O documento discute os diferentes estilos parentais e suas consequências para as crianças. Apresenta os sete pecados capitais dos educadores, características de pais dominadores, permissivos e protetores, e as qualidades de pais educadores. Crianças de pais educadores tendem a ser mais adaptáveis e competentes em lidar com problemas.
3. • Os Sete Pecados Capitais dos Educadores (segundo Augusto Cury):
1. Corrigir Publicamente - Um educador jamais deveria expor o
defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros. A
exposição pública produz humilhação e traumas complexos, difíceis
de serem superados.
2. Expressar autoridade com agressividade - O diálogo é uma
ferramenta educacional insubstituível. Deve haver autoridade na
relação pai-filho e professor-aluno, mas a verdadeira autoridade é
conquistada com inteligência e amor.
3. Ser excessivamente crítico e obstruir a infância da criança - Os
fracos condenam, os fortes compreendem; os fracos julgam, os
fortes perdoam. Mas não é possível ser forte sem perceber nossas
limitações.
4.Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações -
Nos momentos de ira, a emoção tensa bloqueia os campos da
memória. Perdemos a racionalidade. Pare! Espere a temperatura
da sua emoção baixar. Para educar, use primeiro o silêncio e depois
as idéias.
4. 5. Ser impaciente e desistir de educar - Pais brilhantes e
professores fascinantes não desistem dos jovens e das crianças,
ainda que eles os decepcionem e não lhes dêem retorno
imediato. Paciência é o seu segredo, a educação do afeto é a sua
meta.
6. Não cumprir com a palavra - As relações sociais são um
contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule
suas reações. Seja honesto com os jovens e crianças. Não
cometa esta falha capital. Cumpra o que prometer.
7. Destruir a esperança e os sonhos - Sem esperança não há
estrada, sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo
pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na
vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e
alegria na alma.
5. É preciso lembrar que uma criança, quando
faz algo pela primeira vez, sempre olha em
volta para ver se agradou alguém. Se
agradou, repete o comportamento, pois
entende que agrado é aprovação, e ela não
tem condições de avaliar a adequação do
seu gesto
DICAS DO DR. IÇAMI TIBA PARA
ENSINAR/APRENDER LIMITES
6. Quando os pais permitem que os filhos,
por menores que sejam, façam tudo o que
desejam, não estão lhes ensinando noções
do que podem ou não podem fazer. Os pais
usam diversos argumentos para isso: “eles
não sabem o que estão fazendo”; “são
muito pequenos para aprender”; “vamos
ensinar quando forem maiores”; “sabemos
que não devemos deixar... mas é tão
engraçadinho” etc .
7. Portanto, cada vez que os pais aceitam
uma contrariedade, um desrespeito, uma
quebra de limites, estão fazendo c om que
seus filhos não compreendam, e rompam o
limite natural para seu comportamento em
família e em sociedade.
Apesar de ser fisicamente mais fortes, os
pais que não reagem à quebra de limites
dos filhos ac abam permitindo que estes,
muito mais fracos, os maltratem,
invertendo a ordem natural de que o mais
fraco deve respeitar o mais forte.
8. A força dos pais está em transmitir aos filhos a
diferença entre o que é aceitável ou não,
adequado ou não, entre o que é essencial e
supérfluo, e assim por diante. Pedir um
brinquedo é aceitável, mas quebrar o brinquedo
meia hora depois de ganha-lo e pedir outro é
inaceitável. É importante estabelecer limites
bem cedo e de maneira bastante clara porque,
mais tarde, será preciso dizer ao adolescente de
quinze anos que sair para dar uma volta com o
carro do pai não é permitido, e ponto final.
9. O estudo é essencial; portanto, os filhos têm
obrigação de estudar. Caso não o façam, terão
sempre que arcar com as consequências de sua
indisciplina, que deverão ser previamente
estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois
de estudar, por exemplo. No que é essencial, os pais
deverão dedicar mais tempo para acompanhar de
perto se o combinado está sendo levado em
consideração. Os filhos precisam entender que têm
a responsabilidade de estudar e que seus pais os
estão ajudando a cumprir um dever que faz parte
da “brincadeira” da vida.
10. Características do
Pais Dominadores
1. Fazem observações críticas e hostis, invalidam e
diminuem os filhos. Manipulam o poder a seu
favor. Sempre estão certos e nunca cometem
erros. A culpa é sempre dos outros.
2. Têm tendência a evidenciar os pontos fracos dos
filhos e desconhecer as suas qualidades.
Dificilmente elogiam.
11. 3. Utilizam generalizações ao se referirem aos
comportamentos dos filhos – “Você não faz nada
direito!”, “Você é um incompetente!”, “Você
sempre me contraria!”, “Você nunca me
obedece!”...
4. Engolem o “poder pessoal dos filhos”. Por
consequência, estes se transformam em pessoas
intimidadas, falham constantemente e agem na
vida de maneira deficiente e sem sucesso. Ou,
tornam-se “modelos de cópia” dos filhos, que
disputarão o poder com eles, de forma competitiva
e supressora.
12. O que acontece com os filhos de pais
dominadores?
Tornam-se amedrontados, retraídos, com baixa
estima e dificuldades de confiar. Aprendem que
sentimentos são errados, engolem a raiva, não
conseguem regular e equilibrar as emoções. Na
escola alguns costumam comportar-se
agressivamente, são indisciplinados, para
compensar os severos limites colocados pelas
pais. Outros mostram timidez excessiva, são
envergonhados e pouco assertivos.
13. Características de Pais Permissivos
1. São carentes, emocionalmente, e têm
dependência emocional dos filhos.
2. Precisam dos filhos para dar sentido à
sua vida, por isso, têm muito medo de
perdê-lo. Chamam a isso de amor.
3. Sofrem de sentimento de culpa, e para
evitar este sentimento fazem todas as
vontades dos filhos.
14. 4. Superprotegem os filhos e são
extremamente preocupados com sua
segurança. Isto os faz sentirem-se fortes e
necessários. Projetam a sua fragilidade e
insegurança nos filhos.
5. Têm dificuldade para dar ordens aos
filhos; sofrem porque eles não os
obedecem e, na maioria das vezes, não
sabem como reverter a situação.
15. O que acontece com os filhos de pais
permissivos?
Algumas crianças mostram-se egoístas,
individualistas, apresentando dificuldades em
desenvolver amizades. Outras ficam
despreparadas para o futuro e não aprendem
como regular as emoções. Se irritadas,
demoram a sair deste estado, podendo
comportar-se de forma descontrolada e
ofensiva. Na escola não aceitam limites, agridem
os colegas, quebram objetos e regras.
16. Características dos Pais Protetores
* Fogem das emoções negativas, acreditando que são
prejudiciais;
* Acreditam que dar à atenção pode resultar em
descontrole;
* Evitam abordagem dos problemas;
* Não sabem como lidar com os próprios sentimentos,
desmerecendo o valor do acontecimento que gerou à
emoção;
* Protegem os filhos da emoção negativa, sem ensinar ,
formas de resolver as dificuldades;
* Deixam os filhos aos cuidados de terceiros, sem
acompanhar o seu comportamento;
* Lidam ingenuamente com a criança, que chora.
17. O que acontece com os filhos de pais
protetores?
Alguns aprendem que os sentimentos são
errados, impróprios e inadequados; que algo
errado passa-se com ele, pelo que sente. Outros
mostram dificuldades de entrar em contato com
as emoções. São frágeis, confusos com relação
aos sentimentos, não sabem lidar com críticas,
submetem-se à pressão dos colegas.
18. Limites e Afetos
• SER PAI/MÃE É SER, ACIMA DE TUDO, UM
EDUCADOR
• Os educadores ideais são aqueles que fazem
pontes, que convidam os aprendizes a
atravessarem, e depois, tendo facilitado a
travessia, desmoronam-se com prazer,
encorajando-os a criarem suas próprias pontes.
19. Características dos Pais Educadores
1. Constroem o sistema pais e filhos dentro dos
princípios de hierarquia e ensinam aos filhos o
“sentido de autoridade” - Pais determinam e
filhos obedecem.
2. Procuram informar aos filhos o “por quê” das
determinações, explicando o raciocínio lógico e a
conduta moral embutidos na ordem dada.
Sustentam o seu comando com firmeza.
20. 3. Incansavelmente, treinam os filhos a se
esforçarem física, emocional e moralmente, para
construírem e fortalecerem a sua “força de
vontade”.
4. Ensinam aos filhos ética e moral e exigem que
eles exercitem o seu livre arbítrio de maneira
virtuosa. Coíbem com firmeza, a prática dos vícios
morais. Invariavelmente ouvem os filhos, cedendo
aos seus apelos, por justiça; nunca para fugir às
pressões.
21. 5. Invariavelmente, assumem a responsabilidade
dos seus atos e cobram o mesmo de seus filhos.
Não culpam a ninguém e nem a nada, pelos
acontecimentos de sua vida.
6. Dizem “sim” e “não” com coerência.
7. Educam com amor, paciência, firmeza e justiça.
Sentem amor pelos filhos e os tratam com respeito
e consideração, ensinando-os a fazerem o mesmo
com ele, os pais.
8. Ensinam e praticam o valor “família”.
22. O que acontece com filhos de pais educadores?
Mostram-se mais preparados para suportar crises e problemas,
conseguem acalmar-se e sair da angústia.
Autoconfiantes, imaginativos, adaptáveis, apresentando maior
auto confiança e auto-conhecimento.
Empáticos e capazes de ler as emoções do outro. Têm equilíbrio
para lidar com sentimentos aflitivos.
Apresentam maior competência interpessoal, pensamento
realista, comportamento ético e capacidade para solucionar
problemas. Mantém o otimismo e a capacidade de motivar a si
mesmo.
Perseveram, apesar das frustrações. São criativos, confiantes e
benquisto. Discutem regras, mas são adaptáveis. São bem-
sucedidos e competentes em relação às vicissitudes da vida.