SlideShare a Scribd company logo
1 of 52
Custo Padrão e Custo Meta
Universidade Federal do Espírito Santo
Graduação em Engenharia de Produção
Disciplina: Custos Industriais
Lucas Volpini Cinelli
Luísa Sousa Cola
Pedro Henrique Favero
Raphaela Ronchi
Túlio Mazzei
Vitor de Oliveira Rodrigues
Vitória
Junho 2014
1
Custo Padrão - Histórico
• Surgiu da necessidade de antecipação da informação de
custos dos produtos para tomada de decisão;
• Grande necessidade de se encontrar uma forma de
diminuir o desperdício durante o processo de produção.
2
Custo Padrão - Conceito
• Custo padrão-ideal:
• Considera 100% de eficiência (mão-de-obra, material, máquina);
• Parada apenas programada;
• Longo prazo;
• Quase impossível de ser alcançado.
• Custo padrão-corrente:
• Leva em conta as deficiências sabidamente existentes em termos
de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos;
• Meta de curto e médio prazo;
• Difícil de ser alcançado, mas não impossível.
• Custo Padrão-corrente X Custo Estimado
3
Custo Padrão - Objetivo
• Determinar uma base de comparação entre o que ocorreu e o
que deveria ter ocorrido.
• Analisar se está sendo feito o melhor uso da matéria prima; se
a mão de obra utilizada é adequada; se o tempo é razoável e o
produto apresenta qualidade, entre outros.
• Levantar a variação ocorrida entre o padrão e o real.
• Analisar a variação para determinar as causas que levaram aos
desvios tornando possível o acerto.
4
Custo Padrão - Metodologia
• Fixações físicas -> Engenheiro de produção
• Transformação dos padrões físicos em reais -> Contabilidade
de Custos.
• Baseado em quantidades físicas e valores.
• Padrão de materiais (kg de material e preço por kg)
• Padrão de mão-de-obra (valor/hora)
• Padrão de Custos indiretos de fabricação (energia elétrica, etc.)
5
• Custo-padrão de Materia-prima
Padrão de Quantidade
Quilos de material A por unidade de produto 1,10
Estimativa de perda no processo 0,04
Estimativa de refugos 0,01
Quantidade-padrão por unidade de produto 1,15
Padrão de Preço
Preço de compra sem impostos recuperáveis $ 20,70
(-) Custo financeiro de pagamento a prazo (2,70)
Preço de compra a vista 18,00
Frete e despesas de recebimento 2,00
Preço-padrão do Material A $ 20,00
Custo padrão = quantidade padrão x preço padrão
Custo padrão = (1,15 x 20,00) = $ 23,00 6
• Custo-padrão da Mão-de-Obra
Padrão de quantidade
Horas necessárias de mão-de-obra para montagem
completa de uma unidade do produto final 50
Paradas para manutenção e necessidades pessoais 7
Horas estimadas de retrabalhos de qualidade 3
Horas-padrão por unidade de produto 60 horas
Padrão de valor
Salário horário médio do setor de montagem $ 2,20
Encargos sociais legais 1,32
Benefícios espontâneos 0,29
Custo horário de mão-de-obra direta $3,81
• Custo padrão = (60 x 3,81) = $ 228,60
7
Características do Custo Padrão
• Predeterminado;
• Características tecnológicas do processo produtivo;
• Mensuração quantitativa e monetária;
• Meta a ser atingida;
• Tipicamente gerencial. 8
Três componentes
• Padrão de materiais;
• Padrão de mão de obra;
• Padrão de custos indiretos de fabricação (CIF);
VARIAÇÕES DOS TRÊS PADRÕES
9
Determinação do custo padrão
• Tempo padrão de fabricação, por produto, por centro de custo;
• Quantidade padrão e valor dos materiais, por produto;
• Orçamento de MDO e CIF;
• Distribuição dos custos de MDO e CIF por centro de custos;
• Estimativas de horas-homem de força de trabalho por centro de
custo.
10
Custo orçado Custo padrão
•Custo orçado procura identificar os custos
que deverão ocorrer no futuro;
•Custo padrão é uma meta de realização de
custo.
11
Utilidade do Custo-Padrão
•Elaboração de orçamentos;
•Avaliação de desempenhos e eficácia
operacional;
•Busca de melhorias contínuas;
•Gestão de Custos;
•Formação de preço de vendas.
12
CUSTO REAL X PADRÃO
Quantidade
Preço
Preço Real
Preço Padrão
Quantidade
Padrão
Quantidade
Real
Variação
de
Quantidade
Variação
Mista
Variação de
Preço
13
Variações REAL X PADRÃO
14
MATERIAL A
Quantidade = PP (QR - QP)Preço = QR (PR - PP)
Total = (PR * QR) - (QP * PR)
15
VARIAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Eficiência = TP (HR - HP)Taxa = HR (TR - TP)
Mista = (TR*HR) - (TP*HP)
16
Custo Padrão - Vantagens
17
• Contabilização de estoques por
valores já fixados
• Efeito psicológico sobre o pessoal
• Ligação com o Orçamento global
• Cria a obrigação do registro e
controle das quantidades físicas de
fatores de produção
• Pode existir apenas para certos
produtos ou departamentos
• Pode haver implantação gradual por
produto, serviço ou setor
Custo Padrão - Desvantagens
18
• Adoção de alta carga de trabalho
• Exige um bom sistema de Custo
Real
• Não é um retrato fiel da realidade
da empresa
• Caso seja fixado o Padrão com o
conceito de Ideal, pode causar
espírito psicológico desfavorável
• Na primeira implantação, estará
sujeito a erros e imperfeições
Custo Padrão - Exemplo
19
Volume 8000 u
Matéria-prima 2000 kg 10.000,00R$
Mão-de-obra direta 880 h 8.800,00R$
PADRÃO
Físico Monetário
Volume 8500 u
Matéria-prima 2200 kg 9.500,00R$
Mão-de-obra direta 920 h 8.900,00R$
Físico Monetário
REAL
Nós, enquanto dentro de uma organização, desempenhando funções que
envolvem contabilidade, corremos o risco de pensar que;
20
P= L + C
P = Preço de venda
L = Lucro pretendido
C = Custo do produto
Sendo o custo do produto constante, o preço seria função apenas do lucro
pretendido, uma variável independente.
Na vida real, porém, salvo casos específicos como detenção de tecnologia única ou
monopólio, vemos que a função correta seria a seguinte;
21
L = P - C
Onde o lucro é dependente do preço de venda e do custo do produto.
 Na maioria das vezes o preço de venda é uma constante definida não pela
empresa, mas pelo mercado, podendo estar estipulado em contrato ou averiguado
por pesquisas e outros métodos.
22
Dessa forma, o lucro passar a ser unicamente dependente do custo do produto.
Se o lucro obtido nessas condições não é o desejado pela empresa, é necessário
um esforço coletivo para redução do custo ao valor que conferirá o almejado.
23
A esse custo é dado o nome de Custo Meta;
LPCM 
Em outras palavras, o custo meta é a resposta para a seguinte indagação;
24
Qual o custo máximo para atingir o retorno desejável?
Este valor engloba custos oriundos de todos os setores da empresa
25
- A fase de planejamento é o melhor momento para alteração na composição de
custos.
-Tal redução de custos é um processo que demanda integração entre todos os
elos da cadeia produtiva, sempre se atentando ao cliente e seus anseios.
-Por suas características, o custo meta passa a ser um método de gestão
estratégica da organização.
26
- A possibilidade do uso do custo meta na gestão estratégica é tido pelos
japoneses, seus inventores, como principal vantagem do seu emprego.
27
- O “genka kikatu” (nome original), foi criado pelos japoneses na década de 60
como parte da composição estratégica da reestruturação pós guerra.
- A gestão utilizando o custo como indicador e o custo meta como objetivo, foi
motivo para o sucesso da e até hoje é utilizado pela Toyota, dentre outras
empresas japonesas.
28
Segundo COGAN (1990, p105),
“Custeio-meta é um benefício real que leva a tomar uma quantidade de decisões
e de tentar uma quantidade de alternativas antes que se defronte com a
realidade de um mercado hostil.”
29
Segundo SAKURAI (1997, p54), o custeio meta permite:
1. Reduzir o custo, reduzindo os custos totais (incluindo custos de produção,
marketing e de usuário), mantendo, ao mesmo tempo, alta qualidade.
2. Planejar estrategicamente os lucros, formulando planos estratégicos de lucros
e integrando informação de marketing com fatores de engenharia e de
produção.
Em suma, permite que a empresa se integre, se planeje e se aprimore de
forma a ter produtos que confiram o retorno desejado.
30
Há a possibilidade do custo meta se tornar uma ‘obsessão’, tendo efeitos
negativos. ATKINSON et AL (2000, p683) cita os principais:
a) empresas pressionam os fornecedores/contratados, levando a ocorrências
de falhas;
b) funcionários de muitas empresas japonesas trabalhando dentro dos objetivos
propostos pelo custeio-meta, chegaram a altos níveis de stress devido a pressão
sofrida.
c) para a obtenção do custo-meta, muitas empresas tiveram um aumento no
tempo de desenvolvimento dos produtos, principalmente pela repetição dos
ciclos de engenharia de valor, proporcionado aumento no tempo e redução
mínima no custo do produto
31
Além disso, tem aplicação dificultada após linha de produção instalada.
32
Segundo HORNGREEN et AL, (2004, p. 390-31), partindo do desenvolvimento:
1ª) desenvolver um produto que atenda as necessidades dos clientes;
2ª) escolher um preço-meta, que deve se basear no valor que os
clientes estejam
dispostos a pagar;
3ª) Calcular o custo-meta, pela diferença entre o preço de venda-meta e
o lucro-meta
unitário; e
4ª) utilizar a engenharia de valor, buscando reduzir os custos e ao
mesmo tempo
satisfazer as necessidades dos clientes.”
33
Vale lembrar que o custo meta não é um método de custeio em si, motivo
pelo qual deve ser apoiado por um.
34
Empresa irá produzir produto B tal que:
Produto B = Peça X + Componente Y
(Custo Meta + Custeio variável)
Este produto é a nova geração do produto A.
35
Empresa irá produzir produto B tal que:
Produto B = Peça X + Componente Y
36
Custo Meta + Custeio variável
Este produto é a nova geração do produto A.
Por esse motivo, será produzido na planta já existente, com pouco
investimento em maquinário e mão de obra necessário.
37
Custos fixos: R$140.000,00
Tempo disponível de recursos produtivos: 2000h
R$70,00/h
(rateio)
38
Consumo de tempo peça X por unidade: 0,5h = R$35,00 por peça
Consumo de tempo componente Y por unidade: 2h = R$140,00 por componente
39
Peça X Componente Y
Mão de Obra + Matéria-Prima R$ 360,00 R$ 73,00
Custo fixo diluído R$ 140,00 R$ 35,00 Total:
Subtotais: R$ 500,00 R$ 108,00 R$ 608,00
Composição de custos:
Após pesquisa com público-alvo, definiu-se que o preço de mercado do produto
seria de R$650,00, valor superior ao do da geração A, o que foi possível devido ao
aumento na qualidade perceptível pelo cliente
40
A diretoria tem como critério para lançamento de produto retorno mínimo
igual a 10% de seu preço de venda
Podemos dizer então que o “lucro meta” é R$65,00.
O Custo Meta é R$585,00.
Com este custo, então, o produto será reprovado pela diretoria.
41
É convocado uma reunião entre gerentes dos mais diversos setores da empresa;
-P&D
-Produção
-Vendas
-Marketing
-RH
-Financeiro
.
42
Em adendo, também são convocados representantes dos principais fornecedores
Objetivo: ter custo igual ou inferior ao meta.
Um fornecedor possui um componente W, segundo projetistas, apto a substituir o Y.
.
43
O valor negociado por unidade é de R$80,00
O custo meta será atingido?
A não produção do componente Y reduz os custos fixos em R$15.000,00.
.
44
Em contrapartida, aumenta os custos variáveis em R$7,00;
Peça X Componente Y
Custo variável:
R$
360,00
R$
80,00
Custo fixo diluído
R$
156,25 Total:
Subtotais:
R$
516,25
R$
80,00
R$
596,25
O custo meta ainda não foi atingido..
.
45
O setor de vendas, porém, enxerga demanda suficiente para se aproveitar todo a
capacidade produtiva da planta (2000hm);
unid
hm
hm
1000
2
2000

Será necessário um pequeno aumento em marketing.
Produção também informa um aumento nos fixos para tal.
Ao final, retornamos a aproximadamente R$140.000,00 de fixo, agora diluído entre
1000 unidades;
Peça X Componente Y
Custo variável: R$ 360,00 R$ 80,00
Custo fixo diluído R$ 140,00 Total:
Subtotais: R$ 500,00 R$ 80,00 R$ 580,00
O produto tende a ser aprovado.
47
Ao propor o contrato, o fornecedor estabelece reajuste de 5% ao final do ano.
Teremos problema em relação ao custo meta?
48
De uma forma geral:
)()(
CML
C)C(PL
CPL
FC
Fv
UnidCUnidMcUnidL F 



FTC CUnidM TL
49
Considerando 1000 unidades com lucro de 10% em cima de R$650,00 e R$140k de
fixo;
140000100065000
LT


m
FTC
M
CUnidM
00,205$RMm 
Esta seria a margem de contribuição meta do Produto B
50
Só que::
VWVXCB CCPM 
CBVXVY MCPC 
00,85$RCVY 
Valor máximo, mantendo-se
cenário previsto, a se pagar pelo
componente W sem ultrapassar o
custo meta.
Conclusões
• Custo padrão: possibilidade de se tentar prever os custos e ao
comparar com o custo real, observar onde foram as diferenças
e o que pode ser melhorado.
• Além de ser uma ferramenta muito útil também como
instrumento psicológico na melhoria de desempenho do
pessoal.
• Custo meta: ótimo para decisões estratégicas mas precisa ser
apoiado por outros métodos de custo.
51
Referências
• MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas,
2003.
• ATKINSON, Antony A. et al. Contabilidade Gerencial. São
Paulo: Atlas, 2000.
• PEREZ, José Hernandez Junior,Gestão Estratégica de Custos,
3ed. São Paulo: Atlas, 1991
• http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-
ficb-2250.pdf, acesso 28/05/14
52

More Related Content

What's hot

Capitulo 4 análise de custo volume _lucro
Capitulo 4   análise de custo  volume _lucroCapitulo 4   análise de custo  volume _lucro
Capitulo 4 análise de custo volume _lucro
Daniel Moura
 
Capitulo 2 conceitos básicos de custos
Capitulo 2   conceitos básicos de custosCapitulo 2   conceitos básicos de custos
Capitulo 2 conceitos básicos de custos
Daniel Moura
 
Capitulo 7 abc custeio baseado em atividades
Capitulo 7   abc  custeio baseado em atividadesCapitulo 7   abc  custeio baseado em atividades
Capitulo 7 abc custeio baseado em atividades
Daniel Moura
 
Capitulo 5 custo padrão
Capitulo 5   custo padrãoCapitulo 5   custo padrão
Capitulo 5 custo padrão
Daniel Moura
 
Aulas de Investimentos (custo de capital)
Aulas de Investimentos (custo de capital)Aulas de Investimentos (custo de capital)
Aulas de Investimentos (custo de capital)
Adriano Bruni
 
Aula payback simples e descontado
Aula   payback simples e descontadoAula   payback simples e descontado
Aula payback simples e descontado
Daniel Moura
 
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Adriano Bruni
 

What's hot (20)

Alavancagem alunos (1)
Alavancagem alunos (1)Alavancagem alunos (1)
Alavancagem alunos (1)
 
Métodos de formação de preços
Métodos de formação de preçosMétodos de formação de preços
Métodos de formação de preços
 
Apresentação custos
Apresentação custosApresentação custos
Apresentação custos
 
Capitulo 4 análise de custo volume _lucro
Capitulo 4   análise de custo  volume _lucroCapitulo 4   análise de custo  volume _lucro
Capitulo 4 análise de custo volume _lucro
 
Capitulo 2 conceitos básicos de custos
Capitulo 2   conceitos básicos de custosCapitulo 2   conceitos básicos de custos
Capitulo 2 conceitos básicos de custos
 
Custeio por processos
Custeio por processosCusteio por processos
Custeio por processos
 
Capitulo 7 abc custeio baseado em atividades
Capitulo 7   abc  custeio baseado em atividadesCapitulo 7   abc  custeio baseado em atividades
Capitulo 7 abc custeio baseado em atividades
 
Custos diretos indiretos
Custos diretos indiretosCustos diretos indiretos
Custos diretos indiretos
 
Exercicio para construção de orçamento gerencial
Exercicio para construção de orçamento gerencialExercicio para construção de orçamento gerencial
Exercicio para construção de orçamento gerencial
 
Custos industriais
Custos industriaisCustos industriais
Custos industriais
 
Contabilidade geral ppt
Contabilidade geral   pptContabilidade geral   ppt
Contabilidade geral ppt
 
Gabaritos exercicios aula_09
Gabaritos exercicios aula_09Gabaritos exercicios aula_09
Gabaritos exercicios aula_09
 
Capitulo 5 custo padrão
Capitulo 5   custo padrãoCapitulo 5   custo padrão
Capitulo 5 custo padrão
 
Aulas de Investimentos (custo de capital)
Aulas de Investimentos (custo de capital)Aulas de Investimentos (custo de capital)
Aulas de Investimentos (custo de capital)
 
Aula payback simples e descontado
Aula   payback simples e descontadoAula   payback simples e descontado
Aula payback simples e descontado
 
Contabilidade de Custos - Conceitos Básicos
Contabilidade de Custos - Conceitos BásicosContabilidade de Custos - Conceitos Básicos
Contabilidade de Custos - Conceitos Básicos
 
Inflacao
InflacaoInflacao
Inflacao
 
Aula 8 - Ponto de Equilíbrio e Alavancagem Operacional
Aula 8 - Ponto de Equilíbrio e Alavancagem Operacional Aula 8 - Ponto de Equilíbrio e Alavancagem Operacional
Aula 8 - Ponto de Equilíbrio e Alavancagem Operacional
 
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
 
Palestra Gestão de custos e formação de preços
Palestra Gestão de custos e formação de preçosPalestra Gestão de custos e formação de preços
Palestra Gestão de custos e formação de preços
 

Viewers also liked

Metodologias de apuramento de custos
Metodologias de apuramento de custosMetodologias de apuramento de custos
Metodologias de apuramento de custos
ANMedicos
 
3 -caso pizzaria
3 -caso pizzaria3 -caso pizzaria
3 -caso pizzaria
delpra
 
Aula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades Cooperativas
Aula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades CooperativasAula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades Cooperativas
Aula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades Cooperativas
Erick Cotta
 

Viewers also liked (20)

Custos padrao
Custos padraoCustos padrao
Custos padrao
 
Meta-análise para a web
Meta-análise para a webMeta-análise para a web
Meta-análise para a web
 
A metacognição como tecnologia educacional simbólica
A metacognição como tecnologia educacional simbólicaA metacognição como tecnologia educacional simbólica
A metacognição como tecnologia educacional simbólica
 
Custo Meta e Custo Qualidade - Controladoria - UNEB PUSAI
Custo Meta e Custo Qualidade - Controladoria - UNEB PUSAICusto Meta e Custo Qualidade - Controladoria - UNEB PUSAI
Custo Meta e Custo Qualidade - Controladoria - UNEB PUSAI
 
Metodologias de apuramento de custos
Metodologias de apuramento de custosMetodologias de apuramento de custos
Metodologias de apuramento de custos
 
Sistema de custeamento por ordem de produção
Sistema de custeamento por ordem de produçãoSistema de custeamento por ordem de produção
Sistema de custeamento por ordem de produção
 
Apuramento do custo industrial
Apuramento do custo industrialApuramento do custo industrial
Apuramento do custo industrial
 
Custos 01
Custos 01Custos 01
Custos 01
 
Doc7 resultados departamento mat e ce 2012 13
Doc7 resultados departamento mat e ce 2012 13Doc7 resultados departamento mat e ce 2012 13
Doc7 resultados departamento mat e ce 2012 13
 
Contabilidade gerencial
Contabilidade gerencialContabilidade gerencial
Contabilidade gerencial
 
Aula02 calcula
Aula02 calculaAula02 calcula
Aula02 calcula
 
Funções da água no corpo humano
Funções da água no corpo humanoFunções da água no corpo humano
Funções da água no corpo humano
 
3 -caso pizzaria
3 -caso pizzaria3 -caso pizzaria
3 -caso pizzaria
 
Apresentação Institucional TECNISA
Apresentação Institucional TECNISAApresentação Institucional TECNISA
Apresentação Institucional TECNISA
 
Conhecendoofogo
ConhecendoofogoConhecendoofogo
Conhecendoofogo
 
Filme sos life
Filme sos lifeFilme sos life
Filme sos life
 
Curso de Bombeiro civil em campínas
Curso de Bombeiro civil em campínas Curso de Bombeiro civil em campínas
Curso de Bombeiro civil em campínas
 
Como se defender de armas menos letais 1.0
Como se defender de armas menos letais 1.0Como se defender de armas menos letais 1.0
Como se defender de armas menos letais 1.0
 
Aula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades Cooperativas
Aula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades CooperativasAula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades Cooperativas
Aula 3 - Microeconomia - Economia de Sociedades Cooperativas
 
Apresentação Institucional Italínea
Apresentação Institucional ItalíneaApresentação Institucional Italínea
Apresentação Institucional Italínea
 

Similar to Custos padrão e meta grupo 5

Cco aula12 custos
Cco aula12 custosCco aula12 custos
Cco aula12 custos
albumina
 
Cco aula13 custos
Cco aula13 custosCco aula13 custos
Cco aula13 custos
albumina
 
Cco aula10 custos
Cco aula10 custosCco aula10 custos
Cco aula10 custos
albumina
 
Apostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custosApostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custos
simuladocontabil
 
Projeto para producao de produtos novos
Projeto para  producao de produtos novosProjeto para  producao de produtos novos
Projeto para producao de produtos novos
Robson Ambiental
 
Apostila de topicos vi custos ii
Apostila de topicos vi   custos iiApostila de topicos vi   custos ii
Apostila de topicos vi custos ii
zeramento contabil
 
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custosApostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
odgracio
 

Similar to Custos padrão e meta grupo 5 (20)

Custos básicos
Custos básicosCustos básicos
Custos básicos
 
Custo padrao e basico
Custo padrao e basicoCusto padrao e basico
Custo padrao e basico
 
Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1
 
Cco aula12 custos
Cco aula12 custosCco aula12 custos
Cco aula12 custos
 
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.pptGestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
 
Contabilidade de custos
Contabilidade de custosContabilidade de custos
Contabilidade de custos
 
Cco aula13 custos
Cco aula13 custosCco aula13 custos
Cco aula13 custos
 
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptxQUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
QUALIPOLO PRECIFICAÇÃO.pptx
 
Produção e custos - Macroeconomia e Microeconomia
Produção e custos -   Macroeconomia e Microeconomia Produção e custos -   Macroeconomia e Microeconomia
Produção e custos - Macroeconomia e Microeconomia
 
Contabilidade de Custo EADUSP.pdf
Contabilidade de Custo EADUSP.pdfContabilidade de Custo EADUSP.pdf
Contabilidade de Custo EADUSP.pdf
 
Cco aula10 custos
Cco aula10 custosCco aula10 custos
Cco aula10 custos
 
Apostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custosApostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custos
 
Projeto para producao de produtos novos
Projeto para  producao de produtos novosProjeto para  producao de produtos novos
Projeto para producao de produtos novos
 
departamentalização
 departamentalização departamentalização
departamentalização
 
Apostila de topicos vi custos ii
Apostila de topicos vi   custos iiApostila de topicos vi   custos ii
Apostila de topicos vi custos ii
 
Aula dia 26 03 18
Aula dia 26 03 18Aula dia 26 03 18
Aula dia 26 03 18
 
Introdução a disciplina.ppt
Introdução a disciplina.pptIntrodução a disciplina.ppt
Introdução a disciplina.ppt
 
Introdução a disciplina.ppt
Introdução a disciplina.pptIntrodução a disciplina.ppt
Introdução a disciplina.ppt
 
Custos
CustosCustos
Custos
 
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custosApostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
 

Custos padrão e meta grupo 5

  • 1. Custo Padrão e Custo Meta Universidade Federal do Espírito Santo Graduação em Engenharia de Produção Disciplina: Custos Industriais Lucas Volpini Cinelli Luísa Sousa Cola Pedro Henrique Favero Raphaela Ronchi Túlio Mazzei Vitor de Oliveira Rodrigues Vitória Junho 2014 1
  • 2. Custo Padrão - Histórico • Surgiu da necessidade de antecipação da informação de custos dos produtos para tomada de decisão; • Grande necessidade de se encontrar uma forma de diminuir o desperdício durante o processo de produção. 2
  • 3. Custo Padrão - Conceito • Custo padrão-ideal: • Considera 100% de eficiência (mão-de-obra, material, máquina); • Parada apenas programada; • Longo prazo; • Quase impossível de ser alcançado. • Custo padrão-corrente: • Leva em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos; • Meta de curto e médio prazo; • Difícil de ser alcançado, mas não impossível. • Custo Padrão-corrente X Custo Estimado 3
  • 4. Custo Padrão - Objetivo • Determinar uma base de comparação entre o que ocorreu e o que deveria ter ocorrido. • Analisar se está sendo feito o melhor uso da matéria prima; se a mão de obra utilizada é adequada; se o tempo é razoável e o produto apresenta qualidade, entre outros. • Levantar a variação ocorrida entre o padrão e o real. • Analisar a variação para determinar as causas que levaram aos desvios tornando possível o acerto. 4
  • 5. Custo Padrão - Metodologia • Fixações físicas -> Engenheiro de produção • Transformação dos padrões físicos em reais -> Contabilidade de Custos. • Baseado em quantidades físicas e valores. • Padrão de materiais (kg de material e preço por kg) • Padrão de mão-de-obra (valor/hora) • Padrão de Custos indiretos de fabricação (energia elétrica, etc.) 5
  • 6. • Custo-padrão de Materia-prima Padrão de Quantidade Quilos de material A por unidade de produto 1,10 Estimativa de perda no processo 0,04 Estimativa de refugos 0,01 Quantidade-padrão por unidade de produto 1,15 Padrão de Preço Preço de compra sem impostos recuperáveis $ 20,70 (-) Custo financeiro de pagamento a prazo (2,70) Preço de compra a vista 18,00 Frete e despesas de recebimento 2,00 Preço-padrão do Material A $ 20,00 Custo padrão = quantidade padrão x preço padrão Custo padrão = (1,15 x 20,00) = $ 23,00 6
  • 7. • Custo-padrão da Mão-de-Obra Padrão de quantidade Horas necessárias de mão-de-obra para montagem completa de uma unidade do produto final 50 Paradas para manutenção e necessidades pessoais 7 Horas estimadas de retrabalhos de qualidade 3 Horas-padrão por unidade de produto 60 horas Padrão de valor Salário horário médio do setor de montagem $ 2,20 Encargos sociais legais 1,32 Benefícios espontâneos 0,29 Custo horário de mão-de-obra direta $3,81 • Custo padrão = (60 x 3,81) = $ 228,60 7
  • 8. Características do Custo Padrão • Predeterminado; • Características tecnológicas do processo produtivo; • Mensuração quantitativa e monetária; • Meta a ser atingida; • Tipicamente gerencial. 8
  • 9. Três componentes • Padrão de materiais; • Padrão de mão de obra; • Padrão de custos indiretos de fabricação (CIF); VARIAÇÕES DOS TRÊS PADRÕES 9
  • 10. Determinação do custo padrão • Tempo padrão de fabricação, por produto, por centro de custo; • Quantidade padrão e valor dos materiais, por produto; • Orçamento de MDO e CIF; • Distribuição dos custos de MDO e CIF por centro de custos; • Estimativas de horas-homem de força de trabalho por centro de custo. 10
  • 11. Custo orçado Custo padrão •Custo orçado procura identificar os custos que deverão ocorrer no futuro; •Custo padrão é uma meta de realização de custo. 11
  • 12. Utilidade do Custo-Padrão •Elaboração de orçamentos; •Avaliação de desempenhos e eficácia operacional; •Busca de melhorias contínuas; •Gestão de Custos; •Formação de preço de vendas. 12
  • 13. CUSTO REAL X PADRÃO Quantidade Preço Preço Real Preço Padrão Quantidade Padrão Quantidade Real Variação de Quantidade Variação Mista Variação de Preço 13
  • 14. Variações REAL X PADRÃO 14
  • 15. MATERIAL A Quantidade = PP (QR - QP)Preço = QR (PR - PP) Total = (PR * QR) - (QP * PR) 15
  • 16. VARIAÇÃO DE MÃO DE OBRA Eficiência = TP (HR - HP)Taxa = HR (TR - TP) Mista = (TR*HR) - (TP*HP) 16
  • 17. Custo Padrão - Vantagens 17 • Contabilização de estoques por valores já fixados • Efeito psicológico sobre o pessoal • Ligação com o Orçamento global • Cria a obrigação do registro e controle das quantidades físicas de fatores de produção • Pode existir apenas para certos produtos ou departamentos • Pode haver implantação gradual por produto, serviço ou setor
  • 18. Custo Padrão - Desvantagens 18 • Adoção de alta carga de trabalho • Exige um bom sistema de Custo Real • Não é um retrato fiel da realidade da empresa • Caso seja fixado o Padrão com o conceito de Ideal, pode causar espírito psicológico desfavorável • Na primeira implantação, estará sujeito a erros e imperfeições
  • 19. Custo Padrão - Exemplo 19 Volume 8000 u Matéria-prima 2000 kg 10.000,00R$ Mão-de-obra direta 880 h 8.800,00R$ PADRÃO Físico Monetário Volume 8500 u Matéria-prima 2200 kg 9.500,00R$ Mão-de-obra direta 920 h 8.900,00R$ Físico Monetário REAL
  • 20. Nós, enquanto dentro de uma organização, desempenhando funções que envolvem contabilidade, corremos o risco de pensar que; 20 P= L + C P = Preço de venda L = Lucro pretendido C = Custo do produto Sendo o custo do produto constante, o preço seria função apenas do lucro pretendido, uma variável independente.
  • 21. Na vida real, porém, salvo casos específicos como detenção de tecnologia única ou monopólio, vemos que a função correta seria a seguinte; 21 L = P - C Onde o lucro é dependente do preço de venda e do custo do produto.
  • 22.  Na maioria das vezes o preço de venda é uma constante definida não pela empresa, mas pelo mercado, podendo estar estipulado em contrato ou averiguado por pesquisas e outros métodos. 22 Dessa forma, o lucro passar a ser unicamente dependente do custo do produto.
  • 23. Se o lucro obtido nessas condições não é o desejado pela empresa, é necessário um esforço coletivo para redução do custo ao valor que conferirá o almejado. 23 A esse custo é dado o nome de Custo Meta; LPCM 
  • 24. Em outras palavras, o custo meta é a resposta para a seguinte indagação; 24 Qual o custo máximo para atingir o retorno desejável? Este valor engloba custos oriundos de todos os setores da empresa
  • 25. 25 - A fase de planejamento é o melhor momento para alteração na composição de custos. -Tal redução de custos é um processo que demanda integração entre todos os elos da cadeia produtiva, sempre se atentando ao cliente e seus anseios. -Por suas características, o custo meta passa a ser um método de gestão estratégica da organização.
  • 26. 26 - A possibilidade do uso do custo meta na gestão estratégica é tido pelos japoneses, seus inventores, como principal vantagem do seu emprego.
  • 27. 27 - O “genka kikatu” (nome original), foi criado pelos japoneses na década de 60 como parte da composição estratégica da reestruturação pós guerra. - A gestão utilizando o custo como indicador e o custo meta como objetivo, foi motivo para o sucesso da e até hoje é utilizado pela Toyota, dentre outras empresas japonesas.
  • 28. 28 Segundo COGAN (1990, p105), “Custeio-meta é um benefício real que leva a tomar uma quantidade de decisões e de tentar uma quantidade de alternativas antes que se defronte com a realidade de um mercado hostil.”
  • 29. 29 Segundo SAKURAI (1997, p54), o custeio meta permite: 1. Reduzir o custo, reduzindo os custos totais (incluindo custos de produção, marketing e de usuário), mantendo, ao mesmo tempo, alta qualidade. 2. Planejar estrategicamente os lucros, formulando planos estratégicos de lucros e integrando informação de marketing com fatores de engenharia e de produção. Em suma, permite que a empresa se integre, se planeje e se aprimore de forma a ter produtos que confiram o retorno desejado.
  • 30. 30 Há a possibilidade do custo meta se tornar uma ‘obsessão’, tendo efeitos negativos. ATKINSON et AL (2000, p683) cita os principais: a) empresas pressionam os fornecedores/contratados, levando a ocorrências de falhas; b) funcionários de muitas empresas japonesas trabalhando dentro dos objetivos propostos pelo custeio-meta, chegaram a altos níveis de stress devido a pressão sofrida. c) para a obtenção do custo-meta, muitas empresas tiveram um aumento no tempo de desenvolvimento dos produtos, principalmente pela repetição dos ciclos de engenharia de valor, proporcionado aumento no tempo e redução mínima no custo do produto
  • 31. 31 Além disso, tem aplicação dificultada após linha de produção instalada.
  • 32. 32 Segundo HORNGREEN et AL, (2004, p. 390-31), partindo do desenvolvimento: 1ª) desenvolver um produto que atenda as necessidades dos clientes; 2ª) escolher um preço-meta, que deve se basear no valor que os clientes estejam dispostos a pagar; 3ª) Calcular o custo-meta, pela diferença entre o preço de venda-meta e o lucro-meta unitário; e 4ª) utilizar a engenharia de valor, buscando reduzir os custos e ao mesmo tempo satisfazer as necessidades dos clientes.”
  • 33. 33 Vale lembrar que o custo meta não é um método de custeio em si, motivo pelo qual deve ser apoiado por um.
  • 34. 34 Empresa irá produzir produto B tal que: Produto B = Peça X + Componente Y (Custo Meta + Custeio variável) Este produto é a nova geração do produto A.
  • 35. 35 Empresa irá produzir produto B tal que: Produto B = Peça X + Componente Y
  • 36. 36 Custo Meta + Custeio variável Este produto é a nova geração do produto A. Por esse motivo, será produzido na planta já existente, com pouco investimento em maquinário e mão de obra necessário.
  • 37. 37 Custos fixos: R$140.000,00 Tempo disponível de recursos produtivos: 2000h R$70,00/h (rateio)
  • 38. 38 Consumo de tempo peça X por unidade: 0,5h = R$35,00 por peça Consumo de tempo componente Y por unidade: 2h = R$140,00 por componente
  • 39. 39 Peça X Componente Y Mão de Obra + Matéria-Prima R$ 360,00 R$ 73,00 Custo fixo diluído R$ 140,00 R$ 35,00 Total: Subtotais: R$ 500,00 R$ 108,00 R$ 608,00 Composição de custos:
  • 40. Após pesquisa com público-alvo, definiu-se que o preço de mercado do produto seria de R$650,00, valor superior ao do da geração A, o que foi possível devido ao aumento na qualidade perceptível pelo cliente 40 A diretoria tem como critério para lançamento de produto retorno mínimo igual a 10% de seu preço de venda
  • 41. Podemos dizer então que o “lucro meta” é R$65,00. O Custo Meta é R$585,00. Com este custo, então, o produto será reprovado pela diretoria. 41
  • 42. É convocado uma reunião entre gerentes dos mais diversos setores da empresa; -P&D -Produção -Vendas -Marketing -RH -Financeiro . 42 Em adendo, também são convocados representantes dos principais fornecedores Objetivo: ter custo igual ou inferior ao meta.
  • 43. Um fornecedor possui um componente W, segundo projetistas, apto a substituir o Y. . 43 O valor negociado por unidade é de R$80,00 O custo meta será atingido?
  • 44. A não produção do componente Y reduz os custos fixos em R$15.000,00. . 44 Em contrapartida, aumenta os custos variáveis em R$7,00; Peça X Componente Y Custo variável: R$ 360,00 R$ 80,00 Custo fixo diluído R$ 156,25 Total: Subtotais: R$ 516,25 R$ 80,00 R$ 596,25
  • 45. O custo meta ainda não foi atingido.. . 45 O setor de vendas, porém, enxerga demanda suficiente para se aproveitar todo a capacidade produtiva da planta (2000hm); unid hm hm 1000 2 2000  Será necessário um pequeno aumento em marketing. Produção também informa um aumento nos fixos para tal.
  • 46. Ao final, retornamos a aproximadamente R$140.000,00 de fixo, agora diluído entre 1000 unidades; Peça X Componente Y Custo variável: R$ 360,00 R$ 80,00 Custo fixo diluído R$ 140,00 Total: Subtotais: R$ 500,00 R$ 80,00 R$ 580,00 O produto tende a ser aprovado.
  • 47. 47 Ao propor o contrato, o fornecedor estabelece reajuste de 5% ao final do ano. Teremos problema em relação ao custo meta?
  • 48. 48 De uma forma geral: )()( CML C)C(PL CPL FC Fv UnidCUnidMcUnidL F     FTC CUnidM TL
  • 49. 49 Considerando 1000 unidades com lucro de 10% em cima de R$650,00 e R$140k de fixo; 140000100065000 LT   m FTC M CUnidM 00,205$RMm  Esta seria a margem de contribuição meta do Produto B
  • 50. 50 Só que:: VWVXCB CCPM  CBVXVY MCPC  00,85$RCVY  Valor máximo, mantendo-se cenário previsto, a se pagar pelo componente W sem ultrapassar o custo meta.
  • 51. Conclusões • Custo padrão: possibilidade de se tentar prever os custos e ao comparar com o custo real, observar onde foram as diferenças e o que pode ser melhorado. • Além de ser uma ferramenta muito útil também como instrumento psicológico na melhoria de desempenho do pessoal. • Custo meta: ótimo para decisões estratégicas mas precisa ser apoiado por outros métodos de custo. 51
  • 52. Referências • MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. • ATKINSON, Antony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. • PEREZ, José Hernandez Junior,Gestão Estratégica de Custos, 3ed. São Paulo: Atlas, 1991 • http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006- ficb-2250.pdf, acesso 28/05/14 52

Editor's Notes

  1. Contabilização de estoques por valores já fixados, sem necessidade da apuração do Custo Real para seu registro – facilita relatórios mensais Efeito psicológico sobre o pessoal – cenários expostos de como deveriam ser os processos; Ligação com o Orçamento global - pode ser utilizado como definição de metas a atingir; facilita a parte orçamentária relativa à produção  Cria a obrigação do registro e controle não só dos valores reais de custos, mas também das quantidades físicas de fatores de produção, prática de extrema importância Não precisa ser fixado o Padrão em toda a empresa, pode existir apenas para certos produtos ou departamentos, já que é uma forma de controle instalado onde se julga necessário Pode haver implantação gradual por produto, serviço ou setor  (porém, não tomar o valor do custo padrão como totalmente válido para elaboração de orçamentos de preços de venda. Imperfeições, ineficiências e imprevistos farão aumentar o custo real)
  2. Implica sempre a adoção de alta carga de trabalho Sua adoção só pode ser bem sucedida existindo já um bom sistema de Custo Real (não pode ser aplicado sozinho) Não é um retrato fiel da realidade da empresa Caso seja fixado o Padrão com o conceito de Ideal, no qual seja conhecido que qualquer esforço não será suficiente para alcança-lo, pode causar espírito psicológico desfavorável Qualidade com aspecto dinâmico – na primeira implantação, estará sujeito a erros e imperfeições, que são ajustadas no decorrer do tempo
  3. Implica sempre a adoção de alta carga de trabalho Sua adoção só pode ser bem sucedida existindo já um bom sistema de Custo Real (não pode ser aplicado sozinho) Não é um retrato fiel da realidade da empresa Caso seja fixado o Padrão com o conceito de Ideal, no qual seja conhecido que qualquer esforço não será suficiente para alcança-lo, pode causar espírito psicológico desfavorável Qualidade com aspecto dinâmico – na primeira implantação, estará sujeito a erros e imperfeições, que são ajustadas no decorrer do tempo