SlideShare a Scribd company logo
1 of 63
Organização e gestão do desporto
Módulo 2: Introdução à Gestão do Desporto
Do Desporto à Gestão do Desporto
Do Desporto à Gestão do Desporto
“Até à Segunda Guerra Mundial um gestor era ainda definido como
alguém que era responsável pelo trabalho dos subordinados.
No início dos anos 50 um gestor era responsável pela atuação das
pessoas.
Hoje, um gestor é alguém que é responsável pela aplicação do saber e
respetivo desempenho”.
(Peter Drucker)
Evolução das Escolas dos Gestores
Razões para o seu estudo (abordagem simplificada)
As questões culturais de cada tempo têm conferido aspetos específicos aos modelos de
gestão que careterizam cada época.
Compreender é comparar, é ter a capacidade de discernir em relação a um passado, a
evolução no tempo das grandes tendências organizacionais. (...)
É também em ralação a um tempo presente, a capacidade de comparar, articular e integrar
os aspetos mais relevantes que conduzem os homens e as empresas na orgamnização do
futuro”.
(Pires, G.)
Evolução das Escolas dos Gestores
Razões para o seu estudo (abordagem simplificada)
Para percebermos o conceito de GESTÃO DO DESPORTO, importa analisar as diferentes
escolas de gestão existentes ao longo da história.
As diferentes abordagens organizacionais ao longo dos tempos têm trazido para a Gestão
do Desporto referências e formas de atuar nesta área científica que é a GESTÃO DO
DESPORTO.
A Gestão do Desporto e a interface de conhecimento
CIÊNCIAS
DA
GESTÃO
CIÊNCIAS
DO
DESPORTOGESTÃO DO
DESPORTO
Evolução das Escolas dos Gestores
Diferentes perspetivas
Existem um conjunto de perspetivas que caraterizam a maneira como as organizações
foram geridas ou administradas ao longo do tempo:
1| Perspetiva clássica
2| Perspetiva psicossociológica
3| Perspetiva estruturalista
4| Perspetiva sistémica
5| Perspetiva contigencial
(Pires, G.)
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Foi a primeira escola a tratar de uma forma concreta as verdadeiras funções do gestor,
enquanto administrador.
Esta escola também é conhecida por Teoria Geral da Administração.
A esta escola ficam ligados, essencialmente dois autores: Frederick Taylor (1865-1917) e
Henri Fayol (1884-1925) que foi o seu mais importante criador/representante, tendo-se
salientado, não por ter sido o primeiro a estudar o comportamento dos gestores, mas sim
por ser o primeiro a sistematizar esse estudo.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Frederick Taylor
A perspetiva clássica da gestão enquadra os aspetos da organização que podem ser
comparados ao funcionamento de uma máquina.
A partir da racionalização do trabalho no centro operacional da organização pode-se
influenciar e reorganizar toda ela a partir do topo da estrutura.
Nenhuma organização pode dispensar totalmente os processos de gestão sustentados na
perspetiva “máquina”, ou seja, todas as organizações têm necessidade de rotinas que lhe
permitam viver sem estar todos os dias a inventar tudo de novo.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Frederick Taylor
A gestão das organizações deve basear-se em quatro princípios (de Taylor):
1. Desenvolvimento de um espírito científico e construção de uma ciência do trabalho
2. Seleção e formação dos operários, segundo um método científico
3. Informação aos operários dos seus próprios resultados de forma a provocar um maior
interesse pela produção
4. Equidade na divisão do trabalho e da responsabilidade entre os operários.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Para Taylor, os elementos da administração científica eram os seguintes:
- Estudo do tempo e dos movimentos
- Sistema de classificação de produtos
- Criação de sistemas de rotinas de trabalho
- Padronização de ferramentas e instrumentos
- Planeamento das tarefas e cargos
- Fichas de instruções de serviços
- Supervisão funcional
- Prémios de produção.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Tanto no mundo das empresas como no mundo do desporto o taylorismo ainda está
presente nos métodos de trabalho desenvolvidos.
No que diz respeito ao desporto formal direcionado para o rendimento e para o espetáculo,
Taylor é bem o treinador de muitas equipas que competem por esse mundo fora.
O estudo e a aplicação estandartizada de tempos e movimentos em relação a
determinados objetivos que se desejam atingir, continua a ser de fundamental utilidade na
organização do trabalho através da implementação de rotinas e de formas jogadas
(coordenação do trabalho, conjugação do trabalho, fluxos de trabalho) nas equipas de
jogos desportivos coletivos.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Contudo, não se pode esperar que de uma forma automática as transformações de
qualidade conseguidas no processo de produção que acontecem no centro operacional
subam até ao vértice estratégico das mesmas. (Pires, G)
Numa segunda fase do discurso de Taylor, este autor considerou que o estudo do perfil do
posto de trabalho deveria ser acompanhado a nível da estruturação da própria empresa
para que os seus princípios pudessem de facto ser aplicados.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Pese embora os aspetos positivos na abordagem da organização do trabalho por parte de
Taylor que ainda hoje são considerados quando se trata de organizar rotinas, existem,
contudo, aspetos negativos que não devem ser ignorados:
- Visão simplista do homem ignorando toda a sua complexidade e individualidade
- Análise microscópica do indivíduo já que foi reduzido a uma simples peça de uma
máquina
- Organização mecanicista do trabalho, ignorando outras estruturas formais e informais
que se desenvolvem dentro das organizações
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
- Especialização exagerada das funções, provocando uma desumanização completa da
organização do trabalho. (Taylor chegou mesmo a perguntar ”porque diabo é que
sempre que preciso de dois braços, aparece-me uma cabeça em cima?”
- Visão limitada e parcial da organização, ignorando que elas funcionam num sistema
social do qual recebem e transmitem influências.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
A investigação de Fayol (1950), consistiu em estudar a estrutura organizacional das
empresas (Teoria da departamentalização). A partir daí podia com maior exatidão
determinar as funções básicas da empresa.
Dividiu as operações empresariais em seis atividades fundamentais:
i) funções técnicas,
ii) comerciais,
iii) financeiras,
iv) de segurança,
v) contabilidade e
vi) administrativas.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
As funções da gestão ou administrativas eram as seguintes:
1. Prever, de forma a preparar o futuro (planeamento)
2. Organizar (obter todos os recursos humanos, materiais e financeiros necessários)
3. Comandar (necessidade de melhor tirar partido das caretarísticas individuais dos
reursos humanos da empresa)
4. Coordenar (para integrar e harmonizar todas as políticas a desenvolver na empresa)
5. Controlar (verificar se tudo se passou conforme estava planeado).
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
No seu conjunto formam o chamado processo administrativo e estão ligadas à atividade
dos gestores, qualquer que seja o nível em que este opere.
No entanto, podemos compreeder que uma coisa é aquilo que compete aos gestores,
outra a maneira como a organização está estruturada.
Na realidade o que tem sido constatado é que, de uma maneira geral, não existe uma
coincidência directa.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Fayol sugere 14 princípios gerais para a gestão:
1| Divisão do trabalho: a especialização leva a um maior conhecimento das suas
funções.
2| Autoridade : o direito de dar ordens e o poder de se fazer obedecer.
3| Disciplina : o sucesso obtém-se do esforço comum. Podem ser dados incentivos
ou se necessárias penalizações.
4| Unidade de Comando : cada trabalhador não deve receber ordens de mais que
uma pessoa.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Fayol sugere 14 princípios gerais para a gestão:
5| Unidade de direção: a empresa deve ser orientada para um objetivo comum,
numa direção bem definida.
6| Subordinação do interesse individual ao coletivo : a organização como um todo
está sempre por cima dos interesses individuais de cada um.
7| Remuneração : a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa quer para
quem a recebe, quer para quem paga.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Princípios gerais para a gestão (cont.):
8| Centralização : a gestão mais centralizada ou descentralizada depende das
condições específicas da organização.
9| Cadeia de comando : deve existir uma ordem de escalões desde o gestor de topo
aos níveis mais baixos da hierarquia.
10| Ordem : os materiais e as pessoas devem estar nos lugares certos, nas
horas certas.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Princípios gerais para a gestão (cont.):
11| Equidade : todos os funcionários devem ser tratados de igual maneira.
12| Estabilidade de emprego : evitar a rotatividade de funcionários, prevenindo uma
eventual quebra de eficiência da empresa.
13| Iniciativa : promover e incentivar as iniciativas dos trabalhadores.
14| Espírito de equipa : promover o espírito de equipa fortalecendo a unidade da
organização.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
As grandes críticas desta escola são as seguintes:
A| Era difícil para um gestor identificar o momento em que coordenava ou qual a
quantidade de coordenação realizada durante o dia.
B| Esta escola indicava ao gestor o que devia fazer, mas não conseguia determinar o
que ele faz na realidade.
C| Segundo Mintzberg as quatro palavras que dominaram o vocabulário de gestão
(planeia, organiza, coordena e controla) dizem muito pouco acerca daquilo que os
gestores fazem na realidade.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Clássica
Intemporalidade
Para Fayol as organizaões eram máquinas governadas por leis universais, pelo que tinham
que ser as pessoas a adaptar-se ao sistema. De certa maneira a afirmação continua a ser
válida na medida em que, nos dias de hoje, continuam a ser aplicados os princípios de
Fayol não só ao mundo das empresas como ao mundo do desporto, em tudo aquilo que
tem a ver com a institucionalização de rotinas necessárias à vida em comum.
Contudo, é bom que se entenda que a gestão não para aqui.
(Pires, G.)
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Esta perspetiva decorre das teorias relacionadas com as relações humanas. Surgiu em
contraponto às perspetivas centradas nas tarefas dos trabalhadores (Taylor) ou nas
estruturas das organizações (Fayol) desenvolvidas pela escola clássica.
Nestas teorias o homem era preterido não só em relação às tarefas e à máquina como em
relação às próprias estruturas da organização.
As preocupações passaram, então, a estar centradas nas pessoas e nos seus
comportamentos.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Mary Parker Follet
Procurou humanizar a organização do trabalho.
Defendia que a forma mais viável de controlo era a coordenação.
Para ela a questão não está em controlar as pessoas mas sim em controlar factos, dando
abertura a uma questão que só viria a ter viabilidade muitos anos mais tarde: a gestão do
conhecimento.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Mary Parker Follet
Na perspetiva atual da gestão do conhecimento, um gestor decide bem, plaeia bem e
implementa bem, desde que o faça sustentado em modelos teóricos de análise da
realidade que lhe permitam, numa oportunidade posterior, decidir melhor, planear melhor e
implementar melhor.
Para decidir são necessários dados, que devem ser transformados em informação e esta,
ao ser contextualizada deve ser transformada em conhecimento.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
George Elton Mayo
Ficou conhecido pelo seu trabalho no domínio da influência das relações sociais e da
motivação na performence de grupos.
O principal contributo tem a ver com as descobertas de todo um conjunto de
fundamentações não económicas que podem envolver e justificar o trabalho humano.
No interior das organizações formais existem outras, por vezes numerosas, que são as
organizações informais, que em determinadas circunstâncias podem melhorar
consideravelmente a produtividade das primeiras.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
George Elton Mayo
Os grupos informais criam na organização uma atmosfera de cooperação espontânea que
melhora significativamente o ambiente de tranalho.
Deste modo, trata-se de descobrir a melhor maneira de enquadrar e promover a
participção das pessoas nos objetivos e nos trabalhos das organizações.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Chester Barnard
Iniciou a reflexão sobre a problemática da motivação nas organizações.
O diretor de uma organização deve em primeira instância ter como missão fazer passar os
valores e os objetivos da organização.
Sintetizou as suas ideias relativas à gestão em três princípios básicos:
1. Estabelecer a menter um sistema eficiente de comunicações
2. Motivar os trabalhadores quanto aos objetivos da organização
3. Definir os objetivos da organização duma perspetiva compreensível para todos.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Chester Barnard
Preconizava, ainda, como funções de gestão, aquilo a que designava por sistema de
manutenção:
1. Canais de comunicação
2. Acesso a um canal formal de comunicação
3. Linhas de comunicação tão curtas quanto possível
4. Manutenção da moral
5. Manutenção de esquema de incentivos
6. Manutenção do controlo, tais como supervisão, controlo, inspeções, educação, treino,
de forma a viabilizar um sistema cooperativo.
Perspetivou os aspetos informais de uma organização, estabelecendo um equilíbrio com os
formais, até então priviligiados.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Abraham Maslow
Com a hierarquia das necessidades, termo inventado pelo autor para compreender os
caminhos da motivação humana.
O autor considera existirem cinco níveis de necessidades:
1. Fisiológicas
2. Segurança
3. Sociais
4. Pessoais
5. Auto-realização
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Princípios da escola psicossociológica
O trabalho é uma atividade tipicamente grupal.
Os indivíduos não reagem isoladamente, mas como mebros de um grupo social.
A tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de compreender e de
comunicar.
A pessoa é motivada pela necessidade de estar junto, de ser reconhecida e de receber
adequada comunicação.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Princípios da escola psicossociológica
Motivação humana – necessidades humanas.
Ciclo motivacional – sistemas de frsuatação e compensação.
Moral e a atitude acima de tudo.
Liderança baseada no conhecimento, na confiança e partilhada.
Comunicação e redes de comunicação.
Organização informal – dinâmica de grupo.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Psicossociológica
Críticas à escola das relações humanas
Afastamento radical da teoria clássica.
Sobrevalorização das questões individuais.
Perspetiva ingénua das pessoas.
Distorção da importância dos grupos informais.
Desequilíbrio nas relações humanas.
Parcialização de conclusões.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
Surge nos anos 40 do século passado, quando as escolas clássica e psicossociológica já
não satisfaziam as necessidades das organizações.
O autor mais ligado a esta escola é o de Max Weber.
Para Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência.
A racionalidade da organização do trabalho requere esforço, empenho e rigor, na justa
medida. No caso de défice cai-se na desorganização; no caso de excesso cai-se na
burocracia, ou seja, em procedimentos mais ou menos inúteis que só servem para
complicar a vida das organizações e das pessoas.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
Só que segundo Weber, numa perspetiva sociológica, a burocracia significava um sistema
de administração executado numa base de continuidade por profissionais treinados de
acordo com regras prescritas.
No entanto, alguns daqueles que dela se têm vindo a servir é que, muitas vezes, a
transformam em processos de inutilidade, com um dispêndio de recursos humanos,
materiais e financeiros absolutamente desnecessários.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
A burocracia, segundo Weber apresenta as seguintes caraterísticas:
- Legalidade das normas
- Formalidade dos procedimentos
- Racionalidade na divisão do trabalho
- Impessoalidade nas relações humanas
- Hierarquia de autoridade
- Rotinas e procedimentos estandardizados
- Competência técnica e meritocracia
- Especialização da gestão separada ada propriedade
- Profissionalização dos participantes
- Completa previsibilidade do funcionamento
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
Vantagens das medidas apontadas anteriormente (Beetham, D., 1988):
Racionalidade – naquilo que respeita à possibilidade dos objetivos poderem ser
alcançados
Precisão – quanto à definição do perfil do cargo e dos seus próprios deveres
Unidade – na interpretação da regulamentação
Informação – discreta já que só é fornecida a quem a ela tem direito
Uniformidade – de rotinas e de procedimentos
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
Vantagens das medidas apontadas anteriormente (Beetham, D., 1988):
Continuidade – da organização no sentido em que os seus quadros devem ser renovados
Seleção de pessoal – baseada na capacidade e na competência técnica
Redução da fricção – entre as pessoas na medida em que o mesmo tipo de procedimento
tem de ser aplicado tendo em atenção o mesmo tipo de situações
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
(cont.) Vantagens das medidas apontadas anteriormente (Beetham, D., 1988):
Constância – de procedimentos na medida em que o mesmo tipo de procedimento tem de
ser aplicado tendo em atenção o mesmo tipo de situações
Subordinação – dos mais novos aos mais antigos, pois as decisões dos níveis superiores
têm de ser cumpridas pelos níveis inferiores da organização
Confiabilidade – porque os processos são conduzidos de acordo com regras conhecidas
sendo os casos similares resolvidos da mesma maneira
Carreira – os quadros podem prever uma evolução das suas carreiras profissionais ao
longo do tempo.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
Por sua vez, a burocracia em excesso pode dar origem a algumas disfunções da
organização:
Exagerado apego aos lugares e aos regulamentos
Excesso de formalismos no sentido em que as normas são levadas ao extremo, ao ponto
de dificultarem os sistemas de comunicação e a própria circulação de informação
Demasiados suportes de papel, já que todo o sistema funciona na base dos papéis que se
pedem à partida e ão através dos sistemas de avaliação que se desenvolvem à posteriori
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
Por sua vez, a burocracia em excesso pode dar origem a algumas disfunções da
organização:
Resistência à mudança
Despersonalização do relacionamento
Conformidade em relação às rotinas e procedimentos
Exibição de sinais de autoridade
Dificuldade de relacionamento com o meio social
(Robert Merton, 1965)
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Burocrática
A caraterística principal da burocracia é a divisão sistemática do poder, da
responsabilidade e do trabalho, para que os complexos problemas da vida de uma
organização possam ser desagregados em tarefas viáveis, de forma a serem afetadas a
determinadas pessoas ou serviços.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Sistémica
Um sistema é um conjunto de elementos em interação dinâmica com vista a atingirem
determinados objetivos pré-determinados.
As teorias tradicionais idealizavam a organização como um sistema fechado.
As organizações têm de ser vistas a funcionarem em regime de sistema aberto onde
devem procurar uma situação de estabilidade, de equilíbrio dinâmico, naquilo que diz
respeito às relações com os seus próprios ambientes interno e externo.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Sistémica
As organizações, numa perspetiva sistémica, apresenta os seguintes subsistemas:
1. tecnológico, representado pelos requisitos técnicos necessários ao processamaneto do
sistema
2. Psicossocial, composto pelas interações, relações, aspirações, desejos, frustações e
motivações das pessoas que dela fazer parte
3. Estrutural, já que são os dois primeiros subsistemas que vão configurar este terceiro
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Contingencial
A escola contingencial deve ser considerada como um instrumento capaz de identificar
tendências nos ambientes organizacionais de grande turbulênci e agir em conformidade.
A estrutura das organizações e o seu funcionamento são dependetes das relações que
estabelecem com o ambiente externo.
Quer dizer, ao contrário da escola clássica, não há uma única e melhor maneira para
organizar.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Contingencial
Tom Peters e Robert Waterman (1987) identificam os seguintes fatores de uma fórmula
para determinar a capacidade das empresas se adaptarem ao meio social:
1. Estrutura
2. Estratégia
3. Sistemas
4. Estilo
5. Savoir faire
6. Pessoal
7. Valores partilhados
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Contingencial
Tom Peters e Robert Waterman (1987) num estudo efetuado chegaram às seguintes
caraterísticas de 43 empresas de sucesso:
Ação – antes de tudo é necessário agir
Clientes – aprender com os clientes
Inovação – gerar campeões
Pessoal – produtividade centrada no pessoal como fonte de qualidade
Mobilização – à volta de um valor chave
Realizações – continuar no domínio daqueilo que se sabe fazer
Estrturas – simples e ligeiras
Atitude – flexibilidade e rigor.
Evolução das Escolas dos Gestores
Escola Contingencial
Contudo o sucesso para uma organização não é eterno.
A chave do sucesso está na criatividade de ser capaz de fazer novos mapas que, de facto
respondam às necessiaddes da organização do futuro.
Para que isto seja possível Stacey apresenta três condições:
1. Tem de existir uma ideia visionária sobre o futuro
2. Tem de existir uma cultura comum entre os elementos da empresa
3. Tem de existir uma capacidade de responder as necessidades do mercado
Evolução das Escolas dos Gestores
Funções dos gestores
Peter Drucker (1993) identifica as seguintes funções dos gestores:
1. Determinação de objetivos
2. Desenho da organização
3. Motivação e comunicação
4. Elaboração de normas
5. Treino de recursos humanos
Evolução das Escolas dos Gestores
Funções dos gestores
Peter Drucker (1993) conclui que o gestor deve ter as seguintes capacidades:
1. Gerir por objetivos
2. Saber assumir riscos em relação ao tempo
3. Estar apto a tomar decisões estratégicas
4. Ser capaz de construir e integrar equipas de trabalho
5. Saber comunicar informação
6. Ser capaz de ver o seu trabalho como um todo
7. Conseguir relacionar a sua área de ação com o sistema total
Gestão do Desporto
O gestor de desporto e a gestão do desporto devem estar atentos aos seguintes factos
(Parkhouse, 1996):
- Domínio das actividades desportivas;
- Gestão de competências organizacionais em desporto;
- Ética;
- Marketing;
- Comunicação;
- Finanças;
- Economia do desporto;
- Direito do desporto;
- Política desportiva;
- Experiência de terreno.
Do Desporto à Gestão do Desporto
Recuperamos a definição de DESPORTO já abordada no início do ano, com base na
“Carta Europeia do Desporto” :
“Todas as formas de atividades físicas que, através de uma participação organizada ou
não, têm por objetivo a expressão ou o melhoria da condição física e psíquica, o
desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados na competição a todos
os níveis”.
Gestão do Desporto
Karen (1999) informa-nos que os programas de gestão do desporto vão evoluir muito
rapidamente nos anos que se seguem, fundamentalmente em quatro caraterísticas
essenciais:
relações entre as faculdades de economia e gestão;
aumento da diversidade e especialização;
enfatizar os aspectos internacionais e globais;
melhorar a capacidade empreendedora.
Gestão do Desporto
Pires e Sarmento (2001) verificam que é necessário alterar as competências dos gestores
de desporto em formação, tendo em conta os seguintes aspetos:
- Marketing;
- Turismo;
- Recursos Humanos;
- Tecnologias da Informação;
- Relações Internacionais;
- Planeamento Estratégico;
- Gestão de Negócios.
Gestão do Desporto
Ao considerarmos o conceito de gestão do desporto temos de o fazer tendo em atenção seis
questões fundamentais: (1) Polissemia; (2) Dimensão híbrida; (3) Tecnologia específica; (4)
Contextualização; (5) Nível de intervenção; (6) Âmbito de intervenção.
Ler estes tópicos no artigo:
Conceito de Gestão do Desporto. Novos desafios, diferentes soluções (Pires, G; Sarmento, P.)
Gestão do Desporto
Para conhecermos a visão que os proponentes deste curso têm da GESTÃO DO DESPORTO
podemos analisar o Perfil de desempenho à saída do curso constante da Portaria n.º
176/2011, de 28 de Abril que criou o Curso profissional de técnico de gestão desportiva.
Através das competências que no perfil de saída os alunos devem ter, podemos constatar as
competências e áreas da Gestão do Desporto. Esta análise pode ser complementada pela
análise dos programas das disciplinas da Componente de Formação Técnica:
Práticas de Atividades Físicas e Desportivas
Organização e Gestão do Desporto
Gestão de Programas e Projetos do Desporto
Gestão de Instalações Desportivas
As principais componentes do gestor do desporto
Decidir
Escolher o curso de
acção das alternativas p/
alcançar as metas e
objectivos
Motivar
Inspirar os
colaboradores em
agir de maneira
mais eficiente
Comunicar
Enviar e receber
informações
Planear
Desenvolver objectivos,
estratégias e maneiras
eficientes dos alcançar
Liderar
Influenciar colaboradores
de forma mais eficiente
Recrutar
Seleccionar e
formar pessoas
Controlar
Monitorar o
progresso das
metas e object.do
planeamento
Organizar
Utilizar os
recursos da
organização de
forma eficiente
Tarefa
Com base no slide anterior elabora um texto sobre:
“O que é ser gestor de desporto”
Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos
gestores de desporto
Segundo o trabalho desenvolvido pelo Sport Management Group - Projecto AEHESIS-
ENSSEE (Projecto Aligning a European Higher Education Struture in Sport Science), foram
identificadas as áreas de competências relacionadas com a intervenção dos gestores de
desporto da seguinte forma:
Principais actividades / competências do gestor de desporto
A – Gestão de Recursos Humanos: Gestão pessoal, liderança, skills de comunicação, de
relação interpessoal, de gestão de equipas e de redes de pessoas.
B – Gestão de Equipamentos Desportivos: Planeamento estratégico, liderança, tomada de
decisão, planeamento e construção de equipamentos desportivos, controlo de impactos
ambientais, gestão de eventos.
Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos
gestores de desporto
(cont.)
C – Planeamento: skills de planeamento, conhecimento do funcionamento da sociedade,
liderança, importância da actividade física na sociedade, conhecimento das tendências de
mudança na sociedade, conhecimento de políticas de qualidade de vida/bem estar, desenho
de projectos e capacidade de gerar ideias.
D – Gestão Financeira: orçamentação, contabilidade e análise financeira.
E – Gestão de Eventos: planeamento, skills de comunicação, de trabalho em equipa, de
comunicação com especialistas de outros domínios de intervenção, de capacidade de
adaptação a novas situações, de criatividade, de organização, de conhecimento das
tendências de mudança na sociedade e skills para organizar diferentes tipos de eventos.
Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos
gestores de desporto
(cont.)
F – Gestão de Marketing: marketing, significado do desporto e actividade física na
sociedade, voluntariado, necessidades das pessoas, comunicação, patrocínio,
criatividade, gestão da informação, investigação, conhecimento das tendências de
mudança na sociedade.
G – Tomada de decisão: capacidade de analisar e sintetizar, cultura geral, skills de
comunicação, de construção da decisão e skills de relação interpessoal.
Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos
gestores de desporto
(cont.)
H – Gestão da Qualidade: especificações da qualidade, capacidade de analisar e sintetizar,
cultura geral, skills para trabalhar em equipas pluridisciplinares, de comunicação com
especialistas de outros domínios de intervenção, de investigação, de comunicação, de relação
interpessoal, espírito de iniciativa e de empreendedorismo, de orientação dos serviços para os
resultados, de relação com o voluntariado e skills de querer obter sucesso.
I – Gestão da Organização: planeamento estratégico e desenvolvimento, capacidade de
analisar e sintetizar, skills de comunicação e de trabalho em redes de pessoas.

More Related Content

What's hot

LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃO
LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃOLATEC - UFF. MODELO DE GESTÃO
LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃOLATEC - UFF
 
Desenvolvimento Organizacional
Desenvolvimento OrganizacionalDesenvolvimento Organizacional
Desenvolvimento OrganizacionalAldo Pereira Costa
 
Administração apliacada à enfermagem apostila
Administração apliacada à enfermagem   apostilaAdministração apliacada à enfermagem   apostila
Administração apliacada à enfermagem apostilaWilma Medeiros
 
Do desenvolvimento organizacional
Do   desenvolvimento organizacionalDo   desenvolvimento organizacional
Do desenvolvimento organizacionalXerife Pecas
 
Ementa teoria geral da administração
Ementa teoria geral da administraçãoEmenta teoria geral da administração
Ementa teoria geral da administraçãoPaulo Cesar Andrighe
 
Teoria Classica Power Point Ii
Teoria Classica Power Point IiTeoria Classica Power Point Ii
Teoria Classica Power Point Iilupajero
 
Administração(1) livro
Administração(1) livroAdministração(1) livro
Administração(1) livroAle Oriente
 
Aula 2 TO - Abordagem Clássica da Administração
Aula 2   TO - Abordagem Clássica da AdministraçãoAula 2   TO - Abordagem Clássica da Administração
Aula 2 TO - Abordagem Clássica da AdministraçãoAngelo Peres
 
A D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ OA D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ Otaniamaciel
 
Aula De Administracao Marco 2010
Aula De Administracao   Marco 2010Aula De Administracao   Marco 2010
Aula De Administracao Marco 2010themis dovera
 

What's hot (20)

Teorias da Gestão
Teorias da GestãoTeorias da Gestão
Teorias da Gestão
 
Adm teorias admi_gustavo arruda
Adm teorias admi_gustavo arrudaAdm teorias admi_gustavo arruda
Adm teorias admi_gustavo arruda
 
LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃO
LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃOLATEC - UFF. MODELO DE GESTÃO
LATEC - UFF. MODELO DE GESTÃO
 
Capitulo 01 noções de administração
Capitulo 01  noções de administraçãoCapitulo 01  noções de administração
Capitulo 01 noções de administração
 
Desenvolvimento Organizacional
Desenvolvimento OrganizacionalDesenvolvimento Organizacional
Desenvolvimento Organizacional
 
Administração apliacada à enfermagem apostila
Administração apliacada à enfermagem   apostilaAdministração apliacada à enfermagem   apostila
Administração apliacada à enfermagem apostila
 
Do desenvolvimento organizacional
Do   desenvolvimento organizacionalDo   desenvolvimento organizacional
Do desenvolvimento organizacional
 
Teoria geral da administração
Teoria geral da administraçãoTeoria geral da administração
Teoria geral da administração
 
Ementa teoria geral da administração
Ementa teoria geral da administraçãoEmenta teoria geral da administração
Ementa teoria geral da administração
 
Tga clássica
Tga clássicaTga clássica
Tga clássica
 
Teoria Classica Power Point Ii
Teoria Classica Power Point IiTeoria Classica Power Point Ii
Teoria Classica Power Point Ii
 
Administração(1) livro
Administração(1) livroAdministração(1) livro
Administração(1) livro
 
Aula engmet - parte 1
Aula   engmet - parte 1Aula   engmet - parte 1
Aula engmet - parte 1
 
Teorias da Administração, unidade 1
Teorias da Administração, unidade 1Teorias da Administração, unidade 1
Teorias da Administração, unidade 1
 
Nocoes de administracao
Nocoes de administracaoNocoes de administracao
Nocoes de administracao
 
Aula 2 TO - Abordagem Clássica da Administração
Aula 2   TO - Abordagem Clássica da AdministraçãoAula 2   TO - Abordagem Clássica da Administração
Aula 2 TO - Abordagem Clássica da Administração
 
Aps frescar
Aps frescarAps frescar
Aps frescar
 
Teoria Neoclássica
Teoria NeoclássicaTeoria Neoclássica
Teoria Neoclássica
 
A D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ OA D M I N I S T R AÇÃ O
A D M I N I S T R AÇÃ O
 
Aula De Administracao Marco 2010
Aula De Administracao   Marco 2010Aula De Administracao   Marco 2010
Aula De Administracao Marco 2010
 

Viewers also liked

A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...
A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...
A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...Jose Alfredo Lopes
 
Gestão do desporto b
Gestão do desporto bGestão do desporto b
Gestão do desporto bTicoM22
 
Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)
Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)
Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)Aristides Faria
 
Gestão de Complexos Desportivos
Gestão de Complexos DesportivosGestão de Complexos Desportivos
Gestão de Complexos DesportivosCatarinaNeivas
 
Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1
Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1
Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1mitrablueaires
 
Curso marketing e gestao de eventos desportivos
Curso marketing e gestao de eventos desportivosCurso marketing e gestao de eventos desportivos
Curso marketing e gestao de eventos desportivosiLabora
 
Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5
Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5
Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5mitrablueaires
 

Viewers also liked (8)

Eventos
EventosEventos
Eventos
 
A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...
A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...
A importância do gestor desportivo, no desenvolvimento das organizações despo...
 
Gestão do desporto b
Gestão do desporto bGestão do desporto b
Gestão do desporto b
 
Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)
Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)
Disciplina Organizacao de Eventos (I) (IFSP Campus Cubatao) (aulas 04 e 05)
 
Gestão de Complexos Desportivos
Gestão de Complexos DesportivosGestão de Complexos Desportivos
Gestão de Complexos Desportivos
 
Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1
Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1
Ogd mod 5_conteúdos _ aula 1
 
Curso marketing e gestao de eventos desportivos
Curso marketing e gestao de eventos desportivosCurso marketing e gestao de eventos desportivos
Curso marketing e gestao de eventos desportivos
 
Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5
Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5
Ogd mod 5_conteúdos _1 a 2.5
 

Similar to Sessão 7 1_ogd_gestão_do_desporto

Apostila organização de empresa
Apostila organização de empresaApostila organização de empresa
Apostila organização de empresaFabio Aguiar
 
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVA
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVAFUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVA
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVAthamirescunha8
 
Principios de Gestão: Uma Explicação Inovadora
Principios de Gestão: Uma Explicação InovadoraPrincipios de Gestão: Uma Explicação Inovadora
Principios de Gestão: Uma Explicação InovadoraAndre Faizi Alves
 
274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf
274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf
274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdfFranciscoSousa159871
 
Teoria Geral Da Administração Aula2
Teoria Geral Da Administração  Aula2Teoria Geral Da Administração  Aula2
Teoria Geral Da Administração Aula2ewerton.alencar
 
Anexo apostilha adm.2
Anexo apostilha adm.2Anexo apostilha adm.2
Anexo apostilha adm.2angelo nagahy
 
QUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptx
QUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptxQUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptx
QUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptxAlcilaneAlves
 
Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)Alexandre Pereira
 
Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)Alexandre Pereira
 
Apostila administracao
Apostila administracaoApostila administracao
Apostila administracaoThiago Lages
 
TEORIA CIENTIFICA 04.pdf
TEORIA CIENTIFICA 04.pdfTEORIA CIENTIFICA 04.pdf
TEORIA CIENTIFICA 04.pdfPatrickAnjos1
 
Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1
Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1
Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1Niloar Bissani
 

Similar to Sessão 7 1_ogd_gestão_do_desporto (20)

Apostila organização de empresa
Apostila organização de empresaApostila organização de empresa
Apostila organização de empresa
 
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVA
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVAFUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVA
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO - AULA EXPOSITIVA
 
Principios de Gestão: Uma Explicação Inovadora
Principios de Gestão: Uma Explicação InovadoraPrincipios de Gestão: Uma Explicação Inovadora
Principios de Gestão: Uma Explicação Inovadora
 
Org adm parte 1.ppt
Org adm parte 1.pptOrg adm parte 1.ppt
Org adm parte 1.ppt
 
Apostila administração
Apostila administraçãoApostila administração
Apostila administração
 
274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf
274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf
274861166-2013-01-Gestao-de-Pessoas-Completo-Cristiana-Duran.pdf
 
Administração social #2
Administração social #2Administração social #2
Administração social #2
 
Teoria das organizações
Teoria das organizaçõesTeoria das organizações
Teoria das organizações
 
Teoria Geral Da Administração Aula2
Teoria Geral Da Administração  Aula2Teoria Geral Da Administração  Aula2
Teoria Geral Da Administração Aula2
 
Anexo apostilha adm.2
Anexo apostilha adm.2Anexo apostilha adm.2
Anexo apostilha adm.2
 
3042176.ppt
3042176.ppt3042176.ppt
3042176.ppt
 
Gso temas trabalho
Gso temas trabalhoGso temas trabalho
Gso temas trabalho
 
Trabalho de TGA I - Modelos de Organização
Trabalho de TGA I - Modelos de OrganizaçãoTrabalho de TGA I - Modelos de Organização
Trabalho de TGA I - Modelos de Organização
 
QUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptx
QUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptxQUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptx
QUIZ OFFILINE - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.pptx
 
Aula de tga
Aula de tgaAula de tga
Aula de tga
 
Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)
 
Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)Conceito do processo de trabalho (1)
Conceito do processo de trabalho (1)
 
Apostila administracao
Apostila administracaoApostila administracao
Apostila administracao
 
TEORIA CIENTIFICA 04.pdf
TEORIA CIENTIFICA 04.pdfTEORIA CIENTIFICA 04.pdf
TEORIA CIENTIFICA 04.pdf
 
Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1
Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1
Teoria geral da adm unidade 1 tópico 1
 

Sessão 7 1_ogd_gestão_do_desporto

  • 1. Organização e gestão do desporto Módulo 2: Introdução à Gestão do Desporto Do Desporto à Gestão do Desporto
  • 2. Do Desporto à Gestão do Desporto “Até à Segunda Guerra Mundial um gestor era ainda definido como alguém que era responsável pelo trabalho dos subordinados. No início dos anos 50 um gestor era responsável pela atuação das pessoas. Hoje, um gestor é alguém que é responsável pela aplicação do saber e respetivo desempenho”. (Peter Drucker)
  • 3. Evolução das Escolas dos Gestores Razões para o seu estudo (abordagem simplificada) As questões culturais de cada tempo têm conferido aspetos específicos aos modelos de gestão que careterizam cada época. Compreender é comparar, é ter a capacidade de discernir em relação a um passado, a evolução no tempo das grandes tendências organizacionais. (...) É também em ralação a um tempo presente, a capacidade de comparar, articular e integrar os aspetos mais relevantes que conduzem os homens e as empresas na orgamnização do futuro”. (Pires, G.)
  • 4. Evolução das Escolas dos Gestores Razões para o seu estudo (abordagem simplificada) Para percebermos o conceito de GESTÃO DO DESPORTO, importa analisar as diferentes escolas de gestão existentes ao longo da história. As diferentes abordagens organizacionais ao longo dos tempos têm trazido para a Gestão do Desporto referências e formas de atuar nesta área científica que é a GESTÃO DO DESPORTO.
  • 5. A Gestão do Desporto e a interface de conhecimento CIÊNCIAS DA GESTÃO CIÊNCIAS DO DESPORTOGESTÃO DO DESPORTO
  • 6. Evolução das Escolas dos Gestores Diferentes perspetivas Existem um conjunto de perspetivas que caraterizam a maneira como as organizações foram geridas ou administradas ao longo do tempo: 1| Perspetiva clássica 2| Perspetiva psicossociológica 3| Perspetiva estruturalista 4| Perspetiva sistémica 5| Perspetiva contigencial (Pires, G.)
  • 7. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Foi a primeira escola a tratar de uma forma concreta as verdadeiras funções do gestor, enquanto administrador. Esta escola também é conhecida por Teoria Geral da Administração. A esta escola ficam ligados, essencialmente dois autores: Frederick Taylor (1865-1917) e Henri Fayol (1884-1925) que foi o seu mais importante criador/representante, tendo-se salientado, não por ter sido o primeiro a estudar o comportamento dos gestores, mas sim por ser o primeiro a sistematizar esse estudo.
  • 8. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Frederick Taylor A perspetiva clássica da gestão enquadra os aspetos da organização que podem ser comparados ao funcionamento de uma máquina. A partir da racionalização do trabalho no centro operacional da organização pode-se influenciar e reorganizar toda ela a partir do topo da estrutura. Nenhuma organização pode dispensar totalmente os processos de gestão sustentados na perspetiva “máquina”, ou seja, todas as organizações têm necessidade de rotinas que lhe permitam viver sem estar todos os dias a inventar tudo de novo.
  • 9. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Frederick Taylor A gestão das organizações deve basear-se em quatro princípios (de Taylor): 1. Desenvolvimento de um espírito científico e construção de uma ciência do trabalho 2. Seleção e formação dos operários, segundo um método científico 3. Informação aos operários dos seus próprios resultados de forma a provocar um maior interesse pela produção 4. Equidade na divisão do trabalho e da responsabilidade entre os operários.
  • 10. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Para Taylor, os elementos da administração científica eram os seguintes: - Estudo do tempo e dos movimentos - Sistema de classificação de produtos - Criação de sistemas de rotinas de trabalho - Padronização de ferramentas e instrumentos - Planeamento das tarefas e cargos - Fichas de instruções de serviços - Supervisão funcional - Prémios de produção.
  • 11. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Tanto no mundo das empresas como no mundo do desporto o taylorismo ainda está presente nos métodos de trabalho desenvolvidos. No que diz respeito ao desporto formal direcionado para o rendimento e para o espetáculo, Taylor é bem o treinador de muitas equipas que competem por esse mundo fora. O estudo e a aplicação estandartizada de tempos e movimentos em relação a determinados objetivos que se desejam atingir, continua a ser de fundamental utilidade na organização do trabalho através da implementação de rotinas e de formas jogadas (coordenação do trabalho, conjugação do trabalho, fluxos de trabalho) nas equipas de jogos desportivos coletivos.
  • 12. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Contudo, não se pode esperar que de uma forma automática as transformações de qualidade conseguidas no processo de produção que acontecem no centro operacional subam até ao vértice estratégico das mesmas. (Pires, G) Numa segunda fase do discurso de Taylor, este autor considerou que o estudo do perfil do posto de trabalho deveria ser acompanhado a nível da estruturação da própria empresa para que os seus princípios pudessem de facto ser aplicados.
  • 13. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Pese embora os aspetos positivos na abordagem da organização do trabalho por parte de Taylor que ainda hoje são considerados quando se trata de organizar rotinas, existem, contudo, aspetos negativos que não devem ser ignorados: - Visão simplista do homem ignorando toda a sua complexidade e individualidade - Análise microscópica do indivíduo já que foi reduzido a uma simples peça de uma máquina - Organização mecanicista do trabalho, ignorando outras estruturas formais e informais que se desenvolvem dentro das organizações
  • 14. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica - Especialização exagerada das funções, provocando uma desumanização completa da organização do trabalho. (Taylor chegou mesmo a perguntar ”porque diabo é que sempre que preciso de dois braços, aparece-me uma cabeça em cima?” - Visão limitada e parcial da organização, ignorando que elas funcionam num sistema social do qual recebem e transmitem influências.
  • 15. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica A investigação de Fayol (1950), consistiu em estudar a estrutura organizacional das empresas (Teoria da departamentalização). A partir daí podia com maior exatidão determinar as funções básicas da empresa. Dividiu as operações empresariais em seis atividades fundamentais: i) funções técnicas, ii) comerciais, iii) financeiras, iv) de segurança, v) contabilidade e vi) administrativas.
  • 16. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica As funções da gestão ou administrativas eram as seguintes: 1. Prever, de forma a preparar o futuro (planeamento) 2. Organizar (obter todos os recursos humanos, materiais e financeiros necessários) 3. Comandar (necessidade de melhor tirar partido das caretarísticas individuais dos reursos humanos da empresa) 4. Coordenar (para integrar e harmonizar todas as políticas a desenvolver na empresa) 5. Controlar (verificar se tudo se passou conforme estava planeado).
  • 17. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica No seu conjunto formam o chamado processo administrativo e estão ligadas à atividade dos gestores, qualquer que seja o nível em que este opere. No entanto, podemos compreeder que uma coisa é aquilo que compete aos gestores, outra a maneira como a organização está estruturada. Na realidade o que tem sido constatado é que, de uma maneira geral, não existe uma coincidência directa.
  • 18. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Fayol sugere 14 princípios gerais para a gestão: 1| Divisão do trabalho: a especialização leva a um maior conhecimento das suas funções. 2| Autoridade : o direito de dar ordens e o poder de se fazer obedecer. 3| Disciplina : o sucesso obtém-se do esforço comum. Podem ser dados incentivos ou se necessárias penalizações. 4| Unidade de Comando : cada trabalhador não deve receber ordens de mais que uma pessoa.
  • 19. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Fayol sugere 14 princípios gerais para a gestão: 5| Unidade de direção: a empresa deve ser orientada para um objetivo comum, numa direção bem definida. 6| Subordinação do interesse individual ao coletivo : a organização como um todo está sempre por cima dos interesses individuais de cada um. 7| Remuneração : a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa quer para quem a recebe, quer para quem paga.
  • 20. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Princípios gerais para a gestão (cont.): 8| Centralização : a gestão mais centralizada ou descentralizada depende das condições específicas da organização. 9| Cadeia de comando : deve existir uma ordem de escalões desde o gestor de topo aos níveis mais baixos da hierarquia. 10| Ordem : os materiais e as pessoas devem estar nos lugares certos, nas horas certas.
  • 21. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Princípios gerais para a gestão (cont.): 11| Equidade : todos os funcionários devem ser tratados de igual maneira. 12| Estabilidade de emprego : evitar a rotatividade de funcionários, prevenindo uma eventual quebra de eficiência da empresa. 13| Iniciativa : promover e incentivar as iniciativas dos trabalhadores. 14| Espírito de equipa : promover o espírito de equipa fortalecendo a unidade da organização.
  • 22. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica As grandes críticas desta escola são as seguintes: A| Era difícil para um gestor identificar o momento em que coordenava ou qual a quantidade de coordenação realizada durante o dia. B| Esta escola indicava ao gestor o que devia fazer, mas não conseguia determinar o que ele faz na realidade. C| Segundo Mintzberg as quatro palavras que dominaram o vocabulário de gestão (planeia, organiza, coordena e controla) dizem muito pouco acerca daquilo que os gestores fazem na realidade.
  • 23. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Clássica Intemporalidade Para Fayol as organizaões eram máquinas governadas por leis universais, pelo que tinham que ser as pessoas a adaptar-se ao sistema. De certa maneira a afirmação continua a ser válida na medida em que, nos dias de hoje, continuam a ser aplicados os princípios de Fayol não só ao mundo das empresas como ao mundo do desporto, em tudo aquilo que tem a ver com a institucionalização de rotinas necessárias à vida em comum. Contudo, é bom que se entenda que a gestão não para aqui. (Pires, G.)
  • 24. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Esta perspetiva decorre das teorias relacionadas com as relações humanas. Surgiu em contraponto às perspetivas centradas nas tarefas dos trabalhadores (Taylor) ou nas estruturas das organizações (Fayol) desenvolvidas pela escola clássica. Nestas teorias o homem era preterido não só em relação às tarefas e à máquina como em relação às próprias estruturas da organização. As preocupações passaram, então, a estar centradas nas pessoas e nos seus comportamentos.
  • 25. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Mary Parker Follet Procurou humanizar a organização do trabalho. Defendia que a forma mais viável de controlo era a coordenação. Para ela a questão não está em controlar as pessoas mas sim em controlar factos, dando abertura a uma questão que só viria a ter viabilidade muitos anos mais tarde: a gestão do conhecimento.
  • 26. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Mary Parker Follet Na perspetiva atual da gestão do conhecimento, um gestor decide bem, plaeia bem e implementa bem, desde que o faça sustentado em modelos teóricos de análise da realidade que lhe permitam, numa oportunidade posterior, decidir melhor, planear melhor e implementar melhor. Para decidir são necessários dados, que devem ser transformados em informação e esta, ao ser contextualizada deve ser transformada em conhecimento.
  • 27. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica George Elton Mayo Ficou conhecido pelo seu trabalho no domínio da influência das relações sociais e da motivação na performence de grupos. O principal contributo tem a ver com as descobertas de todo um conjunto de fundamentações não económicas que podem envolver e justificar o trabalho humano. No interior das organizações formais existem outras, por vezes numerosas, que são as organizações informais, que em determinadas circunstâncias podem melhorar consideravelmente a produtividade das primeiras.
  • 28. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica George Elton Mayo Os grupos informais criam na organização uma atmosfera de cooperação espontânea que melhora significativamente o ambiente de tranalho. Deste modo, trata-se de descobrir a melhor maneira de enquadrar e promover a participção das pessoas nos objetivos e nos trabalhos das organizações.
  • 29. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Chester Barnard Iniciou a reflexão sobre a problemática da motivação nas organizações. O diretor de uma organização deve em primeira instância ter como missão fazer passar os valores e os objetivos da organização. Sintetizou as suas ideias relativas à gestão em três princípios básicos: 1. Estabelecer a menter um sistema eficiente de comunicações 2. Motivar os trabalhadores quanto aos objetivos da organização 3. Definir os objetivos da organização duma perspetiva compreensível para todos.
  • 30. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Chester Barnard Preconizava, ainda, como funções de gestão, aquilo a que designava por sistema de manutenção: 1. Canais de comunicação 2. Acesso a um canal formal de comunicação 3. Linhas de comunicação tão curtas quanto possível 4. Manutenção da moral 5. Manutenção de esquema de incentivos 6. Manutenção do controlo, tais como supervisão, controlo, inspeções, educação, treino, de forma a viabilizar um sistema cooperativo. Perspetivou os aspetos informais de uma organização, estabelecendo um equilíbrio com os formais, até então priviligiados.
  • 31. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Abraham Maslow Com a hierarquia das necessidades, termo inventado pelo autor para compreender os caminhos da motivação humana. O autor considera existirem cinco níveis de necessidades: 1. Fisiológicas 2. Segurança 3. Sociais 4. Pessoais 5. Auto-realização
  • 32. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Princípios da escola psicossociológica O trabalho é uma atividade tipicamente grupal. Os indivíduos não reagem isoladamente, mas como mebros de um grupo social. A tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar. A pessoa é motivada pela necessidade de estar junto, de ser reconhecida e de receber adequada comunicação.
  • 33. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Princípios da escola psicossociológica Motivação humana – necessidades humanas. Ciclo motivacional – sistemas de frsuatação e compensação. Moral e a atitude acima de tudo. Liderança baseada no conhecimento, na confiança e partilhada. Comunicação e redes de comunicação. Organização informal – dinâmica de grupo.
  • 34. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Psicossociológica Críticas à escola das relações humanas Afastamento radical da teoria clássica. Sobrevalorização das questões individuais. Perspetiva ingénua das pessoas. Distorção da importância dos grupos informais. Desequilíbrio nas relações humanas. Parcialização de conclusões.
  • 35. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática Surge nos anos 40 do século passado, quando as escolas clássica e psicossociológica já não satisfaziam as necessidades das organizações. O autor mais ligado a esta escola é o de Max Weber. Para Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência. A racionalidade da organização do trabalho requere esforço, empenho e rigor, na justa medida. No caso de défice cai-se na desorganização; no caso de excesso cai-se na burocracia, ou seja, em procedimentos mais ou menos inúteis que só servem para complicar a vida das organizações e das pessoas.
  • 36. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática Só que segundo Weber, numa perspetiva sociológica, a burocracia significava um sistema de administração executado numa base de continuidade por profissionais treinados de acordo com regras prescritas. No entanto, alguns daqueles que dela se têm vindo a servir é que, muitas vezes, a transformam em processos de inutilidade, com um dispêndio de recursos humanos, materiais e financeiros absolutamente desnecessários.
  • 37. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática A burocracia, segundo Weber apresenta as seguintes caraterísticas: - Legalidade das normas - Formalidade dos procedimentos - Racionalidade na divisão do trabalho - Impessoalidade nas relações humanas - Hierarquia de autoridade - Rotinas e procedimentos estandardizados - Competência técnica e meritocracia - Especialização da gestão separada ada propriedade - Profissionalização dos participantes - Completa previsibilidade do funcionamento
  • 38. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática Vantagens das medidas apontadas anteriormente (Beetham, D., 1988): Racionalidade – naquilo que respeita à possibilidade dos objetivos poderem ser alcançados Precisão – quanto à definição do perfil do cargo e dos seus próprios deveres Unidade – na interpretação da regulamentação Informação – discreta já que só é fornecida a quem a ela tem direito Uniformidade – de rotinas e de procedimentos
  • 39. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática Vantagens das medidas apontadas anteriormente (Beetham, D., 1988): Continuidade – da organização no sentido em que os seus quadros devem ser renovados Seleção de pessoal – baseada na capacidade e na competência técnica Redução da fricção – entre as pessoas na medida em que o mesmo tipo de procedimento tem de ser aplicado tendo em atenção o mesmo tipo de situações
  • 40. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática (cont.) Vantagens das medidas apontadas anteriormente (Beetham, D., 1988): Constância – de procedimentos na medida em que o mesmo tipo de procedimento tem de ser aplicado tendo em atenção o mesmo tipo de situações Subordinação – dos mais novos aos mais antigos, pois as decisões dos níveis superiores têm de ser cumpridas pelos níveis inferiores da organização Confiabilidade – porque os processos são conduzidos de acordo com regras conhecidas sendo os casos similares resolvidos da mesma maneira Carreira – os quadros podem prever uma evolução das suas carreiras profissionais ao longo do tempo.
  • 41. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática Por sua vez, a burocracia em excesso pode dar origem a algumas disfunções da organização: Exagerado apego aos lugares e aos regulamentos Excesso de formalismos no sentido em que as normas são levadas ao extremo, ao ponto de dificultarem os sistemas de comunicação e a própria circulação de informação Demasiados suportes de papel, já que todo o sistema funciona na base dos papéis que se pedem à partida e ão através dos sistemas de avaliação que se desenvolvem à posteriori
  • 42. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática Por sua vez, a burocracia em excesso pode dar origem a algumas disfunções da organização: Resistência à mudança Despersonalização do relacionamento Conformidade em relação às rotinas e procedimentos Exibição de sinais de autoridade Dificuldade de relacionamento com o meio social (Robert Merton, 1965)
  • 43. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Burocrática A caraterística principal da burocracia é a divisão sistemática do poder, da responsabilidade e do trabalho, para que os complexos problemas da vida de uma organização possam ser desagregados em tarefas viáveis, de forma a serem afetadas a determinadas pessoas ou serviços.
  • 44. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Sistémica Um sistema é um conjunto de elementos em interação dinâmica com vista a atingirem determinados objetivos pré-determinados. As teorias tradicionais idealizavam a organização como um sistema fechado. As organizações têm de ser vistas a funcionarem em regime de sistema aberto onde devem procurar uma situação de estabilidade, de equilíbrio dinâmico, naquilo que diz respeito às relações com os seus próprios ambientes interno e externo.
  • 45. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Sistémica As organizações, numa perspetiva sistémica, apresenta os seguintes subsistemas: 1. tecnológico, representado pelos requisitos técnicos necessários ao processamaneto do sistema 2. Psicossocial, composto pelas interações, relações, aspirações, desejos, frustações e motivações das pessoas que dela fazer parte 3. Estrutural, já que são os dois primeiros subsistemas que vão configurar este terceiro
  • 46. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Contingencial A escola contingencial deve ser considerada como um instrumento capaz de identificar tendências nos ambientes organizacionais de grande turbulênci e agir em conformidade. A estrutura das organizações e o seu funcionamento são dependetes das relações que estabelecem com o ambiente externo. Quer dizer, ao contrário da escola clássica, não há uma única e melhor maneira para organizar.
  • 47. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Contingencial Tom Peters e Robert Waterman (1987) identificam os seguintes fatores de uma fórmula para determinar a capacidade das empresas se adaptarem ao meio social: 1. Estrutura 2. Estratégia 3. Sistemas 4. Estilo 5. Savoir faire 6. Pessoal 7. Valores partilhados
  • 48. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Contingencial Tom Peters e Robert Waterman (1987) num estudo efetuado chegaram às seguintes caraterísticas de 43 empresas de sucesso: Ação – antes de tudo é necessário agir Clientes – aprender com os clientes Inovação – gerar campeões Pessoal – produtividade centrada no pessoal como fonte de qualidade Mobilização – à volta de um valor chave Realizações – continuar no domínio daqueilo que se sabe fazer Estrturas – simples e ligeiras Atitude – flexibilidade e rigor.
  • 49. Evolução das Escolas dos Gestores Escola Contingencial Contudo o sucesso para uma organização não é eterno. A chave do sucesso está na criatividade de ser capaz de fazer novos mapas que, de facto respondam às necessiaddes da organização do futuro. Para que isto seja possível Stacey apresenta três condições: 1. Tem de existir uma ideia visionária sobre o futuro 2. Tem de existir uma cultura comum entre os elementos da empresa 3. Tem de existir uma capacidade de responder as necessidades do mercado
  • 50. Evolução das Escolas dos Gestores Funções dos gestores Peter Drucker (1993) identifica as seguintes funções dos gestores: 1. Determinação de objetivos 2. Desenho da organização 3. Motivação e comunicação 4. Elaboração de normas 5. Treino de recursos humanos
  • 51. Evolução das Escolas dos Gestores Funções dos gestores Peter Drucker (1993) conclui que o gestor deve ter as seguintes capacidades: 1. Gerir por objetivos 2. Saber assumir riscos em relação ao tempo 3. Estar apto a tomar decisões estratégicas 4. Ser capaz de construir e integrar equipas de trabalho 5. Saber comunicar informação 6. Ser capaz de ver o seu trabalho como um todo 7. Conseguir relacionar a sua área de ação com o sistema total
  • 52. Gestão do Desporto O gestor de desporto e a gestão do desporto devem estar atentos aos seguintes factos (Parkhouse, 1996): - Domínio das actividades desportivas; - Gestão de competências organizacionais em desporto; - Ética; - Marketing; - Comunicação; - Finanças; - Economia do desporto; - Direito do desporto; - Política desportiva; - Experiência de terreno.
  • 53. Do Desporto à Gestão do Desporto Recuperamos a definição de DESPORTO já abordada no início do ano, com base na “Carta Europeia do Desporto” : “Todas as formas de atividades físicas que, através de uma participação organizada ou não, têm por objetivo a expressão ou o melhoria da condição física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados na competição a todos os níveis”.
  • 54. Gestão do Desporto Karen (1999) informa-nos que os programas de gestão do desporto vão evoluir muito rapidamente nos anos que se seguem, fundamentalmente em quatro caraterísticas essenciais: relações entre as faculdades de economia e gestão; aumento da diversidade e especialização; enfatizar os aspectos internacionais e globais; melhorar a capacidade empreendedora.
  • 55. Gestão do Desporto Pires e Sarmento (2001) verificam que é necessário alterar as competências dos gestores de desporto em formação, tendo em conta os seguintes aspetos: - Marketing; - Turismo; - Recursos Humanos; - Tecnologias da Informação; - Relações Internacionais; - Planeamento Estratégico; - Gestão de Negócios.
  • 56. Gestão do Desporto Ao considerarmos o conceito de gestão do desporto temos de o fazer tendo em atenção seis questões fundamentais: (1) Polissemia; (2) Dimensão híbrida; (3) Tecnologia específica; (4) Contextualização; (5) Nível de intervenção; (6) Âmbito de intervenção. Ler estes tópicos no artigo: Conceito de Gestão do Desporto. Novos desafios, diferentes soluções (Pires, G; Sarmento, P.)
  • 57. Gestão do Desporto Para conhecermos a visão que os proponentes deste curso têm da GESTÃO DO DESPORTO podemos analisar o Perfil de desempenho à saída do curso constante da Portaria n.º 176/2011, de 28 de Abril que criou o Curso profissional de técnico de gestão desportiva. Através das competências que no perfil de saída os alunos devem ter, podemos constatar as competências e áreas da Gestão do Desporto. Esta análise pode ser complementada pela análise dos programas das disciplinas da Componente de Formação Técnica: Práticas de Atividades Físicas e Desportivas Organização e Gestão do Desporto Gestão de Programas e Projetos do Desporto Gestão de Instalações Desportivas
  • 58. As principais componentes do gestor do desporto Decidir Escolher o curso de acção das alternativas p/ alcançar as metas e objectivos Motivar Inspirar os colaboradores em agir de maneira mais eficiente Comunicar Enviar e receber informações Planear Desenvolver objectivos, estratégias e maneiras eficientes dos alcançar Liderar Influenciar colaboradores de forma mais eficiente Recrutar Seleccionar e formar pessoas Controlar Monitorar o progresso das metas e object.do planeamento Organizar Utilizar os recursos da organização de forma eficiente
  • 59. Tarefa Com base no slide anterior elabora um texto sobre: “O que é ser gestor de desporto”
  • 60. Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos gestores de desporto Segundo o trabalho desenvolvido pelo Sport Management Group - Projecto AEHESIS- ENSSEE (Projecto Aligning a European Higher Education Struture in Sport Science), foram identificadas as áreas de competências relacionadas com a intervenção dos gestores de desporto da seguinte forma: Principais actividades / competências do gestor de desporto A – Gestão de Recursos Humanos: Gestão pessoal, liderança, skills de comunicação, de relação interpessoal, de gestão de equipas e de redes de pessoas. B – Gestão de Equipamentos Desportivos: Planeamento estratégico, liderança, tomada de decisão, planeamento e construção de equipamentos desportivos, controlo de impactos ambientais, gestão de eventos.
  • 61. Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos gestores de desporto (cont.) C – Planeamento: skills de planeamento, conhecimento do funcionamento da sociedade, liderança, importância da actividade física na sociedade, conhecimento das tendências de mudança na sociedade, conhecimento de políticas de qualidade de vida/bem estar, desenho de projectos e capacidade de gerar ideias. D – Gestão Financeira: orçamentação, contabilidade e análise financeira. E – Gestão de Eventos: planeamento, skills de comunicação, de trabalho em equipa, de comunicação com especialistas de outros domínios de intervenção, de capacidade de adaptação a novas situações, de criatividade, de organização, de conhecimento das tendências de mudança na sociedade e skills para organizar diferentes tipos de eventos.
  • 62. Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos gestores de desporto (cont.) F – Gestão de Marketing: marketing, significado do desporto e actividade física na sociedade, voluntariado, necessidades das pessoas, comunicação, patrocínio, criatividade, gestão da informação, investigação, conhecimento das tendências de mudança na sociedade. G – Tomada de decisão: capacidade de analisar e sintetizar, cultura geral, skills de comunicação, de construção da decisão e skills de relação interpessoal.
  • 63. Áreas de competências relacionadas com a intervenção dos gestores de desporto (cont.) H – Gestão da Qualidade: especificações da qualidade, capacidade de analisar e sintetizar, cultura geral, skills para trabalhar em equipas pluridisciplinares, de comunicação com especialistas de outros domínios de intervenção, de investigação, de comunicação, de relação interpessoal, espírito de iniciativa e de empreendedorismo, de orientação dos serviços para os resultados, de relação com o voluntariado e skills de querer obter sucesso. I – Gestão da Organização: planeamento estratégico e desenvolvimento, capacidade de analisar e sintetizar, skills de comunicação e de trabalho em redes de pessoas.