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O cepticismo
O conhecimento é possível?
É possível justificar a verdade das nossas
crenças?
O problema da possibilidade do conhecimento
é um dos mais importantes da epistemologia...
Se concluirmos por uma resposta negativa,
temos que aceitar que a ciência não tem
fundamento...
Mas, se isso for verdade,
como explicamos o progresso
tecnológico que caracteriza as
sociedades contemporâneas?
Se não fosse possível
justificar o conhecimento
científico, como seria possível
o progresso tecnológico?
Na verdade a tecnologia
depende da ciência...
Se concluirmos por uma resposta negativa, temos que aceitar
que a ciência não tem fundamento...
De facto, o cepticismo recusa a possibilidade de justificação da
verdade de toda e qualquer crença.
Nos nossos dias é fácil refutar o cepticismo radical, uma vez
que estamos rodeados de exemplos que o contradizem: se
nada fosse possível conhecer, como é que poderíamos ter
coisas tão básicas como a energia eléctrica, os computadores
pessoais, os telemóveis, a Internet ?
Cepticismo - Concepção que considera que
não é possível alcançar o conhecimento

Skepsis - “Suspensão do juízo”
Górgias foi o primeiro a postular o
cepticismo...
Ao afirmar que:
“1. A verdade não existe.
2. Mesmo que a verdade existisse, não
poderia ser conhecida.
3. Mesmo que a verdade pudesse ser
conhecida, não poderia ser ensinada.”
O cepticismo radical foi defendido
por Pirro de Élis (c.365-275a.C.).
Essa posição ficou conhecida por
pirronismo.
Argumentos
cépticos
Argumento da divergência de
opiniões
Se há de facto justificação
das nossas crenças, não há
divergências relativamente a
todos os assuntos. Há
divergências relativamente a
todos os assuntos. Logo, não
há de facto justificação das
nossas crenças.
Objeções ao primeiro argumento
Os cépticos refutam, portanto, a
presença da justificação.
Ora, com isto criam um problema:
Têm uma ideia justificada.
Afinal, é possível justificar.
Outra premissa encontrada
pelos cépticos é a presença
de divergências o que, para
eles, torna impossível a
defesa universal de qualquer
ideia.
Contrariamente ao que os
cépticos defendem, é possível
haver ideias universais: a
Física e a Matemática, por
exemplo, são capazes de
produzir consensos.
As divergências de opiniões,
segundo os cépticos, são
irreversíveis e definitivas. Tal
não é verdade.
Existem inúmeros exemplos
que contrariam esta tese. Por
exemplo, a igualdade de
direitos entre homens e
mulheres.
Argumento da Regressão
infinita
A justificação de qualquer
crença é inferida de outras
crenças.
Se a justificação de qualquer
crença é inferida de outras
crenças, então dá-se a
regressão infinita.
Se há regressão infinita, as
nossas crenças não estão
justificadas.
Logo, as nossas crenças não
estão justificadas.
Objecções ao argumento da
regressão infinita
A possibilidade de duvida tem limites.
Há certezas que se justificam a si
mesmas e que servem de base a
outras verdades: por exemplo, a
soma dos ângulos internos de um
triângulo é 180 graus.
As nossas certezas são proporcionais
à nossa condição humana.
Argumento da
falibilidade do
conhecimento
sensorial
(Argumento das
ilusões e dos
erros
perceptivos)
O conhecimento sensorial
engana-nos frequentemente:
Baseando-se nas
teorias da percepção, este
argumento defende haver
uma desconexão entre
aquilo que julgamos
conhecer e a própria
realidade.
Há ilusões perceptivas que são inevitáveis, tendo em conta como
funciona a nossa percepção.
Um exemplo retirado da cosmologia dos nossos dias (os cépticos
na antiguidade não tinham conhecimento deste fenómeno):
Sabemos que há estrelas que são vistas por nós e que podem já
não existir, apesar de nós as visualizarmos.
Da mesma forma, sabemos
que a cor de um objecto
depende da forma como é
atingido pela luz,
desencadeando
comprimentos de onda que
vão condicionar a nossa
percepção.
A cores não são, portanto,
características físicas dos
objectos.
Contudo, nós temos a noção de
que vivemos num mesmo
mundo,
o certo é que quando digo «o
Diogo é alto», há pessoas que o
reconhecem como tal.
Isto é, os meus sentidos captam
o que os outros captam e isso já
é o bastante para considerarmos
que partilhamos um
conhecimento sensorial sobre o
mundo em que vivemos.
Isso é suficiente para termos a
convicção de que vivemos no
mesmo mundo...
Esta apresentação, em grande parte da sua extensão, baseia-se
na seguinte:
http://pt.slideshare.net/filosofiaesjs/cepticismo-11027566

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O cepticismo - impossibilidade do conhecimento

  • 2. O conhecimento é possível? É possível justificar a verdade das nossas crenças?
  • 3. O problema da possibilidade do conhecimento é um dos mais importantes da epistemologia...
  • 4. Se concluirmos por uma resposta negativa, temos que aceitar que a ciência não tem fundamento...
  • 5. Mas, se isso for verdade, como explicamos o progresso tecnológico que caracteriza as sociedades contemporâneas? Se não fosse possível justificar o conhecimento científico, como seria possível o progresso tecnológico? Na verdade a tecnologia depende da ciência...
  • 6.
  • 7. Se concluirmos por uma resposta negativa, temos que aceitar que a ciência não tem fundamento... De facto, o cepticismo recusa a possibilidade de justificação da verdade de toda e qualquer crença. Nos nossos dias é fácil refutar o cepticismo radical, uma vez que estamos rodeados de exemplos que o contradizem: se nada fosse possível conhecer, como é que poderíamos ter coisas tão básicas como a energia eléctrica, os computadores pessoais, os telemóveis, a Internet ?
  • 8. Cepticismo - Concepção que considera que não é possível alcançar o conhecimento Skepsis - “Suspensão do juízo”
  • 9. Górgias foi o primeiro a postular o cepticismo... Ao afirmar que: “1. A verdade não existe. 2. Mesmo que a verdade existisse, não poderia ser conhecida. 3. Mesmo que a verdade pudesse ser conhecida, não poderia ser ensinada.”
  • 10. O cepticismo radical foi defendido por Pirro de Élis (c.365-275a.C.). Essa posição ficou conhecida por pirronismo.
  • 12. Argumento da divergência de opiniões Se há de facto justificação das nossas crenças, não há divergências relativamente a todos os assuntos. Há divergências relativamente a todos os assuntos. Logo, não há de facto justificação das nossas crenças.
  • 13. Objeções ao primeiro argumento Os cépticos refutam, portanto, a presença da justificação. Ora, com isto criam um problema: Têm uma ideia justificada. Afinal, é possível justificar.
  • 14. Outra premissa encontrada pelos cépticos é a presença de divergências o que, para eles, torna impossível a defesa universal de qualquer ideia. Contrariamente ao que os cépticos defendem, é possível haver ideias universais: a Física e a Matemática, por exemplo, são capazes de produzir consensos.
  • 15. As divergências de opiniões, segundo os cépticos, são irreversíveis e definitivas. Tal não é verdade. Existem inúmeros exemplos que contrariam esta tese. Por exemplo, a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
  • 16. Argumento da Regressão infinita A justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças. Se a justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças, então dá-se a regressão infinita. Se há regressão infinita, as nossas crenças não estão justificadas. Logo, as nossas crenças não estão justificadas.
  • 17. Objecções ao argumento da regressão infinita A possibilidade de duvida tem limites. Há certezas que se justificam a si mesmas e que servem de base a outras verdades: por exemplo, a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. As nossas certezas são proporcionais à nossa condição humana.
  • 18. Argumento da falibilidade do conhecimento sensorial (Argumento das ilusões e dos erros perceptivos)
  • 19. O conhecimento sensorial engana-nos frequentemente: Baseando-se nas teorias da percepção, este argumento defende haver uma desconexão entre aquilo que julgamos conhecer e a própria realidade.
  • 20. Há ilusões perceptivas que são inevitáveis, tendo em conta como funciona a nossa percepção. Um exemplo retirado da cosmologia dos nossos dias (os cépticos na antiguidade não tinham conhecimento deste fenómeno): Sabemos que há estrelas que são vistas por nós e que podem já não existir, apesar de nós as visualizarmos.
  • 21. Da mesma forma, sabemos que a cor de um objecto depende da forma como é atingido pela luz, desencadeando comprimentos de onda que vão condicionar a nossa percepção. A cores não são, portanto, características físicas dos objectos.
  • 22. Contudo, nós temos a noção de que vivemos num mesmo mundo, o certo é que quando digo «o Diogo é alto», há pessoas que o reconhecem como tal. Isto é, os meus sentidos captam o que os outros captam e isso já é o bastante para considerarmos que partilhamos um conhecimento sensorial sobre o mundo em que vivemos.
  • 23. Isso é suficiente para termos a convicção de que vivemos no mesmo mundo...
  • 24. Esta apresentação, em grande parte da sua extensão, baseia-se na seguinte: http://pt.slideshare.net/filosofiaesjs/cepticismo-11027566