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A Terceira Geração
Romântica
A Terceira Geração Romântica no Brasil é o período
que corresponde de 1870 a 1880. Conhecida como
"Geração Condoreira", uma vez que esteve marcada
pela liberdade e uma visão mais ampla, características
da ave que habita a Cordilheira dos Andes: Condor.
Geração
Condoreira
Condoreirismo ou condorismo é uma parte de uma
escola literária da poesia brasileira, a terceira fase
romântica, marcada pela temática social e a defesa de
ideias igualitárias.
As décadas de 1860 e 1870 representam para a poesia
brasileira um período de transição. Ao mesmo tempo
que muitos dos procedimentos da primeira e da
segunda geração são mantidos, novidades de forma e
de conteúdo dão origem à terceira geração da poesia
romântica, mais voltada para os problemas sociais e
com uma nova forma de tratar o tema amoroso.
Fugindo um pouco do egocentrismo dos
ultrarromânticos, os condoreiros desenvolveram uma
poesia social, comprometidos com a causa abolicionista
e republicana. Em geral são poemas de tom
grandiloquente, próximos da oratória, cuja finalidade é
convencer o leitor-ouvinte e conquistá-lo para a causa
defendida.
O nome da corrente, condoreirismo, associa-se ao
condor ou outras aves, como Baleia, águia, o falcão e o
albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa
geração de poetas com preocupações sociais.
Identificando-se com o condor, ave de voo alto e
solitário, com capacidade de enxergar a grande
distância, os poetas condoreiros supunham ser eles
também dotados dessa capacidade e, por isso, tinham
o compromisso, como poetas-gênios iluminados por
Deus, de orientar os homens comuns para os
caminhos da justiça e da liberdade.
O poeta Tobias Barreto, patrono da cadeira 38 da
Academia Brasileira de Letras, é considerado o
fundador do condoreirismo brasileiro.
Nesse período, a literatura sofre forte influência do
escritor francês Victor-Marie Hugo (1802-1885)
recebendo o nome de "Geração Hugoniana".
Importante notar que nessa fase, a busca pela
identidade nacional ainda continua, não só focada nas
etnias europeia e indígena, mas também na
identidade negra do país. Por esse motivo, o tema do
abolicionismo foi bastante explorado pelos escritores,
com destaque para Castro Alves, que ficou conhecido
como o "poeta dos escravos".
No Brasil, a primeira fase do movimento romântico
tem como pano de fundo o processo de
Independência. Por isso, os escritores desse período
estão preocupados com a construção da identidade
nacional. Depois, na segunda fase, os escritores
deixam de lado o discurso nacionalista e se voltam
para as profundezas do indivíduo.
Mas, na terceira fase do movimento romântico, o Brasil
já se encontra em outro contexto social e histórico. É o
momento em que os republicanos querem acabar com
a monarquia e o movimento abolicionista ganha força
entre os intelectuais. Por isso, a terceira fase do
Romantismo também é conhecida como geração
condoreira, pois o condor é uma ave que, voando muito
alto, representa o desejo de renovação da sociedade
brasileira.
Na verdade, a terceira geração romântica questiona a
ideologia da primeira geração. É que os escritores da
primeira fase do nosso Romantismo, como José de
Alencar, representam o povo brasileiro como resultado
da união de duas etnias: o branco europeu e o índio –
mas deixa o negro de fora desse projeto nacionalista-
literário. Afinal, numa sociedade escravocrata,
transformar o negro em herói seria uma grande
contradição.
Logo, podemos pensar que a terceira geração, ao
recuperar o negro como personagem da nossa cultura,
possibilita uma resposta a essa lacuna.
O maior representante da terceira geração do
Romantismo no Brasil é o poeta baiano Castro Alves,
diretamente envolvido na campanha abolicionista, um
dos temas centrais de sua obra, o que lhe rendeu o
título de “Poeta dos Escravos”. Como o objetivo é
sensibilizar os outros sobre as questões sociais de seu
tempo, a poesia de Castro Alves foi feita para ser
recitada para grandes públicos, por isso adota um
estilo condoreiro, de vocabulário pomposo e tom
grandiloquente.
Já falta bem pouco. Sacode a cadeia
Que chamam riquezas...que nódoas te são!
Não manches a folha de tua epopéia
No sangue o escavo, no imundo balcão.
Castro Alves
Nesses versos, do poema América, perceba que o eu
lírico continua exaltando a pátria, como faziam os
escritores da primeira geração. Porém, o ele também
faz uma crítica à escravidão, entendida como uma
“mancha” na história do Brasil.
O seio virginal, que a mão recata,
Embalde o prende a mão...cresce, flutua...
Sonha a moça ao relento...Além na rua
Preludia um violão na serenata!....
...Furtivos passos morrem no lajedo...
Resvala a escada do balcão discreta...
Matam os lábios os beijos em segredo...
Castro Alves
De um modo geral, tanto na poesia como na prosa, o
amor e a mulher são idealizados pelo Romantismo.
Mas, nesses versos de Castro Alves, perceba que a
figura feminina já não é tão inacessível assim e o
sofrimento amoroso, em vez de levar o eu lírico a
desejar a morte, faz com que ele deseje
ardentemente viver esse amor. Logo, temos uma
poesia que fala do amor de maneira mais concreta e
sensual.
caracteristicas
A Terceira Geração Romântica tem como principais
características:
Erotismo
Pecado
Liberdade
Abolicionismo
Realidade social
Negação do amor platônico
Principais Autores
Antônio Frederico de Castro
Alves (1847-1871)
Escritor baiano de maior
destaque da terceira geração
romântica, Castro Alves,
chamado de "Poeta dos
Escravos” apresenta uma poesia
dividida em duas temáticas: a
poesia social e a poesia lírico-
amorosa. Dentre elas podemos
destacar: Vozes D'África: Navio
Negreiro (1869), Espumas
Flutuantes (1870), A Cachoeira
de Paulo Afonso (1876), Os
Escravos (1883).
Joaquim de Sousa Andrade
(1833-1902)
Mais conhecido por
Sousândrade, Joaquim de
Sousa Andrade foi um
escritor e poeta maranhense
muito influente da literatura
brasileira. Em 1857, publicou
seu primeiro livro de poesia
“Harpas Selvagens”(1857).
Sua obra mais destacada é o
poema narrativo: O Guesa
(1871) baseado na lenda
indígena Guesa Errante.
Tobias Barreto de
Meneses (1839-1889)
Tobias Barreto foi
poeta, filósofo e crítico
brasileiro, notável pelos
seus poemas
românticos com grande
influência do escritor
Victor-Marie Hugo
(1802-1885). Suas
obras: Glosa (1864),
Amar (1866), O Gênio
da Humanidade (1866),
A Escravidão (1868).
Joaquim Aurélio Barreto
Nabuco de Araújo (1849-
1910)
Um dos fundadores da
Academia Brasileira de
Letras, Joaquim Nabuco foi
um poeta, jornalista,
diplomata, orador, político
e historiador brasileiro. Os
principais temas de sua
obra: abolição da
escravatura e liberdade
religiosa. Suas obras:
Abolicionismo (1883),
Escravos (1886), Minha
formação (1900).
Sílvio Vasconcelos da Silveira
Ramos Romero (1851-1914)
Sílvio Romero, um dos
fundadores da Academia
Brasileira de Letras, foi um
crítico literário, poeta,
ensaísta, historiador, filósofo,
professor e político brasileiro.
Possui uma vasta obra nas
áreas da: filosofia, política,
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etnologia, direito, poesia,
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Romantismo

  • 2. A Terceira Geração Romântica no Brasil é o período que corresponde de 1870 a 1880. Conhecida como "Geração Condoreira", uma vez que esteve marcada pela liberdade e uma visão mais ampla, características da ave que habita a Cordilheira dos Andes: Condor.
  • 4. Condoreirismo ou condorismo é uma parte de uma escola literária da poesia brasileira, a terceira fase romântica, marcada pela temática social e a defesa de ideias igualitárias. As décadas de 1860 e 1870 representam para a poesia brasileira um período de transição. Ao mesmo tempo que muitos dos procedimentos da primeira e da segunda geração são mantidos, novidades de forma e de conteúdo dão origem à terceira geração da poesia romântica, mais voltada para os problemas sociais e com uma nova forma de tratar o tema amoroso.
  • 5. Fugindo um pouco do egocentrismo dos ultrarromânticos, os condoreiros desenvolveram uma poesia social, comprometidos com a causa abolicionista e republicana. Em geral são poemas de tom grandiloquente, próximos da oratória, cuja finalidade é convencer o leitor-ouvinte e conquistá-lo para a causa defendida. O nome da corrente, condoreirismo, associa-se ao condor ou outras aves, como Baleia, águia, o falcão e o albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa geração de poetas com preocupações sociais.
  • 6. Identificando-se com o condor, ave de voo alto e solitário, com capacidade de enxergar a grande distância, os poetas condoreiros supunham ser eles também dotados dessa capacidade e, por isso, tinham o compromisso, como poetas-gênios iluminados por Deus, de orientar os homens comuns para os caminhos da justiça e da liberdade. O poeta Tobias Barreto, patrono da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras, é considerado o fundador do condoreirismo brasileiro.
  • 7. Nesse período, a literatura sofre forte influência do escritor francês Victor-Marie Hugo (1802-1885) recebendo o nome de "Geração Hugoniana". Importante notar que nessa fase, a busca pela identidade nacional ainda continua, não só focada nas etnias europeia e indígena, mas também na identidade negra do país. Por esse motivo, o tema do abolicionismo foi bastante explorado pelos escritores, com destaque para Castro Alves, que ficou conhecido como o "poeta dos escravos".
  • 8. No Brasil, a primeira fase do movimento romântico tem como pano de fundo o processo de Independência. Por isso, os escritores desse período estão preocupados com a construção da identidade nacional. Depois, na segunda fase, os escritores deixam de lado o discurso nacionalista e se voltam para as profundezas do indivíduo.
  • 9. Mas, na terceira fase do movimento romântico, o Brasil já se encontra em outro contexto social e histórico. É o momento em que os republicanos querem acabar com a monarquia e o movimento abolicionista ganha força entre os intelectuais. Por isso, a terceira fase do Romantismo também é conhecida como geração condoreira, pois o condor é uma ave que, voando muito alto, representa o desejo de renovação da sociedade brasileira.
  • 10. Na verdade, a terceira geração romântica questiona a ideologia da primeira geração. É que os escritores da primeira fase do nosso Romantismo, como José de Alencar, representam o povo brasileiro como resultado da união de duas etnias: o branco europeu e o índio – mas deixa o negro de fora desse projeto nacionalista- literário. Afinal, numa sociedade escravocrata, transformar o negro em herói seria uma grande contradição.
  • 11. Logo, podemos pensar que a terceira geração, ao recuperar o negro como personagem da nossa cultura, possibilita uma resposta a essa lacuna.
  • 12. O maior representante da terceira geração do Romantismo no Brasil é o poeta baiano Castro Alves, diretamente envolvido na campanha abolicionista, um dos temas centrais de sua obra, o que lhe rendeu o título de “Poeta dos Escravos”. Como o objetivo é sensibilizar os outros sobre as questões sociais de seu tempo, a poesia de Castro Alves foi feita para ser recitada para grandes públicos, por isso adota um estilo condoreiro, de vocabulário pomposo e tom grandiloquente.
  • 13. Já falta bem pouco. Sacode a cadeia Que chamam riquezas...que nódoas te são! Não manches a folha de tua epopéia No sangue o escavo, no imundo balcão. Castro Alves
  • 14. Nesses versos, do poema América, perceba que o eu lírico continua exaltando a pátria, como faziam os escritores da primeira geração. Porém, o ele também faz uma crítica à escravidão, entendida como uma “mancha” na história do Brasil.
  • 15. O seio virginal, que a mão recata, Embalde o prende a mão...cresce, flutua... Sonha a moça ao relento...Além na rua Preludia um violão na serenata!.... ...Furtivos passos morrem no lajedo... Resvala a escada do balcão discreta... Matam os lábios os beijos em segredo... Castro Alves
  • 16. De um modo geral, tanto na poesia como na prosa, o amor e a mulher são idealizados pelo Romantismo. Mas, nesses versos de Castro Alves, perceba que a figura feminina já não é tão inacessível assim e o sofrimento amoroso, em vez de levar o eu lírico a desejar a morte, faz com que ele deseje ardentemente viver esse amor. Logo, temos uma poesia que fala do amor de maneira mais concreta e sensual.
  • 18. A Terceira Geração Romântica tem como principais características: Erotismo Pecado Liberdade Abolicionismo Realidade social Negação do amor platônico
  • 20. Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871) Escritor baiano de maior destaque da terceira geração romântica, Castro Alves, chamado de "Poeta dos Escravos” apresenta uma poesia dividida em duas temáticas: a poesia social e a poesia lírico- amorosa. Dentre elas podemos destacar: Vozes D'África: Navio Negreiro (1869), Espumas Flutuantes (1870), A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883).
  • 21. Joaquim de Sousa Andrade (1833-1902) Mais conhecido por Sousândrade, Joaquim de Sousa Andrade foi um escritor e poeta maranhense muito influente da literatura brasileira. Em 1857, publicou seu primeiro livro de poesia “Harpas Selvagens”(1857). Sua obra mais destacada é o poema narrativo: O Guesa (1871) baseado na lenda indígena Guesa Errante.
  • 22. Tobias Barreto de Meneses (1839-1889) Tobias Barreto foi poeta, filósofo e crítico brasileiro, notável pelos seus poemas românticos com grande influência do escritor Victor-Marie Hugo (1802-1885). Suas obras: Glosa (1864), Amar (1866), O Gênio da Humanidade (1866), A Escravidão (1868).
  • 23. Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849- 1910) Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco foi um poeta, jornalista, diplomata, orador, político e historiador brasileiro. Os principais temas de sua obra: abolição da escravatura e liberdade religiosa. Suas obras: Abolicionismo (1883), Escravos (1886), Minha formação (1900).
  • 24. Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851-1914) Sílvio Romero, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, foi um crítico literário, poeta, ensaísta, historiador, filósofo, professor e político brasileiro. Possui uma vasta obra nas áreas da: filosofia, política, sociologia, literatura, folclore, etnologia, direito, poesia, cultura popular e história. Destacam-se: A poesia contemporânea (1869), Cantos do fim do século (1878) e Últimos harpejos (1883).