Conquista de Ceuta (1415), cidade escolhida pela sua: localização geográfica e pela sua localização estratégica: • localiza-se estrategicamente à entrada do mar mediterrâneo; • era um importante entreposto comercial, que escoava para a Europa produtos como: ouro, especiarias, escravos e trigo. • As especiarias vinham do Oriente através das caravanas de mercadores muçulmanos.
  • 18. A Expansão – período henriquino • Viagens marítimas de descoberta da Costa Africana (1434 – Gil Eanes dobra o Cabo Bojador; 1441, Nuno Tristão chega ao Cabo Branco e em 1460 Diogo Gomes atinge a Serra Leoa). • Reconhecimento e exploração dos recursos naturais dos arquipélagos atlânticos. • Colonização dos arquipélagos atlânticos, sob o regime de capitanias- donatárias. • Sistema de monopólio atribuído ao Infante D. Henrique (é ele quem controla o comércio).
  • 19. Capitanias-donatarias • O rei recorre a elementos da pequena nobreza para administrar e explorar economicamente os novos territórios ultramarinos. • São concedidos aos capitães-donatários amplos poderes administrativos, judiciais e fiscais:  aplicam a justiça;  cobram rendas e impostos aos colonos;  administram e defendem o território. Sistema adotado na colonização da Madeira, dos Açores, de Cabo Verde, de S. Tomé e Príncipe e do Brasil
  • 20. A exploração dos arquipélagos Açores: cidade de Angra na ilha Terceira, gravura de Jan Huygen van Linschoten, 1595.Madeira: divisão em capitanias.
  • 21. A Expansão – período de D. Afonso V • Retorno à política de conquista das cidades marroquinas (Arzila, Alcácer- Ceguer e Tânger). • No litoral africano criam-se feitorias: de Arguim e S. Jorge da Mina, importantes postos de ligação entre Portugal e África. • Relações amistosas com os reis africanos. • Comércio de escravos, ouro, marfim, malagueta, peixe... (trocadas por sal, tecidos e objectos variados). • Entrega da expansão a particulares (arrendamento da costa africana a Fernão Gomes), com a condição de continuarem as descobertas na costa africana. Fim do monopólio régio.
  • 22. A Expansão – período de D. João II • O comércio colonial torna-se definitivamente monopólio da coroa. • Continuam as descobertas africanas (em 1488 Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas, que passa a designar-se por Cabo da Boa Esperança). • Assinatura do Tratado de Alcáçovas, que divide o mundo pelo paralelo das Canárias (a sul ficariam as terras portuguesas). • Cristovão Colombo descobre as Antilhas, ao serviço de Castela. • Assinatura do Tratado de Tordesilhas (o mundo é dividido por um meridiano em duas partes, a Oriente para Portugal, a Ocidente para Castela). • Verifica-se uma verdadeira diáspora portuguesa.
  • 23. Tratado de Alcáçovas (1497) Disputa pela posse das Canárias. Portugal e Castela dividem o mundo pelo paralelo do Tratado das Alcáçovas Tentativas dos castelhanos fazerem comércio na costa africana. 1.ª viagem de Cristóvão Colombo, ao serviço dos reis de Castela, 1492.
  • 25. Tratado de Tordesilhas LinhadeTordesilhas–1494 Linha de Alcáçovas-Toledo 1479 PropostadopapaAlexandreVI– 1493 Zona de expansão portuguesaZona de expansão espanhola A alteração da proposta do Papa pedida por D. João II leva os historiadores a supor que o rei já sabia, secretamente, da existência do Brasil e queria incluí-lo na sua área de influência. Zona de expan- são espanhola
  • 26. O Mare Clausum • Dá-se este nome ao princípio pelo qual a navegação nos mares desconhecidos e a descoberta de novos territórios ficava proibida à maioria dos povos. Mare clausum • O Papa, autoridade internacional máxima da Europa, concedeu a Portugal e Castela a exclusividade de navegação em mares desconhecidos e o direito às terras por descobrir. • Os tratados de Alcáçovas-Toledo e de Tordesilhas estabeleceram esse direito aos dois países. Quem decidiu? De que modo o fez? • Portugal e Castela. Quais os beneficiários dessa política? D. João II Isabel de Castela e Fernando de Aragão
  • 27. A Expansão – período de D. Manuel I • Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a Índia. • Pedro Alvares Cabral (re)descobre o Brasil. • O Oriente é controlado politicamente graças à criação do cargo de vice-rei (D. Francisco de Almeida e D. Afonso de Albuquerque). • O rei D. Manuel funda o mais importante entreposto português de controle comercial régio: a Casa da Índia. • Goa torna-se a sede da administração no Oriente. • Funda-se uma feitoria em Antuérpia, de onde os produtos são distribuídos para toda a Europa.
  • 28. A Expansão – período de D. Manuel I
  • 29. A chegada à Índia
  • 30. A Expansão – período de D. Manuel I Domínio do Oriente -1505-1509 - Francisco de Almeida: entendia que a força de Portugal devia assentar numa forte esquadra e no domínio de importantes rotas do Índico (domínio dos mares). Manteve permanentemente uma frota no Oceano Índico e estabeleceu o sistema de licenças pagas (cartazes) para todos os navios mercantes que não fossem portugueses. Era a política do Mare Clausum.
  • 31. A Expansão – período de D. Manuel I Domínio do Oriente -1509-1515 - Afonso de Albuquerque: defendia a existência de uma armada poderosa, mas também a conquista de praças importantes. Assim, procura dominar pontos estratégicos em terra: Goa; Ormuz e Malaca. A política deste vice-rei é de concretização da conquista. Para isso leva a cabo uma acção de miscigenação (casamento entre portugueses e indianas).
  • 32. A Expansão – período de D. João III A exploração do Brasil 1ª FASE: entre 1503 e 1530. Regime de arrendamentos a cristãos-novos que exploram essencialmente o pau-brasil. A exploração foi entregue a um grupo de burgueses, onde se destacava Fernão de Noronha, que - em troca do comércio do pau-brasil, madeira que abundava nas terras brasileiras - se comprometeu a desbravar 300 léguas da costa por ano. 2ª FASE: entre 1530 e 1548. A decadência do comércio oriental, a lucrativa exploração de pau-brasil e os ataques da pirataria francesa ao território levaram D. João III, em 1534, a implantar o sistema de capitanias. Assim, este monarca dividiu o território brasileiro em várias faixas paralelas, entregando-as a 12 capitães-donatários, com amplos poderes sobre os territórios (excepção feita à cunhagem de moeda).
  • 33. A Expansão – período de D. João III A exploração do Brasil 3ª FASE: a partir de 1548. Descoberta do tabaco. Governo Geral entregue a um Representante Real. Tomé de Sousa tornou-se, então, o primeiro governador-geral do Brasil. O Brasil conheceu um rápido desenvolvimento: milhares de colonos e muitos missionários, servindo-se de índios, mestiços e escravos africanos, arrotearam terras, expandiram culturas agrícolas (em particular a cana-de-açúcar), fundaram povoações e divulgaram a fé cristã. Entre os missionários, merecem destaque os jesuítas. O tabaco torna-se moeda de troca para a compra dos escravos. A partir de 1642 a exploração desta cultura passa a ser livre. Em 1674 D. Pedro, por necessidades do erário régio, lança um imposto sobre o consumo do tabaco, em princípio por seis anos, mas que se torna definitivo.
  • 34. A organização dos espaços coloniais • A partir da conquista de Ceuta, Portugal torna-se cabeça de um vasto império diferente de todos os que tinham existido até então. • Na costa ocidental de África são fundadas feitorias apoiadas por fortalezas.
  • 35. Produtos transacionados em África Objetivo principal dos Portugueses em África: fazer comércio. Produtos: Levados para África Trazidos de África Ouro Objetos de adorno Tecidos Marfim Malagueta Sal TrigoEscravos
  • 36. A organização dos espaços coloniais • Nos arquipélagos atlânticos, a colonização foi realizada segundo um sistema de Capitanias- Donatárias, o mesmo acontecendo com o Brasil. Fundação de S. Vicente, S. Paulo, em 1532.
  • 37. A organização dos espaços coloniais • Na Índia e Extremo-Oriente, geram-se formas de domínio estabelecidas através de uma intrincada rede de feitorias, vigilância dos mares e criação do posto de Vice-Rei.
  • 38. Produtos transacionados no Oriente Objetivo principal dos Portugueses no Oriente: obter o monopólio do comércio no Índico Sedas Porcelana s Noz moscada CanelaCravinho Moeda Produtos: Levados para o Oriente Trazidos do Oriente PimentaPedras preciosas
  • 39. O império espanhol Machu Picchu Incas Templo de Jaguar, ruínas maias de Tikal, Guatemala Maias Hérnan Cortez chega às terras de Vera Cruz, mural de Diego Rivera Astecas • Conquista rápida, • Conquista violenta dos povos e destruição das civilizações, • Exploração mineira (prata).
  • 41. Consequências da expansão: abertura das rotas comerciais •O Atlântico substitui o Mediterrâneo. •Lisboa e Sevilha são os grandes portos do comércio além-mar. •As artérias de circulação ou rotas do comércio marítimo português até 1490 são: •A Rota da Costa Africana - Guiné e Mina, englobando os arquipélagos atlânticos. •A Rota do Atlântico Norte - de Lisboa à Flandres e Norte da Europa - centrada na feitoria de Bruges. •O séc. XVI abrange novos espaços e novas rotas: •A Rota do Atlântico Nordeste - a Terra Nova - representa o espaço da pesca do Bacalhau que será daqui por diante o complemento indispensável da alimentação.
  • 42. Consequências: abertura das rotas comerciais •A Rota do Atlântico Central e Sul - Brasil - a rota do pau-brasil, do açúcar e do tabaco. •A Rota do Cabo ou das Especiarias - que liga o Ocidente ao Oriente. Com este traçado, Portugal substitui os Italianos no tráfico das especiarias, no mercado europeu. •A rota de Manila – que liga Acapulco a Manila (rota espanhola).
  • 43.
  • 44. Consequências: económicas • Desenvolve-se o comércio, que passa a ser à escala mundial (e designado como comércio triangular). • O desenvolvimento do comércio diminui a produção interna do reino. • A agricultura é abandonada e o artesanato é quase inexistente. • O rei é o principal empresário colonial. • Desenvolve-se a Economia de Transporte ou Política de Transporte.
  • 45. Consequências • No quotidiano: • Introduzem-se novos hábitos na culinária – uso das especiarias. • Introduzem-se novas culturas como o ananás, o milho grosso, o cacau, a batata... • Generaliza-se o uso do tabaco. • Transformações ao nível do vestuário. • A nível social e demográfico: •Reforço do poder do rei. •A Burguesia ascende na escala social. •Expansão do Cristianismo. •O tráfico negreiro (de escravos) aumenta. •Aumenta a emigração para as novas áreas •Desenvolve-se a política de miscigenação (casamento entre colonizadores e entre colonizados).
  • 46. Consequências: culturais • As línguas europeias espalham-se por todo o mundo. • Desenvolvem-se as ciências e a técnica: Medicina, Ciências Naturais, Náutica... • Conhece-se a verdadeira forma do globo terrestre e terminam as fábulas e lendas. • O saber livresco (característico da Idade Média) é substituído pelo valor da observação e da experiência – surge o Renascimento. • A arte passa a ser uma mistura da arte europeia com elementos indígenas (em Portugal surge o Manuelino, arte típica dos descobrimentos).
  • 47. Multiculturalismo Aculturação e assimilação Nova organização social e económica Mestiçagem Difusão das línguas portuguesa e castelhana Missionação – difusão do catolicismo Divulgação de técnicas e artes Ouro Preto (Brasil) – arquitetura colonial. Contador indo- - português, séc. XVII. Pregação do Padre António Vieira aos índios do Brasil.
  • 48. Expansão da religião • Intolerância: perseguição aos não cristãos, com destaque para os judeus Imposição do catolicismo • Averiguação e tortura de suspeitos de desrespeitar as normas católicas Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) • Nos autos de fé eram exibidos publicamente os condenados. Os que não mostravam arrependimento podiam ser queimados em fogueiras. Realização de cerimónias públicas de condenação Muitos abandonaram Portugal e Espanha, contribuindo para o desenvolvimento de outros países.