SlideShare a Scribd company logo
1 of 44
A ATENÇÃO BÁSICA COMO 
ORGANIZADORA DO CUIDADO 
EM SAÚDE MENTAL – 
INSTRUMENTOS NORTEADORES 
PARA A PRÁTICA PSICOSSOCIAL 
Marcelo Pedra Martins Machado 
São Paulo 
Novembro de 2014
Concepção de Ser Humano 
1. Como Indivíduo 
Um, uno, indiviso em si mesmo, separado. Alguém que não nada a ver 
com os outros. O outro está num pólo oposto, um simples apêndice. O 
indivíduo é concebido como responsável pelo sucesso/fracasso. 
2. Como parte de um Todo 
Uma peça de uma máquina, o Todo. Concepção totalitária e coletivista 
do mundo. Uma peça, uma coisa. 
3. Como Relação 
Alguém que é um, mas que não pode ser completo sem os outros. 
Pessoa é relação.Nós somos o resultado de milhões de pessoas.
A Subjetividade em Bergson 
 Bergson concebeu a subjetividade como intervalo 
de tempo entre um pedido (percepção) e a resposta 
(ação) a este pedido. 
 Toda escolha, toda hesitação, supõe tempo. 
Portanto, há um intervalo de tempo situado entre a 
demanda e a resposta. Esse intervalo será 
apresentado como subjetividade (Maciel, 2003). 
 A partir desta perspectiva de subjetividade 
discutiremos agora quais seriam as possíveis 
implicações desta concepção sobre os conceitos de 
integralidade, acolhimento e vínculo.
Subjetividade - Michel Foucault 
Na concepção de FOUCAULT, a subjetividade é uma 
expressão de nossas relações com as coisas, através 
da história, então o modo mais imediato que esta relação 
se expressa é o corpo, entendido não apenas como 
corpo orgânico, mas também pelo corpo construído 
pelas relações com as coisas que se encontra 
durante sua existência. 
Esta relação com o tempo nos remete ao que Foucault 
denominou de “Estética da Existência” .
Processos de Subjetivação - Deleuze 
Os processos de produção de subjetividade obedecem a 
formas de produção social que lhe são coextensivas, assistimos 
à passagem de um modo de produção de subjetividade 
disciplinar para outro, do controle. 
Na sociedade disciplinar, a produção de subjetividade estava 
submetida à lógica funcional de suas instituições fechadas, 
a moldes institucionais rígidos, fixos, com suas regras de tempo, 
espaço e comportamentos estritamente delimitados. As 
instituições fornecem ainda um lugar (a sala de aula, a oficina, o 
lar etc.) onde se opera a produção de subjetividade: “No decurso 
de uma vida, um indivíduo entra nessas diversas instituições (da 
escola à caserna e à fábrica) e delas saem de maneira linear, 
por elas formado. Cada instituição tem suas regras e lógicas de 
subjetivação (...)”.
Processos de Subjetivação - Deleuze 
Os processos de subjetivação e a produção de 
subjetividade perguntam, anteriormente, pelas 
condições de produção desse sujeito. 
Ou seja, estamos nos situando nos dispositivos e 
agenciamentos (Deleuze,2000) que possibilitaram o 
surgimento de determinados modos de subjetivação 
Foucault, Deleuze e Guattari perguntam pelos 
agenciamentos ou vetores de subjetivação, bem 
como que tipo de subjetividades estão sendo 
produzidas em função de tais agenciamentos
Assim os processos de subjetivação 
são sempre coletivos. 
 “... Os processos de subjetivação não tem nada a 
ver com a vida privada, mas designam a operação 
pela qual os indivíduos se constituem como 
sujeitos, à margem dos saberes constituídos e dos 
poderes estabelecidos que passam dar lugar a 
novos saberes e novos poderes.”
A Alteridade – Como podemos conceber 
o outro ou a relação com o outro? 
As práticas implicam em diferentes dimensões 
éticas: 
 Empatia 
 Alteridade
O comum entre as equipes e serviços 
TERRITÓRIO PROCESSO 
LONGITUDINALIDADE 
INTEGRALIDADE
Singularidades do Trabalho 
Territorializado 
 Alto grau de exposição à dinâmica social e às condições e 
modos de vida das pessoas nos territórios 
 Contato permanente com os usuários, famílias e grupos 
sociais 
 Possibilidade de intervir nos modos de produção de vida 
 Atenção complexa: demandas e necessidades diversas x 
articulação de variadas tecnologias de atenção individual e 
coletivo (resolutividade) 
 Base da atenção integral em rede (único componente 
sempre necessário)
Trabalho, o Trabalhador Publico 
e sua Efetividade 
 Valorização das diversas dimensões do 
trabalho e do trabalhador 
 Trabalha-se para outros (produção de 
valor de uso, mirando necessidades 
sociais); 
 Trabalha-se para si mesmo;
A prática e o trabalho em saúde 
Componentes da prática/atenção/cuidado: 
 O cuidado de si mesmo; 
 A capacidade de autocuidado dos 
coletivos (família, movimentos, 
organizações, regras, normas e leis de 
proteção à vida);
Ampliação do objeto (complexo) 
da clínica e da saúde coletiva 
 O objeto de trabalho em saúde indica a 
responsabilidade sanitária, o encargo; 
 Além da doença incorporar o conceito de 
problema de saúde (risco) e vulnerabilidade, 
sempre encarnados em sujeitos, indivíduo, 
família e coletivos;
O que há de SM na AB? 
 A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua 
estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção 
básica. 
 Cobertura Nacional da ESF: 52% 
 Lógica (Ética) de Redução de Danos como diretriz na PNAB (2011) 
 Equipes para populações específicas, em especial as Equipes de 
Consultório na Rua (123 eCR) 
 Presença de psicólogos em 85% das equipes NASF no Brasil, além 
das demais categorias ligadas a SM. 
 3430 NASF no Brasil (Nasf 1: 2130 / Nasf 2: 665 / Nasf 3 : 635 - 
1958 municípios)
Frequência dos profissionais no NASF I, II & III (2014) 
Profissional 
Percentual de NASF I 
e II com o 
Profissional na Equipe 
PSICOLOGO 85,7 
FISIOTERAPEUTA GERAL /LUDOMOTRICISTA CINESIOLOGO LUDOMOTRICISTA 85,3 
NUTRICIONISTA NUTRICIONISTA SAUDE PUBLICA 82,1 
ASSISTENTE SOCIAL 68,3 
AVALIADOR FISICO ORIENTADOR FISIOCORPORAL / PREPARADOR FISICO / TECNICO DE DESPORTO 
INDIVIDUAL E COLETIVO EXCETO FUTEBOL / PROFESSOR DE EDUCACAO FISICA NO ENSINO SUPERIOR / 
PROFESSOR DE EDUCACAO FISICA NO ENSINO MEDIO / PREPARADOR DE ATLETA /TREINADOR PROFISSIONAL 
DE FUTEBOL 
61,1 
FONOAUDIOLOGO 47,7 
FARMACEUTICO BOTICARIO FARMACEUTICO COSMETOLOGO FARMACEU 41,9 
MEDICO PEDIATRA 23,1 
TERAPEUTA OCUPACIONAL 22,6 
MEDICO GINECOLOGISTA E OBSTETRA 20,5 
MEDICO PSIQUIATRA 7,7 
PSICOLOGO DO TRANSITO PSICOLOGO SOCIAL 1,6 
MEDICO HOMEOPATA 1 
MEDICO CLINICO 0,4 
MEDICO ACUPUNTURISTA 0,3 
MEDICO VETERINARIO MEDICO VETERINARIO DE SAUDE PUBLICA ME 0,2 
MEDICO GERIATRA 0,1
O que há de SM na AB? 
 Os sofrimentos psíquicos mais frequentes na AB são: 
depressão, ansiedade, somatizações e abuso ou 
dependência de álcool. No caso das psicoses, a 
Atenção Básica colabora com os serviços 
especializados para o reconhecimento precoce e 
acompanhamento dos casos. 
 A formação generalista dos médicos e enfermeiros da 
AB facilita a integração entre o discurso da SM e o da 
AB na produção do cuidado integral. 
 A ESF opera um modo ativo de intervenção em saúde, 
não esperando a demanda chegar para intervir, mas 
agindo sobre ela preventivamente, o que representa um 
instrumento de reorganização da demanda
Informações Preliminares 
PREVALÊNCIA : 
- HAS: 23% na população geral. 
- DM: 6,4%, na população geral. 
- Transtorno Mental Comum/Leve: 22,7 - 38% na população 
geral. 
- Transtorno Mental Severo: 9-12% na população geral. 
Dados MS / OMS (2011)
NASF 
• Dispositivo privilegiado para discussão da 
Saúde Mental na AB; 
• Equipes compostas por profissionais de diferentes 
áreas de conhecimento, que devem atuar de 
maneira integrada e apoiando os profissionais 
das ESF, compartilhando as práticas e saberes 
em saúde nos territórios, atuando diretamente no 
apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) 
qual(is) o NASF está vinculado.
Apoio Matricial 
Dimensão pedagógica na 
gestão do trabalho; 
Se dá sobretudo em ato, nos 
“encontros”; 
Pede porosidade, capacidade de 
afetar e ser afetado; 
Prática técnica e relacional; 
Pode ampliar a potência de pensar, de 
inventar, de (inter)agir, de cuidar.
Algumas Práticas Específicas 
do Matriciamento 
 Discussão de casos clínicos; 
 Atendimento conjunto; 
 Capacitação sobre temas relevantes para as equipes 
(demanda explícita ou percebida/pactuada); 
 Construção de protocolos com as equipes; 
 Suporte na implantação/incorporação de novas 
práticas (ex: grupos terapêuticos e 
educativos, técnicas de escuta); 
 Suporte na construção de projetos terapêuticos 
singulares; 
 Suporte no manejo de questões do território.
Efeitos do NASF 
• Integração da Rede de Atenção à Saúde e seus 
serviços (ex.: CAPS, CEREST, Ambulatórios 
Especializados, etc.), além de outras redes como SUAS, 
redes sociais e comunitárias. 
• Revisão da prática do encaminhamento / 
responsabilização compartilhada. 
• Contribui para a integralidade do cuidado principalmente 
por intermédio da ampliação da clínica. 
• Aumento da resolutividade / capacidade de cuidado 
das equipes de saúde diante de necessidades individuais e 
coletivas, clínicas e sanitárias; 
• Alteração do lugar e da dinâmica das especialidades.
Acolhimento 
“Compromisso ético, estético e político”. 
 Ética no que se refere ao compromisso com o 
reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em 
suas diferenças, dor , alegrias, modos de viver, 
sentir e estar na vida. 
 Estética porque traz para as relações e encontros do 
dia a dia a invenção de estratégias que contribuem 
para a dignificação da vida e do viver e, assim, com 
a construção de nossa própria humanidade. 
 Política porque implica o compromisso coletivo de 
envolver-se neste “estar com”, potencializando 
protagonismos e vida nos diferentes encontros.
Qual o sentido destas reflexões para as 
práticas de produção de saúde? 
 Os processos de produção de saúde dizem 
respeito, necessariamente, a um trabalho 
coletivo e cooperativo, entre sujeitos, e se 
fazem numa rede de relações que exigem 
interação e diálogo permanentes. 
 Cuidar dessa rede de relações, 
responsabilizando-se pela produção de 
relações. 
 Afirmando, assim, a indissociabilidade entre a 
produção de saúde e a produção de 
subjetividades.
O Apoio como recurso para ampliar 
a clínica e saúde coletiva 
 Co-construir capacidade de análise/ compreensão sobre 
si mesmo (saúde e doença) e sobre relações com o 
mundo da vida. 
 Ampliar capacidade de intervenção sobre si 
mesmo e sobre organizações e contexto.
A organização produz, induz o quê? 
 Estrutura serviços de saúde organizados 
segundo lógica das profissões e 
especialidade; 
 Fragmentação da gestão e da atenção à saúde;
Autonomia como Horizonte 
 AUTONOMIA: capacidade da pessoa e coletividade 
lidar com suas dependências; 
 coeficientes e graus, nunca como conceito absoluto(E. 
Morin); 
 capacidade de compreender e de agir sobre si mesmo 
e sobe o contexto. 
 Tradução: autocuidado + poder + capacidade reflexiva 
+ capacidade estabelecer contratos com outros.
As Formações em Saúde 
A formação em 
saúde no Brasil não 
prepara os 
profissionais para o 
trabalho no SUS, de 
forma colaborativa 
(interdisciplinar) e 
territorializada. 
Foco em uma 
formação de caráter 
individualizado 
(clínico) e 
desconectado da 
lógica territorial e em 
rede.
Pontos para Discussão 
 O território é o locus e conceito fundamental para o 
trabalho na AB e SM; 
 A Clinica Protocolar instituída na Atenção Básica e 
a Clínica Artesanal que acontece na Saúde Mental; 
 50% das eSF realizam de modo insatisfatório o 
cuidado a hipertensão de diabetes (PMAQ-AB 
2012); 
 Tradição da AB em se dedicar aos Programas 
(hipertensão, diabetes, saúde da mulher, criança e 
bucal ...).
Programa de Melhoria do Acesso e 
Qualidade
AMAQ
A equipe de atenção básica identifica e acompanha os 
usuários de álcool e outras drogas na perspectiva da 
redução de danos. 
n % 
0 1130 7,6 
1 686 4,6 
2 1192 8,0 
3 1469 9,9 
4 1475 9,9 
5 2649 17,8 
6 1856 12,5 
7 1955 13,1 
8 1400 9,4 
9 569 3,8 
10 522 3,5 
Total 14903 100,0 
0 – 5 : 57,8 % 
6 – 10 : 42,2%
A equipe de atenção básica identifica e acompanha as 
pessoas com sofrimento psíquico de seu território. 
n % 
0 354 2,4 
1 180 1,2 
2 428 2,9 
3 720 4,8 
4 846 5,7 
5 1811 12,2 
6 1667 11,2 
7 2544 17,1 
8 2851 19,1 
9 1780 11,9 
10 1722 11,6 
Total 14903 100,0 
0 – 5 : 29,2 % 
6 – 10 : 70,8%
INSTRUMENTO DE 
AVALIAÇÃO EXTERNA 
PMAQ 
MÓDULO II
Qual a freqüência que a equipe recebe o apoio matricial? 
Abs. % 
Semanal 
4657 31,68 
Quinzenal 
946 6,44 
Mensal 
1950 13,27 
Trimestral 
112 0,76 
Semestral 
44 0,30 
Sem periodicidade definida 
6990 47,55 
Total 14699 100,00
O protocolo de acolhimento à demanda espontânea 
considera: Problemas relacionados à saúde mental 
Abs. % 
Sim 110 1,72 
Não 6267 98,28 
Total 6377 100,00
A equipe teve preparação para o atendimento dos 
usuários com transtorno mental? 
Abs. % 
Sim 5428 32,8 
Não 11143 67,2 
Total 16571 100,0
A equipe de atenção básica possui registro do número 
dos casos mais graves de usuários com transtorno 
mental? 
Abs. % 
Sim 6740 40,7 
Não 9836 59,3 
Total 16576 100,0
A equipe de atenção básica possui registro dos usuários 
com necessidade decorrente do uso de crack, álcool e 
outras drogas? 
Abs. % 
Sim 3947 23,8 
Não 12668 76,2 
Total 16615 100,0
Integralidade (Mattos, 2001) 
A 
Integralidade 
do olhar do 
profissional 
de saúde. 
Evitar a 
fragmentação 
dos sujeitos 
A Integralidade 
dos serviços no 
território. 
A forma como os 
serviços de 
saúde são 
organizados. 
Clínica e 
epidemiologia 
deveriam andar 
de mãos dadas 
A Integralidade 
das Políticas 
Públicas. 
Respostas 
governamentais 
a determinados 
problemas de 
saúde ou ás 
necessidades de 
grupos 
específicos
O Deslocamento Necessário 
 Ao falar em SM na AB não se trata de 
acrescentar mais uma linha de cuidado ou 
“tarefa” a AB, mas sim incorporar na clínica da 
AB um olhar a questão da formação dos 
processos subjetivos que constituem os 
sujeitos, assumir a transversalidade na AB; 
 Necessidade de transpor para a clínica na AB 
um deslocamento do cuidado ao transtorno 
mental (diagnóstico) para o cuidado ao 
sofrimento psíquico;
O Deslocamento Necessário 
 Mais do que representar uma maior clareza dos diagnósticos é 
propor uma clínica guiada por intensidades. 
 Abertura para reconhecer e valorizar os pequenos movimentos 
no processo de cuidado (Pequenas Vertigens - Rolnik); 
 Fazer do cuidado espaço de produção de vida, em suas mais 
variadas formas. 
Produção 
do 
Cuidado 
Produção 
Produção 
de Vidas 
de 
Relações
 Se afirmamos em coro com Passos e 
Benevides (2004) que “o sentido da clínica 
não se reduz a um movimento de inclinação 
sobre o leito do doente [...], de um acolhimento 
de quem demanda tratamento [...], mas que se 
configura positivamente enquanto ato [...] 
como a produção de um desvio (clinamen)”, 
torna-se necessário, ao pensar a clínica e o 
cuidado em saúde hoje, compreender esse 
desvio como uma resistência ao biopoder. 
 Clinicar aqui é uma biopolítica, isto é, uma 
política da vida que resiste ao assujeitamento 
imposto pelo biopoder,
 O acesso a este plano da clínica se faz através 
de um “ethos” que Foucault (1987) designa de 
“experiência limite” uma atitude crítica em 
relação a nós mesmos, ou seja, àquilo que nos 
constituiu a partir do que pensamos, dizemos e 
fazemos. 
 Além disso, a crise é a ruptura das cadeias do 
hábito que força um processo de 
diferenciação de si e conseqüentemente de 
criação de novos territórios existenciais. 
Com isso, atiça-se novos processos de 
produção de subjetividade.
OBRIGADO !!! 
Contatos: 
e-mail: 
marcelo.pedra@saude.gov.br 
www.saude.gov.br/dab 
CGGAB/ DAB/ MS 
tel: (61) 3315 - 5900

More Related Content

What's hot

Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAroldo Gavioli
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPriscila Tenório
 
5093 palestra saude_mental_(3)
5093 palestra saude_mental_(3)5093 palestra saude_mental_(3)
5093 palestra saude_mental_(3)Ana Ferraz
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeAroldo Gavioli
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE  POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE Valdirene1977
 
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptxAULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptxVanessaAlvesDeSouza4
 
Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental
 Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental
Processo histórico da psiquiatria e da saúde mentalLorena Albuquerque Vieira
 
Princípios e diretrizes do sus
Princípios e diretrizes do susPrincípios e diretrizes do sus
Princípios e diretrizes do susMarcos Nery
 
A humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalarA humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalarEugenio Rocha
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaRuth Milhomem
 

What's hot (20)

Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátrica
 
Saúde Mental
Saúde Mental Saúde Mental
Saúde Mental
 
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEMSAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanização
 
Aula Saúde Mental
Aula Saúde MentalAula Saúde Mental
Aula Saúde Mental
 
Apresentação atenção básica esf
Apresentação atenção básica   esfApresentação atenção básica   esf
Apresentação atenção básica esf
 
5093 palestra saude_mental_(3)
5093 palestra saude_mental_(3)5093 palestra saude_mental_(3)
5093 palestra saude_mental_(3)
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
 
A rede de atenção psicossocial (raps)
A rede de atenção psicossocial (raps)A rede de atenção psicossocial (raps)
A rede de atenção psicossocial (raps)
 
Saúde Mental
Saúde MentalSaúde Mental
Saúde Mental
 
Saúde Mental
Saúde MentalSaúde Mental
Saúde Mental
 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
EDUCAÇÃO EM SAÚDEEDUCAÇÃO EM SAÚDE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE  POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
 
Atenção Primária à Saúde
Atenção Primária à SaúdeAtenção Primária à Saúde
Atenção Primária à Saúde
 
Saúde mental no sus
Saúde mental no susSaúde mental no sus
Saúde mental no sus
 
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptxAULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
 
Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental
 Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental
Processo histórico da psiquiatria e da saúde mental
 
Princípios e diretrizes do sus
Princípios e diretrizes do susPrincípios e diretrizes do sus
Princípios e diretrizes do sus
 
A humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalarA humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalar
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
 

Similar to Atenção Básica como organizadora do cuidado em saúde mental

Conteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_Atribuições
Conteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_AtribuiçõesConteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_Atribuições
Conteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_Atribuiçõesaagapesantamarcelina
 
Rede - Intersetorialidade - Necessidades em saúde
Rede - Intersetorialidade - Necessidades em saúdeRede - Intersetorialidade - Necessidades em saúde
Rede - Intersetorialidade - Necessidades em saúdeferaps
 
Oficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer Social
Oficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer SocialOficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer Social
Oficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer SocialRosane Domingues
 
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.Rosane Domingues
 
Oficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-Social
Oficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-SocialOficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-Social
Oficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-SocialRosane Domingues
 
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.Rosane Domingues
 
Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)
Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)
Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)Ana Paula Pereira
 
COMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOSCOMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOSDaiane Daine
 
1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf
1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf
1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdfvilcielepazebem
 
Pesquisa-ocupação
Pesquisa-ocupaçãoPesquisa-ocupação
Pesquisa-ocupaçãoOTutorial2
 
Açoes em saude mental
Açoes em saude mentalAçoes em saude mental
Açoes em saude mentalSilvana Santos
 
Nasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à FamíliaNasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à FamíliaAbrato-SC
 
O cuidado em saúde mental
O cuidado em saúde mentalO cuidado em saúde mental
O cuidado em saúde mentalIasmin Castro
 
Projeto terapêutico singular apresentação
Projeto terapêutico singular apresentaçãoProjeto terapêutico singular apresentação
Projeto terapêutico singular apresentaçãokelryx3
 
Projeto de extensão MANS
Projeto de extensão MANSProjeto de extensão MANS
Projeto de extensão MANSLorena Marques
 

Similar to Atenção Básica como organizadora do cuidado em saúde mental (20)

Conteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_Atribuições
Conteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_AtribuiçõesConteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_Atribuições
Conteúdo_teórico_MODULO_3_Bioética_e_Atribuições
 
Rede - Intersetorialidade - Necessidades em saúde
Rede - Intersetorialidade - Necessidades em saúdeRede - Intersetorialidade - Necessidades em saúde
Rede - Intersetorialidade - Necessidades em saúde
 
Oficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer Social
Oficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer SocialOficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer Social
Oficina de Serviço Social - Elaboração de Estudos e Parecer Social
 
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
 
Oficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-Social
Oficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-SocialOficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-Social
Oficina de Serviço Social- Elaboração de Estudos e Parecer-Social
 
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.
 
Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)
Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)
Texto oficina-de-servico-social-elaboracao-de-estudos-e-parecer-social (1)
 
COMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOSCOMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOS
 
O Cuidado à Saúde na Atenção Primária
O Cuidado à Saúde na Atenção PrimáriaO Cuidado à Saúde na Atenção Primária
O Cuidado à Saúde na Atenção Primária
 
1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf
1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf
1550516313Ebook_-_A_sade_mental_na_ateno_bsica.pdf
 
Pesquisa-ocupação
Pesquisa-ocupaçãoPesquisa-ocupação
Pesquisa-ocupação
 
aula 0001.pptx
aula 0001.pptxaula 0001.pptx
aula 0001.pptx
 
Açoes em saude mental
Açoes em saude mentalAçoes em saude mental
Açoes em saude mental
 
Aula educacao permanente_em_saude
Aula educacao permanente_em_saudeAula educacao permanente_em_saude
Aula educacao permanente_em_saude
 
Aula da Doutora Jeanete e do Irmão Leonardo
Aula da Doutora Jeanete e do Irmão LeonardoAula da Doutora Jeanete e do Irmão Leonardo
Aula da Doutora Jeanete e do Irmão Leonardo
 
Nasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à FamíliaNasf - Núcleo de Apoio à Família
Nasf - Núcleo de Apoio à Família
 
O cuidado em saúde mental
O cuidado em saúde mentalO cuidado em saúde mental
O cuidado em saúde mental
 
Projeto terapêutico singular apresentação
Projeto terapêutico singular apresentaçãoProjeto terapêutico singular apresentação
Projeto terapêutico singular apresentação
 
Projeto de extensão MANS
Projeto de extensão MANSProjeto de extensão MANS
Projeto de extensão MANS
 
Intervenções psicológicas em saúde pública
Intervenções psicológicas em saúde públicaIntervenções psicológicas em saúde pública
Intervenções psicológicas em saúde pública
 

More from Centro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde - CEDEPS

More from Centro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde - CEDEPS (20)

Procedimentos em atenção primária a saúde
Procedimentos em atenção primária a saúdeProcedimentos em atenção primária a saúde
Procedimentos em atenção primária a saúde
 
Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC
Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC
Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC
 
Oficina Para a Prevenção de Casos de Sífilis Congênita
Oficina Para a Prevenção de Casos de Sífilis CongênitaOficina Para a Prevenção de Casos de Sífilis Congênita
Oficina Para a Prevenção de Casos de Sífilis Congênita
 
Saúde da Mulher na APS
Saúde da Mulher na APSSaúde da Mulher na APS
Saúde da Mulher na APS
 
Nomes Populares de Doenças e Sintomas
Nomes Populares de Doenças e SintomasNomes Populares de Doenças e Sintomas
Nomes Populares de Doenças e Sintomas
 
Módulo de Acolhimento e Avaliação - Língua Portuguesa
Módulo de Acolhimento e Avaliação - Língua Portuguesa Módulo de Acolhimento e Avaliação - Língua Portuguesa
Módulo de Acolhimento e Avaliação - Língua Portuguesa
 
Registro em APS
Registro em APSRegistro em APS
Registro em APS
 
Projeto Terapêutico Singular
Projeto Terapêutico SingularProjeto Terapêutico Singular
Projeto Terapêutico Singular
 
SUS e Políticas de Saúde - Medicina de Família e Comunidade e Saúde Coletiva
SUS e Políticas de Saúde - Medicina de Família e Comunidade e Saúde Coletiva SUS e Políticas de Saúde - Medicina de Família e Comunidade e Saúde Coletiva
SUS e Políticas de Saúde - Medicina de Família e Comunidade e Saúde Coletiva
 
Prevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
Prevenção Quaternária - SobrediagnósticoPrevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
Prevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
 
Método Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAP
Método Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAPMétodo Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAP
Método Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAP
 
Medicina Baseada em Evidências - Diagnóstico na Prática do MFC
Medicina Baseada em Evidências - Diagnóstico na Prática do MFCMedicina Baseada em Evidências - Diagnóstico na Prática do MFC
Medicina Baseada em Evidências - Diagnóstico na Prática do MFC
 
Comunicação e Interação Médico-Paciente
Comunicação e Interação Médico-PacienteComunicação e Interação Médico-Paciente
Comunicação e Interação Médico-Paciente
 
Regionalização, Pactos Interfederativos e regulação das redes de atenção à sa...
Regionalização, Pactos Interfederativos e regulação das redes de atenção à sa...Regionalização, Pactos Interfederativos e regulação das redes de atenção à sa...
Regionalização, Pactos Interfederativos e regulação das redes de atenção à sa...
 
Implantação da Linha de Cuidado integral a Saúde da Pessoa em Situação e Viol...
Implantação da Linha de Cuidado integral a Saúde da Pessoa em Situação e Viol...Implantação da Linha de Cuidado integral a Saúde da Pessoa em Situação e Viol...
Implantação da Linha de Cuidado integral a Saúde da Pessoa em Situação e Viol...
 
Impactos da Violência no Município de São Paulo
Impactos da Violência no Município de São PauloImpactos da Violência no Município de São Paulo
Impactos da Violência no Município de São Paulo
 
DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Projeto Toca Aí
DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Projeto Toca AíDESAFIO Mais Saúde na Cidade - Projeto Toca Aí
DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Projeto Toca Aí
 
DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Desenvolvimento do Protagonismo Juvenil como M...
DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Desenvolvimento do Protagonismo Juvenil como M...DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Desenvolvimento do Protagonismo Juvenil como M...
DESAFIO Mais Saúde na Cidade - Desenvolvimento do Protagonismo Juvenil como M...
 
Apresentação - "MelhorAndo" na UBS: Utilização do Número de Passos como Estra...
Apresentação - "MelhorAndo" na UBS: Utilização do Número de Passos como Estra...Apresentação - "MelhorAndo" na UBS: Utilização do Número de Passos como Estra...
Apresentação - "MelhorAndo" na UBS: Utilização do Número de Passos como Estra...
 
Apresentação - Aedes aegypti: Desafios, estratégias e experiências de uma UBS...
Apresentação - Aedes aegypti: Desafios, estratégias e experiências de uma UBS...Apresentação - Aedes aegypti: Desafios, estratégias e experiências de uma UBS...
Apresentação - Aedes aegypti: Desafios, estratégias e experiências de uma UBS...
 

Recently uploaded

LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Doutrina Deus filho e Espírito Santo.pptx
Doutrina Deus filho e Espírito Santo.pptxDoutrina Deus filho e Espírito Santo.pptx
Doutrina Deus filho e Espírito Santo.pptxThye Oliver
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOBiatrizGomes1
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 

Recently uploaded (20)

LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Doutrina Deus filho e Espírito Santo.pptx
Doutrina Deus filho e Espírito Santo.pptxDoutrina Deus filho e Espírito Santo.pptx
Doutrina Deus filho e Espírito Santo.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 

Atenção Básica como organizadora do cuidado em saúde mental

  • 1. A ATENÇÃO BÁSICA COMO ORGANIZADORA DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL – INSTRUMENTOS NORTEADORES PARA A PRÁTICA PSICOSSOCIAL Marcelo Pedra Martins Machado São Paulo Novembro de 2014
  • 2. Concepção de Ser Humano 1. Como Indivíduo Um, uno, indiviso em si mesmo, separado. Alguém que não nada a ver com os outros. O outro está num pólo oposto, um simples apêndice. O indivíduo é concebido como responsável pelo sucesso/fracasso. 2. Como parte de um Todo Uma peça de uma máquina, o Todo. Concepção totalitária e coletivista do mundo. Uma peça, uma coisa. 3. Como Relação Alguém que é um, mas que não pode ser completo sem os outros. Pessoa é relação.Nós somos o resultado de milhões de pessoas.
  • 3. A Subjetividade em Bergson  Bergson concebeu a subjetividade como intervalo de tempo entre um pedido (percepção) e a resposta (ação) a este pedido.  Toda escolha, toda hesitação, supõe tempo. Portanto, há um intervalo de tempo situado entre a demanda e a resposta. Esse intervalo será apresentado como subjetividade (Maciel, 2003).  A partir desta perspectiva de subjetividade discutiremos agora quais seriam as possíveis implicações desta concepção sobre os conceitos de integralidade, acolhimento e vínculo.
  • 4. Subjetividade - Michel Foucault Na concepção de FOUCAULT, a subjetividade é uma expressão de nossas relações com as coisas, através da história, então o modo mais imediato que esta relação se expressa é o corpo, entendido não apenas como corpo orgânico, mas também pelo corpo construído pelas relações com as coisas que se encontra durante sua existência. Esta relação com o tempo nos remete ao que Foucault denominou de “Estética da Existência” .
  • 5. Processos de Subjetivação - Deleuze Os processos de produção de subjetividade obedecem a formas de produção social que lhe são coextensivas, assistimos à passagem de um modo de produção de subjetividade disciplinar para outro, do controle. Na sociedade disciplinar, a produção de subjetividade estava submetida à lógica funcional de suas instituições fechadas, a moldes institucionais rígidos, fixos, com suas regras de tempo, espaço e comportamentos estritamente delimitados. As instituições fornecem ainda um lugar (a sala de aula, a oficina, o lar etc.) onde se opera a produção de subjetividade: “No decurso de uma vida, um indivíduo entra nessas diversas instituições (da escola à caserna e à fábrica) e delas saem de maneira linear, por elas formado. Cada instituição tem suas regras e lógicas de subjetivação (...)”.
  • 6. Processos de Subjetivação - Deleuze Os processos de subjetivação e a produção de subjetividade perguntam, anteriormente, pelas condições de produção desse sujeito. Ou seja, estamos nos situando nos dispositivos e agenciamentos (Deleuze,2000) que possibilitaram o surgimento de determinados modos de subjetivação Foucault, Deleuze e Guattari perguntam pelos agenciamentos ou vetores de subjetivação, bem como que tipo de subjetividades estão sendo produzidas em função de tais agenciamentos
  • 7. Assim os processos de subjetivação são sempre coletivos.  “... Os processos de subjetivação não tem nada a ver com a vida privada, mas designam a operação pela qual os indivíduos se constituem como sujeitos, à margem dos saberes constituídos e dos poderes estabelecidos que passam dar lugar a novos saberes e novos poderes.”
  • 8. A Alteridade – Como podemos conceber o outro ou a relação com o outro? As práticas implicam em diferentes dimensões éticas:  Empatia  Alteridade
  • 9. O comum entre as equipes e serviços TERRITÓRIO PROCESSO LONGITUDINALIDADE INTEGRALIDADE
  • 10. Singularidades do Trabalho Territorializado  Alto grau de exposição à dinâmica social e às condições e modos de vida das pessoas nos territórios  Contato permanente com os usuários, famílias e grupos sociais  Possibilidade de intervir nos modos de produção de vida  Atenção complexa: demandas e necessidades diversas x articulação de variadas tecnologias de atenção individual e coletivo (resolutividade)  Base da atenção integral em rede (único componente sempre necessário)
  • 11. Trabalho, o Trabalhador Publico e sua Efetividade  Valorização das diversas dimensões do trabalho e do trabalhador  Trabalha-se para outros (produção de valor de uso, mirando necessidades sociais);  Trabalha-se para si mesmo;
  • 12. A prática e o trabalho em saúde Componentes da prática/atenção/cuidado:  O cuidado de si mesmo;  A capacidade de autocuidado dos coletivos (família, movimentos, organizações, regras, normas e leis de proteção à vida);
  • 13. Ampliação do objeto (complexo) da clínica e da saúde coletiva  O objeto de trabalho em saúde indica a responsabilidade sanitária, o encargo;  Além da doença incorporar o conceito de problema de saúde (risco) e vulnerabilidade, sempre encarnados em sujeitos, indivíduo, família e coletivos;
  • 14. O que há de SM na AB?  A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica.  Cobertura Nacional da ESF: 52%  Lógica (Ética) de Redução de Danos como diretriz na PNAB (2011)  Equipes para populações específicas, em especial as Equipes de Consultório na Rua (123 eCR)  Presença de psicólogos em 85% das equipes NASF no Brasil, além das demais categorias ligadas a SM.  3430 NASF no Brasil (Nasf 1: 2130 / Nasf 2: 665 / Nasf 3 : 635 - 1958 municípios)
  • 15. Frequência dos profissionais no NASF I, II & III (2014) Profissional Percentual de NASF I e II com o Profissional na Equipe PSICOLOGO 85,7 FISIOTERAPEUTA GERAL /LUDOMOTRICISTA CINESIOLOGO LUDOMOTRICISTA 85,3 NUTRICIONISTA NUTRICIONISTA SAUDE PUBLICA 82,1 ASSISTENTE SOCIAL 68,3 AVALIADOR FISICO ORIENTADOR FISIOCORPORAL / PREPARADOR FISICO / TECNICO DE DESPORTO INDIVIDUAL E COLETIVO EXCETO FUTEBOL / PROFESSOR DE EDUCACAO FISICA NO ENSINO SUPERIOR / PROFESSOR DE EDUCACAO FISICA NO ENSINO MEDIO / PREPARADOR DE ATLETA /TREINADOR PROFISSIONAL DE FUTEBOL 61,1 FONOAUDIOLOGO 47,7 FARMACEUTICO BOTICARIO FARMACEUTICO COSMETOLOGO FARMACEU 41,9 MEDICO PEDIATRA 23,1 TERAPEUTA OCUPACIONAL 22,6 MEDICO GINECOLOGISTA E OBSTETRA 20,5 MEDICO PSIQUIATRA 7,7 PSICOLOGO DO TRANSITO PSICOLOGO SOCIAL 1,6 MEDICO HOMEOPATA 1 MEDICO CLINICO 0,4 MEDICO ACUPUNTURISTA 0,3 MEDICO VETERINARIO MEDICO VETERINARIO DE SAUDE PUBLICA ME 0,2 MEDICO GERIATRA 0,1
  • 16. O que há de SM na AB?  Os sofrimentos psíquicos mais frequentes na AB são: depressão, ansiedade, somatizações e abuso ou dependência de álcool. No caso das psicoses, a Atenção Básica colabora com os serviços especializados para o reconhecimento precoce e acompanhamento dos casos.  A formação generalista dos médicos e enfermeiros da AB facilita a integração entre o discurso da SM e o da AB na produção do cuidado integral.  A ESF opera um modo ativo de intervenção em saúde, não esperando a demanda chegar para intervir, mas agindo sobre ela preventivamente, o que representa um instrumento de reorganização da demanda
  • 17. Informações Preliminares PREVALÊNCIA : - HAS: 23% na população geral. - DM: 6,4%, na população geral. - Transtorno Mental Comum/Leve: 22,7 - 38% na população geral. - Transtorno Mental Severo: 9-12% na população geral. Dados MS / OMS (2011)
  • 18. NASF • Dispositivo privilegiado para discussão da Saúde Mental na AB; • Equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das ESF, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado.
  • 19. Apoio Matricial Dimensão pedagógica na gestão do trabalho; Se dá sobretudo em ato, nos “encontros”; Pede porosidade, capacidade de afetar e ser afetado; Prática técnica e relacional; Pode ampliar a potência de pensar, de inventar, de (inter)agir, de cuidar.
  • 20. Algumas Práticas Específicas do Matriciamento  Discussão de casos clínicos;  Atendimento conjunto;  Capacitação sobre temas relevantes para as equipes (demanda explícita ou percebida/pactuada);  Construção de protocolos com as equipes;  Suporte na implantação/incorporação de novas práticas (ex: grupos terapêuticos e educativos, técnicas de escuta);  Suporte na construção de projetos terapêuticos singulares;  Suporte no manejo de questões do território.
  • 21. Efeitos do NASF • Integração da Rede de Atenção à Saúde e seus serviços (ex.: CAPS, CEREST, Ambulatórios Especializados, etc.), além de outras redes como SUAS, redes sociais e comunitárias. • Revisão da prática do encaminhamento / responsabilização compartilhada. • Contribui para a integralidade do cuidado principalmente por intermédio da ampliação da clínica. • Aumento da resolutividade / capacidade de cuidado das equipes de saúde diante de necessidades individuais e coletivas, clínicas e sanitárias; • Alteração do lugar e da dinâmica das especialidades.
  • 22. Acolhimento “Compromisso ético, estético e político”.  Ética no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, dor , alegrias, modos de viver, sentir e estar na vida.  Estética porque traz para as relações e encontros do dia a dia a invenção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, com a construção de nossa própria humanidade.  Política porque implica o compromisso coletivo de envolver-se neste “estar com”, potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros.
  • 23. Qual o sentido destas reflexões para as práticas de produção de saúde?  Os processos de produção de saúde dizem respeito, necessariamente, a um trabalho coletivo e cooperativo, entre sujeitos, e se fazem numa rede de relações que exigem interação e diálogo permanentes.  Cuidar dessa rede de relações, responsabilizando-se pela produção de relações.  Afirmando, assim, a indissociabilidade entre a produção de saúde e a produção de subjetividades.
  • 24. O Apoio como recurso para ampliar a clínica e saúde coletiva  Co-construir capacidade de análise/ compreensão sobre si mesmo (saúde e doença) e sobre relações com o mundo da vida.  Ampliar capacidade de intervenção sobre si mesmo e sobre organizações e contexto.
  • 25. A organização produz, induz o quê?  Estrutura serviços de saúde organizados segundo lógica das profissões e especialidade;  Fragmentação da gestão e da atenção à saúde;
  • 26. Autonomia como Horizonte  AUTONOMIA: capacidade da pessoa e coletividade lidar com suas dependências;  coeficientes e graus, nunca como conceito absoluto(E. Morin);  capacidade de compreender e de agir sobre si mesmo e sobe o contexto.  Tradução: autocuidado + poder + capacidade reflexiva + capacidade estabelecer contratos com outros.
  • 27. As Formações em Saúde A formação em saúde no Brasil não prepara os profissionais para o trabalho no SUS, de forma colaborativa (interdisciplinar) e territorializada. Foco em uma formação de caráter individualizado (clínico) e desconectado da lógica territorial e em rede.
  • 28. Pontos para Discussão  O território é o locus e conceito fundamental para o trabalho na AB e SM;  A Clinica Protocolar instituída na Atenção Básica e a Clínica Artesanal que acontece na Saúde Mental;  50% das eSF realizam de modo insatisfatório o cuidado a hipertensão de diabetes (PMAQ-AB 2012);  Tradição da AB em se dedicar aos Programas (hipertensão, diabetes, saúde da mulher, criança e bucal ...).
  • 29. Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade
  • 30. AMAQ
  • 31. A equipe de atenção básica identifica e acompanha os usuários de álcool e outras drogas na perspectiva da redução de danos. n % 0 1130 7,6 1 686 4,6 2 1192 8,0 3 1469 9,9 4 1475 9,9 5 2649 17,8 6 1856 12,5 7 1955 13,1 8 1400 9,4 9 569 3,8 10 522 3,5 Total 14903 100,0 0 – 5 : 57,8 % 6 – 10 : 42,2%
  • 32. A equipe de atenção básica identifica e acompanha as pessoas com sofrimento psíquico de seu território. n % 0 354 2,4 1 180 1,2 2 428 2,9 3 720 4,8 4 846 5,7 5 1811 12,2 6 1667 11,2 7 2544 17,1 8 2851 19,1 9 1780 11,9 10 1722 11,6 Total 14903 100,0 0 – 5 : 29,2 % 6 – 10 : 70,8%
  • 33. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO EXTERNA PMAQ MÓDULO II
  • 34. Qual a freqüência que a equipe recebe o apoio matricial? Abs. % Semanal 4657 31,68 Quinzenal 946 6,44 Mensal 1950 13,27 Trimestral 112 0,76 Semestral 44 0,30 Sem periodicidade definida 6990 47,55 Total 14699 100,00
  • 35. O protocolo de acolhimento à demanda espontânea considera: Problemas relacionados à saúde mental Abs. % Sim 110 1,72 Não 6267 98,28 Total 6377 100,00
  • 36. A equipe teve preparação para o atendimento dos usuários com transtorno mental? Abs. % Sim 5428 32,8 Não 11143 67,2 Total 16571 100,0
  • 37. A equipe de atenção básica possui registro do número dos casos mais graves de usuários com transtorno mental? Abs. % Sim 6740 40,7 Não 9836 59,3 Total 16576 100,0
  • 38. A equipe de atenção básica possui registro dos usuários com necessidade decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas? Abs. % Sim 3947 23,8 Não 12668 76,2 Total 16615 100,0
  • 39. Integralidade (Mattos, 2001) A Integralidade do olhar do profissional de saúde. Evitar a fragmentação dos sujeitos A Integralidade dos serviços no território. A forma como os serviços de saúde são organizados. Clínica e epidemiologia deveriam andar de mãos dadas A Integralidade das Políticas Públicas. Respostas governamentais a determinados problemas de saúde ou ás necessidades de grupos específicos
  • 40. O Deslocamento Necessário  Ao falar em SM na AB não se trata de acrescentar mais uma linha de cuidado ou “tarefa” a AB, mas sim incorporar na clínica da AB um olhar a questão da formação dos processos subjetivos que constituem os sujeitos, assumir a transversalidade na AB;  Necessidade de transpor para a clínica na AB um deslocamento do cuidado ao transtorno mental (diagnóstico) para o cuidado ao sofrimento psíquico;
  • 41. O Deslocamento Necessário  Mais do que representar uma maior clareza dos diagnósticos é propor uma clínica guiada por intensidades.  Abertura para reconhecer e valorizar os pequenos movimentos no processo de cuidado (Pequenas Vertigens - Rolnik);  Fazer do cuidado espaço de produção de vida, em suas mais variadas formas. Produção do Cuidado Produção Produção de Vidas de Relações
  • 42.  Se afirmamos em coro com Passos e Benevides (2004) que “o sentido da clínica não se reduz a um movimento de inclinação sobre o leito do doente [...], de um acolhimento de quem demanda tratamento [...], mas que se configura positivamente enquanto ato [...] como a produção de um desvio (clinamen)”, torna-se necessário, ao pensar a clínica e o cuidado em saúde hoje, compreender esse desvio como uma resistência ao biopoder.  Clinicar aqui é uma biopolítica, isto é, uma política da vida que resiste ao assujeitamento imposto pelo biopoder,
  • 43.  O acesso a este plano da clínica se faz através de um “ethos” que Foucault (1987) designa de “experiência limite” uma atitude crítica em relação a nós mesmos, ou seja, àquilo que nos constituiu a partir do que pensamos, dizemos e fazemos.  Além disso, a crise é a ruptura das cadeias do hábito que força um processo de diferenciação de si e conseqüentemente de criação de novos territórios existenciais. Com isso, atiça-se novos processos de produção de subjetividade.
  • 44. OBRIGADO !!! Contatos: e-mail: marcelo.pedra@saude.gov.br www.saude.gov.br/dab CGGAB/ DAB/ MS tel: (61) 3315 - 5900