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Índice

A vida
Materialismo histórico
Estrutura e superestrutura

As classes sociais
Mais-valia
ALIENAÇÃO

Fetichismo da mercadoria
Comunismo
Karl Heinrich Marx
(1818-1883)

foi o terceiro dos 7 filhos de uma família de judeus de classe media em Trier,
Alemanha. Estudou em Bonn, Berlim e Iena.

Karl Marx
(1818-1883)

Em 1842 mudou-se para Paris onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de
idéias por toda a vida Mudou-se para Londres onde se dedicou ao estudo das
relações econômicas. Durante toda a vida manteve uma intensa produção
acadêmica e envolvimento político. Suas idéias eram relativamente pouco
conhecidas em vida, mas tornaram-se muito famosas após sua morte, em 1883.
Suas obras mais importantes incluem: O capital, Manifesto do partido comunista,
Para a crítica da filosofia política
Principais idéias de
Marx
Materialismo histórico
A tese do materialismo histórico é de que as formas assumidas pela sociedade ao longo de sua
história dependem das relações econômicas predominantes em certas fases dela.
A personalidade humana é constituída intrinsecamente (em sua própria natureza) por relações de trabalho e de
produção de que o homem participa para prover às suas necessidades. A “consciência” do homem (suas crenças
religiosas, morais, políticas, etc.) é resultado dessas relações, e não seu pressuposto. Essa diferenciação pode ser
melhor entendida na sociedade a partir dos conceitos estrutura e superestrutura.
Estrutura e superestrutura
Para Marx a sociedade dividide-se em estrutura, formada pelas relações econômicas, trabalhistas e produtivas. Sobre o
fundamento da estrutura se ergue uma superestrutura, composta pelas normas, leis, ideologias, (filosofia, arte, religião, etc.)
Marx diz: “Em sua vida produtiva em sociedade, os homens participam de determinadas relações necessárias e independentes de sua
vontade: relações de produção que correspondem a certa fase de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. Esse conjunto de
relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, que é a base real sobre a qual se erige uma superestrutura jurídica e
política e à qual se correspondem determinadas formas sociais de consciência (...) Portanto, o modo de produção da vida material em geral
condiciona o processo da vida social, política e espiritual (Zur kritic der politischen ökonomie, 1859, p.17
As classes sociais
As desigualdades sociais são provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, as quais dividem os
homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das
classes sociais.
Há uma relação de exploração entre a classe dos proprietários, a burguesia, e a dos trabalhadores, o proletariado, porque a posse dos meios de produção, sob a forma legal
de propriedade privada, faz com que os trabalhadores, para assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao empresário capitalista, o qual se apropria
do produto do trabalho de seus operários. Essas mesmas relações são também de oposição e antagonismo porque os interesses de classe são inconciliáveis. O capitalista
deseja preservar seus direitos à propriedade dos meios de produção e dos produtos e à máxima exploração do trabalho do operário, seja reduzindo os salários, seja
ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, procura diminuir a exploração ao lutar por menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos
lucros.
Mais-valia
A organização da sociedade depende das
relações de produção e o acesso a esses meios
produtivos. Os que detém a posse dos meios de
produção podem apropriar-se do trabalho dos
que, não possuindo esses meios, só tem mesmo
a vender a sua força de trabalho para sobreviver.
Surge aí, a mais valia.

A mais-valia é um dos conceitos fundamentais
da economia de Marx. Uma vez que o valor
nasce do trabalho e outra coisa não é senão
trabalho materializado, se o empresário
retribuísse ao assalariado o valor total produzido
pelo seu trabalho, não existiria o fenômeno
puramente capitalista do dinheiro que gera
dinheiro. Mas como o empresário não retribui ao
assalariado aquilo que corresponde ao valor por
ele produzido, mas apenas o custo da sua força
de trabalho (o suficiente para produzi-la, o
mínimo vital), temos o fenômeno da mais-valia,
que é a parte do valor produzido pelo trabalho
assalariado da qual o capitalista se apodera
Alienação
Termo empregado por Marx nos seus textos para descrever a situação do operário no
regime capitalista. Segundo Marx a alienação é o processo pelo qual o homem se torna
alheio a si, a ponto de não se reconhecer.
A propriedade privada produz a alienação do operário tanto porque cinde a relação deste com o produto do
seu trabalho (que pertence ao capitalista), quanto porque o trabalho permanece exterior ao operário, não
pertence à sua personalidade, “logo, no seu trabalho, ele não se afirma, mas se nega, não se sente satisfeito,
mas infeliz... E somente fora do trabalho sente-se junto de si mesmo, e sente-se fora de si no trabalho”. Na
sociedade capitalista, o trabalho não é voluntário, mas obrigatório, pois não é satisfação de uma necessidade,
mas só um meio de satisfazer outras necessidades (Manuscritos econômico-filosóficos p.22)
Fetichismo da mercadoria
Inicialmente o termo fetichismo foi usado para descrever a crença que povos ditos primitivos possuíam de que os objetos
podem ser dotados de poderes mágicos, sobrenaturais. Marx, de uma forma provocativa e irônica aplica o conceito
sinalizado o papel que as mercadorias assumem na economia capitalista criando uma ilusão e atração “mágica”.
Comunismo
Marx acreditava que o capitalismo seria substituído por um radical socialismo que, em seu tempo, se
desenvolveria num comunismo –uma sociedade sem classes.

O comunismo pode ser resumido nos seguintes pontos fundamentais:
1) A personalidade humana depende da sociedade historicamente determinada a que pertence, e nada é fora de
independentemente da própria sociedade;
2) A estrutura de uma sociedade historicamente determinada depende das relações de produção e de trabalho próprias
dessa sociedade, que determinam todas as suas manifestações: moralidade, religião, filosofia, etc., alem das formas
de sua organização política. Esses dois pontos constituem a doutrina do materialismo histórico;
3) A luta de classes tem caráter permanente e necessário em toda e qualquer sociedade capitalista, isto é, em qualquer
sociedade cujos meios de produção sejam propriedade privada;
4) Depois de alcançar o ponto máximo de concentração de riquezas em poucas mãos e de empobrecimento e
nivelamento de todos os trabalhadores, a sociedade capitalista passa, necessária e inevitavelmente, para a sociedade
socialista, que possui e exerce diretamente os meios de produção e é, por isso, sem classes;
5) Existe um período de transição entre a sociedade capitalista e a sociedade comunista, durante o qual o proletariado
assumirá o poder e o exercerá assim como os capitalistas fizeram, em seu próprio proveito.
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Karl marx slides

  • 2. Índice A vida Materialismo histórico Estrutura e superestrutura As classes sociais Mais-valia ALIENAÇÃO Fetichismo da mercadoria Comunismo
  • 3. Karl Heinrich Marx (1818-1883) foi o terceiro dos 7 filhos de uma família de judeus de classe media em Trier, Alemanha. Estudou em Bonn, Berlim e Iena. Karl Marx (1818-1883) Em 1842 mudou-se para Paris onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias por toda a vida Mudou-se para Londres onde se dedicou ao estudo das relações econômicas. Durante toda a vida manteve uma intensa produção acadêmica e envolvimento político. Suas idéias eram relativamente pouco conhecidas em vida, mas tornaram-se muito famosas após sua morte, em 1883. Suas obras mais importantes incluem: O capital, Manifesto do partido comunista, Para a crítica da filosofia política
  • 5. Materialismo histórico A tese do materialismo histórico é de que as formas assumidas pela sociedade ao longo de sua história dependem das relações econômicas predominantes em certas fases dela. A personalidade humana é constituída intrinsecamente (em sua própria natureza) por relações de trabalho e de produção de que o homem participa para prover às suas necessidades. A “consciência” do homem (suas crenças religiosas, morais, políticas, etc.) é resultado dessas relações, e não seu pressuposto. Essa diferenciação pode ser melhor entendida na sociedade a partir dos conceitos estrutura e superestrutura.
  • 6. Estrutura e superestrutura Para Marx a sociedade dividide-se em estrutura, formada pelas relações econômicas, trabalhistas e produtivas. Sobre o fundamento da estrutura se ergue uma superestrutura, composta pelas normas, leis, ideologias, (filosofia, arte, religião, etc.) Marx diz: “Em sua vida produtiva em sociedade, os homens participam de determinadas relações necessárias e independentes de sua vontade: relações de produção que correspondem a certa fase de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. Esse conjunto de relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, que é a base real sobre a qual se erige uma superestrutura jurídica e política e à qual se correspondem determinadas formas sociais de consciência (...) Portanto, o modo de produção da vida material em geral condiciona o processo da vida social, política e espiritual (Zur kritic der politischen ökonomie, 1859, p.17
  • 7. As classes sociais As desigualdades sociais são provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, as quais dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais. Há uma relação de exploração entre a classe dos proprietários, a burguesia, e a dos trabalhadores, o proletariado, porque a posse dos meios de produção, sob a forma legal de propriedade privada, faz com que os trabalhadores, para assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus operários. Essas mesmas relações são também de oposição e antagonismo porque os interesses de classe são inconciliáveis. O capitalista deseja preservar seus direitos à propriedade dos meios de produção e dos produtos e à máxima exploração do trabalho do operário, seja reduzindo os salários, seja ampliando a jornada de trabalho. O trabalhador, por sua vez, procura diminuir a exploração ao lutar por menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros.
  • 8. Mais-valia A organização da sociedade depende das relações de produção e o acesso a esses meios produtivos. Os que detém a posse dos meios de produção podem apropriar-se do trabalho dos que, não possuindo esses meios, só tem mesmo a vender a sua força de trabalho para sobreviver. Surge aí, a mais valia. A mais-valia é um dos conceitos fundamentais da economia de Marx. Uma vez que o valor nasce do trabalho e outra coisa não é senão trabalho materializado, se o empresário retribuísse ao assalariado o valor total produzido pelo seu trabalho, não existiria o fenômeno puramente capitalista do dinheiro que gera dinheiro. Mas como o empresário não retribui ao assalariado aquilo que corresponde ao valor por ele produzido, mas apenas o custo da sua força de trabalho (o suficiente para produzi-la, o mínimo vital), temos o fenômeno da mais-valia, que é a parte do valor produzido pelo trabalho assalariado da qual o capitalista se apodera
  • 9. Alienação Termo empregado por Marx nos seus textos para descrever a situação do operário no regime capitalista. Segundo Marx a alienação é o processo pelo qual o homem se torna alheio a si, a ponto de não se reconhecer. A propriedade privada produz a alienação do operário tanto porque cinde a relação deste com o produto do seu trabalho (que pertence ao capitalista), quanto porque o trabalho permanece exterior ao operário, não pertence à sua personalidade, “logo, no seu trabalho, ele não se afirma, mas se nega, não se sente satisfeito, mas infeliz... E somente fora do trabalho sente-se junto de si mesmo, e sente-se fora de si no trabalho”. Na sociedade capitalista, o trabalho não é voluntário, mas obrigatório, pois não é satisfação de uma necessidade, mas só um meio de satisfazer outras necessidades (Manuscritos econômico-filosóficos p.22)
  • 10. Fetichismo da mercadoria Inicialmente o termo fetichismo foi usado para descrever a crença que povos ditos primitivos possuíam de que os objetos podem ser dotados de poderes mágicos, sobrenaturais. Marx, de uma forma provocativa e irônica aplica o conceito sinalizado o papel que as mercadorias assumem na economia capitalista criando uma ilusão e atração “mágica”.
  • 11. Comunismo Marx acreditava que o capitalismo seria substituído por um radical socialismo que, em seu tempo, se desenvolveria num comunismo –uma sociedade sem classes. O comunismo pode ser resumido nos seguintes pontos fundamentais: 1) A personalidade humana depende da sociedade historicamente determinada a que pertence, e nada é fora de independentemente da própria sociedade; 2) A estrutura de uma sociedade historicamente determinada depende das relações de produção e de trabalho próprias dessa sociedade, que determinam todas as suas manifestações: moralidade, religião, filosofia, etc., alem das formas de sua organização política. Esses dois pontos constituem a doutrina do materialismo histórico; 3) A luta de classes tem caráter permanente e necessário em toda e qualquer sociedade capitalista, isto é, em qualquer sociedade cujos meios de produção sejam propriedade privada; 4) Depois de alcançar o ponto máximo de concentração de riquezas em poucas mãos e de empobrecimento e nivelamento de todos os trabalhadores, a sociedade capitalista passa, necessária e inevitavelmente, para a sociedade socialista, que possui e exerce diretamente os meios de produção e é, por isso, sem classes; 5) Existe um período de transição entre a sociedade capitalista e a sociedade comunista, durante o qual o proletariado assumirá o poder e o exercerá assim como os capitalistas fizeram, em seu próprio proveito.