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2008


CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS - AULA 05




                           CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS
                           CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
                           PROF. MORAES JR.
CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS
                        Diversas Bancas
Prezado Aluno,

Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante
a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-
mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-
lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas,
considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta
metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz.

IMPORTANTE!!!! Apesar das alterações trazidas pela Lei n o 11.638/07
à Lei das Sociedades por Ações, atenção, na hora da prova, à data das
demonstrações contábeis, pois se, por exemplo, aparecer um Balanço
Patrimonial de 2006, o que vale é a Lei das Sociedades por Ações sem
as alterações da Lei no 11.638/07. Ou seja, você precisa saber a reda-
ção da Lei no 6.404/76 antes e depois das alterações (antes de
01/01/2008 e após 01/01/2008). CUIDADO!!!!

Caso tenha dúvidas sobre as questões, por favor envie um e-mail para jjmora-
esjr@ig.com.br.

Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO
                  Questões Comentadas e Resolvidas

78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade
e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das
causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse
princípio, a norma determina que

(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação.
(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente
estimável.
(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração.
(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo
determinado, previsto ou previsível.




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Resolução

De acordo com o artigo 6o da Resolução no 750/93:

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tem-
pestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas muta-
ções, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão
correta, independentemente das causas que as originaram.

      Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da
      OPORTUNIDADE:

            I – desde que tecnicamente estimável, o registro das varia-
            ções patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de so-
            mente existir razoável certeza de sua ocorrência;

            II – o registro compreende os elementos quantitativos e
            qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetá-
            rios;

            III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das
            variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um pe-
            ríodo de tempo determinado, base necessária para gerar in-
            formações úteis ao processo decisório da gestão. (grifos
            meus)

Análise das alternativas:

(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação.

      De acordo com o artigo 4o da Resolução no 750/93:

            Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como
            objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
            necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no uni-
            verso dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer
            a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou institui-
            ção de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
            Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde
            com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de
            sociedade ou instituição.

            Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas
            a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil
            de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE,
            mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (grifos
            meus)

      Corresponde ao Princípio da Entidade. A alternativa está incorreta.


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(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente
estimável.

      A alternativa está correta, de acordo com o inciso II do art. 6 o da
      Resolução no 750/93.

(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração.

      De acordo com o artigo 9o da Resolução no 750/93:

            Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apu-
            ração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
            simultaneamente quando se correlacionarem, independen-
            temente de recebimento ou pagamento.

      Corresponde ao Princípio da Competência. A alternativa está incorreta.

(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.

      De acordo com o artigo 7o da Resolução no 750/93:

            Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados
            pelos valores originais das transações com o mundo exteri-
            or, expressos a valor presente na moeda do País, que serão
            mantidos na avaliação das variações patrimoniais posterio-
            res, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições
            no interior da ENTIDADE.

            Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR
            ORIGINAL resulta:

                  I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser
                  feita com base nos valores de entrada, considerando-se
                  como tais os resultantes do consenso com os agentes ex-
                  ternos ou da imposição destes;

                  II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou
                  obrigação não poderão ter alterados seus valores in-
                  trínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposi-
                  ção em elementos e/ou sua agregação, parcial ou inte-
                  gral, a outros elementos patrimoniais;

                  III – o valor original será mantido enquanto o compo-
                  nente permanecer como parte do patrimônio, inclusive
                  quando da saída deste;



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Corresponde ao Princípio do Registro pelo Valor Original. A alternativa
      está incorreta.

(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo
determinado, previsto ou previsível.

      De acordo com o artigo 5o da Resolução no 750/93:

            Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua
            vida definida ou provável, devem ser consideradas quando
            da classificação e avaliação das mutações patrimoniais,
            quantitativas e qualitativas.

            § 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ati-
            vos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passi-
            vos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem
            prazo determinado, previsto ou previsível.

      Corresponde ao Princípio da Continuidade. A alternativa está incorreta.

GABARITO: B

79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de
capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base
no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na
Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação:

Preço de venda          R$ 3.000.000,00
Valor patrimonial       R$ 2.000.000,00
Ágio não amortizado     R$ 200.000,00
Provisão para perdas    (R$ 500.000,00)

Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a)

(a) ganho de R$ 1.500.000,00.
(b) ganho de R$ 1.300.000,00.
(c) ganho de R$ 300.000,00.
(d) perda de R$ 500.000,00.
(e) perda de R$ 1.700.000,00.




Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas   5
Resolução

Esta questão não consta explicitamente no edital, mas irei resolvê-la.

O art. 425 do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda) fala em resultado
na alienação de investimento avaliado pelo custo de aquisição.

Vamos à Resolução da questão:

Preço de venda         R$ 3.000.000,00
Valor patrimonial      (R$ 2.000.000,00)
Ágio na Venda           R$ 1.000.000,00 (receita)
(-) Ágio não amortizado (R$ 200.000,00)
(+) Provisão para perdas R$ 500.000,00
Ganho                  R$ 1.300.000,00

GABARITO: B

80. A Lei no 6.404/76 definiu que, no Ativo, as contas serão classificadas, no
Balanço Patrimonial, em ordem decrescente de grau de liquidez e, no Passivo,
em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades. Coeren-
te com essa determinação, o grupo Resultados de Exercícios Futuros deve ser
classificado no Balanço Patrimonial:

(a) no Patrimônio Líquido, por representar um montante que, necessariamen-
te, transitará em resultados em algum momento futuro.
(b) antes do Passivo Exigível a longo prazo, em virtude de representar obriga-
ções sem data certa de realização.
(c) entre as exigibilidades, por representar uma obrigação a ser realizada pela
empresa em futuro incerto e não sabido.
(d) entre o Exigível a longo prazo e o Patrimônio Líquido, por não representar
qualquer obrigação por parte da empresa nem constituir parte integrante de
seu Patrimônio Líquido.
(e) entre o Passivo Circulante e o Exigível a longo prazo, em razão de repre-
sentar valores exigíveis em prazo incerto, proporcional ao ciclo operacional da
empresa.

Resolução

O grupo Resultado de Exercícios Futuros é apresentado no Balanço Pa-
trimonial entre o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido, sendo com-
posto das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas dos custos e
despesas correspondentes incorridos ou a incorrer, que efetivamente
serão reconhecidas em períodos futuros por estarem associadas a al-
gum evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as quais não haja
qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa (art.
181 da Lei no 6.404/76).

As contas classificadas no REF não representam obrigação por parte da
empresa e nem são pertencentes ao Patrimônio Líquido.


Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas   6
GABARITO: D

Aqui, vou aproveitar para fazer um estudo do REF, pois é assunto muito co-
mum em provas de concursos:

No REF, deverão constar quantias recebidas que não serão, em hipótese
alguma, devolvidas pela empresa nem representam obrigações de sua
parte de entregar bens ou serviços. Além disso, esses recebimentos de-
vem referir-se a operações que afetarão o patrimônio nos exercícios
seguintes.

Exemplo: A empresa J4M2 alugou, em 01/07/2005, um imóvel para a empre-
sa Inquilina Ltda, que pagou antecipadamente um ano de aluguel no valor de
R$ 60.000,00 (aluguel de R$ 5.000,00 por mês). Logo, os lançamentos a se-
rem efetuados na J4M2 serão:

I – No recebimento do valor adiantado (01/06/2005):

Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
 a Alug. Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 60.000

II - Quando as receitas forem realmente auferidas (Princípio da Competência),
e, o lançamento será o seguinte:

Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)
a Receita de Aluguéis (Receita)

Logo, em 31/12/2005, a empresa J4M2 efetuará o seguinte lançamento, que
corresponde aos seis primeiros de aluguéis, de julho/2005 a dezembro/2005
(receitas já auferidas):

Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)
a Receita de Aluguéis (Receita)             30.000

Exemplo: Suponha, agora, que a empresa J4M2 alugou seu imóvel por inter-
médio de uma administradora de imóveis, que cobra 10% de taxa de adminis-
tração, e que, além disso, a empresa Inquilina Ltda pagou o aluguel referente
a janeiro de 2006 em dezembro de 2005. O lançamento em dezembro de
2005, na J4M2, seria o seguinte:

Diversos
a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros)
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)                 4.500
Custo dos Aluguéis Recebidos Antecip. (Retificadora – REF) 500 5.000

Cabe ressaltar que não devem ser incluídos no grupo Resultados de
Exercícios Futuros os valores que possuam alguma obrigatoriedade fu-
tura de entrega de bens e serviços ou de devolução pela entidade. As-
sim, por exemplo, a conta “Adiantamento de Clientes”, que corresponde a uma
conta de fornecimento de bens ou serviços, é uma conta do Passivo Circulante.


Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas   7
Um outro exemplo é a conta “Receitas Financeiras a Apropriar” (“Juros Ativos a
Transcorrer”), que deve ser classificada com retificadora do Ativo.

Exemplo: A empresa J4M2, no dia primeiro de dezembro de 2005, efetuou
uma aplicação financeira no valor de R$ 60.000,00, por 60 dias, com juros re-
cebidos antecipadamente, no valor de R$ 1.000,00. Assim, o seguinte lança-
mento deve ser efetuado pela empresa:

Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)
a Diversos
a Bancos (Ativo Circulante)                            60.000
a Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC)        1.000            61.000

Em 31/12/2005, a empresa reconheceria como receita os primeiros 30 dias de
juros:

      Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC)
      a Juros Ativos (Receita)                       500

81. A Cia. Alfa S/A possui diversas coligadas e controladas em várias regiões
do Brasil. Por ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, os investimen-
tos relevantes em coligadas e controladas, incluindo Joint Venture, deverão ser
avaliados pelo método da(o)

(a) equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor do Patrimônio Líquido
da coligada ou controlada proporcionalmente à participação acionária.
(b) equivalência harmônica, ou seja, com base na proporção entre o valor do
Patrimônio Líquido da coligada e controlada e o valor da cotação dessas ações
nas bolsas de valores.
(c) Ebitda, isto é, o valor de mercado das ações deduzido da valorização ainda
não realizada em função da variação dos índices.
(d) Valor Econômico Agregado – VEA, considerando-se o a cotação do mercado
em comparação com o valor patrimonial das ações.
(e) custo de aquisição deduzido de perdas em decorrência de desvalorização
dos índices existentes nas bolsas de valores.

Resolução

Relembrando:

A) Antes das alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência
Patrimonial.

      -   Investimento relevantes em sociedades coligadas sobre cuja a
          administração tenha influência, ou de que participe com 20%
          (vinte por cento) ou mais do capital social; e
      -   Em sociedades controladas.




Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas   8
B) Após as alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência Pa-
trimonial.

      -   Investimento em sociedades coligadas sobre cuja a adminis-
          tração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte
          por cento) ou mais do capital votante;
      -   Em sociedades controladas;
      -   Em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
          estejam sobre controle comum.

No caso, a questão não entrou no mérito do percentual de investimento em
coligada. Contudo, a única resposta possível é a alternativa “a”, tendo em vista
que as demais alternativas são totalmente absurdas.

(*) Conceito de Joint Venture: representa a associação de duas ou mais em-
presas a fim de criar ou desenvolver uma atividade econômica.

GABARITO: A

82. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Delta S/A, em reais.

           Ativo                2005         2006
Caixa                           60.000,00    75.000,00
Bancos                         120.000,00   155.000,00
Duplicatas a Receber           260.000,00   470.000,00
Estoques                       380.000,00   650.000,00
Ativo Circulante              820.000,00 1.350.000,00
Realizável LP                 129.500,00   170.000,00
Investimentos                  700.000,00   900.000,00
Imobilizado Líquido          1.400.000,00 1.700.000,00
Diferido Líquido               300.000,00   355.000,00
Ativo Permanente            2.400.000,00 2.955.000,00
Total Ativo                 3.349.500,00 4.475.000,00

         Passivo             2005         2006
Fornecedores                370.000,00   535.000,00
Impostos a Pagar             75.000,00   167.500,00
Salários a Pagar             99.500,00   222.000,00
Duplicatas a Pagar           85.000,00   125.500,00
Passivo Circulante         629.500,00 1.050.000,00
Exigível LP                210.000,00   295.000,00
Capital Social            1.400.000,00 2.400.000,00
Reserva de Capital          800.000,00   200.000,00
Reserva Legal                70.000,00    95.000,00
Reserva Estatutária          85.000,00   285.000,00
Reserva de Contingências    105.000,00   115.000,00
Lucros Acumulados            50.000,00    35.000,00
Patrimônio Líquido        2.510.000,00 3.130.000,00
Total do Passivo         3.349.500,00 4.475.000,00
Informações adicionais:

Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas   9
• Aumento de capital:
R$ 600.000.00 = incorporação de reserva de capital;
R$ 400.000,00 = aporte de capital pelos acionistas;
• Reversão de Reservas de Contingências: R$ 70.000,00;
• Lucro Líquido do exercício: R$ 500.000,00;
• Depreciação do período: R$ 320.000,00;
• Amortização do diferido: R$ 120.000,00;
• Proposta da diretoria para distribuição do Lucro Líquido:
• Reserva Legal R$ 25.000,00
• Reserva Estatutária R$ 200.000,00
• Reserva para Contingência R$ 80.000,00
• Dividendos R$ 280.000,00

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que, na elaboração da Demons-
tração de Origens e Aplicações de Recursos, o total de origens, em reais, é

(a) 1.425.000,00
(b) 1.315.500,00
(c) 1.180.000,00
(d) 1.095.000,00
(e) 1.085.500,00

Resolução

Questão sobre a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Vamos
relembrar este assunto:
Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que aumentem o
capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou redução do passivo
circulante, em operações que envolvam também os grupos não circulantes.

Aplicações do Capital Circulante Líquido: todas as operações que reduzem
o capital circulante líquido: redução do ativo circulante ou aumento do passivo
circulante, em operações que também envolvam grupos não circulantes.

Variação do Capital Circulante Líquido ( CCL) = Origens – Aplicações
Estrutura da DOAR:
1. Origens de Recursos
(a) Lucro Líquido do Exercício
      (+) Depreciação, Amortização, Exaustão;
      (+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros
      (+) Perda de Equivalência Patrimonial
      (+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo
      (+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente

       (-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros
       (-) Ganho de Equivalência Patrimonial
       (-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo
       (-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente
       Lucro Ajustado
(b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP)
(c) Alienação de Bens e Direitos do Ativo Permanente (Valor da Venda)

Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 10
(d) Diminuição do Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP)
(e) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital
Total de Origens

2. Aplicações de Recursos

(a) Dividendos
(b) Diminuição do PELP
(c) Aumento do ARLP (aquisição de bens e direitos)
(d) Aumento do Ativo Permanente (aquisição de bens e direitos)
(e) Redução do Patrimônio Líquido
Total de Aplicações

 CCL = Origens – Aplicações

Há que se ressaltar, ainda, que, com as alterações trazidas pela Lei no
11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatória e foi substituída pela
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) (art. 176, IV, da Lei n o
6.404/76).

Vamos à resolução da questão:

1. Origens de Recursos

(a) Lucro Líquido do Exercício                             500.000
      (+) Depreciação do Período                           320.000
      (+) Amortização do Diferido                          120.000
      Lucro Ajustado                                       940.000
(b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP)         85.000
(e) Realização do Capital Social e Cont. para Res. de Cap. 400.000 (*)
Total de Origens                                         1.425.000

(*) A incorporação de reserva de capital ao capital social não afeta o
Capital Circulante Líquido, conforme pode ser visto no lançamento a-
baixo. Logo, não é nem origem e nem aplicação. ATENÇÃO!!!

      Reserva de Capital (PL)
      a Capital Social (PL)         600.000

Por outro lado, o aporte de capital pelos acionistas é uma origem, pois aumen-
ta o ativo circulante, e, conseqüentemente, o Capital Circulante Líquido. Vide
lançamento:

      Caixa (Ativo Circulante)
      a Capital Social (PL)         400.000 => origem

GABARITO: A

83. Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas subscre-
veu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para integralização em


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equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento endereçado à Assembléia
Geral, o valor de R$ 1.145.000,00.

A Assembléia Geral de subscritores nomeou uma empresa especializada que,
em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em R$
1.160.000,00. A Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$
1.148.000,00.

Considerando as determinações da Lei n o 6.404/76, com nova redação dada
pelas Leis nos 9.457/97 e 10.303/01, a integralização do capital deve ser con-
siderada pelo valor, em reais, de

(a) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor.
(b) 1.148.000,00, aprovado pela assembléia geral.
(c) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida ao subscri-
tor.
(d) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos, não havendo
ressarcimento.
(e) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada como ágio
na subscrição.

Resolução

A questão ainda não está considerando as alterações da Lei n o 11.638/07, que
extinguiu a Reserva de Reavaliação. Vamos relembrar o conceito de Reserva
de Reavaliação:

Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de au-
mentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avalia-
ções com base em laudo nos termos do artigo 8 o, aprovado pela assembléia-
geral (art. 182, § 3o, da Lei no 6.404, de 15/12/1976).

Vamos resolver a questão:

Subscrição de acionista = 1.150.000 ações x R$ 1,00 = R$ 1.150.000,00
Integralização em Equipamentos no valor de R$ 1.145.000,00
Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$ 1.148.000,00

De acordo com o art. 8o da Lei no 6.404/76:
      Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa es-
      pecializada, nomeados em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela
      imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convo-
      cação com a presença desubscritores que representem metade, pelo menos, do
      capital social, e em segunda convocação com qualquer número.

            § 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fun-
            damentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos
            de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos
            bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo,
            a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas.



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§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia, os bens
            incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros
            diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão.

            § 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar
            a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da com-
            panhia.

            § 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da
            companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor.


Ou seja, conforme o § 4o supracitado, a integralização do capital deve
ser considerada, em reais, pelo valor do documento enviado à Assem-
bléia Geral pelo acionista, no valor de R$ 1.145.000,00.

Após o equipamento ser registrado no ativo permanente da empresa, ele po-
derá sofrer uma reavaliação (pois o valor aprovado em Assembléia foi de R$
1.148.000,00), de acordo com o seguinte lançamento:

      Equipamento (Ativo Permanente)
      a Reserva de Reavaliação (PL)              3.000 (1.148.000 – 1.145.000)

GABARITO: A

84. A Comercial de Papéis S/A, em dezembro de 2006, praticou os seguintes
atos:
• venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-
mento 30/06/07;
• venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$
50.000,00, vencimento 30/06/07;
• venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, venci-
mento 30/06/07;
• adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, venci-
mento 20/11/07;
• adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07;
• venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coliga-
da, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08.

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e as determinações
da Lei das Sociedades por Ações, no balanço de 31/12/06, os direitos a rece-
ber, classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, atingiram, em reais, o
montante de

(a) 500.000,00
(b) 620.000,00
(c) 1.120.000,00
(d) 1.240.000,00
(e) 1.290.000,00
Resolução



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Para resolver esta questão precisamos lembrar quais as contas que devem ser
classificado no Ativo Realizável a Longo Prazo.

No ativo realizável a longo prazo serão classificados: os direitos realizáveis a-
pós o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adi-
antamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negó-
cios usuais na exploração do objeto da companhia (art. 179, II, da Lei n o
6.404/76).

De acordo com o artigo 179, II, da Lei no 6.404/76, percebe-se que o Ativo
Realizável a Longo Prazo pode ser dividido em dois subgrupos:

- Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: Duplicatas
a Receber (Longo Prazo), Promissórias a Receber (Longo Prazo), Esto-
ques (Longo Prazo), Despesas Antecipadas (Longo Prazo), etc.

- Direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a soci-
edades coligadas, sociedades controladas, diretores, acionistas e par-
ticipantes no lucro da companhia. Estes direitos independem do prazo
e não podem constituir negócios usuais na exploração do objeto da
companhia.

Exemplo: Caso uma empresa comercial, cujo negócio é a revenda de merca-
dorias, venda suas mercadorias a prazo para uma empresa coligada, terá um
direito derivado de venda à coligada. Entretanto, esta venda dependerá do
prazo, isto é, se forem realizáveis no exercício seguinte, serão classificadas no
ativo circulante. Caso sejam realizáveis após o término do exercício seguinte,
serão classificadas no ativo realizável a longo prazo. Este procedimento ocorre,
visto que a venda de mercadorias constitui um negócio usual na exploração do
objeto de uma empresa comercial. No entanto, caso a referida empresa faça
um empréstimo em dinheiro para sua coligada, esta operação independerá do
prazo e será classificada no ativo realizável a longo prazo, pois emprestar di-
nheiro não representa um negócio usual da empresa comercial.

Vamos resolver a questão:

Balanço Patrimonial de 31/12/2006:

Regra Geral:
    Ativo Circulante – até o término do exercício seguinte (até
    31/12/2007);
    ARLP – após o término do exercício seguinte (após 31/12/2007).

Exceção: ARLP (independentemente do prazo de pagamento) - negó-
cios realizados com sócios, diretores, acionistas e participantes no lu-
cro da companhia/empresas ligadas que não constituam a atividade
fim da empresa.

I - venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci-
mento 30/06/07;

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Apesar de o vencimento ser antes de 31/12/2007, foi realizada uma
      venda de um veículo do Imobilizado (não é atividade fim da empresa) a
      um acionista (pessoa ligada).

      Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000

II - venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$
50.000,00, vencimento 30/06/07;

      Empregados não constam no rol de pessoas ligadas: diretores, a-
      cionistas ou participantes no lucro da companhia. Logo, esta venda
      a prazo deve seguir o vencimento, que, no caso, é antes de 31/12/2007,
      devendo ser classificada no Ativo Circulante.

III - venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00,
vencimento 30/06/07;

      A empresa é comercial. Logo, seu negócio é a venda de mercadorias.
      Portanto, mesmo no caso das mercadorias vendidas para sociedade con-
      trolada, como é atividade fim da empresa, o fato deve ser classificado no
      ativo circulante, por vencer em 30/06/07.

IV - adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, ven-
cimento 20/11/07;

      O adiantamento de salários a empregados é classificado em circulante e
      longo prazo de acordo com o vencimento. Logo, neste caso, por vencer
      em 20/11/2007, será classificado no ativo circulante.

V - adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07;

      Neste caso, segue a exceção, ou seja, adiantamento a diretores deve ser
      classificado no ativo realizável a longo prazo, independentemente do
      prazo de vencimento.

      Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000 + 40.000 = 120.000

VI - venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coli-
gada, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para
30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08.

      Apesar de o vencimento de duas parcelas ser antes de 31/12/2007, foi
      realizada uma venda de um imóvel de Investimentos (não é atividade
      fim da empresa) a um acionista (pessoa ligada). Logo, todos as parcelas
      devem ser consideradas no Ativo Realizável a Longo Prazo.

      Logo:
      Títulos a Receber (ARLP) = 120.000 + 1.000.000 = 1.120.000

GABARITO: C

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85. Informação parcial da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
   da Cia. Gama S/A, referente aos saldos finais apresentados no grupo do Patri-
   mônio Líquido, no Balanço de 31/12/05.

   Itens        Capital   Res. De          Reserva de Lucros        Lucro     Total
                          Capital                                   Acum.
                                      Legal    Estatut. Conting.
Saldo em        2.000.000 1.050.000    200.000  250.000   150.000    15.000 3.665.000
31/12/2005
Aumento de
Capital
Reversão
Reserva
L. Líquido
Exercício
Proposta Dis-
tribuição do
Lucro
Reservas
Dividendos
Saldo em
31/12/2006



   Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações:
   • aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital           no
   valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de                 R$
   500.000,00;
   • reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas             pó
   síveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006            no
   valor de R$ 100.000,00;
   • Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00;
   • distribuição de lucros em forma de reserva:
   • Reserva legal = percentual determinado pela lei
   • Reserva estatutária = R$ 100.000,00
   • Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida
   • proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação.

   Sabendo-se que a Cia. Gama S/A só possui ações ordinárias, cujo valor nomi-
   nal em 31/12/06 era de R$ 1,20, o saldo da coluna Lucros ou Prejuízos Acu-
   mulados, em 31/12/06, considerando exclusivamente as informações recebi-
   das, em reais, é

   (a) 15.000,00
   (b) 20.000,00
   (c) 35.000,00
   (d) 40.000,00
   (e) 115.000,00
   Resolução

   Vamos utilizar a tabela da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
   para resolver a questão. Primeiramente, vou efetuar todos os lançamentos,
   para que você também possa estudar cada um deles e treinar para a prova.

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Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações:

1 - aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no
valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$
500.000,00;

      Diversos
      a Capital Social (PL)
      Reservas de Capital (PL)      500.000
      Caixa (Ativo Circulante)      500.000           1.000.000

2 - reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas
possíveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006
no valor de R$ 100.000,00;

ATENÇÃO!!!! A contrapartida da reversão da reserva de lucros é
SEMPRE a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.

      Reserva de Contingências (PL)
      a Lucros Acumulados (PL)            100.000

3 - Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00;

      Resultado do Exercício
      a Lucros Acumulados (PL)      300.000

4 - distribuição de lucros em forma de reserva:

4.1 - Reserva legal = percentual determinado pela lei

Reserva Legal = 5% x Lucro Líquido do Exercício = 5% x 300.000 = 15.000
Limite Obrigatório = 20% x Capital Social = 20% x 3.000.000 = 600.000
Saldo da Reserva Legal = 200.000 + 15.000 = 215.000 < 600.000 (ok)

      Lucros Acumulados (PL)
      a Reserva Legal (PL)          15.000

4.2 - Reserva estatutária = R$ 100.000,00

      Lucros Acumulados (PL)
      a Reserva Estatutária (PL)          100.000




4.3 - Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida

      Reserva para Contingência = 80% x 100.000 = 80.000
      Lucros Acumulados (PL)
      a Reserva para Contingência (PL)     80.000

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5 - proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação.

   A empresa só possui ações ordinárias, cujo valor nominal, em 31/12/2006,
   era de R$ 1,20.

   Número de Ações = Capital Social/Valor Nominal = 3.000.000/1,20 =>
      Número de Ações = 2.500.000

   Valor dos Dividendos Distribuídos = 2.500.000 ações x R$ 0,08 =>
       Valor dos Dividendos Distribuídos = 200.000

           Lucros Acumulados (PL)
           a Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) 200.000

   Itens         Capital    Res. De         Reserva de Lucros            Lucro      Total
                            Capital                                      Acum.
                                    Legal   Estatut. Conting.
Saldo em        2.000.000 1.050.000 200.000  250.000   150.000            15.000   3.665.000
31/12/2005
Aumento de      1.000.000   (500.000)
Capital            (1)         (1)
Reversão                                                    (100.000)   100.000
Reserva                                                        (2)        (2)
L. Líquido                                                              300.000
Exercício                                                                 (3)
Proposta Dis-
tribuição do
Lucro
Reservas                                15.000    100.000    80.000     (195.000)
                                         (4.1)     (4.2)      (4.3)        (4)
Dividendos                                                              (200.000)
                                                                           (5)
Saldo em   3.000.000        550.000     215.000   350.000   130.000      20.000 4.265.000
31/12/2006

    GABARITO: B




   Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 18
86. Informações sintéticas da Cia. Fortim S/A, em 31/08/06, em reais.

Ativo Circulante                    150.000,00
Ativo Realizável a Longo Prazo       50.000,00
Ativo Permanente                    300.000,00
      Investimentos                  50.000,00
      Imóveis                       220.000,00
      Móveis e Utensílios            30.000,00
Total                               500.000,00

Passivo Circulante                  130.000,00
Passivo Exigível a Longo Prazo       44.000,00
Patrimônio Líquido                  326.000,00
      Capital                       200.000,00
      Reservas de Capital            90.000,00
      Reserva Legal                  36.000,00
Total                               500.000,00

A Cia. Fortim, que estuda a possibilidade de captar recursos com o lançamento
de debêntures, quer saber qual o valor máximo que poderá emitir, de tais títu-
los de crédito, utilizando a melhor das alternativas estabelecidas pela Lei das
Sociedades Anônimas, incluindo garantia flutuante e garantia real, esta consti-
tuída pelos seus bens imóveis.

Considerando a inexistência de gravame sobre os ativos ou de dívidas garanti-
das por direitos reais, e que as garantias serão oferecidas de forma isolada, o
valor máximo para emissão de debêntures, em reais, é

(a) 176.000,00
(b) 200.000,00
(c) 220.000,00
(d) 240.000,00
(e) 350.000,00

Resolução

Esta questão cobrou conhecimento do art. 60 da Lei n o 6.404/76, que, nor-
malmente, não é cobrado em concursos públicos. De qualquer forma, vamos à
resolução da questão:

Limites do valor de emissão das debêntures:

 -   O valor total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o capital
     social da companhia;
  - O limite acima pode ser excedido até alcançar:
             - 80% do valor dos bens gravados, próprios ou de terceiros, no ca-
             so de debêntures com garantia real;
             - 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do mon-
             tante das suas dívidas garantidas por direitos reais, no caso de de-
             bêntures com garantia flutuante.
I – Limite Máximo: Valor do Capital Social = 200.000

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II – Inexistência de gravame sobre os ativos: não cabe a utilização dos 80%.

III – Não há dívidas garantidas por direitos reais:

      Limite Possível = 70% x Valor Contábil do Ativo =>
      => Limite Possível = 70% x 500.000 = 350.000

GABARITO: E

87. A Deliberação CVM no 207/96, de 13/12/96, estabelece que as companhias
de capital aberto, ao pagarem juros sobre o capital próprio, devem elaborar
uma nota explicativa às demonstrações financeiras e às informações trimes-
trais, onde deverão ser informados os critérios utilizados para determinação
desses juros, as políticas adotadas para sua distribuição, o montante do Im-
posto de Renda incidente e, quando aplicável, os seus efeitos sobre os dividen-
dos obrigatórios.

A mesma Deliberação estabelece, também, que, caso a companhia opte, para
atender à legislação tributária, por contabilizar os juros pagos ou creditados
como despesa financeira, deverá

(a) emitir nota explicativa própria para informar o valor dos juros sobre o capi-
tal próprio e a conta ou contas patrimoniais utilizadas para registrar tais valo-
res.
(b) evidenciar o valor dos juros pagos ou creditados, em conta específica da
Demonstração do Resultado, em linha própria das Despesas Financeiras Líqui-
das.
(c) reverter o valor e o registro contábil anteriormente feito, mediante crédito
na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
(d) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na última
linha da Demonstração do Resultado, antes do saldo da conta do Lucro Líquido.
(e) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na De-
monstração do Resultado, em linha própria de Outras Despesas Operacionais.

Resolução

Questão específica sobre a Deliberação CVM n o 207/96, de 13/12/1996, que
dispõe sobre a contabilização dos juros sobre o capital próprio. Vamos ver os
principais conceitos:

- Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de
remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no 9.249/95,
devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros Acumulados,
sem afetar o resultado do exercício.

- Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições tributá-
rias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio pagos/creditados
ou recebidos/auferidos como despesa ou receita financeira, deverá
proceder à reversão desses valores, nos registros mercantis, de forma


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a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja apurado nos ter-
mos desta Deliberação.

- A reversão, de que trata o item anterior, poderá ser evidenciada na
última linha da demonstração do resultado antes do saldo da conta do
lucro líquido ou prejuízo do exercício.

GABARITO: D

88. A Companhia Investidora, com Patrimônio Líquido de R$ 2.000.000,00,
tendo sobra de disponibilidade, resolveu comprar, com intenção de permanên-
cia, por motivos estratégicos, ações de outra sociedade, com Patrimônio Líqui-
do de R$ 1.200.000,00, pagando R$ 96.000,00 pelas aludidas ações.

No encerramento do exercício, a Investida apurou um Lucro Líquido de R$
850.000,00, propondo a distribuição de dividendos de R$ 400.000,00, cabendo
à Investidora o dividendo a receber de R$ 32.000,00.

Considerando as informações recebidas e todas as alternativas técnicas relati-
vas ao registro e avaliação dos investimentos permanentes, compete à Inves-
tidora contabilizar

(a) R$ 32.000,00 dos dividendos, a débito do Investimento, a título de ganho.
(b) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita operacional, em subgrupo pró-
prio.
(c) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita financeira, em subgrupo pró-
prio.
(d) R$ 64.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento.
(e) R$ 68.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento

Resolução

Primeiramente, é necessário verificar se o investimento permanente efetuado
pela Cia. Investidora será avaliado pelo custo de aquisição ou pela equivalência
patrimonial.

I – Cia. Investidora: PL = 2.000.000

Compras de Ações Cia. Investida = 96.000
PL da Cia Investida = 1.200.000
Percentual das Ações em poder da Cia. Investidora = 96.000/1.200.000 = 8%

Neste caso, a Cia. Investida não é coligada e nem controlada da Cia. Investido-
ra (apenas 8% de participação) e o investimento permanente na Cia. Investi-
dora deverá ser avaliado pelo Custo de Aquisição.




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Relembrando as regras de distribuição de dividendos nesta situação:

Dividendos – Método do Custo de Aquisição: a legislação do Imposto de
Renda determina que os dividendos recebidos até 6 meses a partir da da-
ta de aquisição do investimento avaliado pelo custo de aquisição de-
vem ser registrados como redução do custo de aquisição do investi-
mento permanente, sem afetar o resultado da investidora. Entretanto,
os dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição do referido
investimento, devem ser registrados como receita operacional.

        Lançamentos na Investidora:

        Dividendos recebidos até 6 meses;

             Caixa (Ativo Circulante)
             a Participações Permanentes (Ativo Permanente)

        Dividendos recebidos após 6 meses:

             Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante)
             a Receita de Dividendos (Receita)

Em relação à questão, como nada foi dito sobre o prazo do investimento, de-
vemos considerá-lo que, no encerramento do exercício, já há mais de seis da
aquisição do investimento. Neste caso, o lançamento a ser efetuado seria:

             Dividendos a Receber (Ativo Circulante)
             a Receita de Dividendos (Receita Operacional)               32.000

GABARITO: B

89. Em 31/12/06, a Cia. Via, com participação de 60% no capital social da Cia.
Ápia, e a Cia. Ápia apresentaram os seguintes balanços:

        Ativo             Cia. Via       Cia. Ápia
Ativo Circulante         136.000,00      70.000,00
Disponível                 26.000,00      12.000,00
Duplicatas a Receber       70.000,00      38.000,00
Estoques                   40.000,00      20.000,00

Ativo Permanente           84.000,00     15.000,00
Investimentos - Coli-       34.000,00         0,00
gadas e Controladas
Imobilizado                 50.000,00       15.000,00

Total                    220.000,00      85.000,00

       Passivo
Passivo Circulante       110.000,00      45.000,00
Duplicatas a Pagar         76.000,00      15.000,00

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Empréstimos                 34.000,00     30.000,00

Patrimônio Líquido       110.000,00      40.000,00
Capital Social            100.000,00      38.000,00
Reserva Legal              10.000,00       2.000,00

Total                    220.000,00      85.000,00

Sabendo-se que as companhias não têm transações comerciais entre si, pode-
se afirmar que, no balanço consolidado, o montante do Ativo, em reais, é

(a) 206.000,00
(b) 271.000,00
(c) 281.000,00
(d) 295.000,00
(e) 305.000,00

Resolução

Esta questão trata de consolidação de balanços, matéria não incluída no Edital
do ICMS/RJ. De qualquer maneira, vou resolvê-la.

Como Cia. Via participa com 60% do capital da Cia. Ápia, ela é controladora da
Cia. Ápia. As regras principais para a consolidação de balanços são:

A consolidação das demonstrações contábeis consiste em somar os valores
correspondentes aos elementos contábeis semelhantes existentes nas empre-
sas que serão consolidadas, excluindo-se:

        - as participações de uma sociedade em outra;
        - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
        - as parcelas correspondentes aos resultados, ainda não realiza-
        dos, de negócios entre as sociedades, que constem do resultado
        do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados, do custo dos
        estoques ou do ativo permanente das respectivas demonstrações
        contábeis.

OBS 1: As participações dos acionistas não controladores no patrimônio líquido
e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimo-
nial e na demonstração do resultado do exercício.

OBS 2: A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada,
que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo
permanente, com dedução do valor correspondente à provisão ade-
quada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa.

OBS 3: O valor da participação que exceder o custo de aquisição constituirá
parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique compro-
vada a existência de ganho efetivo.



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Vamos à resolução da questão:

Cia. Via => 60% do PL da Cia Ápia

PL da Cia. Ápia = 40.000
60% do PL da Cia. Ápia = 60% x 40.000 = 24.000

Como o investimento em Coligadas e Controladas está registrado na Cia. Via
por R$ 34.000,00, a diferença (R$ 10.000,00) deverá ser mantida no ativo
permanente do balanço consolidado.

Consolidação do Ativo (repare que a questão falou que as empresas não pos-
suem transações entre si).

        Ativo             Cia. Via       Cia. Ápia Consolidado
Ativo Circulante         136.000,00      70.000,00 206.000,00
Disponível                 26.000,00      12.000,00  38.000,00
Duplicatas a Receber       70.000,00      38.000,00 108.000,00
Estoques                   40.000,00      20.000,00  60.000,00

Ativo Permanente           84.000,00     15.000,00       75.000,00
Investimentos - Coli-       34.000,00         0,00        10.000,00
gadas e Controladas                                             (*)
Imobilizado                 50.000,00     15.000,00       65.000,00

Total                   220.000,00 85.000,00           281.000,00
(*) Parcela não absorvida na consolidação.

GABARITO: C

90. O Gerente de Custos da Cia. Industrial Tamoio S/A, durante a apuração do
custo dos produtos do mês, chegou aos seguintes números, em reais:

    Custos         Produto A     Produto B      Produto C      Total dos Custos
                                                                   Diretos
Matéria-Prima       80.000,00     120.000,00    200.000,00             400.000,00
Mão-de-Obra         22.000,00      47.000,00     21.000,00              90.000,00
Direta
Energia Elétrica    18.000,00      23.000,00       9.000,00              50.000,00
Direta
Soma               120.000,00     190.000,00    230.000,00              540.000,00

Sabendo-se que os custos indiretos usualmente alocado aos produtos por ra-
teio, com base no custo da matéria-prima, totalizaram o valor de R$
250.000,00 no mês, pode-se afirmar que o custo total do Produto C, em reais,
é

(a) 170.000,00
(b) 265.000,00
(c) 325.000,00

Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 24
(d) 355.000,00
(e) 450.000,00

Resolução

Questão de contabilidade de custos, que não é o foco do curso. Contudo, como
faz parte do conteúdo programático de Contabilidade no concurso do ICMS/RJ,
vou resolvê-la.

I – Cálculo do Custo Indireto para o Produto C:

Matéria-Prima Total (MP Total) = 400.000
Custos Indiretos Totais = 250.000

Custo Indireto do Produto C = (Matéria-Prima C/MP Total) x R$ 250.000,00 =>
   Custo Indireto do Produto C = (200.000/400.000) x 250.000 =>
   Custo Indireto do Produto C = 250.000/2 = 125.000

II – Cálculo do Custo Total para o Produto C:

Custo Total C = Custos Diretos + Custos Indiretos = 230.000 + 125.000 =>
=> Custo Total do Produto C = 355.000
GABARITO: D

91. A Cia. Novidades S/A apresentou as seguintes informações de sua única
participação societária:

a) Demonstração do Investimento em 30/12/05, após a avaliação ao MEP, em
reais:
ATIVO PERMANENTE
INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS
Antiguidades S/A 1.800.000,00

b) Nota explicativa:
• Ações possuídas da Cia. Antiguidades: 1.290.000 Ações Ordinárias

c) Dados da Cia. Antiguidades, em 31/12/05
c1) Demonstração do Patrimônio Líquido, em 30/12/05, em reais:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 2.580.000,00
Reservas de Lucros 400.000,00
Lucros Acumulados 20.000,00

c2) Notas explicativas:
• a Companhia só emitiu ações ordinárias;
• valor nominal das ações emitidas: R$ 1,20

A Cia. Antiguidades, que no exercício encerrado em 31/12/06 apurou um Lucro
Líquido de R$ 600.000,00, fez a proposta de distribuição de dividendos no va-
lor de R$ 500.000,00 e apresentou a seguinte demonstração de seu Patrimônio


Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 25
Líquido, antes do reconhecimento do lucro apurado em 2006 e de sua respec-
tiva distribuição:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social R$ 2.580.000,00
Reservas de Reavaliação R$ 200.000,00
Reservas de Lucros R$ 400.000,00
Lucros Acumulados R$ 20.000,00

Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e a boa técnica de
avaliação do investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), a
receita do investimento, avaliado ao MEP, a ser contabilizada na controladora,
Cia. Novidades, em reais, é

(a) 60.000,00
(b) 100.000,00
(c) 180.000,00
(d) 360.000,00
(e) 480.000,00

Resolução

A questão já fala que o investimento é avaliado pelo Método de Equivalência
Patrimonial (MEP).

Dados:
Investimento em Controladas (31/12/2005) = 1.800.000
Total de ações possuídas da Controlada = 1.290.000

I – Cálculo da participação da Controladora na Controlada:

PL da Controlada em 31/12/2005 = Capital Social + Res. Lucros + Luc. Acum.
PL da Controlada em 31/12/2005 = 2.580.000 + 400.000 + 20.000 =>
    PL da Controlada em 31/12/2005 = 3.000.000

Repare que a questão já fala que o saldo de R$ 1.800.000,00 em investimen-
tos na controladora é após o MEP. Logo, o percentual de participação da con-
troladora na controlada é de:

      Percentual de Participação = 1.800.000/3.000.000 = 60%

II – Encerramento do exercício em 31/12/2006:

Lucro da Controlada = R$ 600.000,00

Método de Equivalência Patrimonial = 60% x 600.000 = 360.000

Lançamento na Controladora:

      Investimentos em Controladas (Ativo Permanente)
      a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita)                360.000

Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 26
Esta é a resposta da questão. ATENÇÃO!!! Os dividendos distribuídos
não correspondem a ganhos de equivalência patrimonial. Vamos calcu-
lá-los e efetuar o registro:

Dividendos Distribuídos pela Controlada = 500.000
Dividendos a Receber (Controladora) = 60% x 500.000 = 300.000

      Dividendos a Receber (Ativo Circulante)
      a Investimentos em Controladas (Ativo Permanente) 300.000

Ou seja, você poderia pensar, ERRADAMENTE, que a receita do inves-
timento pelo MEP seria R$ 60.000,00 (R$ 360.000,00 – R$ 300.000,00)
e marcar a letra “a”. CUIDADO!!! ESTÁ ERRADO.

     Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) = R$ 360.000,00
     Dividendos a Receber (Ativo Circulante) = R$ 300.000,00
     Invest. em Contr. (AP) = 1.800.000 + 360.000 – 300.000 =>
    Invest. em Contr. (AP) = R$ 1.860.000,00

Observe também que os dados de quantidade e valor das ações foram
informados somente para confundir, pois a questão fala que o investi-
mento avaliado pelo MEP já estava em R$ 1.800.000,00.



O PL da investida na data da apuração não é 3.200.000 e sim 3.200.000 + 600.000 (lu-
cros) - 200.000 (Res. Reavaliação - que deve ser apropriada como reserva de reavaliação
tb na investidora - 60% - De acordo com a Res. 247/96) = 3.600.000

60% x 3.600.000 = 2.160.000
GEP = 2.160.000 - 1.800.000 = 360.000

GABARITO: D

92. Dados extraídos da análise das demonstrações contábeis elaboradas pela
Cia. Aço Forte S/A, em reais.

         Índices                      2005                            2006
a) Participação de Capi-    610.825,00/3.665.000,00         847.310,00/4.240.000,00
tal de Terceiros:           = 0,1666                        = 0,1998
PCT = Capital de Tercei-
ros/Patrimônio Líquido
b) Composição do Endi-      420.825,00/610.825,00       = 530.310,00/847.310,00           =
vidamento                   0,6889                        0,6259
CE = Passivo Circulan-
te/Capital de Terceiros
c) Imobilização do Pa-      3.550.000,00/3.665.000,00 4.051.390,00/4.240.000,00
trimônio Líquido            = 0,9685                  = 0,9555
IPL = Ativo Permanen-
te/Patrimônio Líquido

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d) Imobilização dos re-    3.550.000,00/3.855.000,00 4.051.390,00/4.557.000,00
cursos não correntes       = 0,9209                  = 0,8890
IRNC = Ativo Perma-
nente/(Patrimônio    Lí-
quido + PELP)
e) Liquidez Corrente       725.825,00/420.825,00      = 1.035.920,00/530.310,00
LC = AC/PC                 1.7248                       = 1.9534

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o Capital Circulante Próprio
da Companhia, em 2006, em reais, foi

(a) 125.610,00
(b) 155.000,00
(c) 188.610,00
(d) 305.000,00
(e) 317.000,00

Resolução

Questão de análise das demonstrações contábeis. Também não faz parte do
conteúdo programático do Edital do ICMS/RJ. Vou resolvê-la, pois esta questão
é muito mais de lógica do que de análise, tendo em vista que são fornecidas
todas as fórmulas.

Além disso, há que se ressaltar que o conceito de Capital Circulante Próprio
pode ser cobrado em sua prova:

Capital Circulante Próprio = é a diferença positiva entre o Ativo Circu-
lante e o Passivo Circulante

Deste modo, teríamos o seguinte cálculo:

I – Cálculo do Capital Circulante Próprio:

Pelo índice e) em 2006:
Liquidez Corrente = LC = AC/PC = 1.035.920,00/530.310,00

Logo,
AC = Ativo Circulante = 1.035.920
PC = Passivo Circulante = 530.310

Capital Circulante Próprio = 1.035.920 – 530.310 = 505.610

Contudo, não há resposta na questão no caso de utilizarmos essa definição de
Capital Circulante Próprio.

Uma outra definição existente é:

Capital Circulante Próprio = é a parcela de Capital Próprio no Ativo Cir-
culante


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Deste modo, teríamos o seguinte cálculo:




I – Cálculo do Capital Circulante Próprio:

Pelo índice c) em 2006: IPL = Ativo Permanente/Patrimônio Líquido

Ativo Permanente = 4.051.390
Patrimônio Líquido = 4.240.000

Como não há Ativo Realizável a Longo Prazo (nada foi dito), a parcela do PL
(Capital Próprio) no Ativo Circulante é de:

Capital Circulante Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Permanente =>
=> Capital Circulante Próprio = 4.240.000 – 4.051.390 = 188.610

GABARITO: C

93. Demonstrações contábeis publicadas pela Cia. Simões S/A, em reais.




Na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), método direto, Atividades Opera-
cionais, o valor dos Pagamentos a Fornecedores, em reais, é

(a) 14.020,00
(b) 17.550,00
(c) 24.550,00
(d) 28.365,00
(e) 35.365,00

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Resolução

Este questão trata da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Vamos aos
conceitos:
      O fluxo de caixa permite identificar o processo de circulação do
dinheiro por meio da variação de caixa. Na verdade, a expressão fluxo de
caixa envolve os pagamentos e recebimentos em geral. A análise do fluxo
de caixa examina a origem e aplicação do dinheiro que transitou pela empresa.
A expressão fluxo de caixa também pode significar:

      - O fluxo de caixa passado, ou seja, aquele que já foi realizado;
      - O fluxo de caixa previsto, ou seja, aquele que se refere a um período
      futuro; e
      - O fluxo de caixa que considera o passado e realiza ajustes no fluxo de
      caixa futuro.

      Há que se ressaltar que o analista pode verificar, por meio da Demons-
tração do Resultado do Exercício, que a empresa obteve lucro, mas, ao verifi-
car o seu caixa, percebe que o saldo diminuiu. Isto pode ocorrer, por exemplo,
porque a empresa adota o regime de competência, que considera no período
as receitas que ocorreram, mas que ainda não foram recebidas. Também po-
dem existir itens de receitas e despesas que são considerados na apuração do
resultado do exercício, mas não afetam o caixa da empresa, como, por exem-
plo, a depreciação.

     Resumindo, a Demonstração do Fluxo de Caixa demonstra as cau-
sas da variação do Disponível. A demonstração do fluxo de caixa pode
ser montada pelo método direto ou pelo método indireto.

Método Indireto

A DFC, pelo método indireto, pode ser estruturada da seguinte forma:

I – Origens de Recursos
Das Operações
     ( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo)
     (+) Depreciação, Amortização, Exaustão;
     (+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros
     (+) Perda de Equivalência Patrimonial
     (+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo
     (+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente
     (-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros
     (-) Ganho de Equivalência Patrimonial
     (-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo
     (-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente
     (=) Resultado Líquido Ajustado

      (+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante
      (-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante
      (-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante

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(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante

Dos Proprietários
     (+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de
     Capital

De Terceiros
     (+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo
     (+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente
     (+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo

II – Aplicações de Recursos
      (+) Dividendo pagos, creditados ou propostos
      (+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo
      (+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente
      (+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo

III – Variação Líquida do Disponível = I - II

IV – Saldo Inicial do Disponível

V – Saldo Final do Disponível = III + IV

Para fixar o conceito, considere o exemplo abaixo:

Exemplo:

I – Balanço Patrimonial – Empresa Linotécnica

                Ativo                      2003         2004
Ativo Circulante                         2.000,00      2.290,00
Caixa                                       300,00        490,00
Clientes                                                  300,00
Estoques                                  1.700,00      1.400,00
Despesas Antecipadas                                      100,00
Ativo Realizável a Longo Prazo                           250,00
Depósito Judicial                                         250,00
Ativo Permanente                         1.000,00      2.760,00
Investimentos                                             400,00
Imobilizado                               1.000,00      2.500,00
(-) Depreciação Acumulada                               (140,00)
Ativo Total                              3.000,00      5.300,00

Passivo
Passivo Circulante                       1.000,00        860,00
Contas a Pagar                                             40,00
Fornecedores                              1.000,00        600,00
CSLL a Recolher                                            70,00
IR a Recolher                                             150,00
Passivo Exigível a Longo Prazo                         1.260,00

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Empréstimo de Longo Prazo                               1.260,00
Patrimônio Líquido                       2.000,00      3.180,00
Capital Social                            2.000,00      2.500,00
Lucros Acumulados                                         680,00
Passivo Total                            3.000,00      5.300,00

II - Demonstração do Resultado do Exercício – Empresa Linotécnica

                 DRE                     2004
Receita de Vendas                       3.000,00
CMV                                   (1.500,00)
Lucro Bruto                             1.500,00
Despesas, exceto Depreciação e Se-      (400,00)
guros
Despesas de Depreciação                 (140,00)
Despesas de Seguros                     (100,00)
Variação Monetária dos Empréstimos       (60,00)
de LP
Ganho de Equivalência Patrimonial         100,00
Lucro Operacional                         900,00
Provisão para CSLL                       (70,00)
Provisão para IR                        (150,00)
Lucro Líquido do Exercício                680,00
III – Demonstração do Fluxo de Caixa:

I – Origens de Recursos
Das Operações
( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo)        680,00
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão                        140,00
(+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros                    0,00
(+) Perda de Equivalência Patrimonial                             0,00
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo                   60,00
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente     0,00
(-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros                  0,00
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial                          (100,00)
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo                        0,00
(-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente        0,00
(=) Resultado Líquido Ajustado                                  780,00
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante
                  Contas a Pagar                                  40,00
                  CSLL a Recolher                                 70,00
                  IR a Recolher                                  150,00
(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante
                  Clientes                                     (300,00)
      `           Despesas Antecipadas                         (100,00)
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante
                  Fornecedores                                  (400,00)
(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante
                  Estoques                                       300,00
                  Subtotal                                       540,00

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Dos Proprietários
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital
                                                                  500,00

De Terceiros
(+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo                       0,00
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente      0,00
(+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo                   1.200,00
Total das Origens                                              2.240,00

II – Aplicações de Recursos
(+) Dividendo pagos, creditados ou propostos                            0,00
(+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo                        250,00
(+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente                1.500,00
                                                                      300,00 (*)
(*) Investimentos (400 – Ganho Eq. Patrimonial)
(+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo                          0,00
Total das Aplicações                                               2.050,00

III – Variação Líquida do Disponível = I - II                        190,00

IV – Saldo Inicial do Disponível                                     300,00

V – Saldo Final do Disponível = III + IV                             490,00




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Método Direto

     Neste método, a apresentação dos fluxos das atividades opera-
cionais consiste na exposição direta dos recebimentos (entradas) e
pagamentos (saídas) durante o exercício. Ou seja, representa o fluxo do
Disponível durante o exercício, que pode ser representado da seguinte manei-
ra:

Entrada de Recursos – Recebimentos                    Saída de Recursos - Paga-
                                                               mentos
Créditos Operacionais                    Disponível Compra de Mercadorias e
Resgate de Aplicações Financeiras                   Insumos
Obtenção de Empréstimos e Financi-                  Despesas Antecipadas
amentos                                             Depósitos Judiciais
Receitas Recebidas Antecipadamente                  Empréstimos a Sócios
Integralização e/ou Aumento do Ca-                  Compra de Imobilizado
pital Social                                        Aplicações no Ativo Perma-
Receitas de Vendas, Serviços e ou-                  nente
tras                                                Pagamento de Obrigações
Dividendos de Investimentos Avalia-                 Devolução de Capital
dos pelo Custo de Aquisição                         Custos e Despesas
Outros                                              Dividendos
                                                    Outros



A estrutura da DFC pelo método direto seria:

      1. Ingressos (Entradas de Recursos)
         Recebimento de Clientes
         (+) Recebimento de Empréstimos de Curto Prazo
         (+) Dividendos Recebidos de Investimentos Avaliados pelo
         Custo de Aquisição
         (-) Pagamento a Fornecedores
         (-) Impostos e Contribuições Pagos
         (-) Pagamento de Despesas Operacionais, inclusive Despesas
         Antecipadas
         (=) Recursos Derivados das Operações (I)

         (+)   Recebimento por Venda de Bens do Ativo Permanente
         (+)   Resgate de Aplicações Temporárias
         (+)   Ingresso de Novos Empréstimos
         (+)   Integralização do Capital
         (+)   Resgate de Depósitos Judiciais
         (+)   Ingressos de Outros Recursos
         (=)   Recursos Derivados dos Sócios e de Terceiros (II)

         (=) Total das Entradas de Recursos = I + II

      2. Aplicações de Recursos


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Pagamento de Dividendos
         Aquisição de Participações Societárias
         Aplicações no Ativo Permanente
         Pagamento de Empréstimos de Longo Prazo
         Outros Pagamentos

      3. Variação Líquida do Disponível = 1 – 2
      4. (+) Saldo Inicial do Disponível
      5. (=) Saldo Final do Disponível

Exemplo: Considerando o exemplo anterior, teríamos:

1. Recebimento de Clientes
      Saldo Inicial de Clientes          0,00
      (+) Vendas                    3.000,00
      (-) Saldo Final de Clientes    (300,00)
      Recebimento de Clientes       2.700,00

CMV = EI + C – EF => C = CMV – EI + EF = 1.500 – 1.700 + 1.400 = 1.200

2. Pagamento a Fornecedores
      Saldo Inicial de Fornecedores       1.000,00
      (+) Compras                         1.200,00
      (-) Saldo Final de Fornecedores      (600,00)
      Pagamento a Fornecedores            1.600,00


3. Pagamento de Despesas
      Despesas do Exercício (exceto Depreciação)       500,00
      (+) Saldo Inicial de Contas a Pagar                    0
      (-) Saldo Final de Contas a Pagar                 (40,00)
      (-) Saldo Inicial de Despesas Antecipadas              0
      (+) Saldo Final de Despesas Antecipadas          100,00
      Pagamento de Despesas                            560,00

Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto

   1. Ingressos de Recursos
      Derivados das Operações
      Recebimento de Clientes              2.700,00
      (-) Pagamento a Fornecedores        (1.600,00)
      (-) Pagamento de Despesas             (560,00)
                                             540,00
      Dos Sócios
           Integralização do Capital          500,00

      De Terceiros
           Empréstimos de Longo Prazo        1.200,00

      Total dos Ingressos de Recursos        2.240,00


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2. Destinação dos Recursos
           Compra do Imobilizado               1.500,00
           Compra de Investimentos                300,00
           Depósitos Judiciais                    250,00

      Total das Destinações de Recursos         2.050,00

   3. Variação do Disponível = 2.240,00 – 2.050,00 =        190,00
   4. Saldo do Disponível em 31/12/2003                     300,00
   5. Saldo do Disponível em 31/12/2004                      490,00




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Outras definições importantes:

   1) Fluxo das Atividades Operacionais (FAO)
      Entradas:
      - Recebimentos de clientes
            - Recebimento de dividendos de participação no capital de outras
            sociedades (também pode ser classificado com atividade de inves-
            timento. O CESPE tem considerado deste modo).
            - Recebimento de juros de empréstimos concedidos (também pode
            ser classificado com atividade de investimento. O CESPE tem con-
            siderado deste modo).
            - Recebimentos diversos (aluguéis de imóveis, recebimento de se-
            guradoras referente a sinistro em estoques, etc).

      Saídas:
           - Pagamentos a fornecedores
           - Pagamento de salários a funcionários
           - Pagamento de tributos e multas
           - Pagamento de juros de empréstimos obtidos (também pode ser
           classificado como atividade de financiamento).

   2) Fluxo das Atividades de Investimento (FAI)
      Entradas:
           - Recebimentos referentes a vendas do ativo imobilizado
           - Recebimentos referentes a vendas de participações societárias
           permanentes ou investimentos temporários
           - Recebimentos referentes ao principal de empréstimos ou financi-
           amentos concedidos

      Saídas:
           - Pagamentos referentes a compras à vista de bens do ativo per-
           manente
           - Pagamentos referentes a participações permanentes ou temporá-
           rias em outras sociedades
           - Pagamentos referentes a compras de valores mobiliários
           - Desembolso de empréstimos concedidos

   3) Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF)
      Entradas:
           - Recebimentos referentes a empréstimos obtidos
           - Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização
           do capital
           - Recebimento por emissão de debêntures
           - Recebimento de subvenções para investimento

      Saídas:
           - Pagamento de dividendos
           - Pagamento de resgate ou reembolso de ações
           - Pagamento de resgate de debêntures
           - Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamen-
           tos obtidos

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Vamos à resolução da questão:

I – Inicialmente deve-se calcular as compras do período:

CMV = 30.100 = EI + C – EF

EI = Estoque Inicial (Dez/05) = 21.060
C = Compras
EF = Estoque Final (Dez/06) = 26.325

30.100 = 21.060 + C – 26.325 => C = 35.365
I – Pagamento a Fornecedores no período:

Fornecedores – Saldo Inicial (Dez/05)           17.550
(+) Compras do Período                          35.365
(-) Fornecedores – Saldo Final (Dez/06)         (28.365)
Pagamento a Fornecedores no Período             24.550

IMPORTANTE!!! Não se assuste com o tamanho da questão. Às vezes, a
solução pode ser simples e depender de poucos dados.

GABARITO: C

94. No levantamento dos custos dos produtos da Cia. Medina S/A obtiveram-
se os seguintes números, em reais:




Considerando-se o critério de margem de contribuição unitária, o produto que
apresenta maior contribuição ou lucratividade é o Modelo

(a) K
(b) L
(c) M
(d) N
(e) O

Resolução

Mais uma questão de Contabilidade de Custos em que é necessário conhecer o
conceito de Margem de Contribuição Unitária:



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Margem de Contribuição Unitária = Preço de Venda Unitário – Custos
Variáveis Unitários

Vamos à resolução:

Margem de Contribuição Unitária = MCU
MCU = Preço de Venda Unitário – Matéria-Prima – MOD – CIF

MOD = Mão-de-obra Direta
CIF = Custos Indiretos de Fabricação Variáveis

MCU K = 100 – 20 – 40 – 15 = 25
MCU L = 114 – 25 – 45 – 20 = 24
MCU M = 128 – 30 – 40 – 25 = 33
MCU N = 124 – 35 – 35 – 20 = 34
MCU O = 135 – 40 – 30 – 30 = 35 (maior Margem de Cont. Unitária)

GABARITO: E

95. A Cia. Gama S/A apresentou o seguinte quadro parcial de Análise Vertical
e Horizontal nos balanços:




Após a elaboração da Análise Horizontal (última coluna), em qual componente
desse mesmo ativo verifica-se a maior variação positiva apurada em 2006 em
relação a 2005?

(a) Duplicatas a Receber.
(b) Despesas Antecipadas.
(c) Diferido Líquido.

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(d) Estoques.
(e) Imobilizado Líquido.

Resolução

Questão de análise das demonstrações contábeis, que não faz parte do Edital
do ICMS/RJ. Vou resolver, caso você venha a estudar para outro concurso em
que esse assunto é cobrado.

Análise Horizontal ou de Evolução

O objetivo principal da análise horizontal ou de evolução é permitir o exame da
evolução histórica de cada uma das contas que compõem as diversas de-
monstrações contábeis, ou seja, ela avalia o aumento ou a diminuição dos va-
lores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, em uma de-
terminada série histórica de exercícios.

Uma vez que os balanços estejam expressos em moeda de poder aquisitivo na
mesma data, a análise horizontal assume certa significância e pode acusar i-
mediatamente áreas de maior interesse para a investigação. Caso os balanços
não estejam expresso em moeda de poder aquisitivo constante, o analista pre-
cisará, no mínimo, do índice de inflação do período para realizar a atualização
monetária.

Normalmente, em uma análise horizontal ou de evolução considera-se
o primeiro exercício como base 100 a evolução dos demais exercícios
ocorre em relação ao exercício estabelecido como base.

Vamos à resolução da questão:

I – Análise Horizontal das contas do Ativo:

Duplicatas a Receber = 4.200.000/2.887.500 = 145,45%
Estoques = 3.990.000/3.811.500 = 104,68%
Despesas Antecipadas = 105.000/57.750 = 181,81%
Investimentos = 3.172.050/2.887.500 = 109,87%
Imobilizado Líquido = 7.701.750/3.967.425 = 194,12%
Diferido Líquido = 361.200/317.625 = 113,72%

GABARITO: E




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96. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Ômega S/A.

        Contas               2005            2006
Caixa                        25.000,00       45.000,00
Bancos                      105.000,00      155.000,00
Duplicatas a Receber        150.000,00      310.000,00
Estoques                    200.000,00      350.000,00
Ativo Circulante           480.000,00      860.000,00

Empréstimos a Pagar          75.000,00      100.000,00
Fornecedores                160.000,00      200.000,00
Obrigações Tributárias       62.500,00      100.000,00
Obrigações Sociais           82.500,00      100.000,00
Passivo Circulante         380.000,00      500.000,00

Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação da Necessidade de
Capital de Giro – NCG entre 2005 e 2006 alcançou, em reais, o montante de

(a) 45.000,00
(b) 95.000,00
(c) 215.000,00
(d) 260.000,00
(e) 310.000,00

Resolução

Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas
não cai na sua prova para o ICMS/RJ.

Vamos aos conceitos:

O ativo circulante pode ser dividido em Ativo Circulante Financeiro (ACF)
e Ativo Circulante Operacional ou Ativo Circulante Cíclico (ACO).

O ativo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelas
disponibilidades e pelas aplicações financeiras. O ativo circulante ope-
racional (*) corresponde aos direitos da empresa oriundos das ativi-
dades operacionais, tais como clientes, estoques, ICMS a recuperar,
adiantamento a fornecedores, entre outros.

(*) Caso, no ativo circulante, existam contas de empréstimos concedi-
dos ou títulos a receber decorrentes de venda de bens do ativo perma-
nente, não devem ser considerados como ACO.

O passivo circulante também pode ser dividido em Passivo Circulante
Financeiro (PCF) e Passivo Circulante Operacional ou Passivo Circulan-
te Cíclico (PCO).

O passivo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelos
empréstimos a pagar, financiamentos a pagar e duplicatas desconta-

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das (na reclassificação do balanço, para efeitos de análise, deixam de
ser retificadoras do ativo circulante e passam a ser do passivo circu-
lante). O passivo circulante operacional corresponde às obrigações da
empresa oriundas das atividades operacionais, tais como salários a
pagar, ICMS a recolher, duplicatas a pagar, provisão para o imposto de
renda, entre outras.

A Necessidade de Capital de Giro ou Investimento Operacional em Giro
ou Necessidade de Investimento em Giro (NCG) corresponde à dife-
rença entre o ativo circulante operacional e o passivo circulante opera-
cional.

            NCG = ACO – PCO

Vamos à resolução da questão:

              Contas                      2005            2006
Duplicatas a Receber                     150.000,00      310.000,00
Estoques                                 200.000,00      350.000,00
Ativo Circulante Operacional            350.000,00      660.000,00

Fornecedores                             160.000,00      200.000,00
Obrigações Tributárias                    62.500,00      100.000,00
Obrigações Sociais                        82.500,00      100.000,00
Passivo Circulante Operacional          305.000,00      400.000,00
NCG                                      45.000,00      260.000,00

Variação da NCG entre 2005 e 2006 = 260.000 – 45.000 = 215.000

GABARITO: C

97. A Cia. Milenium S/A utiliza freqüentemente a ferramenta Alavancagem Fi-
nanceira. Para tanto, reuniu as seguintes informações para realizar esta análi-
se:

           Ativo                 2006
Ativo Circulante                136.000,00
Realizável a Longo Prazo         35.000,00
Ativo Permanente                150.000,00
Ativo Total                    320.000,00
          Passivo                2006
Passivo de Funcionamento         40.000,00
Passivo Financeiro               80.000,00
Patrimônio Líquido              200.000,00
Passivo Total                  320.000,00

Considerando-se que a empresa está aprimorando os conceitos de taxa de re-
torno, com os dados acima pode-se afirmar que o Passivo Remunerado da em-
presa, em reais, é


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(a) 40.000,00
(b) 80.000,00
(c) 120.000,00
(d) 280.000,00
(e) 320.000,00

Resolução

Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas
não cai na sua prova para o ICMS/RJ.

Vamos ao conceito:

Passivo Remunerado = Passivo Financeiro + Patrimônio Líquido

Passivo Remunerado = 80.000 + 200.000 = 280.000

GABARITO: D

98. Dados extraídos do orçamento da Cia. Alvorada S/A.

• Projeção de vendas para o período de janeiro a abril de 2007, em reais.

Janeiro      50.000,00
Fevereiro    80.000,00
Março        60.000,00
Abril        50.000,00

• Para atender a essas vendas a empresa pretende manter, em cada mês, um
estoque básico de R$ 20.000,00 mais 80% do Custo dos Produtos Vendidos
(CPV) do mês seguinte.

• O CPV representa, em média, 70% das vendas.

Considerando-se, apenas, os dados acima, o lucro bruto acumulado projetado
para abril de 2007, em reais, será de

(a) 48.000,00
(b) 60.000,00
(c) 65.800,00
(d) 72.000,00
(e) 73.600,00

Resolução

Muito boa questão de lucro projetado.




Vamos à resolução:

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Receita Bruta de Vendas
(-) Deduções de Vendas (não há deduções)
Receita Líquida de Vendas
(-) CPV
Lucro Bruto

            Vendas     CPV = 70% x Vendas Lucro Bruto
Janeiro     50.000,00             35.000,00  15.000,00
Fevereiro   80.000,00             56.000,00  24.000,00
Março       60.000,00             42.000,00  18.000,00
Abril       50.000,00             35.000,00  15.000,00
      Lucro Bruto Projetado Acumulado       72.000,00

GABARITO: D

99. A Cia. América S/A vendeu, no exercício de 2006, o montante de
R$15.000.000,00, sendo 40% à vista e o restante a prazo. A empresa conce-
deu, nas vendas a prazo, em média, 30 dias para os clientes quitarem suas
duplicatas. As projeções para o exercício de 2007 estão considerando um au-
mento no prazo oferecido aos clientes para 45 dias, o que deverá aumentar as
vendas totais em 10%, sendo mantido o mesmo valor em reais das vendas à
vista. Considerando-se apenas as informações acima, o investimento marginal
em Duplicatas a Receber que a empresa terá de fazer mensalmente, em reais,
será de

(a) 562.500,00
(b) 750.000,00
(c) 900.000,00
(d) 1.312.500,00
(e) 1.500.000,00

Resolução

Também uma questão improvável de cair na sua prova, mas, mesmo assim,
vou resolvê-la:

Exercício de 2006:
Receita de Vendas = 15.000.000
Vendas à Vista = 40% x 15.000.000 = 6.000.000
Vendas a Prazo (Duplicatas a Receber) = 60% x 15.000.000 = 9.000.000
Prazo de Pagamento = 30 dias

Exercício de 2007:
Receita de Vendas Projetado = 15.000.000 + 10% x 15.000.000 = 16.500.000
Vendas à Vista = 6.000.000 (mantido o mesmo valor em reais)
Vendas a Prazo (Dup. a Receber) = 16.500.000 – 6.000.000 = 10.500.000
Prazo de Pagamento = 45 dias

Giro das Duplicatas a Receber (2007) = 360 dias/45 dias = 8
Giro das Duplicatas a Receber (2006) = 360 dias/30 dias = 12

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Investimento Médio em Duplicatas a Receber (IMDR) = Vendas a Prazo/Giro

IMDR (2006) = 9.000.000/12 = 750.000
IMDR (2007) = 10.500.000/8 = 1.312.500

Investimento Marginal em Duplicatas a Receber = 1.312.500 – 750.000

Investimento Marginal em Duplicatas a Receber = 562.500

GABARITO: A

100. Um empresário possui um capital de R$ 800.000,00 e pretende abrir uma
loja de componentes de áudio e vídeo. Analisando essa alternativa, verificou
que precisará investir 60% desse capital em ativo fixo e o restante, em finan-
ciamento do capital de giro, projetando para o final de 1(ano) ano uma Receita
Líquida de R$ 2.000.000,00, custos totais (fixos + variáveis) de R$
750.000,00, despesas administrativas de R$1.000.000,00 e a incidência da alí-
quota de 25%, a título de Imposto de Renda.

Considerando-se um custo de oportunidade de 22,5% líquidos ao ano, o resul-
tado real que o empresário deverá obter nesse ano, em reais, será

(a) 2.500,00
(b) 7.500,00
(c) 62.500,00
(d) 180.000,00
(e) 187.500,00

Resolução

I – Cálculo do Lucro Projetado

Capital = 800.000
Ativo Fixo = 60% x 800.000 = 480.000
Financiamento de Capital de Giro = 40% x 800.000 = 320.000

Receita Líquida Projetado = 2.000.000
Custo Totais (Fixos + Variáveis) = 750.000
Despesas Administrativas = 1.000.000

Lucro Antes do IR = 2.000.000 – 750.000 – 1.000.000 = 250.000
Provisão para o IR = 25% x 250.000 = 62.500

Lucro Projetado = 250.000 – 62.500 = 187.500




II – Custo de Oportunidade = 22,5% Líquidos


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Custo de Oportunidade = 22,5% x Capital Investido =>
Custo de Oportunidade = 22,5% x 800.000 = 180.000

III – Cálculo do Resultado Real:

Resultado Real = Lucro Projetado – Custo de Oportunidade =>
   Resultado Real = 187.500 – 180.000 = 7.500

GABARITO: B

101. Qual o órgão internacional e independente que, atualmente, estuda os
padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmonização de pro-
cedimentos válida para os países membros?

(a) FASB – Financial Accouting Standards Board.
(b) IOSCO – International of Securities Comiission.
(c) IASB – International Accouting Standards Board.
(d) IFAC – International Federation of Accoutants.
(e) OECD – Organization for Economic Cooperation and Development.

Resolução

IASB => órgão internacional e independente que, atualmente, estuda
os padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmoniza-
ção de procedimentos válida para os países membros.

GABARITO: C

102. Um dos critérios analisados pelos órgãos internacionais de contabilidade
diz respeito aos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Qual o tratamento
contábil internacional recomendado para esses gastos?

(a) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es-
perado de futuros benefícios econômicos, não superiores a 10 anos.
(b) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es-
perado de benefícios futuros, sendo o prazo dos gastos com pesquisa de 5 a-
nos, e o de gastos com desenvolvimento, de até 10 anos.
(c) Devem ser levados a resultado do exercício imediatamente, quando incorri-
dos, em razão da incerteza dos benefícios econômicos futuros.
(d) Os gastos com pesquisa deverão ser capitalizados como Ativo durante o
período mínimo de 5 anos, enquanto os gastos com desenvolvimento deverão
ser levados a resultado, tão logo tenham sido incorridos.
(e) Os gastos com pesquisa deverão ser reconhecidos como Despesa do Exer-
cício, quando incorridos, e os gastos com desenvolvimento poderão ser capita-
lizados no Ativo, se atendidas certas condições.




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Resolução

De acordo com os órgãos internacionais de contabilidade, temos os seguintes
procedimentos:

- Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de
um projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da
fase de pesquisa de um projeto interno) devem ser reconhecidos como
despesa quando incorridos.

 - Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de
desenvolvimento de um projeto interno) deverá ser reconhecido so-
mente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir e-
numerados:

(a) a viabilidade técnica para completar o ativo intangível de forma que ele
seja disponibilizado para uso ou venda.

(b)    sua intenção de completar o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo.

(c)    sua capacidade para usar ou vender o ativo intangível.

(d) a forma como o ativo intangível gerará benefícios econômicos futuros.
Entre outras coisas, a entidade deverá demonstrar a existência de um mercado
para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso
este se destine ao uso interno, a sua utilidade.

(e) a disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos ade-
quados para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível.

(f)   sua capacidade de mensurar com segurança o gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

GABARITO: E

103. Em 2007, a Cia. Zarca S/A, tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua
declaração anual do Imposto de Renda ano base 2006, fez as seguintes anota-
ções de despesas incluídas na apuração do resultado do exercício, em reais,
evidenciadas na Demonstração do Resultado, encerrado em 31/12/06:

Despesa de:
Brindes ....................................................... 10.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00

Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do
Imposto de Renda, o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR,
para determinação do lucro real, em reais, é


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(a) 20.000,00
(b) 30.000,00
(c) 60.000,00
(d) 70.000,00
(e) 80.000,00

Resolução

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, são exemplos de despe-
sas indedutíveis para fins de apuração do lucro real (adições ao lucro líquido):

- custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quais-
quer outros valores deduzidos do lucro líquido que, de acordo com a
legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro
real. São exemplos: resultados negativos de equivalência patrimonial,
custo e despesas não dedutíveis, como as provisões para créditos de
liquidação duvidosa.

- resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam
ser computados na determinação do lucro real. São exemplos: ajustes decor-
rentes de aplicação de métodos de preços de transferência, lucros auferidos
por controladas e coligadas domiciliadas no exterior.

- ressalvadas as disposições especiais da legislação tributária, as quantias tira-
das dos lucros ou de quaisquer fundos ainda não tributados para aumento do
capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a reservas,
quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e
lucros acumulados;

- os pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta
ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controla-
dores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo
cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas;

- os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao
bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais pre-
vistos na legislação tributária;

- as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia
(day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável;

- as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressal-
vada a hipótese em que são consideradas salário indiretos;

- as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e
planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdên-
cia social, instituídos em favor de empregados e dirigentes da pessoa jurídica;

- as doações, exceto as referidas nos art. 365 e 371 do RIR/99;


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- as despesas com brindes;

- o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou
despesa operacional;

- as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável
e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações.

Ou seja, no caso da questão, todas as despesas informadas são indedutíveis e
deverão ser adicionadas ao lucro real:

Brindes ....................................................... 10.000,00
Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00
Total de Adições                                                80.000,00

E aí? A alternativa “e” é a correta? Não. ATENÇÃO!!! Pois a questão fa-
la em adições temporárias. Neste caso, devem ser incluídas somente
as provisões como adições temporárias, pois, se as perdas realmente
ocorrerem (devedores duvidosos e processos trabalhistas), elas serão
dedutíveis.

Logo, as adições temporárias são:

Provisão para Devedores Duvidosos ou
Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00
Provisão para Perdas em Processos
Trabalhistas .................................................. 20.000,00
Total de Adições Temporárias                                   70.000,00

GABARITO: D

Bons estudos a todos e até a próxima aula,

Moraes Junior




Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 49
Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO

                 Lista de Questões Comentadas Nesta Aula

78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade
e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das
causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse
princípio, a norma determina que

(a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação.
(b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente
estimável.
(c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,
deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o-
correr sua geração.
(d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma-
necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
(e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento
dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo
determinado, previsto ou previsível.

79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de
capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base
no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na
Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação:

Preço de venda          R$ 3.000.000,00
Valor patrimonial       R$ 2.000.000,00
Ágio não amortizado     R$ 200.000,00
Provisão para perdas    (R$ 500.000,00)

Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a)

(a) ganho de R$ 1.500.000,00.
(b) ganho de R$ 1.300.000,00.
(c) ganho de R$ 300.000,00.
(d) perda de R$ 500.000,00.
(e) perda de R$ 1.700.000,00.




Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 50
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Exercicios resolvidos contabilidade aula 05

  • 1. 2008 CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS - AULA 05 CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PROF. MORAES JR.
  • 2. CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS Diversas Bancas Prezado Aluno, Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa- mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu- lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz. IMPORTANTE!!!! Apesar das alterações trazidas pela Lei n o 11.638/07 à Lei das Sociedades por Ações, atenção, na hora da prova, à data das demonstrações contábeis, pois se, por exemplo, aparecer um Balanço Patrimonial de 2006, o que vale é a Lei das Sociedades por Ações sem as alterações da Lei no 11.638/07. Ou seja, você precisa saber a reda- ção da Lei no 6.404/76 antes e depois das alterações (antes de 01/01/2008 e após 01/01/2008). CUIDADO!!!! Caso tenha dúvidas sobre as questões, por favor envie um e-mail para jjmora- esjr@ig.com.br. Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO Questões Comentadas e Resolvidas 78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse princípio, a norma determina que (a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação. (b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente estimável. (c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o- correr sua geração. (d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma- necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. (e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo determinado, previsto ou previsível. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 2
  • 3. Resolução De acordo com o artigo 6o da Resolução no 750/93: Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tem- pestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas muta- ções, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE: I – desde que tecnicamente estimável, o registro das varia- ções patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de so- mente existir razoável certeza de sua ocorrência; II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetá- rios; III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um pe- ríodo de tempo determinado, base necessária para gerar in- formações úteis ao processo decisório da gestão. (grifos meus) Análise das alternativas: (a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação. De acordo com o artigo 4o da Resolução no 750/93: Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no uni- verso dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou institui- ção de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (grifos meus) Corresponde ao Princípio da Entidade. A alternativa está incorreta. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 3
  • 4. (b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente estimável. A alternativa está correta, de acordo com o inciso II do art. 6 o da Resolução no 750/93. (c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o- correr sua geração. De acordo com o artigo 9o da Resolução no 750/93: Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apu- ração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independen- temente de recebimento ou pagamento. Corresponde ao Princípio da Competência. A alternativa está incorreta. (d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma- necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. De acordo com o artigo 7o da Resolução no 750/93: Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exteri- or, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posterio- res, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta: I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes ex- ternos ou da imposição destes; II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores in- trínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposi- ção em elementos e/ou sua agregação, parcial ou inte- gral, a outros elementos patrimoniais; III – o valor original será mantido enquanto o compo- nente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 4
  • 5. Corresponde ao Princípio do Registro pelo Valor Original. A alternativa está incorreta. (e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo determinado, previsto ou previsível. De acordo com o artigo 5o da Resolução no 750/93: Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. § 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ati- vos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passi- vos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível. Corresponde ao Princípio da Continuidade. A alternativa está incorreta. GABARITO: B 79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação: Preço de venda R$ 3.000.000,00 Valor patrimonial R$ 2.000.000,00 Ágio não amortizado R$ 200.000,00 Provisão para perdas (R$ 500.000,00) Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a) (a) ganho de R$ 1.500.000,00. (b) ganho de R$ 1.300.000,00. (c) ganho de R$ 300.000,00. (d) perda de R$ 500.000,00. (e) perda de R$ 1.700.000,00. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 5
  • 6. Resolução Esta questão não consta explicitamente no edital, mas irei resolvê-la. O art. 425 do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda) fala em resultado na alienação de investimento avaliado pelo custo de aquisição. Vamos à Resolução da questão: Preço de venda R$ 3.000.000,00 Valor patrimonial (R$ 2.000.000,00) Ágio na Venda R$ 1.000.000,00 (receita) (-) Ágio não amortizado (R$ 200.000,00) (+) Provisão para perdas R$ 500.000,00 Ganho R$ 1.300.000,00 GABARITO: B 80. A Lei no 6.404/76 definiu que, no Ativo, as contas serão classificadas, no Balanço Patrimonial, em ordem decrescente de grau de liquidez e, no Passivo, em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades. Coeren- te com essa determinação, o grupo Resultados de Exercícios Futuros deve ser classificado no Balanço Patrimonial: (a) no Patrimônio Líquido, por representar um montante que, necessariamen- te, transitará em resultados em algum momento futuro. (b) antes do Passivo Exigível a longo prazo, em virtude de representar obriga- ções sem data certa de realização. (c) entre as exigibilidades, por representar uma obrigação a ser realizada pela empresa em futuro incerto e não sabido. (d) entre o Exigível a longo prazo e o Patrimônio Líquido, por não representar qualquer obrigação por parte da empresa nem constituir parte integrante de seu Patrimônio Líquido. (e) entre o Passivo Circulante e o Exigível a longo prazo, em razão de repre- sentar valores exigíveis em prazo incerto, proporcional ao ciclo operacional da empresa. Resolução O grupo Resultado de Exercícios Futuros é apresentado no Balanço Pa- trimonial entre o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido, sendo com- posto das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas dos custos e despesas correspondentes incorridos ou a incorrer, que efetivamente serão reconhecidas em períodos futuros por estarem associadas a al- gum evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as quais não haja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa (art. 181 da Lei no 6.404/76). As contas classificadas no REF não representam obrigação por parte da empresa e nem são pertencentes ao Patrimônio Líquido. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 6
  • 7. GABARITO: D Aqui, vou aproveitar para fazer um estudo do REF, pois é assunto muito co- mum em provas de concursos: No REF, deverão constar quantias recebidas que não serão, em hipótese alguma, devolvidas pela empresa nem representam obrigações de sua parte de entregar bens ou serviços. Além disso, esses recebimentos de- vem referir-se a operações que afetarão o patrimônio nos exercícios seguintes. Exemplo: A empresa J4M2 alugou, em 01/07/2005, um imóvel para a empre- sa Inquilina Ltda, que pagou antecipadamente um ano de aluguel no valor de R$ 60.000,00 (aluguel de R$ 5.000,00 por mês). Logo, os lançamentos a se- rem efetuados na J4M2 serão: I – No recebimento do valor adiantado (01/06/2005): Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) a Alug. Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) 60.000 II - Quando as receitas forem realmente auferidas (Princípio da Competência), e, o lançamento será o seguinte: Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) a Receita de Aluguéis (Receita) Logo, em 31/12/2005, a empresa J4M2 efetuará o seguinte lançamento, que corresponde aos seis primeiros de aluguéis, de julho/2005 a dezembro/2005 (receitas já auferidas): Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) a Receita de Aluguéis (Receita) 30.000 Exemplo: Suponha, agora, que a empresa J4M2 alugou seu imóvel por inter- médio de uma administradora de imóveis, que cobra 10% de taxa de adminis- tração, e que, além disso, a empresa Inquilina Ltda pagou o aluguel referente a janeiro de 2006 em dezembro de 2005. O lançamento em dezembro de 2005, na J4M2, seria o seguinte: Diversos a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Resultado de Exercícios Futuros) Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 4.500 Custo dos Aluguéis Recebidos Antecip. (Retificadora – REF) 500 5.000 Cabe ressaltar que não devem ser incluídos no grupo Resultados de Exercícios Futuros os valores que possuam alguma obrigatoriedade fu- tura de entrega de bens e serviços ou de devolução pela entidade. As- sim, por exemplo, a conta “Adiantamento de Clientes”, que corresponde a uma conta de fornecimento de bens ou serviços, é uma conta do Passivo Circulante. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 7
  • 8. Um outro exemplo é a conta “Receitas Financeiras a Apropriar” (“Juros Ativos a Transcorrer”), que deve ser classificada com retificadora do Ativo. Exemplo: A empresa J4M2, no dia primeiro de dezembro de 2005, efetuou uma aplicação financeira no valor de R$ 60.000,00, por 60 dias, com juros re- cebidos antecipadamente, no valor de R$ 1.000,00. Assim, o seguinte lança- mento deve ser efetuado pela empresa: Aplicações Financeiras (Ativo Circulante) a Diversos a Bancos (Ativo Circulante) 60.000 a Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 1.000 61.000 Em 31/12/2005, a empresa reconheceria como receita os primeiros 30 dias de juros: Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) a Juros Ativos (Receita) 500 81. A Cia. Alfa S/A possui diversas coligadas e controladas em várias regiões do Brasil. Por ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, os investimen- tos relevantes em coligadas e controladas, incluindo Joint Venture, deverão ser avaliados pelo método da(o) (a) equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor do Patrimônio Líquido da coligada ou controlada proporcionalmente à participação acionária. (b) equivalência harmônica, ou seja, com base na proporção entre o valor do Patrimônio Líquido da coligada e controlada e o valor da cotação dessas ações nas bolsas de valores. (c) Ebitda, isto é, o valor de mercado das ações deduzido da valorização ainda não realizada em função da variação dos índices. (d) Valor Econômico Agregado – VEA, considerando-se o a cotação do mercado em comparação com o valor patrimonial das ações. (e) custo de aquisição deduzido de perdas em decorrência de desvalorização dos índices existentes nas bolsas de valores. Resolução Relembrando: A) Antes das alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência Patrimonial. - Investimento relevantes em sociedades coligadas sobre cuja a administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social; e - Em sociedades controladas. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 8
  • 9. B) Após as alterações da Lei no 11.638/07: Método de Equivalência Pa- trimonial. - Investimento em sociedades coligadas sobre cuja a adminis- tração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante; - Em sociedades controladas; - Em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sobre controle comum. No caso, a questão não entrou no mérito do percentual de investimento em coligada. Contudo, a única resposta possível é a alternativa “a”, tendo em vista que as demais alternativas são totalmente absurdas. (*) Conceito de Joint Venture: representa a associação de duas ou mais em- presas a fim de criar ou desenvolver uma atividade econômica. GABARITO: A 82. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Delta S/A, em reais. Ativo 2005 2006 Caixa 60.000,00 75.000,00 Bancos 120.000,00 155.000,00 Duplicatas a Receber 260.000,00 470.000,00 Estoques 380.000,00 650.000,00 Ativo Circulante 820.000,00 1.350.000,00 Realizável LP 129.500,00 170.000,00 Investimentos 700.000,00 900.000,00 Imobilizado Líquido 1.400.000,00 1.700.000,00 Diferido Líquido 300.000,00 355.000,00 Ativo Permanente 2.400.000,00 2.955.000,00 Total Ativo 3.349.500,00 4.475.000,00 Passivo 2005 2006 Fornecedores 370.000,00 535.000,00 Impostos a Pagar 75.000,00 167.500,00 Salários a Pagar 99.500,00 222.000,00 Duplicatas a Pagar 85.000,00 125.500,00 Passivo Circulante 629.500,00 1.050.000,00 Exigível LP 210.000,00 295.000,00 Capital Social 1.400.000,00 2.400.000,00 Reserva de Capital 800.000,00 200.000,00 Reserva Legal 70.000,00 95.000,00 Reserva Estatutária 85.000,00 285.000,00 Reserva de Contingências 105.000,00 115.000,00 Lucros Acumulados 50.000,00 35.000,00 Patrimônio Líquido 2.510.000,00 3.130.000,00 Total do Passivo 3.349.500,00 4.475.000,00 Informações adicionais: Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 9
  • 10. • Aumento de capital: R$ 600.000.00 = incorporação de reserva de capital; R$ 400.000,00 = aporte de capital pelos acionistas; • Reversão de Reservas de Contingências: R$ 70.000,00; • Lucro Líquido do exercício: R$ 500.000,00; • Depreciação do período: R$ 320.000,00; • Amortização do diferido: R$ 120.000,00; • Proposta da diretoria para distribuição do Lucro Líquido: • Reserva Legal R$ 25.000,00 • Reserva Estatutária R$ 200.000,00 • Reserva para Contingência R$ 80.000,00 • Dividendos R$ 280.000,00 Com base nos dados acima, pode-se afirmar que, na elaboração da Demons- tração de Origens e Aplicações de Recursos, o total de origens, em reais, é (a) 1.425.000,00 (b) 1.315.500,00 (c) 1.180.000,00 (d) 1.095.000,00 (e) 1.085.500,00 Resolução Questão sobre a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Vamos relembrar este assunto: Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que aumentem o capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou redução do passivo circulante, em operações que envolvam também os grupos não circulantes. Aplicações do Capital Circulante Líquido: todas as operações que reduzem o capital circulante líquido: redução do ativo circulante ou aumento do passivo circulante, em operações que também envolvam grupos não circulantes. Variação do Capital Circulante Líquido ( CCL) = Origens – Aplicações Estrutura da DOAR: 1. Origens de Recursos (a) Lucro Líquido do Exercício (+) Depreciação, Amortização, Exaustão; (+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros (+) Perda de Equivalência Patrimonial (+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo (+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente (-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros (-) Ganho de Equivalência Patrimonial (-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo (-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente Lucro Ajustado (b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) (c) Alienação de Bens e Direitos do Ativo Permanente (Valor da Venda) Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 10
  • 11. (d) Diminuição do Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) (e) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital Total de Origens 2. Aplicações de Recursos (a) Dividendos (b) Diminuição do PELP (c) Aumento do ARLP (aquisição de bens e direitos) (d) Aumento do Ativo Permanente (aquisição de bens e direitos) (e) Redução do Patrimônio Líquido Total de Aplicações CCL = Origens – Aplicações Há que se ressaltar, ainda, que, com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatória e foi substituída pela Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) (art. 176, IV, da Lei n o 6.404/76). Vamos à resolução da questão: 1. Origens de Recursos (a) Lucro Líquido do Exercício 500.000 (+) Depreciação do Período 320.000 (+) Amortização do Diferido 120.000 Lucro Ajustado 940.000 (b) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) 85.000 (e) Realização do Capital Social e Cont. para Res. de Cap. 400.000 (*) Total de Origens 1.425.000 (*) A incorporação de reserva de capital ao capital social não afeta o Capital Circulante Líquido, conforme pode ser visto no lançamento a- baixo. Logo, não é nem origem e nem aplicação. ATENÇÃO!!! Reserva de Capital (PL) a Capital Social (PL) 600.000 Por outro lado, o aporte de capital pelos acionistas é uma origem, pois aumen- ta o ativo circulante, e, conseqüentemente, o Capital Circulante Líquido. Vide lançamento: Caixa (Ativo Circulante) a Capital Social (PL) 400.000 => origem GABARITO: A 83. Quando da constituição da sociedade anônima, um dos acionistas subscre- veu 1.150.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00, para integralização em Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 11
  • 12. equipamentos aos quais ele atribuiu, em documento endereçado à Assembléia Geral, o valor de R$ 1.145.000,00. A Assembléia Geral de subscritores nomeou uma empresa especializada que, em laudo fundamentado, avaliou o conjunto de equipamentos em R$ 1.160.000,00. A Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$ 1.148.000,00. Considerando as determinações da Lei n o 6.404/76, com nova redação dada pelas Leis nos 9.457/97 e 10.303/01, a integralização do capital deve ser con- siderada pelo valor, em reais, de (a) 1.145.000,00, atribuído pelo subscritor. (b) 1.148.000,00, aprovado pela assembléia geral. (c) 1.150.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, ressarcida ao subscri- tor. (d) 1.150.000,00, sendo esse valor atribuído aos equipamentos, não havendo ressarcimento. (e) 1.160.000,00, sendo a diferença, de R$ 10.000,00, considerada como ágio na subscrição. Resolução A questão ainda não está considerando as alterações da Lei n o 11.638/07, que extinguiu a Reserva de Reavaliação. Vamos relembrar o conceito de Reserva de Reavaliação: Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de au- mentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avalia- ções com base em laudo nos termos do artigo 8 o, aprovado pela assembléia- geral (art. 182, § 3o, da Lei no 6.404, de 15/12/1976). Vamos resolver a questão: Subscrição de acionista = 1.150.000 ações x R$ 1,00 = R$ 1.150.000,00 Integralização em Equipamentos no valor de R$ 1.145.000,00 Assembléia Geral aprovou o valor dos equipamentos em R$ 1.148.000,00 De acordo com o art. 8o da Lei no 6.404/76: Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa es- pecializada, nomeados em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convo- cação com a presença desubscritores que representem metade, pelo menos, do capital social, e em segunda convocação com qualquer número. § 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fun- damentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 12
  • 13. § 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão. § 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da com- panhia. § 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor. Ou seja, conforme o § 4o supracitado, a integralização do capital deve ser considerada, em reais, pelo valor do documento enviado à Assem- bléia Geral pelo acionista, no valor de R$ 1.145.000,00. Após o equipamento ser registrado no ativo permanente da empresa, ele po- derá sofrer uma reavaliação (pois o valor aprovado em Assembléia foi de R$ 1.148.000,00), de acordo com o seguinte lançamento: Equipamento (Ativo Permanente) a Reserva de Reavaliação (PL) 3.000 (1.148.000 – 1.145.000) GABARITO: A 84. A Comercial de Papéis S/A, em dezembro de 2006, praticou os seguintes atos: • venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci- mento 30/06/07; • venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$ 50.000,00, vencimento 30/06/07; • venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, venci- mento 30/06/07; • adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, venci- mento 20/11/07; • adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07; • venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coliga- da, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para 30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08. Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e as determinações da Lei das Sociedades por Ações, no balanço de 31/12/06, os direitos a rece- ber, classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, atingiram, em reais, o montante de (a) 500.000,00 (b) 620.000,00 (c) 1.120.000,00 (d) 1.240.000,00 (e) 1.290.000,00 Resolução Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 13
  • 14. Para resolver esta questão precisamos lembrar quais as contas que devem ser classificado no Ativo Realizável a Longo Prazo. No ativo realizável a longo prazo serão classificados: os direitos realizáveis a- pós o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adi- antamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negó- cios usuais na exploração do objeto da companhia (art. 179, II, da Lei n o 6.404/76). De acordo com o artigo 179, II, da Lei no 6.404/76, percebe-se que o Ativo Realizável a Longo Prazo pode ser dividido em dois subgrupos: - Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: Duplicatas a Receber (Longo Prazo), Promissórias a Receber (Longo Prazo), Esto- ques (Longo Prazo), Despesas Antecipadas (Longo Prazo), etc. - Direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a soci- edades coligadas, sociedades controladas, diretores, acionistas e par- ticipantes no lucro da companhia. Estes direitos independem do prazo e não podem constituir negócios usuais na exploração do objeto da companhia. Exemplo: Caso uma empresa comercial, cujo negócio é a revenda de merca- dorias, venda suas mercadorias a prazo para uma empresa coligada, terá um direito derivado de venda à coligada. Entretanto, esta venda dependerá do prazo, isto é, se forem realizáveis no exercício seguinte, serão classificadas no ativo circulante. Caso sejam realizáveis após o término do exercício seguinte, serão classificadas no ativo realizável a longo prazo. Este procedimento ocorre, visto que a venda de mercadorias constitui um negócio usual na exploração do objeto de uma empresa comercial. No entanto, caso a referida empresa faça um empréstimo em dinheiro para sua coligada, esta operação independerá do prazo e será classificada no ativo realizável a longo prazo, pois emprestar di- nheiro não representa um negócio usual da empresa comercial. Vamos resolver a questão: Balanço Patrimonial de 31/12/2006: Regra Geral: Ativo Circulante – até o término do exercício seguinte (até 31/12/2007); ARLP – após o término do exercício seguinte (após 31/12/2007). Exceção: ARLP (independentemente do prazo de pagamento) - negó- cios realizados com sócios, diretores, acionistas e participantes no lu- cro da companhia/empresas ligadas que não constituam a atividade fim da empresa. I - venda de veículo do Imobilizado, para acionista, por R$ 80.000,00, venci- mento 30/06/07; Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 14
  • 15. Apesar de o vencimento ser antes de 31/12/2007, foi realizada uma venda de um veículo do Imobilizado (não é atividade fim da empresa) a um acionista (pessoa ligada). Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000 II - venda de condicionador de ar do Imobilizado, para empregado, por R$ 50.000,00, vencimento 30/06/07; Empregados não constam no rol de pessoas ligadas: diretores, a- cionistas ou participantes no lucro da companhia. Logo, esta venda a prazo deve seguir o vencimento, que, no caso, é antes de 31/12/2007, devendo ser classificada no Ativo Circulante. III - venda de mercadoria, para sociedade controlada, por R$ 120.000,00, vencimento 30/06/07; A empresa é comercial. Logo, seu negócio é a venda de mercadorias. Portanto, mesmo no caso das mercadorias vendidas para sociedade con- trolada, como é atividade fim da empresa, o fato deve ser classificado no ativo circulante, por vencer em 30/06/07. IV - adiantamento de R$ 60.000,00 a empregados, a título de 13º salário, ven- cimento 20/11/07; O adiantamento de salários a empregados é classificado em circulante e longo prazo de acordo com o vencimento. Logo, neste caso, por vencer em 20/11/2007, será classificado no ativo circulante. V - adiantamento de R$ 40.000,00 a diretores, vencimento 20/11/07; Neste caso, segue a exceção, ou seja, adiantamento a diretores deve ser classificado no ativo realizável a longo prazo, independentemente do prazo de vencimento. Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 80.000 + 40.000 = 120.000 VI - venda de imóvel do Ativo Permanente/Investimentos, para sociedade coli- gada, para pagamento em 4 parcelas de R$ 250.000,00, com vencimento para 30/06/07; 30/12/07; 30/06/08 e 30/12/08. Apesar de o vencimento de duas parcelas ser antes de 31/12/2007, foi realizada uma venda de um imóvel de Investimentos (não é atividade fim da empresa) a um acionista (pessoa ligada). Logo, todos as parcelas devem ser consideradas no Ativo Realizável a Longo Prazo. Logo: Títulos a Receber (ARLP) = 120.000 + 1.000.000 = 1.120.000 GABARITO: C Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 15
  • 16. 85. Informação parcial da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da Cia. Gama S/A, referente aos saldos finais apresentados no grupo do Patri- mônio Líquido, no Balanço de 31/12/05. Itens Capital Res. De Reserva de Lucros Lucro Total Capital Acum. Legal Estatut. Conting. Saldo em 2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000 31/12/2005 Aumento de Capital Reversão Reserva L. Líquido Exercício Proposta Dis- tribuição do Lucro Reservas Dividendos Saldo em 31/12/2006 Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações: • aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$ 500.000,00; • reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas pó síveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006 no valor de R$ 100.000,00; • Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00; • distribuição de lucros em forma de reserva: • Reserva legal = percentual determinado pela lei • Reserva estatutária = R$ 100.000,00 • Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida • proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação. Sabendo-se que a Cia. Gama S/A só possui ações ordinárias, cujo valor nomi- nal em 31/12/06 era de R$ 1,20, o saldo da coluna Lucros ou Prejuízos Acu- mulados, em 31/12/06, considerando exclusivamente as informações recebi- das, em reais, é (a) 15.000,00 (b) 20.000,00 (c) 35.000,00 (d) 40.000,00 (e) 115.000,00 Resolução Vamos utilizar a tabela da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados para resolver a questão. Primeiramente, vou efetuar todos os lançamentos, para que você também possa estudar cada um deles e treinar para a prova. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 16
  • 17. Durante o exercício de 2006 ocorreram as seguintes situações: 1 - aumento de capital proveniente de transferência de reservas de capital no valor de R$ 500.000,00 e aporte de capital por parte dos sócios de R$ 500.000,00; Diversos a Capital Social (PL) Reservas de Capital (PL) 500.000 Caixa (Ativo Circulante) 500.000 1.000.000 2 - reversão de reserva de contingência estabelecida em função de perdas possíveis em matéria-prima que efetivamente ocorreram no exercício de 2006 no valor de R$ 100.000,00; ATENÇÃO!!!! A contrapartida da reversão da reserva de lucros é SEMPRE a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Reserva de Contingências (PL) a Lucros Acumulados (PL) 100.000 3 - Lucro Líquido do exercício no montante de R$ 300.000,00; Resultado do Exercício a Lucros Acumulados (PL) 300.000 4 - distribuição de lucros em forma de reserva: 4.1 - Reserva legal = percentual determinado pela lei Reserva Legal = 5% x Lucro Líquido do Exercício = 5% x 300.000 = 15.000 Limite Obrigatório = 20% x Capital Social = 20% x 3.000.000 = 600.000 Saldo da Reserva Legal = 200.000 + 15.000 = 215.000 < 600.000 (ok) Lucros Acumulados (PL) a Reserva Legal (PL) 15.000 4.2 - Reserva estatutária = R$ 100.000,00 Lucros Acumulados (PL) a Reserva Estatutária (PL) 100.000 4.3 - Reserva para contingência = 80% do valor da reserva revertida Reserva para Contingência = 80% x 100.000 = 80.000 Lucros Acumulados (PL) a Reserva para Contingência (PL) 80.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 17
  • 18. 5 - proposta para dividendos = R$ 0,08 por ação. A empresa só possui ações ordinárias, cujo valor nominal, em 31/12/2006, era de R$ 1,20. Número de Ações = Capital Social/Valor Nominal = 3.000.000/1,20 =>  Número de Ações = 2.500.000 Valor dos Dividendos Distribuídos = 2.500.000 ações x R$ 0,08 =>  Valor dos Dividendos Distribuídos = 200.000 Lucros Acumulados (PL) a Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) 200.000 Itens Capital Res. De Reserva de Lucros Lucro Total Capital Acum. Legal Estatut. Conting. Saldo em 2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000 31/12/2005 Aumento de 1.000.000 (500.000) Capital (1) (1) Reversão (100.000) 100.000 Reserva (2) (2) L. Líquido 300.000 Exercício (3) Proposta Dis- tribuição do Lucro Reservas 15.000 100.000 80.000 (195.000) (4.1) (4.2) (4.3) (4) Dividendos (200.000) (5) Saldo em 3.000.000 550.000 215.000 350.000 130.000 20.000 4.265.000 31/12/2006 GABARITO: B Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 18
  • 19. 86. Informações sintéticas da Cia. Fortim S/A, em 31/08/06, em reais. Ativo Circulante 150.000,00 Ativo Realizável a Longo Prazo 50.000,00 Ativo Permanente 300.000,00 Investimentos 50.000,00 Imóveis 220.000,00 Móveis e Utensílios 30.000,00 Total 500.000,00 Passivo Circulante 130.000,00 Passivo Exigível a Longo Prazo 44.000,00 Patrimônio Líquido 326.000,00 Capital 200.000,00 Reservas de Capital 90.000,00 Reserva Legal 36.000,00 Total 500.000,00 A Cia. Fortim, que estuda a possibilidade de captar recursos com o lançamento de debêntures, quer saber qual o valor máximo que poderá emitir, de tais títu- los de crédito, utilizando a melhor das alternativas estabelecidas pela Lei das Sociedades Anônimas, incluindo garantia flutuante e garantia real, esta consti- tuída pelos seus bens imóveis. Considerando a inexistência de gravame sobre os ativos ou de dívidas garanti- das por direitos reais, e que as garantias serão oferecidas de forma isolada, o valor máximo para emissão de debêntures, em reais, é (a) 176.000,00 (b) 200.000,00 (c) 220.000,00 (d) 240.000,00 (e) 350.000,00 Resolução Esta questão cobrou conhecimento do art. 60 da Lei n o 6.404/76, que, nor- malmente, não é cobrado em concursos públicos. De qualquer forma, vamos à resolução da questão: Limites do valor de emissão das debêntures: - O valor total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o capital social da companhia; - O limite acima pode ser excedido até alcançar: - 80% do valor dos bens gravados, próprios ou de terceiros, no ca- so de debêntures com garantia real; - 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do mon- tante das suas dívidas garantidas por direitos reais, no caso de de- bêntures com garantia flutuante. I – Limite Máximo: Valor do Capital Social = 200.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 19
  • 20. II – Inexistência de gravame sobre os ativos: não cabe a utilização dos 80%. III – Não há dívidas garantidas por direitos reais: Limite Possível = 70% x Valor Contábil do Ativo => => Limite Possível = 70% x 500.000 = 350.000 GABARITO: E 87. A Deliberação CVM no 207/96, de 13/12/96, estabelece que as companhias de capital aberto, ao pagarem juros sobre o capital próprio, devem elaborar uma nota explicativa às demonstrações financeiras e às informações trimes- trais, onde deverão ser informados os critérios utilizados para determinação desses juros, as políticas adotadas para sua distribuição, o montante do Im- posto de Renda incidente e, quando aplicável, os seus efeitos sobre os dividen- dos obrigatórios. A mesma Deliberação estabelece, também, que, caso a companhia opte, para atender à legislação tributária, por contabilizar os juros pagos ou creditados como despesa financeira, deverá (a) emitir nota explicativa própria para informar o valor dos juros sobre o capi- tal próprio e a conta ou contas patrimoniais utilizadas para registrar tais valo- res. (b) evidenciar o valor dos juros pagos ou creditados, em conta específica da Demonstração do Resultado, em linha própria das Despesas Financeiras Líqui- das. (c) reverter o valor e o registro contábil anteriormente feito, mediante crédito na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. (d) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na última linha da Demonstração do Resultado, antes do saldo da conta do Lucro Líquido. (e) reverter o valor nos registros mercantis, evidenciando o mesmo na De- monstração do Resultado, em linha própria de Outras Despesas Operacionais. Resolução Questão específica sobre a Deliberação CVM n o 207/96, de 13/12/1996, que dispõe sobre a contabilização dos juros sobre o capital próprio. Vamos ver os principais conceitos: - Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no 9.249/95, devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros Acumulados, sem afetar o resultado do exercício. - Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições tributá- rias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio pagos/creditados ou recebidos/auferidos como despesa ou receita financeira, deverá proceder à reversão desses valores, nos registros mercantis, de forma Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 20
  • 21. a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja apurado nos ter- mos desta Deliberação. - A reversão, de que trata o item anterior, poderá ser evidenciada na última linha da demonstração do resultado antes do saldo da conta do lucro líquido ou prejuízo do exercício. GABARITO: D 88. A Companhia Investidora, com Patrimônio Líquido de R$ 2.000.000,00, tendo sobra de disponibilidade, resolveu comprar, com intenção de permanên- cia, por motivos estratégicos, ações de outra sociedade, com Patrimônio Líqui- do de R$ 1.200.000,00, pagando R$ 96.000,00 pelas aludidas ações. No encerramento do exercício, a Investida apurou um Lucro Líquido de R$ 850.000,00, propondo a distribuição de dividendos de R$ 400.000,00, cabendo à Investidora o dividendo a receber de R$ 32.000,00. Considerando as informações recebidas e todas as alternativas técnicas relati- vas ao registro e avaliação dos investimentos permanentes, compete à Inves- tidora contabilizar (a) R$ 32.000,00 dos dividendos, a débito do Investimento, a título de ganho. (b) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita operacional, em subgrupo pró- prio. (c) R$ 32.000,00 dos dividendos como receita financeira, em subgrupo pró- prio. (d) R$ 64.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento. (e) R$ 68.000,00 a débito do Investimento, a título de ganho no investimento Resolução Primeiramente, é necessário verificar se o investimento permanente efetuado pela Cia. Investidora será avaliado pelo custo de aquisição ou pela equivalência patrimonial. I – Cia. Investidora: PL = 2.000.000 Compras de Ações Cia. Investida = 96.000 PL da Cia Investida = 1.200.000 Percentual das Ações em poder da Cia. Investidora = 96.000/1.200.000 = 8% Neste caso, a Cia. Investida não é coligada e nem controlada da Cia. Investido- ra (apenas 8% de participação) e o investimento permanente na Cia. Investi- dora deverá ser avaliado pelo Custo de Aquisição. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 21
  • 22. Relembrando as regras de distribuição de dividendos nesta situação: Dividendos – Método do Custo de Aquisição: a legislação do Imposto de Renda determina que os dividendos recebidos até 6 meses a partir da da- ta de aquisição do investimento avaliado pelo custo de aquisição de- vem ser registrados como redução do custo de aquisição do investi- mento permanente, sem afetar o resultado da investidora. Entretanto, os dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição do referido investimento, devem ser registrados como receita operacional. Lançamentos na Investidora: Dividendos recebidos até 6 meses; Caixa (Ativo Circulante) a Participações Permanentes (Ativo Permanente) Dividendos recebidos após 6 meses: Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) a Receita de Dividendos (Receita) Em relação à questão, como nada foi dito sobre o prazo do investimento, de- vemos considerá-lo que, no encerramento do exercício, já há mais de seis da aquisição do investimento. Neste caso, o lançamento a ser efetuado seria: Dividendos a Receber (Ativo Circulante) a Receita de Dividendos (Receita Operacional) 32.000 GABARITO: B 89. Em 31/12/06, a Cia. Via, com participação de 60% no capital social da Cia. Ápia, e a Cia. Ápia apresentaram os seguintes balanços: Ativo Cia. Via Cia. Ápia Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00 Disponível 26.000,00 12.000,00 Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00 Estoques 40.000,00 20.000,00 Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00 Investimentos - Coli- 34.000,00 0,00 gadas e Controladas Imobilizado 50.000,00 15.000,00 Total 220.000,00 85.000,00 Passivo Passivo Circulante 110.000,00 45.000,00 Duplicatas a Pagar 76.000,00 15.000,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 22
  • 23. Empréstimos 34.000,00 30.000,00 Patrimônio Líquido 110.000,00 40.000,00 Capital Social 100.000,00 38.000,00 Reserva Legal 10.000,00 2.000,00 Total 220.000,00 85.000,00 Sabendo-se que as companhias não têm transações comerciais entre si, pode- se afirmar que, no balanço consolidado, o montante do Ativo, em reais, é (a) 206.000,00 (b) 271.000,00 (c) 281.000,00 (d) 295.000,00 (e) 305.000,00 Resolução Esta questão trata de consolidação de balanços, matéria não incluída no Edital do ICMS/RJ. De qualquer maneira, vou resolvê-la. Como Cia. Via participa com 60% do capital da Cia. Ápia, ela é controladora da Cia. Ápia. As regras principais para a consolidação de balanços são: A consolidação das demonstrações contábeis consiste em somar os valores correspondentes aos elementos contábeis semelhantes existentes nas empre- sas que serão consolidadas, excluindo-se: - as participações de uma sociedade em outra; - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades; - as parcelas correspondentes aos resultados, ainda não realiza- dos, de negócios entre as sociedades, que constem do resultado do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados, do custo dos estoques ou do ativo permanente das respectivas demonstrações contábeis. OBS 1: As participações dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimo- nial e na demonstração do resultado do exercício. OBS 2: A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo permanente, com dedução do valor correspondente à provisão ade- quada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. OBS 3: O valor da participação que exceder o custo de aquisição constituirá parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique compro- vada a existência de ganho efetivo. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 23
  • 24. Vamos à resolução da questão: Cia. Via => 60% do PL da Cia Ápia PL da Cia. Ápia = 40.000 60% do PL da Cia. Ápia = 60% x 40.000 = 24.000 Como o investimento em Coligadas e Controladas está registrado na Cia. Via por R$ 34.000,00, a diferença (R$ 10.000,00) deverá ser mantida no ativo permanente do balanço consolidado. Consolidação do Ativo (repare que a questão falou que as empresas não pos- suem transações entre si). Ativo Cia. Via Cia. Ápia Consolidado Ativo Circulante 136.000,00 70.000,00 206.000,00 Disponível 26.000,00 12.000,00 38.000,00 Duplicatas a Receber 70.000,00 38.000,00 108.000,00 Estoques 40.000,00 20.000,00 60.000,00 Ativo Permanente 84.000,00 15.000,00 75.000,00 Investimentos - Coli- 34.000,00 0,00 10.000,00 gadas e Controladas (*) Imobilizado 50.000,00 15.000,00 65.000,00 Total 220.000,00 85.000,00 281.000,00 (*) Parcela não absorvida na consolidação. GABARITO: C 90. O Gerente de Custos da Cia. Industrial Tamoio S/A, durante a apuração do custo dos produtos do mês, chegou aos seguintes números, em reais: Custos Produto A Produto B Produto C Total dos Custos Diretos Matéria-Prima 80.000,00 120.000,00 200.000,00 400.000,00 Mão-de-Obra 22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00 Direta Energia Elétrica 18.000,00 23.000,00 9.000,00 50.000,00 Direta Soma 120.000,00 190.000,00 230.000,00 540.000,00 Sabendo-se que os custos indiretos usualmente alocado aos produtos por ra- teio, com base no custo da matéria-prima, totalizaram o valor de R$ 250.000,00 no mês, pode-se afirmar que o custo total do Produto C, em reais, é (a) 170.000,00 (b) 265.000,00 (c) 325.000,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 24
  • 25. (d) 355.000,00 (e) 450.000,00 Resolução Questão de contabilidade de custos, que não é o foco do curso. Contudo, como faz parte do conteúdo programático de Contabilidade no concurso do ICMS/RJ, vou resolvê-la. I – Cálculo do Custo Indireto para o Produto C: Matéria-Prima Total (MP Total) = 400.000 Custos Indiretos Totais = 250.000 Custo Indireto do Produto C = (Matéria-Prima C/MP Total) x R$ 250.000,00 =>  Custo Indireto do Produto C = (200.000/400.000) x 250.000 =>  Custo Indireto do Produto C = 250.000/2 = 125.000 II – Cálculo do Custo Total para o Produto C: Custo Total C = Custos Diretos + Custos Indiretos = 230.000 + 125.000 => => Custo Total do Produto C = 355.000 GABARITO: D 91. A Cia. Novidades S/A apresentou as seguintes informações de sua única participação societária: a) Demonstração do Investimento em 30/12/05, após a avaliação ao MEP, em reais: ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS Antiguidades S/A 1.800.000,00 b) Nota explicativa: • Ações possuídas da Cia. Antiguidades: 1.290.000 Ações Ordinárias c) Dados da Cia. Antiguidades, em 31/12/05 c1) Demonstração do Patrimônio Líquido, em 30/12/05, em reais: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 2.580.000,00 Reservas de Lucros 400.000,00 Lucros Acumulados 20.000,00 c2) Notas explicativas: • a Companhia só emitiu ações ordinárias; • valor nominal das ações emitidas: R$ 1,20 A Cia. Antiguidades, que no exercício encerrado em 31/12/06 apurou um Lucro Líquido de R$ 600.000,00, fez a proposta de distribuição de dividendos no va- lor de R$ 500.000,00 e apresentou a seguinte demonstração de seu Patrimônio Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 25
  • 26. Líquido, antes do reconhecimento do lucro apurado em 2006 e de sua respec- tiva distribuição: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social R$ 2.580.000,00 Reservas de Reavaliação R$ 200.000,00 Reservas de Lucros R$ 400.000,00 Lucros Acumulados R$ 20.000,00 Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e a boa técnica de avaliação do investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), a receita do investimento, avaliado ao MEP, a ser contabilizada na controladora, Cia. Novidades, em reais, é (a) 60.000,00 (b) 100.000,00 (c) 180.000,00 (d) 360.000,00 (e) 480.000,00 Resolução A questão já fala que o investimento é avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP). Dados: Investimento em Controladas (31/12/2005) = 1.800.000 Total de ações possuídas da Controlada = 1.290.000 I – Cálculo da participação da Controladora na Controlada: PL da Controlada em 31/12/2005 = Capital Social + Res. Lucros + Luc. Acum. PL da Controlada em 31/12/2005 = 2.580.000 + 400.000 + 20.000 =>  PL da Controlada em 31/12/2005 = 3.000.000 Repare que a questão já fala que o saldo de R$ 1.800.000,00 em investimen- tos na controladora é após o MEP. Logo, o percentual de participação da con- troladora na controlada é de: Percentual de Participação = 1.800.000/3.000.000 = 60% II – Encerramento do exercício em 31/12/2006: Lucro da Controlada = R$ 600.000,00 Método de Equivalência Patrimonial = 60% x 600.000 = 360.000 Lançamento na Controladora: Investimentos em Controladas (Ativo Permanente) a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 360.000 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 26
  • 27. Esta é a resposta da questão. ATENÇÃO!!! Os dividendos distribuídos não correspondem a ganhos de equivalência patrimonial. Vamos calcu- lá-los e efetuar o registro: Dividendos Distribuídos pela Controlada = 500.000 Dividendos a Receber (Controladora) = 60% x 500.000 = 300.000 Dividendos a Receber (Ativo Circulante) a Investimentos em Controladas (Ativo Permanente) 300.000 Ou seja, você poderia pensar, ERRADAMENTE, que a receita do inves- timento pelo MEP seria R$ 60.000,00 (R$ 360.000,00 – R$ 300.000,00) e marcar a letra “a”. CUIDADO!!! ESTÁ ERRADO. Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) = R$ 360.000,00 Dividendos a Receber (Ativo Circulante) = R$ 300.000,00 Invest. em Contr. (AP) = 1.800.000 + 360.000 – 300.000 =>  Invest. em Contr. (AP) = R$ 1.860.000,00 Observe também que os dados de quantidade e valor das ações foram informados somente para confundir, pois a questão fala que o investi- mento avaliado pelo MEP já estava em R$ 1.800.000,00. O PL da investida na data da apuração não é 3.200.000 e sim 3.200.000 + 600.000 (lu- cros) - 200.000 (Res. Reavaliação - que deve ser apropriada como reserva de reavaliação tb na investidora - 60% - De acordo com a Res. 247/96) = 3.600.000 60% x 3.600.000 = 2.160.000 GEP = 2.160.000 - 1.800.000 = 360.000 GABARITO: D 92. Dados extraídos da análise das demonstrações contábeis elaboradas pela Cia. Aço Forte S/A, em reais. Índices 2005 2006 a) Participação de Capi- 610.825,00/3.665.000,00 847.310,00/4.240.000,00 tal de Terceiros: = 0,1666 = 0,1998 PCT = Capital de Tercei- ros/Patrimônio Líquido b) Composição do Endi- 420.825,00/610.825,00 = 530.310,00/847.310,00 = vidamento 0,6889 0,6259 CE = Passivo Circulan- te/Capital de Terceiros c) Imobilização do Pa- 3.550.000,00/3.665.000,00 4.051.390,00/4.240.000,00 trimônio Líquido = 0,9685 = 0,9555 IPL = Ativo Permanen- te/Patrimônio Líquido Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 27
  • 28. d) Imobilização dos re- 3.550.000,00/3.855.000,00 4.051.390,00/4.557.000,00 cursos não correntes = 0,9209 = 0,8890 IRNC = Ativo Perma- nente/(Patrimônio Lí- quido + PELP) e) Liquidez Corrente 725.825,00/420.825,00 = 1.035.920,00/530.310,00 LC = AC/PC 1.7248 = 1.9534 Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o Capital Circulante Próprio da Companhia, em 2006, em reais, foi (a) 125.610,00 (b) 155.000,00 (c) 188.610,00 (d) 305.000,00 (e) 317.000,00 Resolução Questão de análise das demonstrações contábeis. Também não faz parte do conteúdo programático do Edital do ICMS/RJ. Vou resolvê-la, pois esta questão é muito mais de lógica do que de análise, tendo em vista que são fornecidas todas as fórmulas. Além disso, há que se ressaltar que o conceito de Capital Circulante Próprio pode ser cobrado em sua prova: Capital Circulante Próprio = é a diferença positiva entre o Ativo Circu- lante e o Passivo Circulante Deste modo, teríamos o seguinte cálculo: I – Cálculo do Capital Circulante Próprio: Pelo índice e) em 2006: Liquidez Corrente = LC = AC/PC = 1.035.920,00/530.310,00 Logo, AC = Ativo Circulante = 1.035.920 PC = Passivo Circulante = 530.310 Capital Circulante Próprio = 1.035.920 – 530.310 = 505.610 Contudo, não há resposta na questão no caso de utilizarmos essa definição de Capital Circulante Próprio. Uma outra definição existente é: Capital Circulante Próprio = é a parcela de Capital Próprio no Ativo Cir- culante Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 28
  • 29. Deste modo, teríamos o seguinte cálculo: I – Cálculo do Capital Circulante Próprio: Pelo índice c) em 2006: IPL = Ativo Permanente/Patrimônio Líquido Ativo Permanente = 4.051.390 Patrimônio Líquido = 4.240.000 Como não há Ativo Realizável a Longo Prazo (nada foi dito), a parcela do PL (Capital Próprio) no Ativo Circulante é de: Capital Circulante Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Permanente => => Capital Circulante Próprio = 4.240.000 – 4.051.390 = 188.610 GABARITO: C 93. Demonstrações contábeis publicadas pela Cia. Simões S/A, em reais. Na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), método direto, Atividades Opera- cionais, o valor dos Pagamentos a Fornecedores, em reais, é (a) 14.020,00 (b) 17.550,00 (c) 24.550,00 (d) 28.365,00 (e) 35.365,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 29
  • 30. Resolução Este questão trata da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Vamos aos conceitos: O fluxo de caixa permite identificar o processo de circulação do dinheiro por meio da variação de caixa. Na verdade, a expressão fluxo de caixa envolve os pagamentos e recebimentos em geral. A análise do fluxo de caixa examina a origem e aplicação do dinheiro que transitou pela empresa. A expressão fluxo de caixa também pode significar: - O fluxo de caixa passado, ou seja, aquele que já foi realizado; - O fluxo de caixa previsto, ou seja, aquele que se refere a um período futuro; e - O fluxo de caixa que considera o passado e realiza ajustes no fluxo de caixa futuro. Há que se ressaltar que o analista pode verificar, por meio da Demons- tração do Resultado do Exercício, que a empresa obteve lucro, mas, ao verifi- car o seu caixa, percebe que o saldo diminuiu. Isto pode ocorrer, por exemplo, porque a empresa adota o regime de competência, que considera no período as receitas que ocorreram, mas que ainda não foram recebidas. Também po- dem existir itens de receitas e despesas que são considerados na apuração do resultado do exercício, mas não afetam o caixa da empresa, como, por exem- plo, a depreciação. Resumindo, a Demonstração do Fluxo de Caixa demonstra as cau- sas da variação do Disponível. A demonstração do fluxo de caixa pode ser montada pelo método direto ou pelo método indireto. Método Indireto A DFC, pelo método indireto, pode ser estruturada da seguinte forma: I – Origens de Recursos Das Operações ( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) (+) Depreciação, Amortização, Exaustão; (+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros (+) Perda de Equivalência Patrimonial (+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo (+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente (-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros (-) Ganho de Equivalência Patrimonial (-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo (-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente (=) Resultado Líquido Ajustado (+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante (-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante (-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 30
  • 31. (+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante Dos Proprietários (+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital De Terceiros (+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo (+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente (+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo II – Aplicações de Recursos (+) Dividendo pagos, creditados ou propostos (+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo (+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente (+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo III – Variação Líquida do Disponível = I - II IV – Saldo Inicial do Disponível V – Saldo Final do Disponível = III + IV Para fixar o conceito, considere o exemplo abaixo: Exemplo: I – Balanço Patrimonial – Empresa Linotécnica Ativo 2003 2004 Ativo Circulante 2.000,00 2.290,00 Caixa 300,00 490,00 Clientes 300,00 Estoques 1.700,00 1.400,00 Despesas Antecipadas 100,00 Ativo Realizável a Longo Prazo 250,00 Depósito Judicial 250,00 Ativo Permanente 1.000,00 2.760,00 Investimentos 400,00 Imobilizado 1.000,00 2.500,00 (-) Depreciação Acumulada (140,00) Ativo Total 3.000,00 5.300,00 Passivo Passivo Circulante 1.000,00 860,00 Contas a Pagar 40,00 Fornecedores 1.000,00 600,00 CSLL a Recolher 70,00 IR a Recolher 150,00 Passivo Exigível a Longo Prazo 1.260,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 31
  • 32. Empréstimo de Longo Prazo 1.260,00 Patrimônio Líquido 2.000,00 3.180,00 Capital Social 2.000,00 2.500,00 Lucros Acumulados 680,00 Passivo Total 3.000,00 5.300,00 II - Demonstração do Resultado do Exercício – Empresa Linotécnica DRE 2004 Receita de Vendas 3.000,00 CMV (1.500,00) Lucro Bruto 1.500,00 Despesas, exceto Depreciação e Se- (400,00) guros Despesas de Depreciação (140,00) Despesas de Seguros (100,00) Variação Monetária dos Empréstimos (60,00) de LP Ganho de Equivalência Patrimonial 100,00 Lucro Operacional 900,00 Provisão para CSLL (70,00) Provisão para IR (150,00) Lucro Líquido do Exercício 680,00 III – Demonstração do Fluxo de Caixa: I – Origens de Recursos Das Operações ( ) Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 680,00 (+) Depreciação, Amortização, Exaustão 140,00 (+) Aumento no Resultado de Exercícios Futuros 0,00 (+) Perda de Equivalência Patrimonial 0,00 (+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 60,00 (+) Prejuízo nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0,00 (-) Diminuição no Resultado de Exercícios Futuros 0,00 (-) Ganho de Equivalência Patrimonial (100,00) (-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 0,00 (-) Lucro nas Vendas de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0,00 (=) Resultado Líquido Ajustado 780,00 (+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante Contas a Pagar 40,00 CSLL a Recolher 70,00 IR a Recolher 150,00 (-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante Clientes (300,00) ` Despesas Antecipadas (100,00) (-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante Fornecedores (400,00) (+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante Estoques 300,00 Subtotal 540,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 32
  • 33. Dos Proprietários (+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital 500,00 De Terceiros (+) Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo 0,00 (+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Permanente 0,00 (+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 1.200,00 Total das Origens 2.240,00 II – Aplicações de Recursos (+) Dividendo pagos, creditados ou propostos 0,00 (+) Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo 250,00 (+) Aquisição de Bens e Direitos do Ativo Permanente 1.500,00 300,00 (*) (*) Investimentos (400 – Ganho Eq. Patrimonial) (+) Redução do Passivo Exigível a Longo Prazo 0,00 Total das Aplicações 2.050,00 III – Variação Líquida do Disponível = I - II 190,00 IV – Saldo Inicial do Disponível 300,00 V – Saldo Final do Disponível = III + IV 490,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 33
  • 34. Método Direto Neste método, a apresentação dos fluxos das atividades opera- cionais consiste na exposição direta dos recebimentos (entradas) e pagamentos (saídas) durante o exercício. Ou seja, representa o fluxo do Disponível durante o exercício, que pode ser representado da seguinte manei- ra: Entrada de Recursos – Recebimentos Saída de Recursos - Paga- mentos Créditos Operacionais Disponível Compra de Mercadorias e Resgate de Aplicações Financeiras Insumos Obtenção de Empréstimos e Financi- Despesas Antecipadas amentos Depósitos Judiciais Receitas Recebidas Antecipadamente Empréstimos a Sócios Integralização e/ou Aumento do Ca- Compra de Imobilizado pital Social Aplicações no Ativo Perma- Receitas de Vendas, Serviços e ou- nente tras Pagamento de Obrigações Dividendos de Investimentos Avalia- Devolução de Capital dos pelo Custo de Aquisição Custos e Despesas Outros Dividendos Outros A estrutura da DFC pelo método direto seria: 1. Ingressos (Entradas de Recursos) Recebimento de Clientes (+) Recebimento de Empréstimos de Curto Prazo (+) Dividendos Recebidos de Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição (-) Pagamento a Fornecedores (-) Impostos e Contribuições Pagos (-) Pagamento de Despesas Operacionais, inclusive Despesas Antecipadas (=) Recursos Derivados das Operações (I) (+) Recebimento por Venda de Bens do Ativo Permanente (+) Resgate de Aplicações Temporárias (+) Ingresso de Novos Empréstimos (+) Integralização do Capital (+) Resgate de Depósitos Judiciais (+) Ingressos de Outros Recursos (=) Recursos Derivados dos Sócios e de Terceiros (II) (=) Total das Entradas de Recursos = I + II 2. Aplicações de Recursos Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 34
  • 35. Pagamento de Dividendos Aquisição de Participações Societárias Aplicações no Ativo Permanente Pagamento de Empréstimos de Longo Prazo Outros Pagamentos 3. Variação Líquida do Disponível = 1 – 2 4. (+) Saldo Inicial do Disponível 5. (=) Saldo Final do Disponível Exemplo: Considerando o exemplo anterior, teríamos: 1. Recebimento de Clientes Saldo Inicial de Clientes 0,00 (+) Vendas 3.000,00 (-) Saldo Final de Clientes (300,00) Recebimento de Clientes 2.700,00 CMV = EI + C – EF => C = CMV – EI + EF = 1.500 – 1.700 + 1.400 = 1.200 2. Pagamento a Fornecedores Saldo Inicial de Fornecedores 1.000,00 (+) Compras 1.200,00 (-) Saldo Final de Fornecedores (600,00) Pagamento a Fornecedores 1.600,00 3. Pagamento de Despesas Despesas do Exercício (exceto Depreciação) 500,00 (+) Saldo Inicial de Contas a Pagar 0 (-) Saldo Final de Contas a Pagar (40,00) (-) Saldo Inicial de Despesas Antecipadas 0 (+) Saldo Final de Despesas Antecipadas 100,00 Pagamento de Despesas 560,00 Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto 1. Ingressos de Recursos Derivados das Operações Recebimento de Clientes 2.700,00 (-) Pagamento a Fornecedores (1.600,00) (-) Pagamento de Despesas (560,00) 540,00 Dos Sócios Integralização do Capital 500,00 De Terceiros Empréstimos de Longo Prazo 1.200,00 Total dos Ingressos de Recursos 2.240,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 35
  • 36. 2. Destinação dos Recursos Compra do Imobilizado 1.500,00 Compra de Investimentos 300,00 Depósitos Judiciais 250,00 Total das Destinações de Recursos 2.050,00 3. Variação do Disponível = 2.240,00 – 2.050,00 = 190,00 4. Saldo do Disponível em 31/12/2003 300,00 5. Saldo do Disponível em 31/12/2004 490,00 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 36
  • 37. Outras definições importantes: 1) Fluxo das Atividades Operacionais (FAO) Entradas: - Recebimentos de clientes - Recebimento de dividendos de participação no capital de outras sociedades (também pode ser classificado com atividade de inves- timento. O CESPE tem considerado deste modo). - Recebimento de juros de empréstimos concedidos (também pode ser classificado com atividade de investimento. O CESPE tem con- siderado deste modo). - Recebimentos diversos (aluguéis de imóveis, recebimento de se- guradoras referente a sinistro em estoques, etc). Saídas: - Pagamentos a fornecedores - Pagamento de salários a funcionários - Pagamento de tributos e multas - Pagamento de juros de empréstimos obtidos (também pode ser classificado como atividade de financiamento). 2) Fluxo das Atividades de Investimento (FAI) Entradas: - Recebimentos referentes a vendas do ativo imobilizado - Recebimentos referentes a vendas de participações societárias permanentes ou investimentos temporários - Recebimentos referentes ao principal de empréstimos ou financi- amentos concedidos Saídas: - Pagamentos referentes a compras à vista de bens do ativo per- manente - Pagamentos referentes a participações permanentes ou temporá- rias em outras sociedades - Pagamentos referentes a compras de valores mobiliários - Desembolso de empréstimos concedidos 3) Fluxo das Atividades de Financiamento (FAF) Entradas: - Recebimentos referentes a empréstimos obtidos - Recebimento de acionistas por venda de ações ou integralização do capital - Recebimento por emissão de debêntures - Recebimento de subvenções para investimento Saídas: - Pagamento de dividendos - Pagamento de resgate ou reembolso de ações - Pagamento de resgate de debêntures - Pagamento do principal referente a empréstimos ou financiamen- tos obtidos Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 37
  • 38. Vamos à resolução da questão: I – Inicialmente deve-se calcular as compras do período: CMV = 30.100 = EI + C – EF EI = Estoque Inicial (Dez/05) = 21.060 C = Compras EF = Estoque Final (Dez/06) = 26.325 30.100 = 21.060 + C – 26.325 => C = 35.365 I – Pagamento a Fornecedores no período: Fornecedores – Saldo Inicial (Dez/05) 17.550 (+) Compras do Período 35.365 (-) Fornecedores – Saldo Final (Dez/06) (28.365) Pagamento a Fornecedores no Período 24.550 IMPORTANTE!!! Não se assuste com o tamanho da questão. Às vezes, a solução pode ser simples e depender de poucos dados. GABARITO: C 94. No levantamento dos custos dos produtos da Cia. Medina S/A obtiveram- se os seguintes números, em reais: Considerando-se o critério de margem de contribuição unitária, o produto que apresenta maior contribuição ou lucratividade é o Modelo (a) K (b) L (c) M (d) N (e) O Resolução Mais uma questão de Contabilidade de Custos em que é necessário conhecer o conceito de Margem de Contribuição Unitária: Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 38
  • 39. Margem de Contribuição Unitária = Preço de Venda Unitário – Custos Variáveis Unitários Vamos à resolução: Margem de Contribuição Unitária = MCU MCU = Preço de Venda Unitário – Matéria-Prima – MOD – CIF MOD = Mão-de-obra Direta CIF = Custos Indiretos de Fabricação Variáveis MCU K = 100 – 20 – 40 – 15 = 25 MCU L = 114 – 25 – 45 – 20 = 24 MCU M = 128 – 30 – 40 – 25 = 33 MCU N = 124 – 35 – 35 – 20 = 34 MCU O = 135 – 40 – 30 – 30 = 35 (maior Margem de Cont. Unitária) GABARITO: E 95. A Cia. Gama S/A apresentou o seguinte quadro parcial de Análise Vertical e Horizontal nos balanços: Após a elaboração da Análise Horizontal (última coluna), em qual componente desse mesmo ativo verifica-se a maior variação positiva apurada em 2006 em relação a 2005? (a) Duplicatas a Receber. (b) Despesas Antecipadas. (c) Diferido Líquido. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 39
  • 40. (d) Estoques. (e) Imobilizado Líquido. Resolução Questão de análise das demonstrações contábeis, que não faz parte do Edital do ICMS/RJ. Vou resolver, caso você venha a estudar para outro concurso em que esse assunto é cobrado. Análise Horizontal ou de Evolução O objetivo principal da análise horizontal ou de evolução é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as diversas de- monstrações contábeis, ou seja, ela avalia o aumento ou a diminuição dos va- lores que expressam os elementos patrimoniais ou do resultado, em uma de- terminada série histórica de exercícios. Uma vez que os balanços estejam expressos em moeda de poder aquisitivo na mesma data, a análise horizontal assume certa significância e pode acusar i- mediatamente áreas de maior interesse para a investigação. Caso os balanços não estejam expresso em moeda de poder aquisitivo constante, o analista pre- cisará, no mínimo, do índice de inflação do período para realizar a atualização monetária. Normalmente, em uma análise horizontal ou de evolução considera-se o primeiro exercício como base 100 a evolução dos demais exercícios ocorre em relação ao exercício estabelecido como base. Vamos à resolução da questão: I – Análise Horizontal das contas do Ativo: Duplicatas a Receber = 4.200.000/2.887.500 = 145,45% Estoques = 3.990.000/3.811.500 = 104,68% Despesas Antecipadas = 105.000/57.750 = 181,81% Investimentos = 3.172.050/2.887.500 = 109,87% Imobilizado Líquido = 7.701.750/3.967.425 = 194,12% Diferido Líquido = 361.200/317.625 = 113,72% GABARITO: E Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 40
  • 41. 96. Dados extraídos das demonstrações contábeis da Cia. Ômega S/A. Contas 2005 2006 Caixa 25.000,00 45.000,00 Bancos 105.000,00 155.000,00 Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00 Estoques 200.000,00 350.000,00 Ativo Circulante 480.000,00 860.000,00 Empréstimos a Pagar 75.000,00 100.000,00 Fornecedores 160.000,00 200.000,00 Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00 Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00 Passivo Circulante 380.000,00 500.000,00 Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação da Necessidade de Capital de Giro – NCG entre 2005 e 2006 alcançou, em reais, o montante de (a) 45.000,00 (b) 95.000,00 (c) 215.000,00 (d) 260.000,00 (e) 310.000,00 Resolução Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas não cai na sua prova para o ICMS/RJ. Vamos aos conceitos: O ativo circulante pode ser dividido em Ativo Circulante Financeiro (ACF) e Ativo Circulante Operacional ou Ativo Circulante Cíclico (ACO). O ativo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelas disponibilidades e pelas aplicações financeiras. O ativo circulante ope- racional (*) corresponde aos direitos da empresa oriundos das ativi- dades operacionais, tais como clientes, estoques, ICMS a recuperar, adiantamento a fornecedores, entre outros. (*) Caso, no ativo circulante, existam contas de empréstimos concedi- dos ou títulos a receber decorrentes de venda de bens do ativo perma- nente, não devem ser considerados como ACO. O passivo circulante também pode ser dividido em Passivo Circulante Financeiro (PCF) e Passivo Circulante Operacional ou Passivo Circulan- te Cíclico (PCO). O passivo circulante financeiro é o conjunto de contas composto pelos empréstimos a pagar, financiamentos a pagar e duplicatas desconta- Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 41
  • 42. das (na reclassificação do balanço, para efeitos de análise, deixam de ser retificadoras do ativo circulante e passam a ser do passivo circu- lante). O passivo circulante operacional corresponde às obrigações da empresa oriundas das atividades operacionais, tais como salários a pagar, ICMS a recolher, duplicatas a pagar, provisão para o imposto de renda, entre outras. A Necessidade de Capital de Giro ou Investimento Operacional em Giro ou Necessidade de Investimento em Giro (NCG) corresponde à dife- rença entre o ativo circulante operacional e o passivo circulante opera- cional. NCG = ACO – PCO Vamos à resolução da questão: Contas 2005 2006 Duplicatas a Receber 150.000,00 310.000,00 Estoques 200.000,00 350.000,00 Ativo Circulante Operacional 350.000,00 660.000,00 Fornecedores 160.000,00 200.000,00 Obrigações Tributárias 62.500,00 100.000,00 Obrigações Sociais 82.500,00 100.000,00 Passivo Circulante Operacional 305.000,00 400.000,00 NCG 45.000,00 260.000,00 Variação da NCG entre 2005 e 2006 = 260.000 – 45.000 = 215.000 GABARITO: C 97. A Cia. Milenium S/A utiliza freqüentemente a ferramenta Alavancagem Fi- nanceira. Para tanto, reuniu as seguintes informações para realizar esta análi- se: Ativo 2006 Ativo Circulante 136.000,00 Realizável a Longo Prazo 35.000,00 Ativo Permanente 150.000,00 Ativo Total 320.000,00 Passivo 2006 Passivo de Funcionamento 40.000,00 Passivo Financeiro 80.000,00 Patrimônio Líquido 200.000,00 Passivo Total 320.000,00 Considerando-se que a empresa está aprimorando os conceitos de taxa de re- torno, com os dados acima pode-se afirmar que o Passivo Remunerado da em- presa, em reais, é Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 42
  • 43. (a) 40.000,00 (b) 80.000,00 (c) 120.000,00 (d) 280.000,00 (e) 320.000,00 Resolução Mais uma questão de análise das demonstrações contábeis. Vou resolver, mas não cai na sua prova para o ICMS/RJ. Vamos ao conceito: Passivo Remunerado = Passivo Financeiro + Patrimônio Líquido Passivo Remunerado = 80.000 + 200.000 = 280.000 GABARITO: D 98. Dados extraídos do orçamento da Cia. Alvorada S/A. • Projeção de vendas para o período de janeiro a abril de 2007, em reais. Janeiro 50.000,00 Fevereiro 80.000,00 Março 60.000,00 Abril 50.000,00 • Para atender a essas vendas a empresa pretende manter, em cada mês, um estoque básico de R$ 20.000,00 mais 80% do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) do mês seguinte. • O CPV representa, em média, 70% das vendas. Considerando-se, apenas, os dados acima, o lucro bruto acumulado projetado para abril de 2007, em reais, será de (a) 48.000,00 (b) 60.000,00 (c) 65.800,00 (d) 72.000,00 (e) 73.600,00 Resolução Muito boa questão de lucro projetado. Vamos à resolução: Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 43
  • 44. Receita Bruta de Vendas (-) Deduções de Vendas (não há deduções) Receita Líquida de Vendas (-) CPV Lucro Bruto Vendas CPV = 70% x Vendas Lucro Bruto Janeiro 50.000,00 35.000,00 15.000,00 Fevereiro 80.000,00 56.000,00 24.000,00 Março 60.000,00 42.000,00 18.000,00 Abril 50.000,00 35.000,00 15.000,00 Lucro Bruto Projetado Acumulado 72.000,00 GABARITO: D 99. A Cia. América S/A vendeu, no exercício de 2006, o montante de R$15.000.000,00, sendo 40% à vista e o restante a prazo. A empresa conce- deu, nas vendas a prazo, em média, 30 dias para os clientes quitarem suas duplicatas. As projeções para o exercício de 2007 estão considerando um au- mento no prazo oferecido aos clientes para 45 dias, o que deverá aumentar as vendas totais em 10%, sendo mantido o mesmo valor em reais das vendas à vista. Considerando-se apenas as informações acima, o investimento marginal em Duplicatas a Receber que a empresa terá de fazer mensalmente, em reais, será de (a) 562.500,00 (b) 750.000,00 (c) 900.000,00 (d) 1.312.500,00 (e) 1.500.000,00 Resolução Também uma questão improvável de cair na sua prova, mas, mesmo assim, vou resolvê-la: Exercício de 2006: Receita de Vendas = 15.000.000 Vendas à Vista = 40% x 15.000.000 = 6.000.000 Vendas a Prazo (Duplicatas a Receber) = 60% x 15.000.000 = 9.000.000 Prazo de Pagamento = 30 dias Exercício de 2007: Receita de Vendas Projetado = 15.000.000 + 10% x 15.000.000 = 16.500.000 Vendas à Vista = 6.000.000 (mantido o mesmo valor em reais) Vendas a Prazo (Dup. a Receber) = 16.500.000 – 6.000.000 = 10.500.000 Prazo de Pagamento = 45 dias Giro das Duplicatas a Receber (2007) = 360 dias/45 dias = 8 Giro das Duplicatas a Receber (2006) = 360 dias/30 dias = 12 Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 44
  • 45. Investimento Médio em Duplicatas a Receber (IMDR) = Vendas a Prazo/Giro IMDR (2006) = 9.000.000/12 = 750.000 IMDR (2007) = 10.500.000/8 = 1.312.500 Investimento Marginal em Duplicatas a Receber = 1.312.500 – 750.000 Investimento Marginal em Duplicatas a Receber = 562.500 GABARITO: A 100. Um empresário possui um capital de R$ 800.000,00 e pretende abrir uma loja de componentes de áudio e vídeo. Analisando essa alternativa, verificou que precisará investir 60% desse capital em ativo fixo e o restante, em finan- ciamento do capital de giro, projetando para o final de 1(ano) ano uma Receita Líquida de R$ 2.000.000,00, custos totais (fixos + variáveis) de R$ 750.000,00, despesas administrativas de R$1.000.000,00 e a incidência da alí- quota de 25%, a título de Imposto de Renda. Considerando-se um custo de oportunidade de 22,5% líquidos ao ano, o resul- tado real que o empresário deverá obter nesse ano, em reais, será (a) 2.500,00 (b) 7.500,00 (c) 62.500,00 (d) 180.000,00 (e) 187.500,00 Resolução I – Cálculo do Lucro Projetado Capital = 800.000 Ativo Fixo = 60% x 800.000 = 480.000 Financiamento de Capital de Giro = 40% x 800.000 = 320.000 Receita Líquida Projetado = 2.000.000 Custo Totais (Fixos + Variáveis) = 750.000 Despesas Administrativas = 1.000.000 Lucro Antes do IR = 2.000.000 – 750.000 – 1.000.000 = 250.000 Provisão para o IR = 25% x 250.000 = 62.500 Lucro Projetado = 250.000 – 62.500 = 187.500 II – Custo de Oportunidade = 22,5% Líquidos Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 45
  • 46. Custo de Oportunidade = 22,5% x Capital Investido => Custo de Oportunidade = 22,5% x 800.000 = 180.000 III – Cálculo do Resultado Real: Resultado Real = Lucro Projetado – Custo de Oportunidade =>  Resultado Real = 187.500 – 180.000 = 7.500 GABARITO: B 101. Qual o órgão internacional e independente que, atualmente, estuda os padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmonização de pro- cedimentos válida para os países membros? (a) FASB – Financial Accouting Standards Board. (b) IOSCO – International of Securities Comiission. (c) IASB – International Accouting Standards Board. (d) IFAC – International Federation of Accoutants. (e) OECD – Organization for Economic Cooperation and Development. Resolução IASB => órgão internacional e independente que, atualmente, estuda os padrões contábeis mundiais, visando a estabelecer uma harmoniza- ção de procedimentos válida para os países membros. GABARITO: C 102. Um dos critérios analisados pelos órgãos internacionais de contabilidade diz respeito aos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Qual o tratamento contábil internacional recomendado para esses gastos? (a) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es- perado de futuros benefícios econômicos, não superiores a 10 anos. (b) Deverão ser capitalizados como Ativo e amortizados durante o período es- perado de benefícios futuros, sendo o prazo dos gastos com pesquisa de 5 a- nos, e o de gastos com desenvolvimento, de até 10 anos. (c) Devem ser levados a resultado do exercício imediatamente, quando incorri- dos, em razão da incerteza dos benefícios econômicos futuros. (d) Os gastos com pesquisa deverão ser capitalizados como Ativo durante o período mínimo de 5 anos, enquanto os gastos com desenvolvimento deverão ser levados a resultado, tão logo tenham sido incorridos. (e) Os gastos com pesquisa deverão ser reconhecidos como Despesa do Exer- cício, quando incorridos, e os gastos com desenvolvimento poderão ser capita- lizados no Ativo, se atendidas certas condições. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 46
  • 47. Resolução De acordo com os órgãos internacionais de contabilidade, temos os seguintes procedimentos: - Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. - Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de um projeto interno) deverá ser reconhecido so- mente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir e- numerados: (a) a viabilidade técnica para completar o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda. (b) sua intenção de completar o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo. (c) sua capacidade para usar ou vender o ativo intangível. (d) a forma como o ativo intangível gerará benefícios econômicos futuros. Entre outras coisas, a entidade deverá demonstrar a existência de um mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade. (e) a disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos ade- quados para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível. (f) sua capacidade de mensurar com segurança o gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento. GABARITO: E 103. Em 2007, a Cia. Zarca S/A, tributada pelo lucro real, antes de fazer a sua declaração anual do Imposto de Renda ano base 2006, fez as seguintes anota- ções de despesas incluídas na apuração do resultado do exercício, em reais, evidenciadas na Demonstração do Resultado, encerrado em 31/12/06: Despesa de: Brindes ....................................................... 10.000,00 Provisão para Devedores Duvidosos ou Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00 Provisão para Perdas em Processos Trabalhistas .................................................. 20.000,00 Considerando-se os aspectos técnicos conceituais e a legislação tributária do Imposto de Renda, o valor de adições temporárias, a ser incluído no LALUR, para determinação do lucro real, em reais, é Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 47
  • 48. (a) 20.000,00 (b) 30.000,00 (c) 60.000,00 (d) 70.000,00 (e) 80.000,00 Resolução De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, são exemplos de despe- sas indedutíveis para fins de apuração do lucro real (adições ao lucro líquido): - custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quais- quer outros valores deduzidos do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real. São exemplos: resultados negativos de equivalência patrimonial, custo e despesas não dedutíveis, como as provisões para créditos de liquidação duvidosa. - resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real. São exemplos: ajustes decor- rentes de aplicação de métodos de preços de transferência, lucros auferidos por controladas e coligadas domiciliadas no exterior. - ressalvadas as disposições especiais da legislação tributária, as quantias tira- das dos lucros ou de quaisquer fundos ainda não tributados para aumento do capital, para distribuição de quaisquer interesses ou destinadas a reservas, quaisquer que sejam as designações que tiverem, inclusive lucros suspensos e lucros acumulados; - os pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controla- dores da pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas; - os encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais pre- vistos na legislação tributária; - as perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável; - as despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressal- vada a hipótese em que são consideradas salário indiretos; - as contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdên- cia social, instituídos em favor de empregados e dirigentes da pessoa jurídica; - as doações, exceto as referidas nos art. 365 e 371 do RIR/99; Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 48
  • 49. - as despesas com brindes; - o valor da contribuição social sobre o lucro líquido, registrado como custo ou despesa operacional; - as perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações. Ou seja, no caso da questão, todas as despesas informadas são indedutíveis e deverão ser adicionadas ao lucro real: Brindes ....................................................... 10.000,00 Provisão para Devedores Duvidosos ou Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00 Provisão para Perdas em Processos Trabalhistas .................................................. 20.000,00 Total de Adições 80.000,00 E aí? A alternativa “e” é a correta? Não. ATENÇÃO!!! Pois a questão fa- la em adições temporárias. Neste caso, devem ser incluídas somente as provisões como adições temporárias, pois, se as perdas realmente ocorrerem (devedores duvidosos e processos trabalhistas), elas serão dedutíveis. Logo, as adições temporárias são: Provisão para Devedores Duvidosos ou Créditos de Liquidação Duvidosa.................... 50.000,00 Provisão para Perdas em Processos Trabalhistas .................................................. 20.000,00 Total de Adições Temporárias 70.000,00 GABARITO: D Bons estudos a todos e até a próxima aula, Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 49
  • 50. Prova 6. Ciências Contábeis - BNDES – 2008 - CESGRANRIO Lista de Questões Comentadas Nesta Aula 78. O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independente das causas que originaram as mutações. Como resultado da observância desse princípio, a norma determina que (a) o Patrimônio da entidade não deve ser confundido com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade, instituição ou, ainda, fundação. (b) o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, desde que tecnicamente estimável. (c) o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, deverá se aplicar em conseqüência natural do respeito ao período em que o- correr sua geração. (d) o valor original do bem deve ser mantido enquanto o componente perma- necer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. (e) o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando da extinção da entidade, deve ter prazo determinado, previsto ou previsível. 79. A Legislação Fiscal (art. 425 RIR/99) determina: “O ganho ou a perda de capital na alienação ou liquidação de investimento será determinado com base no valor contábil”. Em 2006, a Cia. Beta negociou sua participação acionária na Cia. X, apresentando as seguintes informações relativas a essa operação: Preço de venda R$ 3.000.000,00 Valor patrimonial R$ 2.000.000,00 Ágio não amortizado R$ 200.000,00 Provisão para perdas (R$ 500.000,00) Em vista disso, a operação acima gerou para a empresa um(a) (a) ganho de R$ 1.500.000,00. (b) ganho de R$ 1.300.000,00. (c) ganho de R$ 300.000,00. (d) perda de R$ 500.000,00. (e) perda de R$ 1.700.000,00. Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – Div. Bancas 50