2. CONTEXTO HISTÓRICO
Surgido nas últimas décadas do século XVIII
na Europa perdurando por grande parte do
século XIX, o Romantismo está ligado a dois
acontecimentos: a Revolução Francesa e a
Revolução Industrial, responsáveis pela
formação da sociedade burguesa. Depois da
revolução francesa (1787-1789), seguiu-se
uma época de rápidas e profundas mudanças
sociais, políticas e culturais. A sociedade se
tornou muito mais complexa.
3. CONTEXTO HISTÓRICO
Após a Revolução Francesa, o absolutismo entrou em
crise, cedendo lugar ao liberalismo (doutrina
fundamentada na crença da capacidade individual do
homem). A economia da época estimula a livre
iniciativa, a livre empresa. O individualismo tornou-se
um valor básico da sociedade da época. O progresso
político, econômico e social da burguesia, portanto,
preparou terreno para que surgisse um fenômeno
cultural baseado na liberdade de criação e expressão e
na supremacia do indivíduo, que não mais obedece a
padrões preestabelecidos. Foi nesse contexto que surgiu
o Romantismo.
4. CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Ruptura com os padrões clássicos e neoclássicos até então em moda.
• Liberdade de criação e de expressão
• Nacionalismo
• Historicismo
• Medievalismo
• Tradições populares
• Individualismo, egocentrismo
• Pessimismo
• Escapismo
• Crítica social
• A valorização da natureza como princípios da criação artística
• Os sentimentos do presente, tais como: liberdade, igualdade e
fraternidade.
5. CARACTERÍSTICAS GERAIS
- Nacionalismo, historicismo e medievalismo:
Exaltação dos valores e os heróis nacionais,
ambientando seu passado histórico,
principalmente o período medieval (alguns
românticos se interessavam pela origem de seu povo, de
sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam
no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as
culturas de seu país. Esses poemas, ou romances de
cavalaria, se passam em eras medievais e retratavam
grandes guerras e batalhas).
6. A LIBERDADE GUIANDO O POVO - LA LIBERTÉ GUIDANT LE PEUPLE. Autor: Eugène
Delacroix. Ano: 1830. Técnica: óleo sobre tela. Tamanho: 260cmx325cmMuseu: Museu
do Louvre, Paris.
7. A Liberdade Guiando o Povo (em francês: La Liberté
guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix
em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com
a queda de Carlos X. Uma mulher representando a
Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos
derrotados, levando a bandeira tricolor da Revolução
francesa em uma mão e brandindo um mosquete
com baioneta na outra. A pintura é talvez a obra mais
conhecida de Delacroix e uma das representações
mais famosas do período romântico.
8. PINTURA
Características gerais da pintura:
- Aproximação das formas barrocas;
- Composição em diagonal sugerindo
instabilidade e dinamismo ao
observador;
- Valorização das cores e do claro-escuro; e
- Dramaticidade
9. PINTURA
Temas da pintura:
• Fatos reais da história nacional e
contemporânea da vida dos artistas;
• Natureza revelando um dinamismo
equivalente as emoções humanas; e
• Mitologia Grega
10. PINTURA
• Composição: o artista utilizava todo conhecimento da
perspectiva/perspectiva aérea/ilusão de espaços; uso da
diagonal (como no Barroco) – sugere instabilidade e
dinamismo - as obras com grande movimento de pessoas -
desejo de exprimir emoção;
• Técnica: pinceladas rápidas e contrastes fortes de luz e
sombra:- volumes bem representados: gradação de cor
(novamente valorizada / rica em tons), de luz e sombra
(dramaticidade) - Preocupação em representar com
textura;
• Inspiração temática: Era Medieval e Barroca / Fatos reais
da história nacional (Nacionalismo) /Valorização da
natureza /Paisagem.
11. PINTURA - PRINCIPAIS EXPOENTES:
• INGLATERRA – William Turner e John
Constable.
• FRANÇA - Theodore Géricault e Eugène
Delacroix
• ESPANHA – Francisco Goya (destaque).
13. PINTURA - PRINCIPAIS EXPOENTES:
• William Turner – pintura de paisagem; criava
cenas fantásticas, cheias de luz, movimento e
efeitos dramáticos. Estilo gradualmente abstrato,
cor inspirando seus sentimentos. Técnica suave e
detalhada, tons de amarelo não diluído, para
obter maior luminosidade. Temas: paisagens
bucólicas (campestres), navios, incêndios e
turbulentas tempestades; pintava a natureza crua
(para ele o tema era a cor). Considerado maior
colorista de seu tempo.
14. TURNER - The Fighting "Temeraire" – 1838, National Gallery, Londres.
19. John Constable - pinturas mais serenas que as
de Turner; caracterizado também pela pintura
de paisagens, foi um dos artistas pioneiros na
percepção e estudo da mudança dos efeitos da
luz (o céu foi um dos seus focos de estudo
quanto a isso).
23. • Theodore Géricault - preocupado com o
detalhamento e o estudo da natureza Géricault
também utilizava-se do efeito do claro-escuro em
suas obras. Tem como referências os cânones
estéticos neoclássicos, demonstrando grande
admiração por Caravaggio, de quem tirou grande
inspiração para sua arte. A doença, a loucura e o
desespero, o fizeram criar ambientes patéticos e
de intenso sofrimento. Também pintou cavalos,
mas já na sua fase final, onde trabalha a ilusão de
movimento.
26. Géricault - O derby de Epson, Mus. do Louvre – Paris.
27. Eugène Delacroix - suas obras apresentam forte
comprometimento político e o valor da pintura é
assegurada pelo uso das cores, das luzes e das
sombras, dando-nos a sensação de grande
movimentação. Representava assuntos abstratos
personificando-os (alegorias). Seu quadro mais
conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas
vezes tomado como um símbolo das lutas
populares e republicanas.
28. Delacroix - A tomada de Constantinopla pelos cruzados, (1840), Museu do
Louvre - Paris.
29. Delacroix - A barca de Dante, (1822), Museu do Louvre - Paris
30.
31. Francisco de Goya - Temas: retratos (corte/povo) e
horrores da guerra. Mestre em artes gráficas.
Conhecido especialmente pela série de 82 gravuras
(1810-14) - “Os Desastres da Guerra”. A série tem
como tema as atrocidades durante a invasão da
Espanha pela França.
Castrações, desmembramentos, civis degolados,
empalados em árvores nuas, soldados
desumanizados contemplando indiferentemente
corpos linchados são então retratados.
33. Goya - Saturno devorando um filho (espanhol:
Saturno devorando a un hijo), 1819.
34.
35.
36.
37. ESCULTURA
A escultura romântica não brilhou exatamente
pela sua originalidade, nem tampouco pela
maestria de seus artistas. Do ponto de vista
funcional, a escultura romântica não se afastou
dos monumentos funerários, da estátua
equestre e da decoração arquitetônica, num
estilo indefinido a meio caminho entre o
classicismo e o barroco.
38. François Rude - Este grupo de estátuas
para o Arco do Triunfo, em Paris,
chamado de "A Marselhesa" (ou
"Partida dos Voluntários de 1792"). É
uma obra cheia de energia e fogo, e
imortalizou o artista. Ela exibe uma
figura da pátria-mãe com asas, pedindo
para que os voluntários lutem pela
nação.
39. ESCULTURA
A grande novidade temática da escultura
romântica foi a representação de animais de
terras exóticas em cenas de caça ou de luta
encarniçada. Não se abandonaram os motivos
heroicos e as homenagens solenes na forma de
estátuas superdimensionadas de reis e militares.
Em compensação, tornou-se mais rara a
temática religiosa.
41. ESCULTURA
A escultura teve que encontrar meios técnicos
de expressividade, para representar o espírito
romântico, exaltando sentimentos e emoções.
A temática em geral era:
• Natureza (animais e plantas)
• Temas Heróicos
• Cenas de fantasia e da imaginação.
43. ESCULTURA
• Foram evitadas as regras de composições
estáticas e superfícies lisas, comuns no
neoclassicismo, para mas uma vez, enfatizar a
dramaticidade e os sentimentos através de
movimento. O mármore foi o material mais
utilizado, mas aos poucos foi trocado pelo
bronze, madeira, etc. Principais expoentes:
Antoine-Louis Barye e François Rude.
44. François Rude - Napoléon s'éveillant
à l'immortalité (Napoleão
despertando para imortalidade),
1845.
45. ARQUITETURA ROMÂNTICA
Inspirou-se em diferentes estilos históricos, o
que motivou a sucessão dos revivalismos. Numa
primeira fase (ainda no séc. XVIII), os arquitetos
românticos inspiraram-se na arquitetura
medieval e, posteriormente, recorreram a todos
os estilos arquitetônicos desde o renascentista
ao neoclássico. Expandiu-se um pouco por toda
a Europa até finais do século XIX.
46. ARQUITETURA ROMÂNTICA
Princípios gerais
• Impulsionada pelos valores do Sentimento;
• Visava a beleza como algo de divino, revelado apenas pela
emoção e pela sensibilidade de cada um;
• Rejeitou as regras da arquitetura neoclássica e os princípios
da ordem, da proporção, da simetria e da harmonia que a
caracterizaram;
• Preferiu a irregularidade espacial e volumétrica dos
edifícios, o sentido orgânico das formas, os efeitos de luz, o
movimento dos planos, o pitoresco da decoração, em
resumo, caraterísticas que estimulassem a imaginação e os
sentidos;
• Deveria provocar sensações e transmitir ideias.
• Revivalismo: neogótico, exemplo.
47. O palácio de Westminster é a sede do parlamento britânico em
Londres. Originalmente construído na Idade Média, depois do último
incêndio em 1834 que o destruiu , o arquiteto Charles Barry
juntamente com August Pugin, reconstruíram o palácio em estilo
neogótico.
48. Charles Garnier, Ópera de Paris (1862) mistura caraterísticas neoclássicas e
neobarrocas, entre outras.
49. O ROMANTISMO NO BRASIL
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação,
na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por
Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país
ainda vivia sob a euforia da Independência do
Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de
inspiração na natureza e nas questões sociais e
políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o
amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância
de nossa natureza, a formação histórica do nosso
pais e o cotidiano popular.
50. O ROMANTISMO NO BRASIL
Artes Plásticas
• As obras dos pintores brasileiros buscavam
valorizar o nacionalismo, retratando fatos
históricos importantes. Desta forma, os
artistas contribuíam para a formação de uma
identidade nacional. As obras principais deste
período são : A Batalha do Avaí de Pedro
Américo e A Batalha de Guararapes de Victor
Meirelles.
51. Pedro Américo: A batalha do Avaí, 1872-77. Museu Nacional de Belas Artes