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Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 119
or o o a a P r cti a o o or o
Body and fashion from the perspective of contemporary
ra a o a Graduanda;
Universidade Estadual de Londrina
aline_znd@yahoo.com
o a Pa r c a o Doutoranda;
Fac. de Arquitetura, Artes e Comunicação, UNESP
patmel@sercomtel.com.br
RESUMO
resente ar go discute a rela o ue se esta elece entre cor o e oda e eio s udan as
hist ricas e tecnol gicas ue trans or ara a sociedade. a ordage so a or a de levanta ento
hist rico er ite o estudo das re resenta es sociais e au ilia na iden fica o dos atores ue
ocasionara udan as significa vas no siste a e ue reorientara o co orta ento alterando
valores e ensa entos. No conte to da conte oraneidade a oda ostra se a gua na edida e
ue atua co o ator de di erencia o e ao es o te o o edece a regras e adr es i ostos.
Pa a ra a : Corpo; Moda; Contemporâneo.
ABSTRACT
This article discusses the relationship established between the body and the concept of fashion among
the historical and technological changes that have transformed the society. The approach is based on
historical research. It allows the study of the social representations and it provides the means to identify
the factors that caused major changes in the system, redirecting its behavior and modifying the values
and thoughts of society. Nowadays, the fashion is ambiguous, since on one hand it acts as a differentiation
factor and, on the other hand, it complies with the rules and standards self-imposed.
Keywords: Body; Fashion; Contemporary.
cor o arca ti r a
Muitas são as possibilidades que se apresentam quando o assunto a ser abordado é o corpo,
rinci al ente uando integrante do cen rio conte or neo. orna se unda ental a ordar o
conte to no ual se insere. N o oss vel ensar o cor o ho e na sua ar cula o co a su e vidade
e a iden dade se discu r a evolu o do undo dos o etos e do ercado V LL 1 .
tual ente ele o eto de discuss o e diversas reas se a no as ecto da sa de na est ca no
eio artís co ou co o su orte ara a oda se re atuante co o u e issor de ensagens.
cor o o ue nos torna resentes no undo. ara Le reton 1 caracterizado
co o u vetor da individuali a o esta elecendo a ronteira da iden dade essoal. trav s dele
constrói-se a relação do indivíduo com o mundo, em meio ao contexto cultural e social em que se
situa. iden dade cultural de cada essoa est inscrita e seu cor o e ani esta se nas in or a es
ue e ana dele e ue rodu e sen do con nua ente. ntes de ual uer coisa a e ist ncia
cor oral L R N 200 . . ortanto o cor o ode ser considerado co o u ndice das
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012120
udan as e curso na sociedade u a ve ue a sorve e re ete as in or a es do a iente no ual
est inserido. seu desenvolvi ento de endente do eio sico e dos contatos ue esta elece.
adr es de co orta ento tra os de u a cultura di logos s ciohist ricos s o as ectos ue ode
ser reconhecidos nos cor os cu a realidade se unda no car ter co unicacional dos seres hu anos
C L R N 200 .
Embora o corpo seja considerado por diversos autores o primeiro veículo de comunicação e
e ress o do ser hu ano concorda se co Cas lho e ar ns 200 ue argu enta ue estando
nu o indiv duo encontra se des rovido de conota es co o se osse u te to co u significado
nico. Villa a 200 confir a ue o cor o n o ala sen o uando cercado de ar cios co erto de
signos. ssi co o os de ais o etos da vida co diana o vestu rio atua co o u con unto de
te tos re leto de signos ue ro etados e ar culados de odo a relacionar seus ele entos er ite
a compreensão da dinâmica que se instaura em determinada sociedade e em determinado período
hist rico. De acordo co Villa a e es 1 .3 o ho e nasce re atura ente co a ele
uito r gil necessitando de rote o ar ficial de nature a sica e ais ainda si lica ois
si olica ente ue se rocessa sua assage iden dade individual e co unit ria . Nesse sen do
a rou a ode ser considerada u a segunda ele ue reco rindo a ri eira co e co ela a
a ar ncia final do su eito C L R N 200 . uando u indiv duo o ta or algu a cor
dentre diversas ou escolhe deter inado tecido ou adere o ele est construindo a sua ensage
dentro do r rio conte to e ressando u a a tude u co orta ento atrav s da linguage das
rou as. Cor os e rou as e iste de or a si i ca. s rou as s o energi adas or a ueles ue as
veste ue or sua ve s o atuali ados or elas V LL 1 .
Para velar 200 a rou a en a a a un o de defini o do ser social. la n o se li ita
si les ente a u a un o de rote o udor ou adere o as i e se co o ele ento de
di erencia o tornando o ves r se u ato de significar. Nesse conte to se esta elece a oda ue
assi co o o cor o u a or a de linguage u siste a cons tu do or signos e usca de
e ress o e co unica o. oda n o trata a enas de tecidos cores e or as as ela ta
u a e tens o do cor o. or eio das escolhas reali adas elo su eito ele concre a ateriali a
sua su e vidade. ara Cas lho 200 . a oda ode ser considerada u ato de resen a do
r rio su eito no undo . Cons tui se co o u dos e tensores do r rio ser hu ano filiando o a
deter inadosdiscursossociais uee ressa suavis ode undo.Decerta or a todasassociedades
veste o cor o se a co inturas tatuagens escarifica es er u es ou rou as ro ria ente ditas
se re co a inten o de construir seu discurso e significar algo. o inserir se no conte to da cultura
cor oral a oda conce ida co o u siste a de significa es or eio do ual o indiv duo cria
valores e interage co o undo e co o outro.
ela ers ec va da sicologia afir a l gel 1 a rou a ode ser tratada co o e tens o
do cor o e rela o aos dese os gostos e h itos. la inter ere na aneira ela ual as rela es
co a uilo ue est ao redor s o esta elecidas co o undo no ual se a arte. cLuhan
1 co ar lha tal uest o ao afir ar ue todo e ual uer ar cio a rou a a casa os eios
de trans orte a televis o a i rensa dentre outros u li ado elo ho e e suas tare as e nas
rela es sociais cons tue e tens es de seu cor o. Dessa or a a rou a integra a cultura cor oral
co o e tens o da ele se a co o ecanis o t r ico se a co o u eio de di erencia o. rou a
co e a i age conce e cada u co o ser social e torna o cor o hu ano cultural ente vis vel.
Cons tui se ortanto u a ar uitetura t l ue arca o a el do su eito na sociedade C L
R N 200 .3 . co o os de ais discursos sociais a oda concre a dese os e necessidades
de u a oca. cada oca a constru o dos tra es e odos de ves r so re odifica es e o
ri eiro territ rio onde isto se e licita o r rio cor o ois so re ele a e se as arcas e os
s olos e ressa se os gestos e uda se os adere os. vestu rio encontra se necessaria ente
sintoni ado s diversas or as ue o cor o assu e no decorrer da hist ria hu ana.
endo o cor o o su orte das rou as e ar culador de significantes necessita reves r se
co as re resenta es significa vas de sua cultura e de seu conte to. No undo conte or neo
concorda Cas lho e ar ns 200 .3 o lane a ento de u tra e ode ser co reendido co o
a ar uitetura e a constru o de u odelo de cor o ue se insere na din ica no dese o e na orde
Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 121
social conte or nea . cor o co certo co ro isso oral co as regras sociais tendo ue se
a ustar a elas e ue ao es o te o usca sua individuali a o a ar r da uilo ue veste V L R
200 . N o se trata ais de aceit lo co o as si de corrigi lo trans or lo e reconstru lo. n o
se ala a enas de e tens es as ta de r teses internas e de inter er ncias da iotecnologia.
s odifica es do cor o aca a rovocando ues ona entos so re a iden dade no undo
conte or neo e virtude dos di erentes odos e ue se a resenta das infinitas ossi ilidades de
ser ves do tecnologi ado desterritoriali ado e su e do a sacri cios e un o da a ar ncia.
o a a co r o a ti a
odo de ves r o cor o a aneira ela ual cada cultura incor orada a ele deter inando o
co o nico o ele ento unda ental da di erencia o. Na eterna usca iden dade a oda
a arece co o u dos ri eiros atores de dis n o a ar r do s culo . or ais ue a oda
se a u a din ica e istente desde o s culo V a ar r de eados do s culo ue ela se ar cula
direta ente cria o e di us o das rou as ao ar ci ar de u siste a de sociedade de classes
advindo do ca italis o industrial e da sociedade urguesa V L R 200 . t o s culo V o su eito
e a rou a ue o ves a or ava u con unto coeso e coerente co as regras sociais de hierar uia
nacionalidade g nero e se er i a u a leitura dessas rela es. sociedades r industriais a
or a de ves r indicava co uita recis o a osi o do indiv duo na estrutura social CR N 200 .
ntretanto o s culo V trou e u a novidade relacionada uest o do vestu rio a ossi ilidade de
rompimento entre o ser e o parecer.
desenvolvi ento das cidades er i u ue se ro esse co a rela o esta elecida entre o
vestu rio e a re resenta o de ertenci ento de u a deter inada co unidade rofiss o ou religi o
vigente or uitos s culos ue nas sociedades tradicionais os a is sociais era rela va ente
fi os. odo de ves r e a a ar ncia indicava i ediata ente a classe social a rofiss o e o status
do indiv duo. rocesso de industriali a o causou a igra o e assa dos tra alhadores das reas
rurais ara os centros ur anos ense ando o surgi ento das etr oles. Nessas grandes etr oles
e r ido cresci ento as essoas vinha de diversos lugares e ra ca ente ningu conhecia
ningu . Cada u ossu a sua r ria hist ria e era tantas essoas e t o ocu adas ue a or a
ais r ca de iden fica o ara conhecer uns aos outros era a ais r ida e direta isto atrav s
da aneira co o se ves a elos o etos si licos ue e i ia elo odo e elo to co ue
alava or eio do r rio co orta ento VC N 2001 .
livre tr nsito de essoas e u cen rio no ual n o havia u real conheci ento de ue
era a ueles indiv duos di erente ente do ue acontecia nos es a os restritos das vilas e aldeias
onde todos conhecia e reconhecia o seu ertenci ento a iliar rofissional et rio ou hier r uico
tornava necess ria a decodifica o de v rios ele entos visuais entre eles a rou a. s essoas
assara a ter u conv vio ais estreito e diversificado tornando se ais suscetíveis avalia o das
outras. s ruas tornara se lugares de e i i o e co e o or ando as elites a criare ele entos
de di erencia o antes restritos de acordo co lugares e ves entas gerando u a reorgani a o nos
es a os licos e na r ria din ica da oda. s essoas ue nunca havia estado t o r i as
u as das outras or longos er odos de te o assara a conviver e ondes e vag es de trens o
ue as o rigava a olhar u as ara as outras V L R 200 .
No s culo as condi es ara ue a a ar ncia osse cada ve ais dissociada do ser
consolidada e de acordo co ilson 1 a a ar ncia su s tuiu a realidade. Li ovets 1
afir a ue a oda te liga o co o ra er de ver as ta co o ra er de ser visto de e i ir
se ao olhar do outro. rela o de cada indiv duo co o outro ta se d atrav s da rou a ue
o envolve or isso o cor o u ele ento de individuali a o e cole vi a o. o se ves r ortanto
o indiv duo ensa no odo ue dese a ser visto elo outro rocurando or as e eios uito
di erenciados de se e ressar de ar cular sua a ar ncia criando e revelando deter inados v nculos
sociais. u a necessidade de ser visto de tornar se resente no undo. rou a co unica a
iden dade de ue a veste e a i age co unicada ode ser trans i da e co reendida de acordo
co os adr es esta elecidos e cada sociedade. i ita o aca a se tornando u a r ca cole va
Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012122
e ue o indiv duo usca iden fica o co o gru o reconhecido co o ator unda ental ara a
sua so reviv ncia. trav s da rou a cada indiv duo escolhe o o de a el ue uer dese enhar
ara ade uar se a deter inado gru o. oda er ite a constru o e e teriori a o da su e vidade
ue ar culada co o consu o e a glo ali a o ro e iden dades rovis rias ue v o udando a
cada o ento V LL 2002 . egundo Cas lho 200 cada indiv duo ao assu ir esta ou a uela
a ar ncia est cons tuindo arte de sua iden dade.
cor o o j o o o co or o
Co o a iden dade unda ental ara o indiv duo vivencia se u a intensa usca de
significados durante a sua or a o co ase nos l los ele entos culturais dis on veis no
undo conte or neo. Na luta ara cons tuir tal iden dade a i age do cor o se esta elece co o
rinci al eio de constru o. ssi o cor o u constante ar culador de significantes reves u se
de re resenta es significa vas de sua cultura de or a a interagir e re resent la e seus anseios
conce es ang s as e ro e es C L 200 . s ovi entos do undo conte or neo
agregara ao cor o outras un es ue uitas ve es v o al de seu li ite na necessidade do ser
hu ano e ani estar sua su e vidade. or essa ers ec va ineg vel a valori a o da i age
e da linguage visual co o onte i rescind vel de co unica o. cor o ue na era industrial era
ani ulado co o u instru ento da rodu o so reu odifica es a ar r do s culo in uenciado
ela din ica socioecon ica e cultural ue caracteri a esse er odo. urge u undo i erso e
or as l las co le as estra ficadas co ronteiras geogr ficas e econ icas ra ca ente
dilu das V L R 200 .
s udan as hist ricas e tecnol gicas esta elecera novos ata ares e configura es de
atos gru os rocessos e circunst ncias e igindo ue o ensa ento osse re or ulado e ade ua o
aos novos ter os ara oder interagir co o novo conte to. redo in ncia das uinas
engenharias de u os e do co asso acelerado desse con unto gerou u a udan a co orta ental
a etando rinci al ente o uadro de valores da sociedade. osterior sociedade de rodu o segue
se a do consu o na ual o indiv duo dei a de ser avaliado elas suas ualidades essoais ou di eren as
ue torna nica a sua ersonalidade ois n o havia ais te o ne es a o ara isso. s essoas
assa a ser a uilo ue conso e undando u a cultura aseada na rela o do arecer e n o do ser
inseridas no contexto de um sistema centrado no mercado, e não nos valores humanos.
erce o do cor o ta in uenciada or essa sociedade da ercadoria ue
do inada ela e ist ncia de u a vasta ga a de i agens ue ro e adr es de re resenta o
cor oral. Nesse o ento o cor o dei a de uncionar co o dado de iden dade fi a e natural
lugar de deli ita o e re er ncia est vel tornando se a e ress o da iden fica o ela uta o
ela ul licidade. Co o u roduto veiculado e diversas dias ele se torna o eto re uente
da ind stria do consu o odendo ser ani ulado e conse uente ente rodu ido. estrutura do
ca italis o aseada na or a do tra alho disci linado aliada ao cresci ento da ind stria de servi os
odifica o es lo de vida da classe tra alhadora en a ando o consu o e o la er V LL
1 . vida nas cidades aiores assa a ser dividida entre as horas do tra alho des nadas ao ganho
do sal rio e as horas de la er ue uitas ve es i lica gasto de dinheiro. cor o assa a ser visto
uito ais co o a uilo ue se te do ue a uilo ue se N NN 2001 .
Nessa dinâmica, os produtos tornam-se bens simbólicos em constante mudança de valores,
dada elo consu o co o u rocesso sociocultural. ara Villa a 2002 as a ro ria es dos rodutos
se d o de v rias or as u a ve ue cada consu idor dota o o eto de u significado ar cular. s
ens si licos aca a deli itando ronteiras entre os gru os criando e de arcando di eren as
au iliando a de arca o de classes e a afir a o de gostos. si olis o desses ens contri ui ara a
constru o de odelos variados ue atuar o co o arcadores sociais. rodu e se agora dese os na
or a de signos e n o de o etos ateriais ortanto ode se di er ue o consu o enos algu a
coisa real e ais ro ria ente u signo or ue o signo ue se dese a V LL 1 . e
antes da odernidade o ser e o arecer estava unidos ela tradi o agora a uni o desses ter os
se estabelece pela vontade do indivíduo, que quer parecer o que não é, não sendo o que parece, mas
Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 123
odendo se tornar este ser. al ogo de a ar ncias s oss vel or eio das trans or a es cor orais
ue se consolida e ar cios ara a reunifica o do ser arecer.
cor o neste conte to ta se torna u roduto ue u a das tend ncias da
sociedade de consu o atri uir ao indiv duo a res onsa ilidade ela las cidade cor rea. cor o
natural uitas ve es considerado o soleto vive se nu undo no ual o ar ficial e a a ar ncia s o
ais i ortantes ue este cor o. cultura de consu o ins ga a cria o de necessidades e dese os
e ossi ilita u n ero aior de o es. indiv duo da sociedade de consu o inserido nu
es ectro glo al de u os redes e i agens u a rodu o incessante de servi os e dese os V LL
1 . resencia se u orte i agin rio conte or neo ue usca no cor o assi co o e outros
o etos u a oss vel verdade so re si es o a uela ue a sociedade arece n o conseguir ais
lhe ro orcionar u a ve ue a evolu o desen reada da tecnologia causa sen entos de a ea a e
incerte a ao ho e conte or neo. ssi na alta de reali ar se e sua r ria e ist ncia rocura
reali ar se or eio de seu cor o trans or ado segundo seus dese os e inten es.
revolu o tecnol gica n o alterou a enas os h itos e aneiras dos indiv duos e rela o
ao seu odo de viver de interagir co o undo e co os outros ao seu redor as in uenciou
rinci al ente sua udan a sica. nova est ca iden t ria dirigida ela uta o. cor o
assou a rece er u infind vel n ero de in or a es e u a e tensa uan dade de su st ncias
ara conseguir viver elhor. ais trans or a es inde endente da aior ou enor vincula o co a
est ca contri ue ara a altera o do cor o e ro ove novo co orta ento e nova vida.
a or a o a a
ul lica o nu curto intervalo de te o de redes de co utadores trans iss o or
sat lite ca os de fi ras cas e ecanis os eletr nicos de trans er ncia de dados e in or a es
em alta velocidade, desencadeou uma revolução na comunicação. A introdução de novas técnicas
gerou u a din ica e ue o otencial trans or ador das sociedades odernas se ul licou
nu a velocidade uito aior do ue a necess ria ara ue as essoas udesse co reender ou
re e r so re seus i actos uturos. ssa revolu o na co unica o er i u o ortaleci ento da
u licidade e o consu is o tornando os a ideologia or e cel ncia. odo o legado cultural oi dilu do
nu con unto de r ulas adroni adas de e tens o dura o e e eito calculados ara tere re o
ni o e un o de u a a lia o i a de seu consu o. De acordo co Ja eson 1 tudo
na sociedade de consu o assu iu u a di ens o est ca. Co a tecnologia surgiu a otografia o
cine a a televis o ossi ilitando a divulga o e a u lica o de i agens. s c eras se tornara
cada ve ais si les e uenas e leves. s fil es se tornara alados e coloridos en uanto as
televis es se ro agara via ca o sat lite e at es o on line.
De ato sa e se ue a vis o u dos ais atuantes canais sensoriais do ho e ois ela
ue a re ca inho a reens o de significa es nas linguagens. e eri ncia de undo de cada
indiv duo reali a se or eio dos sen dos. ri eira e eri ncia or ue assa u a crian a e seu
rocesso de a rendi age ocorre atrav s da consci ncia t l. l desse conheci ento anual
o reconheci ento inclui o ol ato a audi o e o aladar nu intenso e ecundo contato co o
eio a iente. stes sen dos s o ra ida ente intensificados e su erados elo lano ic nico a
ca acidade de ver reconhecer e co reender e ter os visuais as or as a ientais e e ocionais.
ra ca ente desde a ri eira e eri ncia de undo assa se a organi ar as necessidades e os
ra eres as re er ncias e os te ores co ase na uilo ue se v . Dentre os cinco sen dos o olhar
oi rivilegiado. ara o historiador ichel de Certeau 1 . a sociedade conte or nea se
caracteriza por um crescimento canceroso da visão, medindo a tudo por sua capacidade de se mostrar
ou de ser visto e trans or ando a co unica o nu ercurso visual . Vive se se re co a sensa o
de ue a realidade enos interessante do ue a i age dela es a 200 . indiv duo
se v erdido nu a din ica ue o erece tudo e ceto u a solu o ara concre ar sua iden dade
devido ao a arrota ento de i agens de vida ue s o o erecidas elo consu o. ssa e los o de
i agens unta ente co o avan o tecnol gico coloca e crise a ra o a endo do cor o a su er cie
rivilegiada ara a inscri o de sen dos ara o ca inho do ser e do tornar se na usca da re erida
Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
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iden dade.
De acordo co agalh es 200 . 0 ho e ha ita se u undo e ue u a i age
vale or il alavras o ue resulta nu a situa o na ual as i agens s o ais i ortantes ue os
conte dos. su re acia do olhar e da visualidade revalece so re os outros sen dos. ora se a
indiscutível a i ort ncia da i age co o ortadora de in or a es ue rodu e sen do a sua
valori a o e detri ento alavra ao ensa ento su e vidade leva a u undo de a ar ncia
e su erficialidade no ual o ais relevante reside na uilo ue se v e ue se ostra. velocidade da
circula odasi agens rovocadiscuss esso reacrisedare resenta o da erdadosrelatos ro etos
e unda entos sendo valori ado nova ente o cor o e o odo de se a resentar na usca de u a
iden dade social. Nu cen rio a arente ente ca co de u undo rag entado caleidosc ico
ha itado or si ulacros e i agens atenta se ara o ue ocorre na rea da erce o visual u e eito
do inante ue arece u a avalanche de i agens ue e aralha e o usca os olhos tornando
os indiv duos antes v as ue senhores do r rio olhar VC N 2001 . Co arando os seres
hu anos ao co orta ento de si les a e as ant nna 2001 afir a ue co o se todos agisse
se re or re e os e a ais ela re e o ois es o havendo in or a o e grande uan dade
n o h te o suficiente ara assi il la e esta in or a o aca a sendo si les ente acu ulada.
s sinais n o s o decodificados ortanto n o se torna in or a es. No rit o e ue as udan as
ocorre rovavel ente nunca se ter te o suficiente ara arar e re e r tornando se cada ve
enos i ortante a ergunta so re a causa e e eito de todos os rocessos ue defini va ente
essa inser o nu a rede velo rovoca u curto circuito nos sen dos.
egundo evcen o 2001 oi a ar r da introdu o da i rensa ecani ada ue se consolidou
esta cultura centrada na vis o ue en a a valores a stratos racionais hier r uicos e cu ula vos
al do anseio elo uturo.
advento das t cnicas eletro eletr nicas re or ulou esse conte to ao atri uir u
novo a el ao olhar n o ais est co co o a uele condicionado ela i rensa
e ela ers ec va linear do Renasci ento as u olhar agora oni otente e
oni resente din ico vers l intrusivo ca a de se des render dos li ites do
te o e do es a o. VC N 2001 . 0
a ita se u undo onde h u o ardeio aci o e aleat rio de in or a es ue n o se
cons tue co o u todo. realidade rag entada e retalhos co osta or viv ncias arciais.
N o h u a cren a na totalidade visto ue esta lural. a iente conte or neo ovoado
ela ci ern ca ela ro ca ela edicina nuclear u a verdadeira Revolu o da icroeletr nica
co o deno ina evcen o 2001 . 1 . sse undo ode ser tradu ido or i agens e signos e a
velocidade sua caracter s ca ais arcante.
surto ver ginoso das trans or a es tecnol gicas n o a enas a ole a erce o
do te o ele ta o scurece as re er ncias do es a o. oi esse o e eito ue
levou os t cnicos a or ular o conceito de glo ali a o i licando ue ela
densa conec vidade de toda a rede de co unica es e in or a es envolvendo o
con unto do laneta tudo se tornou u a coisa s . VC N 2001 . 20
ste undo a arrotado de i agens a onta u cor o ideal dese ado or todos adroni ado
onito leve e ove total ente constru do e er eito se rugas ne doen as co r teses
e rilhos u cor o virtual retocado e a cada dia ais las ficado L 200 . Na usca
de ade uar o cor o ao es a o ue lhe oi des nado a uele ue considerado co o u e de
consu o ue ode ser co erciali ado e co o ade uar aos adr es de er ei o esta elecidos
ue se tradu e or gil ove leve e saud vel criou se certa o ia e todos os recursos oss veis
s o u li ados ara con uistar este cor o. No entanto co o ele est total ente distante do natural
reciso estar dentro de outro cor o es o ue ara isso se a necess rio retalh lo e incor orar a
ele outros ele entos ar ficiais ue er ita ue este se antenha elo e eterna ente ove . Neste
Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 12
undo e ue a elicidade dei a de ser u a virtude ara se trans or ar e o eto de consu o a
sa de to a o es o ru o e o indiv duo co e a a uscar or u cor o ca a de se ovi entar or
uitos es a os e ultra assar todas as ronteiras.
e cessodein or a ocolocae crisea aneiradeseiden ficareseriden ficado elooutro
or ue ao a andonar u an go siste a r gido de regras a oda assa a ser u a estrat gia cor oral
na busca de mais expressão, propiciando movimentos de simulação e dissimulação, aumentando o
oder do cor o de a etar e ser a etado V LL 2002 . 3 . Nesse eio o ecanis o vigente na
sociedade age so re o cor o ins gando o dese o de arecer se co o outro a uele ue u re e o
de tudo a uilo co ue se violenta ente o ardeado algo co o u roduto ual uer nu a
urg ncia ara o resente ue se esgota no a arecer V LL 2002 . vasto ca o de i age
considerado adr o o erecido co o se osse a nica re er ncia ara se a resentar o cor o o
vestu rio e a ele a.
rela o te oral est sendo alterada ela revolu o in or acional ocasionando udan as
na erce o sensorial do ser hu ano. u a sensa o de desnortea ento de va io de alta de
re er ncias 200 . udoest e estado er anentedeconstru oedesconstru o sendo
e ero assageiro e transit rio. ara audrillard 1 0 . 2 esse rocesso assa ela uest o da
este a o da vida co diana e ela trans or a o da realidade e i agens caracteri adas segundo
Ja eson 1 ela erda de sen do de hist ria e rag enta o do te o nu a s rie de resentes
er tuos e ue se verifica a e eri ncia de intensidades ul r nicas co o a aga ento da
ronteira entre o real e a i age nu a cultura se ro undidade arcada ela so recarga sensorial.
Nesse sen do a este a o da vida re ere se ao u o velo dos signos e das i agens ue satura o
co diano na sociedade conte or nea. velocidade das trans or a es conte or neas a co
ue cada ve ais o es a o n o se a visto co o algo e terior ao indiv duo assando a ele ento
cons tu vo de sua estrutura o V LL 1 .
oc a o o o a r o ético
undo est udando as a novidade n o consiste na udan a e si afinal isto se re
aconteceu. di erencial est na grande velocidade co ue as udan as ocorre . ar r do
momento em que tal velocidade é conquistada, todo peso material tende a ser percebido como um
ero o st culo a ser ultra assado o ue torna o eso do cor o u deles. rocura se evitar ue ele
se a u i edi ento ara oder entrar e todos os lugares assar or todos os te os navegar e
eio a di erentes culturas N NN 2001 . indiv duo v na velocidade o signo do dina is o e na
trans ar ncia na leve a do cor o a i age de u undo ue o erece a ossi ilidade de assar or
tudo e todos se nunca ser de do.
a das tend ncias da conte oraneidade o odo co o olha os todas as
coisas uito su erficial e inco leta ente e de aneira alienada. sse odo
hori ontali ado re ete se se re co coisas e lugares e isso se deve asica ente
a u ator recorrente da vida oderna a velocidade. velocidade redu dist ncias
altera o conceito de tempo e a dimensão dos espaços abolindo também a
ers ec va da tridi ensionalidade ara a idi ensionalidade sen do lano
i agens cha adas se ro undidade. C L 200 . 2
ssa su erficialidade ue uitas ve es rovoca u a vis o distorcida da realidade ta
ode ser iden ficada uando se trata do cor o. ser hu ano a resenta u a rela o ins gante co
seu r rio cor o e co a i age ue or ele se constr i. egundo ou a 200 . 33 e ora
a estrutura cor rea a resente tr s di ens es os indiv duos ossue u a consci ncia a strata
dessa tridi ensionalidade ois oucos erce e co e a d o o r rio cor o. geral a i age
cor oral ue o su eito te de si u a figura lana se ro undidade. idi ensionalidade e clui
a condi o do cor o de se a resentar co o tridi ensional as ecto ri ordial ara o cor o ves do
ara a rodu o no es a o das a es e e eri ncias sensoriais da o ilidade da assa ue se torna
Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 201212
visualidade rocessando a a ar ncia. di ens o da ro undidade ue d aterialidade o sen do
de ser algo al vel cor reo erde se no universo de i agens lanas das re resenta es i ag cas
su erficiais. es uita 200 afir a ue o indiv duo aca a es uecendo se de sen r seu cor o real
ue ossui vivacidade e sensi ilidade e virtude de in eras vari veis co o a su ervalori a o da
a ar ncia a alta de te o e a usca eterna uventude. ara a autora isto acarreta u a ai a
propriocepção, que se trata da capacidade de perceber o próprio corpo.
velocidade ue tanto a eta a aneira co o se erce e e se sente o undo e as coisas ao
redor teve in cio co as udan as tecnol gicas. Revolu o ndustrial trou e a acelera o do te o
da rodu o o ue ro orcionou udan as r idas na reconfigura o dos es a os sociais e ol cos
V LL 1 . ssi co o as inova es tecnol gicas alterara as estruturas econ ica
social e ol ca udara ao es o te o a condi o de vida das essoas e as suas ro nas. Nu a
sociedade alta ente ecani ada ho ens e ulheres deveria se ada tar ao rit o e acelera o
das uinas e n o o contr rio VC N 2001 . N o a enas a erce o do te o oi a etada ela
velocidade as o organis o hu ano ta assou a arcar co as conse u ncias dessa acelera o.
De acordo co ant nna 2001 . o organis o hu ano devia tra alhar cada ve ais r ido
uei ar co acilidades os ali entos e trans or los e energia rodu va asse elhando se ao
otor de co ust o intensa ente resente no co diano das essoas da uele er odo a aioria da
classe trabalhadora.
velocidade n o estaria associada a enas ao rocesso de rodu o nas ind strias as ela
co e ava a se inserir nas cidades or ulando u novo adr o est co. s auto veis aos oucos
to ara o lugar dos trans ortes de tra o ani al e as or as aerodin icas ganhara desta ue ao
de onstrar ue do inava o ovi ento e a acelera o N NN 2001 . econo ia de or as
so re u ni o de volu e trans or ou se na est ca do inante tanto nos auto veis uanto
nos eletrodo s cos e veis. Contudo uitas das or as co linhas aerodin icas ora guiadas
or reocu a es ura ente es l s cas a e e lo de a arelhos do s cos co o as iradores e
re rigeradores nos uais n o se detectava u a necessidade real ue us ficasse o co orta ento
aerodin ico LL LL 2001 . ntretanto essa tend ncia in uenciou ta a a ar ncia dos
oradores das grandes cidades con or e afir a ant nna 2001 . 3 cor os longil neos ca a es
de ostrar agilidade e e i ilidade es ecial ente no tra alho arecia ornecer u estado de
dec ncia e eleg ncia incontest vel . Co esta es cie de generali a o da avers o a tudo o ue
i ediria a e erg ncia das or as e a tudes aerodin icas instaurou se a intoler ncia ao eso e a
toda espera.
Paralelamente, a moda, sendo um elemento substancial da modernidade, instrumento para
detectar o es rito do te o segundo caracteri a lugel 1 assou a ser enos u a sucess o de
volu es e uito ais u ogo de linhas so re u es a o lano. eguindo a est ca do aerodina is o
novos adr es co orta entais a resentara se desafiando os valores orais da oca co o a
de ila o de ernas e a ilas e o uso de cre es an rrugas. inves ento no aerodina is o dos
costu es e das a ar ncias uniu se har oniosa ente valori a o do auto a s o e da uventude.
sso incen vou o surgi ento de adr es encontrados at ho e na sociedade co o a ra cidade dos
ca elos lisos ceis e r idos de entear e a usca or rostos isentos de arcas do te o re e ndo
u a ele a sint ca ue e ressa uventude e agilidade. ara ant nna 2001 . esses odis os
acentua a avers o aos relevos e id r icos e a toda su er cie ue n o se a u convite ao to ue
e ero e ao asseio r ido do olhar .
ode se afir ar ue o asseio r ido do olhar est in a ente ligado ao adr o est co
do cor o agro u a ve ue ele evoca u a econo ia de te o ara ue o a recia olha se ais
r ido u agro do ue u gordo N NN 2001 .23 . Nos dias atuais e ue a acelera o
se a t o resente a l s ca do cor o aca a sendo o sessiva ente re odelada. ora durante
s culos o cor o vesse sido considerado o es elho da al a agora ele cha ado a ocu ar o seu lugar
as so a condi o de se converter co leta ente e oa or a. gordura ue e outros er odos
estava associada sa de ri ue a e oder assa a ser vista co o algo ue atra alha inco oda ocu a
es a o. s cor os gordos e redondos ue at o in cio do s culo e i ia o char e de seu eso co
orgulho significandosa dee restígiosocial ho en os o ais ro ciosnosa arta entos in sculos
Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 12
carros in sculos cadeiras in sculas. ue n o cou er aca a se considerando descartado garante
agalh es 200 .
redu o do es a o se e ressa rinci al ente nas uinas e nos o etos de uso essoal.
Centenas de arte atos eletr nicos tende a ter a e tens o de suas dist ncias redu idas o ue
acilita a tare a de ort los. iniaturi a o dos o etos e dos es a os torna se unta ente co a
acelera o tend ncia ue in uencia o odo de vida da sociedade conte or nea. or as e volu es
s o cada ve ais controlados constru dos e ideali ados u a i age da er ei o. velocidade
su s tui a dura o elo instant neo e neste ercurso a aterialidade dos cor os assa or u a
desmaterialização.
Com a velocidade intensamente presente na contemporaneidade, os indivíduos tornam-se
devoradores de conceitos rontos r oldados r a ricados. ara n o se erder uito te o
re e ndo o ta se or co rar u a i age ronta e a lic la vida. Desse odo torna se todos
prisioneiros de um olhar sempre atrelado aos modelos impostos. Embora a moda possibilite a cada um,
a cons tui o de sua su e vidade na usca ela di erencia o uitas ve es os indiv duos aca a
asse elhando se uns aos outros or se re erenciare na es a diversidade de adr es di undidos
pelo mundo. Nesse aspecto, a moda acaba por cair em um sistema contraditório: ao atuar como um
ecanis o de lurali a o das di eren as inserindo a novidade ela di erencia os su eitos ao es o
te o e ue os torna ais se elhantes. ara Li ovets 1 a a ig idade da oda est no
ato de ue ao es o te o e ue ela ossi ilita a individuali a o or eio de instru entos
di erenciados aralela ente ta ro e a adroni a o do ves r. No es o instante e ue
se rodu a di eren a dando su orte ao indiv duo ara esta elecer sua di erencia o ela anulada
servindo co o adroni a o do vestu rio nova ente e u rocesso hori ontali ante ue o edece
a normas pré-estabelecidas.
o ra a
cor o u dos o etos ue ais assu e valores si licos relevantes no cen rio
conte or neo. or eio dele cada indiv duo cons tui se co o su eito construindo sua i age
co o or a de intera o co o undo e co os outros ao redor. resen a do vestu rio a se
necess riaco ointer ediadoradestasrela es. ave uecadasociedadecriaseusvalores arou a
n o se li ita un o de rote o udor ou adere o as cons tui se u ele ento de di erencia o.
ortanto a oda assi co o o cor o considerada u a or a de linguage . oda evidencia as
udan as de cada oca or ue as necessidades de cada er odo hist rico s o concre adas atrav s
dos cor os dos indiv duos elo vestu rio ue so re odifica es sintoni ado aos dese os de cada
momento da história humana.
Na contemporaneidade, mais do que em contextos anteriores, os corpos são redesenhados
co as arcas desse er odo devido s in eras ossi ilidades de sere ves dos tecnologi ados
ou su e dos a sacri cios e un o da a ar ncia. s evolu es tecnol gicas deter ina u a
re or ula oco orta ental a etando rinci al enteo uadrodevaloresdasociedade. vestu rio
ue antes caracteri ava o su eito segundo as regras sociais de hierar uia g nero ou rofiss o dei a de
dese enhar tal un o ao ro er se a rela o entre o ser e o arecer. Co o surgi ento das cidades
consolida se as condi es ara ue a a ar ncia este a cada ve ais dissociada do ser.
eio a in eras udan as de u a sociedade industrial ara u a sociedade ca italista
as essoas assa a ser a uilo ue conso e undando u a cultura aseada na rela o do arecer.
s rela es torna se su erficiais se ro undidade e o cor o assi co o ual uer outro o eto
trans or a se e ercadoria e osto e diversas dias a resentando se co o u odelo
ideal ove e las ficado. velocidade da circula o das i agens no conte or neo rovoca
discuss es so re a crise da re resenta o e a erda dos unda entos. nstaura se u a sensa o de
desnortea ento e de va io ue coloca e uest o a usca ela iden dade a esar da a und ncia
de in or a o a alta de te o n o er ite ue se a assi ilada.
velocidade gera novos adr es est cos e co orta entais. cor o leve agro
idi ensionali ado i osto ela aerodin ica ela econo ia de or as ela iniaturi a o
Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 201212
dos o etos e es a os. tal conte to co or as rontas o erecidas a todo o o ento rit o
acelerado e aus ncia de te o ara ues ona entos e re e es a oda ue deveria ser u ator de
di erencia o u ecanis o u li ado elo su eito co o eio de e teriori a o de sua su e vidade
cai nu siste a contradit rio o edecendo a regras i ostas.
r c a
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Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
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Corpo e moda na contemporaneidade

  • 1. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 119 or o o a a P r cti a o o or o Body and fashion from the perspective of contemporary ra a o a Graduanda; Universidade Estadual de Londrina aline_znd@yahoo.com o a Pa r c a o Doutoranda; Fac. de Arquitetura, Artes e Comunicação, UNESP patmel@sercomtel.com.br RESUMO resente ar go discute a rela o ue se esta elece entre cor o e oda e eio s udan as hist ricas e tecnol gicas ue trans or ara a sociedade. a ordage so a or a de levanta ento hist rico er ite o estudo das re resenta es sociais e au ilia na iden fica o dos atores ue ocasionara udan as significa vas no siste a e ue reorientara o co orta ento alterando valores e ensa entos. No conte to da conte oraneidade a oda ostra se a gua na edida e ue atua co o ator de di erencia o e ao es o te o o edece a regras e adr es i ostos. Pa a ra a : Corpo; Moda; Contemporâneo. ABSTRACT This article discusses the relationship established between the body and the concept of fashion among the historical and technological changes that have transformed the society. The approach is based on historical research. It allows the study of the social representations and it provides the means to identify the factors that caused major changes in the system, redirecting its behavior and modifying the values and thoughts of society. Nowadays, the fashion is ambiguous, since on one hand it acts as a differentiation factor and, on the other hand, it complies with the rules and standards self-imposed. Keywords: Body; Fashion; Contemporary. cor o arca ti r a Muitas são as possibilidades que se apresentam quando o assunto a ser abordado é o corpo, rinci al ente uando integrante do cen rio conte or neo. orna se unda ental a ordar o conte to no ual se insere. N o oss vel ensar o cor o ho e na sua ar cula o co a su e vidade e a iden dade se discu r a evolu o do undo dos o etos e do ercado V LL 1 . tual ente ele o eto de discuss o e diversas reas se a no as ecto da sa de na est ca no eio artís co ou co o su orte ara a oda se re atuante co o u e issor de ensagens. cor o o ue nos torna resentes no undo. ara Le reton 1 caracterizado co o u vetor da individuali a o esta elecendo a ronteira da iden dade essoal. trav s dele constrói-se a relação do indivíduo com o mundo, em meio ao contexto cultural e social em que se situa. iden dade cultural de cada essoa est inscrita e seu cor o e ani esta se nas in or a es ue e ana dele e ue rodu e sen do con nua ente. ntes de ual uer coisa a e ist ncia cor oral L R N 200 . . ortanto o cor o ode ser considerado co o u ndice das
  • 2. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012120 udan as e curso na sociedade u a ve ue a sorve e re ete as in or a es do a iente no ual est inserido. seu desenvolvi ento de endente do eio sico e dos contatos ue esta elece. adr es de co orta ento tra os de u a cultura di logos s ciohist ricos s o as ectos ue ode ser reconhecidos nos cor os cu a realidade se unda no car ter co unicacional dos seres hu anos C L R N 200 . Embora o corpo seja considerado por diversos autores o primeiro veículo de comunicação e e ress o do ser hu ano concorda se co Cas lho e ar ns 200 ue argu enta ue estando nu o indiv duo encontra se des rovido de conota es co o se osse u te to co u significado nico. Villa a 200 confir a ue o cor o n o ala sen o uando cercado de ar cios co erto de signos. ssi co o os de ais o etos da vida co diana o vestu rio atua co o u con unto de te tos re leto de signos ue ro etados e ar culados de odo a relacionar seus ele entos er ite a compreensão da dinâmica que se instaura em determinada sociedade e em determinado período hist rico. De acordo co Villa a e es 1 .3 o ho e nasce re atura ente co a ele uito r gil necessitando de rote o ar ficial de nature a sica e ais ainda si lica ois si olica ente ue se rocessa sua assage iden dade individual e co unit ria . Nesse sen do a rou a ode ser considerada u a segunda ele ue reco rindo a ri eira co e co ela a a ar ncia final do su eito C L R N 200 . uando u indiv duo o ta or algu a cor dentre diversas ou escolhe deter inado tecido ou adere o ele est construindo a sua ensage dentro do r rio conte to e ressando u a a tude u co orta ento atrav s da linguage das rou as. Cor os e rou as e iste de or a si i ca. s rou as s o energi adas or a ueles ue as veste ue or sua ve s o atuali ados or elas V LL 1 . Para velar 200 a rou a en a a a un o de defini o do ser social. la n o se li ita si les ente a u a un o de rote o udor ou adere o as i e se co o ele ento de di erencia o tornando o ves r se u ato de significar. Nesse conte to se esta elece a oda ue assi co o o cor o u a or a de linguage u siste a cons tu do or signos e usca de e ress o e co unica o. oda n o trata a enas de tecidos cores e or as as ela ta u a e tens o do cor o. or eio das escolhas reali adas elo su eito ele concre a ateriali a sua su e vidade. ara Cas lho 200 . a oda ode ser considerada u ato de resen a do r rio su eito no undo . Cons tui se co o u dos e tensores do r rio ser hu ano filiando o a deter inadosdiscursossociais uee ressa suavis ode undo.Decerta or a todasassociedades veste o cor o se a co inturas tatuagens escarifica es er u es ou rou as ro ria ente ditas se re co a inten o de construir seu discurso e significar algo. o inserir se no conte to da cultura cor oral a oda conce ida co o u siste a de significa es or eio do ual o indiv duo cria valores e interage co o undo e co o outro. ela ers ec va da sicologia afir a l gel 1 a rou a ode ser tratada co o e tens o do cor o e rela o aos dese os gostos e h itos. la inter ere na aneira ela ual as rela es co a uilo ue est ao redor s o esta elecidas co o undo no ual se a arte. cLuhan 1 co ar lha tal uest o ao afir ar ue todo e ual uer ar cio a rou a a casa os eios de trans orte a televis o a i rensa dentre outros u li ado elo ho e e suas tare as e nas rela es sociais cons tue e tens es de seu cor o. Dessa or a a rou a integra a cultura cor oral co o e tens o da ele se a co o ecanis o t r ico se a co o u eio de di erencia o. rou a co e a i age conce e cada u co o ser social e torna o cor o hu ano cultural ente vis vel. Cons tui se ortanto u a ar uitetura t l ue arca o a el do su eito na sociedade C L R N 200 .3 . co o os de ais discursos sociais a oda concre a dese os e necessidades de u a oca. cada oca a constru o dos tra es e odos de ves r so re odifica es e o ri eiro territ rio onde isto se e licita o r rio cor o ois so re ele a e se as arcas e os s olos e ressa se os gestos e uda se os adere os. vestu rio encontra se necessaria ente sintoni ado s diversas or as ue o cor o assu e no decorrer da hist ria hu ana. endo o cor o o su orte das rou as e ar culador de significantes necessita reves r se co as re resenta es significa vas de sua cultura e de seu conte to. No undo conte or neo concorda Cas lho e ar ns 200 .3 o lane a ento de u tra e ode ser co reendido co o a ar uitetura e a constru o de u odelo de cor o ue se insere na din ica no dese o e na orde Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
  • 3. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 121 social conte or nea . cor o co certo co ro isso oral co as regras sociais tendo ue se a ustar a elas e ue ao es o te o usca sua individuali a o a ar r da uilo ue veste V L R 200 . N o se trata ais de aceit lo co o as si de corrigi lo trans or lo e reconstru lo. n o se ala a enas de e tens es as ta de r teses internas e de inter er ncias da iotecnologia. s odifica es do cor o aca a rovocando ues ona entos so re a iden dade no undo conte or neo e virtude dos di erentes odos e ue se a resenta das infinitas ossi ilidades de ser ves do tecnologi ado desterritoriali ado e su e do a sacri cios e un o da a ar ncia. o a a co r o a ti a odo de ves r o cor o a aneira ela ual cada cultura incor orada a ele deter inando o co o nico o ele ento unda ental da di erencia o. Na eterna usca iden dade a oda a arece co o u dos ri eiros atores de dis n o a ar r do s culo . or ais ue a oda se a u a din ica e istente desde o s culo V a ar r de eados do s culo ue ela se ar cula direta ente cria o e di us o das rou as ao ar ci ar de u siste a de sociedade de classes advindo do ca italis o industrial e da sociedade urguesa V L R 200 . t o s culo V o su eito e a rou a ue o ves a or ava u con unto coeso e coerente co as regras sociais de hierar uia nacionalidade g nero e se er i a u a leitura dessas rela es. sociedades r industriais a or a de ves r indicava co uita recis o a osi o do indiv duo na estrutura social CR N 200 . ntretanto o s culo V trou e u a novidade relacionada uest o do vestu rio a ossi ilidade de rompimento entre o ser e o parecer. desenvolvi ento das cidades er i u ue se ro esse co a rela o esta elecida entre o vestu rio e a re resenta o de ertenci ento de u a deter inada co unidade rofiss o ou religi o vigente or uitos s culos ue nas sociedades tradicionais os a is sociais era rela va ente fi os. odo de ves r e a a ar ncia indicava i ediata ente a classe social a rofiss o e o status do indiv duo. rocesso de industriali a o causou a igra o e assa dos tra alhadores das reas rurais ara os centros ur anos ense ando o surgi ento das etr oles. Nessas grandes etr oles e r ido cresci ento as essoas vinha de diversos lugares e ra ca ente ningu conhecia ningu . Cada u ossu a sua r ria hist ria e era tantas essoas e t o ocu adas ue a or a ais r ca de iden fica o ara conhecer uns aos outros era a ais r ida e direta isto atrav s da aneira co o se ves a elos o etos si licos ue e i ia elo odo e elo to co ue alava or eio do r rio co orta ento VC N 2001 . livre tr nsito de essoas e u cen rio no ual n o havia u real conheci ento de ue era a ueles indiv duos di erente ente do ue acontecia nos es a os restritos das vilas e aldeias onde todos conhecia e reconhecia o seu ertenci ento a iliar rofissional et rio ou hier r uico tornava necess ria a decodifica o de v rios ele entos visuais entre eles a rou a. s essoas assara a ter u conv vio ais estreito e diversificado tornando se ais suscetíveis avalia o das outras. s ruas tornara se lugares de e i i o e co e o or ando as elites a criare ele entos de di erencia o antes restritos de acordo co lugares e ves entas gerando u a reorgani a o nos es a os licos e na r ria din ica da oda. s essoas ue nunca havia estado t o r i as u as das outras or longos er odos de te o assara a conviver e ondes e vag es de trens o ue as o rigava a olhar u as ara as outras V L R 200 . No s culo as condi es ara ue a a ar ncia osse cada ve ais dissociada do ser consolidada e de acordo co ilson 1 a a ar ncia su s tuiu a realidade. Li ovets 1 afir a ue a oda te liga o co o ra er de ver as ta co o ra er de ser visto de e i ir se ao olhar do outro. rela o de cada indiv duo co o outro ta se d atrav s da rou a ue o envolve or isso o cor o u ele ento de individuali a o e cole vi a o. o se ves r ortanto o indiv duo ensa no odo ue dese a ser visto elo outro rocurando or as e eios uito di erenciados de se e ressar de ar cular sua a ar ncia criando e revelando deter inados v nculos sociais. u a necessidade de ser visto de tornar se resente no undo. rou a co unica a iden dade de ue a veste e a i age co unicada ode ser trans i da e co reendida de acordo co os adr es esta elecidos e cada sociedade. i ita o aca a se tornando u a r ca cole va Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
  • 4. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012122 e ue o indiv duo usca iden fica o co o gru o reconhecido co o ator unda ental ara a sua so reviv ncia. trav s da rou a cada indiv duo escolhe o o de a el ue uer dese enhar ara ade uar se a deter inado gru o. oda er ite a constru o e e teriori a o da su e vidade ue ar culada co o consu o e a glo ali a o ro e iden dades rovis rias ue v o udando a cada o ento V LL 2002 . egundo Cas lho 200 cada indiv duo ao assu ir esta ou a uela a ar ncia est cons tuindo arte de sua iden dade. cor o o j o o o co or o Co o a iden dade unda ental ara o indiv duo vivencia se u a intensa usca de significados durante a sua or a o co ase nos l los ele entos culturais dis on veis no undo conte or neo. Na luta ara cons tuir tal iden dade a i age do cor o se esta elece co o rinci al eio de constru o. ssi o cor o u constante ar culador de significantes reves u se de re resenta es significa vas de sua cultura de or a a interagir e re resent la e seus anseios conce es ang s as e ro e es C L 200 . s ovi entos do undo conte or neo agregara ao cor o outras un es ue uitas ve es v o al de seu li ite na necessidade do ser hu ano e ani estar sua su e vidade. or essa ers ec va ineg vel a valori a o da i age e da linguage visual co o onte i rescind vel de co unica o. cor o ue na era industrial era ani ulado co o u instru ento da rodu o so reu odifica es a ar r do s culo in uenciado ela din ica socioecon ica e cultural ue caracteri a esse er odo. urge u undo i erso e or as l las co le as estra ficadas co ronteiras geogr ficas e econ icas ra ca ente dilu das V L R 200 . s udan as hist ricas e tecnol gicas esta elecera novos ata ares e configura es de atos gru os rocessos e circunst ncias e igindo ue o ensa ento osse re or ulado e ade ua o aos novos ter os ara oder interagir co o novo conte to. redo in ncia das uinas engenharias de u os e do co asso acelerado desse con unto gerou u a udan a co orta ental a etando rinci al ente o uadro de valores da sociedade. osterior sociedade de rodu o segue se a do consu o na ual o indiv duo dei a de ser avaliado elas suas ualidades essoais ou di eren as ue torna nica a sua ersonalidade ois n o havia ais te o ne es a o ara isso. s essoas assa a ser a uilo ue conso e undando u a cultura aseada na rela o do arecer e n o do ser inseridas no contexto de um sistema centrado no mercado, e não nos valores humanos. erce o do cor o ta in uenciada or essa sociedade da ercadoria ue do inada ela e ist ncia de u a vasta ga a de i agens ue ro e adr es de re resenta o cor oral. Nesse o ento o cor o dei a de uncionar co o dado de iden dade fi a e natural lugar de deli ita o e re er ncia est vel tornando se a e ress o da iden fica o ela uta o ela ul licidade. Co o u roduto veiculado e diversas dias ele se torna o eto re uente da ind stria do consu o odendo ser ani ulado e conse uente ente rodu ido. estrutura do ca italis o aseada na or a do tra alho disci linado aliada ao cresci ento da ind stria de servi os odifica o es lo de vida da classe tra alhadora en a ando o consu o e o la er V LL 1 . vida nas cidades aiores assa a ser dividida entre as horas do tra alho des nadas ao ganho do sal rio e as horas de la er ue uitas ve es i lica gasto de dinheiro. cor o assa a ser visto uito ais co o a uilo ue se te do ue a uilo ue se N NN 2001 . Nessa dinâmica, os produtos tornam-se bens simbólicos em constante mudança de valores, dada elo consu o co o u rocesso sociocultural. ara Villa a 2002 as a ro ria es dos rodutos se d o de v rias or as u a ve ue cada consu idor dota o o eto de u significado ar cular. s ens si licos aca a deli itando ronteiras entre os gru os criando e de arcando di eren as au iliando a de arca o de classes e a afir a o de gostos. si olis o desses ens contri ui ara a constru o de odelos variados ue atuar o co o arcadores sociais. rodu e se agora dese os na or a de signos e n o de o etos ateriais ortanto ode se di er ue o consu o enos algu a coisa real e ais ro ria ente u signo or ue o signo ue se dese a V LL 1 . e antes da odernidade o ser e o arecer estava unidos ela tradi o agora a uni o desses ter os se estabelece pela vontade do indivíduo, que quer parecer o que não é, não sendo o que parece, mas Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
  • 5. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 123 odendo se tornar este ser. al ogo de a ar ncias s oss vel or eio das trans or a es cor orais ue se consolida e ar cios ara a reunifica o do ser arecer. cor o neste conte to ta se torna u roduto ue u a das tend ncias da sociedade de consu o atri uir ao indiv duo a res onsa ilidade ela las cidade cor rea. cor o natural uitas ve es considerado o soleto vive se nu undo no ual o ar ficial e a a ar ncia s o ais i ortantes ue este cor o. cultura de consu o ins ga a cria o de necessidades e dese os e ossi ilita u n ero aior de o es. indiv duo da sociedade de consu o inserido nu es ectro glo al de u os redes e i agens u a rodu o incessante de servi os e dese os V LL 1 . resencia se u orte i agin rio conte or neo ue usca no cor o assi co o e outros o etos u a oss vel verdade so re si es o a uela ue a sociedade arece n o conseguir ais lhe ro orcionar u a ve ue a evolu o desen reada da tecnologia causa sen entos de a ea a e incerte a ao ho e conte or neo. ssi na alta de reali ar se e sua r ria e ist ncia rocura reali ar se or eio de seu cor o trans or ado segundo seus dese os e inten es. revolu o tecnol gica n o alterou a enas os h itos e aneiras dos indiv duos e rela o ao seu odo de viver de interagir co o undo e co os outros ao seu redor as in uenciou rinci al ente sua udan a sica. nova est ca iden t ria dirigida ela uta o. cor o assou a rece er u infind vel n ero de in or a es e u a e tensa uan dade de su st ncias ara conseguir viver elhor. ais trans or a es inde endente da aior ou enor vincula o co a est ca contri ue ara a altera o do cor o e ro ove novo co orta ento e nova vida. a or a o a a ul lica o nu curto intervalo de te o de redes de co utadores trans iss o or sat lite ca os de fi ras cas e ecanis os eletr nicos de trans er ncia de dados e in or a es em alta velocidade, desencadeou uma revolução na comunicação. A introdução de novas técnicas gerou u a din ica e ue o otencial trans or ador das sociedades odernas se ul licou nu a velocidade uito aior do ue a necess ria ara ue as essoas udesse co reender ou re e r so re seus i actos uturos. ssa revolu o na co unica o er i u o ortaleci ento da u licidade e o consu is o tornando os a ideologia or e cel ncia. odo o legado cultural oi dilu do nu con unto de r ulas adroni adas de e tens o dura o e e eito calculados ara tere re o ni o e un o de u a a lia o i a de seu consu o. De acordo co Ja eson 1 tudo na sociedade de consu o assu iu u a di ens o est ca. Co a tecnologia surgiu a otografia o cine a a televis o ossi ilitando a divulga o e a u lica o de i agens. s c eras se tornara cada ve ais si les e uenas e leves. s fil es se tornara alados e coloridos en uanto as televis es se ro agara via ca o sat lite e at es o on line. De ato sa e se ue a vis o u dos ais atuantes canais sensoriais do ho e ois ela ue a re ca inho a reens o de significa es nas linguagens. e eri ncia de undo de cada indiv duo reali a se or eio dos sen dos. ri eira e eri ncia or ue assa u a crian a e seu rocesso de a rendi age ocorre atrav s da consci ncia t l. l desse conheci ento anual o reconheci ento inclui o ol ato a audi o e o aladar nu intenso e ecundo contato co o eio a iente. stes sen dos s o ra ida ente intensificados e su erados elo lano ic nico a ca acidade de ver reconhecer e co reender e ter os visuais as or as a ientais e e ocionais. ra ca ente desde a ri eira e eri ncia de undo assa se a organi ar as necessidades e os ra eres as re er ncias e os te ores co ase na uilo ue se v . Dentre os cinco sen dos o olhar oi rivilegiado. ara o historiador ichel de Certeau 1 . a sociedade conte or nea se caracteriza por um crescimento canceroso da visão, medindo a tudo por sua capacidade de se mostrar ou de ser visto e trans or ando a co unica o nu ercurso visual . Vive se se re co a sensa o de ue a realidade enos interessante do ue a i age dela es a 200 . indiv duo se v erdido nu a din ica ue o erece tudo e ceto u a solu o ara concre ar sua iden dade devido ao a arrota ento de i agens de vida ue s o o erecidas elo consu o. ssa e los o de i agens unta ente co o avan o tecnol gico coloca e crise a ra o a endo do cor o a su er cie rivilegiada ara a inscri o de sen dos ara o ca inho do ser e do tornar se na usca da re erida Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
  • 6. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 201212 iden dade. De acordo co agalh es 200 . 0 ho e ha ita se u undo e ue u a i age vale or il alavras o ue resulta nu a situa o na ual as i agens s o ais i ortantes ue os conte dos. su re acia do olhar e da visualidade revalece so re os outros sen dos. ora se a indiscutível a i ort ncia da i age co o ortadora de in or a es ue rodu e sen do a sua valori a o e detri ento alavra ao ensa ento su e vidade leva a u undo de a ar ncia e su erficialidade no ual o ais relevante reside na uilo ue se v e ue se ostra. velocidade da circula odasi agens rovocadiscuss esso reacrisedare resenta o da erdadosrelatos ro etos e unda entos sendo valori ado nova ente o cor o e o odo de se a resentar na usca de u a iden dade social. Nu cen rio a arente ente ca co de u undo rag entado caleidosc ico ha itado or si ulacros e i agens atenta se ara o ue ocorre na rea da erce o visual u e eito do inante ue arece u a avalanche de i agens ue e aralha e o usca os olhos tornando os indiv duos antes v as ue senhores do r rio olhar VC N 2001 . Co arando os seres hu anos ao co orta ento de si les a e as ant nna 2001 afir a ue co o se todos agisse se re or re e os e a ais ela re e o ois es o havendo in or a o e grande uan dade n o h te o suficiente ara assi il la e esta in or a o aca a sendo si les ente acu ulada. s sinais n o s o decodificados ortanto n o se torna in or a es. No rit o e ue as udan as ocorre rovavel ente nunca se ter te o suficiente ara arar e re e r tornando se cada ve enos i ortante a ergunta so re a causa e e eito de todos os rocessos ue defini va ente essa inser o nu a rede velo rovoca u curto circuito nos sen dos. egundo evcen o 2001 oi a ar r da introdu o da i rensa ecani ada ue se consolidou esta cultura centrada na vis o ue en a a valores a stratos racionais hier r uicos e cu ula vos al do anseio elo uturo. advento das t cnicas eletro eletr nicas re or ulou esse conte to ao atri uir u novo a el ao olhar n o ais est co co o a uele condicionado ela i rensa e ela ers ec va linear do Renasci ento as u olhar agora oni otente e oni resente din ico vers l intrusivo ca a de se des render dos li ites do te o e do es a o. VC N 2001 . 0 a ita se u undo onde h u o ardeio aci o e aleat rio de in or a es ue n o se cons tue co o u todo. realidade rag entada e retalhos co osta or viv ncias arciais. N o h u a cren a na totalidade visto ue esta lural. a iente conte or neo ovoado ela ci ern ca ela ro ca ela edicina nuclear u a verdadeira Revolu o da icroeletr nica co o deno ina evcen o 2001 . 1 . sse undo ode ser tradu ido or i agens e signos e a velocidade sua caracter s ca ais arcante. surto ver ginoso das trans or a es tecnol gicas n o a enas a ole a erce o do te o ele ta o scurece as re er ncias do es a o. oi esse o e eito ue levou os t cnicos a or ular o conceito de glo ali a o i licando ue ela densa conec vidade de toda a rede de co unica es e in or a es envolvendo o con unto do laneta tudo se tornou u a coisa s . VC N 2001 . 20 ste undo a arrotado de i agens a onta u cor o ideal dese ado or todos adroni ado onito leve e ove total ente constru do e er eito se rugas ne doen as co r teses e rilhos u cor o virtual retocado e a cada dia ais las ficado L 200 . Na usca de ade uar o cor o ao es a o ue lhe oi des nado a uele ue considerado co o u e de consu o ue ode ser co erciali ado e co o ade uar aos adr es de er ei o esta elecidos ue se tradu e or gil ove leve e saud vel criou se certa o ia e todos os recursos oss veis s o u li ados ara con uistar este cor o. No entanto co o ele est total ente distante do natural reciso estar dentro de outro cor o es o ue ara isso se a necess rio retalh lo e incor orar a ele outros ele entos ar ficiais ue er ita ue este se antenha elo e eterna ente ove . Neste Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
  • 7. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 12 undo e ue a elicidade dei a de ser u a virtude ara se trans or ar e o eto de consu o a sa de to a o es o ru o e o indiv duo co e a a uscar or u cor o ca a de se ovi entar or uitos es a os e ultra assar todas as ronteiras. e cessodein or a ocolocae crisea aneiradeseiden ficareseriden ficado elooutro or ue ao a andonar u an go siste a r gido de regras a oda assa a ser u a estrat gia cor oral na busca de mais expressão, propiciando movimentos de simulação e dissimulação, aumentando o oder do cor o de a etar e ser a etado V LL 2002 . 3 . Nesse eio o ecanis o vigente na sociedade age so re o cor o ins gando o dese o de arecer se co o outro a uele ue u re e o de tudo a uilo co ue se violenta ente o ardeado algo co o u roduto ual uer nu a urg ncia ara o resente ue se esgota no a arecer V LL 2002 . vasto ca o de i age considerado adr o o erecido co o se osse a nica re er ncia ara se a resentar o cor o o vestu rio e a ele a. rela o te oral est sendo alterada ela revolu o in or acional ocasionando udan as na erce o sensorial do ser hu ano. u a sensa o de desnortea ento de va io de alta de re er ncias 200 . udoest e estado er anentedeconstru oedesconstru o sendo e ero assageiro e transit rio. ara audrillard 1 0 . 2 esse rocesso assa ela uest o da este a o da vida co diana e ela trans or a o da realidade e i agens caracteri adas segundo Ja eson 1 ela erda de sen do de hist ria e rag enta o do te o nu a s rie de resentes er tuos e ue se verifica a e eri ncia de intensidades ul r nicas co o a aga ento da ronteira entre o real e a i age nu a cultura se ro undidade arcada ela so recarga sensorial. Nesse sen do a este a o da vida re ere se ao u o velo dos signos e das i agens ue satura o co diano na sociedade conte or nea. velocidade das trans or a es conte or neas a co ue cada ve ais o es a o n o se a visto co o algo e terior ao indiv duo assando a ele ento cons tu vo de sua estrutura o V LL 1 . oc a o o o a r o ético undo est udando as a novidade n o consiste na udan a e si afinal isto se re aconteceu. di erencial est na grande velocidade co ue as udan as ocorre . ar r do momento em que tal velocidade é conquistada, todo peso material tende a ser percebido como um ero o st culo a ser ultra assado o ue torna o eso do cor o u deles. rocura se evitar ue ele se a u i edi ento ara oder entrar e todos os lugares assar or todos os te os navegar e eio a di erentes culturas N NN 2001 . indiv duo v na velocidade o signo do dina is o e na trans ar ncia na leve a do cor o a i age de u undo ue o erece a ossi ilidade de assar or tudo e todos se nunca ser de do. a das tend ncias da conte oraneidade o odo co o olha os todas as coisas uito su erficial e inco leta ente e de aneira alienada. sse odo hori ontali ado re ete se se re co coisas e lugares e isso se deve asica ente a u ator recorrente da vida oderna a velocidade. velocidade redu dist ncias altera o conceito de tempo e a dimensão dos espaços abolindo também a ers ec va da tridi ensionalidade ara a idi ensionalidade sen do lano i agens cha adas se ro undidade. C L 200 . 2 ssa su erficialidade ue uitas ve es rovoca u a vis o distorcida da realidade ta ode ser iden ficada uando se trata do cor o. ser hu ano a resenta u a rela o ins gante co seu r rio cor o e co a i age ue or ele se constr i. egundo ou a 200 . 33 e ora a estrutura cor rea a resente tr s di ens es os indiv duos ossue u a consci ncia a strata dessa tridi ensionalidade ois oucos erce e co e a d o o r rio cor o. geral a i age cor oral ue o su eito te de si u a figura lana se ro undidade. idi ensionalidade e clui a condi o do cor o de se a resentar co o tridi ensional as ecto ri ordial ara o cor o ves do ara a rodu o no es a o das a es e e eri ncias sensoriais da o ilidade da assa ue se torna Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
  • 8. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 201212 visualidade rocessando a a ar ncia. di ens o da ro undidade ue d aterialidade o sen do de ser algo al vel cor reo erde se no universo de i agens lanas das re resenta es i ag cas su erficiais. es uita 200 afir a ue o indiv duo aca a es uecendo se de sen r seu cor o real ue ossui vivacidade e sensi ilidade e virtude de in eras vari veis co o a su ervalori a o da a ar ncia a alta de te o e a usca eterna uventude. ara a autora isto acarreta u a ai a propriocepção, que se trata da capacidade de perceber o próprio corpo. velocidade ue tanto a eta a aneira co o se erce e e se sente o undo e as coisas ao redor teve in cio co as udan as tecnol gicas. Revolu o ndustrial trou e a acelera o do te o da rodu o o ue ro orcionou udan as r idas na reconfigura o dos es a os sociais e ol cos V LL 1 . ssi co o as inova es tecnol gicas alterara as estruturas econ ica social e ol ca udara ao es o te o a condi o de vida das essoas e as suas ro nas. Nu a sociedade alta ente ecani ada ho ens e ulheres deveria se ada tar ao rit o e acelera o das uinas e n o o contr rio VC N 2001 . N o a enas a erce o do te o oi a etada ela velocidade as o organis o hu ano ta assou a arcar co as conse u ncias dessa acelera o. De acordo co ant nna 2001 . o organis o hu ano devia tra alhar cada ve ais r ido uei ar co acilidades os ali entos e trans or los e energia rodu va asse elhando se ao otor de co ust o intensa ente resente no co diano das essoas da uele er odo a aioria da classe trabalhadora. velocidade n o estaria associada a enas ao rocesso de rodu o nas ind strias as ela co e ava a se inserir nas cidades or ulando u novo adr o est co. s auto veis aos oucos to ara o lugar dos trans ortes de tra o ani al e as or as aerodin icas ganhara desta ue ao de onstrar ue do inava o ovi ento e a acelera o N NN 2001 . econo ia de or as so re u ni o de volu e trans or ou se na est ca do inante tanto nos auto veis uanto nos eletrodo s cos e veis. Contudo uitas das or as co linhas aerodin icas ora guiadas or reocu a es ura ente es l s cas a e e lo de a arelhos do s cos co o as iradores e re rigeradores nos uais n o se detectava u a necessidade real ue us ficasse o co orta ento aerodin ico LL LL 2001 . ntretanto essa tend ncia in uenciou ta a a ar ncia dos oradores das grandes cidades con or e afir a ant nna 2001 . 3 cor os longil neos ca a es de ostrar agilidade e e i ilidade es ecial ente no tra alho arecia ornecer u estado de dec ncia e eleg ncia incontest vel . Co esta es cie de generali a o da avers o a tudo o ue i ediria a e erg ncia das or as e a tudes aerodin icas instaurou se a intoler ncia ao eso e a toda espera. Paralelamente, a moda, sendo um elemento substancial da modernidade, instrumento para detectar o es rito do te o segundo caracteri a lugel 1 assou a ser enos u a sucess o de volu es e uito ais u ogo de linhas so re u es a o lano. eguindo a est ca do aerodina is o novos adr es co orta entais a resentara se desafiando os valores orais da oca co o a de ila o de ernas e a ilas e o uso de cre es an rrugas. inves ento no aerodina is o dos costu es e das a ar ncias uniu se har oniosa ente valori a o do auto a s o e da uventude. sso incen vou o surgi ento de adr es encontrados at ho e na sociedade co o a ra cidade dos ca elos lisos ceis e r idos de entear e a usca or rostos isentos de arcas do te o re e ndo u a ele a sint ca ue e ressa uventude e agilidade. ara ant nna 2001 . esses odis os acentua a avers o aos relevos e id r icos e a toda su er cie ue n o se a u convite ao to ue e ero e ao asseio r ido do olhar . ode se afir ar ue o asseio r ido do olhar est in a ente ligado ao adr o est co do cor o agro u a ve ue ele evoca u a econo ia de te o ara ue o a recia olha se ais r ido u agro do ue u gordo N NN 2001 .23 . Nos dias atuais e ue a acelera o se a t o resente a l s ca do cor o aca a sendo o sessiva ente re odelada. ora durante s culos o cor o vesse sido considerado o es elho da al a agora ele cha ado a ocu ar o seu lugar as so a condi o de se converter co leta ente e oa or a. gordura ue e outros er odos estava associada sa de ri ue a e oder assa a ser vista co o algo ue atra alha inco oda ocu a es a o. s cor os gordos e redondos ue at o in cio do s culo e i ia o char e de seu eso co orgulho significandosa dee restígiosocial ho en os o ais ro ciosnosa arta entos in sculos Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
  • 9. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 12 carros in sculos cadeiras in sculas. ue n o cou er aca a se considerando descartado garante agalh es 200 . redu o do es a o se e ressa rinci al ente nas uinas e nos o etos de uso essoal. Centenas de arte atos eletr nicos tende a ter a e tens o de suas dist ncias redu idas o ue acilita a tare a de ort los. iniaturi a o dos o etos e dos es a os torna se unta ente co a acelera o tend ncia ue in uencia o odo de vida da sociedade conte or nea. or as e volu es s o cada ve ais controlados constru dos e ideali ados u a i age da er ei o. velocidade su s tui a dura o elo instant neo e neste ercurso a aterialidade dos cor os assa or u a desmaterialização. Com a velocidade intensamente presente na contemporaneidade, os indivíduos tornam-se devoradores de conceitos rontos r oldados r a ricados. ara n o se erder uito te o re e ndo o ta se or co rar u a i age ronta e a lic la vida. Desse odo torna se todos prisioneiros de um olhar sempre atrelado aos modelos impostos. Embora a moda possibilite a cada um, a cons tui o de sua su e vidade na usca ela di erencia o uitas ve es os indiv duos aca a asse elhando se uns aos outros or se re erenciare na es a diversidade de adr es di undidos pelo mundo. Nesse aspecto, a moda acaba por cair em um sistema contraditório: ao atuar como um ecanis o de lurali a o das di eren as inserindo a novidade ela di erencia os su eitos ao es o te o e ue os torna ais se elhantes. ara Li ovets 1 a a ig idade da oda est no ato de ue ao es o te o e ue ela ossi ilita a individuali a o or eio de instru entos di erenciados aralela ente ta ro e a adroni a o do ves r. No es o instante e ue se rodu a di eren a dando su orte ao indiv duo ara esta elecer sua di erencia o ela anulada servindo co o adroni a o do vestu rio nova ente e u rocesso hori ontali ante ue o edece a normas pré-estabelecidas. o ra a cor o u dos o etos ue ais assu e valores si licos relevantes no cen rio conte or neo. or eio dele cada indiv duo cons tui se co o su eito construindo sua i age co o or a de intera o co o undo e co os outros ao redor. resen a do vestu rio a se necess riaco ointer ediadoradestasrela es. ave uecadasociedadecriaseusvalores arou a n o se li ita un o de rote o udor ou adere o as cons tui se u ele ento de di erencia o. ortanto a oda assi co o o cor o considerada u a or a de linguage . oda evidencia as udan as de cada oca or ue as necessidades de cada er odo hist rico s o concre adas atrav s dos cor os dos indiv duos elo vestu rio ue so re odifica es sintoni ado aos dese os de cada momento da história humana. Na contemporaneidade, mais do que em contextos anteriores, os corpos são redesenhados co as arcas desse er odo devido s in eras ossi ilidades de sere ves dos tecnologi ados ou su e dos a sacri cios e un o da a ar ncia. s evolu es tecnol gicas deter ina u a re or ula oco orta ental a etando rinci al enteo uadrodevaloresdasociedade. vestu rio ue antes caracteri ava o su eito segundo as regras sociais de hierar uia g nero ou rofiss o dei a de dese enhar tal un o ao ro er se a rela o entre o ser e o arecer. Co o surgi ento das cidades consolida se as condi es ara ue a a ar ncia este a cada ve ais dissociada do ser. eio a in eras udan as de u a sociedade industrial ara u a sociedade ca italista as essoas assa a ser a uilo ue conso e undando u a cultura aseada na rela o do arecer. s rela es torna se su erficiais se ro undidade e o cor o assi co o ual uer outro o eto trans or a se e ercadoria e osto e diversas dias a resentando se co o u odelo ideal ove e las ficado. velocidade da circula o das i agens no conte or neo rovoca discuss es so re a crise da re resenta o e a erda dos unda entos. nstaura se u a sensa o de desnortea ento e de va io ue coloca e uest o a usca ela iden dade a esar da a und ncia de in or a o a alta de te o n o er ite ue se a assi ilada. velocidade gera novos adr es est cos e co orta entais. cor o leve agro idi ensionali ado i osto ela aerodin ica ela econo ia de or as ela iniaturi a o Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo
  • 10. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 201212 dos o etos e es a os. tal conte to co or as rontas o erecidas a todo o o ento rit o acelerado e aus ncia de te o ara ues ona entos e re e es a oda ue deveria ser u ator de di erencia o u ecanis o u li ado elo su eito co o eio de e teriori a o de sua su e vidade cai nu siste a contradit rio o edecendo a regras i ostas. r c a V L R u ana. Moda: globalização e novas tecnologias. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 200 . DR LL RD Jean. A transparência do mal: ensaio sobre os fenômenos extremos. rad. stela dos antos reu. Ca inas a irus 1 0. C L athia. Do corpo presente à ausência do corpo: moda e marketing. Disserta o ese de Doutorado e Co unica o e e i ca C o aulo 200 . C L athia R N arcelo . Discursos da moda: semiótica, design e corpo. São Paulo: ditora nhe i oru i 200 . C L athia. nterrela es da dia do design do cor o e do design da oda. n RC ilton rg . Corpo e Subjetividade – estudos contemporâneos. o aulo actasch ditora 200 . . . C R ichel. A invenção do cotidiano, artes do fazer. etr olis Vo es 1 . CR N Diana. A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das roupas. São Paulo: Senac, 200 . LL Charlo e e LL eter. Design Industrial A-Z. tal aschen 2001. L L John Carl. A psicologia das roupas. o aulo estre Jou 1 . J N redric. As marcas do visível. Rio de Janeiro raal 1 . L R N David. A sociologia do corpo. etr olis Vo es 200 . . s ndro e de ran enstein. n N NN . Denise . rg . Políticas do corpo. o aulo sta o Li erdade 1 . . . L V illes. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Cia das Letras 1 . L ernanda. Cor o re constru o a o ritual er or ance. n RC ilton rg . Corpo e Subjetividade – estudos contemporâneos. o aulo actasch ditora 200 . . . CL N . Os meios de comunicação como extensões do homem. o aulo Cultri 1 . Cris ane. Moda contemporânea: quatro o cinco conexões possíveis. São Paulo: Editora nhe i oru i 200 . L V R na Claudia. Visualidade rocessual da a ar ncia. n L V R na Claudia C L athia rg. . Corpo e Moda: por uma compreensão do contemporâneo. Barueri, SP: Estação das Letras e Cores ditora 200 . . 10 . N NN Denise . Corpos de passagem: ensaios sobre a subjetividade contemporânea. São Paulo: sta o Li erdade 2001. Brandes, Aline Zandonadi; Souza, Patricia de Mello
  • 11. Projética Revista Científica de Design l Londrina l V.3 l N.1 l Julho 2012 12 VC N Nicolau. A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa. São Paulo: Cia das Letras 2001. atr cia de ello. oulage a inova o or al e a nova ar uitetura do cor o. n R Dorot ia adu rg. . Design de Moda: olhares diversos. o aulo sta o das Letras e Cores 200 . .33 3 . V LL N ia e red. Em Nome do Corpo. Rio de Janeiro Rocco 1 . V LL N ia. lta dia e ai a costura oda e se iologia cultural. n C L athia LV Diana rg. . A moda do corpo e o corpo da moda. o aulo s era 2002. . 1 10 . ______________. A edição do corpo: tecnociência, artes e moda. Barueri, SP: Estação das Letras ditora 200 . L N li a eth. Enfeitada de sonhos. Lis oa di es 0 1 . Cor o e oda ela ers ec va do Conte or neo