O documento discute a força educadora da doutrina espírita. A doutrina atua de forma pedagógica por meio de seus 10 princípios fundamentais, incluindo Deus, Espírito, Comunicação, Mediunidade, Reencarnação e Evolução. Cada um desses princípios desempenha um papel no processo educativo espírita ao longo das vidas.
1. Força Educadora da Doutrina
Espírita
Prof.Ney Lobo
Só a educação poderá reformar o
homem LE 796
2. Ney Lobo - *1919 + 28/09/2012
• Nascido em Curitiba, em 1919, tornou a Pátria Espiritual dia 28/09/2012,
fez carreira militar e formou-se em Letras em 1936. Licenciou-se depois
em Filosofia em 1964 e ainda continua militando pela Pedagogia Espírita,
escrevendo e dando cursos pelo Brasil.
Viveu sempre em sua cidade natal, afastando-se apenas por curtos
períodos em virtude da carreira no exército, e dedicou-se de corpo e alma
à idéia e à prática da Pedagogia Espírita.
• Como Pestalozzi, Ney Lobo não partiu da teoria para a prática, mas extraiu
a teoria da prática. Primeiro experimentou, atuou, criou métodos e depois
expôs tudo em suas obras escritas, sobretudo nos cinco volumes de
Filosofia Espírita da Educação, onde explicita a conexão entre os
fundamentos espíritas e as conseqüentes propostas didático-pedagógicas.
3. A oportunidade que a Misericórdia Divina
concede hoje a Espíritos como nós, que
precisamos aprender a edificar a própria
existência sobre a Verdade, é valorosa demais
para ser desperdiçada em nome da preguiça, do
tédio ou da “curtição”.
• Texto extraído do livro Espiritismo e Educação, de Ney Lobo,
ed. FESPE, 1995, p. 33 e 34.
4. • “ Por meio do Espiritismo, a Humanidade tem que entrar numa nova fase,
a do progresso moral que lhe é conseqüência inevitável. Não mais, pois,
vos espanteis da rapidez com que as idéias espíritas se propagam. A causa
dessa celeridade reside na satisfação que trazem a todos os que as
aprofundam e que nelas vêem alguma coisa mais do que fútil
passatempo. Ora, como cada um o que acima de tudo quer é a sua
felicidade, nada há de surpreendente em que cada um se apegue a uma
idéia que faz ditosos os que a esposam.
• Três períodos distintos apresenta o desenvolvimento dessas idéias:
primeiro, o da curiosidade, que a singularidade dos fenômenos
produzidos desperta;
• segundo, o do raciocínio e da filosofia;
• terceiro, o da aplicação e das conseqüências. O período da curiosidade
passou; a curiosidade dura pouco. Uma vez satisfeita, muda de objeto. O
mesmo não acontece com o que desafia a meditação séria e o raciocínio.
Começou o segundo período, o terceiro virá inevitavelmente. (AK-1857)
5. Educandos
• A Educação do Espírito é um caminho de
ascensão e toda ascensão requer
empenho e amor. (Equipe Eurípedes
Barsanulfo [2, p. 29])
• Somos todos viajantes em uma jornada
milenar repleta de quedas vertiginosas e
também de tímidos, mas valorosos,
acertos. Reconhecer nossa condição de
Espíritos em experiência de redenção é
um passo fundamental para o sucesso
desta nova oportunidade que a
Misericórdia Divina nos concedeu.
6. Salvação = Educação
• Explica-nos Vinícius (3, p. 30) que "a obra
da salvação é obra de educação",
acrescentando com a clareza do
educador experiente que "nunca será
demais afirmar esta tese". Se há uma
razão comum para estarmos hoje na
Escola da Terra, é a necessidade de
educarmo-nos. Educar emoções doentes,
pensamentos viciados e a vontade
enfraquecida pela falta de uso consciente
e sistemático.
7. Educação do Espírito
• A Educação do Espírito é o processo
de reconhecimento profundo de si.
Das virtudes, dos potenciais, da
filiação divina, da irmandade
universal, da Luz. Mas também das
dores, da culpa, do medo, dos vícios
e das sombras. É o reconhecimento
daquilo que somos, de forma a nos
dar condições para edificar, desde
já, aquilo que viremos a ser.
8. Religião
• Vivemos numa mundo em que a religião é tratada como
assunto cada vez mais distante do cotidiano, e as coisas
espirituais não passam de preocupações "aceitáveis" na
vida de um profissional bem-sucedido que seja cidadão
honesto. Ou seja: aquilo que é a razão de ser da
experiência da alma no corpo material ganha cada vez
mais ares de adereço dotado de importância secundária,
na mesma medida em aquilo que não passa de meio, de
recurso para a aquisição dos Valores Eternos por parte do
Espírito assume papel central na vida das sociedades
contemporâneas.
9. Convite de Jesus
• O convite de Jesus não é só para que
tenhamos contato com o Trabalho no
Bem. É para fazermos dele um recurso
concreto para a edificação de um
Novo Tempo em nossa existência.
Tempo de desapego à ilusão e às
emoções de doentes. Tempo de deixar
para trás a sombra e a ilusão. Tempo
de assumirmos um novo
compromisso. Desta vez, finalmente,
com a Verdade!
10. Educação Permanente
• É Aquela que num processo continuo, se
estende por toda a vida, procurando
desenvolver todas as potencialidades do ser
humano e na qual todos se educam desde que
nascem até que morrem.
• Todos são submetidos a um processo
incessante, por enquanto é um simples
concepçao e depende de ação política
profunda que reforme a sociedade.
11. Educação espirita
• Idades físicas e espirituais
• Fisicas – infância, adolescência, juventude e
madureza.
• Espirituais - infância, adolescência, juventude
e madureza sempre em ascensão através da
reencarnação.
12. Força educadora da D. E.
• A Doutrina Espírita, pedagogicamente, atua sobre as pessoas
pelo seu conjunto estrutural, na sinergia de seus 10 princípios
fundamentais:
• 1. DEUS
• 2. ESPÍRITO
• 3. COMUNICAÇÃO
• 4. MEDIUNIDADE
• 5. REENCARNAÇÃO 6. RESPONSABILIDADE
• 7. EVOLUÇÃO
• 8. CRISTO
• 9. CARDADE
• 10. PLURALIDADE
13. 1. DEUS
• É o referencial absoluto “O
magister universalis”; o objetivo
supremo e último da Educação
Espírita. Deus assinala a direção
do processo educativo sem o
qual, ele perderia o seu sentido
da marcha e a meta final. (“sede
perfeito, como é perfeito o
vosso Pai que está nos céus”).
14. 2. ESPÍRITO
• É o objeto ao qual se aplica o
processo educativo (Auto ou
hetero): o espírito imortal.
15. 3. COMUNICAÇÃO
• A comunicabilidade com o
plano espiritual possibilita o
duplo sentido do influxo
educativo: dos espíritos sobre
os encarnados (orientações
mediúnicas, intuição), e desses
para aqueles (doutrinação).
16. 4. MEDIUNIDADE
• O instrumento que garante esse
duplo sentido do esforço
pedagógico entre os dois planos
de vida. E, ainda, a mediunidade
simples e discreta como veículo
da influência educativa do Plano
Espiritual.
17. 5. REENCARNAÇÃO
• A recapitulação das lições
pedagógicas mal, ou não
aproveitadas, no passado
espiritual. E, também, a
garantia da continuidade da
educação através das vidas
sucessivas.
18. 6. RESPONSABILIDADE
• O intuito cósmico-moral-
pedagógico que impõe as
recapitulações dolorosas das
lições mal aproveitadas pelo
livre-arbítrio; e as meritórias
satisfações discentes pelo uso
correto da liberdade.
20. 8. CRISTO
• O Mestre da
humanidade terrena
pelo seu Evangelho
como livro-texto: diretriz
da aprendizagem, o
roteiro do bom êxito
pedagógico.
21. 9. CARIDADE
• A prova e exame final de avaliação da
aprendizagem: Fora da caridade não há
aprovação, nem promoção de série.
• AK – “Fora da caridade não há salvação”
• Paulo – ESE cap 15
22. 10. PLURALIDADE
• A pluralidade dos mundos habitados
garantindo a continuidade da educação dos
Espíritos através de sucessivos e
hierarquizados educandários.