SlideShare a Scribd company logo
1 of 23
TEORIAS SOBRE
A ORÍGEM DOS
BATISTAS
Seminário Teológico
Batista Grandes Lagos
Pf. Eliezer F Almeida
TEORIA “JJJ” –
“Jerusalém, Jordão, João”
Diz que os batistas vêm em linha ininterrupta
desde os tempos em que João Batista efetuava
seus batismos no rio Jordão. Foi esposada por
historiadores como: Thomas Crosby, que
escreveu, entre 1738 e 1740, História dos
Batistas Ingleses, em quatro volumes. Outro
historiador, G.H. Orchard, escreveu em 1855,
História Concisa dos Batistas Estrangeiros,
defendendo a mesma idéia.
a) É uma das mais antigas teorias e muito
aceita; difundida principalmente por J.M. Carrol
em “O Rastro de Sangue”;
b) A ênfase desta teoria é sobre o conceito da
sucessão apostólica;
TEORIA DOS GRUPOS
ANTIPEDOBATISTAS
É conhecida também pela relação histórica
com grupos religiosos através dos tempos
denominados ANTIPEDOBASTISTAS –
(conhecidos principalmente por serem
contrários ao batismo infantil).
Relacionam-se os batistas com tais
movimentos nessa similaridade, no entanto,
põe de lado algumas diferenças evidentes e
claras entre esses grupos e os batistas de
hoje.
Alguns mais conhecidos desses grupos de
similaridade com os batistas, são:
TEORIA DE PROVENIÊNCIA DOS
SEPARATISTAS INGLESES
Afirma que os batistas se originaram dos
separatistas ingleses, especialmente aqueles
que eram congregacionais na eclesiologia, e
insistiam na necessidade do batismo
somente de pessoas regeneradas. Advogam
essa teoria: o notável teólogo Augustus
Hopkins Strong e o históriador Henry C.
Vedder, professor do Seminário Teológico
Croser, na Pensylvania, de 1894 a 1927. Em
sua Breve História dos Batistas, publicada
em 1907, Vedder declara que depois do 1610
temos uma sucessão ininterrupta de igrejas
batistas, estabelecidas com provas
documentais indubitáveis. Robert G. Torbet.
Contexto
Histórico
“Bem na metade do segundo milênio, a Igreja
estava outra vez em bancarrota. Os vícios eram os
mesmos de 500 anos atrás e mais alguns. O
celibato estava de pé, mas não impedia a prática de
uniões secretas. As Escrituras Sagradas estavam
jogadas nas bibliotecas dos mosteiros. Essa
situação provocou a chamada Reforma Religiosa do
Século 16, sob a liderança do monge alemão
Martinho Lutero (1483-1546). Foi a reformatio in
capite et in membris (reforma na cabeça e nos
membros), tanto doutrinária como moral, que
projetou outra vez só a fé como instrumento para se
obter a salvação (sola fide), só a graça como
providência de Deus para franquear a salvação
(sola gratia), só a Bíblia como revelação da
salvação de Deus (sola scriptura) e só Jesus como
caminho verdadeiro para a Salvação (solo Christus).
(Revista Ultimato, n.296)
A história conheceu em
tempos diversos e diferentes
os
REFORMADORES
OS PRIMEIROS BATISTAS HISTÓRICOS
• John Smith (1570-1612), de Lincolnshire, ordenado
sacerdote anglicano em 1.594 tornou-se um separatista.
Devido a perseguição mudou-se para a Holanda e recebeu
influência dos anabatistas (depois menonitas). Em 1609
batizou-se a si mesmo, a Thomas Helwys e a outros 34
membros do seu rebanho, por afusão (ou aspersão). Estes
foram os primeiros a serem chamados de “batistas”, pois
não aceitavam o batismo de crianças, criam que só
convertidos poderiam fazer parte da igreja e, propuseram
um governo democrático na igreja. Posteriormente John
Smith transferiu-se para um grupo de menonitas.
Thomas Helwys (1550-1616) com o grupo inicial mais
outros seguidores de John Murton se uniram e em 1611 (ou
12) organizaram a Primeira Igreja Batista Inglesa, em
Spitalfields, nos arredores de Londres.
 Esse primeiro grupo batista, como já referido acima,
realizava o batismo por afusão e sustentava doutrinas
arminianas. Por isso ficaram conhecidos como Batistas
Gerais (criam na expiação de Cristo para todos os
homens).
 Outro grupo, mais forte que o primeiro, ficou
conhecido como Batistas Particulares, ou Calvinistas,
originou-se de um cisma da congregação de Henry
Jacob, em Londres no ano de 1633. Estes sustentavam
o batismo dos crentes por imersão e uma teologia
calvinista que enfatizava a expiação limitada (a morte
de Cristo somente para os eleitos). John Spilsbury foi o
primeiro pastor deste grupo, que se tornou o mais
influente grupo batista inglês, dando raízes aos
batistas americanos através de Roger Willians.
 Foi a partir de 1640 que os batistas firmaram-se como
grupo evangélico distinto e reconhecido, e nos anos
seguintes viram um extraordinário desenvolvimento,
apesar das perseguições e incompreensões. A liberdade
religiosa tornou-se uma forte ênfase das igrejas batistas, e
muitos batistas foram presos e tiveram seus bens
confiscados. Talvez o mais conhecido deles foi John
Bunyan (1628-1688), pregador batista, confinado durante
doze anos numa prisão em Bedford, na Inglaterra, onde
escreveu o famoso livro “O Peregrino”.
 Os batistas não demoraram para demonstrar também
seu ímpeto missionário e reavivalista. Homens como
Willian Carey (1761-1834) e Adoniram Judson (1788-
1850) são exemplos disso.
Robert Torbet descrevendo algumas
teorias sobre a origem dos batistas cita
Henrique Vedder: “depois de 1610
temos uma sucessão ininterrupta de
igrejas batistas estabelecida por
evidências documentárias indubitável,
e que desde 1641, pelo menos, as
doutrinas e praticas batistas tem sido
as mesmas em todas as características
essências do que são hoje”. (p.35)
Em 1860 Thomas Jefferson Bowen, missionário enviado ao
Brasil pela Junta de Richmond, associação de igrejas batistas
do Sul dos Estados Unidos, aportou na cidade do Rio de
Janeiro. Bowen havia sido missionário na África e pregava
para os escravos, já que conhecia a língua iorubá. Porém foi
impedido pelas autoridades de propagar as doutrinas batistas
no Brasil e Bowen acabou ficando no Brasil por apenas nove
meses.
A Guerra Civil Americana (1859-1865), entre os
estados do Norte e do Sul dos EUA, fez com que milhares de
imigrantes sulistas americanos viessem para o Brasil, e se
estabelecessem principalmente em Santa Bárbara D'Oeste,
Piracicaba e Americana, no interior paulista. Em Santa
Barbara no dia 10/09/1871, foi fundada a Primeira Igreja
Batista no Brasil, só para americanos, cujo pastor foi Richard
Ratcliff.
Em 15 de Outubro de 1882, foi organizada a Primeira
Igreja Batista do Brasil, em Salvador, com objetivo de
evangelizar os brasileiros, através dos casais de
missionários batistas norte-americanos, Willian Buck
Bagby e Anne Luther Bagby; Zacharias Clay Taylor,
Kate Stevens Crawford Taylor, e auxiliados pelo ex-
padre Antonio Teixeira de Albuquerque, batizado em
Santa Bárbara D'Oeste.
Em 1907, foi realizada em Salvador a primeira
Convenção Batista Brasileira cujo presidente foi
Francisco Fulgêncio Soren. Já nesta convenção foi
tratado o assunto do trabalho missionário, discutindo-
se o envio de missionário para Portugal, Chile e África.
História dos Batistas2010 pt2

More Related Content

What's hot

A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristãFilipe
 
(7) a teologia diante da modernidade
(7) a teologia diante da modernidade(7) a teologia diante da modernidade
(7) a teologia diante da modernidadeAfonso Murad (FAJE)
 
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteLição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteÉder Tomé
 
Aula 1 - Primeiro Período - A Igreja Apostólica
Aula 1 - Primeiro Período - A Igreja ApostólicaAula 1 - Primeiro Período - A Igreja Apostólica
Aula 1 - Primeiro Período - A Igreja ApostólicaAdriano Pascoa
 
Missões lição 4 a história das missões
Missões lição 4   a história das missõesMissões lição 4   a história das missões
Missões lição 4 a história das missõesNatalino das Neves Neves
 
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro   Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro Paulo Dias Nogueira
 
IBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptx
IBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptxIBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptx
IBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptxRubens Sohn
 
Concílio Vaticano II - 50 Anos
Concílio Vaticano II - 50 AnosConcílio Vaticano II - 50 Anos
Concílio Vaticano II - 50 AnosRubens Júnior
 
Aula 3 - Terceiro Período - A Igreja Imperial
Aula 3 -  Terceiro Período - A Igreja ImperialAula 3 -  Terceiro Período - A Igreja Imperial
Aula 3 - Terceiro Período - A Igreja ImperialAdriano Pascoa
 
IASD irmã de Babilônia nas Profecias.
IASD irmã de Babilônia nas Profecias.IASD irmã de Babilônia nas Profecias.
IASD irmã de Babilônia nas Profecias.ASD Remanescentes
 
EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.
EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.
EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.GIDEONE Moura Santos Ferreira
 
Historia da igreja i aula 1
Historia da igreja i  aula 1Historia da igreja i  aula 1
Historia da igreja i aula 1Moisés Sampaio
 
O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016
O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016
O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016JOSE ROBERTO ALVES DA SILVA
 
Historia da igreja I aula 2
Historia da igreja I  aula 2Historia da igreja I  aula 2
Historia da igreja I aula 2Moisés Sampaio
 
Apostila historia da igreja denise - ibadep
Apostila historia da igreja   denise - ibadepApostila historia da igreja   denise - ibadep
Apostila historia da igreja denise - ibadepJaqueline Dias
 

What's hot (20)

A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristã
 
(7) a teologia diante da modernidade
(7) a teologia diante da modernidade(7) a teologia diante da modernidade
(7) a teologia diante da modernidade
 
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteLição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
 
Aula 1 - Primeiro Período - A Igreja Apostólica
Aula 1 - Primeiro Período - A Igreja ApostólicaAula 1 - Primeiro Período - A Igreja Apostólica
Aula 1 - Primeiro Período - A Igreja Apostólica
 
Missões lição 4 a história das missões
Missões lição 4   a história das missõesMissões lição 4   a história das missões
Missões lição 4 a história das missões
 
História da igreja i
História da igreja iHistória da igreja i
História da igreja i
 
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro   Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
 
IBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptx
IBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptxIBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptx
IBADEP BÁSICO - HERESIOLOGIA - CAPITULO 1.pptx
 
Concílio Vaticano II - 50 Anos
Concílio Vaticano II - 50 AnosConcílio Vaticano II - 50 Anos
Concílio Vaticano II - 50 Anos
 
Doutrina do homem
Doutrina do homemDoutrina do homem
Doutrina do homem
 
Aula 3 - Terceiro Período - A Igreja Imperial
Aula 3 -  Terceiro Período - A Igreja ImperialAula 3 -  Terceiro Período - A Igreja Imperial
Aula 3 - Terceiro Período - A Igreja Imperial
 
IASD irmã de Babilônia nas Profecias.
IASD irmã de Babilônia nas Profecias.IASD irmã de Babilônia nas Profecias.
IASD irmã de Babilônia nas Profecias.
 
A Igreja e a Reforma
A Igreja e a ReformaA Igreja e a Reforma
A Igreja e a Reforma
 
EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.
EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.
EBD CPAD Lições bíblicas 1° trimestre 2016 Lição 5 O arrebatamento da Igreja.
 
Seitas e Heresias
Seitas e HeresiasSeitas e Heresias
Seitas e Heresias
 
Historia da igreja i aula 1
Historia da igreja i  aula 1Historia da igreja i  aula 1
Historia da igreja i aula 1
 
O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016
O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016
O Desafio da Evangelização - Revista Lições Bíblicas 3° Trimestre 2016
 
Historia da igreja I aula 2
Historia da igreja I  aula 2Historia da igreja I  aula 2
Historia da igreja I aula 2
 
Quem é jesus power point
Quem é jesus power pointQuem é jesus power point
Quem é jesus power point
 
Apostila historia da igreja denise - ibadep
Apostila historia da igreja   denise - ibadepApostila historia da igreja   denise - ibadep
Apostila historia da igreja denise - ibadep
 

Similar to História dos Batistas2010 pt2

Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,
Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,
Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,Jairo Mielnik
 
Identidade Batistas Brasileiros
Identidade Batistas BrasileirosIdentidade Batistas Brasileiros
Identidade Batistas Brasileirosusr_isaltino
 
Erros e contradições na teologia Unicista
Erros e contradições na teologia UnicistaErros e contradições na teologia Unicista
Erros e contradições na teologia UnicistaFlávio Miguel Luigi
 
eclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptx
eclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptxeclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptx
eclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptxBelmirofil
 
tabela das religiões.pptx
tabela das religiões.pptxtabela das religiões.pptx
tabela das religiões.pptxPib Penha
 
14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx
14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx
14 - O cristianismo na idade moderna1.pptxPIB Penha - SP
 
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)Andre Nascimento
 
A História da Igreja Presbiteriana no Brasil
A História da Igreja Presbiteriana no BrasilA História da Igreja Presbiteriana no Brasil
A História da Igreja Presbiteriana no BrasilJocarli Junior
 
Mudanças nos textos das literaturas adventistas
Mudanças nos textos das  literaturas  adventistasMudanças nos textos das  literaturas  adventistas
Mudanças nos textos das literaturas adventistasJose Moraes
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasilSeminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasilRobson Rocha
 
08 ramificacoes cristas
08 ramificacoes cristas08 ramificacoes cristas
08 ramificacoes cristasLuiza Dayana
 
A reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosaA reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosaKelly Delfino
 
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-WesleyHistória da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-WesleyAndre Nascimento
 
A história dos batistas
A história dos batistasA história dos batistas
A história dos batistasVerdade Gospel
 

Similar to História dos Batistas2010 pt2 (20)

Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,
Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,
Os batistas, seus 400 anos e sua contribuição teológica para o mundo abibet,
 
Identidade Batistas Brasileiros
Identidade Batistas BrasileirosIdentidade Batistas Brasileiros
Identidade Batistas Brasileiros
 
Erros e contradições na teologia Unicista
Erros e contradições na teologia UnicistaErros e contradições na teologia Unicista
Erros e contradições na teologia Unicista
 
eclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptx
eclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptxeclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptx
eclesiologia 7 igreja nos dias atuais.pptx
 
tabela das religiões.pptx
tabela das religiões.pptxtabela das religiões.pptx
tabela das religiões.pptx
 
Maçons religiosos
Maçons religiososMaçons religiosos
Maçons religiosos
 
14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx
14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx
14 - O cristianismo na idade moderna1.pptx
 
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
 
A História da Igreja Presbiteriana no Brasil
A História da Igreja Presbiteriana no BrasilA História da Igreja Presbiteriana no Brasil
A História da Igreja Presbiteriana no Brasil
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma   Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Mudanças nos textos das literaturas adventistas
Mudanças nos textos das  literaturas  adventistasMudanças nos textos das  literaturas  adventistas
Mudanças nos textos das literaturas adventistas
 
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasilSeminário sobre a história da igreja. parte 3   as igrejas antigas e no brasil
Seminário sobre a história da igreja. parte 3 as igrejas antigas e no brasil
 
08 ramificacoes cristas
08 ramificacoes cristas08 ramificacoes cristas
08 ramificacoes cristas
 
Historia II - MIII
Historia II - MIIIHistoria II - MIII
Historia II - MIII
 
Historia II - M3
Historia II - M3Historia II - M3
Historia II - M3
 
Metodismo nos estados unidos
Metodismo nos estados unidosMetodismo nos estados unidos
Metodismo nos estados unidos
 
A reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosaA reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosa
 
Cristianismo (1)
Cristianismo (1)Cristianismo (1)
Cristianismo (1)
 
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-WesleyHistória da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
História da Igreja II: Aula 10: Movimentos Espiritualistas pós-Wesley
 
A história dos batistas
A história dos batistasA história dos batistas
A história dos batistas
 

More from Eliezer Almeida

More from Eliezer Almeida (20)

O Coração do Profeta - Jonas 4
O Coração do Profeta - Jonas 4O Coração do Profeta - Jonas 4
O Coração do Profeta - Jonas 4
 
A Pequena Maior Oferta
A Pequena Maior OfertaA Pequena Maior Oferta
A Pequena Maior Oferta
 
Passos para a queda!
Passos para a queda!Passos para a queda!
Passos para a queda!
 
Oração Corajosa
Oração CorajosaOração Corajosa
Oração Corajosa
 
Viver e morrer
Viver e morrerViver e morrer
Viver e morrer
 
O fariseu e o publicano
O fariseu e o publicanoO fariseu e o publicano
O fariseu e o publicano
 
O pastor e os desafios da nova liturgia
O pastor e os desafios da nova liturgiaO pastor e os desafios da nova liturgia
O pastor e os desafios da nova liturgia
 
Decisoes2 - Amar o Proximo
Decisoes2 -  Amar o ProximoDecisoes2 -  Amar o Proximo
Decisoes2 - Amar o Proximo
 
Decisões 2013
Decisões 2013Decisões 2013
Decisões 2013
 
Nossa Bandeira
Nossa BandeiraNossa Bandeira
Nossa Bandeira
 
Comprometidos Com o Reino de Deus
Comprometidos Com o Reino de DeusComprometidos Com o Reino de Deus
Comprometidos Com o Reino de Deus
 
Seguindo Jesus: Dos montes aos vales - Mc 9
Seguindo Jesus: Dos montes aos vales - Mc 9Seguindo Jesus: Dos montes aos vales - Mc 9
Seguindo Jesus: Dos montes aos vales - Mc 9
 
Tempo de plantar
Tempo de plantarTempo de plantar
Tempo de plantar
 
Adoração Apaixonada
Adoração ApaixonadaAdoração Apaixonada
Adoração Apaixonada
 
Crescer como Jesus
Crescer como JesusCrescer como Jesus
Crescer como Jesus
 
Seguindo a Jesus2 - Marcos 2
Seguindo a Jesus2 - Marcos 2Seguindo a Jesus2 - Marcos 2
Seguindo a Jesus2 - Marcos 2
 
Seguindo a Jesus - ev. Marcos
Seguindo a Jesus - ev. MarcosSeguindo a Jesus - ev. Marcos
Seguindo a Jesus - ev. Marcos
 
Escolhido Hoje!
Escolhido Hoje!Escolhido Hoje!
Escolhido Hoje!
 
Chamados - Os Judas
Chamados  - Os JudasChamados  - Os Judas
Chamados - Os Judas
 
Chamados - Filipe
Chamados - FilipeChamados - Filipe
Chamados - Filipe
 

Recently uploaded

ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdfProgramação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdfSamaraLunas
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdfLuís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdfLuisKitota
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 

Recently uploaded (8)

ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdfProgramação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
Programação Orientada a Objetos - 4 Pilares.pdf
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdfLuís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
Luís Kitota AWS Discovery Day Ka Solution.pdf
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 

História dos Batistas2010 pt2

  • 1. TEORIAS SOBRE A ORÍGEM DOS BATISTAS Seminário Teológico Batista Grandes Lagos Pf. Eliezer F Almeida
  • 2. TEORIA “JJJ” – “Jerusalém, Jordão, João” Diz que os batistas vêm em linha ininterrupta desde os tempos em que João Batista efetuava seus batismos no rio Jordão. Foi esposada por historiadores como: Thomas Crosby, que escreveu, entre 1738 e 1740, História dos Batistas Ingleses, em quatro volumes. Outro historiador, G.H. Orchard, escreveu em 1855, História Concisa dos Batistas Estrangeiros, defendendo a mesma idéia. a) É uma das mais antigas teorias e muito aceita; difundida principalmente por J.M. Carrol em “O Rastro de Sangue”; b) A ênfase desta teoria é sobre o conceito da sucessão apostólica;
  • 3. TEORIA DOS GRUPOS ANTIPEDOBATISTAS É conhecida também pela relação histórica com grupos religiosos através dos tempos denominados ANTIPEDOBASTISTAS – (conhecidos principalmente por serem contrários ao batismo infantil). Relacionam-se os batistas com tais movimentos nessa similaridade, no entanto, põe de lado algumas diferenças evidentes e claras entre esses grupos e os batistas de hoje. Alguns mais conhecidos desses grupos de similaridade com os batistas, são:
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. TEORIA DE PROVENIÊNCIA DOS SEPARATISTAS INGLESES Afirma que os batistas se originaram dos separatistas ingleses, especialmente aqueles que eram congregacionais na eclesiologia, e insistiam na necessidade do batismo somente de pessoas regeneradas. Advogam essa teoria: o notável teólogo Augustus Hopkins Strong e o históriador Henry C. Vedder, professor do Seminário Teológico Croser, na Pensylvania, de 1894 a 1927. Em sua Breve História dos Batistas, publicada em 1907, Vedder declara que depois do 1610 temos uma sucessão ininterrupta de igrejas batistas, estabelecidas com provas documentais indubitáveis. Robert G. Torbet.
  • 10. “Bem na metade do segundo milênio, a Igreja estava outra vez em bancarrota. Os vícios eram os mesmos de 500 anos atrás e mais alguns. O celibato estava de pé, mas não impedia a prática de uniões secretas. As Escrituras Sagradas estavam jogadas nas bibliotecas dos mosteiros. Essa situação provocou a chamada Reforma Religiosa do Século 16, sob a liderança do monge alemão Martinho Lutero (1483-1546). Foi a reformatio in capite et in membris (reforma na cabeça e nos membros), tanto doutrinária como moral, que projetou outra vez só a fé como instrumento para se obter a salvação (sola fide), só a graça como providência de Deus para franquear a salvação (sola gratia), só a Bíblia como revelação da salvação de Deus (sola scriptura) e só Jesus como caminho verdadeiro para a Salvação (solo Christus). (Revista Ultimato, n.296)
  • 11. A história conheceu em tempos diversos e diferentes os REFORMADORES
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. OS PRIMEIROS BATISTAS HISTÓRICOS • John Smith (1570-1612), de Lincolnshire, ordenado sacerdote anglicano em 1.594 tornou-se um separatista. Devido a perseguição mudou-se para a Holanda e recebeu influência dos anabatistas (depois menonitas). Em 1609 batizou-se a si mesmo, a Thomas Helwys e a outros 34 membros do seu rebanho, por afusão (ou aspersão). Estes foram os primeiros a serem chamados de “batistas”, pois não aceitavam o batismo de crianças, criam que só convertidos poderiam fazer parte da igreja e, propuseram um governo democrático na igreja. Posteriormente John Smith transferiu-se para um grupo de menonitas. Thomas Helwys (1550-1616) com o grupo inicial mais outros seguidores de John Murton se uniram e em 1611 (ou 12) organizaram a Primeira Igreja Batista Inglesa, em Spitalfields, nos arredores de Londres.
  • 16.  Esse primeiro grupo batista, como já referido acima, realizava o batismo por afusão e sustentava doutrinas arminianas. Por isso ficaram conhecidos como Batistas Gerais (criam na expiação de Cristo para todos os homens).  Outro grupo, mais forte que o primeiro, ficou conhecido como Batistas Particulares, ou Calvinistas, originou-se de um cisma da congregação de Henry Jacob, em Londres no ano de 1633. Estes sustentavam o batismo dos crentes por imersão e uma teologia calvinista que enfatizava a expiação limitada (a morte de Cristo somente para os eleitos). John Spilsbury foi o primeiro pastor deste grupo, que se tornou o mais influente grupo batista inglês, dando raízes aos batistas americanos através de Roger Willians.
  • 17.  Foi a partir de 1640 que os batistas firmaram-se como grupo evangélico distinto e reconhecido, e nos anos seguintes viram um extraordinário desenvolvimento, apesar das perseguições e incompreensões. A liberdade religiosa tornou-se uma forte ênfase das igrejas batistas, e muitos batistas foram presos e tiveram seus bens confiscados. Talvez o mais conhecido deles foi John Bunyan (1628-1688), pregador batista, confinado durante doze anos numa prisão em Bedford, na Inglaterra, onde escreveu o famoso livro “O Peregrino”.  Os batistas não demoraram para demonstrar também seu ímpeto missionário e reavivalista. Homens como Willian Carey (1761-1834) e Adoniram Judson (1788- 1850) são exemplos disso.
  • 18. Robert Torbet descrevendo algumas teorias sobre a origem dos batistas cita Henrique Vedder: “depois de 1610 temos uma sucessão ininterrupta de igrejas batistas estabelecida por evidências documentárias indubitável, e que desde 1641, pelo menos, as doutrinas e praticas batistas tem sido as mesmas em todas as características essências do que são hoje”. (p.35)
  • 19.
  • 20.
  • 21. Em 1860 Thomas Jefferson Bowen, missionário enviado ao Brasil pela Junta de Richmond, associação de igrejas batistas do Sul dos Estados Unidos, aportou na cidade do Rio de Janeiro. Bowen havia sido missionário na África e pregava para os escravos, já que conhecia a língua iorubá. Porém foi impedido pelas autoridades de propagar as doutrinas batistas no Brasil e Bowen acabou ficando no Brasil por apenas nove meses. A Guerra Civil Americana (1859-1865), entre os estados do Norte e do Sul dos EUA, fez com que milhares de imigrantes sulistas americanos viessem para o Brasil, e se estabelecessem principalmente em Santa Bárbara D'Oeste, Piracicaba e Americana, no interior paulista. Em Santa Barbara no dia 10/09/1871, foi fundada a Primeira Igreja Batista no Brasil, só para americanos, cujo pastor foi Richard Ratcliff.
  • 22. Em 15 de Outubro de 1882, foi organizada a Primeira Igreja Batista do Brasil, em Salvador, com objetivo de evangelizar os brasileiros, através dos casais de missionários batistas norte-americanos, Willian Buck Bagby e Anne Luther Bagby; Zacharias Clay Taylor, Kate Stevens Crawford Taylor, e auxiliados pelo ex- padre Antonio Teixeira de Albuquerque, batizado em Santa Bárbara D'Oeste. Em 1907, foi realizada em Salvador a primeira Convenção Batista Brasileira cujo presidente foi Francisco Fulgêncio Soren. Já nesta convenção foi tratado o assunto do trabalho missionário, discutindo- se o envio de missionário para Portugal, Chile e África.