epidemiologia, FATORES SOCIAIS DE RISCO, USO DE DROGAS NA GESTAÇÃO, DROGAS Vs. AIDS/DST’s, INDICADORES DE USO, por quê usam?, FATORES SOCIAIS DE PROTEÇÃO, tratamento
Drogas na infância e adolescência: epidemiologia, fatores de risco e tratamento
1. AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO BELO JARDIM
CURSO DE BACHARELADO EM EFERMAGEM
DISCIPLINA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECÇÕES PEDIÁTRICAS
DOCENTE: PROFº IRONALDO VERAS
DISCENTES:
FERNANDA MARINHO
JÉSSICA LANE
JOSIELMA MARINHO
NATALIA MARQUES
NYEDJA LUANA
4. INTRODUÇÃO
• Conceito
▫ Drogas:
São substâncias entorpecentes, psicotrópicas,
precursoras e outras sob controle especial, da
Portaria SVS/MS, nº344, de 12 de Maio de
1998.
Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), droga é toda a substância que
introduzida no organismo vivo modifica uma ou
mais das suas funções.
6. INTRODUÇÃO
• O uso precoce pode resultar em maior probabilidade de
ocorrer atrasos no desenvolvimento e prejuízos cognitivos
por tratar-se de um cérebro ainda imaturo, resultando em
dificuldades de aprendizado e impactando negativamente na
qualidade de vida.
(Scivoletto e Andrade, 1999).
7. INTRODUÇÃO
• De acordo com alguns autores, quanto mais precoce for o
início do uso de drogas, maior a chance de o indivíduo tornar-
se um usuário regular e apresentar problemas decorrentes
desse uso.
(Pedroso, Oliveira e Araujo, 2006).
8. INTRODUÇÃO
• Um dos problemas mais graves que afetam a escola é o
consumo e o tráfico de drogas. As crianças têm contato e
iniciam-se no vício cada vez mais cedo, conseguem as drogas
de forma tão fácil quanto comprar balas no bar da esquina e
pais e professores sentem-se de “mãos atadas” diante do
problema, sem saber qual a melhor solução.
9. INTRODUÇÃO
• Os adolescentes estão ainda expostos às drogas usadas para
melhorar o desempenho esportivo ou para adquirir músculos;
• Os anabolizantes: aumentam o tamanho, a força, a potência dos
músculos, e a tolerância ao exercício. São os preferidos dos
halterofilistas, lutadores de artes marciais e dos jovens que
querem ter um corpo mais musculoso;
• Os estimulantes: como as anfetaminas e a cafeína, aumentam a
tolerância ao esforço físico e à dor, e são normalmente usados por
jogadores de basquete, vôlei, futebol e por ciclistas.
10. EPIDEMIOLOGIA
• Segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas – Cebrid, realizada em 2004:
▫ 5,2% dos jovens brasileiros entre 12 e 17 anos são dependentes de
álcool, 2,2% de tabaco, 0,6% da maconha e 0,2% de
tranqüilizantes.
• O Cebrid também identificou que 15,5% dos estudantes
brasileiros de ensino fundamental e médio da rede pública já
usaram solventes e inalantes pelo menos uma vez na vida. Esse
número sobe para 19,1% quando considerados apenas os
jovens entre 16 e 18 anos.
11. EPIDEMIOLOGIA
• Mortalidade:
▫ 6 milhões de morte atribuídas ao uso de tabaco no mundo;
▫ 2,5 milhões de mortes atribuídas ao uso de álcool;
▫ 200 mil mortes atribuídas ao uso de drogas ilícitas.
12. EPIDEMIOLOGIA
• 65,2% dos estudantes brasileiros já experimentaram álcool;
• 24,2% dos escolares no 9º ano do Ensino Fundamental
experimentaram cigarros;
• 9,3% dos adolescentes entre 10 e 19 anos são fumantes;
13. EPIDEMIOLOGIA
• 1,7 milhões de adolescentes perdem suas vidas todos os anos
em eventos relacionados ao consumo de álcool e drogas;
• 4º diagnóstico mais frequente na adolescência.
14. EPIDEMIOLOGIA
• Média de idade de início do uso no Brasil, em 2004:
▫ Álcool: 12,5 anos
▫ Cigarro: 12,8 anos
▫ Cannabis: 13,9 anos
▫ Cocaína: 14,4 anos
15. EPIDEMIOLOGIA
• Relação Álcool Vs. Tabaco
▫ Dependência de álcool
aumenta em três vezes o risco
de dependência de tabaco;
▫ Dependência de tabaco
aumenta em quatro vezes o
risco de dependência de
álcool.
16. EPIDEMIOLOGIA
• Entre os meninos evidenciou-se maior uso de álcool, tabaco,
solventes e maconha;
• Por outro lado, o consumo abusivo de medicamentos para
emagrecer e para ficar acordado foi quase duas vezes mais
prevalente entre as alunas;
• No caso dos tranqüilizantes, especificamente, o risco parece
aumentar, atingindo quase três vezes para o sexo feminino
(Galduroz et al. 2004).
17. EPIDEMIOLOGIA
• Além das diferenças entre os sexos, observa-se também são
fatores fortemente relacionados ao padrão de consumo de drogas
por parte dos jovens:
▫ Idade;
▫ Aspectos socioeconômicos;
▫ Situação ocupacional;
▫ Qualidade dos relacionamentos no ambiente familiar e escolar.
18. FATORES SOCIAIS DE RISCO
• Uso de álcool, cigarro ou drogas pelos pais e amigos;
• Antecedente de eventos estressantes;
• Desempenho escolar insatisfatório;
• Relacionamento ruim com os pais;
• Uso precoce de álcool e cigarros.
• Baixa auto-estima;
• Sintomas depressivos;
19. FATORES SOCIAIS DE RISCO
• Influências culturais e dos meios de comunicação;
• Influência do grupo de amigos;
• Disponibilidade da droga;
• Custo da droga;
20. FATORES GENÉTICOS
• Influência genética é mais importante em meninas do que em
meninos;
• Filhos de dependentes de álcool têm 4x mais risco de desenvolver
alcoolismo mesmo quando criados por pais não alcóolatras;
• Herdabilidade da dependência de álcool e maconha é de 50%.
21. USO DE DROGAS NA GESTAÇÃO
• Desde a gravidez da mãe o desenvolvimento
da vida de um ser humano está sendo
construído. Assim, a tomada ou não de certos
cuidados, ainda na gestação, pode influenciar
o ciclo de vida de uma pessoa;
• Um desses cuidados que precisam ser tomados
refere-se à ingestão de determinados tipos de
drogas pela mãe, ou mesmo pelo pai, antes e
durante o período da gravidez.
22. USO DE DROGAS NA GESTAÇÃO
• Só nos Estados Unidos, mais de 40 mil
bebês nascem com defeitos congênitos
ligados ao álcool;
• Cerca de um bebê a cada 750 sofre de
Síndrome Alcoólica Fetal, que se configura
como uma combinação de crescimento pré e
pós-natal retardado, má formações faciais e
corporais e distúrbios do sistema nervoso
central.
23. DROGAS Vs. AIDS/DST’s
• Segundo pesquisa recente do Cebrid, no Brasil as drogas injetáveis
são mais consumidas em grupo e os dependentes compartilham as
seringas em 70% das aplicações;
• Some-se a isso a redução do uso de camisinha e tem-se a razão da
epidemia de AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis
(DSTs) entre dependentes químicos.
24. INDICADORES DE USO
• As mudanças repentinas no modo de
agir dos filhos devem despertar a
atenção dos pais;
• Os pais podem perceber sinais que
indicam a tendência de que seus filhos
estão consumindo drogas. Não se pode
esquecer que alguns destes
comportamentos são próprios da
adolescência! Entretanto, devemos
ficar atentos se observarmos em nossos
filhos estas mudanças:
25. INDICADORES DE USO
• Conflitos com professores e outras autoridades;
• Capacidade de atenção e de críticas empobrecidas;
• Ausências e atrasos freqüentes;
• Evasão escolar;
• Suspensão ou expulsão da escola;
• Mentiras;
• Roubos, furtos e tráfico de drogas;
• Promiscuidades;
• Adotar novas maneiras de comportar-se
e de falar;
• Trocar de amigos;
• Não levar os novos amigos para casa;
26. INDICADORES DE USO
• Má higiene;
• Retraimento social;
• Lesões inexplicáveis freqüentes;
• Mudar o horário de chegar em casa;
• Perder o interesse do que fazia antes;
• Mudança de personalidade: apatia, desencanto, irritação,
indiferença, desânimo, desassossego;
• Identificação de “cultura das drogas” ( muda vestuário, gosto
musical, etc);
27. INDICADORES DE USO
• Furto de dinheiro e objetos em casa;
• Posse de muito dinheiro e objetos caros (origem duvidosa);
• Dificuldade para falar, balbuciar;
• Falta ou Excesso de apetite;
• Náuseas, Vômitos, Diarréia, Tremores;
• Mania de perseguição;
• Isolamento.
28. POR QUÊ USAM?
• Para parecer adulto (a droga é vista como símbolo de maturidade);
• Para fugir ao domínio dos pais e parentes (a droga é vista como
facilitadora do processo);
• Para ser aceito pelo seu grupo de amigos;
• Para rebelar-se contra o sistema em que vive;
• Para aumentar sua capacidade de aprender;
• Para fugir ao estresse;
29. COMO AGIR?
Se você comprovar que seu filho usa drogas, o melhor é…
• Enfrentar o problema e não o negar;
• Controlar sua raiva e ressentimentos;
• Não agredir seu filho nem por palavras (maconheiro, vagabundo,
marginal, inútil) nem por ações;
• Dialogar com ele abertamente sobre como chegou a isso;
• Demonstrar claramente seu desejo de ajudá-lo a sair do problema
e que o problema é dos dois;
• Procurar orientação e ajuda especializada em tratamento de
drogas.
30. COMO AGIR?
• Uma intervenção dos pais na hora certa e da maneira adequada
pode evitar que seus filhos se tornem usuários, tendo cuidado
para que ao invés de sair, ele não empurre ainda mais para os
caminhos das drogas.
31. FATORES SOCIAIS DE PROTEÇÃO
• Ambiente estável;
• Forte vínculo pais-criança;
• Alto grau de motivação e envolvimento em atividades saudáveis;
• Supervisão parental e disciplina consistentes.
• Deve haver a preservação da autoridade dos pais, considerando
que pais são pais e filhos são filhos. Não é possível uma boa
educação se existir confusão de papéis;
• Associação com amigos não usuário.
32. TRATAMENTO
• É preciso buscar ajuda de pessoas especialmente preparadas,
como psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, integrantes
ativos de grupos anônimos de mútua ajuda;
• Promoção da abstinência;
• Manutenção da abstinência;
• Avaliação e tratamento de outros quadros psiquiátricos associados;
• Abordagem dos fatores pessoais e familiares associados;
• Estímulo a atividades sociais e de lazer (preencher o tempo);
• Objetivo final: retomada do desenvolvimento normal da
criança e do adolescente (mudança global do estilo de vida);
34. TRATAMENTO
• Indicações de internação:
• Necessidade de tratamento de outras comorbidades psiquiátricas;
• Risco de síndrome de abstinência grave;
• Falência de tratamento ambulatorial;
• Complicações clínicas importantes;
• Risco de auto-agressão ou suicídio;
• Risco de hetero-agressão.
35. TRATAMENTO
• O tratamento exige, portanto, que o adolescente reconstrua sua
identidade, e a maior dificuldade é que essa identidade é
completamente nova;
• Não se trata de reabilitação, mas sim de habilitação, na qual,
independentemente do tipo de tratamento, a participação da
família é essencial.
37. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• SILVA, V. A. et al. Infância, adolescência e Uso de Cocaína/crack. Disponível em:
http://www.uniad.org.br/desenvolvimento/images/stories/publicacoes/texto/selecoes/Infancia_Adolescencia_e_u
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• SOARES, H. L. R., et al. Cérebro e o uso de drogas na infância e adolescência. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/fractal/v22n3/v22n3a14.pdf Acesso em 20/03/2015.
• UNICEF. Situação mundial da infância. Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/br_sowcr11web.pdf
Acesso em 21/03/2015.
• PASA, G. G. As drogas e o ambiente escolar. Disponível em:
http://www.mprs.mp.br/areas/infancia/arquivos/revista_digital/numero_04/revista_digital_ed_04_2.pdf Acesso
em 21/03/2015.
• UNICEF. Normas Internacionais Sobre a Prevenção do uso de Drogas. Disponível em:
http://www.unodc.org/documents/lpobrazil//noticias/2013/09/UNODC_Normas_Internacionais_PREVENCAO
_portugues.pdf Acesso em 21/03/2015.
• LOPES, G. M., et al. Uso de substâncias psicoativas por adolescentes: Panorama Atual. Revista Brasileira
de Psiquiatria (São Paulo. 1999. Impresso), v. Supl.1, p. S51-S61, 2013.
38. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, 23(2).
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em dez capitais brasileiras. Jornal Brasileiro de Dependências Químicas. 2000;1(1):25-32.
• Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Relatório Brasileiro sobre Drogas: Ministério da saúde;
2009. Disponível em:
http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Relatorios/328379.pdf
• Galduróz JCF, Noto AR, Fonseca AM, Carlini EA. V levantamento nacional sobre o consumo de drogas
entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino nas 27 capitais brasileiras-
2004, São Paulo: CEBRID, Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas; 2004 [DEZ/2012].
Available from: http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/levantamento_brasil2/index.htm.