O documento discute a escolha de espécies vegetais em projetos paisagísticos, considerando fatores como clima, solo e substrato. Deve-se escolher espécies adaptadas à região levando em conta condições climáticas como temperatura, umidade e luminosidade, além das características do solo como porosidade, capacidade de retenção de água e nutrientes. Um bom substrato deve proporcionar suporte e nutrientes para as plantas por meio de elementos como casca de pinus, composto orgânico e turfa.
1. Escolha das Espécies vegetais
em projetos paisagísticos
Clima , Solo
Paisagismo I
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2. A vegetação escolhida deve ser visualizada
como um conjunto de organismos vivos,
que se articulam e modificam os espaços
livres, por meio das suas características,
funções e significados.
Escolha da vegetação
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3. Deve ser escolhida entre:
As espécies nativas ou as já adaptadas;
Espécies disponíveis comercialmente na região do
Projeto.
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4. Deve considerar o porte, tempo de
crescimento, tipo de raiz, época de floração,
característica de flores e frutos, dimensão,
toxidade, adaptação às qualidades do solo,
resistência a pragas e doenças, cuidados
necessários e adequação à paisagem da região.
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5. Devem ser evitadas plantas com frutos ou flores
danosos à saúde ou que por sua dimensão ofereçam
perigo aos usuários.
Deve-se considerar ainda a infraestrutura instalada,
tanto a aérea como a enterrada.
Suas raízes devem ficar distantes das canaletas, das guias, etc.
Escolher as plantas de raízes não agressivas em função do local e
da infraestrutura.
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6. Escolha das mudas:
Considerar o porte e o vigor
O estado fitossanitário
O estado de desenvolvimento do sistema radicular
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8. Escolha em função do clima
Índice pluviométrico da região
Temperatura média anual
Umidade relativa do ar
Luminosidade (sol pleno, meia sombra e sombra
Fotoperíodo
Intensidade de ventos na região e no local
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9. Escolha em função do Índice pluviométrico
Escolha da vegetação
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Árvore-do-viajante – Ravenala madagascariensis Cactos
10. Escolha em função da temperatura média anual
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Pandanus utilis – não tolera frio intenso
Nannorrhops ritchiana – palmeira do Paquistão
– tolerante ao frio
11. Escolha em função da Umidade relativa do ar
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Samambaias gostam de alta umidade
Beaucarnea recurvata (Asparagaceae) – pata-
de-elefante – é de clima semiárido
12. Escolha em função da luminosidade
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Escova-de-garrafa – Callistemon spp – Sol pleno Licuala-redonda – Palmeira-de-leque
Luz Difusa, Meia Sombra, Sombra
13. Escolha em função do fotoperíodo
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Hydrangea macrophylla – Hortência azul
Planta de dias curtos
Manacá-de-cheiro - Brunfelsia uniflora
Planta de dias longos
14. Escolha em função da intensidade do vento
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Flor-de-coral – Russelia equisetiformis
(Plantaginaceae)
Planta que suporta ventos fortes e frios
Wisteria sinensis – Glicinea – não suporta
ventos.
16. Escolha da vegetação - Solo
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Conceito de solo: A ABNT (NBR 6502) define
solo como “Material proveniente da
decomposição das rochas pela ação de agentes
físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria
orgânica”, ou simplesmente, produto da
decomposição e desintegração da rocha pela
ação de agentes atmosféricos.
17. Escolha da vegetação - Solo
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Agricultura: é a camada de terra tratável, geralmente de poucos metros de
espessura, que suporta as raízes das plantas.
Geologia: Produto do intemperismo físico e químico das rochas, situado na
parte superficial do manto de intemperismo. Constitui-se de material rochoso
decomposto.
Engenharia Civil: Solo - Todo o material da crosta terrestre que não
oferecesse resistência intransponível à escavação mecânica e que perdesse
totalmente toda resistência, quando em contato prolongado com a água;
rocha: aquele cuja resistência ao desmonte, além de ser permanente, a não
ser quando em processo geológico de decomposição, só fosse vencida por
meio de explosivos.
18. Escolha da vegetação - Solo
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O projetista deve considerar a terra como
elemento plástico que poderá ser modelado.
Em caso de terreno com inclinações acentuadas
ou terra pouco agregada, utilizar práticas
conservacionista.
A análise do solo deve preceder o plantio.
O projetista precisa sempre ter a visão ecológica.
19. Escolha da vegetação - Solo
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Prática conservacionista de solo – Curva de Nível
20. Escolha da vegetação - Solo
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Prática conservacionista de solo – Mulching
22. Escolha da vegetação - Solo
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Usos do solo
Fixação e nutrição vegetal;
Armazenamento de água para diversos fins;
Fundação para edificações, aterros,
estradas, etc.;
Matéria prima para manufatura de bens;
Armazenamento de combustíveis fósseis;
Receptor de resíduos sólidos e líquidos.
23. Escolha da vegetação - Solo
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• Diferentes tipos de solo
24. Escolha da vegetação - Solo
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MO
5%
MINERIAS
45%
ÁGUA
25%
AR
25%
COMPOSIÇÃO VOLUMÉTRICA DE UM SOLO BOM PARA AS PLANTAS
25. Escolha da vegetação - Solo
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• Porosidade
Porosidade consiste na grandeza física dada pelo volume
do espaço poroso, construído pelo arranjo dos
componentes da parte sólida do solo e que, em condições
naturais, é ocupada por água e ar.
Macroporosidade (%):
movimentação de água
e ar;
Microporosidade (%):
retenção de água;
26. Escolha da vegetação - Solo
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Importância da Porosidade
Solos mais arenosos: menor
capacidade de retenção de
água;
Solos mais argilosos: maior
microporosidade, ou seja,
com maior capacidade de
adsorção de grandes
quantidades de água (água
capilar);
27. Escolha da vegetação - Solo
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Importância da água
Para os seres vivos:
–Regula a temperatura
–Elimina substâncias tóxicas
–Auxilia na absorção e transporte de
nutrientes
–É parte constituinte majoritária nos órgãos
–Está presente nas reações químicas e
bioquímicas
•Fotossíntese e Divisão celular
–É o habitat para muitos organismos
28. Escolha da vegetação - Solo
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• Fração mineral do solo – Nem todos elementos
minerais são essenciais para as plantas.
29. Escolha da vegetação - Solo
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• Fração mineral do solo – Nem todos elementos
minerais são essenciais para as plantas.
30. Escolha da vegetação - Solo
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Matéria Orgânica do Solo
Pode ser definida como a fração que compreende
todos os organismos vivos e seus resíduos, que se
encontram no solo nos mais variados graus de
decomposição (Silva & Mendonça, 2007).
O aporte desta no solo e o produto de suas
transformações conserva e melhora a qualidade do
solo (Moreira & Siqueira 2006).
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Como obter um substrato de qualidade no paisagismo
Solo - Substrato
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No copinho tinha solo argiloso e arenoso, esterco
curtido, calcário e uma mistura com adubos químicos.
• Em 1.958 um tomaticultor,
utilizou copinho de jornal
para a produção de mudas.
Solo - Substrato
35. Escolha da vegetação - Solo
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O que foi observado?
• Alta concentração de raízes;
• Grande necessidade de água;
• Risco de alagamento devido a baixa drenagem
provocada pela baixa tensão na porção superior do
recipiente;
• Alta frequência de rega pode promover a lixiviação.
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Definições de Substrato
É o meio onde serve de suporte às plantas e onde
desenvolve as mudas produzidas em viveiros de
espécies ornamentais, olerículas, frutíferas e
silvícolas (Graoli, 1991).
Produto usado em substituição ao solo, para
produção vegetal (Kampf, 2000).
Solo - Substrato
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Material usado no substrato
Elemento mineral
inerte, utilizado para
aumentar a
porosidade e
drenagem do
substrato.
Solo - Substrato
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Casca de Pinus decomposta - características
• produz elementos fitotóxicos que
impedem a germinação de sementes;
• podem ser eliminados pela
compostagem,
• Utilizado em orquídeas e também na
jardinagem, em decoração de lugares
onde não se queira que haja germinação
de plantas daninhas.
Solo - Substrato
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Composto orgânico
Matéria orgânica estável
resultante da compostagem ou da
vermicompostagem.
Solo - Substrato
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Casca de arroz carbonizada
• Um resíduo do processamento do arroz, é totalmente isento
de doenças e pragas, por causa da carbonização;
• É rica em silício
Solo - Substrato
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Aquecido expande até 20 X;
O substraro é inodoro, não irrita a pele ou
pulmão, não decompõe, nem atrai insetos;
Traz leveza, alta porosidade e baixa
densidade ao substrato.
É um mineral do grupo das
micas e constitui-se num
silicato hidratado de Mg, Fe
e Al.
Vermiculita 25%
Fonte: http://horta-jardim.blogspot.com.br/2011_06_21_archive.html
Vermiculita
Solo - Substrato
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Turfa
Material de origem vegetal, parcialmente decomposto
que provém de regiões pantanosas;
Consegue reter com eficácia os nutrientes e
disponibilizá-los à planta;
Geralmente estão presentes em substratos comerciais.
Fonte: http://horta-jardim.blogspot.com.br/2011_06_21_archive.html
Solo - Substrato
44. Escolha da vegetação - Solo
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Fibra de coco
Produto ecológico;
É inerte, não possui nutrientes, não
retém água e possui decomposição lenta;
Depois de triturado pode ser incorporado
a outros materiais, aumentando a
drenagem do substrato.
46. Solo - Substrato
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Outros materiais
s
São musgos que, possuem a capacidade de manter
a umidade e apresenta decomposição lenta;
Utilizados para o cultivo de orquídeas e plantas
carnívoras, misturados com musgos e areia.
Perlita - Mineral de rocha formada por
silicatos;
Muito utilizada no cultivo de suculentas,
Aumenta a capacidade de drenagem e
uma maior aeração das raízes das plantas
47. Solo - Substrato
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Vantagens de usar um substrato
Melhorar a textura, a estrutura, a drenagem e aeração além de
aumentar a capacidade de retenção d’água disponível às plantas.
Fornece nutrientes gradativamente e aumenta a CTC.
Promover o desenvolvimento de microrganismos benéficos e
proteger as mudas de pragas como: Ácaros, insetos, fungos, vírus,
bactérias e nematóides.
Pode ser transportado, pode ser facilmente manuseado e pode ser
armazenado, pode ser melhorado e pode ser calibrado o pH.
49. Importância da Análise de Solo
• Determinar: disponibilidade de nutrientes.
• Indicar: grau de deficiência ou toxidez de elementos.
• Determinar: necessidade de adubos, em bases
econômicas.
• Diagnosticar: desequilíbrios nutricionais nas plantas.
• Determinar: necessidade de calcário, para correção de
acidez.
50. Adubações sem critério
Não realização de
análise de solo e foliar
Não observar as
exigências de produção
da cultura
Não usar a fonte
correta de nutriente
51.
52. Etapas da “Análise de Solo”
Amostragem
Análise no laboratório
Interpretação e Recomendação
Aplicação do corretivo?
53. Exemplo: As glebas 1 e 2 são separadas em função do tipo de exploração,
enquanto as glebas 3 e 4 são diferentes por causa da declividade.
A correção pode ser em área com cultura implantada ou a ser implantada
Amostragem
57. • Cálculo para calagem
NC (t/ha) = [T (V2-V1)/100] x f
f= 100/PRNT*
• PRNT – poder relativo de neutralização total
• V2 – depende da cultura e da região
Fórmulas para cálculos
• Correções fosfatada e potássica
Dados: Teores ideais P >15; K+ = 0,25 - 0,35.
P = déficit x 2,29 x 2 = kg/ha de P2O5
K = déficit x 390 x 2 = Kg/ha de K+ x 1,205 = kg/ha de K2O
59. Aplicação - Considerar
• A profundidade de incorporação do calcário.
• Época de aplicação e distribuição
• A dose a ser aplicada
• O PRNT do calcário
• As condições de umidade do solo.
61. Escolha do substrato
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Produzindo um substrato - Exemplo
Primeiramente peneire, com peneira grossa, um composto feito
sem o uso de esterco, com materiais secos e grosseiros, como
pequenos galhos e folhas secas – relação C/N 1:12.
A este composto peneirado, adicione 40% de húmus de minhoca.
Para cada 20L da mistura, adicione 150g de farinha de osso.
http://www.jardineiro.net/horta-como-preparar-substrato-para-mudas.html
Obs! Nunca exceder o esterco em mais de 50%. No caso de cama de aviários,
nunca exceder 30%. Cama de perus não exceda os 15%.
62. Prof. Ednei Pires – Contato: (77) 9103-3807
Produzindo um substrato - Exemplo
• 4 litros de terra preta
• 2 litros de esterco de bovino curtido
• 1 litro pó de serragem ( opcional )
• 60 g de areia
Preparo :
Passe todos os componentes em uma peneira grossa, em seguida
misture bem até atingir uma coloração homogênea. Pode ser usado
para produzir mudas e plantas em geral em vasos, jardineiras, etc.
http://comofazerumahorta.com.br/substratos/
Escolha do substrato
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Produzindo um substrato - Exemplo
• 2 kg de terra vegetal
• 500 g de pó de xaxim
• 1 kg de húmus de minhoca
• 40 g de areia
Preparo :
Misture bem todos os componentes e desfaça todo torrão. Pode ser
usado para produzir mudas e plantios em vasos, jardineiras, baldes,
garrafas e muitos outros recipientes.
http://comofazerumahorta.com.br/substratos/
Escolha do substrato
64. Prof. Ednei Pires – Contato: (77) 9103-3807
Produzindo um substrato – para Suculentas
http://vidasuculenta.blogspot.com.br/2013/08/saiba-como-fazer-seu-proprio-substrato.html
3 partes de terra para envazar
2 partes de areia
1 parte de perlite
despeje os ingredientes em um
recipiente e misture bem.
Escolha do substrato