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PESQUISA CIENTÍFICA


A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que
caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade é descobrir respostas para questões mediante a
aplicação do método científico. A pesquisa sempre parte de um problema, de urna interrogação, uma situação para a
qual o repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada. Para solucionar esse problema são
levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas pela pesquisa. Portanto, toda pesquisa baseia-se em
uma teoria que serve como ponto de partida para a investigação. No entanto, lembre-se de que esta é uma avenida
de mão dupla: a pesquisa pode, algumas vezes, gerar insumos para o surgimento de novas teorias, que, para serem
válidas, devem apoiar-se em fatos observados e provados. Além disso, até mesmo a investigação surgida da
necessidade de resolver problemas práticos pode levar à descoberta de princípios básicos.

Os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa variam de acordo com o enfoque dado, os interesses, campos,
metodologias, situações e objetos de estudo.

Os principais tipos de pesquisas são:
         + básica ou fundamental;                   + grupal;
         + aplicada;                                + bibliográfica;
         + histórica;                               + de ciência da vida e física;
         + descritiva;                              + social;
         + experimental;                            + tecnológica ou aplicada;
         + individual;                              + mono e interdisciplinar.


Quanto à forma de abordagem, a pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativa.

Pesquisa qualitativa

Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos dados. O pesquisador mantém contato
direto com o ambiente e objeto de estudo em questão necessitando um trabalho mais intensivo de campo. Neste caso,
as questões são estudadas no ambiente em que eles se apresentam sem qualquer manipulação intencional do
pesquisador. A utilização deste tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa pelo fato de não utilizar dados
estatísticos como o centro do processo de análise de um problema, não tendo, portanto, a prioridade de numerar ou
medir unidades. Os dados coletados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de
elementos existentes na realidade estudada. Preocupa-se muito mais com o processo do que com o produto. Na
análise dos dados coletados não há preocupação em comprovar hipóteses previamente estabelecidas, porém não
eliminam a existência de um quadro teórico que direcione a coleta, a análise e interpretação dos dados.


Pesquisa quantitativa

Este tipo de abordagem está relacionado ao emprego de recursos e técnicas estatísticas que visem quantificar os
dados coletados. No desenvolvimento da pesquisa de natureza quantitativa devem-se formular hipóteses e classificar a
relação entre as variáveis para garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no processo de análise e
interpretação.
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                                                 TIPOS DE PESQUISA

A Pesquisa Científica visa conhecer cientificamente um ou mais aspectos de determinado assunto. Para tanto deve ser
sistemática, metódica e crítica. O produto da pesquisa científica deve contribuir para o avanço do conhecimento
humano. Na vida acadêmica, a pesquisa é um exercício que permite despertar o espírito de investigação diante dos
trabalhos e problemas sugeridos ou propostos pelos professores e orientadores.

a) Pesquisa bibliográfica

Esta pesquisa tem como objetivo explicitar e construir hipóteses acerca do problema evidenciado, aprimorando as
idéias, fundamentando o assunto em questão abordado na pesquisa. Para tanto, esse tipo de pesquisa envolve um
levantamento bibliográfico, o qual deverá ser feito em diversas fontes, buscando consultar obras respeitáveis e
atualizadas.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de livros, publicações em periódicos e artigos científicos. Nesta
pesquisa é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis
incoerências ou contradições que as obras possam apresentar.
Os demais tipos de pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois todas as pesquisas necessitam de um
referencial teórico. Para a pesquisa bibliográfica é interessante utilizar as fichas de leitura que facilitam a organização
das informações obtidas.


b) Pesquisa de campo

A pesquisa de campo é uma forma de coleta que permite a obtenção de dados sobre um fenômeno de interesse, da
maneira como este ocorre na realidade estudada. Consiste, portanto, na coleta de dados e no registro de variáveis
presumivelmente relevantes, diretamente da realidade, para ulteriores análises. A pesquisa de campo abrange:
    a) pesquisa bibliográfica;
    b) determinação das técnicas de coleta de dados e determinação da amostra;
    c) registro dos dados e de análises.

Podemos citar os seguintes tipos de pesquisa de campo:
- quantitativo-descritivo: pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características
  de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas ou o isolamento de variáveis principais ou chave;
- exploratório: pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade:
  desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para
  realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou modificar e clarificar conceitos;
- experimental: pesquisa empírica cujo objetivo principal é o teste de hipótese que diz respeito a relações causa e efeito.

 A grande vantagem da pesquisa de campo é a obtenção de dados diretamente na realidade. Sem em nenhum
momento desmerecer a pesquisa teórica, em uma ciência factual, é na pesquisa de campo que as teorias propostas
podem ser validadas ou refutadas. Assim, com a utilização de técnicas de amostragem estatística, a pesquisa de
campo permite o acúmulo de conhecimento sobre determinado aspecto da realidade, conhecimento esse que pode ser
comprovado e utilizado por outros pesquisadores.

A principal desvantagem da pesquisa de campo é o pequeno grau de controle sobre a coleta de dados e a
possibilidade de que fatores, desconhecidos para o investigador, possam interferir nos resultados. No caso de
pesquisas baseada em questionários, formulários e entrevistas, outro limitador seria o procedimento apresentar menor
grau de confiabilidade pela possibilidade de os indivíduos falsearem as respostas. Há, entretanto, vários recursos que
podem ser utilizados para aumentar as vantagens (e diminuir as desvantagens) desse método, como lançar mão dos
pré-testes, utilizar instrumental mais completo etc.
                                                                                                        Fonte: www.jjsoares.com
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c) Pesquisa experimental

Este tipo de pesquisa é mais utilizado nas ciências naturais, por utilizarem o método experimental. Requer uso de
equipamentos, laboratórios, técnicas e instrumentos que possam indicar um resultado concreto. Porém, são utilizadas
em estudos de grupos selecionados, assim como, possibilita o levantamento de situações econômicas de uma
determinada faixa do mercado consumidor.
“A pesquisa experimental se caracteriza por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo.
Neste tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e efeitos de um
determinado fenômeno. Através da criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência de variáveis
intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o que
acontece com a dependente.” (CERVO & BERVIAN, 2004, p.68).
A pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
Os objetos de estudo podem ser líquidos, bactérias, ratos ou grupos sociais, estudo de comportamento, aprendizagem
e produtividade.

d) Pesquisa documental

Pesquisa documental é a forma de coleta de dados em relação a documentos, escritos ou não, denominados fontes
primárias. Livros, revistas jornais, publicações avulsas e teses são fontes secundárias. Assim, documento é uma fonte
de dados, fixada materialmente e suscetível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova. Quanto à forma, os
documentos podem ser classificados como (a) manuscritos; b) impressos sem periodicidade: livros, folhetos, catálogos,
processos, pareceres, enfim, uma vasta gama de fontes; (c) periódicos: revistas, boletins, jornais. anuários e demais
documentos de divulgação periódica; (d) microfilmes e vídeos que reproduzem outros documentos; e (e) mapas,
planos, documentos fotográficos, documentos magnéticos, informatizados.
Fontes de documentos
Os arquivos públicos abrangem documentos oficiais, tais como leis, ofícios, relatórios, publicações parlamentares:
atas, debates, projetos de leis; documentos jurídicos, oriundos de cartórios: registros de nascimentos e mortes,
desquites e divórcios, escrituras de compra e venda, falências e concordatas e outros.
Os arquivos particulares correspondem aos domicílios particulares: memórias, autobiografias, diários etc.; instituições
de ordem privadas, tais como bancos, empresas, partidos políticos, igrejas, associações, em que se encontram: atas,
registros, memórias, comunicados, etc.
Há ainda outras fontes, por exemplo, as instituições públicas. como delegacias e postos voltados ao trabalho, registros
ou alistamentos.
Fontes estatísticas
As fontes estatísticas são efetuadas por órgãos específicos e especializados, como IBGE, o Instituto Gallup, o Instituto
Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Devemos considerar também órgãos específicos que mantêm
banco de dados especializados, como a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Juntas Comerciais e outras, como
os Conselhos federal e regionais de atividades profissionais regulamentadas e as Universidades.
Fontes bibliográficas
As fontes bibliográficas fornecem ao pesquisador diversos dados, exigindo manipulação e análises diferenciadas.
Caracterizam-se como fontes desse tipo:
- imprensa escrita: em forma de jornais e revistas, deve ser independente, ter conteúdo e orientação sem tendência,
  bem como difusão e influência – a análise deve ser feita de forma independente e, por fim, deve-se verificar se há
  grupo de interesse envolvido;
- meios audiovisuais: esta mídia deve ser analisada com base nos mesmos itens especificados para a imprensa
  escrita;
- material cartográfico: estes meios bibliográficos são específicos, de acordo com a linha de pesquisa e atualização no
  projeto, não havendo grandes restrições quanto a seu emprego;
- publicações: livros, teses, dissertações, monografias, publicações avulsas, pesquisas, entre outros, formam o
                                                                                                    Fonte: www.jjsoares.com
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 conjunto de publicações básicas para pesquisas científicas.
e) Pesquisa ex-post-facto

A pesquisa ex-post-facto analisa situações que se desenvolverão naturalmente após algum acontecimento. É muito
utilizada nas ciências sociais, pois permite a investigação de determinantes econômicos e sociais do comportamento
da sociedade em geral. Estuda-se um fenômeno já ocorrido, tenta-se explicá-lo e entendê-lo.

f) Estudo de caso

O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um ou mais objetos. O estudo de caso pode permitir
novas descobertas de aspectos que não foram previstos inicialmente. Restringe-se o estudo a um objeto que pode ser
um indivíduo, família, grupo.
Por lidar com fatos/fenômenos normalmente isolados, o estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio
intelectual e capacidade de observação (‘olho clínico’), além de parcimônia (moderação) quanto à generalização dos
resultados.

g) Pesquisa-ação

A pesquisa – ação acontece quando há interesse coletivo na resolução de um problema ou suprimento de uma
necessidade (...). Pesquisadores e pesquisados podem se engajar em pesquisas bibliográficas, experimentos, etc.,
interagindo em função de um resultado esperado.
Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes envolvem-se no trabalho de forma cooperativa. A
pesquisa-ação não se refere a um simples levantamento de dados ou de relatórios a serem arquivados. Com a
pesquisa-ação os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados.



                                 TÉCNICAS DE PESQUISA E COLETA DE DADOS

O planejamento é primordial para o desenvolvimento da pesquisa científica. Assim, definidos tema, objeto, problema,
tipo e campo de pesquisa, a etapa seguinte é a coleta de dados, que também deve ser planejada.
Após a definição do projeto, o desenvolvimento da pesquisa parte da coleta de dados e informações, tecnicamente
levantados, analisados e interpretados visando sua correta utilização conforme o objetivo da pesquisa.
Entenda-se por técnica o conjunto de preceitos ou processos utilizados por uma ciência ou arte. No caso de pesquisas
de campo, é necessário analisar e interpretar os dados obtidos, mediante técnicas estatísticas para a devida
elaboração do relatório de sustentação do trabalho científico. Cabe ainda à técnica o encadeamento lógico do trabalho
a ser apresentado, cuja redação deverá ser concisa, clara e objetiva, visando facilitar o entendimento pelo leitor.

Definidos as fontes de dados e o tipo de pesquisa, devem-se abordar as técnicas de pesquisas e a coleta de dados.
Normalmente, faz-se urna pesquisa bibliográfica prévia, de acordo com a natureza da pesquisa, passando-se em
seguida aos detalhes desta, determinando-se as técnicas a serem utilizadas na coleta de dados, a fonte da
amostragem, que deverá ser significativa, isto é, representativa e suficiente para apoiar conclusões, e as técnicas de
registro desses dados e as de análise posterior.

Dentre as técnicas de pesquisa e coleta de dados destacamos as seguintes:




                                                                                                  Fonte: www.jjsoares.com
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             • observação direta intensiva:                            • observação direta extensiva:
                 observação, entrevista,                questionário, formulário, medidas de opinião e de atitudes,
        história de vida, discussão em grupo          análise de conteúdo, testes, sociometria, pesquisa de mercado



                                                FASES DA PESQUISA
Para a elaboração de uma pesquisa científica é imprescindível conhecer os procedimentos e percursos a serem
realizados, desde o início até sua finalização e a divulgação dos novos conhecimentos desenvolvidos. Assim, entende-
se que urna pesquisa pode ser dividida em quatro grandes fases:
1ª) antecede a realização da pesquisa, é denominada fase da formulação e do planejamento da pesquisa;
2ª) momento da realização propriamente dita da pesquisa, com a coleta de dados e busca de informações
    sobre o tema escolhido, chama-se fase de desenvolvimento e execução da pesquisa;
3ª) formulação da redação do texto final da pesquisa, é identificada como fase de redação do texto final do estudo;
4ª) o pesquisador divulga os resultados conseguidos com o estudo praticado para a comunidade científica e aos
   profissionais de sua área de atuação, intitula-se de fase de exposição do trabalho final.
Cada uma dessas fases é formada por procedimentos e passos, que devem ser seguidos sistematicamente para o
bom andamento da pesquisa. Veja agora quais são eles.

1 Formulação e Planejamento da Pesquisa
Essa etapa é composta pela escolha do assunto, levantamento do material bibliográfico, elaboração do problema de
investigação e delimitação das questões que determinam os objetos de estudo, com a investigação das produções
bibliográficas relacionadas ao assunto estudado e posterior recolhimento dessas fontes de informação.
Isso possibilita o primeiro contato com o material bibliográfico e permite a organização e formulação de sínteses de
leitura, o que facilita a composição da revisão de literatura a que se propôs, tornando possível verificar a viabilidade e
as limitações do estudo, com a indicação de suas variáveis e hipóteses da pesquisa e, conseqüentemente, a
estipulação dos objetivos e a definição do método e dos processos a empregar no trabalho (amostra, instrumentos,
procedimentos e técnicas de pesquisa).

1.1 Escolha do assunto ou do tema da pesquisa
A escolha do tema é a primeira etapa de um trabalho monográfico. Essa escolha deve levar em consideração alguns
pré-requisitos como a capacidade e a formação do pesquisador, as experiências e vivências profissionais, os
conhecimentos anteriores, a relevância da pesquisa, ou seja, se o trabalho merece ser investigado cientificamente.
Outros fatores de interesse são os recursos materiais, econômicos e pessoais necessários à execução da pesquisa.
O pesquisador deve escolher um tema adequado às suas possibilidades, com material bibliográfico suficiente,
disponível e atual e também que não seja muito complexo, entendendo que o trabalho depende muito do tempo
disponível que o pesquisador tem para realizar a pesquisa.
O assunto de pesquisa também deve ser aplicável. Ao pesquisar um tema que não pode ser aplicado em situações
reais, o estudo tende a perder em significado, tornando-se árduo e maçante para o pesquisador.
Há quem acredita que uma monografia deve trazer assuntos que nunca foram pesquisados, algo inédito, complexo e
extenso; na verdade, um trabalho monográfico é o primeiro contato do pesquisador com uma pesquisa, sendo
considerado mais simples do que se pensa. O aprofundamento do tema de pesquisa enfocando aspectos novos e que
não foram pesquisados pode tornar-se objeto de dissertações de mestrado ou teses de doutorado.


1.2 Delimitação do tema de pesquisa: o enfoque específico do estudo
Segundo Cervo e Bervian (2004), delimitar o assunto significa selecionar um tópico ou a parte dele que desperta maior
interesse por parte do pesquisador, como também da comunidade acadêmica e profissional, indicando assim sobre
que ponto de vista o assunto será focalizado.

                                                                                                      Fonte: www.jjsoares.com
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1.3 Formulação do problema de pesquisa:
Após a escolha do tema e delimitado seu campo de atuação, deve-se "transformar" o tema em uma questão básica.
Acredita-se que é mais importante para o desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que encontrar
soluções (BERVIAN, 2004).


Durante a pesquisa, é examinado, avaliado e analisado criticamente o que se estipulou e criou, ou seja, a delimitação
de um problema sobre o tema estudado. É uma questão, uma dúvida que se apresenta à nossa consideração para ser
respondida e solucionada.
O problema envolve uma dificuldade teórica ou prática para a qual se procura solução, isto é, o questionamento do
assunto, a pergunta de seu trabalho a qual você busca responder. A formulação de perguntas e o levantamento de
hipóteses fazem que o pesquisador penetre no conhecimento científico buscando material bibliográfico para o
aprimoramento de seu estudo.
O pesquisador deve ler o que já foi escrito e publicado sobre o assunto, fazendo com que essa atividade o auxilie no
momento de escolha do material para o início de seu trabalho.
Deve-se ter o cuidado de respeitar as próprias tendências, referências, aptidões, tempo e recursos materiais e
financeiros disponíveis para a escolha da questão básica de estudo. Enfrentar um problema de pesquisa para o qual
não se está preparado é fadar-se ao fracasso e à perda irremediável de tempo.
É preciso não confundir tema com problema. O tema é o assunto geral que é abordado na pesquisa e tem caráter
amplo. O problema focaliza o que vai ser investigado dentro do tema da pesquisa.
Além disso, é necessário também esclarecer o que é uma problemática e um problema. Uma problemática pode ser
considerada como a colocação dos problemas que se pretende resolver dentro de certo campo teórico e prático. Um
mesmo tema (ou assunto) pode ser enquadrado em problemáticas diferentes.
A título de exemplo, a Industrialização da Cidade de Contagem em Minas Gerais pode ser enquadrada em
problemáticas de Economia, Administração, História, Medicina, Meio Ambiente, Educação, Ciências Contábeis,
Educação Física, Química e tantas outras.
O problema não surge do nada, mas é fruto de leitura e/ou observação do que se deseja pesquisar. Nesse sentido, o
aluno deve fazer leituras de obras que tratem do tema no qual está situada a pesquisa, bem como observar – direta ou
indiretamente – o fenômeno (fato, sujeitos) que se pretende pesquisar para, posteriormente, formular questões
significativas sobre o problema.
A formulação mais freqüente de um problema na literatura sobre metodologia da pesquisa ocorre, de maneira geral,
em forma de uma questão de pesquisa ou interrogação.
Por exemplo:
    - Como melhorar o nível de vida na região industrial de Contagem sob o enfoque ambiental?
    - Quais as soluções de preservação do meio ambiente adotadas pelas empresas da região
       industrial de Contagem?
    - Quais benefícios e incentivos seriam recomendados para reduzir o turnover (índice de
      rotatividade) da alta administração das empresas da região industrial de Contagem?
Obs.: PROBLEMA é uma interrogação que o pesquisador faz diante da realidade.
Assim, uma vez formulado o problema de pesquisa, o pesquisador tem mais claro os caminhos que deve percorrer,
pois já delimitou o ponto de partida e de chegada do seu estudo.

1.4 Definição dos objetos de estudo
O objeto de estudo pode ser caracterizado corno um desdobramento da pergunta básica do estudo, ou seja, os itens
que serão pesquisados para solucionar o problema de pesquisa.
Deve-se extrair os referidos objetos de pesquisa da própria questão central do estudo: com o problema formulado,
pode-se verificar o direcionamento da pesquisa por meio dos objetos de estudo levantados a partir do desdobramento
da questão delimitada corno problema de pesquisa.

                                                                                                  Fonte: www.jjsoares.com
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1.5 Definição dos objetivos
Esse é o momento de definir com precisão o que se pretende com o trabalho. O objetivo do estudo vincula-se
diretamente à própria significação da tese proposta pelo pesquisador e à colocação de propósitos que estão
diretamente relacionados com o problema de pesquisa. É neste momento que se define o tipo e a natureza do
trabalho, os métodos a serem empregados e as obras e documentos a serem estudados.
O pesquisador precisa estar atento para verificar se, ao concluir seu trabalho, conseguirá atingir o objetivo indicado.



Outro aspecto relevante na definição dos objetivos diz respeito aos resultados que o estudo pode alcançar e não-
metas externas, que podem ser atingidas ao se empregarem os pressupostos teóricos ou as práticas pedagógicas e
de treinamento que alicerçaram e fundamentaram a revisão de literatura da pesquisa.
Uma das características dos objetivos de pesquisa: sua definição por verbos no infinitivo, como diagnosticar, verificar,
observar, analisar; examinar; identificar, distinguir, constatar, comprovar, comparar, entre outros.

1.6 Levantamento de material bibliográfico
Após a delimitação dos objetos de estudo da pesquisa, o pesquisador iniciará a fase de levantamento dos materiais
existentes sobre o tema ou das questões que determinam os objetos de estudo. O levantamento bibliográfico é um
apanhado geral sobre os principais documentos e trabalhos realizados a respeito do tema escolhido, abordados
anteriormente por outros pesquisadores, para a obtenção de dados para a pesquisa. Essa bibliografia deve ser capaz
de fornecer informações e contribuir com a pesquisa. O levantamento é realizado de acordo com um dos dois tipos de
pesquisa, dependendo do tema escolhido: o método de pesquisa documental e o método de pesquisa bibliográfico.
As fontes mais apropriadas e que devem ser consultadas em primeiro lugar são:
       - - livros e revistas científicas;
       - monografias, dissertações e teses de autores que estudaram assuntos
         que se aproximem de seu tema de pesquisa;
       - publicações avulsas;
       - documentos, arquivos públicos e particulares, fotos, imagens;
       - revistas, jornais, apostilas, resenhas, artigos etc.
O pesquisador deve sempre consultar o ano de publicação dos materiais — aconselha-se que o prazo não seja
superior a dez anos de publicação. Por exemplo, se o trabalho está sendo realizado em 2007, deve-se utilizar
documentos que foram publicados a partir de 1997, mesmo assim, dependendo do tipo de pesquisa, analisar se esse
período não é muito longo .
O pesquisador, no momento de selecionar e catalogar o material bibliográfico a estudar, não deve ler, do início ao fim,
todos os documentos e obras que cheguem às suas mãos. Quando se encontra um livro ou artigo que pode contribuir
com a pesquisa, deve-se iniciar o processo de localização e busca dos assuntos referentes aos objetos de estudo pelo
índice e resumo, se houver, para verificar o que se fala a respeito do tema na obra ou documento consultado e que
capítulos versam sobre o tema do estudo.
Após essa consulta o pesquisador deverá consultar as páginas de referências bibliográficas para verificar que fontes
bibliográficas o autor do documento original consultou, o que permitirá o levantamento de mais fontes de consulta
sobre a área temática investigada no estudo, possibilitando a verificação e análise de várias premissas, conceitos e
pensamentos sobre os objetos estudados no trabalho.
O estudo da literatura ajudará na organização do trabalho e servirá de suporte no momento do direcionamento e
planificação da pesquisa, possibilitando que o pesquisador faça um recorte do que será importante ou não nas etapas
do trabalho, como também no levantamento da hipótese da pesquisa. Isso permite a definição do método a ser
utilizado e, conseqüentemente, dos procedimentos e instrumentos para a investigação científica.

1.7 Compilação das obras e trabalhos sobre o tema:

                                                                                                    Fonte: www.jjsoares.com
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Essa é a fase em que o pesquisador procura se apropriar dos textos que abordam o assunto que pretende pesquisar;
assim, deve adquirir livros e revistas científicas, fotocopiar teses e dissertações e materiais necessários à pesquisa,
como leis, documentos e fotos.

1.8 Fichamento:
Nesse momento, após a leitura dos textos relacionados à área temática investigada, o pesquisador deverá elaborar
fichas no computador ou mesmo à mão, anotando a síntese dos conceitos e pressupostos sobre o tema abordado, que
são apresentados pelos autores estudados. O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de
fichar (registrar em fichas) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na
organização da pesquisa de documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do
trabalho. O fichamento facilitará a procura do pesquisador, que terá ao seu alcance as informações coletadas nas
bibliotecas públicas ou privadas, na Internet, ou mesmo em acervo próprio ou de amigos, evitando que consulte mais

de uma vez a respeito de um determinado tema, uma vez que não consegue guardar em sua memória todos os dados
aos quais teve acesso. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso fácil para que os dados não se
percam. A ficha é composta com cabeçalho, referência bibliográfica, corpo ou texto-conteúdo, indicação da obra
(quem deve lê-la) e o local (onde a obra se encontra).

1.9 Levantamento das limitações da pesquisa (somente para pesquisa direta de campo e laboratorial):
As limitações de uma pesquisa são possíveis influências que podem ou não ser controladas pelo pesquisador. Essas
limitações do estudo devem ser explicadas ao leitor, pois uma informação explícita desse gênero não só fornece um
dado importante, como também protege o pesquisador contra críticas óbvias e contra a própria indiscrição. Como o
investigador domina os dados da pesquisa em qualquer projeto, começa-se a perceber claramente várias relações que
não podem ser comprovadas com os dados que possui. Se, porém, afirma que seus dados se referem somente a um
conjunto de dados, mais limitados, indicando que as extrapolações e generalizações são indesejáveis e impossíveis e
limitando-se a objetivos e análise que as informações coletadas permitem, evita equívocos que comprometem, e às
vezes, invalidam toda a pesquisa.
Segundo Thomas e Nelson (2002, p. 64), "não existe estudo perfeito”. O pesquisador deverá ter habilidade para
contornar algumas situações que ocorrem no decorrer do estudo, fazendo que sua pesquisa se torne o mais autêntica
possível. Dois fatores podem ser apontados como meios que favorecem o dimensionamento e o direcionamento da
pesquisa: a elaboração ou construção de hipóteses e a indicação das variáveis da pesquisa, explicitados a seguir.

1.9.1 Construção de hipótese(s)
A hipótese é uma possível resposta ao problema da pesquisa e orienta a busca de outras informações. A hipótese
pode ser definida como uma suposição que antecede a constatação dos fatos. Sua função é proporcionar explicações
para certos fatos e, ao mesmo tempo, orientar a busca de outras informações em relação à área temática estudada.
A hipótese pode também ser entendida como as relações entre duas ou mais variáveis, e é preciso que pelo menos
uma delas já tenha sido fruto de conhecimento científico.
Nas hipóteses não se busca estabelecer unicamente uma conexão causal (se A, então B), mas a probabilidade de
haver uma relação entre as variáveis estabelecidas (A e B), relação essa que pode ser de dependência, de associação
e também de causalidade.
Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção.
“É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se pretende demonstrar e
não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida. [...] nesses casos não há mais nada a
demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO, 2006, p. 161).
Assim, a elaboração das hipóteses servirá como um guia na tarefa de investigação e auxiliará na compreensão e
elaboração dos resultados e conclusões da pesquisa, atingindo altos níveis de interpretação.
A pesquisa pode confirmar ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s).
HIPÓTESES NÃO são perguntas, mas SIM AFIRMAÇÕES.
Alguns autores utilizam a expressão “questões norteadoras” em vez de hipóteses.

                                                                                                   Fonte: www.jjsoares.com
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1.9.2 Indicação das variáveis da pesquisa (somente para pesquisa direta de campo e laboratorial)
E o que são variáveis? São características observáveis do fenômeno a ser estudado e existem em todos os tipos de
pesquisa. No entanto, enquanto nas pesquisas quantitativas elas são medidas, nas qualitativas elas são descritas ou
explicadas. As variáveis têm características sociais, econômicas, ideológicas, demográficas, estatísticas, matemáticas,
mercadológicas etc.
Para Lakatos e Marconi (2007, p. 139), “uma variável pode ser considerada como uma classificação ou medida; uma
quantidade que varia; um conceito operacional que contém ou apresenta valores; ou ainda, um aspecto, propriedade
ou fator, discernível em um objeto de estudo e passível de mensuração.”
Todas as variáveis que interferem no objeto que será estudado deverão ser controladas para não comprometer ou
invalidar a pesquisa. Estudo mais aprofundado deve ser visto em Lakatos e Marconi (2007, p. 139-155) sobre variáveis
independentes e dependentes, fixidez (fixas) ou alterabilidade das variáveis, variáveis moderadoras e de controle,
variáveis extrínsecas e componentes, variáveis intervenientes e antecedentes.



RESUMO DAS ETAPAS DA PESQUISA:

1 Preparação da pesquisa: decisão ou contratação, especificação dos objetos, elaboração de um esquema,
constituição de uma equipe de trabalho, levantamento de recursos, cronograma.
2 Definição dos elementos da pesquisa: Escolha do tema, levantamento de dados, formulação do problema,
definição dos termos, construção de hipóteses, indicação de variáveis, delimitação da pesquisa, amostragem, seleção
de métodos e técnicas, organização do instrumental de observação, testes dos instrumentos e procedimentos.
3 Execução da pesquisa: coleta de dados, análise e interpretação dos dados, representação dos dados e
conclusões.
4 Elaboração do relatório da pesquisa: elaboração do relatório para comunicação dos procedimentos e resultados
da pesquisa. O relatório de pesquisa pode ser: a) relativo a contratação de pesquisa junto aos institutos especializados
b) relativo a pesquisa realizada por pesquisadores da própria empresa; c) relatório de estágio supervisionado do curso
superior de graduação; d) monografia para conclusão de curso superior de Graduação (título de bacharel);
e) monografia para conclusão de curso de pós-graduação lato sensu em nível de Especialização (título de
especialista); f) dissertação para conclusão de curso de pós-graduação stricto sensu em nível de Mestrado (título de
mestre); g) tese para conclusão de curso de pós-graduação stricto sensu em nível de Doutorado (título de doutor).




                                                                                                    Fonte: www.jjsoares.com
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                                                   BIBLIOGRAFIA


ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed. – 2. reimpr. São Paulo:
Atlas, 2006.

CERVO, Amado; BERVIAN, Pedro. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. – 9. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007.

LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina A. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. – 4. reimpr. São Paulo:
Atlas, 2007.

MARCONI, Marina A.; LAKATOS, Eva M. Técnicas de Pesquisa. 6. ed. – 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. – 7. reimpr. São Paulo: Cortez, 2006.




                                                                                                   Fonte: www.jjsoares.com

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Pesquisa científica

  • 1. PESQUISA CIENTÍFICA A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade é descobrir respostas para questões mediante a aplicação do método científico. A pesquisa sempre parte de um problema, de urna interrogação, uma situação para a qual o repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada. Para solucionar esse problema são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas pela pesquisa. Portanto, toda pesquisa baseia-se em uma teoria que serve como ponto de partida para a investigação. No entanto, lembre-se de que esta é uma avenida de mão dupla: a pesquisa pode, algumas vezes, gerar insumos para o surgimento de novas teorias, que, para serem válidas, devem apoiar-se em fatos observados e provados. Além disso, até mesmo a investigação surgida da necessidade de resolver problemas práticos pode levar à descoberta de princípios básicos. Os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa variam de acordo com o enfoque dado, os interesses, campos, metodologias, situações e objetos de estudo. Os principais tipos de pesquisas são: + básica ou fundamental; + grupal; + aplicada; + bibliográfica; + histórica; + de ciência da vida e física; + descritiva; + social; + experimental; + tecnológica ou aplicada; + individual; + mono e interdisciplinar. Quanto à forma de abordagem, a pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativa. Pesquisa qualitativa Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos dados. O pesquisador mantém contato direto com o ambiente e objeto de estudo em questão necessitando um trabalho mais intensivo de campo. Neste caso, as questões são estudadas no ambiente em que eles se apresentam sem qualquer manipulação intencional do pesquisador. A utilização deste tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa pelo fato de não utilizar dados estatísticos como o centro do processo de análise de um problema, não tendo, portanto, a prioridade de numerar ou medir unidades. Os dados coletados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de elementos existentes na realidade estudada. Preocupa-se muito mais com o processo do que com o produto. Na análise dos dados coletados não há preocupação em comprovar hipóteses previamente estabelecidas, porém não eliminam a existência de um quadro teórico que direcione a coleta, a análise e interpretação dos dados. Pesquisa quantitativa Este tipo de abordagem está relacionado ao emprego de recursos e técnicas estatísticas que visem quantificar os dados coletados. No desenvolvimento da pesquisa de natureza quantitativa devem-se formular hipóteses e classificar a relação entre as variáveis para garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no processo de análise e interpretação.
  • 2. 2 TIPOS DE PESQUISA A Pesquisa Científica visa conhecer cientificamente um ou mais aspectos de determinado assunto. Para tanto deve ser sistemática, metódica e crítica. O produto da pesquisa científica deve contribuir para o avanço do conhecimento humano. Na vida acadêmica, a pesquisa é um exercício que permite despertar o espírito de investigação diante dos trabalhos e problemas sugeridos ou propostos pelos professores e orientadores. a) Pesquisa bibliográfica Esta pesquisa tem como objetivo explicitar e construir hipóteses acerca do problema evidenciado, aprimorando as idéias, fundamentando o assunto em questão abordado na pesquisa. Para tanto, esse tipo de pesquisa envolve um levantamento bibliográfico, o qual deverá ser feito em diversas fontes, buscando consultar obras respeitáveis e atualizadas. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de livros, publicações em periódicos e artigos científicos. Nesta pesquisa é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar. Os demais tipos de pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois todas as pesquisas necessitam de um referencial teórico. Para a pesquisa bibliográfica é interessante utilizar as fichas de leitura que facilitam a organização das informações obtidas. b) Pesquisa de campo A pesquisa de campo é uma forma de coleta que permite a obtenção de dados sobre um fenômeno de interesse, da maneira como este ocorre na realidade estudada. Consiste, portanto, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente relevantes, diretamente da realidade, para ulteriores análises. A pesquisa de campo abrange: a) pesquisa bibliográfica; b) determinação das técnicas de coleta de dados e determinação da amostra; c) registro dos dados e de análises. Podemos citar os seguintes tipos de pesquisa de campo: - quantitativo-descritivo: pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas ou o isolamento de variáveis principais ou chave; - exploratório: pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou modificar e clarificar conceitos; - experimental: pesquisa empírica cujo objetivo principal é o teste de hipótese que diz respeito a relações causa e efeito. A grande vantagem da pesquisa de campo é a obtenção de dados diretamente na realidade. Sem em nenhum momento desmerecer a pesquisa teórica, em uma ciência factual, é na pesquisa de campo que as teorias propostas podem ser validadas ou refutadas. Assim, com a utilização de técnicas de amostragem estatística, a pesquisa de campo permite o acúmulo de conhecimento sobre determinado aspecto da realidade, conhecimento esse que pode ser comprovado e utilizado por outros pesquisadores. A principal desvantagem da pesquisa de campo é o pequeno grau de controle sobre a coleta de dados e a possibilidade de que fatores, desconhecidos para o investigador, possam interferir nos resultados. No caso de pesquisas baseada em questionários, formulários e entrevistas, outro limitador seria o procedimento apresentar menor grau de confiabilidade pela possibilidade de os indivíduos falsearem as respostas. Há, entretanto, vários recursos que podem ser utilizados para aumentar as vantagens (e diminuir as desvantagens) desse método, como lançar mão dos pré-testes, utilizar instrumental mais completo etc. Fonte: www.jjsoares.com
  • 3. 3 c) Pesquisa experimental Este tipo de pesquisa é mais utilizado nas ciências naturais, por utilizarem o método experimental. Requer uso de equipamentos, laboratórios, técnicas e instrumentos que possam indicar um resultado concreto. Porém, são utilizadas em estudos de grupos selecionados, assim como, possibilita o levantamento de situações econômicas de uma determinada faixa do mercado consumidor. “A pesquisa experimental se caracteriza por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Neste tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as causas e efeitos de um determinado fenômeno. Através da criação de situações de controle, procura-se evitar a interferência de variáveis intervenientes. Interfere-se diretamente na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente.” (CERVO & BERVIAN, 2004, p.68). A pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Os objetos de estudo podem ser líquidos, bactérias, ratos ou grupos sociais, estudo de comportamento, aprendizagem e produtividade. d) Pesquisa documental Pesquisa documental é a forma de coleta de dados em relação a documentos, escritos ou não, denominados fontes primárias. Livros, revistas jornais, publicações avulsas e teses são fontes secundárias. Assim, documento é uma fonte de dados, fixada materialmente e suscetível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova. Quanto à forma, os documentos podem ser classificados como (a) manuscritos; b) impressos sem periodicidade: livros, folhetos, catálogos, processos, pareceres, enfim, uma vasta gama de fontes; (c) periódicos: revistas, boletins, jornais. anuários e demais documentos de divulgação periódica; (d) microfilmes e vídeos que reproduzem outros documentos; e (e) mapas, planos, documentos fotográficos, documentos magnéticos, informatizados. Fontes de documentos Os arquivos públicos abrangem documentos oficiais, tais como leis, ofícios, relatórios, publicações parlamentares: atas, debates, projetos de leis; documentos jurídicos, oriundos de cartórios: registros de nascimentos e mortes, desquites e divórcios, escrituras de compra e venda, falências e concordatas e outros. Os arquivos particulares correspondem aos domicílios particulares: memórias, autobiografias, diários etc.; instituições de ordem privadas, tais como bancos, empresas, partidos políticos, igrejas, associações, em que se encontram: atas, registros, memórias, comunicados, etc. Há ainda outras fontes, por exemplo, as instituições públicas. como delegacias e postos voltados ao trabalho, registros ou alistamentos. Fontes estatísticas As fontes estatísticas são efetuadas por órgãos específicos e especializados, como IBGE, o Instituto Gallup, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Devemos considerar também órgãos específicos que mantêm banco de dados especializados, como a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Juntas Comerciais e outras, como os Conselhos federal e regionais de atividades profissionais regulamentadas e as Universidades. Fontes bibliográficas As fontes bibliográficas fornecem ao pesquisador diversos dados, exigindo manipulação e análises diferenciadas. Caracterizam-se como fontes desse tipo: - imprensa escrita: em forma de jornais e revistas, deve ser independente, ter conteúdo e orientação sem tendência, bem como difusão e influência – a análise deve ser feita de forma independente e, por fim, deve-se verificar se há grupo de interesse envolvido; - meios audiovisuais: esta mídia deve ser analisada com base nos mesmos itens especificados para a imprensa escrita; - material cartográfico: estes meios bibliográficos são específicos, de acordo com a linha de pesquisa e atualização no projeto, não havendo grandes restrições quanto a seu emprego; - publicações: livros, teses, dissertações, monografias, publicações avulsas, pesquisas, entre outros, formam o Fonte: www.jjsoares.com
  • 4. 4 conjunto de publicações básicas para pesquisas científicas. e) Pesquisa ex-post-facto A pesquisa ex-post-facto analisa situações que se desenvolverão naturalmente após algum acontecimento. É muito utilizada nas ciências sociais, pois permite a investigação de determinantes econômicos e sociais do comportamento da sociedade em geral. Estuda-se um fenômeno já ocorrido, tenta-se explicá-lo e entendê-lo. f) Estudo de caso O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um ou mais objetos. O estudo de caso pode permitir novas descobertas de aspectos que não foram previstos inicialmente. Restringe-se o estudo a um objeto que pode ser um indivíduo, família, grupo. Por lidar com fatos/fenômenos normalmente isolados, o estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de observação (‘olho clínico’), além de parcimônia (moderação) quanto à generalização dos resultados. g) Pesquisa-ação A pesquisa – ação acontece quando há interesse coletivo na resolução de um problema ou suprimento de uma necessidade (...). Pesquisadores e pesquisados podem se engajar em pesquisas bibliográficas, experimentos, etc., interagindo em função de um resultado esperado. Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes envolvem-se no trabalho de forma cooperativa. A pesquisa-ação não se refere a um simples levantamento de dados ou de relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-ação os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados. TÉCNICAS DE PESQUISA E COLETA DE DADOS O planejamento é primordial para o desenvolvimento da pesquisa científica. Assim, definidos tema, objeto, problema, tipo e campo de pesquisa, a etapa seguinte é a coleta de dados, que também deve ser planejada. Após a definição do projeto, o desenvolvimento da pesquisa parte da coleta de dados e informações, tecnicamente levantados, analisados e interpretados visando sua correta utilização conforme o objetivo da pesquisa. Entenda-se por técnica o conjunto de preceitos ou processos utilizados por uma ciência ou arte. No caso de pesquisas de campo, é necessário analisar e interpretar os dados obtidos, mediante técnicas estatísticas para a devida elaboração do relatório de sustentação do trabalho científico. Cabe ainda à técnica o encadeamento lógico do trabalho a ser apresentado, cuja redação deverá ser concisa, clara e objetiva, visando facilitar o entendimento pelo leitor. Definidos as fontes de dados e o tipo de pesquisa, devem-se abordar as técnicas de pesquisas e a coleta de dados. Normalmente, faz-se urna pesquisa bibliográfica prévia, de acordo com a natureza da pesquisa, passando-se em seguida aos detalhes desta, determinando-se as técnicas a serem utilizadas na coleta de dados, a fonte da amostragem, que deverá ser significativa, isto é, representativa e suficiente para apoiar conclusões, e as técnicas de registro desses dados e as de análise posterior. Dentre as técnicas de pesquisa e coleta de dados destacamos as seguintes: Fonte: www.jjsoares.com
  • 5. 5 • observação direta intensiva: • observação direta extensiva: observação, entrevista, questionário, formulário, medidas de opinião e de atitudes, história de vida, discussão em grupo análise de conteúdo, testes, sociometria, pesquisa de mercado FASES DA PESQUISA Para a elaboração de uma pesquisa científica é imprescindível conhecer os procedimentos e percursos a serem realizados, desde o início até sua finalização e a divulgação dos novos conhecimentos desenvolvidos. Assim, entende- se que urna pesquisa pode ser dividida em quatro grandes fases: 1ª) antecede a realização da pesquisa, é denominada fase da formulação e do planejamento da pesquisa; 2ª) momento da realização propriamente dita da pesquisa, com a coleta de dados e busca de informações sobre o tema escolhido, chama-se fase de desenvolvimento e execução da pesquisa; 3ª) formulação da redação do texto final da pesquisa, é identificada como fase de redação do texto final do estudo; 4ª) o pesquisador divulga os resultados conseguidos com o estudo praticado para a comunidade científica e aos profissionais de sua área de atuação, intitula-se de fase de exposição do trabalho final. Cada uma dessas fases é formada por procedimentos e passos, que devem ser seguidos sistematicamente para o bom andamento da pesquisa. Veja agora quais são eles. 1 Formulação e Planejamento da Pesquisa Essa etapa é composta pela escolha do assunto, levantamento do material bibliográfico, elaboração do problema de investigação e delimitação das questões que determinam os objetos de estudo, com a investigação das produções bibliográficas relacionadas ao assunto estudado e posterior recolhimento dessas fontes de informação. Isso possibilita o primeiro contato com o material bibliográfico e permite a organização e formulação de sínteses de leitura, o que facilita a composição da revisão de literatura a que se propôs, tornando possível verificar a viabilidade e as limitações do estudo, com a indicação de suas variáveis e hipóteses da pesquisa e, conseqüentemente, a estipulação dos objetivos e a definição do método e dos processos a empregar no trabalho (amostra, instrumentos, procedimentos e técnicas de pesquisa). 1.1 Escolha do assunto ou do tema da pesquisa A escolha do tema é a primeira etapa de um trabalho monográfico. Essa escolha deve levar em consideração alguns pré-requisitos como a capacidade e a formação do pesquisador, as experiências e vivências profissionais, os conhecimentos anteriores, a relevância da pesquisa, ou seja, se o trabalho merece ser investigado cientificamente. Outros fatores de interesse são os recursos materiais, econômicos e pessoais necessários à execução da pesquisa. O pesquisador deve escolher um tema adequado às suas possibilidades, com material bibliográfico suficiente, disponível e atual e também que não seja muito complexo, entendendo que o trabalho depende muito do tempo disponível que o pesquisador tem para realizar a pesquisa. O assunto de pesquisa também deve ser aplicável. Ao pesquisar um tema que não pode ser aplicado em situações reais, o estudo tende a perder em significado, tornando-se árduo e maçante para o pesquisador. Há quem acredita que uma monografia deve trazer assuntos que nunca foram pesquisados, algo inédito, complexo e extenso; na verdade, um trabalho monográfico é o primeiro contato do pesquisador com uma pesquisa, sendo considerado mais simples do que se pensa. O aprofundamento do tema de pesquisa enfocando aspectos novos e que não foram pesquisados pode tornar-se objeto de dissertações de mestrado ou teses de doutorado. 1.2 Delimitação do tema de pesquisa: o enfoque específico do estudo Segundo Cervo e Bervian (2004), delimitar o assunto significa selecionar um tópico ou a parte dele que desperta maior interesse por parte do pesquisador, como também da comunidade acadêmica e profissional, indicando assim sobre que ponto de vista o assunto será focalizado. Fonte: www.jjsoares.com
  • 6. 6 1.3 Formulação do problema de pesquisa: Após a escolha do tema e delimitado seu campo de atuação, deve-se "transformar" o tema em uma questão básica. Acredita-se que é mais importante para o desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que encontrar soluções (BERVIAN, 2004). Durante a pesquisa, é examinado, avaliado e analisado criticamente o que se estipulou e criou, ou seja, a delimitação de um problema sobre o tema estudado. É uma questão, uma dúvida que se apresenta à nossa consideração para ser respondida e solucionada. O problema envolve uma dificuldade teórica ou prática para a qual se procura solução, isto é, o questionamento do assunto, a pergunta de seu trabalho a qual você busca responder. A formulação de perguntas e o levantamento de hipóteses fazem que o pesquisador penetre no conhecimento científico buscando material bibliográfico para o aprimoramento de seu estudo. O pesquisador deve ler o que já foi escrito e publicado sobre o assunto, fazendo com que essa atividade o auxilie no momento de escolha do material para o início de seu trabalho. Deve-se ter o cuidado de respeitar as próprias tendências, referências, aptidões, tempo e recursos materiais e financeiros disponíveis para a escolha da questão básica de estudo. Enfrentar um problema de pesquisa para o qual não se está preparado é fadar-se ao fracasso e à perda irremediável de tempo. É preciso não confundir tema com problema. O tema é o assunto geral que é abordado na pesquisa e tem caráter amplo. O problema focaliza o que vai ser investigado dentro do tema da pesquisa. Além disso, é necessário também esclarecer o que é uma problemática e um problema. Uma problemática pode ser considerada como a colocação dos problemas que se pretende resolver dentro de certo campo teórico e prático. Um mesmo tema (ou assunto) pode ser enquadrado em problemáticas diferentes. A título de exemplo, a Industrialização da Cidade de Contagem em Minas Gerais pode ser enquadrada em problemáticas de Economia, Administração, História, Medicina, Meio Ambiente, Educação, Ciências Contábeis, Educação Física, Química e tantas outras. O problema não surge do nada, mas é fruto de leitura e/ou observação do que se deseja pesquisar. Nesse sentido, o aluno deve fazer leituras de obras que tratem do tema no qual está situada a pesquisa, bem como observar – direta ou indiretamente – o fenômeno (fato, sujeitos) que se pretende pesquisar para, posteriormente, formular questões significativas sobre o problema. A formulação mais freqüente de um problema na literatura sobre metodologia da pesquisa ocorre, de maneira geral, em forma de uma questão de pesquisa ou interrogação. Por exemplo: - Como melhorar o nível de vida na região industrial de Contagem sob o enfoque ambiental? - Quais as soluções de preservação do meio ambiente adotadas pelas empresas da região industrial de Contagem? - Quais benefícios e incentivos seriam recomendados para reduzir o turnover (índice de rotatividade) da alta administração das empresas da região industrial de Contagem? Obs.: PROBLEMA é uma interrogação que o pesquisador faz diante da realidade. Assim, uma vez formulado o problema de pesquisa, o pesquisador tem mais claro os caminhos que deve percorrer, pois já delimitou o ponto de partida e de chegada do seu estudo. 1.4 Definição dos objetos de estudo O objeto de estudo pode ser caracterizado corno um desdobramento da pergunta básica do estudo, ou seja, os itens que serão pesquisados para solucionar o problema de pesquisa. Deve-se extrair os referidos objetos de pesquisa da própria questão central do estudo: com o problema formulado, pode-se verificar o direcionamento da pesquisa por meio dos objetos de estudo levantados a partir do desdobramento da questão delimitada corno problema de pesquisa. Fonte: www.jjsoares.com
  • 7. 7 1.5 Definição dos objetivos Esse é o momento de definir com precisão o que se pretende com o trabalho. O objetivo do estudo vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo pesquisador e à colocação de propósitos que estão diretamente relacionados com o problema de pesquisa. É neste momento que se define o tipo e a natureza do trabalho, os métodos a serem empregados e as obras e documentos a serem estudados. O pesquisador precisa estar atento para verificar se, ao concluir seu trabalho, conseguirá atingir o objetivo indicado. Outro aspecto relevante na definição dos objetivos diz respeito aos resultados que o estudo pode alcançar e não- metas externas, que podem ser atingidas ao se empregarem os pressupostos teóricos ou as práticas pedagógicas e de treinamento que alicerçaram e fundamentaram a revisão de literatura da pesquisa. Uma das características dos objetivos de pesquisa: sua definição por verbos no infinitivo, como diagnosticar, verificar, observar, analisar; examinar; identificar, distinguir, constatar, comprovar, comparar, entre outros. 1.6 Levantamento de material bibliográfico Após a delimitação dos objetos de estudo da pesquisa, o pesquisador iniciará a fase de levantamento dos materiais existentes sobre o tema ou das questões que determinam os objetos de estudo. O levantamento bibliográfico é um apanhado geral sobre os principais documentos e trabalhos realizados a respeito do tema escolhido, abordados anteriormente por outros pesquisadores, para a obtenção de dados para a pesquisa. Essa bibliografia deve ser capaz de fornecer informações e contribuir com a pesquisa. O levantamento é realizado de acordo com um dos dois tipos de pesquisa, dependendo do tema escolhido: o método de pesquisa documental e o método de pesquisa bibliográfico. As fontes mais apropriadas e que devem ser consultadas em primeiro lugar são: - - livros e revistas científicas; - monografias, dissertações e teses de autores que estudaram assuntos que se aproximem de seu tema de pesquisa; - publicações avulsas; - documentos, arquivos públicos e particulares, fotos, imagens; - revistas, jornais, apostilas, resenhas, artigos etc. O pesquisador deve sempre consultar o ano de publicação dos materiais — aconselha-se que o prazo não seja superior a dez anos de publicação. Por exemplo, se o trabalho está sendo realizado em 2007, deve-se utilizar documentos que foram publicados a partir de 1997, mesmo assim, dependendo do tipo de pesquisa, analisar se esse período não é muito longo . O pesquisador, no momento de selecionar e catalogar o material bibliográfico a estudar, não deve ler, do início ao fim, todos os documentos e obras que cheguem às suas mãos. Quando se encontra um livro ou artigo que pode contribuir com a pesquisa, deve-se iniciar o processo de localização e busca dos assuntos referentes aos objetos de estudo pelo índice e resumo, se houver, para verificar o que se fala a respeito do tema na obra ou documento consultado e que capítulos versam sobre o tema do estudo. Após essa consulta o pesquisador deverá consultar as páginas de referências bibliográficas para verificar que fontes bibliográficas o autor do documento original consultou, o que permitirá o levantamento de mais fontes de consulta sobre a área temática investigada no estudo, possibilitando a verificação e análise de várias premissas, conceitos e pensamentos sobre os objetos estudados no trabalho. O estudo da literatura ajudará na organização do trabalho e servirá de suporte no momento do direcionamento e planificação da pesquisa, possibilitando que o pesquisador faça um recorte do que será importante ou não nas etapas do trabalho, como também no levantamento da hipótese da pesquisa. Isso permite a definição do método a ser utilizado e, conseqüentemente, dos procedimentos e instrumentos para a investigação científica. 1.7 Compilação das obras e trabalhos sobre o tema: Fonte: www.jjsoares.com
  • 8. 8 Essa é a fase em que o pesquisador procura se apropriar dos textos que abordam o assunto que pretende pesquisar; assim, deve adquirir livros e revistas científicas, fotocopiar teses e dissertações e materiais necessários à pesquisa, como leis, documentos e fotos. 1.8 Fichamento: Nesse momento, após a leitura dos textos relacionados à área temática investigada, o pesquisador deverá elaborar fichas no computador ou mesmo à mão, anotando a síntese dos conceitos e pressupostos sobre o tema abordado, que são apresentados pelos autores estudados. O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar em fichas) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na organização da pesquisa de documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho. O fichamento facilitará a procura do pesquisador, que terá ao seu alcance as informações coletadas nas bibliotecas públicas ou privadas, na Internet, ou mesmo em acervo próprio ou de amigos, evitando que consulte mais de uma vez a respeito de um determinado tema, uma vez que não consegue guardar em sua memória todos os dados aos quais teve acesso. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso fácil para que os dados não se percam. A ficha é composta com cabeçalho, referência bibliográfica, corpo ou texto-conteúdo, indicação da obra (quem deve lê-la) e o local (onde a obra se encontra). 1.9 Levantamento das limitações da pesquisa (somente para pesquisa direta de campo e laboratorial): As limitações de uma pesquisa são possíveis influências que podem ou não ser controladas pelo pesquisador. Essas limitações do estudo devem ser explicadas ao leitor, pois uma informação explícita desse gênero não só fornece um dado importante, como também protege o pesquisador contra críticas óbvias e contra a própria indiscrição. Como o investigador domina os dados da pesquisa em qualquer projeto, começa-se a perceber claramente várias relações que não podem ser comprovadas com os dados que possui. Se, porém, afirma que seus dados se referem somente a um conjunto de dados, mais limitados, indicando que as extrapolações e generalizações são indesejáveis e impossíveis e limitando-se a objetivos e análise que as informações coletadas permitem, evita equívocos que comprometem, e às vezes, invalidam toda a pesquisa. Segundo Thomas e Nelson (2002, p. 64), "não existe estudo perfeito”. O pesquisador deverá ter habilidade para contornar algumas situações que ocorrem no decorrer do estudo, fazendo que sua pesquisa se torne o mais autêntica possível. Dois fatores podem ser apontados como meios que favorecem o dimensionamento e o direcionamento da pesquisa: a elaboração ou construção de hipóteses e a indicação das variáveis da pesquisa, explicitados a seguir. 1.9.1 Construção de hipótese(s) A hipótese é uma possível resposta ao problema da pesquisa e orienta a busca de outras informações. A hipótese pode ser definida como uma suposição que antecede a constatação dos fatos. Sua função é proporcionar explicações para certos fatos e, ao mesmo tempo, orientar a busca de outras informações em relação à área temática estudada. A hipótese pode também ser entendida como as relações entre duas ou mais variáveis, e é preciso que pelo menos uma delas já tenha sido fruto de conhecimento científico. Nas hipóteses não se busca estabelecer unicamente uma conexão causal (se A, então B), mas a probabilidade de haver uma relação entre as variáveis estabelecidas (A e B), relação essa que pode ser de dependência, de associação e também de causalidade. Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção. “É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida. [...] nesses casos não há mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO, 2006, p. 161). Assim, a elaboração das hipóteses servirá como um guia na tarefa de investigação e auxiliará na compreensão e elaboração dos resultados e conclusões da pesquisa, atingindo altos níveis de interpretação. A pesquisa pode confirmar ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s). HIPÓTESES NÃO são perguntas, mas SIM AFIRMAÇÕES. Alguns autores utilizam a expressão “questões norteadoras” em vez de hipóteses. Fonte: www.jjsoares.com
  • 9. 9 1.9.2 Indicação das variáveis da pesquisa (somente para pesquisa direta de campo e laboratorial) E o que são variáveis? São características observáveis do fenômeno a ser estudado e existem em todos os tipos de pesquisa. No entanto, enquanto nas pesquisas quantitativas elas são medidas, nas qualitativas elas são descritas ou explicadas. As variáveis têm características sociais, econômicas, ideológicas, demográficas, estatísticas, matemáticas, mercadológicas etc. Para Lakatos e Marconi (2007, p. 139), “uma variável pode ser considerada como uma classificação ou medida; uma quantidade que varia; um conceito operacional que contém ou apresenta valores; ou ainda, um aspecto, propriedade ou fator, discernível em um objeto de estudo e passível de mensuração.” Todas as variáveis que interferem no objeto que será estudado deverão ser controladas para não comprometer ou invalidar a pesquisa. Estudo mais aprofundado deve ser visto em Lakatos e Marconi (2007, p. 139-155) sobre variáveis independentes e dependentes, fixidez (fixas) ou alterabilidade das variáveis, variáveis moderadoras e de controle, variáveis extrínsecas e componentes, variáveis intervenientes e antecedentes. RESUMO DAS ETAPAS DA PESQUISA: 1 Preparação da pesquisa: decisão ou contratação, especificação dos objetos, elaboração de um esquema, constituição de uma equipe de trabalho, levantamento de recursos, cronograma. 2 Definição dos elementos da pesquisa: Escolha do tema, levantamento de dados, formulação do problema, definição dos termos, construção de hipóteses, indicação de variáveis, delimitação da pesquisa, amostragem, seleção de métodos e técnicas, organização do instrumental de observação, testes dos instrumentos e procedimentos. 3 Execução da pesquisa: coleta de dados, análise e interpretação dos dados, representação dos dados e conclusões. 4 Elaboração do relatório da pesquisa: elaboração do relatório para comunicação dos procedimentos e resultados da pesquisa. O relatório de pesquisa pode ser: a) relativo a contratação de pesquisa junto aos institutos especializados b) relativo a pesquisa realizada por pesquisadores da própria empresa; c) relatório de estágio supervisionado do curso superior de graduação; d) monografia para conclusão de curso superior de Graduação (título de bacharel); e) monografia para conclusão de curso de pós-graduação lato sensu em nível de Especialização (título de especialista); f) dissertação para conclusão de curso de pós-graduação stricto sensu em nível de Mestrado (título de mestre); g) tese para conclusão de curso de pós-graduação stricto sensu em nível de Doutorado (título de doutor). Fonte: www.jjsoares.com
  • 10. 10 BIBLIOGRAFIA ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed. – 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2006. CERVO, Amado; BERVIAN, Pedro. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. – 9. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina A. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. – 4. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. MARCONI, Marina A.; LAKATOS, Eva M. Técnicas de Pesquisa. 6. ed. – 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22. ed. – 7. reimpr. São Paulo: Cortez, 2006. Fonte: www.jjsoares.com