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1 CRÓNICAVISÃO ELECTRÓNICA
Nº 438 / 2017-06-08
http://www.gestaodefraude.eu
Filipe Pontes
O memorando da “Troika” 6 anos depois!> >
Foi assinado em 17 deAbril de 2011 o memorando de entendimento sobre o pedi-
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res instituições financeiras do mundo viram várias vezes a cair a
sua cotação em mais de 10%. Mas será esta a verdadeira origem
da crise?
Em Portugal a crise de Liquidez e o estrangulamento no acesso
ao Financiamento com o contágio do rating da República dita-
ram a inevitável necessidade de soluções. Ao mesmo tempo em
Novembro de 2008 Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças,
anuncia ao País a nacionalização do BPN a justificação apresen-
tada foi a falta de liquidez, a solução foi inicialmente a incorpo-
ração na CGD.
Mais tarde seguiram-se o BPP antes do memorando, mas segui-
ram-se BES e Banif depois do mesmo ter sido implementado…
por diferentes motivos e com justificações diferentes aparente-
mente este não terá funcionado para estas 2 instituições. Apa-
rentemente os 12 Mil milhões disponíveis para o setor financeiros
dos quais menos de 50% foi utilizado não serviram para evitar
apesar de por exemplo no caso do BANIF a instituição ter solici-
tado apoio desta linha, BPI e BCP solicitaram também apoio e já
o devolveram já CGD não podia ter sido abrangido por esta via e
ainda hoje a situação não se encontra totalmente regularizada
como é sabido!
Mas afinal o que previa o memorando?
Manter a liquidez no setor financeiro – as autoridades euro-1.	
peias comprometeram-se a facilitar a emissão de obrigações
GESTÃO DE FRAUDE
GESTÃO DE FRAUDE2 CRÓNICAVISÃO ELECTRÓNICA
Nº 438 / 2017-06-08
http://www.gestaodefraude.eu
Filipe Pontes
bancárias garantidas pelo Estado até ao montante de 35 mil
milhões;
Desalavancagem do sector bancário – diminuição do rácio2.	
de transformação abaixo dos 120% (Crédito/Recursos de uma
forma simplista);
Buffers de Capital – rácios de core tier 1 acima de 10% a partir3.	
de 2012;
Monitorização da solvabilidade e liquidez bancária – através4.	
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empresas viáveis, através da introdução no código de insol-
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lares – através de elaboração de relatórios trimestrais sobre
os sectores de empresas e de particulares que incluam uma
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Todos os requisitos do programa de ajustamento foram coloca-
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recuperação, mas passados 6 anos continuamos a verificar enor-
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Tudo falhou não claro que não! No caso do BES e do Banif quem
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dos casos BES e BANIF? Quais as responsabilidades dos decisores:
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Revista ipai edição 64
 

Visao e438 - Edição online

  • 1. 1 CRÓNICAVISÃO ELECTRÓNICA Nº 438 / 2017-06-08 http://www.gestaodefraude.eu Filipe Pontes O memorando da “Troika” 6 anos depois!> > Foi assinado em 17 deAbril de 2011 o memorando de entendimento sobre o pedi- do de assistência da chamada “troika” a Portugal, uma das componentes deste memorando passava por alterações significava no setor financeiro Português. Passados mais de 6 anos como estamos? Primeiro qual a origem da crise no setor financeiro global? Des- de Setembro de 2008 que a chamada crise do suprime e a subse- quente falência do Lehman Brothers em 15 de setembro serviram de justificação para a contaminação no setor financeiro. É bem verdade que nessa semana e nas seguintes as cotações das maio- res instituições financeiras do mundo viram várias vezes a cair a sua cotação em mais de 10%. Mas será esta a verdadeira origem da crise? Em Portugal a crise de Liquidez e o estrangulamento no acesso ao Financiamento com o contágio do rating da República dita- ram a inevitável necessidade de soluções. Ao mesmo tempo em Novembro de 2008 Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças, anuncia ao País a nacionalização do BPN a justificação apresen- tada foi a falta de liquidez, a solução foi inicialmente a incorpo- ração na CGD. Mais tarde seguiram-se o BPP antes do memorando, mas segui- ram-se BES e Banif depois do mesmo ter sido implementado… por diferentes motivos e com justificações diferentes aparente- mente este não terá funcionado para estas 2 instituições. Apa- rentemente os 12 Mil milhões disponíveis para o setor financeiros dos quais menos de 50% foi utilizado não serviram para evitar apesar de por exemplo no caso do BANIF a instituição ter solici- tado apoio desta linha, BPI e BCP solicitaram também apoio e já o devolveram já CGD não podia ter sido abrangido por esta via e ainda hoje a situação não se encontra totalmente regularizada como é sabido! Mas afinal o que previa o memorando? Manter a liquidez no setor financeiro – as autoridades euro-1. peias comprometeram-se a facilitar a emissão de obrigações GESTÃO DE FRAUDE
  • 2. GESTÃO DE FRAUDE2 CRÓNICAVISÃO ELECTRÓNICA Nº 438 / 2017-06-08 http://www.gestaodefraude.eu Filipe Pontes bancárias garantidas pelo Estado até ao montante de 35 mil milhões; Desalavancagem do sector bancário – diminuição do rácio2. de transformação abaixo dos 120% (Crédito/Recursos de uma forma simplista); Buffers de Capital – rácios de core tier 1 acima de 10% a partir3. de 2012; Monitorização da solvabilidade e liquidez bancária – através4. do reforço da competência do Banco de Portugal; Enquadramento legal da reestruturação de dívidas de empre-5. sas e particulares – a fim de facilitar a recuperação efetiva das empresas viáveis, através da introdução no código de insol- vências de uma maior rapidez nos procedimentos judiciais de planos de reestruturação; Monitorização do endividamento de empresas e de particu-6. lares – através de elaboração de relatórios trimestrais sobre os sectores de empresas e de particulares que incluam uma avaliação das respectivas pressões de financiamento e ativi- dades de refinanciamento de dívida. Todos os requisitos do programa de ajustamento foram coloca- dos à disposição da banca como suporte e requisito para a sua recuperação, mas passados 6 anos continuamos a verificar enor- mes fragilidades no setor bancário com dificuldades no financia- mento à economia e no regresso aos lucros. Tudo falhou não claro que não! No caso do BES e do Banif quem foi responsável?Após as condenações quase 10 anos depois decre- tadas no caso BPN quando serão apuradas as responsabilidades dos casos BES e BANIF? Quais as responsabilidades dos decisores: reguladores e políticas? Quem assume esta responsabilidade? O Estado – todos nós! Omemorandoda“Troika”6anosdepois!