5. MAS AFINAL, O QUE É HIPERDIA?
É o sistema de cadastramento e
acompanhamento de hipertensos e diabéticos.
Destina-se ao cadastramento e
acompanhamento de portadores de hipertensão
arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede
ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS)
permitindo gerar informação para aquisição,
dispensação e distribuição de medicamentos de
forma regular e sistemática a todos os pacientes
cadastrados.
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6. BENEFÍCIOS E FINALIDADES DO
HIPERDIA
BENEFÍCIOS FUNÇÕES
ORIENTAÇÃO
DADOS
EPIDEMIOLÓGICOS
CADASTRO E
ACOMPANHAMENTO
GERAÇÃO DE
INFORMAÇÕES
ACESSO PÚBLICO
ALIMENTADO NO
CadSUS
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7. A HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial sistêmica
(HAS) é uma condição clínica
multifatorial caracterizada por
níveis elevados e sustentados de
pressão arterial (PA) (PA ≥140 x
90 mmHg).
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8. EPIDEMIOLOGIA DA HAS
No Brasil, a prevalência é de
22% e 44% para adultos (32%
em média), chegando a mais de
50% para indivíduos com 60 a 69
anos e 75% em indivíduos com
mais de 70 anos.
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9. TABELA ATUALIZADA DE HAS
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (2016)
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10. RASTREAMENTO DA HAS
Todo adulto com 18 anos ou
mais de idade, quando vier à
Unidade Básica de Saúde (UBS)
para consulta, atividades
educativas, procedimentos,
entre outros, e não tiver registro
no prontuário de ao menos uma
verificação da PA nos últimos
dois anos, deverá tê-la
verificada e registrada.
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11. TÉCNICA CORRETA DE MEDIÇÃO
DA PA
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA nº 37
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12. DIAGNÓSTICO DA HAS
Consiste na média aritmética da PA maior ou igual a 140/90 mmHg,
verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo
mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a
média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas
subsequentes e divide-se por três.
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13. Paciente WHVS tem sua PA verificada 3 vezes pelo enfermeiro da
ESF do bairro Lourival Parente, em Teresina/PI. Na primeira ocasião
(dia 20/02/17) sua PA estava em 150x100 mmHg, na segunda
oportunidade (06/03/17) o resultado foi 160x100 mmHg e na
última visita da paciente (13/03/17) sua PA resultava em 180x110
mmHg. Considerando a média aritmética das três medições, qual a
classificação da paciente segundo a tabela de HAS 2016?
DIAGNÓSTICO DA HAS
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14. 150x100 mmHg
160x100 mmHg
180x110 mmHg
DIAGNÓSTICO DA HAS
PA SISTÓLICA
150 + 160 + 180 = 490
490 ÷ 3 = 163
PA DIASTÓLICA
100 + 100 + 110 = 310
310 ÷ 3 = 103
PA MÉDIA: 163/103 mmHg
Segundo a tabela atualizada da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, a paciente encontra-se diagnosticada com
hipertensão arterial estágio 2.
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15. TABELA ATUALIZADA DE HAS
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (2016)
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17. CONSULTA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE COM HAS
SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM
HISTÓRICO
EXAME FÍSICO DIAGNÓSTICO
PLANEJAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
AVALIAÇÃO
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20. TRATAMENTO NÃO
MEDICAMENTOSO DA HAS
MUDANÇAS NO
ESTILO DE VIDA
REDUÇÃO DO
CONSUMO DE
ÁLCOOL
DIMINUIÇÃO
DO TABACO PRÁTICA DE
ATIVIDADE FÍSICA
SUBSTITUIÇÃO DOS
ANTICONCEPCIONAIS
ORAIS
CONTROLE
DE
PESO
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21. TRATAMENTO MEDICAMENTO
DA HAS
A decisão de quando iniciar
medicação anti-hipertensiva
deve ser considerada avaliando
a preferência da pessoa, o seu
grau de motivação para
mudança de estilo de vida, os
níveis pressóricos e o risco
cardiovascular.
O tratamento medicamentoso
utiliza diversas classes de
fármacos selecionados de
acordo com a necessidade de
cada pessoa, com a avaliação da
presença de comorbidades,
lesão em órgãos-alvo, história
familiar, idade e gravidez.
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23. A DIABETES
O termo diabetes mellitus (DM)
refere-se a um transtorno
metabólico de etiologias
heterogêneas, caracterizado por
hiperglicemia e distúrbios no
metabolismo de carboidratos,
proteínas e gorduras, resultantes de
defeitos da secreção e/ou da ação
da insulina.
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24. EPIDEMIOLOGIA DA DM
No Brasil, a prevalência de diabetes autorreferida
na população acima de 18 anos aumentou de 5,3%
para 5,6%, entre 2006 e 2011. As mulheres
apresentaram uma maior proporção da doença,
correspondendo a 6% dessa população.
Mais comuns em pessoas com baixa escolaridade.
É estimado que o Brasil passe da 8ª posição, com
prevalência de 4,6%, em 2000, para a 6ª posição,
11,3%, em 2030.
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26. RASTREAMENTO DA DM
As pessoas com fatores de risco para DM deverão ser encaminhados para
uma consulta de rastreamento e solicitação do exame de glicemia;
Casos de tolerância diminuída à glicose, glicemia de jejum alterada ou
diabetes gestacional prévio, podem ser testados mais frequentemente, por
exemplo, anualmente;
A consulta de rastreamento para a população-alvo definida pelo serviço
de saúde seja realizada pelo enfermeiro da UBS, encaminhando para o
médico em um segundo momento, a fim de confirmar o diagnóstico dos
casos suspeitos.
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28. CLASSIFICAÇÃO DO DM
DIABETES TIPO 1:
Abrupto, acometendo principalmente crianças e adolescentes sem
excesso de peso;
Glicemia acentuada, evolui para cetoacidose.
Característica definidora: tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose.
Indica o processo de destruição da célula beta que leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é
necessária para prevenir cetoacidose. A destruição das células beta é
geralmente causada por processo autoimune.
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29. CLASSIFICAÇÃO DO DM
DIABETES TIPO 2:
Costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos;
Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de
peso e com história familiar de DM tipo 2.
Há deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à
ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos
intenso do que o observado no diabetes tipo 1.
A cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é
ocasionada por infecção ou estresse muito grave.
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30. CLASSIFICAÇÃO DO DM
DIABETES GESTACIONAL:
É um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo 1 e 2,
detectado pela primeira vez na gravidez;
Se resolve no período pós-parto e pode frequentemente retornar anos
depois.
Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal.
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32. Existem quatro tipos de exames
que podem ser utilizados no
diagnóstico do DM: glicemia
casual, glicemia de jejum, teste
de tolerância à glicose com
sobrecarga de 75 g em duas
horas (TTG) e, em alguns casos,
hemoglobina glicada (HbA1c).
DIAGNÓSTICO DA DM
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34. CONSULTA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE COM DM
SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM
HISTÓRICO
EXAME FÍSICO DIAGNÓSTICO
PLANEJAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
AVALIAÇÃO
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37. CONTROLE GLICÊMICO
Pode ser monitorado por glicemias de
jejum, pré-prandial (antes das refeições),
pós-prandial (após as refeições) e pela
hemoglobina glicada (HbA1c).
O controle orientar o ajuste de dose da
medicação empregada, uma vez que
apontam os momentos no decorrer do
dia em que ocorre falta ou excesso de
sua ação.
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38. TRATAMENTO NÃO
MEDICAMENTOSO DA DM
REDUÇÃO DO
CONSUMO DE
ÁLCOOL
DIMINUIÇÃO
DO TABACO PRÁTICA DE
ATIVIDADE FÍSICA
CONTROLE
DE
PESO
HÁBITOS
SAUDÁVEIS
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39. DIABETES TIPO 1:
Além da terapia não farmacológica,
exige sempre a administração de
insulina, a qual deve ser prescrita em
esquema intensivo, de três a quatro
doses de insulina/dia, divididas em
insulina basal e insulina prandial,
cujas doses são ajustadas de acordo
com as glicemias capilares, realizadas
ao menos três vezes ao dia.
Exige tratamento não
farmacológico, em geral
complementado com antidiabético
oral e, eventualmente, uma ou duas
doses de insulina basal, conforme a
evolução da doença.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
DA DM
DIABETES TIPO 2:
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40. ANTIDIABÉTICOS ORAIS
Constituem-se a primeira escolha
para o tratamento do DM tipo 2 não
responsivo a medidas não
farmacológicas isoladas, uma vez que
promovem, com controle estrito,
redução na incidência de
complicações, têm boa aceitação
pelos pacientes, simplicidade de
prescrição e levam a menor aumento
de peso em comparação à insulina.
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41. LINHAS DO TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
1ª LINHA
Se a pessoa não alcançar a meta
glicêmica em até três meses com
as medidas não farmacológicas,
o tratamento preferencial é
acrescentar a metformina no
plano terapêutico.
2ª LINHA
Se as metas de controle não
forem alcançadas após três a
seis meses de uso de
metformina, pode-se associar
uma sulfonilureia.
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42. Se o controle metabólico não for
alcançado após o uso de metformina
em associação com uma sulfonilureia
por três a seis meses, deve ser
considerada uma terceira medicação, a
insulina. As classes de medicamentos
que podem ser utilizadas nesta etapa
são insulinas de ação intermediária ou
longa.
3ª LINHA
LINHAS DO TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
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43. ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
NO HIPERDIA
Realizar atividades de Educação em Saúde individuais e coletivas;
Orientar as pessoas sobre os fatores de risco da HAS e DM;
Fazer registros em cartões de aprazamento;
Rastrear a HAS e o DM;
Verificar o comparecimento dos usuários às consultas na ESF;
Estabelecer estratégias que favoreçam a adesão ao tratamento;
Registrar dados do atendimento em prontuários e fichas específicas;
Verificar níveis de PA, glicemia, peso, estatura, circunferência abdominal;
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44. ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
NO HIPERDIA
Orientar sobre automonitorização da glicemia, PA e aplicação da
insulina;
Ajudar o paciente a seguir orientações alimentares e de exercício físico;
Observar a presença de complicações e sequelas;
Solicitar exames de acompanhamento;
Encaminhamento aos serviços de referência;
Organizar a participação de toda a equipe no tratamento do doente;
Avaliar a qualidade do cuidado prestado e planejar ações aos doentes;
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45. ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
NO HIPERDIA
Realizar consultas de enfermagem;
Capacitar auxiliares/técnicos de enfermagem e ACS;
Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências;
Encaminhamento às consultas médicas;
Encaminhar às Consultas de Enfermagem;
Orientar sobre a realização dos exames solicitados;
Cuidar de Tensiômetros e glicosímetros e solicitar manutenção;
Fornecer medicamentos para o paciente em tratamento.
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46. BOM DIA!
Quem se cuida, vive mais...
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