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Unidade Curricular: Tecnologia da Comunicação Educacional II
Instituição: Universidade do Minho
1º ano de Licenciatura em Educação (2012-2013)
Pensar QUEER:
Sexualidade, cultura
e educação.
Docente: Drª. Lia Raquel Oliveira
Discente(s): Ana Daniela Leite A63831
Andreia Machado A69983
Eliana da Silva A68273
Flávia Veiga A68289
Raquel Ribeiro A68291
Introdução
“O termo “queer” tem sido usado (…) para englobar os
termos “gay” e “lésbica”. Historicamente, “queer” tem sido
empregado para se referir, de forma depreciativa, às pessoas
homossexuais. (…).” (BUTLER, 2001)
“A teoria queer quer-nos fazer pensar queer
(homossexual, mas também diferente) e não straight
(heterossexual, mas também quadrado): ela nos obriga a
considerar o impensável, o que é proibido pensar, em vez
de simplesmente considerar o pensável, o que é permitido
pensar.” (SILVA, 2007, p.107)
Introdução
“Pensar Queer aceita os desafios da teoria queer na
educação interrogando os efeitos da representação pela
voz e pela visibilidade, a interação de conhecimentos e
de ignorâncias académicos e sociais e os aspetos
performativos das identidades e práticas queer.”
(Sinopse do Livro Pensar QUEER, 2007)
Capítulo IV: Transgressão e o corpo localizado:
género, sexo e o professor homossexual.
Eric Roffes
Apresentação do Professor
“Sou um professor homossexual de
meia-idade….” (Página 107)
Vive no primeiro bairro homossexual dos
Estados Unidos.
Vive uma dualidade de sentimentos.
Interesses e Objetivos
Interessa-se pelos aspetos da liberalização
homossexual.
Interessa-se em desenvolver, explorar e afirmar
modelos de parentesco que não se baseiem na
família “tradicional”.
Tem por objetivo ilustrar, neste capítulo, como os
homossexuais se representam no discurso público.
Meta que pretende atingir …
“… o meu objetivo é oferecer uma
possibilidade de entre muitas que permita
que as identidades do professor
homossexual se manifestem libertas do
fardo do estigma e da
vergonha, conseguindo desempenhar um
papel transformativo na mudança social
da educação.” (Página 113)
O discurso dos professores
Homossexuais
“Quando dizemos que ‘valorizamos a diversidade’, será que isso
significa que procuramos criar lugares onde as pessoas de diferentes
géneros, raças, classes e identidades sexuais se podem juntar e
trazer com elas os contributos sociais e culturais que as caracteriza
como diferentes, invulgares, transgressivas? Ou será que significa
que gostamos do conceito de diversidade, mas na
prática, pretendemos encobrir, ajustar ou ignorar as diferenças
culturais?” (página 114)
Testemunho
de
Professores
homossexuai
s assumidos.
Desemprego;
Ofensas verbais e corporais;
Ameaças de ação punidas;
Outras…
A explicação para isto
acontecer…
Relativamente à Educação, o professores são considerados “um
grupo notoriamente conservador”. (Lortie, 1975) (página 115)
A Educação centra-se na Reprodução Social que é a norma, como:
E não como:
Diferenças notórias de um casal tradicional
para casais homossexuais
“Pelo menos, no papel, os professores homossexuais (…)
não têm relações sexuais em parques ou áreas de descanso
das Autoestradas e não se embelezam aos sábados à noite
para irem aos bares.” (página 116)
Isto acontece como modo se silenciar os atos
transgressivos.
Nesta fase, confessa que escreveu em 1985 um livro (que publicou).
Neste livro descreve uma fase da sua vida em que foi professor
(tinha os seus 28 anos) e narra que dois anos após ter sido
contratado, foi dispensado. Face ao tema pergunto-vos se
conseguem imagina o porque desta dispensa.
“Hoje em dia, fico impressionado
com os silêncios contínuos sobre o
sexo e o género, que continuam a
dominar os discursos dos
professores homossexuais.”
(Página 120)
Duas situações difíceis na sala
de aula:
Representar a masculinidade
O professor
Mede 1,93 cm, tem pêlos e
barba, voz grossa, cabelo
curto e frequenta um ginásio
Pode cruzar as pernas, utilizar
uma voz mais suave e fazer
gestos mais expressivos
“Energia de
macho”
“Energia de
fêmea”
“Os professores homossexuais têm muito em jogo ao
desenvolver uma “estratégia dessexualizada”. (página 125)
O sexo, o corpo e a sala de aula
Os homossexuais que têm profissões mais “reconhecidas” pela
sociedade, por exemplo, serviços médicos e professores têm duas
opções:
“ter um amante e representar
um tipo de casal que se
aproxima do padrão
heteronormativo” (página 125)
a dessexualização, a repressão
das nossas energias eróticas e a
refutação dos estereótipos do
homossexual obcecado pelo
sexo” (página 125)
“Como deverei reagir quando reconheço um antigo ou um
atual aluno numa casa de banho pública, num sex club, ou
quando estou no chat do AOL?” (página 127)
“ (...) se a pedagogia crítica se prende em adquirir
coletivamente um conhecimento aprofundado de
como as forças sociais e politicas interagem com a
nossa vida e ajudam a desenvolver as nossas
identidades, práticas socias e comunidades, então
silenciar, evitar ou despersonalizar/desincorporar o
sexo pode funcionar como a afirmação e a
materialização de um statu quo perigoso e
opressivo.” (página 130)
Conclusões retiradas a partir do
Capítulo IV
O não falar de sexo constitui “um controlo social”.
A universidade ainda é um local de formação e
educação.
Vivemos numa sociedade democrática que deveria
ser tolerante e liberal, onde a singularidade deveria
ser respeitada.
11
Capítulos Complementares
analisados:
Capítulo 1. O pé esquerdo de Dante atira a teoria queer para a
engrenagem.
Marla Morris
Capítulo 2. Política de identidade, resposta institucional e negociação
cultural: Significados de um gabinete homossexual e lésbico num campus.
Susan Talburt
Capítulo 5. Do armário ao curral: neo-estereotipia em In & Out.
Shirley R. Steinberg
Capítulo 6. Escolhendo alternativas ao Well of loneliness.
Rob Linné
Capítulo 7. Nutrindo imagens, paredes sussurrantes: intersecções de
identidades e ampliação de poderes no local de trabalho académico.
Townsand Prince-Spratlen
Capítulo 1. O pé esquerdo de Dante atira a teoria queer para a
engrenagem.
Marla Morris
Identidade
Queer
“Lidar com a complexidade e ambiguidade
que rodeiam a noção do que poderá
significar ser uma pessoa”
“Ele fez do peito os seus ombros e como desejava tanto ver
mais longe, olha para trás e anda para trás”
Teoria
Queer
“…surgiu como uma reação e forma de
resistência ao olhar indiferente do não
fazer nada, não ver nada, não ouvir nada”
(pág.25)
“… ensina que a identidade é uma
construção cultural” (pág. 26)
“… o ser natural é o que age de acordo com as leis de
Deus” (pág. 27)
O desejo Queer é
instável;
Os teóricos
Queer insistem
que não existe
um sexo nuclear;
A teoria Queer
tenta separar o
sexo do género;
“Quem compra
seguros de vida?
(…) Quem
compra carros?
(...)” (pág.34)
Casais
heterossexuais,
brancos de
classe média.
Os Queer
não!
“A abordagem da universidade
para com aqueles que
investigam na área de queer é
frequente e previsivelmente
homofóbica” (pág. 35)
Capítulo 2. Política de identidade, resposta institucional e negociação cultural:
Significados de um gabinete homossexual e lésbico num campus.
Susan Talbut
- Este capítulo fala da necessidade de resposta institucional
na criação de um gabinete de apoio homossexual e lésbico
para os alunos da Universidade Liberal U, uma vez que este
tema era tabu.
“ A constituição de organização estudantis, serviços de apoio
e aconselhamento, e o aparecimento de disciplinas sobre
homossexuais e lésbicas têm sido as formas predominantes
da mudança académica e social no campus” [pp.46]
Existem duas posições relativamente à criação do gabinete
homossexual e lésbico no campus:
apoiantes oposição
Os apoiantes da
criação deste
gabinete;
Os outros
defendem que a
universidade com
isto perde a sua
credibilidade;
Capítulo 5. Do armário ao curral: neo-estereotipia em In & Out.
Shirley R. Steinberg
- Em Hollywood, os escritores criam formas de levar a queeridade
aos espetadores.
- Objetivo? Incluir numa pedagogia os seguintes três fatores:
Estereotipia Homofobia
Dessexualização da Homossexualidade
- Os filmes são discriminados.
- O exemplo concreto que este capítulo nos traz é de Paul Rudnick.
- Escreve argumentos sobre este tema, tendo como objetivo:
“(…) tornar a homossexualidade agradável e “não tão má”.” (página 136)
- Rudnick aproveitou a sua figura enquanto homossexual para passar a
mensagem no filme In & Out de 1997.
- O objetivo deste filme era que os espetadores passassem a tomar a
homossexualidade como algo normal.
- Contudo este objetivo falha e em vez de passar a existir a
normalização, surge o ódio pelos homossexuais.
- Um dos fatores que dá origem a este ódio é o facto de o filme
associar o ridículo ao Homossexual. Pois pela forma como nos
descreve no filme, a homossexualidade é associada aos “modos
afeminados”.
Sentimento
do autor:
“O único momento do filme que poderia
legitimar a homossexualidade como um
estilo de vida amoroso e sexual afunda-
se numa desconcertante e débil
conclusão que nos deixa vazios. O
heterossexismo é reinscrito e
fortalecido.”
Capítulo 6. Escolhendo alternativas ao Well of loneliness.
Rob Linné
Centra-se na homossexualidade e na forma como esta é
retratada em livros e filmes.
A personagem homossexual é tratada como
inútil e ineficaz.
O estudo de Cart mostra-nos a tendência perturbadora de
jovens personagens homossexuais serem vítimas de ações
violentas ou acabarem mesmo por morrer, sendo este o final
das histórias ou então da pessoa que estes amavam.
Fouss
Analisa treze (13)
textos.
Traça a trajetória da
identidade sexual de
vinte e uma
personagens.
Destas vinte e uma personagens que
questionam a sua sexualidade e que se
envolvem em atos
homossexuais, apenas onze
permanecem personagens
homossexuais no final da história.
Capítulo 7. Nutrindo imagens, paredes sussurrantes:
intersecções de identidades e ampliação de poderes no local de
trabalho académico.
Townsand Prince-Spratlen
Este capítulo mostra que a decoração do
gabinete de um professor diz muito da sua
personalidade.
A decoração do gabinete do professor
ensinam o visitante e o próprio professor.
Fim da Apresentação…
Dúvidas? Se existirem, coloquem-
nas!
Referências Bibliográficas
Talburt, Susan & Steinberg, Shirley R. (Orgs.) (2007). Pensar Queer:
sexualidade, cultura e educação. Mangualde: Edições Pedago
Roffes, E. (2007). Transgressão e o corpo localizado: género, sexo e o
professor homossexual. In S.Talburt & S. Steinberg (Orgs.) Pensar Queer:
sexualidade, cultura e educação. Mangualde. Pp. 107-133
Castro, Maria Cecília. Currículo e a Teoria de Queer: na perspectiva de um
curso de formação de professores. Agência Financiadora: CAPES

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Sexualidade, identidade e representação na educação

  • 1. Unidade Curricular: Tecnologia da Comunicação Educacional II Instituição: Universidade do Minho 1º ano de Licenciatura em Educação (2012-2013) Pensar QUEER: Sexualidade, cultura e educação. Docente: Drª. Lia Raquel Oliveira Discente(s): Ana Daniela Leite A63831 Andreia Machado A69983 Eliana da Silva A68273 Flávia Veiga A68289 Raquel Ribeiro A68291
  • 2. Introdução “O termo “queer” tem sido usado (…) para englobar os termos “gay” e “lésbica”. Historicamente, “queer” tem sido empregado para se referir, de forma depreciativa, às pessoas homossexuais. (…).” (BUTLER, 2001) “A teoria queer quer-nos fazer pensar queer (homossexual, mas também diferente) e não straight (heterossexual, mas também quadrado): ela nos obriga a considerar o impensável, o que é proibido pensar, em vez de simplesmente considerar o pensável, o que é permitido pensar.” (SILVA, 2007, p.107)
  • 3. Introdução “Pensar Queer aceita os desafios da teoria queer na educação interrogando os efeitos da representação pela voz e pela visibilidade, a interação de conhecimentos e de ignorâncias académicos e sociais e os aspetos performativos das identidades e práticas queer.” (Sinopse do Livro Pensar QUEER, 2007) Capítulo IV: Transgressão e o corpo localizado: género, sexo e o professor homossexual. Eric Roffes
  • 4. Apresentação do Professor “Sou um professor homossexual de meia-idade….” (Página 107) Vive no primeiro bairro homossexual dos Estados Unidos. Vive uma dualidade de sentimentos.
  • 5. Interesses e Objetivos Interessa-se pelos aspetos da liberalização homossexual. Interessa-se em desenvolver, explorar e afirmar modelos de parentesco que não se baseiem na família “tradicional”. Tem por objetivo ilustrar, neste capítulo, como os homossexuais se representam no discurso público.
  • 6. Meta que pretende atingir … “… o meu objetivo é oferecer uma possibilidade de entre muitas que permita que as identidades do professor homossexual se manifestem libertas do fardo do estigma e da vergonha, conseguindo desempenhar um papel transformativo na mudança social da educação.” (Página 113)
  • 7. O discurso dos professores Homossexuais “Quando dizemos que ‘valorizamos a diversidade’, será que isso significa que procuramos criar lugares onde as pessoas de diferentes géneros, raças, classes e identidades sexuais se podem juntar e trazer com elas os contributos sociais e culturais que as caracteriza como diferentes, invulgares, transgressivas? Ou será que significa que gostamos do conceito de diversidade, mas na prática, pretendemos encobrir, ajustar ou ignorar as diferenças culturais?” (página 114) Testemunho de Professores homossexuai s assumidos. Desemprego; Ofensas verbais e corporais; Ameaças de ação punidas; Outras…
  • 8. A explicação para isto acontecer… Relativamente à Educação, o professores são considerados “um grupo notoriamente conservador”. (Lortie, 1975) (página 115) A Educação centra-se na Reprodução Social que é a norma, como: E não como:
  • 9. Diferenças notórias de um casal tradicional para casais homossexuais “Pelo menos, no papel, os professores homossexuais (…) não têm relações sexuais em parques ou áreas de descanso das Autoestradas e não se embelezam aos sábados à noite para irem aos bares.” (página 116) Isto acontece como modo se silenciar os atos transgressivos. Nesta fase, confessa que escreveu em 1985 um livro (que publicou). Neste livro descreve uma fase da sua vida em que foi professor (tinha os seus 28 anos) e narra que dois anos após ter sido contratado, foi dispensado. Face ao tema pergunto-vos se conseguem imagina o porque desta dispensa.
  • 10. “Hoje em dia, fico impressionado com os silêncios contínuos sobre o sexo e o género, que continuam a dominar os discursos dos professores homossexuais.” (Página 120)
  • 11. Duas situações difíceis na sala de aula: Representar a masculinidade O professor Mede 1,93 cm, tem pêlos e barba, voz grossa, cabelo curto e frequenta um ginásio Pode cruzar as pernas, utilizar uma voz mais suave e fazer gestos mais expressivos “Energia de macho” “Energia de fêmea” “Os professores homossexuais têm muito em jogo ao desenvolver uma “estratégia dessexualizada”. (página 125)
  • 12. O sexo, o corpo e a sala de aula Os homossexuais que têm profissões mais “reconhecidas” pela sociedade, por exemplo, serviços médicos e professores têm duas opções: “ter um amante e representar um tipo de casal que se aproxima do padrão heteronormativo” (página 125) a dessexualização, a repressão das nossas energias eróticas e a refutação dos estereótipos do homossexual obcecado pelo sexo” (página 125) “Como deverei reagir quando reconheço um antigo ou um atual aluno numa casa de banho pública, num sex club, ou quando estou no chat do AOL?” (página 127)
  • 13. “ (...) se a pedagogia crítica se prende em adquirir coletivamente um conhecimento aprofundado de como as forças sociais e politicas interagem com a nossa vida e ajudam a desenvolver as nossas identidades, práticas socias e comunidades, então silenciar, evitar ou despersonalizar/desincorporar o sexo pode funcionar como a afirmação e a materialização de um statu quo perigoso e opressivo.” (página 130)
  • 14. Conclusões retiradas a partir do Capítulo IV O não falar de sexo constitui “um controlo social”. A universidade ainda é um local de formação e educação. Vivemos numa sociedade democrática que deveria ser tolerante e liberal, onde a singularidade deveria ser respeitada.
  • 15.
  • 16. 11 Capítulos Complementares analisados: Capítulo 1. O pé esquerdo de Dante atira a teoria queer para a engrenagem. Marla Morris Capítulo 2. Política de identidade, resposta institucional e negociação cultural: Significados de um gabinete homossexual e lésbico num campus. Susan Talburt Capítulo 5. Do armário ao curral: neo-estereotipia em In & Out. Shirley R. Steinberg Capítulo 6. Escolhendo alternativas ao Well of loneliness. Rob Linné Capítulo 7. Nutrindo imagens, paredes sussurrantes: intersecções de identidades e ampliação de poderes no local de trabalho académico. Townsand Prince-Spratlen
  • 17. Capítulo 1. O pé esquerdo de Dante atira a teoria queer para a engrenagem. Marla Morris Identidade Queer “Lidar com a complexidade e ambiguidade que rodeiam a noção do que poderá significar ser uma pessoa” “Ele fez do peito os seus ombros e como desejava tanto ver mais longe, olha para trás e anda para trás” Teoria Queer “…surgiu como uma reação e forma de resistência ao olhar indiferente do não fazer nada, não ver nada, não ouvir nada” (pág.25) “… ensina que a identidade é uma construção cultural” (pág. 26)
  • 18. “… o ser natural é o que age de acordo com as leis de Deus” (pág. 27) O desejo Queer é instável; Os teóricos Queer insistem que não existe um sexo nuclear; A teoria Queer tenta separar o sexo do género; “Quem compra seguros de vida? (…) Quem compra carros? (...)” (pág.34) Casais heterossexuais, brancos de classe média. Os Queer não! “A abordagem da universidade para com aqueles que investigam na área de queer é frequente e previsivelmente homofóbica” (pág. 35)
  • 19. Capítulo 2. Política de identidade, resposta institucional e negociação cultural: Significados de um gabinete homossexual e lésbico num campus. Susan Talbut - Este capítulo fala da necessidade de resposta institucional na criação de um gabinete de apoio homossexual e lésbico para os alunos da Universidade Liberal U, uma vez que este tema era tabu. “ A constituição de organização estudantis, serviços de apoio e aconselhamento, e o aparecimento de disciplinas sobre homossexuais e lésbicas têm sido as formas predominantes da mudança académica e social no campus” [pp.46]
  • 20. Existem duas posições relativamente à criação do gabinete homossexual e lésbico no campus: apoiantes oposição Os apoiantes da criação deste gabinete; Os outros defendem que a universidade com isto perde a sua credibilidade;
  • 21. Capítulo 5. Do armário ao curral: neo-estereotipia em In & Out. Shirley R. Steinberg - Em Hollywood, os escritores criam formas de levar a queeridade aos espetadores. - Objetivo? Incluir numa pedagogia os seguintes três fatores: Estereotipia Homofobia Dessexualização da Homossexualidade - Os filmes são discriminados. - O exemplo concreto que este capítulo nos traz é de Paul Rudnick. - Escreve argumentos sobre este tema, tendo como objetivo: “(…) tornar a homossexualidade agradável e “não tão má”.” (página 136)
  • 22. - Rudnick aproveitou a sua figura enquanto homossexual para passar a mensagem no filme In & Out de 1997. - O objetivo deste filme era que os espetadores passassem a tomar a homossexualidade como algo normal. - Contudo este objetivo falha e em vez de passar a existir a normalização, surge o ódio pelos homossexuais. - Um dos fatores que dá origem a este ódio é o facto de o filme associar o ridículo ao Homossexual. Pois pela forma como nos descreve no filme, a homossexualidade é associada aos “modos afeminados”. Sentimento do autor: “O único momento do filme que poderia legitimar a homossexualidade como um estilo de vida amoroso e sexual afunda- se numa desconcertante e débil conclusão que nos deixa vazios. O heterossexismo é reinscrito e fortalecido.”
  • 23. Capítulo 6. Escolhendo alternativas ao Well of loneliness. Rob Linné Centra-se na homossexualidade e na forma como esta é retratada em livros e filmes. A personagem homossexual é tratada como inútil e ineficaz. O estudo de Cart mostra-nos a tendência perturbadora de jovens personagens homossexuais serem vítimas de ações violentas ou acabarem mesmo por morrer, sendo este o final das histórias ou então da pessoa que estes amavam.
  • 24. Fouss Analisa treze (13) textos. Traça a trajetória da identidade sexual de vinte e uma personagens. Destas vinte e uma personagens que questionam a sua sexualidade e que se envolvem em atos homossexuais, apenas onze permanecem personagens homossexuais no final da história.
  • 25. Capítulo 7. Nutrindo imagens, paredes sussurrantes: intersecções de identidades e ampliação de poderes no local de trabalho académico. Townsand Prince-Spratlen Este capítulo mostra que a decoração do gabinete de um professor diz muito da sua personalidade. A decoração do gabinete do professor ensinam o visitante e o próprio professor.
  • 26. Fim da Apresentação… Dúvidas? Se existirem, coloquem- nas!
  • 27. Referências Bibliográficas Talburt, Susan & Steinberg, Shirley R. (Orgs.) (2007). Pensar Queer: sexualidade, cultura e educação. Mangualde: Edições Pedago Roffes, E. (2007). Transgressão e o corpo localizado: género, sexo e o professor homossexual. In S.Talburt & S. Steinberg (Orgs.) Pensar Queer: sexualidade, cultura e educação. Mangualde. Pp. 107-133 Castro, Maria Cecília. Currículo e a Teoria de Queer: na perspectiva de um curso de formação de professores. Agência Financiadora: CAPES