O documento discute a importância da Eucaristia e da Liturgia na vida cristã. Ele enfatiza que (1) a Eucaristia é a fonte e o ápice da vida cristã; (2) devemos amar e conhecer a Liturgia para apreciá-la verdadeiramente; e (3) na Missa, celebramos o sacrifício de Cristo e recebemos seu Corpo e Sangue.
1. “É na Eucaristia que nossa vida
ganha sentido”
Formação Litúrgica Paróquia Matriz Imaculada Conceição
2. Por amor a Liturgia
Só amamos aquilo que conhecemos
O Martírio não é nada em comparação com a
Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a
Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus
dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para
os homens. Se o homem reconhecesse
devidamente esse mistério, morreria de amor".
São Tomás de Aquino
"
3. I- A importância de se amar a Liturgia
Não se ama o que não se conhece;
Quando vamos a Santa Missa, devemos lembrarnos que não estamos apenas em uma reunião
fraterna;
O CIC 1324 é bem claro ao definir a Liturgia
Eucarística como algo sublime e divino: “ A
Eucaristia é fonte e ápice de toda a vida cristã”
4. 4- A Santa Missa é Banquete, porque comungamos do Corpo e Sangue do
Senhor, mas é
Também o mesmo Sacrifício da Cruz onde nosso Senhor entregou-se em
remissão dos pecados
Da humanidade;
5- Quanto amor devemos ter a Santa Missa! Quanto amor devemos ter pela
Santa Eucaristia!
Se soubéssemos o quanto é grande o Mistério que se celebra, o tamanho
da Obra Salvífica do Senhor, deveríamos arder de amor pelo Sacramento
do Altar como os próprios Serafins!
Por isso, com mais certeza ainda, devemos lembrar que o centro da
Celebração não é o homem,Mas o próprio Deus. Devemos proclamar
sempre: A IGREJA VIVE DA EUCARISTIA!
"Cada Missa à que assistires, alcançar-te-á no céu maior grau de glória.
Serás abençoado em
teus negócios pessoais e obterás as graças, que te são necessárias“
São Jerônimo
5. II- Necessidade de deixar a Liturgia falar
por si
1- Quis o CV II que a Reforma Litúrgica: As cerimônias
resplandeçam de nobre simplicidade,sejam transparentes por
sua brevidade e evitem repetições inúteis, sejam
acomodadas à compreensão dos fiéis e, em geral não
careçam de muitas explicações.Assim, vemos a primeira e
grande preocupação do Concílio: que os ritos falem por sim
mesmo.
2-Aqueles que estão envolvidos com a Liturgia, seja da forma
que for, devem aprender a amá-la. Talvez esse deva ser o
primeiro passo para ter-se uma Liturgia bem celebrada em
nossa comunidade.
6. COMO AMAMOS A LITURGIA?
Na missa, os cristãos são trazidos até aquele único
Sacrifício, que é eterno. Na missa, a igreja conhece
sua identidade e ensina-nos de modo mais concreto
que em qualquer solene documento papal.
4- Assim, respeitar a Liturgia é venerar a Tradição e
entender que existe uma identidade católica, uma
identidade inerente a todos e cada um de nós, que se
faz presente ao longo da Historia é respeitar quem
somos, respeitar nosso passado,respeitar nossa
identidade como cristãos católicos.
10. A Pastoral Litúrgica é um espaço privilegiado
para colocarmos cada um de nossos dons a
serviço da Comunidade. Uns cantam, uns
tocam,uns escrevem, uns limpam, uns fazem
arranjos de flores, enfim, existe lugar para
todos e ,por menor que possa parecer nossa
oferta, para Deus nada que ofertamos é
desagradável e a moeda da viúva ( que era tão
pouca e, ao mesmo, tudo o que ela tinha) foi
mais
agradável que uma fortuna em ouro e prata (
Lc 21, 1-4)
11. A beleza Litúrgica não deve ser
considerada bobagem ou como,
simplesmente, um excesso de luxo que
caberia mal em nossas comunidades, ao
contrario, deve ser entendida como forma
de elevação da alma a Deus.
Deus é beleza infinita, logo a beleza do
Rito nos levaria a própria beleza incriada,
nos levaria a entrar mais profundamente
no coração do Mistério celebrado.
12. Quando a Pastoral Litúrgica trabalha em conjunto
com o Pároco, cada um realizando sua parte e
seguindo as rubricas que lhe cabem, deixamos
emergir, mesmo que silenciosamente, a Beleza.
Celebrar decorosa e dignamente os Santos
Mistérios inclui, também dar o melhor que temos
e somos ao Senhor.
A Evangelização pela Beleza deve ser função de
cada membro da Pastor Litúrgica e entendida
como uma forma de aproximar-nos de Deus.
13. CELEBRAMOS O QUE CREMOS
Quando estamos servindo na Pastoral Litúrgica é
sempre muito importante termos em mente que
estamos realizando um importantíssimo serviço e,dessa
forma,servindo a Deus.
Devemos nos esforçar para, cada dia, servimos a Deus
de modo mais perfeito, porque também louvamos a
Deus com a perfeição de nosso trabalho.
Não deveríamos esquecer-nos de cultivar além da
amizade e dos estudos na Pastoral Litúrgica uma vida
de oração.
14. Todas as atividades que estejam ligadas a oração serão bem
vindas, especialmente nos encontros dos membros da Pastoral
Litúrgica, para lembrar-nos que não somos meras máquinas
que servem o altar, mas que somos filhos queridos e amados
de Deus e que precisamos, sempre e a cada momento, nos
tornamos mais íntimos com o Pai e Criador. Se uma PL não
reza, algo precisa ser revisto e colocado no eixo.
O serviço que exercemos deve ser realizado com ALEGRIA,
HUMILDADE E FÉ. Sempre precisamos de formação, tanto
bíblica como litúrgica. Agindo assim, na humildade e na oração,
com toda certeza, estaremos trabalhando pela nossa
santificação pessoal e santificação daqueles que tomarem
contato com nosso pequeno serviço dedicado ao Senhor e a
correta Celebração dos Seus Ministérios.
15. GRANDEZA DA IGREJA E A BELEZA DA GRAÇA DE
NELA PERMANECER.
Assim, pois, estai firmes no terreno do vosso coração! [...] O que significa
estar, o apóstolo nos ensinou, Moisés o escreveu: “O lugar em que estás é
terra santa”. Ninguém está, senão aquele que está firme na fé... e mais
uma palavra está escrita: “Tu, porém, está firme comigo’” Tu estás firme
comigo se estás na Igreja. A Igreja é a terra santa, na qual devemos estar...
Está, pois firme, e na Igreja. Está firme ali, onde eu quero aparecer a ti, ali
permaneço junto a ti. Onde está a Igreja, lá é o lugar firme do teu coração.
Sobre a Igreja se apoiam os fundamentos da tua alma. De fato, na Igreja eu te
apareci como outrora na sarça ardente. A sarça és tu, eu sou o fogo.
Fogo na sarça eu sou na tua carne. Fogo eu sou, para iluminar-te; para
queimar as espinhas dos teus pecados, para dar-te o favor da minha graça.
SANTO AMBROSIO.
16. A Fé
“Pela Fé, os discípulos formaram a
primeira comunidade reunida à volta do
ensino dos apóstolos, na oração, na
celebração da Eucaristia, pondo em
comum aquilo que possuíam para acudir
às necessidades dos irmãos” (A Porta da
Fé, 13)
17. O Ano da Fé
Seguindo o mesmo gesto do papa Paulo VI que em
1967, proclamou um ano da Fé para comemorar os
1.900 anos do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo,
o papa Bento XVI, no dia 11 de outubro do ano
passado anunciou o Ano da Fé novamente
aproveitando-se do quinquagésimo aniversário do
início do Concílio Vaticano II (1962-1965) e também
o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da
Igreja Católica.
18. Ano da Fé
O objetivo maior do evento:
“dar um renovado impulso à missão de toda a
Igreja, para conduzir os homens longe do deserto
no qual muito frequentemente se encontram em
suas vidas à amizade com Cristo que nos dá sua
vida plenamente”.
19. Como dar um renovado impulso à missão
de toda a Igreja?
1. Intensificar a celebração da fé na Liturgia,
especialmente na Eucaristia;
2. Dar testemunho da própria fé
3. Redescobrir os conteúdos da própria fé,
expostos principalmente no Catecismo;
20. A Fé Cristã
A fé cristã se manifesta de três modos:
a) A fé professada;
b) A fé celebrada;
c) A fé vivida.
21. LEX ORANDI LEX CREDENTI
Lex orandi statuat legem credendi.
Traduzindo:
A norma da oração estabeleça a norma da fé.
A Igreja crê o que ela reza. Por outro lado, a Igreja celebra ou reza o
que ela crê. O Catecismo da Igreja define a Sagrada Liturgia como
sendo a “celebração da fé cristã” ou “a celebração do Mistério Pascal”
Liturgia é lugar privilegiado para o exercício da virtude teologal da fé.
Na fé é acolhida a palavra de Deus. A fé é iluminada e expressa em
cada celebração
A Liturgia contém e revela a plenitude da fé cristã, tanto assim que ela
é considerada a norma da fé
22. A Fé – O poder Ritual
Marcos 5,25-35 “Minha Filha e tua fé te Salvou”
Rituais são símbolos, gestos, palavras, lugares e
coisas que têm um significado sagrado.
Há uma fascinante Analogia entre a humilde Fé da
mulher e o que fazemos ao celebrar a liturgia
O poder de cura está saindo de Cristo quando nos
aproximamos dos rituais sagrados com Fé.
24. O Ano Litúrgico
Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a
Igreja celebra todos os feitos salvíficos
operados por Deus em Jesus Cristo.
“Através do ciclo anual, a Igreja comemora
o mistério de Cristo, desde a Encarnação
ao dia de Pentecostes e à espera da vinda
do Senhor" (NUALC nº 43 e SC nº 102).
25. O Ano Litúrgico
Diferente do ano civil, não contrário a ele, o
Ano Litúrgico não tem data fixa de início e de
término. Sempre se inicia no primeiro Domingo
do Advento, encerrando-se no sábado da 34ª
semana do Tempo Comum, antes das
vésperas do domingo, após a Solenidade de
Cristo Rei do Universo.
26. O Ano Litúrgico
Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer
pessoa pode saber quando vai ter início o Ano
Litúrgico, pois ele se inicia sempre no domingo
mais próximo de 30 de novembro. Na prática, o
domingo que cai entre os dias 27 de novembro
e 3 de dezembro
27. O Ano Litúrgico
• O ano Litúrgico não apenas recorda as
ações de Cristo, nem somente renova a
lembrança de ações passadas, mas sua
celebração tem força sacramental e
especial eficácia para alimentar a vida
cristã; e torna-se um caminho
pedagógico-espiritual nos ritmos do
tempo.
• A liturgia se utiliza de 3 ritmos
diferentes: Ritmo Diário, Ritmo
Semanal e Ritmo Anual
28. O Ritmo Diário
Acompanha o caminho do Sol, que é o símbolo
de Cristo, o povo de Deus faz memória de
Jesus Cristo, nas horas do dia, pela celebração
do Ofício Divino – Daí o nome Liturgia das
Horas.
De tarde o Sol poente evoca o mistério da
morte. De manhã, o sol nascente evoca
mistério da ressurreição. De noite, nas vigílias
em especial no sábado, celebramos em espera
vigilante o mistério da volta do Senhor.
29. O Ritmo Diário
Os fiéis leigos também são convidados a celebrá-la ,
individual ou comunitariamente, seguindo um roteiro
simples através do Oficio Divino das
Comunidades, que conserva a teologia e a
estrutura da Liturgia das Horas.
O dia litúrgico se estende da meia-noite à meia-noite.
A Celebração do Domingo e das solenidades
começa, porém, com as Vésperas do dia precedente.
(NUALC nº3)
30. O Ritmo Semanal
• È marcado pelo Domingo, o dia em que o
Senhor se manifestou ressuscitado (Mc
16,2: Lc 24,1 : Mt 28,1 : Jo 20,1) O dia de
Pentecoste também aconteceu no domingo
(At 2,1-11)
• As outra celebrações não lhe sejam
antepostas, a não ser as de máxima
importância, porque o Domingo é o
fundamento e o núcleo do ano litúrgico (SC
106)
31. O Ritmo Semanal
• “Por causa da sua especial importância o Domingo só
cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.
Os Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa
gozam de precedência sobre todas as festas do Senhor
e todas as solenidades. As que ocorrerem nestes
domingos sejam antecipadas para o sábado”.(NUALC 5)
• O Domingo exclui, por sua natureza própria a fixação
definitiva de qualquer outra celebração.
São exceções: Festa da Sagrada Família, Batismo do
Senhor, Santíssima Trindade, Cristo Rei; E no Brasil, São
Pedro e São Paulo, Assunção de Nossa Senhora e Todos
os Santos.
32. O Ritmo Anual
• tempo litúrgico compreende 2 tempos fortes:
a) O Ciclo Pascal - tendo como centro o Tríduo
Pascal, a Quaresma como preparação e o
Tempo Pascal como prolongamento).
b) O Ciclo do Natal – com sua preparação no
advento e o seu prolongamento até a festa do
Batismo do Senhor. Além destes o Tempo
Comum.
33. O Ano Litúrgico passa por três ciclos, também chamado de anos
A, B, C.
A cada ano tem uma sequência de leituras próprias, ou seja,
leituras para o ano A, ano B e para o ano C.
Para saber de que ciclo é um determinado ano, parte-se deste
princípio: o ano que é múltiplo de 3 é do ciclo C.
Para saber se um número é múltiplo de 3, basta somar
todos os algarismos, e se o resultado for múltiplo de 3, o
número também o é.
Exemplo:
1998 é 1+9+9+8 = 27 (é múltiplo de três) logo é ano C
1999 é 1 + 9 + 9 + 9 = 28 (27+1) = ano A
2000 é 2+0+0+0 = 2 = ano B
2001 é 2+0+0+1 = 3 = ano C
2002 é 2+0+0+2 = 4 (3+1) = Ano A
34. a)Tempo do Advento
Das primeiras vésperas do domingo que cai no dia
30 de novembro ou no domingo que lhe fica mais
próximo.
O ano litúrgico, inicia-se com este tempo.
Ele possui duas características:
-preparação para o Natal, em que se comemora a
1ª vinda do Cristo.
-E também onde nossos corações se voltam com
expectativa para a sua 2ª vinda no fim dos tempos.
35. b)Tempo do Natal
Das primeiras vésperas do Natal até a festa do
Batismo do Senhor.
A oitavo do natal esta organizada do seguinte
modo:
- No domingo dentro da oitava, ou, em falta
dele, no dia 30 de dezembro celebra-se a festa
da Sagrada Família.
-No dia 26 de dezembro a festa de Santo
Estevão.
36. b)Tempo do Natal
-No dia 27 de dezembro a festa de São João Apóstolo e
Evangelista.
- No dia 28 de dezembro a festa dos Santo Inocentes.
- os dias 29, 30 e 31 são dias dentro da oitava.
-No dia 1º de janeiro, no oitavo dia, celebra-se a
solenidade de Santa Maria,Mãe de Deus.
-A Epifania é celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que
seja transferida para o domingo entre os dia 2 e 8 de
janeiro. Nela celebramos a manifestação de Jesus Cristo,
Filho de Deus, luz para iluminar todos os povos no
caminho da salvação.
- No domingo depois da Epifania celebra-se a festa do
batismo do Senhor
37. c)Tempo da Quaresma
Da 4ª feira de Cinzas até a Missa da Ceia do
Senhor, exclusive.
Do início da Quaresma até a Vigília Pascal não se
canta o Glória e muito menos o Aleluia.
O 6º domingo com o qual se inicia a Semana
Santa é chamado “Domingo de Ramos e da
paixão do Senhor ”.
A semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo,
desde sua entrada messiânica em Jerusalém.
38. d) Tríduo Pascal
Começa na quinta-feira da Semana Santa com a
missa vespertina na Ceia do Senhor.
Na sexta-feira Santa a Igreja não celebra a Eucaristia.
Recorda a Morte de Cristo por uma celebração da
Palavra de Deus, constando de leituras bíblicas, de
preces solenes, adoração da cruz e comunhão
sacramental.
A noite do Sábado Santo é a "mãe de todas as
vigílias", a celebração central de nossa fé, nela a Igreja
espera, velando, a ressurreição de Cristo, e a celebra
nos sacramentos. Portanto, toda a celebração deste
dia deve realizar-se a noite de modo que comece
depois do anoitecer.
39. e) Tempo Pascal
Os 50 dias entre o domingo de ressurreição e o
domingo de Pentecostes. São dias de Páscoa e
não após a Páscoa. Os oito primeiros dias são
celebrados como solenidades do Senhor.
No 40º dia da Páscoa, celebra-se a Ascensão do
Senhor, porém aqui no Brasil este festa é
transferida para o 7º domingo da Páscoa.
A semana seguinte até Pentecostes. Em sintonia
com outras igrejas cristãs, no Brasil, realizamos a
Semana de “Oração pela União dos Cristãos”
40. f) Tempo Comum
Além dos tempos que tem características próprias
restam no ciclo anual 33 ou 34 semanas nas quais
não se celebram nenhum aspecto especial do
mistério de Cristo; comemora-se nelas o próprio
mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente
aos domingos.
Começa no dia seguinte à celebração da festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira
antes da Quaresma, inclusive. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e
termina antes das vésperas do 1º Domingo de
Advento (NUALC nº44).