5. Abaixo da ordem senatorial estavam os cavaleiros (ordem equestre) um grupo também com dinheiro e prestígio. Eram cobradores de impostos e negociantes ligados ao comércio, banca e obras públicas. Desempenhavam também importantes cargos no exército e na administração. Sendo fiéis ao Imperador, apoiavam-no com esperança de aumentar a sua influência e poder. O Imperador recorria aos seus serviços para limitar o poder da ordem senatorial.
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10. Ao meio-dia, tomavam a segunda refeição composta normalmente por carne fria, fruta, legumes e vinho. Voltavam ao trabalho, parando a meio da tarde, para desfrutarem de um banho. Nas casas mais ricas havia balneários privativos, mas gostavam mais de frequentar os balneários públicos (termas) onde podiam tomar banho em piscinas de água quente, morna ou fria, podendo também fazer exercício no ginásio, desfrutar de massagens e outras diversões como jogos de dados, bolas e damas, ler na biblioteca ou conversar com os amigos.
11. O dia terminava com a ceia. Os mais ricos por vezes convidavam os amigos e os clientes para grandes banquetes. Comiam-se diversos pratos, sendo um dos favoritos as tetas de porca recheadas, servidos por escravos em travessas, onde cada um tirava a comida usando uma colher os ou próprios dedos. Depois da refeição vinha o entretenimento, como músicos bailarinas ou um recital de poesia. Para os mais humildes, o tempo de trabalho era mais longo e a ceia com menos quantidade, valendo-lhes as distribuições gratuitas de trigo com a iniciativa do Imperador. Deitavam-se mais cedo, pois ao nascer do dia tinham que se levantar para ir trabalhar.
14. No século I a.C. as lutas políticas internas lideradas por generais do exército, ricos e prestigiados, que queriam ter um poder supremo, procurando apoio para o Senado. Algumas destas acabaram por desembocar em guerras civis e assassinatos. Esta crise política chegou ao fim em 27 a.C. com a implantação de um novo regime político, o Império, fundado por Octávio César Augusto, tornando-se o primeiro imperador romano. Impôs a ordem e segurança, passando todos os poderes para si: o poder político (legislativo, executivo e judicial) cabendo-lhe nomear funcionários e senadores, cunhar a moeda e dirigir a política externa; o poder militar, assumindo o comando supremo do exército; o poder religioso, tornando-se pontífice máximo e dirigindo a vida religiosa, sendo-lhe atribuído o título de Augusto (divino) e prestando-se-lhe culto após a morte (culto imperial).
15. Tendo desta forma o Senado e os Magistrados reduzidos o poder, passando a estarem controlados e dependentes das decisões do Imperador. É criado um novo órgão político, o conselho imperial, composto por funcionários fiéis ao imperador, maioritariamente da ordem equestre e investido de funções deliberativas.