Pacientes idosos cuidados adicionais em anestesia e sedação consciente
Semiologia patologias da lingua
1.
2. MARCOS
LÍNGUA
Órgão muscular revestido por papilas, relacionado
ao sentido do paladar que fica localizado na
parte ventral da boca da maioria
dos animais vertebrados.
- Essas papilas possuem terminações nervosas que,
estimuladas por determinadas moléculas,
conduzem informação ao cérebro a fim de
reconhecer o gosto das coisas.
3. - Funções:
- Ajudam a "processar" os alimentos.
- Participa na formação dos fonemas da fala
- Ajuda na limpeza dos dentes
- Mantém os dentes em posição no arco dental, etc.
É o único músculo voluntário do corpo
humano que não fadiga.
4. LESÕES NA LÍNGUA
• Existem uma série de patologias que podem
acometer a língua humana. Sendo geralmente de
etiologia obscura e incerta, porém normalmente as
origens mas prováveis são, congênitas,
psicogênicas, provocadas por traumas, e
provocadas por bactérias (biofilme).
5. • Exemplos:
Língua geográfica – provável origem psicogênica
Língua pilosa – Origem incerta (causas extrínsecas
especialmente cigarro associado a higiene
deficiente)
Língua saburrosa – Origem bacteriana ( placas
bacterianas) formadas devido a higienização
deficiente.
Língua fissurada – Origem congênita
6.
7. GREGORY
LÍNGUA GEOGRÁFICA
Etiologia:
Também chamada de glossite migratória benigna ou
eritema migratório.
- É uma condição de etiologia ainda obscura e de aspecto clínico
multiforme.
• Considerações de alguns autores quanto a etiologia:
- Anomalia de desenvolvimento.
- Origem psicogênica devido a: ser observada principalmente em
crianças, sobretudo nas portadoras de alterações emocionais
- Causa alérgica
O fato desta lesão desaparecer de um lugar e aparecer em
outro, invalida a princípio qualquer possibilidade de se tratar de
anomalia de desenvolvimento, uma vez que estas não mudam
sistematicamente de local.
8. • Tem se observado que um grande número de
casos ocorre na primeira infância e tendem a
desaparecer por volta do 7° ou 8º ano de
vida.
9.
10. Sintomas
• Não comprometem o paladar
• Permanecem ativas por períodos longos ou
curtos
• Regride espontaneamente
• Pode reaparecer
• São assintomáticas, porém alimentos
condimentados, ácidos ou bebidas alcoólicas
podem provocar ardência e queimação.
11. Características clinicas
• As lesões se iniciam por erosões avermelhadas
• A lesão gera o desaparecimento das papilas
filiformes
• Com bordas bem definidas e esbranquiçadas de
aspecto circinado que se estendem formando
lesões erosivas de diâmetro cada vez maior.
• As áreas despapiladas persistem por pequeno
período de tempo, normalizam e aparecem em
outro local. Esse fato é que determina a
denominação de migratória à condição.
13. Diagnóstico
• O diagnóstico é clínico e leva em consideração
as características das lesões, que mudam de
forma e de local. Em alguns casos, pode ser
necessário realizar exames de cultura e
biópsia.
Diagnóstico Diferencial
• Candidíase, líquen plano, psoríase, síndrome
de Reiter, Placa Mucosa Sifilítica.
14. Tratamento
• Língua geográfica é uma condição benigna para a qual
não existe tratamento específico.
A única medida terapêutica incide sobre os sintomas,
quando eles se manifestam.
• Recomendações:
É muito importante que os portadores de língua
geográfica saibam que:
- Se trata de uma condição benigna, não contagiosa e que
as lesões podem recidivar e desaparecer sem tratamento;
- Evitem ingerir alimentos condimentados e muito
quentes para não provocar irritações desagradáveis.
15. Conclusões
• A língua geográfica é uma alteração relativamente
comum que compromete principalmente crianças em
idade escolar;
• A língua geográfica apresenta uma morfologia bastante
variada;
• A língua geográfica, não possui tratamento específico,
apenas sintomático;
• O paciente deve tomar ciência da característica benigna
da anomalia;
• A prevalência da alteração em relação ao sexo, não
apresenta evidências significativas.
16. JEAN
CARLOS
LÍNGUA PILOSA
• Definição:
Caracterizado pelo acumulo acentuado de
ceratina nas papilas filiformes do dorso da
língua resultando em uma semelhança com
pelos.
17.
18. Etiologia
• Sua causa é incerta
• A maioria dos pacientes afetados são os
tabagistas crônicos.
• Outros fatores:
• Desabilitação oral
• Higienização oral deficiente
• Histórico de radioterapia de cabeça e pescoço.
19.
20. Características Clínicas
• São mais comuns na linha média anterior as papilas
circunvaladas.
• As papilas alongadas geralmente são amareladas,
acastanhadas e enegrecidas.
• Pode envolver maior parte do dorso da língua
• Sua pigmentação decorre do uso de tabaco e
alimentos.
• Pode ser fonte de halitose.
Pode ser confundido com leucoplasia
pilosa.
23. Tratamento
• São condições benignas onde não trazem sequelas.
Seu tratamento pode ser estético e possivelmente
relacionado a halitose.
• Pode ser feito a descamação das papilas ceratóticas
com raspagem periódica, limpeza com escova de
dente ou raspador de língua.
Podofilina: agente ceratolítico tem sido
utilizado, porem por motivo de segurança não
é recomendado.
24. JEAN
PATRICK
LÍNGUA SABURROSA
• Definição:
A Saburra lingual, também conhecida por
Biofilme lingual, Língua branca, Língua
esbranquiçada ou Língua saburrosa.
É uma placa bacteriana esbranquiçada, podendo
ainda ter a coloração amarelada ou
amarronzada, que se forma na parte posterior
(fundo) da língua.
25.
26. • Causas:
Esta placa é originada quando:
- Ocorre diminuição da produção de saliva
- Uma descamação epitelial da mucosa bucal
(minúsculos pedacinhos de pele que se
desprendem dos lábios e bochechas) acima dos
limites normais (ou fisiológicos) ou;
- em ambas as situações.
Atualmente, a saburra lingual é reconhecida como
a maior responsável pelo mau hálito (ou halitose).
27. • Agente causadores:
• A descamação excessiva de células que facilita a
formação da saburra lingual pode ser causada por
inúmeros fatores, como:
- a respiração bucal
- o ronco
- o uso de enxaguatórios com álcool
- uso de aparelhos ortodônticos
- hábitos de mordiscamento dos dedos, lábios e
bochechas, entre muitos outros.
28.
29. Tratamento
• Existem meios de diminuir a formação da saburra lingual como, por
exemplo:
• Aumentando o fluxo salivar, se houver necessidade
• Ou diminuindo a descamação excessiva de células da mucosa bucal,
através do tratamento de suas causas.
• No entanto, estes métodos podem demorar a ter resultados, ou
ainda, ter resultados parciais.
• Evidente que o sucesso no tratamento do mau hálito é diretamente
ligado ao efetivo controle da saburra lingual.
• Desta forma, torna-se fundamental uma técnica de limpeza da
língua que seja eficiente, pois ela é o principal passo para o
controle satisfatório da halitose, sendo a remoção diária da saburra
lingual um procedimento essencial à manutenção de um hálito
agradável.
31. FERNANDO
Língua Fissurada
• Também conhecida por língua escrotal,
• Etiologia:
- É a anomalia congênita mais prevalente na cavidade
bucal, estando presente em quase 6,0% da
população.
- apresenta fissuras em parte ou em toda a sua
superfície.
32. • Características clinicas:
- O número, profundidade e dimensões dos sulcos
na língua variam muito, porém, são em geral
simétricos.
- Em grande número dos casos, o paciente não
percebe a alteração, a não ser que devido à infecção,
o caso chame sua atenção.
33.
34. Diagnóstico
• Anamnese
- Pelo caráter hereditário, é muito comum outro
membro da família apresentar um quadro
semelhante. Logo, a anamnese constitui um
dos principais métodos para a condução do
diagnóstico final.
35. Tratamento
• Por se tratar de uma patologia benigna e sem
maiores consequências, não há necessidade
de tratamento específico, nem intervenção
médica.
• Mas recomenda-se uma boa higienização na
língua, para evitar que aqueles alimentos
alojados nas fissuras possam fermentar e
provocar inflamações, irritações, dor e
ardência.
36. CONCLUSÃO FINAL
Diante da sistemática das patologias da língua apresentadas, é
preciso que o profissional Cirurgião Dentista entenda alguns
princípios básicos para diagnosticar a patologia e orientar o
tratamento do paciente, dentre estes princípios estão:
Dar a devida atenção a cada caso
Executar os procedimentos clínicos necessários para um
diagnóstico seguro
Entender a etiologia da patologia
Lançar mão de exames auxiliares quando necessário
Depois de diagnosticada a patologia, orientar o paciente quanto a
higienização adequada e necessidade de acompanhamento
profissional, procurando sempre acalmá-lo
Prescrever-lhe fármacos que traga alivio aos sintomas expressados
pela patologia
Fazer um prognóstico sensato e compatível
Fazer a proservação.