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TESTE DE PORTUGUÊS - 5.º Ano | SEQUÊNCIA D
Texto A
A BELA ADORMECIDA
Há muito, muito tempo, havia um rei e uma rainha que estavam muito tristes porque
não tinham filhos. Certo dia, sentada numa pedra no jardim do castelo, estava a rainha
a pensar nos seus desejos quando um pequeno sapo saltou para cima de um nenúfar
à sua frente e disse:
– O teu desejo vai realizar-se. Em menos de um ano terás uma filha.
Tudo aconteceu como o sapo dissera. Uma menina nasceu e o rei ficou tão contente
que decidiu fazer uma grande festa para comemorar. Todos os seus amigos e
familiares, reis e rainhas de outros reinos, foram convidados, e todos iriam levar
presentes especiais para a princesa.
Mas acontece que havia treze fadas a viver naquelas florestas e todos sabem que o
número treze é o que traz mais azar. Por isso, uma delas não foi convidada para a
festa e ela não era uma fada boazinha.
No dia da festa, todos os convidados que entravam no castelo traziam um presente e
as doze fadinhas também traziam os seus presentes especiais para a bebezinha.
– Eu ofereço-lhe a Virtude! – disse uma das doze fadas.
– Eu ofereço-lhe a Beleza! – disse outra.
Outra ofereceu-lhe a Riqueza, outra a Saúde, e assim por diante, até que ela já tinha
todos os presentes que um pai ou mãe desejaria para os seus filhos. Onze fadinhas
deram os seus presentes e, quando a décima segunda se aproximou, a porta abriu-se
e entrou a décima terceira, que se queria vingar por não ter sido convidada para a
festa e decidiu lançar um feitiço.
– No seu aniversário de quinze anos, a princesa irá picar o dedo numa agulha e
morrerá! – gritou bem alto.
Então, a fada virou as costas a todos e foi-se embora tão rapidamente como tinha
chegado.
Com todos os convidados aterrorizados, a décima segunda fada, que ainda não tinha
oferecido o seu presente, aproximou-se e disse que não podia desfazer o feitiço da
fada má mas podia suavizá-lo.
– A filha do rei não morrerá, mas irá dormir durante cem anos! – disse a fadinha.
Mas, mesmo assim, o rei e a rainha tinham esperança de salvar a sua filha de tal
destino e ordenaram que todas as agulhas do reino fossem destruídas.
A princesa cresceu, lindíssima, inteligente e adorada por todos.
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Mas, na manhã do dia em que fazia quinze anos, a princesa estava sozinha no
castelo. Intrigada, percorreu os corredores, subiu e desceu escadas, até que
encontrou uma velha torre. Subiu aquelas escadas estreitas em caracol, até chegar a
uma porta com uma chave enferrujada na fechadura. A princesa rodou a chave e a
porta abriu-se.
Dentro do quarto estava uma senhora muito velhinha com uma roca de fiar.
– Bom dia, minha boa senhora – disse a princesa. – O que faz aqui?
– Estou a tecer – respondeu a senhora. – Toma, podes experimentar.
Ao tocar na roca, a princesa picou o dedo e caiu num sono profundo.
Todos no castelo adormeceram incluindo o rei e a rainha que tinham acabado de
chegar, os seus cocheiros e empregados. Os cavalos no estábulo, os pombos no
telhado e até o fogo da lareira, tudo parecia ter morrido naquele momento.
Um denso matagal cresceu rapidamente à volta do castelo até que a bandeira da torre
mais alta se não visse. A história sobre a bela princesa adormecida num castelo
perdido, onde todas as criaturas dormiam, foi contada em muitas terras. Muitos
príncipes vieram e tentaram entrar no matagal para a procurar, mas não conseguiram
porque os ramos eram muitos altos e afiados. […]
Acontece que já tinham passado quase cem anos desde que o sono profundo caíra
sobre o castelo encantado, quando um jovem príncipe se aproximou da densa floresta.
Os ramos transformaram-se em lindas flores e abriram caminho para que ele
passasse.
No pátio principal, viu os cavalos e os cães refastelados, a dormir. Passou pelos
corpos dos cortesãos do castelo na entrada do salão e viu o rei e a rainha
adormecidos nos seus tronos.
O príncipe percorreu todos os quartos do castelo e, finalmente, foi à torre mais alta e
abriu a porta do pequeno quarto em que estava a princesa adormecida. Ela estava tão
linda que o príncipe não resistiu a admirá-la e beijou-a. Mas, quando fez isso, ela abriu
os olhos e sorriu para ele.
Então, o rei e a rainha acordaram e toda a corte, os criados, os cavalos, os cães e as
moscas da parede também acordaram. O fogo da lareira voltou a brilhar novamente.
O castelo inteiro estava vivo de novo, com o som de vozes felizes, como se nada
tivesse acontecido, como se cem anos de sono profundo não tivessem feito nenhuma
diferença a ninguém dentro do castelo.
Passado pouco tempo, celebrou-se o casamento do príncipe e da bela adormecida e
todos viveram juntos e felizes para o resto das suas vidas.
Charles Perrault, in Contos Clássicos de Encantar,
(adaptados por Christine Deverell), Editorial Estampa
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A Bela Adormecida - conto clássico

  • 1. TESTE DE PORTUGUÊS - 5.º Ano | SEQUÊNCIA D Texto A A BELA ADORMECIDA Há muito, muito tempo, havia um rei e uma rainha que estavam muito tristes porque não tinham filhos. Certo dia, sentada numa pedra no jardim do castelo, estava a rainha a pensar nos seus desejos quando um pequeno sapo saltou para cima de um nenúfar à sua frente e disse: – O teu desejo vai realizar-se. Em menos de um ano terás uma filha. Tudo aconteceu como o sapo dissera. Uma menina nasceu e o rei ficou tão contente que decidiu fazer uma grande festa para comemorar. Todos os seus amigos e familiares, reis e rainhas de outros reinos, foram convidados, e todos iriam levar presentes especiais para a princesa. Mas acontece que havia treze fadas a viver naquelas florestas e todos sabem que o número treze é o que traz mais azar. Por isso, uma delas não foi convidada para a festa e ela não era uma fada boazinha. No dia da festa, todos os convidados que entravam no castelo traziam um presente e as doze fadinhas também traziam os seus presentes especiais para a bebezinha. – Eu ofereço-lhe a Virtude! – disse uma das doze fadas. – Eu ofereço-lhe a Beleza! – disse outra. Outra ofereceu-lhe a Riqueza, outra a Saúde, e assim por diante, até que ela já tinha todos os presentes que um pai ou mãe desejaria para os seus filhos. Onze fadinhas deram os seus presentes e, quando a décima segunda se aproximou, a porta abriu-se e entrou a décima terceira, que se queria vingar por não ter sido convidada para a festa e decidiu lançar um feitiço. – No seu aniversário de quinze anos, a princesa irá picar o dedo numa agulha e morrerá! – gritou bem alto. Então, a fada virou as costas a todos e foi-se embora tão rapidamente como tinha chegado. Com todos os convidados aterrorizados, a décima segunda fada, que ainda não tinha oferecido o seu presente, aproximou-se e disse que não podia desfazer o feitiço da fada má mas podia suavizá-lo. – A filha do rei não morrerá, mas irá dormir durante cem anos! – disse a fadinha. Mas, mesmo assim, o rei e a rainha tinham esperança de salvar a sua filha de tal destino e ordenaram que todas as agulhas do reino fossem destruídas. A princesa cresceu, lindíssima, inteligente e adorada por todos. 5 10 15 20 25 25
  • 2. Mas, na manhã do dia em que fazia quinze anos, a princesa estava sozinha no castelo. Intrigada, percorreu os corredores, subiu e desceu escadas, até que encontrou uma velha torre. Subiu aquelas escadas estreitas em caracol, até chegar a uma porta com uma chave enferrujada na fechadura. A princesa rodou a chave e a porta abriu-se. Dentro do quarto estava uma senhora muito velhinha com uma roca de fiar. – Bom dia, minha boa senhora – disse a princesa. – O que faz aqui? – Estou a tecer – respondeu a senhora. – Toma, podes experimentar. Ao tocar na roca, a princesa picou o dedo e caiu num sono profundo. Todos no castelo adormeceram incluindo o rei e a rainha que tinham acabado de chegar, os seus cocheiros e empregados. Os cavalos no estábulo, os pombos no telhado e até o fogo da lareira, tudo parecia ter morrido naquele momento. Um denso matagal cresceu rapidamente à volta do castelo até que a bandeira da torre mais alta se não visse. A história sobre a bela princesa adormecida num castelo perdido, onde todas as criaturas dormiam, foi contada em muitas terras. Muitos príncipes vieram e tentaram entrar no matagal para a procurar, mas não conseguiram porque os ramos eram muitos altos e afiados. […] Acontece que já tinham passado quase cem anos desde que o sono profundo caíra sobre o castelo encantado, quando um jovem príncipe se aproximou da densa floresta. Os ramos transformaram-se em lindas flores e abriram caminho para que ele passasse. No pátio principal, viu os cavalos e os cães refastelados, a dormir. Passou pelos corpos dos cortesãos do castelo na entrada do salão e viu o rei e a rainha adormecidos nos seus tronos. O príncipe percorreu todos os quartos do castelo e, finalmente, foi à torre mais alta e abriu a porta do pequeno quarto em que estava a princesa adormecida. Ela estava tão linda que o príncipe não resistiu a admirá-la e beijou-a. Mas, quando fez isso, ela abriu os olhos e sorriu para ele. Então, o rei e a rainha acordaram e toda a corte, os criados, os cavalos, os cães e as moscas da parede também acordaram. O fogo da lareira voltou a brilhar novamente. O castelo inteiro estava vivo de novo, com o som de vozes felizes, como se nada tivesse acontecido, como se cem anos de sono profundo não tivessem feito nenhuma diferença a ninguém dentro do castelo. Passado pouco tempo, celebrou-se o casamento do príncipe e da bela adormecida e todos viveram juntos e felizes para o resto das suas vidas. Charles Perrault, in Contos Clássicos de Encantar, (adaptados por Christine Deverell), Editorial Estampa 30 35 40 45 50 55