2. 1. Popular e erudito: “inferior” e “superior”
o Pensadores iluministas pretendiam compreender e
desmistificar a temerosa cultura popular.
o Sonhavam com a nação unida, identificada e
comprometida com o Estado liberal – burguês.
o Elementos da cultura popular foram assimilados e
transformados para parecerem inofensivos.
o Valorizava – se a vida urbana, depreciava – se a vida
rural.
3. Folclore e Cultura Popular:
o Folclore, sinônimo de cultura espontânea e popular.
o Tradições que permanecem e perpetuam – se.
o Estereótipo de rural, primitivo, simples, inferior.
o A cultura camponesa passa a ser “bárbara.
o Serviu de contraponto para valorizar a vida urbana
e industrial, considerada civilizada.
4. 2. Cultura Popular:
o Ligada à espontaneidade, ao simplismo e ao
informalismo.
o De domínio das classes mais pobres e
informalmente passada de geração a geração.
o Está ligada ao Folclore, de tradição oral, de
domínio público.
o Exemplos: linguagem, culinária, artesanato.
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13. 3. Cultura Erudita:
o Comum às classes mais altas.
o Relacionada ao refinamento, à polidez, à
ilustração, intelectualismo.
o Produzida para ser consumida pelas elites.
o O acesso às classes pobres é mais difícil.
o Exemplos: balé, artes plásticas, óperas.
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18. Eurocentrismo e dominação:
o Pensadores europeus do séc. XIX consideravam a
civilização como o estágio máximo da sociedade.
o A Antropologia surgiu para estudar e comprovar o
grau de “inferioridade” dos “bárbaros” dominados.
o Sociedades agrárias/caçadoras/coletoras eram
consideradas inferiores.
o A missão civilizadora europeia seria a de levar o
progresso e a civilização aos povos inferiores.
19. Etnocentrismo:
o Princípio antropológico que utiliza uma cultura
como referência – padrão, depreciando e
discriminando culturas consideradas inferiores.
o O poder econômico e a superioridade tecnológica
das nações europeias serviram de bases para a
propagação do etnocentrismo em relação aos
povos africanos e asiáticos.
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29. Método Comparativo:
o O método comparativo, classificava as sociedades não adeptas da
cultura europeia como “exóticas”, “atrasadas”, “involuídas” e
“arcaicas”, com uma formação social primitiva, de uma religiosidade
mítica e irracional e uma estrutura de parentesco que possibilitava as
relações incestuosas.
o Essas são as características centrais do método comparativo: o
progressivismo evolucionista, o etnocentrismo metodológico, a
preferência pelo estudo das estruturas de parentesco e dos mitos e
rituais religiosos mágicos. O método comparativo julgava as culturas
primitivas como modelos sociais presos à antiguidade histórica.
30. Relativismo cultural:
o Vários críticos questionaram o etnocentrismo.
o As nações “civilizadas” desrespeitavam as culturas
sem conhece – las profundamente.
Relativismo e Estruturalismo:
o Cada cultura tem suas estruturas, especificidades
e dinâmica próprias.
o Necessário conhecer o funcionamento de cada
cultura.
31. Relativismo – conceito sociológico
Funcionalismo e trabalho de campo:
o Franz Boas defendia que a Antropologia estava
interessada nas diferenças históricas.
o As diferenças entre os grupos e sociedades humanas
eram culturais, e não biológicas.
o Entender uma cultura exigia estudar as especificidades
(economia, sociedade, poder, religião, linguagem, ritos),
compreendendo seu funcionamento e sua totalidade.
32. Conclusões:
o As culturas são múltiplas e diversificadas,
populares ou eruditas.
o As sociedades industriais extinguiram ou
transformaram as culturas primitivas.
o A globalização e a indústria cultural misturou o
popular e o erudito, mercantilizando a cultura.