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Cultura da Convergência
      Henry Jenkins
Convergência
    • Convergência: fluxo de conteúdos através de
      múltiplos suportes midiáticos, cooperação entre
      múltiplos mercados midiáticos e comportamento
      migratório dos públicos dos meios de comunicação,
      que vão a quase qualquer parte em busca de
      experiências de entretenimento que desejam.




JENKINS, Henry. Convergence culture: where old and new media collide. New York: New York
University Press, 2006
Convergência
• “Diversas forças, contudo, começaram a derrubar os
  muros que separam esses diferentes meios de
  comunicação. Novas tecnologias midiáticas
  permitiram que o mesmo conteúdo fluísse por vários
  canais diferentes e assumisse formas distintas no
  ponto de recepção.”
Convergência
• Sistemas de distribuição são apenas e simplesmente
  tecnologias; meios de comunicação são também
  sistemas culturais.

• Um meio é um conjunto de “protocolos” associados ou
  práticas sociais e culturais que cresceram em torno
  dessa tecnologia. Tecnologias de distribuição vêm e
  vão o tempo todo, mas os meios de comunicação
  persistem como camadas dentro de um estrato de
  entretenimento e informação cada vez mais
  complicado.
Convergência
• A convergência implica transformações nos
  protocolos de produção e de consumo midiático. Ela
  altera a relação entre tecnologias existentes,
  indústrias, mercados, gêneros e públicos. Altera
  também as lógicas de operação da indústria
  midiática e dos consumidores.
Convergência
• “A convergência dos meios de comunicação impacta
  o modo como consumimos esses meios. [...] Fãs de
  um popular seriado de televisão podem capturar
  amostras de diálogos no vídeo, resumir episódios,
  discutir sobre roteiros, criar fan fiction, gravar suas
  próprias trilhas sonoras, fazer seus próprios filmes –
  e distribuir tudo isso ao mundo inteiro pela internet.”
Convergência
• A convergência é tanto um processo corporativo, de cima para
  baixo, quanto um processo de consumidor, de baixo para
  cima.
• Empresas aceleram o fluxo de conteúdo midiático pelos
  canais de distribuição para aumentar as oportunidades de
  lucros. Consumidores aprendem a utilizar diferentes
  tecnologias para ter um controle mais completo sobre o fluxo
  de mídia e para interagir com outros consumidores.
• Inspirados por esses ideais, os consumidores estão lutando
  pelo direito de participar mais plenamente de sua cultura. O
  embate entre convergência corporativa e convergência
  redefine a face da cultura.
Convergência




• As palavras interação e a cultura participativa são fundamentais
  nesse percurso.
Convergência
• O processo convergente se desenvolve aliando o
  poder do produtor de mídia ao do consumidor.
• A audiência assume a condução dos modos
  convergentes.
• O consumidor participativo faz barulho tanto de cima
  pra baixo, como de baixo pra cima.
• O conteúdo circula mais e consequentemente atinge
  mais pessoas e mais remixagens.
Convergência
• “Permitir aos consumidores interagir com as mídias
  sob circunstâncias controladas é uma coisa; permitir
  que participem na produção e distribuição de bens
  culturais – seguindo as próprias regras – é
  totalmente outra” (JENKINS, 2006).

• Os fãs constituem um grupo de consumidores com
  comportamento mais ativo e reivindicador (JENKINS,
  1992; 2008).
Convergência
• O fã é um membro de uma subcultura que age de forma
  participativa com relação aos seus produtos de adoração e
  contesta taticamente o formato tradicional de consumo
  cultural. Além disso, são pioneiros na adaptação às
  tecnologias.

• A condição de fã é fruto da articulação entre produção,
  consumo e reinvestimento. MONTEIRO (2007)

• Esta articulação ocorre por uma afetividade investida em
  determinado produto e numa comunidade de sujeitos que
  compartilha interesses, gerando um empenho e um
  investimento pessoais.
Convergência
• O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e
  informação facilita a interação entre o grupo, permitindo com
  que ela seja realizada sem as barreiras geográficas e
  temporais.
• As redes digitais também ampliam a possibilidade de
  aquisição de produtos relacionados ao seu objeto de
  adoração, o acesso a informações relacionadas a Star Wars e a
  distribuição das produções amadoras, confirmando o que
  propõe a ideia da cultura da convergência.
• A facilitação do consumo e acesso também atua em prol do
  mercado.
Convergência
• Táticas de apropriação cotidianas ligadas à diversão, mas não
  despolitizadas.
• Afetividade, investimento pessoal, busca pelo estar-junto,
  busca pela comunidade que compartilha interesses, satisfação
  pessoal.
• A cultura da convergência não é apenas uma questão otimista
  do desenvolvimento tecnológico, há um caráter
  mercadológico e comercial na sua constituição, uma vez que
  divulga seus produtos e produções em países nos quais há
  pouco investimento em publicidade e atração dos
  consumidores.
Convergência
• A narrativa transmidiática refere-se a uma nova estética que
  surgiu em resposta à convergência de mídias – uma estética que
  faz novas exigências aos consumidores e depende da
  participação ativa das comunidades de conhecimento. A
  narrativa transmidiática é a arte da criação de um universo.
Cultura da convergência




Teoria do meio                Teoria do hipertexto
• Os meios e as mídias são inseparáveis das formas de
  socialização e cultura que ajudam a criar.
• A cultura digital traz consigo novos ambientes
  comunicacionais próprios e característicos do momento
  vivido.
• Cultura impressa = sujeito fixo e estável
• Cultura digital = sujeito mutante e instável
• Os sujeitos são sempre mediados por linguagem.
• A linguagem da cultura digital altera os sujeitos e cria um
  sujeito cultural próprio do momento.
• As pessoas não querem só informação na mídia, mas
  também é fundamental ver-se, ouvir-se, participar, fazer
  parte de uma comunidade.
• A informação e a comunicação, no sentido da partilha de
  emoções e de sentimentos, só podem dirigir-se a tribos
  que comungam em torno de um totem.
• A noção de cultura aplicada precisa estar diretamente
  ligada ao contexto social atual e não é uma noção/idéia
  fechada.
• As constantes e diferentes experiências do cotidiano
  geram novas/diferentes significações.
As práticas em mutação no
     jornalismo digital
             ou
Manifesto pós-jornalístico
Ross Dawson
Os presságios mortais contra a mídia - ou contra o
jornalismo – vêm de longe. Jean Baudrillard, em seu
clássico Requiem for the media, de 1972, atacou o
sistema de meios de comunicação unilateral e vertical.
Entendendo a comunicação como mais do que uma
simples transmissão-recepção da mensagem.

Informar não é comunicar.

Mas a maior parte dos meios de comunicação
continuou na idade da Internet com a transmissão-
recepção clássica da mensagem.
Manifesto pós-jornalístico
• 1) A informação torna-se um processo
  compartilhado. Os produtores de informação
  incluem os leitores no desenvolvimento do
  conteúdo. Compartilhar em blogs, plataformas
  de vídeo ou sites os detalhes de como eles
  têm desenvolvido o trabalho informativo é tão
  importante quanto o resultado final. O
  conteúdo irá tornar-se um making of em
  tempo real.
Manifesto pós-jornalístico
• 2) A definição do conteúdo evolui, cresce, se
  expande. Discutir a notícia, espalhá-la com
  valor acrescentado (mais conteúdo), remixá-
  la, é criar conteúdo. A adesão (clickar no “Eu
  curti” em uma rede social) é uma nova
  mutação do conteúdo. A edição será
  considerada uma forma de autoria.
Manifesto pós-jornalístico
• 3) O pós-jornalista confunde-se com o
  curador. Selecionar o conteúdo relevante na
  infosfera da superabundância será uma das
  suas principais tarefas. Filtrar conteúdo será
  uma das funções do pós-jornalista.
Manifesto pós-jornalístico
• 4) Temos que entender o pós-jornalismo como
  uma estrutura de código aberto em constante
  desenvolvimento. Ninguém é dono do
  jornalismo. Qualquer um pode usá-lo.
  Qualquer um pode melhorá-lo. Qualquer um
  pode hackeá-lo.
Manifesto pós-jornalístico
• 5) A notícia - que não vai desaparecer- não é mais a
  unidade básica do pós-jornalismo. O fluxo, um fluxo
  constante de fatos, dados e declarações, torna-se a
  espinha dorsal do pós-jornalista. A informação torna-se
  um rio compartilhado que incorpora fragmentos
  distribuídos produzidos por jornalistas e leitores. O rio
  vai coexistir com uma estrutura de informação
  descentralizada (arquivo em beta) inspirada na
  Wikipedia.
Manifesto pós-jornalístico
• 6) A informação não é mais um produto: é
  uma comunidade. Às vezes, as comunidades
  vão viver ao redor do conteúdo gerado pelos
  pós-jornalistas. Em outras ocasiões, elas
  próprias desenvolverão seus próprios
  conteúdos. A mídia, com conteúdo próprio ou
  alheio, tem que tentar ser uma plataforma de
  interações.
Manifesto pós-jornalístico
• 7) O imediato será considerado como um simples plug in
  ou aplicativo de algo maior. Sem um sistema operacional,
  sem um gestor de conteúdo, o plug in ou aplicativo de
  software é inútil. O imediato, ainda que importante, já
  não é o epicentro do pós-jornalismo. A inteligência
  coletiva de uma população armada de telefones
  inteligentes será o melhor amigo (não inimigo) do pós-
  jornalismo para compreender e cubrir o imediato.
  Grande parte das fontes clássicas serão devoradas por
  essa inteligência coletiva em tempo real.
Manifesto pós-jornalístico
• 8) O pós-jornalismo dá sentido aos fatos já
  conhecidos. O leitor vai encontrar menos
  notícias nas marcas informativas. Vai entender
  depois de consultar as marcas informativas os
  fragmentos já conhecidos. Portanto, não basta
  informar. Se comunicar com os leitores não é
  suficiente. Explicar, analisar e contextualizar
  são características que irão se diluindo em
  todos os gêneros narrativos.
Manifesto pós-jornalístico
• 9) Sobre a definição de narração: as histórias
  estarão construídas com peças de diferentes
  tipos, com peças sobrepostas, com partes
  modificáveis​​. As histórias vão adotar novos e
  imprevisíveis formatos híbridos construídos
  com peças aparentemente desconexas.
Manifesto pós-jornalístico
• 10) Sobre o eco da mensagem: agora
  prevalece a importância da circulação e do
  compartilhado. A mensagem será coral,
  distribuída, enriquecida e retroalimentada
  durante todo o ciclo da comunicação. O eco -
  uma nova narração coletiva - se confunde com
  a mensagem.


http://wiki.foradoeixo.org.br/index.php?title=Manifesto_P%C3%B3s-Jornalismo

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Cultura da convergência

  • 1. Cultura da Convergência Henry Jenkins
  • 2. Convergência • Convergência: fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca de experiências de entretenimento que desejam. JENKINS, Henry. Convergence culture: where old and new media collide. New York: New York University Press, 2006
  • 3. Convergência • “Diversas forças, contudo, começaram a derrubar os muros que separam esses diferentes meios de comunicação. Novas tecnologias midiáticas permitiram que o mesmo conteúdo fluísse por vários canais diferentes e assumisse formas distintas no ponto de recepção.”
  • 4. Convergência • Sistemas de distribuição são apenas e simplesmente tecnologias; meios de comunicação são também sistemas culturais. • Um meio é um conjunto de “protocolos” associados ou práticas sociais e culturais que cresceram em torno dessa tecnologia. Tecnologias de distribuição vêm e vão o tempo todo, mas os meios de comunicação persistem como camadas dentro de um estrato de entretenimento e informação cada vez mais complicado.
  • 5. Convergência • A convergência implica transformações nos protocolos de produção e de consumo midiático. Ela altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e públicos. Altera também as lógicas de operação da indústria midiática e dos consumidores.
  • 6. Convergência • “A convergência dos meios de comunicação impacta o modo como consumimos esses meios. [...] Fãs de um popular seriado de televisão podem capturar amostras de diálogos no vídeo, resumir episódios, discutir sobre roteiros, criar fan fiction, gravar suas próprias trilhas sonoras, fazer seus próprios filmes – e distribuir tudo isso ao mundo inteiro pela internet.”
  • 7. Convergência • A convergência é tanto um processo corporativo, de cima para baixo, quanto um processo de consumidor, de baixo para cima. • Empresas aceleram o fluxo de conteúdo midiático pelos canais de distribuição para aumentar as oportunidades de lucros. Consumidores aprendem a utilizar diferentes tecnologias para ter um controle mais completo sobre o fluxo de mídia e para interagir com outros consumidores. • Inspirados por esses ideais, os consumidores estão lutando pelo direito de participar mais plenamente de sua cultura. O embate entre convergência corporativa e convergência redefine a face da cultura.
  • 8. Convergência • As palavras interação e a cultura participativa são fundamentais nesse percurso.
  • 9. Convergência • O processo convergente se desenvolve aliando o poder do produtor de mídia ao do consumidor. • A audiência assume a condução dos modos convergentes. • O consumidor participativo faz barulho tanto de cima pra baixo, como de baixo pra cima. • O conteúdo circula mais e consequentemente atinge mais pessoas e mais remixagens.
  • 10. Convergência • “Permitir aos consumidores interagir com as mídias sob circunstâncias controladas é uma coisa; permitir que participem na produção e distribuição de bens culturais – seguindo as próprias regras – é totalmente outra” (JENKINS, 2006). • Os fãs constituem um grupo de consumidores com comportamento mais ativo e reivindicador (JENKINS, 1992; 2008).
  • 11. Convergência • O fã é um membro de uma subcultura que age de forma participativa com relação aos seus produtos de adoração e contesta taticamente o formato tradicional de consumo cultural. Além disso, são pioneiros na adaptação às tecnologias. • A condição de fã é fruto da articulação entre produção, consumo e reinvestimento. MONTEIRO (2007) • Esta articulação ocorre por uma afetividade investida em determinado produto e numa comunidade de sujeitos que compartilha interesses, gerando um empenho e um investimento pessoais.
  • 12.
  • 13. Convergência • O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação facilita a interação entre o grupo, permitindo com que ela seja realizada sem as barreiras geográficas e temporais. • As redes digitais também ampliam a possibilidade de aquisição de produtos relacionados ao seu objeto de adoração, o acesso a informações relacionadas a Star Wars e a distribuição das produções amadoras, confirmando o que propõe a ideia da cultura da convergência. • A facilitação do consumo e acesso também atua em prol do mercado.
  • 14. Convergência • Táticas de apropriação cotidianas ligadas à diversão, mas não despolitizadas. • Afetividade, investimento pessoal, busca pelo estar-junto, busca pela comunidade que compartilha interesses, satisfação pessoal. • A cultura da convergência não é apenas uma questão otimista do desenvolvimento tecnológico, há um caráter mercadológico e comercial na sua constituição, uma vez que divulga seus produtos e produções em países nos quais há pouco investimento em publicidade e atração dos consumidores.
  • 15. Convergência • A narrativa transmidiática refere-se a uma nova estética que surgiu em resposta à convergência de mídias – uma estética que faz novas exigências aos consumidores e depende da participação ativa das comunidades de conhecimento. A narrativa transmidiática é a arte da criação de um universo.
  • 16. Cultura da convergência Teoria do meio Teoria do hipertexto
  • 17. • Os meios e as mídias são inseparáveis das formas de socialização e cultura que ajudam a criar. • A cultura digital traz consigo novos ambientes comunicacionais próprios e característicos do momento vivido. • Cultura impressa = sujeito fixo e estável • Cultura digital = sujeito mutante e instável • Os sujeitos são sempre mediados por linguagem. • A linguagem da cultura digital altera os sujeitos e cria um sujeito cultural próprio do momento.
  • 18. • As pessoas não querem só informação na mídia, mas também é fundamental ver-se, ouvir-se, participar, fazer parte de uma comunidade. • A informação e a comunicação, no sentido da partilha de emoções e de sentimentos, só podem dirigir-se a tribos que comungam em torno de um totem. • A noção de cultura aplicada precisa estar diretamente ligada ao contexto social atual e não é uma noção/idéia fechada. • As constantes e diferentes experiências do cotidiano geram novas/diferentes significações.
  • 19. As práticas em mutação no jornalismo digital ou Manifesto pós-jornalístico
  • 21. Os presságios mortais contra a mídia - ou contra o jornalismo – vêm de longe. Jean Baudrillard, em seu clássico Requiem for the media, de 1972, atacou o sistema de meios de comunicação unilateral e vertical. Entendendo a comunicação como mais do que uma simples transmissão-recepção da mensagem. Informar não é comunicar. Mas a maior parte dos meios de comunicação continuou na idade da Internet com a transmissão- recepção clássica da mensagem.
  • 22. Manifesto pós-jornalístico • 1) A informação torna-se um processo compartilhado. Os produtores de informação incluem os leitores no desenvolvimento do conteúdo. Compartilhar em blogs, plataformas de vídeo ou sites os detalhes de como eles têm desenvolvido o trabalho informativo é tão importante quanto o resultado final. O conteúdo irá tornar-se um making of em tempo real.
  • 23. Manifesto pós-jornalístico • 2) A definição do conteúdo evolui, cresce, se expande. Discutir a notícia, espalhá-la com valor acrescentado (mais conteúdo), remixá- la, é criar conteúdo. A adesão (clickar no “Eu curti” em uma rede social) é uma nova mutação do conteúdo. A edição será considerada uma forma de autoria.
  • 24. Manifesto pós-jornalístico • 3) O pós-jornalista confunde-se com o curador. Selecionar o conteúdo relevante na infosfera da superabundância será uma das suas principais tarefas. Filtrar conteúdo será uma das funções do pós-jornalista.
  • 25. Manifesto pós-jornalístico • 4) Temos que entender o pós-jornalismo como uma estrutura de código aberto em constante desenvolvimento. Ninguém é dono do jornalismo. Qualquer um pode usá-lo. Qualquer um pode melhorá-lo. Qualquer um pode hackeá-lo.
  • 26. Manifesto pós-jornalístico • 5) A notícia - que não vai desaparecer- não é mais a unidade básica do pós-jornalismo. O fluxo, um fluxo constante de fatos, dados e declarações, torna-se a espinha dorsal do pós-jornalista. A informação torna-se um rio compartilhado que incorpora fragmentos distribuídos produzidos por jornalistas e leitores. O rio vai coexistir com uma estrutura de informação descentralizada (arquivo em beta) inspirada na Wikipedia.
  • 27. Manifesto pós-jornalístico • 6) A informação não é mais um produto: é uma comunidade. Às vezes, as comunidades vão viver ao redor do conteúdo gerado pelos pós-jornalistas. Em outras ocasiões, elas próprias desenvolverão seus próprios conteúdos. A mídia, com conteúdo próprio ou alheio, tem que tentar ser uma plataforma de interações.
  • 28. Manifesto pós-jornalístico • 7) O imediato será considerado como um simples plug in ou aplicativo de algo maior. Sem um sistema operacional, sem um gestor de conteúdo, o plug in ou aplicativo de software é inútil. O imediato, ainda que importante, já não é o epicentro do pós-jornalismo. A inteligência coletiva de uma população armada de telefones inteligentes será o melhor amigo (não inimigo) do pós- jornalismo para compreender e cubrir o imediato. Grande parte das fontes clássicas serão devoradas por essa inteligência coletiva em tempo real.
  • 29. Manifesto pós-jornalístico • 8) O pós-jornalismo dá sentido aos fatos já conhecidos. O leitor vai encontrar menos notícias nas marcas informativas. Vai entender depois de consultar as marcas informativas os fragmentos já conhecidos. Portanto, não basta informar. Se comunicar com os leitores não é suficiente. Explicar, analisar e contextualizar são características que irão se diluindo em todos os gêneros narrativos.
  • 30. Manifesto pós-jornalístico • 9) Sobre a definição de narração: as histórias estarão construídas com peças de diferentes tipos, com peças sobrepostas, com partes modificáveis​​. As histórias vão adotar novos e imprevisíveis formatos híbridos construídos com peças aparentemente desconexas.
  • 31. Manifesto pós-jornalístico • 10) Sobre o eco da mensagem: agora prevalece a importância da circulação e do compartilhado. A mensagem será coral, distribuída, enriquecida e retroalimentada durante todo o ciclo da comunicação. O eco - uma nova narração coletiva - se confunde com a mensagem. http://wiki.foradoeixo.org.br/index.php?title=Manifesto_P%C3%B3s-Jornalismo