2. Biografia [1]
José Maria de Eça de Queirós nasceu em Póvoa
de Varzim o 25 de novembro de 1845 e morreu
em Paris o 16 de agosto de 1900).
É um dos mais importantes escritores lusos.
Estudou dereito na universidade de Coimbra.
Póvoa de Varzim
3. Obra.
Foi autor, entre outros romances de reconhecida
importância, de Os Maias e O crime do Padr Amaro; este
último é considerado por muitos o melhor
romance realista português do século XIX.
Eça de Queirós também escreveu contos que foram
publicados em jornais e revistas entre os anos de 1874 e
1897.
A produção literária de Eça de Queirós pode ser
dividida em 3 fases.
4. Primeira Fase: Aprendizado (1865 - 1871)
Características:
- Temas românticos
- Ambientes fantásticos
- Humanização da natureza.
Obras
- Prosas Bárbaras: reúne
contos, artigos e crônicas
publicadas na Gazeta de Portugal
nos anos de 1866 e 1867.
- O mistério da estrada de
Sintra em parceria com Ramalho
Ortega Farpas (colaboração
reunida no volume Uma
Campanha Alegre)
5. Segunda Fase: Realismo-Naturalismo
(1871 - 1888)
Segundo Eça: “Outrora uma novela romântica, em lugar de estudar o
homem, inventava-o. Hoje o romance estuda-o na sua realidade social. (...)
Toda a diferença entre o idealismo e o naturalismo está nisto. O primeiro
falsifica, o segundo verifica.” Foi seguindo estas premissas que
escreveu as obras-primas do período naturalista
Obras:
- O crime do Padre Amaro
- O primo Basílio
- Os Maias
- A capital (publicado postumamente)
- O conde de Abranhos (publicado postumamente)
- Alves & Cia (publicado postumamente)
- A tragédia da rua das Flores
- O mandarim
- A relíquia
6. O crime do Padre Amaro
Romance anticlerical dos mais ferozes, é
ambientado em Leiria.
Através da relação de Amaro (sacerdote
sem vocação) e Amélia (beata), Eça
denuncia o abuso de influência praticado
pelos padres.
As questões do pecado e da
supervalorização do padre também são
abordados e criticados nesta obra.
O Padre Amaro, vai assumir uma
paroquia, hospeda-se na casa duma
vizinha, e remata por desenvolver-se
sexualmente com a filha da vizinha, ela
morre no parto, e ele busca alguem con
quem deixar a criança.
7. Primo Basilio
Nesta obra, o romancista retrata a burguesia
lisboeta em toda a sua vacuidade.
O livro é escrito em terceira pessoa, porque
é uma voz que conta a história do seu ponto de
vista, mas sem participar nela.
Como podemos perceber, não há na obra um
personagem heróico, todos são movidos por
interesses mesquinhos e guiados pelas
aparências.
Trata dunha muller (Luísa) que foi apaixonada
polo seu primo na adolescência, e que quando
o home dela a deixa, o primo decide conquista-
la, esta decide ter a seu primo como amante,
até que um dia a criada descaobre uma carta do
casal, e chantagea a Luísa.
8. Os Maias
Os Maias tem como subtítulo Episódios
da Vida Romântica.
É considerado o romance mais
ambicioso de Eça e levou 10 anos para
ser escrito.
Narra a relação incestuosa entre dois
irmãos: Carlos e Maria Eduarda.
Pinta um painel demolidor da sociedade
portuguesa ministros, jornalistas,
maestros, poetas, professores, ninguém
escapa da ironia devastadora de Eça.
9. Terceira Fase: Nacionalismo
Nostálgico (1888 - 1900)
O romancista, longe de sua terra, passa a defender o
retorno de seu país às suas origens tradicionais.
No romance A Ilustre Casa de Ramires (1900) a
personagem do título não consegue se colocar à altura
de seus antepassados medievais, cuja história tenta
recompor.
Outras obras desta fase são A Correspondência de
Fradique Mendes (1900) e A Cidade e as Serras.