O documento descreve os principais instrumentos e técnicas utilizados pelo assistente social, incluindo folha de produção diária, observação, visitas domiciliares, acompanhamento social, entrevistas, relatórios e encaminhamentos. Ele explica o conceito e finalidade de cada um destes instrumentos para a prática profissional do assistente social.
3. A utilização dos instrumentais no cotidiano da prática
profissional é um fator preponderante para o assistente
social. Como todos os profissionais têm seus
instrumentos de trabalho, e sendo o assistente social
um trabalhador inserido na divisão social e técnica do
trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas,
técnicas e éticas-políticas necessárias para o seu
exercício profissional. Os instrumentais técnico-
operativos são como um conjunto articulado de
instrumentos e técnicas que permitem a
operacionalização da ação profissional.
4. O uso dos instrumentais técnico-operativos
pode ser visto como uma estratégia para a
realização de uma ação na prática profissional,
onde o instrumental e a técnica estão
relacionados em uma unidade dialética,
refletindo o uso criativo do instrumental com o
uso da habilidade técnica. O instrumental
abrange não só o campo das técnicas como
também dos conhecimentos e habilidades
6. Como prática profissional, o Assistente Social deve coordenar e executar
programas de enfretamento à pobreza, que assegurem a elevação da autoestima,
o acesso a bens, serviços e renda para segmentos mais vulnerabilizados pela
situação de pobreza e exclusão social, desenvolver programas voltados para o
atendimento aos grupos de maior risco, realizar e disponibilizar estudos e
pesquisas no âmbito das Políticas Sociais.
Quanto às atribuições do assistente social enquanto prática profissional deve
coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas e
projetos na área de Serviço Social; prestar informações e elaborar pareceres na
área de atuação do Serviço Social; planejar, coordenar, executar atividades sócio-
educativas; estabelecer parcerias e contatos institucionais; atuar como facilitadora
de processos de formação de lideranças e organização comunitária; planejar,
coordenar e realizar reuniões e palestras na área de atuação do Serviço Social;
elaborar relatórios técnicos e analíticos; treinar, avaliar, supervisionar e orientar
estagiários de Serviço Social.
Os instrumentos técnico-operativos utilizados pelo assistente social do Programa
Acesso à Cidadania são: folha de produção diária, conversas informais,
documentação, Reunião, observação, entrevistas, fichas de cadastro,
encaminhamentos, registros, acompanhamento social, relatórios e visitas
domiciliares.
8. A Folha de Produção Diária
Conceito: É um instrumento no qual o assistente social anota as demandas diárias,
é uma folha que especifica a data e a ocorrência dos atendimentos para controle do
assistente social.
Finalidade: Na folha de produção diária consta; a data do atendimento ou
atividade, ao lado as atividades e as providências que foram tomadas e a assinatura
do estagiário ou assistente social responsável no momento do atendimento
9. A Observação
Conceito: A observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato
ou conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho e,
como tal, encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um
processo mental e, ao mesmo tempo, técnico.
Finalidade: A observação é um instrumento importante em momentos de decisão em
que o assistente social precisa ter segurança, fixando-se nos objetivos no qual se
pretende alcançar.
10. As Visitas domiciliares
é uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais
profissionais, junto aos indivíduos em seu próprio meio social ou familiar, a autora
também nos revela que a entrevista possui pelo menos três técnicas embutidas como: a
observação, a entrevista e a história ou relato oral.
Finalidade: A finalidade da visita domiciliar é específica, guiada por um planejamento
ou roteiro preliminar. As visitas domiciliares têm a finalidade de fazer
acompanhamento relacionados às condições de moradia, saúde, a fim de elaborar o
relatório de visita domiciliar e emissão de parecer social.
11. O Acompanhamento Social
Conceito: É um procedimento técnico de caráter continuado,
e por período de tempo determinado, no qual é necessário
que haja vínculo entre o usuário e o profissional.
Finalidade: O acompanhamento sócio-familiar é feito
quando detectado na entrevista a necessidade de se fazer
encaminhamentos diversificados.
12. As Entrevistas
Conceito: Técnica utilizada pelos profissionais do Serviço Social junto aos usuários
para levantamento e registro de informações. Esta técnica visa compor a história de
vida, definir procedimentos metodológicos, e colaborar no diagnóstico social.
A entrevista é um instrumento de trabalho do assistente social, e através dela é
possível produzir confrontos de conhecimentos e objetivos a serem alcançados.
É na entrevista que uma ou mais pessoas podem estabelecer uma relação
profissional, quanto quem entrevista e o que é entrevistado saem transformados
através do intercâmbio de informações .
Finalidade: A entrevista tem objetivo em colher informações sobre o usuário.
13. Os Relatórios
Conceito: É um documento de registro de
informações, observações, pesquisas,
investigações, fatos, e que varia de acordo
com o assunto e as finalidades.
Finalidade: Os relatórios são bastante
utilizados na prática profissional do
assistente social por que serve como
registro importante capaz de subsidiar
decisões.
14. Os Encaminhamentos
Conceito: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a
oferta de serviços oferecidos, sendo que os encaminhamentos devem ser sempre
formais, seja para a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando
necessário, deve ser procedido de contato com o serviço de destino para contribuir
com a efetivação do encaminhamento e sucedido de contato para o retorno da
informação.
Finalidade: Os encaminhamentos são peça fundamental para que o trabalho do
assistente social seja efetivado, por exemplo, se o programa está relacionado à
inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, é necessário articular
vagas nas empresas privadas ou instituições governamentais e não
governamentais. Além de incluir no mercado de trabalho, o assistente social deverá
também proporcionar aos usuários do programa, cursos de capacitação
profissional, neste caso a articulação através das redes se faz imprescindível.
15. Fichas de Cadastro
Conceito: É um instrumento de registro de informação destinado a receber informes, a
fim de armazenar e transmitir informações sobre o usuário. As fichas de cadastro
servem para transformar dados em informações.
Finalidade: A ficha de Cadastro serve como fonte para agrupamento de dados e
informações sobre o usuário do programa, por exemplo. A ficha de cadastro é
composta de informações diversas desde dados pessoais, endereço, documentação,
parecer técnico
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os instrumentais técnico-operativos não são apenas as fichas de triagem, visitas
domiciliares, encaminhamentos, entre outros. O Serviço Social atualmente está inserido
dentro de uma perspectiva dialética, em que se acredita na dinâmica social, onde a
sociedade está diversificada e entregue à transformação. É nesta perspectiva que o
Serviço Social está procurando se adequar, sendo também dinâmico e criativo para
atender as demandas que crescem na medida em que cresce as desigualdades sociais.
17. REFERÊNCIAS
AMARO, Sarita. Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa. Porto Alegre:
AGE, 2003.
LEWGOY, Alzira Maria Baptista, SILVEIRA, Esalba Carvalho. A entrevista no processo
de trabalho do Assistente Social. Revista Virtual Textos & Contextos. N.º 8. Ano VI.
Dezembro, 2007.
MARTINELLI, Maria Lúcia, KOUMROUYAN, Elza. Um novo olhar para a questão dos
instrumentais técnico-operativos em Serviço Social. Revista Serviço Social& Sociedade.
N.º 54. São Paulo: Cortez, 1994.
Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social de Belo Horizonte. Dicionário de
Termos Técnicos da Assistência Social. 2007.
SOUZA, Maria Luiza de. Desenvolvimento de Comunidade e Participação. 8ª ed. São
Paulo: Cortez, 2000.