SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Os valores juízos de facto e juízos de valor a diversidade de critérios valorativos a cultura e os valores
o que são os valores? qual a origem dos valores? quais as principais características dos valores?
os  valores  são  critérios  de apreciação da realidade que podem ser  padrões  de escolha, ou critério de preferência, ou  normas  de conduta
os  valore s têm uma origem sócio-cultural: nascem no seio das sociedades humanas e funcionam como elementos de ligação entre os indivíduos e, ao mesmo tempo, como formas de afirmação da individualidade
os valores têm uma natureza qualitativa e ideal (não são coisas ou objectos) e possuem três características fundamentais: matéria polaridade hierarquia
a  matéria  dos valores corresponde ao seu  significado  e ao  sentido  da sua função normativa ou discriminadora: a justiça é diferente da beleza, por exemplo. têm significados e funções diferentes, embora sejam ambas  imprescindíveis. contudo, os indivíduos não as podem confundir...
a polaridade   está ligada ao facto de os valores se agruparem em função duma polaridade positiva e duma polaridade negativa (caso contrário, seriam inúteis enquanto critérios de escolha): o bem, por exemplo, opõe-se ao mal e não poderia ser compreendido sem o seu confronto com o seu oposto. há, contudo, que não confundir esta característica dos valores com a estrutura ontológica da realidade: entre cada um dos polos de preferência pode haver uma gama muito variada de possibilidades.
a  hierarquia  está ligada à forma como os valores se ligam entre si: há valores mais ou menos importantes em função das  atitudes  fundamentais dos indivíduos perante a vida mesmo partilhando um mesmo conjunto de valores, os indivíduos podem  hierarquizar  esses valores de formas muito diversas
combinando estas três características, podemos ver como os valores tornam possível as nossas tomadas de decisão:
A bússola dos valores superior inferior positivo negativo
assim, os valores permitem-nos  interpretar  a realidade atribuindo-lhe qualidades que estão relacionadas com as nossas atracções  e as nossas  repulsas... com base na atribuição de valores às coisas, às acções, às situações, às pessoas, etc.,  formulando  juízos de valor vamos-nos apropriando  da realidade e escolhemos os rumos a seguir ao longo da nossa vida
os  juízos de valor  são: subjectivos circunstanciais qualitativos inverificáveis não são nem verdadeiros nem  falsos
os juízos de valor não descrevem a  realidade tal como ela é referem-se á forma como  reagimos  aos elementos da realidade e estão intimamente ligados às nossas  atitudes perante as situações
os  juízos de facto  são: objectivos factuais quantitativos verificáveis são  verdadeiros ou  falsos a  ciência  baseia-se em juízos de facto

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantA filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantFilazambuja
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresInesTeixeiraDuarte
 
Juízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorJuízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorDanilo Pires
 
Argumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivosArgumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivosIsabel Moura
 
Fundamentação da moral
Fundamentação da moral Fundamentação da moral
Fundamentação da moral Marco Casquinha
 
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade CognoscitivaFilosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade CognoscitivaRafael Cristino
 
Comparação entre as éticas de kant e de mill
Comparação entre as éticas de kant e de millComparação entre as éticas de kant e de mill
Comparação entre as éticas de kant e de millLuis De Sousa Rodrigues
 
Determinismo_moderado
Determinismo_moderadoDeterminismo_moderado
Determinismo_moderadoIsabel Moura
 
Esquema comparativo das éticas de kant e de mill
Esquema comparativo das éticas de kant e de millEsquema comparativo das éticas de kant e de mill
Esquema comparativo das éticas de kant e de millLuis De Sousa Rodrigues
 
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millA filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millFilazambuja
 
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)InesTeixeiraDuarte
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo MoralSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo MoralTurma Olímpica
 
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularRelatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularAMLDRP
 
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisDiversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisLuis De Sousa Rodrigues
 
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaDeterminismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaHelena Serrão
 
Determinismo Radical
Determinismo RadicalDeterminismo Radical
Determinismo Radicalpauloricardom
 

Mais procurados (20)

A filosofia moral de kant
A filosofia moral de kantA filosofia moral de kant
A filosofia moral de kant
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Juízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorJuízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valor
 
Libertismo
Libertismo Libertismo
Libertismo
 
Argumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivosArgumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivos
 
Fundamentação da moral
Fundamentação da moral Fundamentação da moral
Fundamentação da moral
 
O racionalismo de Descartes
O racionalismo de DescartesO racionalismo de Descartes
O racionalismo de Descartes
 
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade CognoscitivaFilosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva
 
Comparação entre as éticas de kant e de mill
Comparação entre as éticas de kant e de millComparação entre as éticas de kant e de mill
Comparação entre as éticas de kant e de mill
 
Determinismo_moderado
Determinismo_moderadoDeterminismo_moderado
Determinismo_moderado
 
Esquema comparativo das éticas de kant e de mill
Esquema comparativo das éticas de kant e de millEsquema comparativo das éticas de kant e de mill
Esquema comparativo das éticas de kant e de mill
 
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millA filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
 
Kant e Stuart Mill
Kant e Stuart MillKant e Stuart Mill
Kant e Stuart Mill
 
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo MoralSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Juizo Moral
 
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularRelatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
 
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos moraisDiversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
Diversas respostas ao problema da natureza dos juízos morais
 
Ética e Deontologia
Ética e DeontologiaÉtica e Deontologia
Ética e Deontologia
 
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaDeterminismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
 
Determinismo Radical
Determinismo RadicalDeterminismo Radical
Determinismo Radical
 

Destaque

Teorias estéticas
Teorias estéticas Teorias estéticas
Teorias estéticas Paulo Gomes
 
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoDeterminismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoAntónio Daniel
 
Posições sobre o livre arbítrio
Posições sobre o livre arbítrioPosições sobre o livre arbítrio
Posições sobre o livre arbítrioFilazambuja
 
A liberdade é uma ilusão?
A liberdade é uma ilusão?A liberdade é uma ilusão?
A liberdade é uma ilusão?Paulo Gomes
 
Os actos do homem
Os actos do homemOs actos do homem
Os actos do homemPaulo Gomes
 
A justiça social
A justiça socialA justiça social
A justiça socialPaulo Gomes
 
Alegoria da Caverna 10
Alegoria da Caverna 10Alegoria da Caverna 10
Alegoria da Caverna 10Filosofia
 
Acção Humana e os Valores
Acção Humana e os ValoresAcção Humana e os Valores
Acção Humana e os ValoresJorge Barbosa
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio InesTeixeiraDuarte
 

Destaque (14)

Os valores
Os valoresOs valores
Os valores
 
Teorias estéticas
Teorias estéticas Teorias estéticas
Teorias estéticas
 
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoDeterminismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
 
Posições sobre o livre arbítrio
Posições sobre o livre arbítrioPosições sobre o livre arbítrio
Posições sobre o livre arbítrio
 
A decisão
A decisãoA decisão
A decisão
 
A liberdade é uma ilusão?
A liberdade é uma ilusão?A liberdade é uma ilusão?
A liberdade é uma ilusão?
 
Os actos do homem
Os actos do homemOs actos do homem
Os actos do homem
 
Filosofia Socrática
Filosofia SocráticaFilosofia Socrática
Filosofia Socrática
 
A justiça social
A justiça socialA justiça social
A justiça social
 
A política
A políticaA política
A política
 
Alegoria da Caverna 10
Alegoria da Caverna 10Alegoria da Caverna 10
Alegoria da Caverna 10
 
Acção Humana e os Valores
Acção Humana e os ValoresAcção Humana e os Valores
Acção Humana e os Valores
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
 
As cantigas de amigo
As cantigas de amigoAs cantigas de amigo
As cantigas de amigo
 

Semelhante a A natureza dos valores

Semelhante a A natureza dos valores (20)

Resumos valores e_valoração
Resumos valores e_valoraçãoResumos valores e_valoração
Resumos valores e_valoração
 
Valor
ValorValor
Valor
 
éTica DeontolóGica
éTica DeontolóGicaéTica DeontolóGica
éTica DeontolóGica
 
Ficha formativa nº8
Ficha formativa nº8Ficha formativa nº8
Ficha formativa nº8
 
I. valores, teorias axiológicas e cultura (1)
I. valores, teorias axiológicas e cultura (1)I. valores, teorias axiológicas e cultura (1)
I. valores, teorias axiológicas e cultura (1)
 
(Microsoft power point os valores- an
(Microsoft power point   os valores- an(Microsoft power point   os valores- an
(Microsoft power point os valores- an
 
O que são valores?
O que são valores?O que são valores?
O que são valores?
 
Valores
ValoresValores
Valores
 
Valores e a subjetividade
Valores e a subjetividadeValores e a subjetividade
Valores e a subjetividade
 
Serão os valores morais relativos?
Serão os valores morais relativos?Serão os valores morais relativos?
Serão os valores morais relativos?
 
Valores
ValoresValores
Valores
 
Microsoft word texto de apoio os valores
Microsoft word   texto de apoio os valoresMicrosoft word   texto de apoio os valores
Microsoft word texto de apoio os valores
 
Microsoft word texto de apoio os valores
Microsoft word   texto de apoio os valoresMicrosoft word   texto de apoio os valores
Microsoft word texto de apoio os valores
 
Texto de apoio os valores
Texto de apoio os valoresTexto de apoio os valores
Texto de apoio os valores
 
Ética profissional (1ª e 2ª aula) turma gba
Ética profissional  (1ª e 2ª aula) turma gbaÉtica profissional  (1ª e 2ª aula) turma gba
Ética profissional (1ª e 2ª aula) turma gba
 
CP5-Dr1.ppt
CP5-Dr1.pptCP5-Dr1.ppt
CP5-Dr1.ppt
 
Apostila de Ética.pdf
Apostila de Ética.pdfApostila de Ética.pdf
Apostila de Ética.pdf
 
Valores subjetivos objetivos
Valores subjetivos objetivosValores subjetivos objetivos
Valores subjetivos objetivos
 
Artigo Axiologia
Artigo AxiologiaArtigo Axiologia
Artigo Axiologia
 
2. CRIMINOLOGIA.pdf mmmmmmm.................
2. CRIMINOLOGIA.pdf mmmmmmm.................2. CRIMINOLOGIA.pdf mmmmmmm.................
2. CRIMINOLOGIA.pdf mmmmmmm.................
 

Mais de Paulo Gomes

Pressupostos das nossas opiniões
Pressupostos das nossas opiniõesPressupostos das nossas opiniões
Pressupostos das nossas opiniõesPaulo Gomes
 
Revisões teste01
Revisões teste01Revisões teste01
Revisões teste01Paulo Gomes
 
Lógica do Juízo
Lógica do JuízoLógica do Juízo
Lógica do JuízoPaulo Gomes
 
Conceito apresentação
Conceito apresentaçãoConceito apresentação
Conceito apresentaçãoPaulo Gomes
 
85857099 descartes
85857099 descartes85857099 descartes
85857099 descartesPaulo Gomes
 
Integração europeia
Integração europeiaIntegração europeia
Integração europeiaPaulo Gomes
 
Demonstração e argumentação
Demonstração e argumentaçãoDemonstração e argumentação
Demonstração e argumentaçãoPaulo Gomes
 
A importância da argumentação
A importância da argumentaçãoA importância da argumentação
A importância da argumentaçãoPaulo Gomes
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a PsicanálisePaulo Gomes
 
Menino Selvagem.Vd
Menino Selvagem.VdMenino Selvagem.Vd
Menino Selvagem.VdPaulo Gomes
 
O Conceito De Desenvolvimento
O Conceito De DesenvolvimentoO Conceito De Desenvolvimento
O Conceito De DesenvolvimentoPaulo Gomes
 
O sentido da existência humana
O sentido da existência humanaO sentido da existência humana
O sentido da existência humanaPaulo Gomes
 
A opinião Pública
A opinião PúblicaA opinião Pública
A opinião PúblicaPaulo Gomes
 
A diversidade cultural
A diversidade culturalA diversidade cultural
A diversidade culturalPaulo Gomes
 
O acto de conhecer
O acto de conhecerO acto de conhecer
O acto de conhecerPaulo Gomes
 

Mais de Paulo Gomes (20)

Pressupostos das nossas opiniões
Pressupostos das nossas opiniõesPressupostos das nossas opiniões
Pressupostos das nossas opiniões
 
Revisões teste01
Revisões teste01Revisões teste01
Revisões teste01
 
Lógica do Juízo
Lógica do JuízoLógica do Juízo
Lógica do Juízo
 
Conceito apresentação
Conceito apresentaçãoConceito apresentação
Conceito apresentação
 
85857099 descartes
85857099 descartes85857099 descartes
85857099 descartes
 
Integração europeia
Integração europeiaIntegração europeia
Integração europeia
 
Demonstração e argumentação
Demonstração e argumentaçãoDemonstração e argumentação
Demonstração e argumentação
 
A importância da argumentação
A importância da argumentaçãoA importância da argumentação
A importância da argumentação
 
Salt
SaltSalt
Salt
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a Psicanálise
 
Metodologia
MetodologiaMetodologia
Metodologia
 
Menino Selvagem.Vd
Menino Selvagem.VdMenino Selvagem.Vd
Menino Selvagem.Vd
 
O Conceito De Desenvolvimento
O Conceito De DesenvolvimentoO Conceito De Desenvolvimento
O Conceito De Desenvolvimento
 
O sentido da existência humana
O sentido da existência humanaO sentido da existência humana
O sentido da existência humana
 
A moral de Kant
A moral de KantA moral de Kant
A moral de Kant
 
O agir moral
O agir moralO agir moral
O agir moral
 
A opinião Pública
A opinião PúblicaA opinião Pública
A opinião Pública
 
Argumentação
ArgumentaçãoArgumentação
Argumentação
 
A diversidade cultural
A diversidade culturalA diversidade cultural
A diversidade cultural
 
O acto de conhecer
O acto de conhecerO acto de conhecer
O acto de conhecer
 

A natureza dos valores

  • 1. Os valores juízos de facto e juízos de valor a diversidade de critérios valorativos a cultura e os valores
  • 2. o que são os valores? qual a origem dos valores? quais as principais características dos valores?
  • 3. os valores são critérios de apreciação da realidade que podem ser padrões de escolha, ou critério de preferência, ou normas de conduta
  • 4. os valore s têm uma origem sócio-cultural: nascem no seio das sociedades humanas e funcionam como elementos de ligação entre os indivíduos e, ao mesmo tempo, como formas de afirmação da individualidade
  • 5. os valores têm uma natureza qualitativa e ideal (não são coisas ou objectos) e possuem três características fundamentais: matéria polaridade hierarquia
  • 6. a matéria dos valores corresponde ao seu significado e ao sentido da sua função normativa ou discriminadora: a justiça é diferente da beleza, por exemplo. têm significados e funções diferentes, embora sejam ambas imprescindíveis. contudo, os indivíduos não as podem confundir...
  • 7. a polaridade está ligada ao facto de os valores se agruparem em função duma polaridade positiva e duma polaridade negativa (caso contrário, seriam inúteis enquanto critérios de escolha): o bem, por exemplo, opõe-se ao mal e não poderia ser compreendido sem o seu confronto com o seu oposto. há, contudo, que não confundir esta característica dos valores com a estrutura ontológica da realidade: entre cada um dos polos de preferência pode haver uma gama muito variada de possibilidades.
  • 8. a hierarquia está ligada à forma como os valores se ligam entre si: há valores mais ou menos importantes em função das atitudes fundamentais dos indivíduos perante a vida mesmo partilhando um mesmo conjunto de valores, os indivíduos podem hierarquizar esses valores de formas muito diversas
  • 9. combinando estas três características, podemos ver como os valores tornam possível as nossas tomadas de decisão:
  • 10. A bússola dos valores superior inferior positivo negativo
  • 11. assim, os valores permitem-nos interpretar a realidade atribuindo-lhe qualidades que estão relacionadas com as nossas atracções e as nossas repulsas... com base na atribuição de valores às coisas, às acções, às situações, às pessoas, etc., formulando juízos de valor vamos-nos apropriando da realidade e escolhemos os rumos a seguir ao longo da nossa vida
  • 12. os juízos de valor são: subjectivos circunstanciais qualitativos inverificáveis não são nem verdadeiros nem falsos
  • 13. os juízos de valor não descrevem a realidade tal como ela é referem-se á forma como reagimos aos elementos da realidade e estão intimamente ligados às nossas atitudes perante as situações
  • 14. os juízos de facto são: objectivos factuais quantitativos verificáveis são verdadeiros ou falsos a ciência baseia-se em juízos de facto