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3MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Projeto Editorial:
Diagramação:
Revisão:
Capa:
Elis Amâncio
GSW
Ana Paula Costa
Luiz Queiroz
Amâncio, Elis
Mídias Sociais para Igrejas / Elis Amâncio. – Santa Luzia, 2016. 1ª edição: junho/2016.
Referências bíblicas usadas nesta obra, exceto quando mencionadas individualmente:
Nova Tradução na Linguagem de Hoje | YouVersion: http://bible.com/pt/.
Copyright © Todos os direitos reservados para Elis Amâncio.
4 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Às duas mulheres da minha vida,
responsáveis por quem eu sou hoje.
Minha mãe, Neide, e minha filha, Sarah.
DEDICATÓRIA
5MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Agradeço a Deus por despertar em mim este amor
por comunicar. Entender que o Meio Digital é uma
ferramenta excelente para a Igreja nos dias de hoje
tem transformado minha vida.
Agradeço à minha família, pai (Maurício), mãe
(Neide), filha (Sarah), irmão (Marcelo) por sempre
estarem ao meu lado.
Agradeço ao amor da minha vida, Renato Lied.
Você é meu melhor amigo, companheiro,
confidente, incentivador e é o melhor de
Deus para mim!
Agradeço às minhas amigas (madrinhas): Cibelle,
Karen, Nayara, Priscila e Raquel. Vocês são meu
suporte para tudo.
Agradeço aos pastores Leonardo e Vanessa
Capochim, tudo começou com o convite de vocês
para dar aulas no Carisma, nos idos de 2010.
Jamais vou esquecer!
Agradeço à minha amiga e jornalista Ana Paula Costa
por torcer por mim, incentivar e sempre estar lá!
Agradeço ao amigo Luiz Queiroz, da GSW pela
competência e compromisso na diagramação
deste livro digital, essenciais para que ele fosse
publicado.
Agradeço a todos que me levaram para palestrar
ou dar aulas em todo o Brasil sobre o tema “Mídias
Sociais na Igreja”.
Agradeço ao pastor Márcio Valadão, visionário e
grande incentivador.
Agradeço aos que assistiram às minhas palestras
e aulas. O feedback sincero de vocês fez com que
este livro se tornasse realidade.
Um obrigado muito especial a todos os meus
seguidores no Facebook, Instagram e Twitter, este
livro existe para vocês!
AGRADECIMENTOS
6 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
A tecnologia me atrai
desde a infância. Assim
que a coordenação motora
melhorou, me tornei a
fotógrafa oficial da família.
Aprendi sozinha a trocar o
filme e as pilhas da máquina.
A primeira vez que vi uma
câmera Polaroid fiquei
apaixonada, uma câmera que
imprimia a foto na hora (pensa
que louco?). Lembro-me do
meu primeiro dia na aula
de Datilografia no início da
década de 90, e eu pensava:
“Uau! Posso me comunicar
mais rápido usando isso.” Em
meados da década de 90,
fiz meus primeiros cursos
de informática: DOS com o
famoso editor de textos Edit
e de Windows 3.11. Acessei
a Internet pela primeira
vez ainda na década de 90,
meados de 94/95. Naquela
época, não tinha ideia do
impacto que ela teria na
minha vida. Acredito que
poucos de nós tínhamos
ideia. Claro que tive (tenho
até hoje e funcionando!) uma
Agenda/Tradutora Eletrônica
que traduz mais de 30 mil
palavras. Fora Walkie talks,
Walkman, Discman, Palmtop,
PCs, notebooks, disquetes,
telefones celulares e
smartphones. São mais de 20
anos mergulhada no mundo
digital (profissionalmente),
descobrindo e testando
novidades.
Por diversas questões pesso-
ais cursei Jornalismo um pou-
co mais velha que a maioria
das pessoas. Pela maturidade
que tinha na época, aproveitei
bastante o meu curso e a pós-
graduação em Mídias Sociais
e Comunicação Digital. Ainda
nos tempos da Faculdade
comecei a servir minha igreja
local nesta área, a Igreja Batis-
ta da Lagoinha (Belo Horizon-
te/MG).
Ali na IBL servi à Comunica-
ção da Juventude Lagoinha
criando um Blog. Na época,
com apoio da minha liderança,
os pastores Márcio, Felippe e
Mariana Valadão.
Por quatro anos tive a honra
de servir à Comunicação dos
jovens levando o que tínha-
mos de melhor no meio digital.
O Orkut e o Blog foram leva-
dos muito a sério por nós. No
Blog da Mocidade publicava
textos com os resumos das
pregações de cada sábado,
fazia fotos e, algumas vezes,
vídeos.
Uma vez ao acessar o Analy-
tics do Blog vi que mais de 40
países acessavam o conteúdo.
Inclusive, países onde a Igreja
é perseguida. Nossa, aquilo
mexeu com o meu coração.
Como assim alguém que está
em um país com restrição re-
ligiosa estava lendo as nossas
postagens? E o melhor, vol-
tando outras vezes lá. Diver-
sas vezes li comentários com
agradecimentos sobre o que
era compartilhado ali.
Quando fui para a faculdade
não tinha ideia de que Deus
APRESENTAÇÃO
7MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
poderia utilizar minha profissão
para propagar a mensagem
do Reino. Ao ler esta palavra
tive mais clareza sobre o meu
chamado: “E o Senhor Deus
disse: Escreva em tábuas a
visão que você vai ter, escre-
va com clareza o que vou lhe
mostrar, para que possa ser
lido com facilidade.” (Habacu-
que 2.2 NTLH.) Que coisa mais
linda! Deus orientou Habacu-
que a fazer exatamente o que
um jornalista precisa fazer. Isto
é, “traduzir” uma informação e
torná-la fácil de compreender,
seja por meio de texto, foto,
áudio ou vídeo. Independente
do nível intelectual e conheci-
mento do público, é preciso se
fazer entender. E como jorna-
lista, naquele momento, co-
mecei a compreender melhor
minha missão e a compartilhar
sobre ela com outros.
Esta possibilidade de usar a
Internet para falar de Deus
começou a arder em meu
coração de uma maneira tão
grande que comecei a pesqui-
sar cada vez mais sobre Redes
Sociais. Tenho estudado e
implementado estratégias de
Gestão de Conteúdo especifi-
camente para o público digital.
Assim, passei pela Comunica-
ção da Lagoinha e a assesso-
ria de imprensa (comunicação)
de vários nomes como André
Valadão, Diante do Trono, Ní-
vea Soares, Mariana Valadão,
Helena Tannure, Bianca Pa-
gliarin, entre outros. Fui apren-
dendo na teoria e na prática a
importância do uso adequado
e consciente de cada Rede
Social.
Desde 2010, venho falando por
meio de aulas ministradas no
Seminário Teológico Carisma
e no Centro de Treinamento
Ministerial Diante do Trono
(CTMDT), ambos vinculados à
IBL sobre as temáticas: Mídia
e Ministério e Mídias aplicadas
ao ministério pastoral.
Também falo sobre o tema
Mídias Sociais na Igreja como
professora do Instituto Nis-
si de Missões (Cia de Teatro
Jeová Nissi, em Ibiúna/SP) e
na Escola de Discípulos ADNA
(Assembleia de Deus Nova
Aliança, em Cuiabá/MT), entre
outras instituições de Ensi-
no Cristão em que vou como
professora convidada. Palestro
em todo o Brasil sobre o uso
da Comunicação e das Mídias
Sociais para igrejas, ministérios
e membros.
A ideia deste e-book gratuito
é ser um ponto de partida para
novas conversas entre eu e
você, internauta, sobre o uso
das Mídias Sociais nas Igreja.
Não é simplesmente criar um
passo-a-passo de sucesso no
meio digital. Mas, gerar a refle-
xão de que nós, como embai-
xadores de Cristo (2 Coríntios
5.20), precisamos estar mais
atentos com o que temos fei-
to/compartilhado na Internet.
Não apenas institucionalmente
como igreja ou ministério, mas,
em nossos perfis pessoais. Afi-
nal, a árvore boa se conhece
pelos frutos (Lucas 6.43-45).
8 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
09
11
14
18
28
32
39
65
74
82
95
98
101
102
104
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
POR QUE MINHA IGREJA PRECISA ESTAR NO MEIO DIGITAL?
PLANO DE COMUNICAÇÃO | ESTRUTURA E INSIGHTS
MARKETING DIGITAL
MÍDIAS SOCIAIS E REDES SOCIAIS
CONTEÚDO DIGITAL
COBERTURA ONLINE
FERRAMENTAS
PÍLULAS – DOSES HOMEOPÁTICAS DIGITAIS =)
FOLLOW ME
POSFÁCIO
REFERÊNCIAS
SOBRE A AUTORA
SUMÁRIO
9MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
PREFÁCIOFalar da Elisandra Amâncio é
voltar no tempo e revisitar o
mês de julho de 2008. Foi nes-
se tempo, durante a realização
do “Confrajovem”, na Igreja
Batista da Lagoinha (BH/MG),
que tive o prazer de conhe-
cê-la. A partir de então, a
amizade e a admiração não se
desgrudaram mais, tornou-se
uma reciprocidade de carinho,
respeito e admiração.
Foi durante o “Confrajovem”
que observei a “Elis” trabalhar
como voluntária. Tirava fotos,
andava para lá e para cá, subia
aquelas ladeiras da Igreja da
Lagoinha sempre com muita
disposição. Produzia textos
para o portal e fazia transmis-
sões online dos eventos (a
Lagoinha foi uma das precur-
soras nessas transmissões no
segmento gospel). É claro que
eu não poderia perder aquela
oportunidade! Eu a convidei
para trabalhar no portal La-
goinha.com, do qual eu era a
jornalista responsável na épo-
ca. Elisandra fez o processo
seletivo e, claro, passou. Tive a
alegria de liderar uma grande
profissional, proativa, de ta-
lento e muito futuro, que está
sempre antenada, buscando
seus objetivos com muito
estudo, trabalho e amor pela
profissão que abraçou.
Poderia citar aqui muitas
outras qualidades intrínsecas
desta amiga que nasceu em
São Paulo, mas escolheu fazer
da “terra do pão de queijo”,
Minas Gerais, a sua casa. Que
bom!
Emociono-me em ver a profis-
sional que Elisandra Amâncio
é hoje no mercado – referên-
cia na comunição, com espe-
cialização em Mídias Digitais.
Esta é uma das razões pelas
quais esta minha grande ami-
ga tem viajado o Brasil e creio
que, em breve, o mundo, pa-
lestrando sobre a importância
do uso dessas ferramentas na
Igreja.
Neste seu primeiro livro, “Mí-
10 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
dias Sociais na Igreja”, ela
aborda um tema muito impor-
tante nos dias atuais, visto a
relevância que essas mídias
têm na vida das pessoas em
todo o mundo, seja no âmbi-
to pessoal ou no corporativo.
Utilizando-se de uma lingua-
gem simples, como que se
estivesse conversando frente
a frente com o leitor, Elisandra
promove uma reflexão sobre
dois pontos fundamentais:
•Como embaixadores de
Cristo (2 Coríntios 5.20), preci-
samos estar mais atentos com
o que temos feito/comparti-
lhado na Internet. Não apenas
institucionalmente como igreja
ou ministério, mas, também,
em nossos perfis pessoais. Afi-
nal, a árvore boa se conhece
pelos frutos (Lucas 6.43-45).
•Precisamos perceber o tama-
nho do alcance destas ferra-
mentas e nos valer da efici-
ência que elas têm para que
possamos alcançar ainda mais
pessoas com o Evangelho da
Salvação em Jesus Cristo.
Este livro é uma obra precio-
sa que vai ajudar tanto quem
já tem experiência quanto os
calouros neste mundo digital
em que vivemos.
Para saber aproveitar as
oportunidades que as Mídias
Sociais oferecem é preciso
entender como funcionam e
como usá-las em nosso pro-
veito. E Elisandra ensina isso
muito bem neste e-book.
Uma leitura que certamente
abrirá a sua mente para estas
questões.
Elis, você é um diferencial no
mercado, uma referência como
ser humano e como profissio-
nal. Parabéns por este e-book
que, generosamente, você dis-
ponibiliza gratuitamente. Com
Deus, as fontes de bênçãos
são inesgotáveis, e Ele terá
sempre mais para você. Voe
alto, cada vez mais alto!
Ana Paula Costa
Jornalista, Assessora de Impren-
sa e Locutora
Pastora voluntária na Igreja Co-
munidade Batista, bairro Nova
Floresta, Belo Horizonte (MG)
11MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Há quase uma década tra-
balho profissionalmente com
Comunicação Digital e Mídias
Sociais. Desde minha conver-
são em 2003, utilizo a Inter-
net como fonte de pesquisa
e estudos para ampliar meus
conhecimentos sobre Deus.
Lembro-me de chegar ao
trabalho diariamente e buscar
por um devocional no Lagoi-
nha.com – portal da Igreja Ba-
tista da Lagoinha, em BH, da
qual sou membro. A estrutura
dos sites eram muito diferen-
te do que temos nos dias de
hoje. Naquela época, poucas
igrejas estavam na Internet.
Algumas tinham apenas (e
ainda tem) uma página mais
institucional com uma breve
apresentação sobre a igreja,
localização e, ainda, dias e
horários dos cultos.
“Somos e seremos educadores e
estudantes durante toda a vida.”
(Gil Giardelli.)
“Meu povo foi destruído por falta
de conhecimento.”
(Oséias 4.6 NVI.)
INTRODUÇÃO
12 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Os anos foram passando e o
fato de estudar Jornalismo e
Mídias Sociais para me apro-
fundar mais sobre o assunto
me despertou para algo: o
que a Igreja tem feito com
todas estas possibilidades
digitais em nossa geração?
Refletindo sobre a história
de Jesus pude observar que
em diversos momentos Ele
usou das ferramentas que
dispunha naquela época para
alcançar as pessoas e levar a
mensagem do Reino de Deus.
Seja andando sobre as águas,
de barco, a pé ou de jumen-
to, Ele foi e cumpriu a missão
Dele. Mas, e nós? Temos uti-
lizado todos os recursos que
temos nos dias de hoje para
falar do Reino?
Sempre estive bastante en-
volvida em questões ministe-
riais, vi e participei de diver-
sos projetos evangelísticos,
impactos, vigílias, entre outras
atividades. Minha primeira
experiência levando a men-
sagem do Reino de Deus por
meio da Internet foi em 2008
quando com autorização da
liderança criei o Blog da Mo-
cidade Lagoinha. Comecei a
fotografar os cultos e eventos
dos jovens e anotar as pa-
lavras ministradas. Ali, fazia
breves resumos para possi-
bilitar àqueles que gostariam
de estar fisicamente na igreja
e não podiam. Seja por morar
em outra cidade/estado/país
ou porque não tiveram como
ir ao culto naquele dia. Assim,
demos a chance para que ou-
tros pudessem ter acesso de
“um pouquinho” do que rece-
bíamos em nossa igreja local.
Quando falamos de uso ade-
quado das Mídias Sociais, soa
como regras de certo e erra-
do. Mas, não é puramente isso.
A questão é, será que nossas
igrejas, ministérios e nós como
cristãos temos utilizado cada
canal digital com consciên-
cia? Você já parou para pensar
que a Internet vai muito além
do uso pessoal e do entrete-
nimento? Você entende por
que você, sua igreja ou minis-
tério precisam ter um site ou
blog? Sabe que é importante
produzir conteúdo específico
para cada Rede Social? Você
sabia que as Redes Sociais
possuem características bem
diferentes e que o conteúdo
errado no lugar errado não
terá resultado? Sabia que o
número de seguidores e likes
não são sinônimos de “suces-
so” na Internet?
É exatamente por isso que
tenho levado esta temática
por onde tenho ido por meio
de aulas ou palestras. Esta
é minha missão, falar do uso
13MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
das Mídias Sociais e do meio
digital para e pelas Igrejas. Na
importância de termos conhe-
cimento da Palavra de Deus
e conhecimento técnico para
lidar com o meio digital. Des-
de então dou aulas sobre isso
em três instituições diferentes,
em palestras ou com dicas
pela Internet. Tenho encontra-
do pessoas que entenderam
a importância de utilizarmos
as ferramentas certas e da
maneira correta. Falo da im-
portância de encontrarmos
o ponto de equilíbrio na vida
ON e offline (na Internet e fora
dela). Refletirmos sobre a se-
gurança pessoal e o excesso
de exposição na Internet, bem
como, de estratégias de Co-
municação para falarmos com
eficiência com as pessoas,
seja nas Igrejas, seja na Web.
Imagino o impacto que os
meios de comunicação como
o jornal, o rádio, a televisão e
a Internet vêm causando na
sociedade nas últimas dé-
cadas. Costumamos discutir
o lado ruim – que é tão im-
portante quanto – do uso da
Internet, questões como vício
em Redes Sociais, pornografia,
segurança e exposição em ex-
cesso. Mas, além de falarmos
sobre isso aqui, que possamos
entender que a Internet vai ser
boa ou ruim de acordo com o
uso que damos a ela.
Quando falo de Mídias Sociais
na Igreja, não estou apenas
incentivando que as igrejas e
ministérios estejam na Inter-
net. Nem mesmo saiam crian-
do perfis em todas as Redes
Sociais. Mas sim, refletir sobre
o alcance destas ferramen-
tas, da eficiência e de como
podemos alcançar ainda mais
pessoas, além daquelas que
temos alcançado em nossas
igrejas locais. Muitas vezes
pela Internet, sua mensagem
irá alcançar alguém que nun-
ca pisaria em uma igreja. Já
parou para pensar nisso? Eu
penso todos os dias. E em
nossa responsabilidade de
ter algo tão extraordinário nas
mãos e que usamos com tão
pouco zelo. A ideia de libe-
rar um E-book (livro digital)
gratuitamente na Internet é
justamente compartilhar co-
nhecimento, possibilitar este
contato, gerar esta reflexão
e falar sobre experiências e
ferramentas que estão dis-
poníveis e muitas vezes não
usamos.
Espero que este livro enco-
raje você e sua igreja local
a cumprirem o IDE tanto na
Internet como fora dela. Seja
ON ou off-line. “Ide, por todo
o mundo e pregai o evange-
lho a toda criatura.” (Marcos
16.15.) Boa leitura!
14 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“Se você falar com um homem numa
linguagem que ele compreende, isso
entra na cabeça dele. Se você falar com
ele em sua própria linguagem, você
atinge seu coração.”
(Nelson Mandela.)
“E o Senhor Deus disse: Escreva em
tábuas a visão que você vai ter, escreva
com clareza o que vou lhe mostrar, para
que possa ser lido com facilidade.”
(Habacuque 2.2.)
A importância da
Comunicação
CAPÍTULO 1
15MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
1
É a maneira como as pessoas demonstram que gostaram ou não de uma postagem no Facebook.
Certa vez, um pastor me procurou para
relatar um problema que gerou constran-
gimento para a igreja local dele. Após fazer
uma pesquisa no Google sobre uma igre-
ja evangélica mais próxima da casa dela,
uma pessoa se dirigiu ao culto na igreja
deste pastor. Ao chegar lá, a igreja estava
fechada. Não haveria culto. A questão é
que o site da igreja estava desatualiza-
do, inclusive, os horários das reuniões. A
pessoa, com certeza insatisfeita, virou as
costas e foi embora. Provavelmente, nun-
ca mais volte lá. O que esta igreja poderia
fazer (e fez)? Começou a reestruturar o site
dela, começando com a atualização dos
dias e horários dos cultos.
Parece algo tão básico e trivial, não é mes-
mo? Mas, não é. Acontece com mais fre-
quência do que pensamos. O mínimo que
uma igreja precisa informar no meio digital
são os dias e horários de suas reuniões
atualizados, endereço e telefone para con-
tato. Nesta última década com olhar atento
sobre como as igrejas usam a Comunica-
ção, percebo que há um certo descaso ao
informar o que chamo de básico.
Sua igreja tem pessoas cuidando da Co-
municação? Contam com um Plano de
Comunicação ou realiza ações pontuais
para apagar incêndios? Vejo muitos líderes
e pastores em busca de uma boa presen-
ça nas Redes Sociais, ostentam números
de seguidores ou desesperadamente em
busca de Likes 1 , sem ter ideia do que isto
significa. Mas, por qual razão se quer mui-
tos seguidores online se a igreja não tem
uma boa estrutura de comunicação local?
16 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Um exemplo prático sobre
isso. Existe uma loja, desses
grandes magazines que vemos
propaganda na televisão dia-
riamente e que tem uma ótima
presença no meio digital. Para
quem acompanha Facebook
e Twitter é um dos melhores
cases de sucesso. São diverti-
dos, informativos, dão ótimos
descontos para quem vai com-
prar os produtos online. Mas,
quando você vai até uma loja
física deste grande magazine
a coisa é diferente. Os vende-
dores são, em sua maioria, mal
humorados, mal informados e
não têm a mesma “boa vonta-
de” para falar com as pessoas
assim como o seu correspon-
dente digital. Existe uma incoe-
rência aí. Como no meio digital
o atendimento é tão bom e no
ambiente físico é tão ruim?
Trazendo este exemplo para o
contexto das igrejas. Imagine
uma igreja ou ministério que
apresenta um lindo trabalho
no digital, mas, quando as
pessoas chegam até lá para
receber algum tipo de suporte
encontram pessoas despre-
paradas e desinformadas. É
muito importante enxergarmos
a Comunicação de maneira
global. Ela envolve tudo. Des-
de as placas de sinalização
dentro da igreja, dos banhei-
ros, salas etc., passando pela
mídia da igreja e até servindo
de suporte para projetos mais
complexos como um impacto
evangelístico ou viagem mis-
sionária. E se for preciso impri-
mir panfletos? Será necessário
a criação de uma arte? Será
algo personalizado? São mui-
tas as questões que envolvem
a Comunicação dentro de um
ministério e precisamos estar
atentos a elas.
Mas, afinal, o que é Comunica-
ção?
Estes dias li algo interessante.
Informar é transmitir a men-
sagem sem que haja diálogo.
É uma via de mão única. Co-
municar é diferente, é quando
a mensagem gera troca de
ideias, há interatividade en-
tre as partes. E convenhamos,
comunicar tem tudo a ver com
a Era Digital na qual estamos
inseridos. É um diálogo que
promove crescimento para os
lados envolvidos.
17MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
A palavra Comunicação vem do latim Communicare e significa
“partilhar algo”, “pôr em comum”. Dentro do processo de Comuni-
cação há os seguintes elementos:
-	 Código: conjunto de signos (que podem ser palavras, símbo-
los etc.) usados na transmissão e recepção da mensagem.
-	 Canal: o meio por onde circula a mensagem.
-	 Emissor: quem envia a mensagem.
-	 Receptor: aquele que recebe a mensagem.
-	 Ruídos: algo dentro do processo de Comunicação que pode
afetar a eficiência do entendimento da mensagem.
Pensando desta forma, compreendemos que a Comunicação está
relacionada a tudo na vida do ser humano. Seja nos primeiros ges-
tos e sons emitidos por um bebê até a publicação de uma posta-
gem na Internet.
A presença digital das igrejas e ministérios no meio digital tem sido
cada dia mais presente, como estratégia de Comunicação. Entre-
tanto, será que nossa presença digital tem agregado valor positivo
à vida das pessoas? Será que somos mais do mesmo? A presença
digital tem que estar alinhada com o posicionamento e postura da
igreja com coerência. É preciso ter uma presença online adequada
para depois poder atuar no ambiente online com eficiência e como
diferencial (GABRIEL, 2010).
Uma das intenções deste livro é pontuar que um bom trabalho
digital e a eficiência dele só é possível a partir de um bom trabalho
de Comunicação. Ou seja, desenvolver um bom Plano de Comuni-
cação que envolve: pesquisa, planejamento, produção/execução,
monitoramento (acompanhamento), análise dos resultados... e o
ciclo se inicia novamente. Teremos um capítulo à frente falando
exclusivamente sobre Plano de Comunicação.
18 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“A Internet vai ser boa
ou ruim de acordo com o
uso que você der a ela.”
(Elis Amâncio.)
“Pregue a palavra, este-
ja preparado a tempo e
fora de tempo, repreenda,
corrija, exorte com toda a
paciência e doutrina.”
(2 Timóteo 4.2.)
Por que minha
igreja precisa estar
no meio digital?
CAPÍTULO 2
19MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Quando penso na história de
Jesus identifico um dos maio-
res – se não, o maior – co-
municador que já vimos. Com
clareza e eficiência levou a
mensagem que carregava para
as pessoas da geração Dele.
O impacto do que ele dizia
era tão grande que inspirou os
12 apóstolos (contando com
Matias2
e a Igreja Primitiva. Eles
foram multiplicadores desta
mensagem que chegou para
nós nos dias de hoje e vem
alcançando o planeta.
Nos últimos anos a pergunta
que mais ouço por onde pales-
tro, em minhas aulas ou mes-
mo em minhas Redes Sociais
é: “Por que minha igreja precisa
estar no meio digital?” A ques-
tão é que independente de sua
igreja ou ministério estarem ou
não no meio digital, não signifi-
ca que as pessoas não estejam
falando sobre ela lá.
A resposta não é
tão simples, mas, de
fácil explicação ao
ler Marcos 16.15 que
diz: “Então ele disse:
— Vão pelo mundo
inteiro e anunciem
o evangelho a todas
as pessoas.” Olhando para os
dias de hoje o “vão pelo mun-
do inteiro” fica ainda mais pos-
sível considerando o alcance
da Internet. As diferentes
maneiras para se comunicar
com texto, áudio, vídeo, fotos
e toda espécie de conteúdo
multimídia podem ser produ-
zidos e disponibilizados para
as pessoas com a mensagem
do Reino. Podemos levar a
mensagem do Evangelho
não apenas para as
pessoas que passam
por nós no dia-a-dia.
Mas, para milhares
de pessoas online
em todo o mundo. 
Um ponto importan-
te para quem está
começando ou até já está no
meio digital é entender que a
Internet é moralmente neutra,
ou seja, vai ser boa ou ruim, de-
pendendo do uso que damos
para ela. É preciso sabedoria,
discernimento e estratégia
para se comunicar virtualmen-
te. Entretanto, fugir de algu-
mas armadilhas também é
essencial, como a pornografia,
discussões vãs e propagação
de informações falsas, sem o
menor cuidado de checar a
veracidade da postagem. Além
disso, temos visto pessoas que
se denominam cristãs entrando
em discussões vãs sobre dou-
trinas, religião, futebol, política,
entre outros temas.
Sempre me faço a pergunta:
“Jesus publicaria isso em meu
lugar?” E posso testemunhar
que muitas vezes deixei de
postar algo por ter o entendi-
mento que Jesus Cristo não
agiria desta forma.
O objetivo deste e-book não
é ser um manual de certo
2 Atos 1.26
“JESUS
PUBLICARIA
ISSO EM MEU
LUGAR?”
20 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
ou errado. Nem mesmo uma
receita de bolo no estilo
“como ter sucesso nas Mídias
Sociais”. A ideia deste trabalho
é gerar o uso consciente do
meio digital pelas igrejas e
ministérios com algumas dicas,
reflexões e sugestões de
uso de ferramentas. O nosso
testemunho como Corpo de
Cristo ON e Offline precisa e
pode melhorar. É pensar que a
mensagem do Reino de Deus
ultrapassa os limites de lo-
calização e geografia e pode
alcançar o mundo todo.
Imagine a seguinte cena: um
cidadão qualquer passa em
frente a uma igreja evangélica
com sua família. Ao chegar em
casa, sente vontade de pes-
quisar no Google para saber
mais sobre aquela instituição,
saber que tipo de fé ela pro-
clama, horários das reuniões
etc. Mas, ao fazer a pesquisa, a
pessoa descobre que aquela
igreja tem apenas uma pági-
na no Facebook. Ao entrar na
página, ele encontra como foto
de perfil da igreja, uma foto do
pastor, ao lado de sua esposa
e suas filhas, na praia. Detalhe,
usando roupas de banho. Eu
mesma, Elis, encontrei uma
página assim na Internet. E as-
sim como esta, tantas e tantas
outras igrejas, ministérios, pas-
tores, líderes, ministros, e gente
como a gente, como eu e você,
têm errado no meio digital –
errando, errando feio, errando
rude. A questão aqui, nem é
exatamente sobre a vestimen-
ta da família, mas, o contexto.
Na página da igreja deveria ter
apenas imagens institucionais,
ou seja, a logomarca da igreja,
a foto da igreja, e não a foto
das férias dos atuais pastores.
Faço pesquisas sobre igrejas e
ministérios nos meios digitais
há bastante tempo. Sempre
encontro estas “preciosidades”.
E para não expor ninguém, não
coloquei as telas que tenho en-
contrado, aqui no livro digital. E
o que percebo nas buscas que
faço é a falta de conhecimento
e orientação para o uso cons-
ciente das Redes Sociais. Lem-
bro-me da história do povo de
Israel, quando Deus disse que
o povo sofria porque lhes falta-
va conhecimento (Oséias 4.6)?
Sinto que temos vivido algo
parecido. Falta tanto conhe-
cimento da Palavra de Deus
como conhecimento técnico
para lidar com as ferramentas
que a igreja tem disponíveis
nos dias de hoje.
Os números sobre o meio digi-
tal são impressionantes, quase
metade da população mundial
acessa a Internet de alguma
maneira. No Brasil, mais da me-
tade da população está online.
Falamos aqui não de estatísticas,
mas de pessoas a serem alcan-
çadas pela mensagem da cruz.
“FALTATANTO
CONHECIMENTO DA
PALAVRA DE DEUS COMO
CONHECIMENTO TÉCNICO
PARA LIDAR COM AS
FERRAMENTAS QUE A
IGREJATEM DISPONÍVEIS
NOS DIAS DE HOJE”.
21MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Mundo:..............................................7,4 bilhões de habitantes (PRB – maio/2016).
Mundo na Internet:........3,2 bilhões de pessoas (PNUD – 2015).
Brasil:..................................................205 milhões de habitantes (IBGE – maio/2016).
Brasil na Internet:............105 milhões (IBGE – setembro/2014).
22 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
2 Dados divulgados pela Nielsen: http://bit.ly/1sWzYRh
Em eventos sobre Marketing Di-
gital sempre ouço que o Brasil
é um dos campeões no acesso
a conteúdo pornográfico digital.
E fico me perguntando: o que a
igreja tem feito sobre isso?
Não se iluda, estamos falando
de mais da metade do Brasil
que acessa a Internet. Como
Igreja do Senhor, pouco temos
feito para alcançar estas pes-
soas pelo meio digital. Estamos
falando de almas, não de nú-
meros. Temos a responsabili-
dade de pregar para todos. A
tempo e fora de tempo.
Uma pesquisa sobre o tem-
po que as pessoas gastam na
Internet no Brasil, desenvolvida
pela ComScore e divulgada na
Próxxima, mostram o compor-
tamento dos brasileiros (http://
bit.ly/1PtwWLo). São mais de
9 horas conectados nas Redes
Sociais por dia!
A idade dos brasileiros online
de acordo com a pesquisa tam-
bém é bem variável:
Menos de 15 anos..................................17%
15-24 anos......................................................22,4%
25-34 anos......................................................23,2%
35-44 anos.....................................................20,9%
45-54 anos......................................................11,6%
Mais de 44 anos......................................4,9%
Um dos grandes motivos para
a intensa presença digital das
pessoas é o acesso à Internet
por meio dos smartphones e ta-
blets. Os brasileiros com acesso
à Internet chegou à 76,1 mi-
lhões em 2015, segundo dados
divulgados pela Nielsen. 3
23MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Quando você vai para um restaurante, fes-
ta de família ou mesmo nas igrejas, vemos
muitas crianças com suas babás virtuais
(os smartphones) que reproduzem vídeos
do YouTube ou joguinhos para distraírem
os pequenos. Isso quer dizer que estes
gráficos de acesso por idade podem va-
riar um pouco mais. E vem para nós como
Igreja o desafio: o que nós temos deixado
no meio digital para estas pessoas? Você
conhece algum projeto legal cristão para
alcançar crianças, adolescentes, adultos
ou mesmo as pessoas idosas na Internet?
Será que temos desenvolvido projetos
cristãos online para edificação, seja de
crianças, adolescentes, adultos ou idosos?
O Brasil é o país que mais gasta tempo
nas Redes Sociais, com mais de 60% a
mais que o restante do planeta. À frente
de Filipinas, Tailândia, Colômbia e Peru.
Não é por acaso que Google, Facebook,
Twitter, LinkedIn, Pinterest e outras Re-
des Sociais estão com escritórios ativos
no Brasil. De acordo com uma pesquisa
divulgada pela ComScore (maio/2014)
o tempo gasto no Brasil acessando o
Facebook é mais que a soma do tempo
gasto pela Argentina e México juntos em
toda a Internet.
24 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
PARA
REFLETIR:
- O que nós como igreja temos feito em relação a
estes números?
- Será que temos nos preocupado com a maneira
e com o conteúdo que temos publicado no meio
digital?
- Será que a mensagem que compartilhamos nas
Redes Sociais edificam?
- Temos preparado estratégias para alcançar
pessoas no meio digital com eficiência?
Temo dizer que em sua maioria, as igrejas, lideranças
e membros não pensam muito sobre isso. Vejo
instituições mais preocupadas em denegrir o uso da
ferramenta ao invés de orientar o bom uso dela.
25MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Gosto muito desta montagem
ao lado. Ela mostra a Praça São
Pedro (Vaticano/Itália) em dois
momentos históricos recentes.
Na foto de 2005 a imagem
registra as pessoas no Vaticano
na morte do Papa João Paulo
II. Observamos que não há
câmeras fotográficas, celulares
e nem tablets. Na segunda
foto, em 2013, é a eleição em
que o Papa Francisco foi eleito.
O mesmo cenário, oito anos de
diferença, e vemos o impacto
do acesso à tecnologia na vida
das pessoas. Migramos para
a Era das Telas. A era em que
usamos dispositivos móveis
para fazer fotos ou vídeos. Isso
não é pouco.
26 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Vivemos hoje paradigmas da
tecnologia, falamos de etiqueta
digital, netiqueta, certo ou
errado... Mas, acredito que
precisamos ir além de discutir
sobre o uso de equipamentos
eletrônicos, usar ou não Bíblia
no celular dentro das igrejas.
Usar ou não Rede Social. É de
Deus ou não é? E mais uma vez
volto ao ponto de que a Internet
é neutra. Ela vai ser boa ou
ruim de acordo com o uso que
damos a ela. E convenhamos.
Temos usado mal e pouco para
o Reino de Deus.
Em minhas aulas sempre
pergunto aos alunos
qual foi a última vez que
viram um pôr-do-sol sem
tirar foto dele. Apenas
contemplando o momento
e se maravilhando com
o espetáculo. Só ouço
as risadinhas e os “iiiiiiis”.
Na verdade, temos sido
estimulados pelo fácil
acesso à tecnologia e a
exposição das Redes Sociais
a tirar foto, fazer vídeo
e postar tudo, inclusive,
opinião sobre tudo.
Imagem: Reprodução da Internet
27MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
A Internet e a tecnologia podem nos
servir como entretenimento e trabalho,
mas, estou aqui para encorajar a igreja a
encarar como missão. Os números (almas)
estão aí, cada vez maiores e precisando
cada vez mais da mensagem de Jesus.
O meu objetivo é que você já saia deste
capítulo entendendo que não podemos
continuar usando as Mídias Sociais
sem ter em mente o motivo para isso.
Precisamos fazer o uso consciente delas.
Sermos estratégicos para alcançar mais
e mais pessoas com a mensagem do
Reino de Deus na Internet e fora dela.
Você está
vivendo o
momento ou
fotografando
o momento?
Foto: Boston Globe/ Getty Images
28 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“Não temos como escolher estar ou
não nas Redes Sociais, a questão agora
é como estaremos.”
(Erik Qualman.)
“Portanto, somos embaixadores de
Cristo, como se Deus estivesse fazendo
o seu apelo por nosso intermédio.
Por amor a Cristo lhes suplicamos:
Reconciliem-se com Deus.”
(2 Coríntios 5.20 NVI.)
| Plano de Comunicação
| Estrutura e Insights
CAPÍTULO 3
29MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Um dos desafios das igrejas é
o mesmo de micro e peque-
nas empresas: desenvolver
algo técnico diante da realida-
de de não ter como contratar
um profissional da área para
desenvolver um projeto. O que
as igrejas podem fazer diante
da necessidade de implantar
processos de Comunicação?
Invistam em conhecimento
técnico. Incentive a equipe
(ou “eu”quipe, como costumo
brincar) a servir com excelên-
cia, seriedade e compromis-
so. Sermos cristãos e falar do
Reino de Deus livremente é
um privilégio que muitos de
nossos irmãos não possuem
na Igreja Perseguida.
Com boa vontade e ânimo é
possível sim, progredir nesta
área. Seja com apoio de profis-
sionais, voluntários, líderes ou
interessados no assunto. Exis-
tem diversos e-books (livros
digitais) gratuitos sobre Co-
municação e Marketing Digital.
Vale a pena gastar um tempi-
nho no Google e no YouTube
garimpando conteúdo que
gere qualificação técnica para
nós em nossas igrejas. Sem-
pre que encontro conteúdo
relevante compartilho em meu
Instagram (@elis_amancio) e
em meu Blog.
Sugiro que antes de investir
em cursos de alto custo na
área, pesquise bastante, co-
nheça mais sobre a temática
que deseja se aprofundar.
Pesquise um pouco mais, es-
gote as possibilidades gratui-
tas e invista apenas em cursos
de profissionais que tenham
reconhecimento no mercado.
Como estruturar um Plano
de Comunicação e Marketing
Digital?
É preciso bastante pesquisa,
estudos, reuniões e organização.
Reúna a liderança da igreja/
ministério e entenda que tipo
de imagem está construindo,
que mensagem carrega
e quem espera alcançar
(público). Fazer o diagnóstico
da marca, entender onde estão
e onde querem chegar.
“VALE A PENA GASTAR
UM TEMPINHO NO
GOOGLE E NO YOUTUBE
GARIMPANDO CONTEÚDO”
30 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Lendo sobre como criar um
Plano de Comunicação, en-
contrei alguns pontos interes-
santes que podem ajudar:
-	 O Plano de Comunica-
ção nasce a partir da visão
da igreja. Sabe aquela
missão, visão e valores
que vemos há tantos anos
nas empresas? Elas nor-
teiam os projetos e deve-
riam nos nortear também.
Sente com sua equipe ou
(eu)quipe, como costumo
brincar, e coloque no pa-
pel (no computador).
-	 Pontue quem é o seu
público-alvo, ou seja,
quem são as pessoas
que pretende alcançar?
Visitantes, a vizinhança,
membros, funcionários,
voluntários, fornecedo-
res, liderança etc.. Cada
ação tem o público-alvo
e é preciso se comunicar
de maneira que cada um
deles compreenda a men-
sagem. Não é tudo igual
para todos.
-	 Tenha claro quais são
os objetivos que pretende
alcançar. Lembre que o
Plano de Comunicação é
um documento que servi-
rá de orientação para toda
sua equipe. Não apenas
para a equipe de Comu-
nicação. Será auxiliar para
suas lideranças, pastores,
obreiros, voluntários.
-	 Veja o que outras igrejas
que inspiram o seu traba-
lho estão desenvolvendo.
Não significa que você irá
copiar e muito menos que
precisa ser igual. É preciso
compreender que buscar
referências possibilita criar
uma maneira personaliza-
da para a visão de vocês.
No ambiente corporativo
chamamos esta estratégia
de Benchmarking.
-	 Defina as ações que irão
desenvolver. É o momen-
to de colocar no “papel” o
que vai ser desenvolvido
e por quem. Coloque as
ações globais e as espe-
cíficas. Minha sugestão
é categorizar, por exem-
plo: Ministério de Jovens,
Ministério de Mulheres,
Secretaria, Liderança e por
aí vai. Não se esqueça de
pontuar quais são os re-
sultados esperados. Para
isso é importante estabe-
lecer quais são os índices
esperados que compro-
vem isso. Nós chamamos
no meio corporativo de
KPIs (Key Performance
Indicator).
-	 Crie a linha editorial,
ou seja, tenha claro quais
temas a instituição preten-
de abordar em seus ca-
“TENHA CLARO QUAIS
SÃO OS OBJETIVOS QUE
PRETENDE ALCANÇAR”
31MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
nais digitais. Por exemplo:
agenda anual de eventos,
versículos bíblicos, vídeos
testemunhais ou mesmo
testemunhos em texto,
fotos, artes, divulgação da
agenda dos cultos, da-
tas comemorativas. Esse
ponto é muito importante,
pois, algumas igrejas e
ministérios perdem o tom
quando resolvem abor-
dar em seus canais temas
que não estavam na linha
editorial. Correm o risco
de expor a marca para
situações de Crise. Como
assuntos sobre política,
esportes/futebol, entre-
tenimento e humor etc.
Independente do que a
igreja opte por tema nas
postagens é preciso ter o
entendimento que não está
ofendendo e nem sendo
agressivo com o público.
-	 Coloque sobre o or-
çamento disponível para
cada área.
-	 Faça um cronograma
para que as ações não fi-
quem perdidas no tempo.
-	 Encontre ferramentas
que sejam úteis para de-
senvolver as atividades.
Se sua instituição pode con-
tar com profissionais da área
como jornalistas, publicitários,
relações públicas, marketing,
design, fotografia, entre outros,
que ótimo! A Comunicação é
cada vez mais multidisciplinar!
Aproveite para fazer e imple-
mentar este plano de Comuni-
cação o quanto antes.
Existem várias ferramentas
de produtividade disponíveis
online, algumas delas gratuitas,
que podem auxiliar o trabalho
da equipe e permitir ao líder
da Comunicação o acompa-
nhamento do trabalho desen-
volvido por cada membro da
equipe.
Algumas ferramentas – maio-
ria com versão paga e gratuita:
 Evernote: aplicativo de
produtividade.
 Google Apps for Work:
pacote de ferramentas Google
para diversos tipos de geren-
ciamento.
 Mindmeister: produz
mapas mentais online e pode
ajudar amplamente na criação
e organização da instituição.
 Moovia: plataforma para
gerenciamento de projetos.
 Project Builder: software
para gerenciamento de proje-
tos.
 Rescue Time: monitora o
tempo gasto em acessos emi-
tindo alertas.
 Trello: organizador online
que pode ser compartilhado
em equipe.
 Wunderlist: organizador
de tarefas.	
Encontrei na Internet um
e-book interessante falando
sobre como Criar um Plano
de Comunicação. Espero que
ajude você.
[ http://bit.ly/1Ticroj]
32 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“A mente que se abre a uma nova ideia
jamais voltará ao seu tamanho original.”
(Albert Einstein.)
“Não vivam como vivem as pessoas deste
mundo, mas deixem que Deus os transforme
por meio de uma completa mudança da
mente de vocês. Assim vocês conhecerão a
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom,
perfeito e agradável a ele.”
(Romanos 12.2.)
Marketing Digital
CAPÍTULO 4
33MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
O Marketing vem passando por variações
significativas nos últimos anos e vem se
adequando às necessidades do público
e de mercado. O público muda, o marke-
ting muda (GABRIEL, 2010).
Ele está cada vez mais
próximo das pessoas ofe-
recendo soluções e resolu-
ções de problemas, do que
simplesmente vendendo
e gerando lucro. Uma das
mais conhecidas definições
tradicionais do Marketing
é assinada pelo renomado
autor Philip Kotler (2005): “O marketing
é a ciência e a arte de explorar, criar
e proporcionar valor para satisfazer as
necessidades de um mercado-alvo com
rentabilidade. O marketing identifica
necessidades e desejos insatisfeitos. Ele
define, mede e quantifica o tamanho do
mercado identificado e o seu
potencial de lucro. Identifica
com precisão quais segmentos
a empresa tem capacidade de
servir melhor, além de projetar
e promover os produtos e ser-
viços adequados.”
O autor do livro “A Bíblia do
Marketing Digital”, Cláudio
Torres, define Marketing Digital como o
conjunto de estratégias de Marketing para
atingir objetivos de uma pessoa, marca ou
organização, aplicadas à Internet e de-
mais meios digitais.
Temos visto a evolução do Marketing
assim como temos visto a evolução
tecnológica nas últimas décadas. O foco
saiu das vendas e produtos para as pes-
soas, é o chamado Marketing 3.0. No
livro “Marketing na era Digital” da autora
Martha Gabriel, ela aborda conceitos e
temas tradicionais do Marketing e suas
atualizações para o meio digital. “Cada
público requer uma estratégia específica,
um plano de marketing específico, pois
normalmente os objetivos com cada tipo
de público são diferentes, bem como
suas necessidades e produtos que lhes
atendem” (GABRIEL, 2010).
“CADA PÚBLICO
REQUER UMA
ESTRATÉGIA
ESPECÍFICA”.
34 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Tabela 1.1 Comparação entre Marketing 1.0, 2.0 e 3.0
Marketing 1.0
Marketing centrado
no produto
Marketing 2.0
Marketing voltado para
o consumidor
Marketing 3.0
Marketing voltado para
os valores
Objetivo Vender produtos Satisfazer e reter os
consumidores
Fazer do mundo um lugar
melhor
Forças propulsoras Revolução Industrial Tecnologia da informação Nova onda de tecnologia
Como as empresas veem
o mercado
Compradores de massa,
com necessidades físicas
Consumidor inteligente,
dotado de coração e mente
Ser humano pleno, com
coração, mente e espírito
Conceito de marketing Desenvolvimento de produto Diferenciação Valores
Diretrizes de marketing
da empresa
Especificação do produto Posicionamento do produto
e da empresa
Missão, visão e valores
da empresa
Proposição de valor Funcional Funcional e emocional Funcional, emocional e
espiritual
Interação com
consumidores
Transação do tipo
um-para-um
Relacionamento
um-para-um
Colaboração
um-para-muitos
35MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Qual a importância do Marketing para as igrejas?
Analisando estratégias de Marketing podemos buscar,
estudar, pesquisar e compreender mais profundamente
as necessidades das pessoas. Trazendo isso para
nossas equipes de Comunicação e lideranças, podemos
produzir conteúdos mais assertivos: pregações, vídeos,
textos, devocionais e artes direcionadas às reais
necessidades das pessoas. O Brasil está em crise? Por
que não destacar histórias bíblicas que falam sobre
crise e superação e apresentá-la para as pessoas?
Escreva um devocional sobre o tema, faça um vídeo,
crie uma arte. Motive pessoas.
36 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
37MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Este infográfico acima é uma
adaptação da Pirâmide de
Maslow que fala sobre a hierar-
quia das necessidades básicas
do ser humano. Na imagem
acima, temos uma adaptação
que inclui as Mídias Sociais
relacionadas às necessidades
identificadas no estudo. No
mínimo é uma boa reflexão
de como o meio digital está
relacionado diretamente com
nosso dia-a-dia off-line.
Não estamos nas igrejas para
vender produtos e serviços,
mas, estamos em busca de
levar a mensagem do Reino
de Deus com mais eficiência.
E convenhamos, quando nos-
so discurso está alinhado com
a necessidade das pessoas,
aumentamos a chance de que
alcance ainda mais gente. Por
exemplo: Quando uma igreja
oferece suporte para mulheres
com gravidez indesejada e se
prepara para receber estas jo-
vens, está de fato trabalhando
a eficiência da mensagem do
Reino em conformidade com
a necessidade destas mulhe-
res. É possível fazer um traba-
lho completo de prevenção e
remediação. Ter uma linha de
trabalho com orientações às
mulheres sobre questões rela-
cionadas à gravidez e doenças
sexualmente transmissíveis.
Como, trabalhar na remedia-
ção imediata de mulheres em
situação de risco e gravidez
indesejada. Muitas vezes a
sociedade apenas recrimina,
mas, a igreja pode ser suporte
para orientação especializada
(médico, psicólogo, pré-natal,
enxoval, recolocação profis-
sional, suporte espiritual). Sem
pensar sobre isso, a igreja tem
utilizado estratégias de Marke-
ting para alcançar as pessoas
com a mensagem de amor de
Jesus. O resultado são vidas
alcançadas e transformadas. E
isso não é pouco.
A Comunicação nas Igrejas tem
esse papel de pensar ações e
estratégias junto às lideranças
e ministérios. A estrutura do
Ministério de Comunicação e
Marketing pode trazer resul-
tados excelentes para a igreja
38 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
como um todo. Seja na divulgação
das ações da igreja a fim de inspi-
rar outras pessoas e despertar no-
vos integrantes para os projetos. Na
organização de eventos e impactos
– das mais variáveis formas – evan-
gelísticos. Ou ainda, no acolhimento
de pessoas na igreja e nos ministérios
com ainda mais excelência. Como
descrito no capítulo anterior, a Co-
municação das igrejas é cada vez
mais multidisciplinar. O background
de cada membro será essencial na
implementação das ações.
Seria quase impossível esgotar o
tema Marketing Digital neste e-book.
Entretanto, nas Referências ao final
deste e-book estão vários livros e
links interessantes para conhecer
e aprofundar seus conhecimentos
sobre Marketing Digital. Invista tempo
em conhecimento. Mas, não apenas
isso, compartilhe conhecimento!
39MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“A revolução digital é irreversível, assim
como foi a chegada da eletricidade.”
(Martha Gabriel.)
“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e
mais afiada que qualquer espada de dois
gumes; ela penetra ao ponto de dividir
alma e espírito, juntas e medulas, e julga
os pensamentos e intenções do coração.”
(Hebreus 4.12.)
Mídias Sociais
e Redes Sociais
CAPÍTULO 5
40 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
É impossível dar continuidade neste
livro sem diferenciar dois termos
bastante confundidos, Mídias Sociais e
Redes Sociais. Eles não são sinônimos,
são termos que possuem significados
distintos.
Para facilitar o entendimento, gosto da
definição de Roberto A. Loureiro que
encontrei há alguns anos na Internet: “Eu
vejo as redes sociais como relacionamen-
to e as mídias sociais como um veículo.”
Gosto de dizer que as Mídias Sociais são
o meio de compartilhamento enquanto
as Redes Sociais representam a interação
em si.
Mídias Sociais – De fato, as Mídias So-
ciais4
são ferramentas ou sistemas online
que possibilitam a interação por meio de
compartilhamento.
Uma segunda definição escrita por An-
dreas Kaplan e Michael Haenlein diz que
as mídias sociais são um grupo de apli-
cações para a Internet construídas com
base nos fundamentos ideológicos e tec-
nológicos da Web 2.0, e que permitem a
criação e troca de Conteúdo Gerado pelo
Usuário.
Temos uma infinidade de Mídias Sociais
e categorias dentro dela como no prisma
de Social Media do Ethority. É interessan-
te pensar que novas Mídias Sociais sur-
gem e acabam frequentemente. Alguns
exemplos:
-	 Fóruns de discussão: Yahoo Res-
postas.
-	 Emails.
-	 Referência: Wikipédia.
-	 Publicações editoriais: blogs.
-	 Redes Sociais: Facebook, Twitter,
Instagram.
-	 Compartilhamento de vídeos: You-
Tube, Vimeo.
-	 Streaming: Deezer, Spotify, Netflix.
-	 Compartilhamento de fotos: Flickr.
-	 Jogos.
-	 Etc.
4 Wikipédia: http://bit.ly/1UngCNR
41MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
42 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
5 Wikipédia: http://bit.ly/1Vp3wlz
Redes Sociais – São redes
de relacionamento em
diversas esferas: família,
escola, faculdade, trabalho,
igreja. E o termo que vem da
sociologia foi adotado para
representar as interações
online por meio das Redes
Sociais Digitais, que é o ter-
mo mais recente.
Redes Sociais são estruturas
sociais que existem desde a
antiguidade e vêm se tornan-
do mais abrangentes e com-
plexas devido à evolução das
tecnologias de comunicação
e informação... Redes Sociais
têm a ver com pessoas, rela-
cionamento entre pessoas, e
não com tecnologias e com-
putadores. (GABRIEL, 2010).
É uma estrutura social
composta por pessoas ou
organizações, conectadas
por um ou vários tipos de
relações, que compartilham
valores e objetivos comuns5
.
É interessante entender
que por mais amigos que
tenhamos no meio digital, há
pesquisas que indicam que
a interação em número nas
Redes Sociais segue a mes-
ma lógica do off-line. Segun-
do o psicólogo e antropólogo
Robert Dunbar, em entrevista
à Times On-line (2010), “o
interessante é que você pode
ter 1.500 amigos, mas quan-
do você realmente observa
o tráfego nos sites, você vê
que as pessoas mantêm o
mesmo círculo íntimo de 150
pessoas que nós observamos
no mundo real”.
Conhecemos várias Redes
Sociais como: Facebook, Ins-
tagram, LinkedIn, Pinterest,
Twitter, YouTube e por aí vai.
É como sempre digo, nós e
nossas igrejas não precisa-
mos estar em todas as Redes
Sociais. Na verdade, preci-
samos entender COM QUEM
queremos falar e ONDE estas
pessoas ESTÃO. Muitos erram
ao criar perfis em todas as
Redes Sociais sem qualquer
estratégia. E não adianta dizer
que tem perfil em Rede Social
se elas não são atualizadas
periodicamente, dificilmente
terá bons resultados nelas.
O SocialMedia – Ser um
SocialMedia não é apenas
ser um heavy user de Mídias
Sociais. Saber “muito” so-
bre Facebook, Instagram ou
Snapchat ajuda, mas, é só a
ponta do iceberg.
ÁREAS: Tenha claro que para
trabalhar com Mídias Sociais
há diferentes
“MUITOS ERRAM AO
CRIAR PERFIS EM TODAS
AS REDES SOCIAIS SEM
QUALQUER ESTRATÉGIA.
43MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
segmentações dentro da
área: Planejamento, Gestão
de Conteúdo/Criação, Men-
suração, Monitoramento, Ads
(publicidade) etc..
Geralmente o profissional se
identifica mais com uma área
e vai trabalhar nela. Mas, é
importante conhecer como
cada uma delas funciona.
Ajudará não apenas no tra-
balho em equipe, mas, nos
resultados.
2º) Por onde começar? Estu-
de, pesquise e aprenda con-
ceitos básicos, como saber
diferenciar Mídias Sociais
de Redes Sociais, como vimos
acima. Inclusive, ANTES de
pagar caro por um curso. O
YouTube tem grande acervo
de palestras e aulas, tanto
gerais como específicas para
quem quer trabalhar no meio
digital. Alguns canais legais
por lá: Rock Content, Ges-
tor do Marketing, Escola do
Marketing Digital, Campus
Party Brasil, TEDx. E nomes
como Martha Gabriel, Gil Giar-
delli, Ana Brambilla, Raquel
Camargo, entre outros profis-
sionais feras.
3º) Nas Mídias Sociais as
produções/postagens são
MUITO IMPORTANTES. Vamos
falar mais sobre isso no capí-
tulo sobre Conteúdo. Saber o
que vai dizer e como vai apre-
sentar. Para isso o cuidado
com texto, material multimídia
e artes/fotos são primordiais.
Nem sempre uma arte pro-
duzida em um aplicativo no
celular vai ter o alcance que
teria se tivesse sido desenvol-
vida por um designer.
4º) Elis, não tenho grana para
contratar um designer, um
SocialMedia para cuidar das
Mídias Sociais da minha insti-
tuição/marca. Como eu faço?
Minha dica é: releia o 2º item.
Comecei a trabalhar com Mí-
dias Sociais profissionalmente
no Orkut. Ali precisei desen-
volver habilidades que não ti-
nha, muita pesquisa, horas de
vídeos e palestras assistidas.
Trabalhar com Mídias Sociais
é pensar a médio e longo pra-
zo. Não espere resultados rá-
pidos, mas, se começar hoje,
daqui a 90 dias já terá ótimos
resultados.
#DicasdaElis – O site canva.
com é sensacional. Nele você
consegue criar gratuitamente
artes, infográficos, cartazes,
materiais editoriais como livros
e revistas e uma infinidade de
outros materiais. O cadastro é
gratuito e há versão em Portu-
guês. Fala sério =) não temos
desculpas para não fazer.
44 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Também indico alguns apli-
cativos para edições rápidas
de Cards e Fotos no celular:
Typic, Typorama, Phoster, Pho-
toGrid (coloca marca d’água
gratuitamente😁). 
O SocialMedia não é apenas
um redator, mas, a pessoa que
pensa o conteúdo multimídia
para a Internet para alcançar o
público com eficiência. O So-
cialMedia, precisa ser alguém
com visão ampla da Internet.
Conhecer os principais canais
digitais, saber produzir bom
conteúdo, conhecer ferramen-
tas analíticas para um bom
diagnóstico da marca. Ter vi-
são estratégica para melhorar
a presença online, em nosso
caso neste livro, das igrejas.
Mesmo que o SocialMedia ou
Analista de Mídias Sociais se
especialize em uma destas
áreas é importante que enten-
da como todas as outras fun-
cionam para que suas ações
sejam eficazes.
As Redes Sociais podem ser
algo a mais na história da sua
igreja. Estar no meio digital
não quer dizer que iremos
priorizar o on ou o off-line,
mas, utilizá-lo com inteligência
complementando o trabalho
que é feito pela instituição.
Entenda que os canais digi-
tais são um dos meios para
alcançar mais pessoas e levar
ações coerentes que o mi-
nistério exerce off-line. É do
off para o on, do on para off,
sempre se complementando.
As interações tela a tela não
substituem as interações olho
no olho. Precisamos aprender
a levar a conversa do on-line
para o off-line e do off para o
on, como um complemento do
trabalho ministerial.
Os canais digitais mais aces-
sados no Brasil de acordo
com pesquisa da Conecta6
:
6 Acesso em maio/2016 via LinkedIn: http://conecta-i.com/
“AS REDES SOCIAIS PODEM
SER ALGO A MAIS NA
HISTÓRIA DA SUA IGREJA”
45MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
46 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
7 https://pt.wikipedia.org/wiki/Graphics_Interchange_Format
8 http://www.mailchimp.com/
Pode parecer óbvio, mas
necessário registrar, para
trabalhar com Redes Sociais
é preciso entender o que elas
são e quais características
elas tem.
Muita gente confunde o
trabalho eficiente no digital
com compartilhar a mesma
mensagem idêntica em
todas as Redes Sociais. E
na verdade, cada um tem
características muito próprias
e precisamos considerá-las
ao produzir conteúdo. A ideia
deste capítulo não é esgotar
todas as possibilidades de
cada canal, até porque, estão
em constante evolução, mas,
apresentar algumas de suas
possibilidades.
Blog – Os blogs são canais
de compartilhamento de
conteúdo, em sua maioria,
segmentados, ou seja,
blogs de nichos. Existem
blogs especializados em
temas como: música –
dentro de música: sertanejo,
gospel, funk, pagode etc.;
filmes; seriados; livros,
empreendedorismo; marketing
digital; comunicação;
esportes; entretenimento
e por aí vai. Muito mais do
que costumamos a ver no
Jornalismo com suas editorias:
Política, Cultura, Economia,
Cidades, Esportes, Ciência etc.
Os blogs trazem conteúdo rico
e abrangente. Dentro do nosso
segmento cristão vale a pena
pesquisar por temas do nosso
interesse, existem diversas
especialidades.
Um dos canais de blogs
mais acessados do mundo
é o Tumblr que oferece uma
plataforma interativa que
valoriza imagens como fotos,
vídeos e gifs2
.
No Marketing Digital fala-se
da importância de manter um
blog online e atualizado para
uma marca. Pois, o conteúdo
publicado facilita que ela seja
encontrada em buscadores
como o Google. O blog e o
site podem ser estes canais
catalizadores da presença
digital e que direcionam para
outros meios como as Redes
Sociais.
Uma pergunta comum é
como trazer audiência
para o site/blog?
- Divulgando nas
Redes Sociais.
- E-mail marketing
(ferramentas como
MailChimp8
são eficientes).
- Estratégias de SEO (Search
Engine Optmization) que são
um conjunto de boas práticas
para facilitar que a marca seja
encontrada na Internet.
47MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Facebook – A Rede Social mais acessada no mundo
foi fundada em 4 de fevereiro de 2004, nos Estados
Unidos. Em novembro/2015 contava com 1,5 bilhões
de usuários segundo divulgou Mark Zuckerberg,
co-fundador da Rede. O Facebook também é
a Rede Social mais acessada no Brasil e é para
nossas igrejas e ministérios um canal extremamente
importante para divulgações e interação virtual.
48 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Lembre-se que marcas e pes-
soas públicas devem ter uma
Página (fanpage) na Rede
Social e não perfis. Este é um
engano muito comum. Leve
com você um exemplo que vivi:
certa vez uma lavanderia me
enviou convite para ser minha
“amiga” no Facebook. A reflexão
é simples. Como eu, Elis, posso
ser amiga de uma lavanderia?
Realmente, não é possível, eu
posso ser uma seguidora dela,
mas, não faz sentido real ser
amiga de uma empresa em um
perfil para ter amigos.
O Facebook oferece alguns
aplicativos que podem facilitar
a vida de quem administra a
Rede Social na Internet: Men-
tions, Messenger, Páginas e
Negócios.
Facebook Live: O Facebook
liberou recentemente para
que todos os usuários e pági-
nas da Rede consigam fazer
transmissões ao vivo. Invista
nisso. Os vídeos geram grande
alcance orgânico (não pago)
na Rede e pode atrair pessoas
que tenham interesse nos te-
mas que você compartilha.
Eventos: Crie eventos na Pági-
na de sua igreja ou ministério
para potencializar suas divul-
gações. Perceba que ao criar
eventos para as programações
locais os próprios usuários
começam a convidar outros
para participar. É o boca-a-
-boca que conhecemos, mas,
adaptado para o meio digital.
Não perca a oportunidade
de divulgar gratuitamente no
Facebook.
Postagens orgânicas e Pos-
tagens Pagas: No Facebook
temos postagens orgânicas e
pagas. As orgânicas são aque-
las que não pagamos e que
alcançam as pessoas intui-
tivamente. O Facebook tem
algorítimos que apresentam
algumas postagens mais que
outras considerando interação:
likes, comentários e compar-
tilhamentos. As publicações
pagas, vistas como “impulsio-
nar” podem ser administradas
pelo link do Gerenciador de
Anúncios do Facebook ou no
aplicativo Negócios. É possí-
vel divulgar uma postagem
para públicos bem definidos e
segmentados. O Facebook tem
uma infinidade de planos que
podem ser pagos por meio de
cartão de crédito e boleto ban-
cário. Esta área de anúncios
do Facebook tem sido tema
de diversos cursos e palestras
online. Pesquise sobre isso no
YouTube. Vale a pena.
Agendamento: As Páginas no
Facebook oferecem a função
“Programar”. Ou seja, você não
está online o tempo todo. Se-
pare um dia da semana para
programar seus posts.
49MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Flickr – É um site de compartilhamento
e hospedagem de fotos gratuito que
é bastante usado por fotógrafos e
profissionais de comunicação. Criado
em fevereiro de 2004, no Canadá,
tornou-se um dos mais conhecidos sites
relacionados à fotografia do mundo.
50 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Google + (Google Plus) – É uma Rede Social lançada pelo
Google em junho de 2011. Ela agrega os serviços Google e
melhora o rankeamento no buscador para quem usa o canal
com frequência. Oferece o serviço conhecido como Hangout
que permite transmissões ao vivo no YouTube com até 10
participantes. Em ascensão nos Estados Unidos é uma Rede
sem muita relevância entre os internautas brasileiros.
51MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Instagram – Lançado em outubro de
2010, o Instagram é a mais famosa Rede
Social de fotografia, que também compar-
tilha vídeos de até um minuto atualmente.
Em novembro de 2015, Zuckerberg divul-
gou que a Rede acumulava mais de 400
milhões de usuários.
52 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
9 Um meme de Internet que significa: falso/fake.
O Instagram é uma das Redes
Sociais mais usadas no Brasil.
Tem sido amplamente utili-
zada por igrejas e ministérios
divulgando cultos, mensagens
e eventos.
Uma característica importante
desta Rede Social é o uso de
até 30 hashtags por posta-
gens. É importante ter hash-
tags próprias da marca/mi-
nistério, mas, também usar as
tags identificando os assuntos
e temas relacionados às pos-
tagens.
#DicasdaElis – Não aconselho
o uso de aplicativos e ações
que visam aumentar o número
de seguidores pagando algum
valor. Nem no Instagram e
nem em nenhuma outra Rede
Social. A importância do cres-
cimento de seguidores orga-
nicamente está diretamente
ligado à qualidade da sua
base de fãs. Ou seja, você terá
seguidores reais e de pessoas
que realmente se interessam
pelos temas que você com-
partilha. Não adianta ter se-
guidores Xing Ling9
como já
ouvimos e vemos por aí.
É fácil identificar perfis
que compram seguidores,
geralmente o número de
curtidas e comentários não
correspondem à grandeza do
número de seguidores. Sério,
não vale a pena. Que você
tenha 100 seguidores, mas,
que sejam pessoas reais e que
se interessam pelos assuntos
que você compartilha.
O Instagram possui outros dois
aplicativos que podem tornar
suas publicações ainda mais
interessantes. Vale a pena tes-
tar: Boomerang e Layout.
53MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
LinkedIn – O LinkedIn é uma Rede Social de negócios lançada em maio
de 2003. Ao contrário do que muitos pensam, ela não é uma mídia social de
currículos online. O objetivo do LinkedIn é promover negócios online. Daí a
interação entre pessoas e empresas, páginas de corporações e a ferramenta
mais recentemente lançada, o Pulse, que torna o LinkedIn um canal de
compartilhamento de textos informativos, no melhor estilo blog de ser. A
Tatti Maeda que é indicada ao final deste livro digital é uma das pessoas
que mais curto seguir no Pulse. Ela compartilha textos sobre a experiência
profissional dela no Marketing Digital, reflexões e dicas práticas para o dia-
a-dia profissional e também para a vida pessoal. Já me vi repensando a vida
e a profissão diversas vezes com os textos dela. Está vendo? O LinkedIn é
muito mais que o “lugar onde se coloca o currículo na Internet”.
54 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Periscope – É uma mídia social de Streaming ao vivo lançada pelo
Twitter em março de 2015. Ela faz transmissões ao vivo em vídeo que
ficam no ar por 24 horas e permite a interação do público por meio de
comentários. O aplicativo pertence ao Twitter e o login pode ser feito
por esta conta ou criando uma conta independente. O foco deste canal
são transmissões ao vivo que aparecem tanto para seus seguidores,
como em um Mapa Mundi que apresenta todas as transmissões que são
realizadas ao vivo naquele momento. O interessante é que pessoas de
qualquer parte do mundo podem assistir sua transmissão independente
de serem ou não seu seguidor. É possível salvar o vídeo no álbum do
celular e publicar posteriormente em outros canais digitais. Em agosto de
2015 a ferramenta já tinha mais de 10 milhões de usuários.
55MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Pinterest – É uma Rede Social de compartilhamento de fotos lançada
em março de 2010. Diferentemente do Instagram, a ideia aqui é criar
quadros de inspiração, como aqueles que mantínhamos em escritórios.
Em dados divulgados na Wikipédia10
, o público predominante desta Rede
são mulheres entre 35-44 anos. Mais uma vez destaco como é importante
analisar qual o público de cada Rede Social antes de entrar nela. O Pinterest
vem sendo usado com seus “pins” para criar pastas temáticas em que
as pessoas guardam imagens de seu interesse. Exemplo: Arquitetura;
organização; casamento; música; filmes; seriados; frases etc..
10 https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinterest
56 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Snapchat – O Snapchat11
é uma Rede Social baseada em imagens, criado
em setembro de 2011. Ela utiliza filtros variados e também reproduz
vídeos de até 10 segundos. Também possibilita o envio de mensagens
privadas para outros usuários que se “autodestroem” logo após ser
visualizada por seu destinatário. Ela tem atraído uma gama imensa de
adolescentes e, mais recentemente, também de adultos e marcas.
Evan Spiegel, um dos fundadores do Snapchat, defende que a Rede
Social é uma nova maneira de contar histórias por meio de fotografias.
“Antigamente, fotos eram feitas para guardar memórias. Agora, são
usadas para falar e é por isso que as pessoas estão tirando e enviando
milhares de fotos no Snapchat todos os dias”12
.
11 Snapchat para negócios: http://bit.ly/1X7k971
12 Entrevista no site G1: http://glo.bo/1NG3YZv
57MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
13 Assista ao vídeo: http://bit.ly/22tEItw
O Snapchat é visto por
especialistas como uma
Rede Social breve, efêmera e
líquida. Ou seja, de consumo
rápido. Aqueles que sabem
se comunicar assim são
mais bem-sucedidos no
canal. Entretanto, deixo
aqui uma reflexão sobre o
conteúdo que postamos ali,
vá além da futilidade, invista
em conteúdo realmente
interessante. Invista em
micro-momentos13
. Sabia
que 62% das pessoas estão
no smartphone em busca de
soluções de problemas? E se
você estiver com o conteúdo
certo no lugar certo? Pense nisso.
O Snapchat pode ter cara de
bastidores de um evento/
programação ou passo-
a-passo de um processo.
Enquanto pesquisas apontam
que chegamos a desbloquear
o smartphone cerca de 150
vezes por dia, o Snapchat
recebe cerca de 8.796 fotos
por segundo.
“Usar o Snapchat é uma ques-
tão de encontrar a sua voz,
encontrar o seu nicho, seja
você engraçado ou informa-
cional. Encontre a sua voz e
mantenha-se leal. O Snapchat
é a nova televisão e a melhor
parte é que os usuários estão
no controle do seu próprio
show.” (Julz Goddard – influen-
ciadora Snapchat.)
Até o fechamento deste livro
digital, saiu uma notícia no G1
baseado em divulgação do
Bloomberg que afirma: Snap-
chat passa Twitter em número
de usuários únicos. A notícia
aponta que o Snap está com
150 milhões de usuários úni-
cos por dia. Apesar de não
terem dados oficiais da rede
do pássaro azul, fizeram um
cálculo e chegaram a conclu-
são que o Twitter teria cerca
de 136 milhões. Independente
das informações serem ofi-
ciais ou não, nos deixa uma
luzinha acesa para pensar e
repensar todos os dias sobre
o uso do Snapchat para nossa
vida pessoal, para os negócios
e, principalmente, em nossas
igrejas e ministérios. Temos
visto algumas coisas legais lá
em perfis pessoais, de igrejas/
marcas/ministérios ainda não
encontrei nada que se desta-
casse. Ao contrário, vejo muito
do mesmo, sempre tendendo
para a linha do entretenimen-
to. Não encontrei ferramentas
ainda que pudessem mensu-
rar um perfil no Snapchat para
falar da eficiência e alcance
da Rede. Pelo contrário, sabe-
mos quem está vendo nossas
postagens, pelas visualizações
que aparecem lá. Mas, há ou-
tras maneiras de interagir com
as pessoas. Solicitar que elas
printem seu post pode sina-
lizar algo ou mesmo o envio
de mensagens diretas para o
perfil. Se vai usar a Rede, use
com criatividade e consciência
os recursos que ela oferece.
58 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Swarm – É uma Rede Social de geolocalização que
pertence ao Foursquare. Lançada em 15 de maio de 2014,
ela veio como substituta do então conhecido Foursquare,
que se tornou uma Rede de reputação online. No Swarm
é possível compartilhar a localização com amigos e, ainda,
comentar e qualificar os locais visitados. Além da interação
da Rede, é frequentemente usado para consultas de
reputação dos locais cadastrados. Já pesquisou se sua
igreja ou ministérios estão cadastrados neste canal?
59MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Twitter – É uma Rede Social conhecida por microblogging por causa
de sua principal característica: postagens de até 140 caracteres. Criada
em 5 de julho de 2006, o Twitter é conhecido por funcionar como
termômetro de assuntos em transmissões ao vivo. O Trending Topics,
assuntos mais comentados do momento, repercutem programas de
TV, transmissões esportivas e cobertura online de eventos. Uma das
características da Rede é a timeline (linha do tempo), ela vai ser boa ou
ruim de acordo com as pessoas e marcas que escolhe seguir.
60 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
WhatsApp– Éuma Mídia Social de mensagens instantâneas criada
em 2009. Em novembro de 2015, Mark Zuckerberg divulgou que
o canal tem mais de 900 milhões de usuários em todo o mundo.
É sem dúvidas uma das ferramentas mais usadas por todos nós
no dia-a-dia. Uma característica interessante e explorada, muitas
vezes, de maneira errada é o uso das Listas de Transmissão.
Desde que com autorização dos usuários, é interessante criar
uma lista para envio de mensagens devocionais em texto, áudios
ou vídeos. Vi esta iniciativa em algumas igrejas e vejo que é uma
possibilidade para alcançar pessoas diariamente, com baixo custo.
#DicasdaElis – Abra um
canal de conversa com seus
membros por meio das Listas
de Transmissão. Divulgue
um número de telefone
em sua igreja/ministério
que será responsável pelo
envio das mensagens. Peça
para enviarem um texto
parecido com este: “Gostaria
de receber notícias da
igreja/ministério por meio
do WhatsApp”. Somente
adicione pessoas que
solicitaram a inclusão do
número delas na lista. O
WhatsApp permite até 256
pessoas em cada lista de
transmissão. É um meio
barato e eficiente para
enviar avisos, divulgações
e mensagens da igreja aos
membros e interessados.
Pense nisso.
61MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
YouTube – É uma Mídia Social que permite o compartilhamento
de vídeos em seu site e aplicativos para smartphones e tablets.
Criado em 14 de fevereiro de 2015 é o maior canal de vídeos
do mundo e o terceiro canal digital mais acessado no Brasil,
ficando atrás apenas do WhatsApp e do Facebook.
Muita gente não entende o
sucesso dos YouTubers – que
são os produtores de vídeos
da Rede. E, na verdade, anali-
sando cada um destes canais
de sucesso, o que vemos
são pessoas fazendo o que
ninguém tinha feito antes.
Ou, ainda, fazendo algo de
maneira muito melhor e mais
interessante.
Em nosso meio cristão há
alguns canais interessantes
no YouTube para conhecer e
se inspirar:
Bianca Toledo
Blog da Dé
Cláudio Duarte
Do Olhar ao Altar
Eu Escolhi Esperar
Fabíola Melo
Helena Tannure
Letícia Brandão
Lu Alone
Priscila Alcântara
Vlog de Tudo
62 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
E sempre vale a pena refor-
çar: utilize o YouTube como
canal de conhecimento. Há
uma infinidade de vídeos com
palestras, passo-a-passo, tes-
temunhos e orientações sobre
diversos temas.
#DicasdaElis – Uma maneira
muito bacana para colocar
seu canal no YouTube para
funcionar é fazer transmis-
sões ao vivo dos cultos e
reuniões da igreja/ministério.
Outro dia me perguntaram
qual é o canal mais eficien-
te para transmitir vídeos ao
vivo: Facebook Live, Peris-
cope e YouTube? Então vai a
reflexão:
Facebook Live – Se
você busca gerar maior
interatividade, as transmissões
na Página podem ser bem
interessantes. Assim que a
transmissão ao vivo termina,
imediatamente o vídeo se
transforma em publicação e
pode ser assistido por todos.
Sabemos que o Facebook é
a Rede Social mais usada no
Brasil, então, nosso público
provavelmente está lá. Por
outro lado, sabemos que as
transmissões não conseguem
alcançar todos os seguidores
da Página se não pagar um
impulsionamento (pagar para
a postagem aparecer para
mais pessoas).
Periscope – As transmis-
sões no Periscope são
muito usadas em eventos
ao vivo, nem tanto em
transmissões de culto. Assim
que a transmissão termina as
pessoas conseguirão assistir
aos vídeos dentro da Rede
nas próximas 24 horas. É uma
Rede focada no “ao vivo”, não
na visualização dos vídeos
dias depois. O diferencial
desta Rede é poder alcançar
imediatamente pessoas em
todo o mundo por meio do
Mapa Mundi oferecido dentro
da ferramenta.
YouTube – As transmissões
ao vivo no YouTube são bem
interessantes, assim como as
outras ferramentas, quando
o Live termina o vídeo fica
publicado como postagem
definitiva.
No YouTube você vai alcançar
os seguidores de sua página.
De acordo com a interação
e participação das pessoas
nas transmissões, ela pode
aparecer como destaque
na home do YouTube. Outra
questão interessante é que o
YouTube monetiza os vídeos.
Além da transmissão gratuita,
o YouTube paga o canal pelo
número de visualizações do
vídeo. Avalie e entenda qual
destas três ferramentas po-
dem auxiliar em suas trans-
missões ao vivo. O importante
mesmo é você entender a
importância de disponibilizar
as mensagens ministradas
em suas reuniões na Internet.
63MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
YouVersion – O aplicativo da Bíblia mais conhecido
e baixado no mundo foi desenvolvido pela Life
Church (Estados Unidos). Até o fechamento deste
e-book, o site youversion.com mostrava que tinha
mais de 226.302.730 aplicativos baixados. Sendo que
em mais de 927 línguas e 1.277 versões. Imagine só,
quando eu e você poderíamos ter acesso a tantas
Bíblias, em tantas línguas e versões diferentes?
64 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
E não é só isso, o YouVersion
é uma Rede Social. Quan-
do você acessa o aplicativo
logado pode adicionar até
150 amigos e interagir com
eles por meio de marcações
bíblicas, planos de leitura
da Palavra e, ainda, na cria-
ção de artes com versículos
para compartilhar em outras
Redes Sociais. Vale a pena
conhecer e divulgar este
trabalho sensacional da Life
Church.
Existe uma grande infinida-
de de Mídias Sociais e ten-
tei destacar aqui as que são
usadas ou as que mais me
perguntam sobre elas. Se
você quer saber um pouco
mais sobre outras Redes So-
ciais, estou à disposição em
minhas Redes Sociais: Face-
book, Instagram e YouTube.
#DicasdaElis – Que tal esti-
mular o seu grupo de estu-
do bíblico ou célula a serem
amigos no aplicativo da Bíblia
e fazerem planos de estudos
bíblicos juntos? É possível um
acompanhar o desempenho
do outro na Rede Social e
estudarem semanalmente os
temas estudados.
65MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“Se quisermos conviver com a tecnologia da melhor
forma possível, precisamos reconhecer que o que
importa, acima de tudo, não são os dispositivos
individuais que utilizamos, mas as experiências
humanas que eles são capazes de criar.”
(Tom Chatfied.)
Alguém vai dizer: “Eu posso fazer tudo o que quero.”
Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu
poderia dizer: “Posso fazer qualquer coisa.” Mas não
vou deixar que nada me escravize.
(1 Coríntios 6.12.)
CONTEÚDO DIGITAL
CAPÍTULO 6
66 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Existe um termo muito usado
entre profissionais no meio
digital que é Marketing de
Conteúdo (Content Marke-
ting). Que é a prática de pro-
duzir conteúdo interessante
e estratégico com o objetivo
de atrair público. Ou seja,
quando se publica material
com qualidade no meio digi-
tal você agrega valores e atrai
audiência relevante.
Pense sobre como seria
transmitir cultos ao vivo pelo
Facebook (live), Periscope
ou YouTube. Agora, pen-
se além disso. Por que não
transmitir as reuniões pe-
quenas de estudos bíblicos,
células e ensaios? Fica como
exercício para você: qual tipo
de conteúdo a igreja/minis-
tério tem e outros não estão
publicando?
Sempre falo sobre a impor-
tância de quem trabalha nas
Mídias Sociais estar total-
mente alinhado com a lide-
rança da igreja e do ministé-
rio. O discurso no meio digital
vai depender dessa boa
interação. Perceba que pos-
tagens sem profundidade,
geralmente refletem a falta
de sintonia da Comunicação
com a Liderança.
Para um bom trabalho no
meio digital são necessárias
as seguintes etapas:
1.	 Planejamento
Para um bom planejamento é
preciso alinhar a visão com a
liderança da igreja/ministério.
Tenha objetivos claros, saiba
qual mensagem quer passar.
De repente, sua igreja deseja
compartilhar as mensagens
dos cultos. Ou ela queira ensi-
nar outros sobre princípios
bíblicos, teologia etc. Atrair
pessoas para o diálogo e tor-
nar o nome da igreja conhe-
cido na região dela e no meio
digital.
Também é no planejamento
que vai ser definido quais são
os parâmetros para saber se
sua campanha digital está
conseguindo os resultados
almejados. Exemplo de KPI
(Key Performance Indicator,
em português: Indicador Cha-
ve de Performance): aumento
de seguidores no Facebook,
“QUALTIPO DE CONTEÚDO
A IGREJA/MINISTÉRIO TEM
E OUTROS NÃO ESTÃO
PUBLICANDO?”
67MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
views no YouTube, visitas ao
site, compartilhamento de
posts, aumento de visitantes
nas reuniões originados das
Mídias Sociais. Ainda no pla-
nejamento é que se define
o público-alvo que parece
ser uma tarefa fácil, mas, de
extrema complexidade. Já vi
clientes que pensavam estar
falando com mulheres de 24-
34 anos e o público real era
de 14-23 anos.
Um bom planejamento conhe-
ce bem o segmento em que
atua. Pergunte, converse com
as pessoas, líderes, membros,
visitantes, internautas. Enten-
da o que as pessoas vêm bus-
cando em suas Mídias Sociais.
Isso vai ajudar significativa-
mente na hora de montar suas
estratégias.
Escolha em quais canais digi-
tais vai atuar: site, blog, redes
sociais, e-mail marketing etc.
Não é porque todo mundo
está em tal rede social que sua
igreja/ministério tem que es-
tar. Conheça cada mídia antes
de estar nela, considere as ca-
racterísticas, qual público está
lá. Hoje, um fato é que a rede
social mais acessada do Bra-
sil é o Facebook. Então, para
muitos de nós, é essencial fa-
zer um trabalho construindo a
reputação da sua marca por lá.
É aqui no planejamento que
também definimos quais
ferramentas vão ser usadas
para agendar, monitorar e
mensurar resultados. Vamos
falar um pouco mais sobre
isso no capítulo sobre Redes
Sociais.
2.	 Execução
Li algo recentemente que as
planilhas do Excel são bem
diferentes do mundo real. E é
verdade. Quantas vezes temos
um planejamento e cronogra-
ma “perfeito” e, de repente,
precisamos refazer toda estra-
tégia e cronograma de ações?
É importante ter claro na
equipe do ministério/igreja
como vai ser feito o fluxo de
trabalho. Existem ferramentas
online – mencionadas aci-
ma – algumas, inclusive, com
aplicativos que ajudam esse
acompanhamento de tarefas.
“UM BOM PLANEJAMENTO
CONHECE BEM O
SEGMENTO EM QUE ATUA”
68 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Quando falamos de conteúdo
não podemos esquecer:
-	 Briefing: faça um bom
briefing com a liderança
da igreja. Compreender
a visão e o segmento
por meio de estudos,
reuniões e muita pes-
quisa.
-	 Conteúdo: defina a
abordagem na apresen-
tação para alcançar o
objetivo.
-	 Roteiro: torne a men-
sagem clara e objetiva,
por meio de história e
informações lógica.
-	 Design: traduza em
imagens e elementos
gráficos o conceito a ser
apresentado.
-	 Calendário editorial:
com datas comemorati-
vas de âmbito nacional,
profissões, igreja etc.
-	 Cronograma de posta-
gens: para não perder
tudo que foi e o que
precisa ser agendado.
Inclusive, pensar sobre
as postagens ao vivo.
-	 Tenha uma lista com os
possíveis temas que irão
abordar em postagens
(pré-aprovados pela
liderança).
-	 Não publique conteúdo
igual para todas as Redes
Sociais. Cada uma tem
uma linguagem (veja in-
fográfico). É possível falar
de um mesmo assunto
de acordo com a carac-
terística de cada Rede.
-	 Quando fizer postagens
no blog/site divulgue
em suas Redes Sociais.
Identidade visual: é mais im-
portante do que parece. Man-
tenha suas Redes Sociais com
a mesma imagem de perfil
e considere as mesmas ca-
racterísticas para banners de
topo e mural das Redes So-
ciais que tenham ligação com
a imagem da igreja/ministério.
“NÃO PUBLIQUE
CONTEÚDO IGUAL PARA
TODAS AS REDES SOCIAIS”
69MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
70 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
3. Mensuração
As métricas são tão importantes quanto
o planejamento ou execução. É aqui que
você vai entender se seus objetivos estão
sendo alcançados.
Queremos que a pessoas encontrem
nossas igrejas e ministérios na Internet.
Mas, será que temos feito boas postagens
para que nos encontrem? O site, o blog
e as Redes Sociais são atualizados com
frequência e com periodicidade? E, prin-
cipalmente, o conteúdo que você publica
gera algum valor para as pessoas ou você
copia e cola o que outros produzem?
Antes de mais nada, entenda, o conteúdo
de qualidade que criamos irá atrair cada
vez mais pessoas para nossos canais
digitais. Isso quer dizer que um profissio-
nal SocialMedia não deve simplesmente
publicar duas postagens por dia no Face-
book e Instagram cumprindo uma tabela.
É preciso planejamento, produção de
posts excelentes, que se diferenciam da
multidão. E, ainda, que haja monitoramen-
to para analisar a eficiência do trabalho e
que pode auxiliar na hora de atualizar ou
refazer estratégias.
Crie postagens – textos, vídeos, fotos, ar-
tes, infográficos e todo tipo de conteúdo
multimídia capazes de transformar a vida
do internauta. É criar uma linha de pensa-
mento na produção de mensagens real-
mente impactantes, úteis. Por exemplo:
é diferente quando você posta um vídeo
divulgando uma música “cover” ou um
videoclipe no YouTube. De quando você
posta um vídeo ensinando a tocar a músi-
ca com instrumentos diferentes. Ali você
pode explorar questões como afinação de
instrumento, partitura, ensaios, dificulda-
des e macetes.
#DicasdaElis – Qual tipo de conteúdo
publicar nos canais da igreja/ministério?
-	 Crie uma linha editorial: selecione
quais assuntos vai abordar no meio
digital. Será que memes tem a ver
com o discurso e a reputação que
pretende construir para sua marca/
igreja/ministério?
-	 Imagens: invista em boas fotos e
artes. Cuidado com a questão dos
direitos autorais. Use apenas fo-
tos de banco de imagens gratuitos
ou pague por elas. O importante é
respeitar o direito autoral de quem
71MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
fez a imagem ou foto. Um dos sites
que mais uso é o FreeImages.
-	 Versículos bíblicos.
-	 Devocionais.
-	 Mensagens e testemunhos.
-	 Músicas e clipes.
-	 Divulgação de eventos.
-	 Dicas de livros, filmes,
CDs, DVDs etc.
-	 Faça vídeos curtos
com mensagens rápi-
das. É muito bacana
ver líderes falando aos
seguidores nas Redes
Sociais.
-	 Ensine algo, crie passo-a-passo:
como montar um esboço bíblico,
como tocar uma música, como rea-
lizar um ensaio, a aquecer a voz, a
produzir um bom texto, a organizar
um roteiro de estudos bíblicos etc.
-	 Encontre um ponto de equilíbrio
para o discurso no meio digital, de
acordo com as características da
igreja. O ideal é nem formal demais,
nem informal demais.
-	 Pense na exposição
saudável da igreja/minis-
tério/seu perfil pessoal.
Não transforme sua mar-
ca em um reality show.
-	 Para quem trabalha
com o meio digital, cui-
dado com os excessos.
Estar online tempo demais pode
gerar improdutividade.
-	 Faça perguntas ao seu público, en-
tenda o que estão procurando em
sua Rede.
-	 Mais importante que perguntar
é ouvir o seu público. Leia o que
perguntam e sugerem. Crie con-
teúdos a partir da dúvida dos seus
seguidores.
-	 Fale do Reino de Deus, gere fé,
esperança e amor no coração
das pessoas por meio das suas
publicações. O que vemos com
frequência no meio digital são
notícias ruins, brincadeiras de mau
gosto. Então, por que não fazer
algo diferente?
-	 Use sempre o meio digital como
fonte de conhecimento.
-	 Como tornar seus canais digitais e
suas ações conhecidas além das
Redes Sociais? Invista no e-mail
Marketing: é com ele que vai avi-
sar às novidades para seu público
qualificado. Jamais compre lis-
“NÃO TRANSFORME
SUA MARCA EM UM
REALITY SHOW”
72 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
tas de e-mails, são ilusórias e lhe
fazem perder um tempo muito
precioso falando com pessoas que
não são seu público-alvo. Invista
sua energia para cons-
truir listas qualitativas e
não apenas quantitati-
vas. Existem ferramentas
com versões pagas e
gratuitas como Mail-
Chimp e LeadLovers
que vão lhe ajudar neste
processo.
-	 Use as hashtags estra-
tegicamente. Cuidado
para #não #colocar #hashtag #em
#tudo. Essa não é a maneira mais
adequada de usá-la. Em outro
capítulo vamos detalhar um pouco
mais sobre isso.
-	 Um recurso bastante utilizado no
meio digital é a curadoria de con-
teúdo. É quando vemos
algo legal e resolvemos
compartilhar (repostar,
compartilhar, retuitar)
nas Redes Sociais. Esse
tipo de ação ajuda quan-
do não estamos conse-
guindo produzir material
autoral com tanta fre-
quência. O ideal é equi-
librar posts autorais com
curadoria. Só compartilhar conteú-
do de outros não é tão interessan-
te. Esteja atento a isso.
-	 Cuidado com erros gramaticais.
Eles podem “matar” sua postagem
e atrapalhar na construção de sua
marca na Internet. “Todos erram”
é o que sempre ouço. Mas, a ideia
é ler e reler antes de postar algo
para evitar erros. Infelizmente, já
vi transmissões online em texto no
Twitter, Facebook e Instagram de
igrejas que escreveram diversas
palavras e frases com erros de
português. Alguns, até referências
bíblicas. Cuidado.
-	 Divulgue seus canais digitais: site,
blog e redes sociais na Internet e
fora dela. Coloque seus canais na
assinatura de e-mails e possibilite
que cheguem até você.
“USE AS HASHTAGS
ESTRATEGICAMENTE.
CUIDADO PARA
#NÃO #COLOCAR
#HASHTAG
#EM #TUDO”
73MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Uma maneira muito interessante para
produzir conteúdo diferenciado para o
meio digital são os Congressos online .
Já participou de algum?
Em menos de um ano tive oportunidade
de palestrar para três congressos online
cristãos. Os idealizadores possibilita-
ram que internautas tivessem acesso
a palestras online . Durante o evento,
gratuitamente, e após o evento, acesso
à plataforma por um valor simbólico. A
primeira pessoa que vi realizando con-
gressos cristãos online foi a blogueira
formada em Moda e Estilo, Mariana Si-
mionato, que realizou em novembro de
2015 o Congresso Online de Mulheres
Cristãs. Quantas pessoas gostariam de
participar de congressos e seminários,
mas, não vão por questões financeiras
(passagens, hospedagem, alimentação),
profissionais (sem disponibilidade) ou
pessoais (família, faculdade, filhos).
Conheça e inspire-se:
Conexão Mulher
Contepi – Congresso Online de Tecno-
logia para Igrejas
#DicasdaElis
1) Indico o curso online gratuito de-
senvolvido pela agência Rock Content.
Chama-se Certificação em Marketing
de Conteúdo. As lições online são 100%
gratuitas. Ao final do curso você fará um
teste, que se aprovado, gera um selo de
certificação reconhecido no LinkedIn.
2) Outro curso online e gratuito é do
Hubspot Brasil – Certificação Inbound. Em
uma rápida definição o Inbound Marke-
ting é uma estratégia usada para atrair a
atenção das pessoas para sua marca/ins-
tituição. E difere do Outbound Marketing,
chamado por alguns de “velho marketing”,
que tinha por objetivo vender produtos/
serviços. Confira lá!
Deseja fazer um ótimo trabalho no meio
digital? Então, coloque a casa em or-
dem e siga para o próximo ponto. Na
Internet conteúdo inteligente, perspi-
caz, bem produzido (às vezes, nem tan-
to, como os memes) e planejado terão
alcance ainda maior.
74 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“A Internet é uma rede
de pessoas, não de
computadores.”
(Conrado Adolpho.)
“Ide, por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda
criatura (on e off-line).”
(Marcos 16.15.) Grifo meu.
Cobertura online
CAPÍTULO 7
75MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Quando li a frase de Conrado Adolpho
pela primeira vez fiquei me lembrando
de quando comecei a ouvir falar sobre o
que era Internet, ainda na década de 90.
Uau, como os conceitos mudam! Antes
dizíamos que Internet era uma Rede de
computadores. Mas, Adolpho tem razão,
o que seriam dos computadores sem as
pessoas por trás dando vida à Internet?
Que possamos usá-la cada vez mais com
consciência e decência.
Aprendi a trabalhar com coberturas online
ao vivo, em minha igreja local, a Batista da
Lagoinha, em BH/MG. A cobertura online
de eventos, é um trabalho jornalístico que
visa levar para os internautas o máximo
de informações possíveis de um culto ou
reunião para quem está acompanhando de
longe. Seja por meio de texto, fotos, vídeos
e a diversidade de conteúdos multimídia. A
ideia é reproduzir nas Redes Sociais o que
ocorre no lugar.
Minha primeira experiência em cobertura
online foi em um Congresso do Diante do
Trono, em abril de 2009. Minha gerente de
Comunicação no Lagoinha.com, na época
a Ana Paula Costa, encarregou eu e outra
jornalista, Vanessa Freitas, a estudar a Rede
e implementar o Twitter da igreja. Foi uma
experiência que transformou minha vida
para sempre.
“A COBERTURA ONLINE
DE EVENTOS É UM
TRABALHO JORNALÍSTICO
QUE VISA LEVAR PARA
OS INTERNAUTAS O
MÁXIMO DE INFORMAÇÕES
POSSÍVEIS DE UM CULTO OU
REUNIÃO PARA QUEM ESTÁ
ACOMPANHANDO DE LONGE”
76 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
77MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Prints resgatados no
site WayBackMachine:
Twitter da Lagoinha,
em 2010 comemorando
10.049 seguidores =)
78 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
Naquela época, pesquisei e não encon-
trei nenhuma igreja fazendo postagens
no Twitter. O desafio era justamente
aprender como usar o microblogging e
ensinar os internautas do nosso site de
notícias a acompanhar as informações
ali. O Congresso já seria transmitido ao
vivo em vídeo pelo site e pelo canal
de televisão da igreja, mas, a ideia era
alcançar o maior número de pessoas
possível com a mensagem ministrada. A
transmissão do congresso em texto, que
chamamos de passo-a-passo, foi um su-
cesso. As pessoas começaram a acom-
panhar as reuniões por meio da Rede
Social e rapidamente vimos um grande
número de tuiteiros cristãos aparecerem
em nossa Rede. Entendemos que havia
demanda para pessoas que não conse-
guiam ou não podiam acompanhar os
cultos em vídeo, mas, que acompanha-
vam em texto.
No Twitter tivemos o cuidado de com-
partilhar os dias e horários dos cultos,
eventos da igreja, versículos bíblicos,
mensagens devocionais, e ainda, intera-
gir com os internautas. No print acima,
pode-se observar que naquela época
não tínhamos fotos no Twitter, apenas via
site Twitpic (lembram?) e os RTs (retuítes)
eram manuais.
Daí em diante, passei a servir minha igre-
ja local neste tipo de evento e me espe-
cializei nisso. Trabalhando em diversos
tipos de eventos, congressos, gravações
de CD, DVD, e por aí vai.
Temos uma infinidade de possibilidades
para a cobertura online. Veja algumas
delas:
-	 Textos: Facebook (Página), Twitter,
blogs e sites.
-	 Transmissões ao vivo (live) em ví-
deo – já falamos disso antes. Mas,
para relembrar:
Facebook (Página): Os lives do Fa-
cebook são ótimos e geram uma
grande interação para a Página.
É bem bacana quando você tem
alguém acompanhando e respon-
dendo os comentários do inter-
nauta.
Periscope: transmissões ao vivo
que podem alcançar pessoas ao
redor do mundo inteiro. O vídeo
79MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
não aparece apenas para seguido-
res e pode trazer um público bem
diversificado. Os vídeos ficam onli-
ne apenas por 24horas e pode ser
salvo na galeria de
imagens do celular.
Também é possí-
vel acompanhar os
comentários ao vivo
dos internautas.
YouTube: Muito
usado por igrejas
em transmissões ao
vivo. A vantagem é
que com a transmis-
são finalizada, o vídeo fica publi-
cado no canal do YouTube e pode
gerar renda para a igreja/ministério
por meio da monetização.
-	 Fotos: fazer cobertura em fotos e
vídeos para Instagram. Cuidado
para não exagerar nas postagens.
Inclusive nos horários de cultos e
eventos. O Instagram tem um
aplicativo chamado Layout.
Nele você consegue editar
até nove fotos em uma mes-
ma montagem. Selecione os
momentos mais importantes
da reunião, escreva uma le-
genda coerente, detalhando
um pouco mais o momento
e não canse seus seguidores
com postagens em excesso.
-	 Vídeos curtos: O Snapchat e o
Vine possibilitam a produção de
vídeos curtos que podem dar uma
boa ideia de bastidores do evento.
Cuidado com os exageros e humor
excessivo. Principalmente quando
falamos de uma igreja, ministério
ou marca.
-	 Matéria completa: escrever um tex-
to/ resumo com os principais pon-
tos abordados na pregação, frases
e referências bíblicas para o site/
blog/Página da igreja.
Claro que para desenvolver esse tipo de
trabalho é importante treinar, preparar
e orientar a equipe. Sabemos que nas
igrejas contamos com os voluntários. É
importante que entendam o uso das fer-
ramentas e o material que vão produzir. E
claro, usem o expertise deles para auxiliar
a igreja/evento.
“PARA DESENVOLVER
ESSE TIPO DE
TRABALHO É
IMPORTANTE
TREINAR, PREPARAR E
ORIENTAR A EQUIPE”
80 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
E foi em uma dessas coberturas online
que vivi uma das experiências mais incrí-
veis da minha vida. Estava trabalhando
na cobertura online de um ConfraJovem
(conferência anual
de jovens da IBL) na
época, só pelo Twit-
ter, o Facebook não
estava em evidência
ainda. Fiquei tui-
tando o culto todo.
Sempre com o
cuidado de colocar
frases coerentes
(afinal, estamos limi-
tados a frases com
até 140 caracteres), que não gerem dupla
interpretação, contextualizando bem, para
jamais expor o preletor(a).
A ideia da cobertura online é dar um en-
tendimento geral da mensagem ministra-
da ao vivo na igreja. Geralmente, quando
há o momento da reunião em que as
pessoas são convidadas
a reconhecer Jesus como
Senhor e Salvador, costu-
mo digitar a oração e pedir
para quem está lendo no
Twitter repetir em voz alta.
Nesse dia, quando finaliza-
va a cobertura pelo Twitter
da Lagoinha, recebi men-
sagens de uma jovem que
agradecia pelo serviço da
igreja em publicar a prega-
ção em texto. Ela contou que estava mo-
rando na Austrália e que não tinha como
assistir a mensagem em vídeo, por isso
acompanhava naquele momento pela
Rede Social. Ela tinha ido para aquele
país estudar Medicina e estava desviada
dos caminhos do Senhor. “Muito obriga-
da, acabei de orar aqui voltando agora
para Jesus!” Nossa, aquilo mexeu comi-
go. Imaginar que enquanto eu trabalhava
na igreja, uma pessoa do outro lado do
mundo lia o que escrevia e entregava-se
para Jesus. Sim, naquele momento eu
entendi 100% a minha missão e a impor-
tância de falar sobre o uso consciente da
Comunicação e Mídias Sociais pelas igre-
jas. É um trabalho que precisa ser levado
a sério, não temos ideia de onde nossas
postagens irão chegar. Mesmo quando
estivermos no aconchego do nosso lar,
dormindo ou descansando, alguém de
qualquer parte do mundo pode estar
“IMAGINAR QUE ENQUANTO
EU TRABALHAVA NA IGREJA,
UMA PESSOA DO OUTRO
LADO DO MUNDO LIA O QUE
ESCREVIA E ENTREGAVA-SE
PARAJESUS””
81MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
acessando aquilo que deixamos publi-
cado. Isso é demais!
A cobertura online de cultos e even-
tos das igrejas não são muito co-
muns. Mas, é algo que pode ser feito.
Seja por texto, fotos ou vídeos. Já
falamos sobre isso anteriormente,
pelo próprio smartphone você co-
necta e transmite sua reunião, culto
ou evento ao vivo em vídeo. Que tal
tentar? Existem ótimos tutoriais na
Internet ensinando o passo-a-passo
de transmissões ao vivo no YouTube,
Facebook e Periscope seja no celular
ou pelo computador.
Uma das perguntas que mais ouço em
minhas palestras e eventos por onde
passo é: Como estruturar uma equipe
de Comunicação para minha igreja?
Alguns pontos a considerar:
-	 Convide membros para
fazer parte da equipe de
Comunicação.
-	 Alinhe a visão dos voluntários,
colaboradores com a
liderança.
-	
-	 Identifique talentos e
experiências.
Invista em capacitação.
Convide profissionais da área
para palestras e workshops
em sua igreja: Fotografia,
vídeos, jornalismo, publicidade,
marketing digital etc.
Mostre à equipe a importância
de servir ao Senhor com
excelência. Como em
Colossenses 3.23: “Tudo
quanto fizerdes, fazei-o de
todo o coração como para o
Senhor e não para homens.”
#DicasdaElis – Ao longo deste livro
digital falamos várias vezes sobre a
importância dos vídeos na Internet.
Para se especializar um pouco mais,
cadastre-se na Escola de Criado-
res de Conteúdo do YouTube. Eles
disponibilizam diversos vídeos com
dicas de produção e edição, além de
cursos online gratuitos para ajudar
a melhorar seu canal. Acesse o link:
http://bit.ly/25GAKDf.
82 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
“Não tenha medo de
simplificar. Complexidade
pode travar projetos.”
(Bel Pesce.)
“Procure apresentar-se
a Deus aprovado, como
obreiro que não tem do
que se envergonhar e que
maneja corretamente a
palavra da verdade.”
(2 Timóteo 2.15 NVI.)
Ferramentas
CAPÍTULO 8
83MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
O objetivo deste capítulo é
apontar algumas das ferra-
mentas para otimizar a pre-
sença digital e o trabalho de
comunicação nas igrejas e
ministérios. Teste e identifique
as que mais se adequam ao
seu trabalho. Não vou deta-
lhar cada uma delas, mas, vou
apontar aqui uma lista de pos-
sibilidades para que possa ler
e explorar um pouco mais.
Manual de Comunicação – Os
grandes veículos de Comu-
nicação possuem um Manual
de Redação e Estilo. Lembro-
me que ainda nos tempos da
faculdade me apaixonei por
esses manuais. Eles trazem
dicas gramaticais, certo e er-
rado, sugestão e substituição
no uso de algumas expressões
e muitas outras orientações
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Mídias sociais na Igreja: uma estratégia para alcançar mais pessoas

  • 1.
  • 2.
  • 3. 3MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Projeto Editorial: Diagramação: Revisão: Capa: Elis Amâncio GSW Ana Paula Costa Luiz Queiroz Amâncio, Elis Mídias Sociais para Igrejas / Elis Amâncio. – Santa Luzia, 2016. 1ª edição: junho/2016. Referências bíblicas usadas nesta obra, exceto quando mencionadas individualmente: Nova Tradução na Linguagem de Hoje | YouVersion: http://bible.com/pt/. Copyright © Todos os direitos reservados para Elis Amâncio.
  • 4. 4 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Às duas mulheres da minha vida, responsáveis por quem eu sou hoje. Minha mãe, Neide, e minha filha, Sarah. DEDICATÓRIA
  • 5. 5MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Agradeço a Deus por despertar em mim este amor por comunicar. Entender que o Meio Digital é uma ferramenta excelente para a Igreja nos dias de hoje tem transformado minha vida. Agradeço à minha família, pai (Maurício), mãe (Neide), filha (Sarah), irmão (Marcelo) por sempre estarem ao meu lado. Agradeço ao amor da minha vida, Renato Lied. Você é meu melhor amigo, companheiro, confidente, incentivador e é o melhor de Deus para mim! Agradeço às minhas amigas (madrinhas): Cibelle, Karen, Nayara, Priscila e Raquel. Vocês são meu suporte para tudo. Agradeço aos pastores Leonardo e Vanessa Capochim, tudo começou com o convite de vocês para dar aulas no Carisma, nos idos de 2010. Jamais vou esquecer! Agradeço à minha amiga e jornalista Ana Paula Costa por torcer por mim, incentivar e sempre estar lá! Agradeço ao amigo Luiz Queiroz, da GSW pela competência e compromisso na diagramação deste livro digital, essenciais para que ele fosse publicado. Agradeço a todos que me levaram para palestrar ou dar aulas em todo o Brasil sobre o tema “Mídias Sociais na Igreja”. Agradeço ao pastor Márcio Valadão, visionário e grande incentivador. Agradeço aos que assistiram às minhas palestras e aulas. O feedback sincero de vocês fez com que este livro se tornasse realidade. Um obrigado muito especial a todos os meus seguidores no Facebook, Instagram e Twitter, este livro existe para vocês! AGRADECIMENTOS
  • 6. 6 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA A tecnologia me atrai desde a infância. Assim que a coordenação motora melhorou, me tornei a fotógrafa oficial da família. Aprendi sozinha a trocar o filme e as pilhas da máquina. A primeira vez que vi uma câmera Polaroid fiquei apaixonada, uma câmera que imprimia a foto na hora (pensa que louco?). Lembro-me do meu primeiro dia na aula de Datilografia no início da década de 90, e eu pensava: “Uau! Posso me comunicar mais rápido usando isso.” Em meados da década de 90, fiz meus primeiros cursos de informática: DOS com o famoso editor de textos Edit e de Windows 3.11. Acessei a Internet pela primeira vez ainda na década de 90, meados de 94/95. Naquela época, não tinha ideia do impacto que ela teria na minha vida. Acredito que poucos de nós tínhamos ideia. Claro que tive (tenho até hoje e funcionando!) uma Agenda/Tradutora Eletrônica que traduz mais de 30 mil palavras. Fora Walkie talks, Walkman, Discman, Palmtop, PCs, notebooks, disquetes, telefones celulares e smartphones. São mais de 20 anos mergulhada no mundo digital (profissionalmente), descobrindo e testando novidades. Por diversas questões pesso- ais cursei Jornalismo um pou- co mais velha que a maioria das pessoas. Pela maturidade que tinha na época, aproveitei bastante o meu curso e a pós- graduação em Mídias Sociais e Comunicação Digital. Ainda nos tempos da Faculdade comecei a servir minha igreja local nesta área, a Igreja Batis- ta da Lagoinha (Belo Horizon- te/MG). Ali na IBL servi à Comunica- ção da Juventude Lagoinha criando um Blog. Na época, com apoio da minha liderança, os pastores Márcio, Felippe e Mariana Valadão. Por quatro anos tive a honra de servir à Comunicação dos jovens levando o que tínha- mos de melhor no meio digital. O Orkut e o Blog foram leva- dos muito a sério por nós. No Blog da Mocidade publicava textos com os resumos das pregações de cada sábado, fazia fotos e, algumas vezes, vídeos. Uma vez ao acessar o Analy- tics do Blog vi que mais de 40 países acessavam o conteúdo. Inclusive, países onde a Igreja é perseguida. Nossa, aquilo mexeu com o meu coração. Como assim alguém que está em um país com restrição re- ligiosa estava lendo as nossas postagens? E o melhor, vol- tando outras vezes lá. Diver- sas vezes li comentários com agradecimentos sobre o que era compartilhado ali. Quando fui para a faculdade não tinha ideia de que Deus APRESENTAÇÃO
  • 7. 7MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA poderia utilizar minha profissão para propagar a mensagem do Reino. Ao ler esta palavra tive mais clareza sobre o meu chamado: “E o Senhor Deus disse: Escreva em tábuas a visão que você vai ter, escre- va com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade.” (Habacu- que 2.2 NTLH.) Que coisa mais linda! Deus orientou Habacu- que a fazer exatamente o que um jornalista precisa fazer. Isto é, “traduzir” uma informação e torná-la fácil de compreender, seja por meio de texto, foto, áudio ou vídeo. Independente do nível intelectual e conheci- mento do público, é preciso se fazer entender. E como jorna- lista, naquele momento, co- mecei a compreender melhor minha missão e a compartilhar sobre ela com outros. Esta possibilidade de usar a Internet para falar de Deus começou a arder em meu coração de uma maneira tão grande que comecei a pesqui- sar cada vez mais sobre Redes Sociais. Tenho estudado e implementado estratégias de Gestão de Conteúdo especifi- camente para o público digital. Assim, passei pela Comunica- ção da Lagoinha e a assesso- ria de imprensa (comunicação) de vários nomes como André Valadão, Diante do Trono, Ní- vea Soares, Mariana Valadão, Helena Tannure, Bianca Pa- gliarin, entre outros. Fui apren- dendo na teoria e na prática a importância do uso adequado e consciente de cada Rede Social. Desde 2010, venho falando por meio de aulas ministradas no Seminário Teológico Carisma e no Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono (CTMDT), ambos vinculados à IBL sobre as temáticas: Mídia e Ministério e Mídias aplicadas ao ministério pastoral. Também falo sobre o tema Mídias Sociais na Igreja como professora do Instituto Nis- si de Missões (Cia de Teatro Jeová Nissi, em Ibiúna/SP) e na Escola de Discípulos ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança, em Cuiabá/MT), entre outras instituições de Ensi- no Cristão em que vou como professora convidada. Palestro em todo o Brasil sobre o uso da Comunicação e das Mídias Sociais para igrejas, ministérios e membros. A ideia deste e-book gratuito é ser um ponto de partida para novas conversas entre eu e você, internauta, sobre o uso das Mídias Sociais nas Igreja. Não é simplesmente criar um passo-a-passo de sucesso no meio digital. Mas, gerar a refle- xão de que nós, como embai- xadores de Cristo (2 Coríntios 5.20), precisamos estar mais atentos com o que temos fei- to/compartilhado na Internet. Não apenas institucionalmente como igreja ou ministério, mas, em nossos perfis pessoais. Afi- nal, a árvore boa se conhece pelos frutos (Lucas 6.43-45).
  • 8. 8 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 09 11 14 18 28 32 39 65 74 82 95 98 101 102 104 PREFÁCIO INTRODUÇÃO A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO POR QUE MINHA IGREJA PRECISA ESTAR NO MEIO DIGITAL? PLANO DE COMUNICAÇÃO | ESTRUTURA E INSIGHTS MARKETING DIGITAL MÍDIAS SOCIAIS E REDES SOCIAIS CONTEÚDO DIGITAL COBERTURA ONLINE FERRAMENTAS PÍLULAS – DOSES HOMEOPÁTICAS DIGITAIS =) FOLLOW ME POSFÁCIO REFERÊNCIAS SOBRE A AUTORA SUMÁRIO
  • 9. 9MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA PREFÁCIOFalar da Elisandra Amâncio é voltar no tempo e revisitar o mês de julho de 2008. Foi nes- se tempo, durante a realização do “Confrajovem”, na Igreja Batista da Lagoinha (BH/MG), que tive o prazer de conhe- cê-la. A partir de então, a amizade e a admiração não se desgrudaram mais, tornou-se uma reciprocidade de carinho, respeito e admiração. Foi durante o “Confrajovem” que observei a “Elis” trabalhar como voluntária. Tirava fotos, andava para lá e para cá, subia aquelas ladeiras da Igreja da Lagoinha sempre com muita disposição. Produzia textos para o portal e fazia transmis- sões online dos eventos (a Lagoinha foi uma das precur- soras nessas transmissões no segmento gospel). É claro que eu não poderia perder aquela oportunidade! Eu a convidei para trabalhar no portal La- goinha.com, do qual eu era a jornalista responsável na épo- ca. Elisandra fez o processo seletivo e, claro, passou. Tive a alegria de liderar uma grande profissional, proativa, de ta- lento e muito futuro, que está sempre antenada, buscando seus objetivos com muito estudo, trabalho e amor pela profissão que abraçou. Poderia citar aqui muitas outras qualidades intrínsecas desta amiga que nasceu em São Paulo, mas escolheu fazer da “terra do pão de queijo”, Minas Gerais, a sua casa. Que bom! Emociono-me em ver a profis- sional que Elisandra Amâncio é hoje no mercado – referên- cia na comunição, com espe- cialização em Mídias Digitais. Esta é uma das razões pelas quais esta minha grande ami- ga tem viajado o Brasil e creio que, em breve, o mundo, pa- lestrando sobre a importância do uso dessas ferramentas na Igreja. Neste seu primeiro livro, “Mí-
  • 10. 10 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA dias Sociais na Igreja”, ela aborda um tema muito impor- tante nos dias atuais, visto a relevância que essas mídias têm na vida das pessoas em todo o mundo, seja no âmbi- to pessoal ou no corporativo. Utilizando-se de uma lingua- gem simples, como que se estivesse conversando frente a frente com o leitor, Elisandra promove uma reflexão sobre dois pontos fundamentais: •Como embaixadores de Cristo (2 Coríntios 5.20), preci- samos estar mais atentos com o que temos feito/comparti- lhado na Internet. Não apenas institucionalmente como igreja ou ministério, mas, também, em nossos perfis pessoais. Afi- nal, a árvore boa se conhece pelos frutos (Lucas 6.43-45). •Precisamos perceber o tama- nho do alcance destas ferra- mentas e nos valer da efici- ência que elas têm para que possamos alcançar ainda mais pessoas com o Evangelho da Salvação em Jesus Cristo. Este livro é uma obra precio- sa que vai ajudar tanto quem já tem experiência quanto os calouros neste mundo digital em que vivemos. Para saber aproveitar as oportunidades que as Mídias Sociais oferecem é preciso entender como funcionam e como usá-las em nosso pro- veito. E Elisandra ensina isso muito bem neste e-book. Uma leitura que certamente abrirá a sua mente para estas questões. Elis, você é um diferencial no mercado, uma referência como ser humano e como profissio- nal. Parabéns por este e-book que, generosamente, você dis- ponibiliza gratuitamente. Com Deus, as fontes de bênçãos são inesgotáveis, e Ele terá sempre mais para você. Voe alto, cada vez mais alto! Ana Paula Costa Jornalista, Assessora de Impren- sa e Locutora Pastora voluntária na Igreja Co- munidade Batista, bairro Nova Floresta, Belo Horizonte (MG)
  • 11. 11MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Há quase uma década tra- balho profissionalmente com Comunicação Digital e Mídias Sociais. Desde minha conver- são em 2003, utilizo a Inter- net como fonte de pesquisa e estudos para ampliar meus conhecimentos sobre Deus. Lembro-me de chegar ao trabalho diariamente e buscar por um devocional no Lagoi- nha.com – portal da Igreja Ba- tista da Lagoinha, em BH, da qual sou membro. A estrutura dos sites eram muito diferen- te do que temos nos dias de hoje. Naquela época, poucas igrejas estavam na Internet. Algumas tinham apenas (e ainda tem) uma página mais institucional com uma breve apresentação sobre a igreja, localização e, ainda, dias e horários dos cultos. “Somos e seremos educadores e estudantes durante toda a vida.” (Gil Giardelli.) “Meu povo foi destruído por falta de conhecimento.” (Oséias 4.6 NVI.) INTRODUÇÃO
  • 12. 12 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Os anos foram passando e o fato de estudar Jornalismo e Mídias Sociais para me apro- fundar mais sobre o assunto me despertou para algo: o que a Igreja tem feito com todas estas possibilidades digitais em nossa geração? Refletindo sobre a história de Jesus pude observar que em diversos momentos Ele usou das ferramentas que dispunha naquela época para alcançar as pessoas e levar a mensagem do Reino de Deus. Seja andando sobre as águas, de barco, a pé ou de jumen- to, Ele foi e cumpriu a missão Dele. Mas, e nós? Temos uti- lizado todos os recursos que temos nos dias de hoje para falar do Reino? Sempre estive bastante en- volvida em questões ministe- riais, vi e participei de diver- sos projetos evangelísticos, impactos, vigílias, entre outras atividades. Minha primeira experiência levando a men- sagem do Reino de Deus por meio da Internet foi em 2008 quando com autorização da liderança criei o Blog da Mo- cidade Lagoinha. Comecei a fotografar os cultos e eventos dos jovens e anotar as pa- lavras ministradas. Ali, fazia breves resumos para possi- bilitar àqueles que gostariam de estar fisicamente na igreja e não podiam. Seja por morar em outra cidade/estado/país ou porque não tiveram como ir ao culto naquele dia. Assim, demos a chance para que ou- tros pudessem ter acesso de “um pouquinho” do que rece- bíamos em nossa igreja local. Quando falamos de uso ade- quado das Mídias Sociais, soa como regras de certo e erra- do. Mas, não é puramente isso. A questão é, será que nossas igrejas, ministérios e nós como cristãos temos utilizado cada canal digital com consciên- cia? Você já parou para pensar que a Internet vai muito além do uso pessoal e do entrete- nimento? Você entende por que você, sua igreja ou minis- tério precisam ter um site ou blog? Sabe que é importante produzir conteúdo específico para cada Rede Social? Você sabia que as Redes Sociais possuem características bem diferentes e que o conteúdo errado no lugar errado não terá resultado? Sabia que o número de seguidores e likes não são sinônimos de “suces- so” na Internet? É exatamente por isso que tenho levado esta temática por onde tenho ido por meio de aulas ou palestras. Esta é minha missão, falar do uso
  • 13. 13MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA das Mídias Sociais e do meio digital para e pelas Igrejas. Na importância de termos conhe- cimento da Palavra de Deus e conhecimento técnico para lidar com o meio digital. Des- de então dou aulas sobre isso em três instituições diferentes, em palestras ou com dicas pela Internet. Tenho encontra- do pessoas que entenderam a importância de utilizarmos as ferramentas certas e da maneira correta. Falo da im- portância de encontrarmos o ponto de equilíbrio na vida ON e offline (na Internet e fora dela). Refletirmos sobre a se- gurança pessoal e o excesso de exposição na Internet, bem como, de estratégias de Co- municação para falarmos com eficiência com as pessoas, seja nas Igrejas, seja na Web. Imagino o impacto que os meios de comunicação como o jornal, o rádio, a televisão e a Internet vêm causando na sociedade nas últimas dé- cadas. Costumamos discutir o lado ruim – que é tão im- portante quanto – do uso da Internet, questões como vício em Redes Sociais, pornografia, segurança e exposição em ex- cesso. Mas, além de falarmos sobre isso aqui, que possamos entender que a Internet vai ser boa ou ruim de acordo com o uso que damos a ela. Quando falo de Mídias Sociais na Igreja, não estou apenas incentivando que as igrejas e ministérios estejam na Inter- net. Nem mesmo saiam crian- do perfis em todas as Redes Sociais. Mas sim, refletir sobre o alcance destas ferramen- tas, da eficiência e de como podemos alcançar ainda mais pessoas, além daquelas que temos alcançado em nossas igrejas locais. Muitas vezes pela Internet, sua mensagem irá alcançar alguém que nun- ca pisaria em uma igreja. Já parou para pensar nisso? Eu penso todos os dias. E em nossa responsabilidade de ter algo tão extraordinário nas mãos e que usamos com tão pouco zelo. A ideia de libe- rar um E-book (livro digital) gratuitamente na Internet é justamente compartilhar co- nhecimento, possibilitar este contato, gerar esta reflexão e falar sobre experiências e ferramentas que estão dis- poníveis e muitas vezes não usamos. Espero que este livro enco- raje você e sua igreja local a cumprirem o IDE tanto na Internet como fora dela. Seja ON ou off-line. “Ide, por todo o mundo e pregai o evange- lho a toda criatura.” (Marcos 16.15.) Boa leitura!
  • 14. 14 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração.” (Nelson Mandela.) “E o Senhor Deus disse: Escreva em tábuas a visão que você vai ter, escreva com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade.” (Habacuque 2.2.) A importância da Comunicação CAPÍTULO 1
  • 15. 15MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 1 É a maneira como as pessoas demonstram que gostaram ou não de uma postagem no Facebook. Certa vez, um pastor me procurou para relatar um problema que gerou constran- gimento para a igreja local dele. Após fazer uma pesquisa no Google sobre uma igre- ja evangélica mais próxima da casa dela, uma pessoa se dirigiu ao culto na igreja deste pastor. Ao chegar lá, a igreja estava fechada. Não haveria culto. A questão é que o site da igreja estava desatualiza- do, inclusive, os horários das reuniões. A pessoa, com certeza insatisfeita, virou as costas e foi embora. Provavelmente, nun- ca mais volte lá. O que esta igreja poderia fazer (e fez)? Começou a reestruturar o site dela, começando com a atualização dos dias e horários dos cultos. Parece algo tão básico e trivial, não é mes- mo? Mas, não é. Acontece com mais fre- quência do que pensamos. O mínimo que uma igreja precisa informar no meio digital são os dias e horários de suas reuniões atualizados, endereço e telefone para con- tato. Nesta última década com olhar atento sobre como as igrejas usam a Comunica- ção, percebo que há um certo descaso ao informar o que chamo de básico. Sua igreja tem pessoas cuidando da Co- municação? Contam com um Plano de Comunicação ou realiza ações pontuais para apagar incêndios? Vejo muitos líderes e pastores em busca de uma boa presen- ça nas Redes Sociais, ostentam números de seguidores ou desesperadamente em busca de Likes 1 , sem ter ideia do que isto significa. Mas, por qual razão se quer mui- tos seguidores online se a igreja não tem uma boa estrutura de comunicação local?
  • 16. 16 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Um exemplo prático sobre isso. Existe uma loja, desses grandes magazines que vemos propaganda na televisão dia- riamente e que tem uma ótima presença no meio digital. Para quem acompanha Facebook e Twitter é um dos melhores cases de sucesso. São diverti- dos, informativos, dão ótimos descontos para quem vai com- prar os produtos online. Mas, quando você vai até uma loja física deste grande magazine a coisa é diferente. Os vende- dores são, em sua maioria, mal humorados, mal informados e não têm a mesma “boa vonta- de” para falar com as pessoas assim como o seu correspon- dente digital. Existe uma incoe- rência aí. Como no meio digital o atendimento é tão bom e no ambiente físico é tão ruim? Trazendo este exemplo para o contexto das igrejas. Imagine uma igreja ou ministério que apresenta um lindo trabalho no digital, mas, quando as pessoas chegam até lá para receber algum tipo de suporte encontram pessoas despre- paradas e desinformadas. É muito importante enxergarmos a Comunicação de maneira global. Ela envolve tudo. Des- de as placas de sinalização dentro da igreja, dos banhei- ros, salas etc., passando pela mídia da igreja e até servindo de suporte para projetos mais complexos como um impacto evangelístico ou viagem mis- sionária. E se for preciso impri- mir panfletos? Será necessário a criação de uma arte? Será algo personalizado? São mui- tas as questões que envolvem a Comunicação dentro de um ministério e precisamos estar atentos a elas. Mas, afinal, o que é Comunica- ção? Estes dias li algo interessante. Informar é transmitir a men- sagem sem que haja diálogo. É uma via de mão única. Co- municar é diferente, é quando a mensagem gera troca de ideias, há interatividade en- tre as partes. E convenhamos, comunicar tem tudo a ver com a Era Digital na qual estamos inseridos. É um diálogo que promove crescimento para os lados envolvidos.
  • 17. 17MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA A palavra Comunicação vem do latim Communicare e significa “partilhar algo”, “pôr em comum”. Dentro do processo de Comuni- cação há os seguintes elementos: - Código: conjunto de signos (que podem ser palavras, símbo- los etc.) usados na transmissão e recepção da mensagem. - Canal: o meio por onde circula a mensagem. - Emissor: quem envia a mensagem. - Receptor: aquele que recebe a mensagem. - Ruídos: algo dentro do processo de Comunicação que pode afetar a eficiência do entendimento da mensagem. Pensando desta forma, compreendemos que a Comunicação está relacionada a tudo na vida do ser humano. Seja nos primeiros ges- tos e sons emitidos por um bebê até a publicação de uma posta- gem na Internet. A presença digital das igrejas e ministérios no meio digital tem sido cada dia mais presente, como estratégia de Comunicação. Entre- tanto, será que nossa presença digital tem agregado valor positivo à vida das pessoas? Será que somos mais do mesmo? A presença digital tem que estar alinhada com o posicionamento e postura da igreja com coerência. É preciso ter uma presença online adequada para depois poder atuar no ambiente online com eficiência e como diferencial (GABRIEL, 2010). Uma das intenções deste livro é pontuar que um bom trabalho digital e a eficiência dele só é possível a partir de um bom trabalho de Comunicação. Ou seja, desenvolver um bom Plano de Comuni- cação que envolve: pesquisa, planejamento, produção/execução, monitoramento (acompanhamento), análise dos resultados... e o ciclo se inicia novamente. Teremos um capítulo à frente falando exclusivamente sobre Plano de Comunicação.
  • 18. 18 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “A Internet vai ser boa ou ruim de acordo com o uso que você der a ela.” (Elis Amâncio.) “Pregue a palavra, este- ja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” (2 Timóteo 4.2.) Por que minha igreja precisa estar no meio digital? CAPÍTULO 2
  • 19. 19MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Quando penso na história de Jesus identifico um dos maio- res – se não, o maior – co- municador que já vimos. Com clareza e eficiência levou a mensagem que carregava para as pessoas da geração Dele. O impacto do que ele dizia era tão grande que inspirou os 12 apóstolos (contando com Matias2 e a Igreja Primitiva. Eles foram multiplicadores desta mensagem que chegou para nós nos dias de hoje e vem alcançando o planeta. Nos últimos anos a pergunta que mais ouço por onde pales- tro, em minhas aulas ou mes- mo em minhas Redes Sociais é: “Por que minha igreja precisa estar no meio digital?” A ques- tão é que independente de sua igreja ou ministério estarem ou não no meio digital, não signifi- ca que as pessoas não estejam falando sobre ela lá. A resposta não é tão simples, mas, de fácil explicação ao ler Marcos 16.15 que diz: “Então ele disse: — Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.” Olhando para os dias de hoje o “vão pelo mun- do inteiro” fica ainda mais pos- sível considerando o alcance da Internet. As diferentes maneiras para se comunicar com texto, áudio, vídeo, fotos e toda espécie de conteúdo multimídia podem ser produ- zidos e disponibilizados para as pessoas com a mensagem do Reino. Podemos levar a mensagem do Evangelho não apenas para as pessoas que passam por nós no dia-a-dia. Mas, para milhares de pessoas online em todo o mundo.  Um ponto importan- te para quem está começando ou até já está no meio digital é entender que a Internet é moralmente neutra, ou seja, vai ser boa ou ruim, de- pendendo do uso que damos para ela. É preciso sabedoria, discernimento e estratégia para se comunicar virtualmen- te. Entretanto, fugir de algu- mas armadilhas também é essencial, como a pornografia, discussões vãs e propagação de informações falsas, sem o menor cuidado de checar a veracidade da postagem. Além disso, temos visto pessoas que se denominam cristãs entrando em discussões vãs sobre dou- trinas, religião, futebol, política, entre outros temas. Sempre me faço a pergunta: “Jesus publicaria isso em meu lugar?” E posso testemunhar que muitas vezes deixei de postar algo por ter o entendi- mento que Jesus Cristo não agiria desta forma. O objetivo deste e-book não é ser um manual de certo 2 Atos 1.26 “JESUS PUBLICARIA ISSO EM MEU LUGAR?”
  • 20. 20 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA ou errado. Nem mesmo uma receita de bolo no estilo “como ter sucesso nas Mídias Sociais”. A ideia deste trabalho é gerar o uso consciente do meio digital pelas igrejas e ministérios com algumas dicas, reflexões e sugestões de uso de ferramentas. O nosso testemunho como Corpo de Cristo ON e Offline precisa e pode melhorar. É pensar que a mensagem do Reino de Deus ultrapassa os limites de lo- calização e geografia e pode alcançar o mundo todo. Imagine a seguinte cena: um cidadão qualquer passa em frente a uma igreja evangélica com sua família. Ao chegar em casa, sente vontade de pes- quisar no Google para saber mais sobre aquela instituição, saber que tipo de fé ela pro- clama, horários das reuniões etc. Mas, ao fazer a pesquisa, a pessoa descobre que aquela igreja tem apenas uma pági- na no Facebook. Ao entrar na página, ele encontra como foto de perfil da igreja, uma foto do pastor, ao lado de sua esposa e suas filhas, na praia. Detalhe, usando roupas de banho. Eu mesma, Elis, encontrei uma página assim na Internet. E as- sim como esta, tantas e tantas outras igrejas, ministérios, pas- tores, líderes, ministros, e gente como a gente, como eu e você, têm errado no meio digital – errando, errando feio, errando rude. A questão aqui, nem é exatamente sobre a vestimen- ta da família, mas, o contexto. Na página da igreja deveria ter apenas imagens institucionais, ou seja, a logomarca da igreja, a foto da igreja, e não a foto das férias dos atuais pastores. Faço pesquisas sobre igrejas e ministérios nos meios digitais há bastante tempo. Sempre encontro estas “preciosidades”. E para não expor ninguém, não coloquei as telas que tenho en- contrado, aqui no livro digital. E o que percebo nas buscas que faço é a falta de conhecimento e orientação para o uso cons- ciente das Redes Sociais. Lem- bro-me da história do povo de Israel, quando Deus disse que o povo sofria porque lhes falta- va conhecimento (Oséias 4.6)? Sinto que temos vivido algo parecido. Falta tanto conhe- cimento da Palavra de Deus como conhecimento técnico para lidar com as ferramentas que a igreja tem disponíveis nos dias de hoje. Os números sobre o meio digi- tal são impressionantes, quase metade da população mundial acessa a Internet de alguma maneira. No Brasil, mais da me- tade da população está online. Falamos aqui não de estatísticas, mas de pessoas a serem alcan- çadas pela mensagem da cruz. “FALTATANTO CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS COMO CONHECIMENTO TÉCNICO PARA LIDAR COM AS FERRAMENTAS QUE A IGREJATEM DISPONÍVEIS NOS DIAS DE HOJE”.
  • 21. 21MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Mundo:..............................................7,4 bilhões de habitantes (PRB – maio/2016). Mundo na Internet:........3,2 bilhões de pessoas (PNUD – 2015). Brasil:..................................................205 milhões de habitantes (IBGE – maio/2016). Brasil na Internet:............105 milhões (IBGE – setembro/2014).
  • 22. 22 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 2 Dados divulgados pela Nielsen: http://bit.ly/1sWzYRh Em eventos sobre Marketing Di- gital sempre ouço que o Brasil é um dos campeões no acesso a conteúdo pornográfico digital. E fico me perguntando: o que a igreja tem feito sobre isso? Não se iluda, estamos falando de mais da metade do Brasil que acessa a Internet. Como Igreja do Senhor, pouco temos feito para alcançar estas pes- soas pelo meio digital. Estamos falando de almas, não de nú- meros. Temos a responsabili- dade de pregar para todos. A tempo e fora de tempo. Uma pesquisa sobre o tem- po que as pessoas gastam na Internet no Brasil, desenvolvida pela ComScore e divulgada na Próxxima, mostram o compor- tamento dos brasileiros (http:// bit.ly/1PtwWLo). São mais de 9 horas conectados nas Redes Sociais por dia! A idade dos brasileiros online de acordo com a pesquisa tam- bém é bem variável: Menos de 15 anos..................................17% 15-24 anos......................................................22,4% 25-34 anos......................................................23,2% 35-44 anos.....................................................20,9% 45-54 anos......................................................11,6% Mais de 44 anos......................................4,9% Um dos grandes motivos para a intensa presença digital das pessoas é o acesso à Internet por meio dos smartphones e ta- blets. Os brasileiros com acesso à Internet chegou à 76,1 mi- lhões em 2015, segundo dados divulgados pela Nielsen. 3
  • 23. 23MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Quando você vai para um restaurante, fes- ta de família ou mesmo nas igrejas, vemos muitas crianças com suas babás virtuais (os smartphones) que reproduzem vídeos do YouTube ou joguinhos para distraírem os pequenos. Isso quer dizer que estes gráficos de acesso por idade podem va- riar um pouco mais. E vem para nós como Igreja o desafio: o que nós temos deixado no meio digital para estas pessoas? Você conhece algum projeto legal cristão para alcançar crianças, adolescentes, adultos ou mesmo as pessoas idosas na Internet? Será que temos desenvolvido projetos cristãos online para edificação, seja de crianças, adolescentes, adultos ou idosos? O Brasil é o país que mais gasta tempo nas Redes Sociais, com mais de 60% a mais que o restante do planeta. À frente de Filipinas, Tailândia, Colômbia e Peru. Não é por acaso que Google, Facebook, Twitter, LinkedIn, Pinterest e outras Re- des Sociais estão com escritórios ativos no Brasil. De acordo com uma pesquisa divulgada pela ComScore (maio/2014) o tempo gasto no Brasil acessando o Facebook é mais que a soma do tempo gasto pela Argentina e México juntos em toda a Internet.
  • 24. 24 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA PARA REFLETIR: - O que nós como igreja temos feito em relação a estes números? - Será que temos nos preocupado com a maneira e com o conteúdo que temos publicado no meio digital? - Será que a mensagem que compartilhamos nas Redes Sociais edificam? - Temos preparado estratégias para alcançar pessoas no meio digital com eficiência? Temo dizer que em sua maioria, as igrejas, lideranças e membros não pensam muito sobre isso. Vejo instituições mais preocupadas em denegrir o uso da ferramenta ao invés de orientar o bom uso dela.
  • 25. 25MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Gosto muito desta montagem ao lado. Ela mostra a Praça São Pedro (Vaticano/Itália) em dois momentos históricos recentes. Na foto de 2005 a imagem registra as pessoas no Vaticano na morte do Papa João Paulo II. Observamos que não há câmeras fotográficas, celulares e nem tablets. Na segunda foto, em 2013, é a eleição em que o Papa Francisco foi eleito. O mesmo cenário, oito anos de diferença, e vemos o impacto do acesso à tecnologia na vida das pessoas. Migramos para a Era das Telas. A era em que usamos dispositivos móveis para fazer fotos ou vídeos. Isso não é pouco.
  • 26. 26 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Vivemos hoje paradigmas da tecnologia, falamos de etiqueta digital, netiqueta, certo ou errado... Mas, acredito que precisamos ir além de discutir sobre o uso de equipamentos eletrônicos, usar ou não Bíblia no celular dentro das igrejas. Usar ou não Rede Social. É de Deus ou não é? E mais uma vez volto ao ponto de que a Internet é neutra. Ela vai ser boa ou ruim de acordo com o uso que damos a ela. E convenhamos. Temos usado mal e pouco para o Reino de Deus. Em minhas aulas sempre pergunto aos alunos qual foi a última vez que viram um pôr-do-sol sem tirar foto dele. Apenas contemplando o momento e se maravilhando com o espetáculo. Só ouço as risadinhas e os “iiiiiiis”. Na verdade, temos sido estimulados pelo fácil acesso à tecnologia e a exposição das Redes Sociais a tirar foto, fazer vídeo e postar tudo, inclusive, opinião sobre tudo. Imagem: Reprodução da Internet
  • 27. 27MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA A Internet e a tecnologia podem nos servir como entretenimento e trabalho, mas, estou aqui para encorajar a igreja a encarar como missão. Os números (almas) estão aí, cada vez maiores e precisando cada vez mais da mensagem de Jesus. O meu objetivo é que você já saia deste capítulo entendendo que não podemos continuar usando as Mídias Sociais sem ter em mente o motivo para isso. Precisamos fazer o uso consciente delas. Sermos estratégicos para alcançar mais e mais pessoas com a mensagem do Reino de Deus na Internet e fora dela. Você está vivendo o momento ou fotografando o momento? Foto: Boston Globe/ Getty Images
  • 28. 28 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “Não temos como escolher estar ou não nas Redes Sociais, a questão agora é como estaremos.” (Erik Qualman.) “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.” (2 Coríntios 5.20 NVI.) | Plano de Comunicação | Estrutura e Insights CAPÍTULO 3
  • 29. 29MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Um dos desafios das igrejas é o mesmo de micro e peque- nas empresas: desenvolver algo técnico diante da realida- de de não ter como contratar um profissional da área para desenvolver um projeto. O que as igrejas podem fazer diante da necessidade de implantar processos de Comunicação? Invistam em conhecimento técnico. Incentive a equipe (ou “eu”quipe, como costumo brincar) a servir com excelên- cia, seriedade e compromis- so. Sermos cristãos e falar do Reino de Deus livremente é um privilégio que muitos de nossos irmãos não possuem na Igreja Perseguida. Com boa vontade e ânimo é possível sim, progredir nesta área. Seja com apoio de profis- sionais, voluntários, líderes ou interessados no assunto. Exis- tem diversos e-books (livros digitais) gratuitos sobre Co- municação e Marketing Digital. Vale a pena gastar um tempi- nho no Google e no YouTube garimpando conteúdo que gere qualificação técnica para nós em nossas igrejas. Sem- pre que encontro conteúdo relevante compartilho em meu Instagram (@elis_amancio) e em meu Blog. Sugiro que antes de investir em cursos de alto custo na área, pesquise bastante, co- nheça mais sobre a temática que deseja se aprofundar. Pesquise um pouco mais, es- gote as possibilidades gratui- tas e invista apenas em cursos de profissionais que tenham reconhecimento no mercado. Como estruturar um Plano de Comunicação e Marketing Digital? É preciso bastante pesquisa, estudos, reuniões e organização. Reúna a liderança da igreja/ ministério e entenda que tipo de imagem está construindo, que mensagem carrega e quem espera alcançar (público). Fazer o diagnóstico da marca, entender onde estão e onde querem chegar. “VALE A PENA GASTAR UM TEMPINHO NO GOOGLE E NO YOUTUBE GARIMPANDO CONTEÚDO”
  • 30. 30 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Lendo sobre como criar um Plano de Comunicação, en- contrei alguns pontos interes- santes que podem ajudar: - O Plano de Comunica- ção nasce a partir da visão da igreja. Sabe aquela missão, visão e valores que vemos há tantos anos nas empresas? Elas nor- teiam os projetos e deve- riam nos nortear também. Sente com sua equipe ou (eu)quipe, como costumo brincar, e coloque no pa- pel (no computador). - Pontue quem é o seu público-alvo, ou seja, quem são as pessoas que pretende alcançar? Visitantes, a vizinhança, membros, funcionários, voluntários, fornecedo- res, liderança etc.. Cada ação tem o público-alvo e é preciso se comunicar de maneira que cada um deles compreenda a men- sagem. Não é tudo igual para todos. - Tenha claro quais são os objetivos que pretende alcançar. Lembre que o Plano de Comunicação é um documento que servi- rá de orientação para toda sua equipe. Não apenas para a equipe de Comu- nicação. Será auxiliar para suas lideranças, pastores, obreiros, voluntários. - Veja o que outras igrejas que inspiram o seu traba- lho estão desenvolvendo. Não significa que você irá copiar e muito menos que precisa ser igual. É preciso compreender que buscar referências possibilita criar uma maneira personaliza- da para a visão de vocês. No ambiente corporativo chamamos esta estratégia de Benchmarking. - Defina as ações que irão desenvolver. É o momen- to de colocar no “papel” o que vai ser desenvolvido e por quem. Coloque as ações globais e as espe- cíficas. Minha sugestão é categorizar, por exem- plo: Ministério de Jovens, Ministério de Mulheres, Secretaria, Liderança e por aí vai. Não se esqueça de pontuar quais são os re- sultados esperados. Para isso é importante estabe- lecer quais são os índices esperados que compro- vem isso. Nós chamamos no meio corporativo de KPIs (Key Performance Indicator). - Crie a linha editorial, ou seja, tenha claro quais temas a instituição preten- de abordar em seus ca- “TENHA CLARO QUAIS SÃO OS OBJETIVOS QUE PRETENDE ALCANÇAR”
  • 31. 31MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA nais digitais. Por exemplo: agenda anual de eventos, versículos bíblicos, vídeos testemunhais ou mesmo testemunhos em texto, fotos, artes, divulgação da agenda dos cultos, da- tas comemorativas. Esse ponto é muito importante, pois, algumas igrejas e ministérios perdem o tom quando resolvem abor- dar em seus canais temas que não estavam na linha editorial. Correm o risco de expor a marca para situações de Crise. Como assuntos sobre política, esportes/futebol, entre- tenimento e humor etc. Independente do que a igreja opte por tema nas postagens é preciso ter o entendimento que não está ofendendo e nem sendo agressivo com o público. - Coloque sobre o or- çamento disponível para cada área. - Faça um cronograma para que as ações não fi- quem perdidas no tempo. - Encontre ferramentas que sejam úteis para de- senvolver as atividades. Se sua instituição pode con- tar com profissionais da área como jornalistas, publicitários, relações públicas, marketing, design, fotografia, entre outros, que ótimo! A Comunicação é cada vez mais multidisciplinar! Aproveite para fazer e imple- mentar este plano de Comuni- cação o quanto antes. Existem várias ferramentas de produtividade disponíveis online, algumas delas gratuitas, que podem auxiliar o trabalho da equipe e permitir ao líder da Comunicação o acompa- nhamento do trabalho desen- volvido por cada membro da equipe. Algumas ferramentas – maio- ria com versão paga e gratuita:  Evernote: aplicativo de produtividade.  Google Apps for Work: pacote de ferramentas Google para diversos tipos de geren- ciamento.  Mindmeister: produz mapas mentais online e pode ajudar amplamente na criação e organização da instituição.  Moovia: plataforma para gerenciamento de projetos.  Project Builder: software para gerenciamento de proje- tos.  Rescue Time: monitora o tempo gasto em acessos emi- tindo alertas.  Trello: organizador online que pode ser compartilhado em equipe.  Wunderlist: organizador de tarefas. Encontrei na Internet um e-book interessante falando sobre como Criar um Plano de Comunicação. Espero que ajude você. [ http://bit.ly/1Ticroj]
  • 32. 32 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.” (Albert Einstein.) “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12.2.) Marketing Digital CAPÍTULO 4
  • 33. 33MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA O Marketing vem passando por variações significativas nos últimos anos e vem se adequando às necessidades do público e de mercado. O público muda, o marke- ting muda (GABRIEL, 2010). Ele está cada vez mais próximo das pessoas ofe- recendo soluções e resolu- ções de problemas, do que simplesmente vendendo e gerando lucro. Uma das mais conhecidas definições tradicionais do Marketing é assinada pelo renomado autor Philip Kotler (2005): “O marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e proporcionar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com rentabilidade. O marketing identifica necessidades e desejos insatisfeitos. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o seu potencial de lucro. Identifica com precisão quais segmentos a empresa tem capacidade de servir melhor, além de projetar e promover os produtos e ser- viços adequados.” O autor do livro “A Bíblia do Marketing Digital”, Cláudio Torres, define Marketing Digital como o conjunto de estratégias de Marketing para atingir objetivos de uma pessoa, marca ou organização, aplicadas à Internet e de- mais meios digitais. Temos visto a evolução do Marketing assim como temos visto a evolução tecnológica nas últimas décadas. O foco saiu das vendas e produtos para as pes- soas, é o chamado Marketing 3.0. No livro “Marketing na era Digital” da autora Martha Gabriel, ela aborda conceitos e temas tradicionais do Marketing e suas atualizações para o meio digital. “Cada público requer uma estratégia específica, um plano de marketing específico, pois normalmente os objetivos com cada tipo de público são diferentes, bem como suas necessidades e produtos que lhes atendem” (GABRIEL, 2010). “CADA PÚBLICO REQUER UMA ESTRATÉGIA ESPECÍFICA”.
  • 34. 34 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Tabela 1.1 Comparação entre Marketing 1.0, 2.0 e 3.0 Marketing 1.0 Marketing centrado no produto Marketing 2.0 Marketing voltado para o consumidor Marketing 3.0 Marketing voltado para os valores Objetivo Vender produtos Satisfazer e reter os consumidores Fazer do mundo um lugar melhor Forças propulsoras Revolução Industrial Tecnologia da informação Nova onda de tecnologia Como as empresas veem o mercado Compradores de massa, com necessidades físicas Consumidor inteligente, dotado de coração e mente Ser humano pleno, com coração, mente e espírito Conceito de marketing Desenvolvimento de produto Diferenciação Valores Diretrizes de marketing da empresa Especificação do produto Posicionamento do produto e da empresa Missão, visão e valores da empresa Proposição de valor Funcional Funcional e emocional Funcional, emocional e espiritual Interação com consumidores Transação do tipo um-para-um Relacionamento um-para-um Colaboração um-para-muitos
  • 35. 35MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Qual a importância do Marketing para as igrejas? Analisando estratégias de Marketing podemos buscar, estudar, pesquisar e compreender mais profundamente as necessidades das pessoas. Trazendo isso para nossas equipes de Comunicação e lideranças, podemos produzir conteúdos mais assertivos: pregações, vídeos, textos, devocionais e artes direcionadas às reais necessidades das pessoas. O Brasil está em crise? Por que não destacar histórias bíblicas que falam sobre crise e superação e apresentá-la para as pessoas? Escreva um devocional sobre o tema, faça um vídeo, crie uma arte. Motive pessoas.
  • 36. 36 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
  • 37. 37MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Este infográfico acima é uma adaptação da Pirâmide de Maslow que fala sobre a hierar- quia das necessidades básicas do ser humano. Na imagem acima, temos uma adaptação que inclui as Mídias Sociais relacionadas às necessidades identificadas no estudo. No mínimo é uma boa reflexão de como o meio digital está relacionado diretamente com nosso dia-a-dia off-line. Não estamos nas igrejas para vender produtos e serviços, mas, estamos em busca de levar a mensagem do Reino de Deus com mais eficiência. E convenhamos, quando nos- so discurso está alinhado com a necessidade das pessoas, aumentamos a chance de que alcance ainda mais gente. Por exemplo: Quando uma igreja oferece suporte para mulheres com gravidez indesejada e se prepara para receber estas jo- vens, está de fato trabalhando a eficiência da mensagem do Reino em conformidade com a necessidade destas mulhe- res. É possível fazer um traba- lho completo de prevenção e remediação. Ter uma linha de trabalho com orientações às mulheres sobre questões rela- cionadas à gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Como, trabalhar na remedia- ção imediata de mulheres em situação de risco e gravidez indesejada. Muitas vezes a sociedade apenas recrimina, mas, a igreja pode ser suporte para orientação especializada (médico, psicólogo, pré-natal, enxoval, recolocação profis- sional, suporte espiritual). Sem pensar sobre isso, a igreja tem utilizado estratégias de Marke- ting para alcançar as pessoas com a mensagem de amor de Jesus. O resultado são vidas alcançadas e transformadas. E isso não é pouco. A Comunicação nas Igrejas tem esse papel de pensar ações e estratégias junto às lideranças e ministérios. A estrutura do Ministério de Comunicação e Marketing pode trazer resul- tados excelentes para a igreja
  • 38. 38 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA como um todo. Seja na divulgação das ações da igreja a fim de inspi- rar outras pessoas e despertar no- vos integrantes para os projetos. Na organização de eventos e impactos – das mais variáveis formas – evan- gelísticos. Ou ainda, no acolhimento de pessoas na igreja e nos ministérios com ainda mais excelência. Como descrito no capítulo anterior, a Co- municação das igrejas é cada vez mais multidisciplinar. O background de cada membro será essencial na implementação das ações. Seria quase impossível esgotar o tema Marketing Digital neste e-book. Entretanto, nas Referências ao final deste e-book estão vários livros e links interessantes para conhecer e aprofundar seus conhecimentos sobre Marketing Digital. Invista tempo em conhecimento. Mas, não apenas isso, compartilhe conhecimento!
  • 39. 39MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “A revolução digital é irreversível, assim como foi a chegada da eletricidade.” (Martha Gabriel.) “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.” (Hebreus 4.12.) Mídias Sociais e Redes Sociais CAPÍTULO 5
  • 40. 40 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA É impossível dar continuidade neste livro sem diferenciar dois termos bastante confundidos, Mídias Sociais e Redes Sociais. Eles não são sinônimos, são termos que possuem significados distintos. Para facilitar o entendimento, gosto da definição de Roberto A. Loureiro que encontrei há alguns anos na Internet: “Eu vejo as redes sociais como relacionamen- to e as mídias sociais como um veículo.” Gosto de dizer que as Mídias Sociais são o meio de compartilhamento enquanto as Redes Sociais representam a interação em si. Mídias Sociais – De fato, as Mídias So- ciais4 são ferramentas ou sistemas online que possibilitam a interação por meio de compartilhamento. Uma segunda definição escrita por An- dreas Kaplan e Michael Haenlein diz que as mídias sociais são um grupo de apli- cações para a Internet construídas com base nos fundamentos ideológicos e tec- nológicos da Web 2.0, e que permitem a criação e troca de Conteúdo Gerado pelo Usuário. Temos uma infinidade de Mídias Sociais e categorias dentro dela como no prisma de Social Media do Ethority. É interessan- te pensar que novas Mídias Sociais sur- gem e acabam frequentemente. Alguns exemplos: - Fóruns de discussão: Yahoo Res- postas. - Emails. - Referência: Wikipédia. - Publicações editoriais: blogs. - Redes Sociais: Facebook, Twitter, Instagram. - Compartilhamento de vídeos: You- Tube, Vimeo. - Streaming: Deezer, Spotify, Netflix. - Compartilhamento de fotos: Flickr. - Jogos. - Etc. 4 Wikipédia: http://bit.ly/1UngCNR
  • 42. 42 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 5 Wikipédia: http://bit.ly/1Vp3wlz Redes Sociais – São redes de relacionamento em diversas esferas: família, escola, faculdade, trabalho, igreja. E o termo que vem da sociologia foi adotado para representar as interações online por meio das Redes Sociais Digitais, que é o ter- mo mais recente. Redes Sociais são estruturas sociais que existem desde a antiguidade e vêm se tornan- do mais abrangentes e com- plexas devido à evolução das tecnologias de comunicação e informação... Redes Sociais têm a ver com pessoas, rela- cionamento entre pessoas, e não com tecnologias e com- putadores. (GABRIEL, 2010). É uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns5 . É interessante entender que por mais amigos que tenhamos no meio digital, há pesquisas que indicam que a interação em número nas Redes Sociais segue a mes- ma lógica do off-line. Segun- do o psicólogo e antropólogo Robert Dunbar, em entrevista à Times On-line (2010), “o interessante é que você pode ter 1.500 amigos, mas quan- do você realmente observa o tráfego nos sites, você vê que as pessoas mantêm o mesmo círculo íntimo de 150 pessoas que nós observamos no mundo real”. Conhecemos várias Redes Sociais como: Facebook, Ins- tagram, LinkedIn, Pinterest, Twitter, YouTube e por aí vai. É como sempre digo, nós e nossas igrejas não precisa- mos estar em todas as Redes Sociais. Na verdade, preci- samos entender COM QUEM queremos falar e ONDE estas pessoas ESTÃO. Muitos erram ao criar perfis em todas as Redes Sociais sem qualquer estratégia. E não adianta dizer que tem perfil em Rede Social se elas não são atualizadas periodicamente, dificilmente terá bons resultados nelas. O SocialMedia – Ser um SocialMedia não é apenas ser um heavy user de Mídias Sociais. Saber “muito” so- bre Facebook, Instagram ou Snapchat ajuda, mas, é só a ponta do iceberg. ÁREAS: Tenha claro que para trabalhar com Mídias Sociais há diferentes “MUITOS ERRAM AO CRIAR PERFIS EM TODAS AS REDES SOCIAIS SEM QUALQUER ESTRATÉGIA.
  • 43. 43MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA segmentações dentro da área: Planejamento, Gestão de Conteúdo/Criação, Men- suração, Monitoramento, Ads (publicidade) etc.. Geralmente o profissional se identifica mais com uma área e vai trabalhar nela. Mas, é importante conhecer como cada uma delas funciona. Ajudará não apenas no tra- balho em equipe, mas, nos resultados. 2º) Por onde começar? Estu- de, pesquise e aprenda con- ceitos básicos, como saber diferenciar Mídias Sociais de Redes Sociais, como vimos acima. Inclusive, ANTES de pagar caro por um curso. O YouTube tem grande acervo de palestras e aulas, tanto gerais como específicas para quem quer trabalhar no meio digital. Alguns canais legais por lá: Rock Content, Ges- tor do Marketing, Escola do Marketing Digital, Campus Party Brasil, TEDx. E nomes como Martha Gabriel, Gil Giar- delli, Ana Brambilla, Raquel Camargo, entre outros profis- sionais feras. 3º) Nas Mídias Sociais as produções/postagens são MUITO IMPORTANTES. Vamos falar mais sobre isso no capí- tulo sobre Conteúdo. Saber o que vai dizer e como vai apre- sentar. Para isso o cuidado com texto, material multimídia e artes/fotos são primordiais. Nem sempre uma arte pro- duzida em um aplicativo no celular vai ter o alcance que teria se tivesse sido desenvol- vida por um designer. 4º) Elis, não tenho grana para contratar um designer, um SocialMedia para cuidar das Mídias Sociais da minha insti- tuição/marca. Como eu faço? Minha dica é: releia o 2º item. Comecei a trabalhar com Mí- dias Sociais profissionalmente no Orkut. Ali precisei desen- volver habilidades que não ti- nha, muita pesquisa, horas de vídeos e palestras assistidas. Trabalhar com Mídias Sociais é pensar a médio e longo pra- zo. Não espere resultados rá- pidos, mas, se começar hoje, daqui a 90 dias já terá ótimos resultados. #DicasdaElis – O site canva. com é sensacional. Nele você consegue criar gratuitamente artes, infográficos, cartazes, materiais editoriais como livros e revistas e uma infinidade de outros materiais. O cadastro é gratuito e há versão em Portu- guês. Fala sério =) não temos desculpas para não fazer.
  • 44. 44 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Também indico alguns apli- cativos para edições rápidas de Cards e Fotos no celular: Typic, Typorama, Phoster, Pho- toGrid (coloca marca d’água gratuitamente😁).  O SocialMedia não é apenas um redator, mas, a pessoa que pensa o conteúdo multimídia para a Internet para alcançar o público com eficiência. O So- cialMedia, precisa ser alguém com visão ampla da Internet. Conhecer os principais canais digitais, saber produzir bom conteúdo, conhecer ferramen- tas analíticas para um bom diagnóstico da marca. Ter vi- são estratégica para melhorar a presença online, em nosso caso neste livro, das igrejas. Mesmo que o SocialMedia ou Analista de Mídias Sociais se especialize em uma destas áreas é importante que enten- da como todas as outras fun- cionam para que suas ações sejam eficazes. As Redes Sociais podem ser algo a mais na história da sua igreja. Estar no meio digital não quer dizer que iremos priorizar o on ou o off-line, mas, utilizá-lo com inteligência complementando o trabalho que é feito pela instituição. Entenda que os canais digi- tais são um dos meios para alcançar mais pessoas e levar ações coerentes que o mi- nistério exerce off-line. É do off para o on, do on para off, sempre se complementando. As interações tela a tela não substituem as interações olho no olho. Precisamos aprender a levar a conversa do on-line para o off-line e do off para o on, como um complemento do trabalho ministerial. Os canais digitais mais aces- sados no Brasil de acordo com pesquisa da Conecta6 : 6 Acesso em maio/2016 via LinkedIn: http://conecta-i.com/ “AS REDES SOCIAIS PODEM SER ALGO A MAIS NA HISTÓRIA DA SUA IGREJA”
  • 46. 46 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 7 https://pt.wikipedia.org/wiki/Graphics_Interchange_Format 8 http://www.mailchimp.com/ Pode parecer óbvio, mas necessário registrar, para trabalhar com Redes Sociais é preciso entender o que elas são e quais características elas tem. Muita gente confunde o trabalho eficiente no digital com compartilhar a mesma mensagem idêntica em todas as Redes Sociais. E na verdade, cada um tem características muito próprias e precisamos considerá-las ao produzir conteúdo. A ideia deste capítulo não é esgotar todas as possibilidades de cada canal, até porque, estão em constante evolução, mas, apresentar algumas de suas possibilidades. Blog – Os blogs são canais de compartilhamento de conteúdo, em sua maioria, segmentados, ou seja, blogs de nichos. Existem blogs especializados em temas como: música – dentro de música: sertanejo, gospel, funk, pagode etc.; filmes; seriados; livros, empreendedorismo; marketing digital; comunicação; esportes; entretenimento e por aí vai. Muito mais do que costumamos a ver no Jornalismo com suas editorias: Política, Cultura, Economia, Cidades, Esportes, Ciência etc. Os blogs trazem conteúdo rico e abrangente. Dentro do nosso segmento cristão vale a pena pesquisar por temas do nosso interesse, existem diversas especialidades. Um dos canais de blogs mais acessados do mundo é o Tumblr que oferece uma plataforma interativa que valoriza imagens como fotos, vídeos e gifs2 . No Marketing Digital fala-se da importância de manter um blog online e atualizado para uma marca. Pois, o conteúdo publicado facilita que ela seja encontrada em buscadores como o Google. O blog e o site podem ser estes canais catalizadores da presença digital e que direcionam para outros meios como as Redes Sociais. Uma pergunta comum é como trazer audiência para o site/blog? - Divulgando nas Redes Sociais. - E-mail marketing (ferramentas como MailChimp8 são eficientes). - Estratégias de SEO (Search Engine Optmization) que são um conjunto de boas práticas para facilitar que a marca seja encontrada na Internet.
  • 47. 47MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Facebook – A Rede Social mais acessada no mundo foi fundada em 4 de fevereiro de 2004, nos Estados Unidos. Em novembro/2015 contava com 1,5 bilhões de usuários segundo divulgou Mark Zuckerberg, co-fundador da Rede. O Facebook também é a Rede Social mais acessada no Brasil e é para nossas igrejas e ministérios um canal extremamente importante para divulgações e interação virtual.
  • 48. 48 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Lembre-se que marcas e pes- soas públicas devem ter uma Página (fanpage) na Rede Social e não perfis. Este é um engano muito comum. Leve com você um exemplo que vivi: certa vez uma lavanderia me enviou convite para ser minha “amiga” no Facebook. A reflexão é simples. Como eu, Elis, posso ser amiga de uma lavanderia? Realmente, não é possível, eu posso ser uma seguidora dela, mas, não faz sentido real ser amiga de uma empresa em um perfil para ter amigos. O Facebook oferece alguns aplicativos que podem facilitar a vida de quem administra a Rede Social na Internet: Men- tions, Messenger, Páginas e Negócios. Facebook Live: O Facebook liberou recentemente para que todos os usuários e pági- nas da Rede consigam fazer transmissões ao vivo. Invista nisso. Os vídeos geram grande alcance orgânico (não pago) na Rede e pode atrair pessoas que tenham interesse nos te- mas que você compartilha. Eventos: Crie eventos na Pági- na de sua igreja ou ministério para potencializar suas divul- gações. Perceba que ao criar eventos para as programações locais os próprios usuários começam a convidar outros para participar. É o boca-a- -boca que conhecemos, mas, adaptado para o meio digital. Não perca a oportunidade de divulgar gratuitamente no Facebook. Postagens orgânicas e Pos- tagens Pagas: No Facebook temos postagens orgânicas e pagas. As orgânicas são aque- las que não pagamos e que alcançam as pessoas intui- tivamente. O Facebook tem algorítimos que apresentam algumas postagens mais que outras considerando interação: likes, comentários e compar- tilhamentos. As publicações pagas, vistas como “impulsio- nar” podem ser administradas pelo link do Gerenciador de Anúncios do Facebook ou no aplicativo Negócios. É possí- vel divulgar uma postagem para públicos bem definidos e segmentados. O Facebook tem uma infinidade de planos que podem ser pagos por meio de cartão de crédito e boleto ban- cário. Esta área de anúncios do Facebook tem sido tema de diversos cursos e palestras online. Pesquise sobre isso no YouTube. Vale a pena. Agendamento: As Páginas no Facebook oferecem a função “Programar”. Ou seja, você não está online o tempo todo. Se- pare um dia da semana para programar seus posts.
  • 49. 49MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Flickr – É um site de compartilhamento e hospedagem de fotos gratuito que é bastante usado por fotógrafos e profissionais de comunicação. Criado em fevereiro de 2004, no Canadá, tornou-se um dos mais conhecidos sites relacionados à fotografia do mundo.
  • 50. 50 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Google + (Google Plus) – É uma Rede Social lançada pelo Google em junho de 2011. Ela agrega os serviços Google e melhora o rankeamento no buscador para quem usa o canal com frequência. Oferece o serviço conhecido como Hangout que permite transmissões ao vivo no YouTube com até 10 participantes. Em ascensão nos Estados Unidos é uma Rede sem muita relevância entre os internautas brasileiros.
  • 51. 51MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Instagram – Lançado em outubro de 2010, o Instagram é a mais famosa Rede Social de fotografia, que também compar- tilha vídeos de até um minuto atualmente. Em novembro de 2015, Zuckerberg divul- gou que a Rede acumulava mais de 400 milhões de usuários.
  • 52. 52 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 9 Um meme de Internet que significa: falso/fake. O Instagram é uma das Redes Sociais mais usadas no Brasil. Tem sido amplamente utili- zada por igrejas e ministérios divulgando cultos, mensagens e eventos. Uma característica importante desta Rede Social é o uso de até 30 hashtags por posta- gens. É importante ter hash- tags próprias da marca/mi- nistério, mas, também usar as tags identificando os assuntos e temas relacionados às pos- tagens. #DicasdaElis – Não aconselho o uso de aplicativos e ações que visam aumentar o número de seguidores pagando algum valor. Nem no Instagram e nem em nenhuma outra Rede Social. A importância do cres- cimento de seguidores orga- nicamente está diretamente ligado à qualidade da sua base de fãs. Ou seja, você terá seguidores reais e de pessoas que realmente se interessam pelos temas que você com- partilha. Não adianta ter se- guidores Xing Ling9 como já ouvimos e vemos por aí. É fácil identificar perfis que compram seguidores, geralmente o número de curtidas e comentários não correspondem à grandeza do número de seguidores. Sério, não vale a pena. Que você tenha 100 seguidores, mas, que sejam pessoas reais e que se interessam pelos assuntos que você compartilha. O Instagram possui outros dois aplicativos que podem tornar suas publicações ainda mais interessantes. Vale a pena tes- tar: Boomerang e Layout.
  • 53. 53MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA LinkedIn – O LinkedIn é uma Rede Social de negócios lançada em maio de 2003. Ao contrário do que muitos pensam, ela não é uma mídia social de currículos online. O objetivo do LinkedIn é promover negócios online. Daí a interação entre pessoas e empresas, páginas de corporações e a ferramenta mais recentemente lançada, o Pulse, que torna o LinkedIn um canal de compartilhamento de textos informativos, no melhor estilo blog de ser. A Tatti Maeda que é indicada ao final deste livro digital é uma das pessoas que mais curto seguir no Pulse. Ela compartilha textos sobre a experiência profissional dela no Marketing Digital, reflexões e dicas práticas para o dia- a-dia profissional e também para a vida pessoal. Já me vi repensando a vida e a profissão diversas vezes com os textos dela. Está vendo? O LinkedIn é muito mais que o “lugar onde se coloca o currículo na Internet”.
  • 54. 54 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Periscope – É uma mídia social de Streaming ao vivo lançada pelo Twitter em março de 2015. Ela faz transmissões ao vivo em vídeo que ficam no ar por 24 horas e permite a interação do público por meio de comentários. O aplicativo pertence ao Twitter e o login pode ser feito por esta conta ou criando uma conta independente. O foco deste canal são transmissões ao vivo que aparecem tanto para seus seguidores, como em um Mapa Mundi que apresenta todas as transmissões que são realizadas ao vivo naquele momento. O interessante é que pessoas de qualquer parte do mundo podem assistir sua transmissão independente de serem ou não seu seguidor. É possível salvar o vídeo no álbum do celular e publicar posteriormente em outros canais digitais. Em agosto de 2015 a ferramenta já tinha mais de 10 milhões de usuários.
  • 55. 55MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Pinterest – É uma Rede Social de compartilhamento de fotos lançada em março de 2010. Diferentemente do Instagram, a ideia aqui é criar quadros de inspiração, como aqueles que mantínhamos em escritórios. Em dados divulgados na Wikipédia10 , o público predominante desta Rede são mulheres entre 35-44 anos. Mais uma vez destaco como é importante analisar qual o público de cada Rede Social antes de entrar nela. O Pinterest vem sendo usado com seus “pins” para criar pastas temáticas em que as pessoas guardam imagens de seu interesse. Exemplo: Arquitetura; organização; casamento; música; filmes; seriados; frases etc.. 10 https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinterest
  • 56. 56 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Snapchat – O Snapchat11 é uma Rede Social baseada em imagens, criado em setembro de 2011. Ela utiliza filtros variados e também reproduz vídeos de até 10 segundos. Também possibilita o envio de mensagens privadas para outros usuários que se “autodestroem” logo após ser visualizada por seu destinatário. Ela tem atraído uma gama imensa de adolescentes e, mais recentemente, também de adultos e marcas. Evan Spiegel, um dos fundadores do Snapchat, defende que a Rede Social é uma nova maneira de contar histórias por meio de fotografias. “Antigamente, fotos eram feitas para guardar memórias. Agora, são usadas para falar e é por isso que as pessoas estão tirando e enviando milhares de fotos no Snapchat todos os dias”12 . 11 Snapchat para negócios: http://bit.ly/1X7k971 12 Entrevista no site G1: http://glo.bo/1NG3YZv
  • 57. 57MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 13 Assista ao vídeo: http://bit.ly/22tEItw O Snapchat é visto por especialistas como uma Rede Social breve, efêmera e líquida. Ou seja, de consumo rápido. Aqueles que sabem se comunicar assim são mais bem-sucedidos no canal. Entretanto, deixo aqui uma reflexão sobre o conteúdo que postamos ali, vá além da futilidade, invista em conteúdo realmente interessante. Invista em micro-momentos13 . Sabia que 62% das pessoas estão no smartphone em busca de soluções de problemas? E se você estiver com o conteúdo certo no lugar certo? Pense nisso. O Snapchat pode ter cara de bastidores de um evento/ programação ou passo- a-passo de um processo. Enquanto pesquisas apontam que chegamos a desbloquear o smartphone cerca de 150 vezes por dia, o Snapchat recebe cerca de 8.796 fotos por segundo. “Usar o Snapchat é uma ques- tão de encontrar a sua voz, encontrar o seu nicho, seja você engraçado ou informa- cional. Encontre a sua voz e mantenha-se leal. O Snapchat é a nova televisão e a melhor parte é que os usuários estão no controle do seu próprio show.” (Julz Goddard – influen- ciadora Snapchat.) Até o fechamento deste livro digital, saiu uma notícia no G1 baseado em divulgação do Bloomberg que afirma: Snap- chat passa Twitter em número de usuários únicos. A notícia aponta que o Snap está com 150 milhões de usuários úni- cos por dia. Apesar de não terem dados oficiais da rede do pássaro azul, fizeram um cálculo e chegaram a conclu- são que o Twitter teria cerca de 136 milhões. Independente das informações serem ofi- ciais ou não, nos deixa uma luzinha acesa para pensar e repensar todos os dias sobre o uso do Snapchat para nossa vida pessoal, para os negócios e, principalmente, em nossas igrejas e ministérios. Temos visto algumas coisas legais lá em perfis pessoais, de igrejas/ marcas/ministérios ainda não encontrei nada que se desta- casse. Ao contrário, vejo muito do mesmo, sempre tendendo para a linha do entretenimen- to. Não encontrei ferramentas ainda que pudessem mensu- rar um perfil no Snapchat para falar da eficiência e alcance da Rede. Pelo contrário, sabe- mos quem está vendo nossas postagens, pelas visualizações que aparecem lá. Mas, há ou- tras maneiras de interagir com as pessoas. Solicitar que elas printem seu post pode sina- lizar algo ou mesmo o envio de mensagens diretas para o perfil. Se vai usar a Rede, use com criatividade e consciência os recursos que ela oferece.
  • 58. 58 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Swarm – É uma Rede Social de geolocalização que pertence ao Foursquare. Lançada em 15 de maio de 2014, ela veio como substituta do então conhecido Foursquare, que se tornou uma Rede de reputação online. No Swarm é possível compartilhar a localização com amigos e, ainda, comentar e qualificar os locais visitados. Além da interação da Rede, é frequentemente usado para consultas de reputação dos locais cadastrados. Já pesquisou se sua igreja ou ministérios estão cadastrados neste canal?
  • 59. 59MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Twitter – É uma Rede Social conhecida por microblogging por causa de sua principal característica: postagens de até 140 caracteres. Criada em 5 de julho de 2006, o Twitter é conhecido por funcionar como termômetro de assuntos em transmissões ao vivo. O Trending Topics, assuntos mais comentados do momento, repercutem programas de TV, transmissões esportivas e cobertura online de eventos. Uma das características da Rede é a timeline (linha do tempo), ela vai ser boa ou ruim de acordo com as pessoas e marcas que escolhe seguir.
  • 60. 60 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA WhatsApp– Éuma Mídia Social de mensagens instantâneas criada em 2009. Em novembro de 2015, Mark Zuckerberg divulgou que o canal tem mais de 900 milhões de usuários em todo o mundo. É sem dúvidas uma das ferramentas mais usadas por todos nós no dia-a-dia. Uma característica interessante e explorada, muitas vezes, de maneira errada é o uso das Listas de Transmissão. Desde que com autorização dos usuários, é interessante criar uma lista para envio de mensagens devocionais em texto, áudios ou vídeos. Vi esta iniciativa em algumas igrejas e vejo que é uma possibilidade para alcançar pessoas diariamente, com baixo custo. #DicasdaElis – Abra um canal de conversa com seus membros por meio das Listas de Transmissão. Divulgue um número de telefone em sua igreja/ministério que será responsável pelo envio das mensagens. Peça para enviarem um texto parecido com este: “Gostaria de receber notícias da igreja/ministério por meio do WhatsApp”. Somente adicione pessoas que solicitaram a inclusão do número delas na lista. O WhatsApp permite até 256 pessoas em cada lista de transmissão. É um meio barato e eficiente para enviar avisos, divulgações e mensagens da igreja aos membros e interessados. Pense nisso.
  • 61. 61MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA YouTube – É uma Mídia Social que permite o compartilhamento de vídeos em seu site e aplicativos para smartphones e tablets. Criado em 14 de fevereiro de 2015 é o maior canal de vídeos do mundo e o terceiro canal digital mais acessado no Brasil, ficando atrás apenas do WhatsApp e do Facebook. Muita gente não entende o sucesso dos YouTubers – que são os produtores de vídeos da Rede. E, na verdade, anali- sando cada um destes canais de sucesso, o que vemos são pessoas fazendo o que ninguém tinha feito antes. Ou, ainda, fazendo algo de maneira muito melhor e mais interessante. Em nosso meio cristão há alguns canais interessantes no YouTube para conhecer e se inspirar: Bianca Toledo Blog da Dé Cláudio Duarte Do Olhar ao Altar Eu Escolhi Esperar Fabíola Melo Helena Tannure Letícia Brandão Lu Alone Priscila Alcântara Vlog de Tudo
  • 62. 62 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA E sempre vale a pena refor- çar: utilize o YouTube como canal de conhecimento. Há uma infinidade de vídeos com palestras, passo-a-passo, tes- temunhos e orientações sobre diversos temas. #DicasdaElis – Uma maneira muito bacana para colocar seu canal no YouTube para funcionar é fazer transmis- sões ao vivo dos cultos e reuniões da igreja/ministério. Outro dia me perguntaram qual é o canal mais eficien- te para transmitir vídeos ao vivo: Facebook Live, Peris- cope e YouTube? Então vai a reflexão: Facebook Live – Se você busca gerar maior interatividade, as transmissões na Página podem ser bem interessantes. Assim que a transmissão ao vivo termina, imediatamente o vídeo se transforma em publicação e pode ser assistido por todos. Sabemos que o Facebook é a Rede Social mais usada no Brasil, então, nosso público provavelmente está lá. Por outro lado, sabemos que as transmissões não conseguem alcançar todos os seguidores da Página se não pagar um impulsionamento (pagar para a postagem aparecer para mais pessoas). Periscope – As transmis- sões no Periscope são muito usadas em eventos ao vivo, nem tanto em transmissões de culto. Assim que a transmissão termina as pessoas conseguirão assistir aos vídeos dentro da Rede nas próximas 24 horas. É uma Rede focada no “ao vivo”, não na visualização dos vídeos dias depois. O diferencial desta Rede é poder alcançar imediatamente pessoas em todo o mundo por meio do Mapa Mundi oferecido dentro da ferramenta. YouTube – As transmissões ao vivo no YouTube são bem interessantes, assim como as outras ferramentas, quando o Live termina o vídeo fica publicado como postagem definitiva. No YouTube você vai alcançar os seguidores de sua página. De acordo com a interação e participação das pessoas nas transmissões, ela pode aparecer como destaque na home do YouTube. Outra questão interessante é que o YouTube monetiza os vídeos. Além da transmissão gratuita, o YouTube paga o canal pelo número de visualizações do vídeo. Avalie e entenda qual destas três ferramentas po- dem auxiliar em suas trans- missões ao vivo. O importante mesmo é você entender a importância de disponibilizar as mensagens ministradas em suas reuniões na Internet.
  • 63. 63MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA YouVersion – O aplicativo da Bíblia mais conhecido e baixado no mundo foi desenvolvido pela Life Church (Estados Unidos). Até o fechamento deste e-book, o site youversion.com mostrava que tinha mais de 226.302.730 aplicativos baixados. Sendo que em mais de 927 línguas e 1.277 versões. Imagine só, quando eu e você poderíamos ter acesso a tantas Bíblias, em tantas línguas e versões diferentes?
  • 64. 64 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA E não é só isso, o YouVersion é uma Rede Social. Quan- do você acessa o aplicativo logado pode adicionar até 150 amigos e interagir com eles por meio de marcações bíblicas, planos de leitura da Palavra e, ainda, na cria- ção de artes com versículos para compartilhar em outras Redes Sociais. Vale a pena conhecer e divulgar este trabalho sensacional da Life Church. Existe uma grande infinida- de de Mídias Sociais e ten- tei destacar aqui as que são usadas ou as que mais me perguntam sobre elas. Se você quer saber um pouco mais sobre outras Redes So- ciais, estou à disposição em minhas Redes Sociais: Face- book, Instagram e YouTube. #DicasdaElis – Que tal esti- mular o seu grupo de estu- do bíblico ou célula a serem amigos no aplicativo da Bíblia e fazerem planos de estudos bíblicos juntos? É possível um acompanhar o desempenho do outro na Rede Social e estudarem semanalmente os temas estudados.
  • 65. 65MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “Se quisermos conviver com a tecnologia da melhor forma possível, precisamos reconhecer que o que importa, acima de tudo, não são os dispositivos individuais que utilizamos, mas as experiências humanas que eles são capazes de criar.” (Tom Chatfied.) Alguém vai dizer: “Eu posso fazer tudo o que quero.” Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: “Posso fazer qualquer coisa.” Mas não vou deixar que nada me escravize. (1 Coríntios 6.12.) CONTEÚDO DIGITAL CAPÍTULO 6
  • 66. 66 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Existe um termo muito usado entre profissionais no meio digital que é Marketing de Conteúdo (Content Marke- ting). Que é a prática de pro- duzir conteúdo interessante e estratégico com o objetivo de atrair público. Ou seja, quando se publica material com qualidade no meio digi- tal você agrega valores e atrai audiência relevante. Pense sobre como seria transmitir cultos ao vivo pelo Facebook (live), Periscope ou YouTube. Agora, pen- se além disso. Por que não transmitir as reuniões pe- quenas de estudos bíblicos, células e ensaios? Fica como exercício para você: qual tipo de conteúdo a igreja/minis- tério tem e outros não estão publicando? Sempre falo sobre a impor- tância de quem trabalha nas Mídias Sociais estar total- mente alinhado com a lide- rança da igreja e do ministé- rio. O discurso no meio digital vai depender dessa boa interação. Perceba que pos- tagens sem profundidade, geralmente refletem a falta de sintonia da Comunicação com a Liderança. Para um bom trabalho no meio digital são necessárias as seguintes etapas: 1. Planejamento Para um bom planejamento é preciso alinhar a visão com a liderança da igreja/ministério. Tenha objetivos claros, saiba qual mensagem quer passar. De repente, sua igreja deseja compartilhar as mensagens dos cultos. Ou ela queira ensi- nar outros sobre princípios bíblicos, teologia etc. Atrair pessoas para o diálogo e tor- nar o nome da igreja conhe- cido na região dela e no meio digital. Também é no planejamento que vai ser definido quais são os parâmetros para saber se sua campanha digital está conseguindo os resultados almejados. Exemplo de KPI (Key Performance Indicator, em português: Indicador Cha- ve de Performance): aumento de seguidores no Facebook, “QUALTIPO DE CONTEÚDO A IGREJA/MINISTÉRIO TEM E OUTROS NÃO ESTÃO PUBLICANDO?”
  • 67. 67MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA views no YouTube, visitas ao site, compartilhamento de posts, aumento de visitantes nas reuniões originados das Mídias Sociais. Ainda no pla- nejamento é que se define o público-alvo que parece ser uma tarefa fácil, mas, de extrema complexidade. Já vi clientes que pensavam estar falando com mulheres de 24- 34 anos e o público real era de 14-23 anos. Um bom planejamento conhe- ce bem o segmento em que atua. Pergunte, converse com as pessoas, líderes, membros, visitantes, internautas. Enten- da o que as pessoas vêm bus- cando em suas Mídias Sociais. Isso vai ajudar significativa- mente na hora de montar suas estratégias. Escolha em quais canais digi- tais vai atuar: site, blog, redes sociais, e-mail marketing etc. Não é porque todo mundo está em tal rede social que sua igreja/ministério tem que es- tar. Conheça cada mídia antes de estar nela, considere as ca- racterísticas, qual público está lá. Hoje, um fato é que a rede social mais acessada do Bra- sil é o Facebook. Então, para muitos de nós, é essencial fa- zer um trabalho construindo a reputação da sua marca por lá. É aqui no planejamento que também definimos quais ferramentas vão ser usadas para agendar, monitorar e mensurar resultados. Vamos falar um pouco mais sobre isso no capítulo sobre Redes Sociais. 2. Execução Li algo recentemente que as planilhas do Excel são bem diferentes do mundo real. E é verdade. Quantas vezes temos um planejamento e cronogra- ma “perfeito” e, de repente, precisamos refazer toda estra- tégia e cronograma de ações? É importante ter claro na equipe do ministério/igreja como vai ser feito o fluxo de trabalho. Existem ferramentas online – mencionadas aci- ma – algumas, inclusive, com aplicativos que ajudam esse acompanhamento de tarefas. “UM BOM PLANEJAMENTO CONHECE BEM O SEGMENTO EM QUE ATUA”
  • 68. 68 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Quando falamos de conteúdo não podemos esquecer: - Briefing: faça um bom briefing com a liderança da igreja. Compreender a visão e o segmento por meio de estudos, reuniões e muita pes- quisa. - Conteúdo: defina a abordagem na apresen- tação para alcançar o objetivo. - Roteiro: torne a men- sagem clara e objetiva, por meio de história e informações lógica. - Design: traduza em imagens e elementos gráficos o conceito a ser apresentado. - Calendário editorial: com datas comemorati- vas de âmbito nacional, profissões, igreja etc. - Cronograma de posta- gens: para não perder tudo que foi e o que precisa ser agendado. Inclusive, pensar sobre as postagens ao vivo. - Tenha uma lista com os possíveis temas que irão abordar em postagens (pré-aprovados pela liderança). - Não publique conteúdo igual para todas as Redes Sociais. Cada uma tem uma linguagem (veja in- fográfico). É possível falar de um mesmo assunto de acordo com a carac- terística de cada Rede. - Quando fizer postagens no blog/site divulgue em suas Redes Sociais. Identidade visual: é mais im- portante do que parece. Man- tenha suas Redes Sociais com a mesma imagem de perfil e considere as mesmas ca- racterísticas para banners de topo e mural das Redes So- ciais que tenham ligação com a imagem da igreja/ministério. “NÃO PUBLIQUE CONTEÚDO IGUAL PARA TODAS AS REDES SOCIAIS”
  • 70. 70 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA 3. Mensuração As métricas são tão importantes quanto o planejamento ou execução. É aqui que você vai entender se seus objetivos estão sendo alcançados. Queremos que a pessoas encontrem nossas igrejas e ministérios na Internet. Mas, será que temos feito boas postagens para que nos encontrem? O site, o blog e as Redes Sociais são atualizados com frequência e com periodicidade? E, prin- cipalmente, o conteúdo que você publica gera algum valor para as pessoas ou você copia e cola o que outros produzem? Antes de mais nada, entenda, o conteúdo de qualidade que criamos irá atrair cada vez mais pessoas para nossos canais digitais. Isso quer dizer que um profissio- nal SocialMedia não deve simplesmente publicar duas postagens por dia no Face- book e Instagram cumprindo uma tabela. É preciso planejamento, produção de posts excelentes, que se diferenciam da multidão. E, ainda, que haja monitoramen- to para analisar a eficiência do trabalho e que pode auxiliar na hora de atualizar ou refazer estratégias. Crie postagens – textos, vídeos, fotos, ar- tes, infográficos e todo tipo de conteúdo multimídia capazes de transformar a vida do internauta. É criar uma linha de pensa- mento na produção de mensagens real- mente impactantes, úteis. Por exemplo: é diferente quando você posta um vídeo divulgando uma música “cover” ou um videoclipe no YouTube. De quando você posta um vídeo ensinando a tocar a músi- ca com instrumentos diferentes. Ali você pode explorar questões como afinação de instrumento, partitura, ensaios, dificulda- des e macetes. #DicasdaElis – Qual tipo de conteúdo publicar nos canais da igreja/ministério? - Crie uma linha editorial: selecione quais assuntos vai abordar no meio digital. Será que memes tem a ver com o discurso e a reputação que pretende construir para sua marca/ igreja/ministério? - Imagens: invista em boas fotos e artes. Cuidado com a questão dos direitos autorais. Use apenas fo- tos de banco de imagens gratuitos ou pague por elas. O importante é respeitar o direito autoral de quem
  • 71. 71MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA fez a imagem ou foto. Um dos sites que mais uso é o FreeImages. - Versículos bíblicos. - Devocionais. - Mensagens e testemunhos. - Músicas e clipes. - Divulgação de eventos. - Dicas de livros, filmes, CDs, DVDs etc. - Faça vídeos curtos com mensagens rápi- das. É muito bacana ver líderes falando aos seguidores nas Redes Sociais. - Ensine algo, crie passo-a-passo: como montar um esboço bíblico, como tocar uma música, como rea- lizar um ensaio, a aquecer a voz, a produzir um bom texto, a organizar um roteiro de estudos bíblicos etc. - Encontre um ponto de equilíbrio para o discurso no meio digital, de acordo com as características da igreja. O ideal é nem formal demais, nem informal demais. - Pense na exposição saudável da igreja/minis- tério/seu perfil pessoal. Não transforme sua mar- ca em um reality show. - Para quem trabalha com o meio digital, cui- dado com os excessos. Estar online tempo demais pode gerar improdutividade. - Faça perguntas ao seu público, en- tenda o que estão procurando em sua Rede. - Mais importante que perguntar é ouvir o seu público. Leia o que perguntam e sugerem. Crie con- teúdos a partir da dúvida dos seus seguidores. - Fale do Reino de Deus, gere fé, esperança e amor no coração das pessoas por meio das suas publicações. O que vemos com frequência no meio digital são notícias ruins, brincadeiras de mau gosto. Então, por que não fazer algo diferente? - Use sempre o meio digital como fonte de conhecimento. - Como tornar seus canais digitais e suas ações conhecidas além das Redes Sociais? Invista no e-mail Marketing: é com ele que vai avi- sar às novidades para seu público qualificado. Jamais compre lis- “NÃO TRANSFORME SUA MARCA EM UM REALITY SHOW”
  • 72. 72 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA tas de e-mails, são ilusórias e lhe fazem perder um tempo muito precioso falando com pessoas que não são seu público-alvo. Invista sua energia para cons- truir listas qualitativas e não apenas quantitati- vas. Existem ferramentas com versões pagas e gratuitas como Mail- Chimp e LeadLovers que vão lhe ajudar neste processo. - Use as hashtags estra- tegicamente. Cuidado para #não #colocar #hashtag #em #tudo. Essa não é a maneira mais adequada de usá-la. Em outro capítulo vamos detalhar um pouco mais sobre isso. - Um recurso bastante utilizado no meio digital é a curadoria de con- teúdo. É quando vemos algo legal e resolvemos compartilhar (repostar, compartilhar, retuitar) nas Redes Sociais. Esse tipo de ação ajuda quan- do não estamos conse- guindo produzir material autoral com tanta fre- quência. O ideal é equi- librar posts autorais com curadoria. Só compartilhar conteú- do de outros não é tão interessan- te. Esteja atento a isso. - Cuidado com erros gramaticais. Eles podem “matar” sua postagem e atrapalhar na construção de sua marca na Internet. “Todos erram” é o que sempre ouço. Mas, a ideia é ler e reler antes de postar algo para evitar erros. Infelizmente, já vi transmissões online em texto no Twitter, Facebook e Instagram de igrejas que escreveram diversas palavras e frases com erros de português. Alguns, até referências bíblicas. Cuidado. - Divulgue seus canais digitais: site, blog e redes sociais na Internet e fora dela. Coloque seus canais na assinatura de e-mails e possibilite que cheguem até você. “USE AS HASHTAGS ESTRATEGICAMENTE. CUIDADO PARA #NÃO #COLOCAR #HASHTAG #EM #TUDO”
  • 73. 73MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Uma maneira muito interessante para produzir conteúdo diferenciado para o meio digital são os Congressos online . Já participou de algum? Em menos de um ano tive oportunidade de palestrar para três congressos online cristãos. Os idealizadores possibilita- ram que internautas tivessem acesso a palestras online . Durante o evento, gratuitamente, e após o evento, acesso à plataforma por um valor simbólico. A primeira pessoa que vi realizando con- gressos cristãos online foi a blogueira formada em Moda e Estilo, Mariana Si- mionato, que realizou em novembro de 2015 o Congresso Online de Mulheres Cristãs. Quantas pessoas gostariam de participar de congressos e seminários, mas, não vão por questões financeiras (passagens, hospedagem, alimentação), profissionais (sem disponibilidade) ou pessoais (família, faculdade, filhos). Conheça e inspire-se: Conexão Mulher Contepi – Congresso Online de Tecno- logia para Igrejas #DicasdaElis 1) Indico o curso online gratuito de- senvolvido pela agência Rock Content. Chama-se Certificação em Marketing de Conteúdo. As lições online são 100% gratuitas. Ao final do curso você fará um teste, que se aprovado, gera um selo de certificação reconhecido no LinkedIn. 2) Outro curso online e gratuito é do Hubspot Brasil – Certificação Inbound. Em uma rápida definição o Inbound Marke- ting é uma estratégia usada para atrair a atenção das pessoas para sua marca/ins- tituição. E difere do Outbound Marketing, chamado por alguns de “velho marketing”, que tinha por objetivo vender produtos/ serviços. Confira lá! Deseja fazer um ótimo trabalho no meio digital? Então, coloque a casa em or- dem e siga para o próximo ponto. Na Internet conteúdo inteligente, perspi- caz, bem produzido (às vezes, nem tan- to, como os memes) e planejado terão alcance ainda maior.
  • 74. 74 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “A Internet é uma rede de pessoas, não de computadores.” (Conrado Adolpho.) “Ide, por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura (on e off-line).” (Marcos 16.15.) Grifo meu. Cobertura online CAPÍTULO 7
  • 75. 75MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Quando li a frase de Conrado Adolpho pela primeira vez fiquei me lembrando de quando comecei a ouvir falar sobre o que era Internet, ainda na década de 90. Uau, como os conceitos mudam! Antes dizíamos que Internet era uma Rede de computadores. Mas, Adolpho tem razão, o que seriam dos computadores sem as pessoas por trás dando vida à Internet? Que possamos usá-la cada vez mais com consciência e decência. Aprendi a trabalhar com coberturas online ao vivo, em minha igreja local, a Batista da Lagoinha, em BH/MG. A cobertura online de eventos, é um trabalho jornalístico que visa levar para os internautas o máximo de informações possíveis de um culto ou reunião para quem está acompanhando de longe. Seja por meio de texto, fotos, vídeos e a diversidade de conteúdos multimídia. A ideia é reproduzir nas Redes Sociais o que ocorre no lugar. Minha primeira experiência em cobertura online foi em um Congresso do Diante do Trono, em abril de 2009. Minha gerente de Comunicação no Lagoinha.com, na época a Ana Paula Costa, encarregou eu e outra jornalista, Vanessa Freitas, a estudar a Rede e implementar o Twitter da igreja. Foi uma experiência que transformou minha vida para sempre. “A COBERTURA ONLINE DE EVENTOS É UM TRABALHO JORNALÍSTICO QUE VISA LEVAR PARA OS INTERNAUTAS O MÁXIMO DE INFORMAÇÕES POSSÍVEIS DE UM CULTO OU REUNIÃO PARA QUEM ESTÁ ACOMPANHANDO DE LONGE”
  • 76. 76 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA
  • 77. 77MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Prints resgatados no site WayBackMachine: Twitter da Lagoinha, em 2010 comemorando 10.049 seguidores =)
  • 78. 78 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA Naquela época, pesquisei e não encon- trei nenhuma igreja fazendo postagens no Twitter. O desafio era justamente aprender como usar o microblogging e ensinar os internautas do nosso site de notícias a acompanhar as informações ali. O Congresso já seria transmitido ao vivo em vídeo pelo site e pelo canal de televisão da igreja, mas, a ideia era alcançar o maior número de pessoas possível com a mensagem ministrada. A transmissão do congresso em texto, que chamamos de passo-a-passo, foi um su- cesso. As pessoas começaram a acom- panhar as reuniões por meio da Rede Social e rapidamente vimos um grande número de tuiteiros cristãos aparecerem em nossa Rede. Entendemos que havia demanda para pessoas que não conse- guiam ou não podiam acompanhar os cultos em vídeo, mas, que acompanha- vam em texto. No Twitter tivemos o cuidado de com- partilhar os dias e horários dos cultos, eventos da igreja, versículos bíblicos, mensagens devocionais, e ainda, intera- gir com os internautas. No print acima, pode-se observar que naquela época não tínhamos fotos no Twitter, apenas via site Twitpic (lembram?) e os RTs (retuítes) eram manuais. Daí em diante, passei a servir minha igre- ja local neste tipo de evento e me espe- cializei nisso. Trabalhando em diversos tipos de eventos, congressos, gravações de CD, DVD, e por aí vai. Temos uma infinidade de possibilidades para a cobertura online. Veja algumas delas: - Textos: Facebook (Página), Twitter, blogs e sites. - Transmissões ao vivo (live) em ví- deo – já falamos disso antes. Mas, para relembrar: Facebook (Página): Os lives do Fa- cebook são ótimos e geram uma grande interação para a Página. É bem bacana quando você tem alguém acompanhando e respon- dendo os comentários do inter- nauta. Periscope: transmissões ao vivo que podem alcançar pessoas ao redor do mundo inteiro. O vídeo
  • 79. 79MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA não aparece apenas para seguido- res e pode trazer um público bem diversificado. Os vídeos ficam onli- ne apenas por 24horas e pode ser salvo na galeria de imagens do celular. Também é possí- vel acompanhar os comentários ao vivo dos internautas. YouTube: Muito usado por igrejas em transmissões ao vivo. A vantagem é que com a transmis- são finalizada, o vídeo fica publi- cado no canal do YouTube e pode gerar renda para a igreja/ministério por meio da monetização. - Fotos: fazer cobertura em fotos e vídeos para Instagram. Cuidado para não exagerar nas postagens. Inclusive nos horários de cultos e eventos. O Instagram tem um aplicativo chamado Layout. Nele você consegue editar até nove fotos em uma mes- ma montagem. Selecione os momentos mais importantes da reunião, escreva uma le- genda coerente, detalhando um pouco mais o momento e não canse seus seguidores com postagens em excesso. - Vídeos curtos: O Snapchat e o Vine possibilitam a produção de vídeos curtos que podem dar uma boa ideia de bastidores do evento. Cuidado com os exageros e humor excessivo. Principalmente quando falamos de uma igreja, ministério ou marca. - Matéria completa: escrever um tex- to/ resumo com os principais pon- tos abordados na pregação, frases e referências bíblicas para o site/ blog/Página da igreja. Claro que para desenvolver esse tipo de trabalho é importante treinar, preparar e orientar a equipe. Sabemos que nas igrejas contamos com os voluntários. É importante que entendam o uso das fer- ramentas e o material que vão produzir. E claro, usem o expertise deles para auxiliar a igreja/evento. “PARA DESENVOLVER ESSE TIPO DE TRABALHO É IMPORTANTE TREINAR, PREPARAR E ORIENTAR A EQUIPE”
  • 80. 80 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA E foi em uma dessas coberturas online que vivi uma das experiências mais incrí- veis da minha vida. Estava trabalhando na cobertura online de um ConfraJovem (conferência anual de jovens da IBL) na época, só pelo Twit- ter, o Facebook não estava em evidência ainda. Fiquei tui- tando o culto todo. Sempre com o cuidado de colocar frases coerentes (afinal, estamos limi- tados a frases com até 140 caracteres), que não gerem dupla interpretação, contextualizando bem, para jamais expor o preletor(a). A ideia da cobertura online é dar um en- tendimento geral da mensagem ministra- da ao vivo na igreja. Geralmente, quando há o momento da reunião em que as pessoas são convidadas a reconhecer Jesus como Senhor e Salvador, costu- mo digitar a oração e pedir para quem está lendo no Twitter repetir em voz alta. Nesse dia, quando finaliza- va a cobertura pelo Twitter da Lagoinha, recebi men- sagens de uma jovem que agradecia pelo serviço da igreja em publicar a prega- ção em texto. Ela contou que estava mo- rando na Austrália e que não tinha como assistir a mensagem em vídeo, por isso acompanhava naquele momento pela Rede Social. Ela tinha ido para aquele país estudar Medicina e estava desviada dos caminhos do Senhor. “Muito obriga- da, acabei de orar aqui voltando agora para Jesus!” Nossa, aquilo mexeu comi- go. Imaginar que enquanto eu trabalhava na igreja, uma pessoa do outro lado do mundo lia o que escrevia e entregava-se para Jesus. Sim, naquele momento eu entendi 100% a minha missão e a impor- tância de falar sobre o uso consciente da Comunicação e Mídias Sociais pelas igre- jas. É um trabalho que precisa ser levado a sério, não temos ideia de onde nossas postagens irão chegar. Mesmo quando estivermos no aconchego do nosso lar, dormindo ou descansando, alguém de qualquer parte do mundo pode estar “IMAGINAR QUE ENQUANTO EU TRABALHAVA NA IGREJA, UMA PESSOA DO OUTRO LADO DO MUNDO LIA O QUE ESCREVIA E ENTREGAVA-SE PARAJESUS””
  • 81. 81MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA acessando aquilo que deixamos publi- cado. Isso é demais! A cobertura online de cultos e even- tos das igrejas não são muito co- muns. Mas, é algo que pode ser feito. Seja por texto, fotos ou vídeos. Já falamos sobre isso anteriormente, pelo próprio smartphone você co- necta e transmite sua reunião, culto ou evento ao vivo em vídeo. Que tal tentar? Existem ótimos tutoriais na Internet ensinando o passo-a-passo de transmissões ao vivo no YouTube, Facebook e Periscope seja no celular ou pelo computador. Uma das perguntas que mais ouço em minhas palestras e eventos por onde passo é: Como estruturar uma equipe de Comunicação para minha igreja? Alguns pontos a considerar: - Convide membros para fazer parte da equipe de Comunicação. - Alinhe a visão dos voluntários, colaboradores com a liderança. - - Identifique talentos e experiências. Invista em capacitação. Convide profissionais da área para palestras e workshops em sua igreja: Fotografia, vídeos, jornalismo, publicidade, marketing digital etc. Mostre à equipe a importância de servir ao Senhor com excelência. Como em Colossenses 3.23: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração como para o Senhor e não para homens.” #DicasdaElis – Ao longo deste livro digital falamos várias vezes sobre a importância dos vídeos na Internet. Para se especializar um pouco mais, cadastre-se na Escola de Criado- res de Conteúdo do YouTube. Eles disponibilizam diversos vídeos com dicas de produção e edição, além de cursos online gratuitos para ajudar a melhorar seu canal. Acesse o link: http://bit.ly/25GAKDf.
  • 82. 82 MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA “Não tenha medo de simplificar. Complexidade pode travar projetos.” (Bel Pesce.) “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2.15 NVI.) Ferramentas CAPÍTULO 8
  • 83. 83MÍDIAS SOCIAIS NA IGREJA O objetivo deste capítulo é apontar algumas das ferra- mentas para otimizar a pre- sença digital e o trabalho de comunicação nas igrejas e ministérios. Teste e identifique as que mais se adequam ao seu trabalho. Não vou deta- lhar cada uma delas, mas, vou apontar aqui uma lista de pos- sibilidades para que possa ler e explorar um pouco mais. Manual de Comunicação – Os grandes veículos de Comu- nicação possuem um Manual de Redação e Estilo. Lembro- me que ainda nos tempos da faculdade me apaixonei por esses manuais. Eles trazem dicas gramaticais, certo e er- rado, sugestão e substituição no uso de algumas expressões e muitas outras orientações