2. “ E perdoa-nos as
nossas ofensas, assim
como nós temos
perdoado a quem nos
tem ofendido” (Mateus
6:12) .Perdoar, o
espinho na carne de
muita gente. São
muitos os que não
conseguem livrar-se
desse espinho, e sofrem
com os males
provocados pela
incapacidade de
perdoar, apesar de
repetirem essa oração,
mas sem liberarem o
perdão.
3. Perdoar significa “dar
completamente”, “abrir
dentro de si”, “dar o
próprio eu a outrem”,
“liberar”. Em vez de
sacrificar o ofensor a
seu ódio, a seu rancor
ou mágoa, o perdoador
imola-se a si mesmo,
abrindo assim, de par
em par, as portas da
alma ao influxo das
torrentes divinas.
4. Quem ofende, pede
perdão; quem é
ofendido, perdoa. E
não precisa esperar
que o ofensor lhe
peça perdão. Jesus,
na cruz do Calvário,
não esperou que os
que o crucificaram lhe
pedissem perdão.
Antes, rogou ao Pai:
“Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o
que fazem”.
5. Se alguém guarda
dentro de si
sentimentos de rancor,
ódio ou mágoa, e não
perdoa a quem lhe
ofendeu, conserva
dentro de si as
impurezas desses
sentimentos. Essas
impurezas podem
acarretar o surgimento
de enfermidades e,
pior, deixa a pessoa
afastada da comunhão
com Deus.
6. Perdoar é um ato de
amor; de nobreza, de
grandeza de alma.
Quem ama, perdoa;
quem não perdoa, não
ama. A Bíblia nos
ensina que “se alguém
disser: amo a Deus, e
odiar a seu irmão, é
mentiroso; pois aquele
que não ama a seu
irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a
quem não vê?” (1 João
4:20).
7. Não é fácil, mas se não
tivermos a capacidade
de perdoar, tampouco
nosso Pai Celeste nos
perdoará, disse Jesus.
Indagado sobre quantas
vezes
deveríamos perdoar,
respondeu: “Não apenas
sete, mas setenta vezes
sete”. Ou seja, não há
limite para o perdão,
porque as misericórdias
de Deus não têm fim.De
igual modo devemos
agir em relação ao
nosso próximo.
8. Philip Yancey, em seu
livro MARAVILHOSA
GRAÇA, cita um
pensamento de George
Herbert, que diz:
“Aquele que não pode
perdoar, destrói a
ponte sobre a qual ele
mesmo tem de
passar”.O perdão
quebra as cadeias do
ódio e do
ressentimento, cicatriza
as feridas deixadas
pela mágoa, traz paz
ao coração.
9. Perdoar é um gesto de
amor, de nobreza, de
temor a Deus, de
espiritualidade; pedir
perdão é um gesto de
humildade, de
arrependimento, de
consciência espiritual de
quem quebrou um
estado harmônico que
necessita ser
restabelecido pelo
perdão.
Não perdoar e não pedir
perdão são atitudes de
soberba, orgulho, frutos
do homem nãoespiritual .
10. Então, devemos pensar
bem ao orarmos o Pai
Nosso. Que não seja
uma oração mecânica,
mas possamos refletir
bem sobre a
profundidade da
expressão “assim como
nós temos perdoado aos
nossos ofensores”.Será
que temos, realmente,
liberado perdão aos
nossos ofensores ?
11. Agora, devemos
perdoar totalmente,
em nosso íntimo, e
não apenas
verbalmente. Há
pessoas que dizem:
“Eu perdôo, mas não
esqueço o que ele
fez”, ou, “Perdôo tudo,
menos isto”.
12. Não podemos, ao
perdoar, deixar
resquícios ou raiz de
amargura, de ódio ou
ressentimento
dentro de nós. Deus,
quando nos perdoa,
apaga todas as nossas
transgressões:
“Eu, eu mesmo,
sou o que apaga as tuas
transgressões por amor
de mim, e dos teus
pecados já não me
lembro” (Isaías 43:25)
13. Quando, em nossa
oração, pedirmos ao
Pai que nos perdoe
assim como perdoamos
aos nossos ofensores,
lembremo-nos,
também, que Jesus, ao
ensinar essa oração,
acrescentou: “...se,
porém, não perdoardes
os homens as suas
ofensas, tampouco
vosso Pai vos perdoará
as vossas ofensas”.
14. Vale lembrar que errar
é humano; perdoar
é divino. Diz Huberto
Rohden que “para a
negatividade da ofensa
feita deve ser liberada a
positividade do amor. O
positivo do amor,
expresso no ato de
perdoar, anulará o
negativo da ofensa de
seu irmão. “
15. “ Aquele que recebe a
ofensa e não perdoa, é
como a água, que é
alérgica às impurezas
do ambiente e é por
elas contaminada. Já
aquele que perdoa, é
como luz, que é
absolutamente
incontaminável pelo
ambiente; não existe
luz impura; ela é pura
no meio do ambiente
impuro. A imunidade da
luz é absoluta, ao
passo que a imunidade
da água é relativa”.
16. Experimente perdoar
aqueles que lhe
ofenderam, e sinta a
paz que reinará em seu
coração quando, ao orar
o Pai Nosso, disser ao
Senhor: “...assim como
nós perdoamos a quem
nos tem ofendido”.
17. Passe esta mensagem
adiante; você pode estar
ajudando alguém a
quebrar as algemas do
ódio, do rancor, da
mágoa, da amargura; a
restabelecer uma
amizade, a plantar
sementes de amor e a
propagar o Evangelho; a
tornar este mundo menos
poluído e mais saudável.
18. Créditos:
texto e formatação: Nerivaldo
e-mail: nerivaldo.lopes@gmail.com
música: Forever you and I
(E.Cortazar)
data:
04.05.2006