O documento discute as diretrizes da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e cardiopulmonar cerebral (RCPc). Aproximadamente 200.000 casos de RCP ocorrem no Brasil a cada ano. As taxas de sucesso dependem de uma sequência sistematizada de procedimentos como compressões torácicas de qualidade e desfibrilação precoce. O suporte básico de vida com compressões torácicas e ventilações é essencial para aumentar as chances de sobrevivência.
2. PCR/RCP: Epidemiologia
• No Brasil: cerca de 200.000 PCR por ano
• Metade dos casos em hospitais (deterioração
progressiva: assistolia/atividade elétrica sem pulso)
• A outra metade, extra-hospitalar: casas, shoppings,
aeroportos, estádios etc. (arritmias decorrentes de
quadros isquêmicos agudos ou problemas elétricos
primários: fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso)
3. RCP: Sucesso?
• Depende de uma sequência de procedimentos
sistematizada em uma corrente de sobrevivência
• Elos: ações com impacto na sobrevivência e que
não podem ser consideradas isoladamente
• Evidências científicas recentes têm apontado para
uma necessidade de mudança de foco e de fluxo,
alterando toda a sequência de ações da RCP
4. RCP: Mudanças!
• Menos interrupções das compressões torácicas
• Foco em compressões torácicas de qualidade, com
frequência e profundidade adequadas
• O sucesso de uma desfibrilação depende da
qualidade das compressões torácicas realizadas
• Simplificação de procedimentos, principalmente
para o socorrista leigo (maior aderência a possíveis
tentativas de ressuscitação de sucesso)
5. RCP: Mudanças!
• Manter registros hospitalares de RCP (informações
valiosas para maior sucesso das tentativas)
• Evidências insuficientes sobre drogas e
dispositivos no suporte avançado de vida
• Maior atenção à pós-ressuscitação:
– Ventilação, oxigenação e pressão arterial
– Hipotermia terapêutica
– Reperfusão miocárdica de emergência
6. RCP: Mudanças!
• Educação, implementação e retreinamento: as
habilidades adquiridas após um treinamento em
RCP se perdem em 3 a 6 meses (sem uso)
• Quanto maior a chance de um profissional de
saúde atender uma PCR (atendimento préhospitalar, PS/PA, equipe de parada cardíaca
hospitalar, UTI etc.), maior a necessidade de
treinamento contínuo de habilidades,
procedimentos e dispositivos
7. RCP: Suporte Básico
• A realização imediata de RCP em uma vítima de
PCR, ainda que apenas compressões torácicas no
pré-hospitalar, aumenta as taxas de sobrevivência
• 56-74% das PCR, no âmbito pré-hospitalar,
ocorrem em fibrilação ventricular (FV)
• O sucesso da RCP está relacionado à
desfibrilação precoce (idealmente dentro dos
primeiros 3 a 5 minutos após o colapso)
8. RCP: Suporte Básico
• A cada minuto transcorrido do início do evento
arrítmico súbito, sem desfibrilação, as chances de
sobrevivência diminuem em 7% a 10%
• Com a RCP, essa redução é mais gradual, entre
3% a 4% por minuto de PCR
• Programas internacionais de RCP e desfibrilação
externa automática precoce, realizadas por leigos,
com taxas de sobrevivência de até 85%, podem
servir de modelo para melhorar o manejo da PCR
9. RCP: Suporte Básico
• Os minutos iniciais de atendimento a uma PCR são
críticos em relação à sobrevivência da vítima
• O suporte básico de vida (SBV) define a
sequência primária de ações para salvar vidas
• Por mais adequado e eficiente que seja um suporte
avançado, se o SBV não for adequado, será muito
baixa a chance de sobrevivência da vítima de PCR
•
Padrão (SBV): Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação
(adaptado à realidade brasileira)
10. RCP: Suporte Básico
• Em uma PCR, um mnemônico pode ser usado para
lembrar os passos do SBV - “CABD primário”:
– C: Checar responsividade e respiração da vítima,
Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima,
Compressões (30 compressões)
– A: Abertura das vias aéreas
– B: Boa ventilação (2 ventilações)
– D: Desfibrilação
11. SBV: Sequência Completa
Segurança do local
• Primeiramente, avalie a segurança do local
• Certifique se o local é seguro para você e para a
vítima, para não se tornar uma próxima vítima
• Caso o local não seja seguro (por exemplo, uma via
de trânsito), torne-o seguro (desviando o trânsito)
ou remova a vítima para um seguro
• Se o local for seguro, prossiga o atendimento
12. SBV: Sequência Completa
Avalie a responsividade e a respiração da vítima
• Avalie a responsividade da vítima, chamando-a e
tocando-a pelos ombros
• Se a vítima responder, apresente-se e converse
com ela perguntando se precisa de ajuda
• Se a vítima não responder, avalie sua
respiração, observando se há elevação do tórax,
em menos de 10 segundos
13. SBV: Sequência Completa
Avalie a responsividade e a respiração da vítima
• Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e
aguarde para ver sua evolução e, caso seja
necessário, chame ajuda
• Se a vítima não estiver respirando ou estiver
somente com “gasping”, chame ajuda
imediatamente
14. SBV: Sequência Completa
Chame ajuda
• Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número
local de emergência (por exemplo, SAMU - 192)
• Se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo
• Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar
e conseguir um DEA, enquanto continua o SBV
• É importante designar pessoas para que sejam
responsáveis em realizar essas funções
15. SBV: Sequência Completa
Chame ajuda
• A pessoa que ligar para o Serviço de Emergência
deve estar preparada para responder às perguntas
(local do incidente, condições da vítima, tipo de
primeiros socorros que está sendo realizado etc.)
• Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento,
trauma, overdose de drogas e para todas as
crianças), realizar cinco ciclos de RCP e depois
chamar ajuda, se estiver sozinho (socorrista)
16. SBV: Sequência Completa
Cheque o pulso
• Cheque o pulso carotídeo da vítima em <10 seg
• Caso haja pulso, faça 1 ventilação a cada 6 seg
(10 vpm) e cheque o pulso a cada 2 min
• Se não houver pulso ou houver dúvida, inicie os
ciclos de compressões e ventilações
• Não é enfatizada a checagem de pulso: leigos e
profissionais têm dificuldade em detectar o pulso
17. SBV: Sequência Completa
Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações
• Inicie ciclos de 30/2, considerando que existe um
dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de
bolso) para se ventilar
• Compressões torácicas efetivas são essenciais
para promover o fluxo de sangue, devendo ser
realizadas em todos pacientes em parada cardíaca
19. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus
joelhos distantes um do outro (estabilidade)
• Afaste ou corte a roupa que está sobre o tórax da
vítima, para deixá-lo desnudo
• Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o
esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira,
entrelaçando-a
20. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Estenda os braços
• Posicione-os cerca de 90º acima da vítima
• Faça, no mínimo, 100 compressões/minuto
• Com profundidade de, no mínimo, 5cm
• Ou seja, comprima rápido e forte!
22. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Permita o retorno completo do tórax após cada
compressão, sem retirar as mãos do tórax
• Minimize interrupções das compressões
• Reveze com outro socorrista a cada dois
minutos (evita fadiga, mantém boas compressões)
23. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• As manobras de RCP devem ser ininterruptas,
exceto: se a vítima se movimentar, durante a fase
de análise do desfibrilador, na chegada da equipe
de resgate, posicionamento de via aérea
avançada ou exaustão do socorrista
• No caso de uma via aérea avançada instalada,
faça compressões torácicas contínuas
(>100/minuto) e 1 ventilação a cada 6 segundos
24. SBV: Sequência Completa
Compressões torácicas
• Recomenda-se usar equipamentos que avaliam a
qualidade das compressões durante a RCP,
fornecendo um parâmetro para os socorristas
• “Duty cycle” é o tempo gasto comprimindo o tórax,
entre uma compressão e outra (proporção)
• Embora a média do “duty cycle” seja 20-50%,
resultando em adequada perfusão coronariana e
cerebral, um “duty cycle” de 50% é recomendado
25. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Para não retardar as compressões torácicas, a
abertura das vias aéreas deve ser feita somente
depois de aplicar trinta compressões
• Ventilações devem ser feitas em uma proporção
de 30 compressões para 2 ventilações (30/2), com
apenas um segundo cada, ofertando a quantidade
de ar suficiente para promover a elevação do tórax
26. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Hiperventilação é contraindicada: gera insuflação
gástrica, podendo causar regurgitação e aspiração;
aumenta a pressão intratorácica e diminui a précarga, reduzindo débito cardíaco e a sobrevida
• É indicado que o socorrista utilize mecanismos de
barreira para aplicar as ventilações, como o lenço
facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso
(“pocket-mask”) ou bolsa-válvula-máscara
27. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Independentemente da técnica usada para aplicar
ventilações, será necessária a abertura de via
aérea, que poderá ser realizada com a manobra da
inclinação da cabeça e elevação do queixo ou,
se houver suspeita de trauma, a manobra de
elevação do ângulo da mandíbula
29. SBV: Sequência Completa
Ventilações
• Quando o socorrista não conseguir realizar a
manobra de elevação do ângulo da mandíbula e o
mesmo suspeita apenas de trauma cervical, sem
evidência de lesão na cabeça, deve-se utilizar a
manobra de inclinação da cabeça e elevação do
queixo (apenas 0,12 a 3,7% das vítimas têm lesão
espinal, sendo o risco elevado quando há lesão
craniofacial ou Glasgow <8)
30. SBV: Sequência Completa
Ventilações com lenço facial e válvula antirrefluxo
(unidirecional)
• Atente para os lados indicados no lenço (um lado
voltado para a vítima e outro para o socorrista)
• Posicione a válvula antirrefluxo na boca da vítima
• Abra a via aérea, estabilize a mandíbula, vede o
máximo possível a boca com o lenço facial, pince o
nariz da vítima e realize as ventilações
32. SBV: Sequência Completa
Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
• Máscara que envolve a boca e o nariz da vítima e
pode ter formato redondo ou uma parte mais
estreita, a qual fica voltada para o nariz da vítima
• Uma válvula unidirecional, geralmente, acompanha
a máscara e deve ser encaixada na mesma
33. SBV: Sequência Completa
Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
• Depois de pôr a máscara de na face da vítima, faça
uma letra “C” com os dedos indicador e polegar de
uma das mãos, na parte superior da máscara
• Com a outra mão, ponha o polegar na parte inferior
da máscara e os outros dedos na mandíbula,
vedando o máximo possível a máscara contra a
face, sem pressionar as partes moles sob o queixo
35. SBV: Sequência Completa
Ventilações com máscara de bolso (pocket-mask)
• Outra técnica de vedação da pocket-mask é a do
“duplo C”: com uma das mãos faça uma letra “C”,
como já dito anteriormente; com a outra mão, faça
outro “C” e posicione na parte inferior da máscara,
ambos fazendo certa pressão para baixo a fim de
vedar a máscara ao rosto da vítima; atente que os
outros dedos da mão que está na parte inferior não
pressionem as partes moles abaixo do queixo
36. SBV: Sequência Completa
Ventilações com bolsa-válvula-máscara
• Usada com 2 socorristas, um responsável pelas
compressões, outro pelas ventilações
37. SBV: Sequência Completa
Ventilações com bolsa-válvula-máscara
• Com uma das mãos, faça uma letra “C” com os
dedos polegar e indicador e posicione-os acima da
máscara, e faça pressão contra a face da vítima a
fim de vedá-la o melhor possível
• Posicione os outros três dedos na mandíbula para
estabilizá-la e abra a via aérea da vítima
39. SBV: Sequência Completa
Ventilações com bolsa-válvula-máscara
• Pressione a bolsa: 1 segundo para cada ventilação
• Essa quantidade é suficiente para elevar o tórax e
manter a oxigenação em pacientes sem respiração
• Se houver oxigênio complementar, conecte-o na
bolsa-válvula-máscara assim que possível, de
modo que se ofereça mais oxigênio para a vítima
40. SBV: Sequência Completa
Ventilações com via aérea avançada
• Quando uma via aérea avançada estiver instalada
(combitube, máscara laríngea, intubação traqueal),
o primeiro socorrista fará compressões torácicas
contínuas, e o segundo socorrista fará 1 ventilação
a cada 6 segundos, em vítimas de qualquer idade
• Não se devem pausar as compressões para aplicar
as ventilações, se houver via aérea avançada
42. SBV: Sequência Completa
Ventilações em vítima com parada respiratória
• Parada respiratória: vítima não respira ou respira
de forma anormal (gasping), mas apresenta pulso
• Nesse caso, faça 1 ventilação a cada 6 segundos
para vítimas adultas
• Para crianças e lactentes, faça 1 ventilação a cada
3 a 5 segundos (12 a 20 ventilações por minuto)
43. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• Desfibrilação precoce é o tratamento de escolha
para vítimas em FV de curta duração, como vítimas
que apresentaram colapso súbito em ambiente
extra-hospitalar (principal ritmo de PCR: FV)
44. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, a
FV é grosseira, estando “propícia” ao choque
• Após 5 minutos, por depleção do substrato
energético miocárdico, diminui a amplitude da FV
• Logo, o tempo ideal para a aplicação do primeiro
choque é nos primeiros 3 a 5 minutos da PCR
45. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• A desfibrilação é o único tratamento para uma
PCR em FV/taquicardia ventricular sem pulso
• Pode ser realizada com um equipamento manual
(somente manuseado pelo médico)
• Ou pode ser feita com um DEA, que poderá ser
usado por qualquer pessoa, assim que possível
46. SBV: Sequência Completa
DEA
Equipamento portátil que
interpreta ritmo cardíaco,
seleciona carga e
carrega “sozinho”
Cabe ao operador apenas
pressionar o botão de
choque, se indicado
47. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
• Um socorrista: parar RCP para conectar o DEA
• >1 socorrista: enquanto o primeiro realiza RCP, o
outro manuseia o DEA; nesse caso, só parar RCP
quando o DEA emitir uma frase como:
“Analisando o ritmo cardíaco, não toque o
paciente” ou “Choque recomendado,
carregando, afaste-se da vítima”
48. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Ligue o aparelho apertando o botão ON-OFF
(alguns ligam automaticamente ao abrir a tampa)
• Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima,
observando o desenho contido nas próprias pás,
que mostra o posicionamento correto das mesmas
50. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho
(em alguns, já está conectado)
• Quando o DEA disser “analisando o ritmo
cardíaco, não toque no paciente”, solicite que
todos se afastem e veja se há alguém tocando na
vítima (inclusive se houver outro socorrista)
51. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Se o choque for indicado, o DEA dirá “choque
recomendado, afaste-se do paciente”
• O socorrista que estiver manuseando o DEA deve
solicitar que todos se afastem, ver se realmente
não há ninguém (nem ele) tocando a vítima e,
então, apertar o botão indicado para o choque
52. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• A RCP deve ser iniciada pelas compressões
torácicas, imediatamente após o choque
• A cada 2 minutos, o DEA analisará o ritmo e poderá
indicar outro choque, se necessário
• Se não indicar choque, imediatamente reinicie a
RCP, caso a vítima não retome a consciência
53. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Se a vítima retomar a consciência, o DEA não deve
ser desligado e as pás não devem ser removidas
ou desconectadas até que o SME assuma o caso
• Se não houver suspeita de trauma e a vítima já
apresentar respiração normal e pulso, colocá-la em
posição de recuperação até que o SME chegue
55. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
Passos para a utilização do DEA
• Quatro posições das pás (mesma eficácia no
tratamento de arritmias atriais e ventriculares):
– Anterolateral
– Anteroposterior
– Anterior-esquerda (infraescapular)
– Anterior-direita (infraescapular)
56. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Portador de marca-passo (MP) ou cardioversordesfibrilador implantável: se estiver na região
indicada para as pás, afaste-as, pelo menos, 8cm
ou opte por outro posicionamento das pás
(anteroposterior etc.), pois a proximidade destes
pode prejudicar a análise do ritmo pelo DEA
58. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Excesso de pelos no tórax:
– Remova o excesso de pelos, da região onde
serão posicionadas as pás, com uma lâmina que
geralmente está no Kit DEA
– Outra alternativa é depilar a região com um
esparadrapo ou com as pás e, depois, aplicar um
segundo jogo de pás
59. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Tórax molhado: seque por completo o tórax da
vítima; se a mesma estiver sobre uma poça d’água
não há problema, mas se a poça também envolver
o socorrista, remova a vítima para outro local
• Adesivo de medicamentos/hormonais: remova o
adesivo se estiver no local onde será aplicada a pá
60. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Crianças (1-8 anos):
– Use pás pediátricas ou atenuador de carga
– Se houver apenas pás de adulto, use-as! (sobre
o esterno e entre as escápulas)
– Pás infantis não devem ser usadas em adultos
(choque aplicado será insuficiente)
61. SBV: Sequência Completa
Desfibrilação
DEA – Situações especiais
• Lactentes (até 1 ano):
– Desfibrilador manual é preferível; se não houver,
use DEA com pá pediátrica e atenuador de carga
– Na falta dos últimos, use pás de adulto, sobre o
esterno e entre as escápulas; o prejuízo para o
miocárdio é mínimo e há benefícios neurológicos
64. Considerações Finais
• Reconhecer uma PCR é de extrema importância
• Qualquer retardo por parte do socorrista atrasa o
acionamento do SME e o início das compressões,
diminuindo a chance da vítima sobreviver
• Para cada minuto sem RCP, a vítima de uma PCR
perde de 7-10% de chance de sobreviver
• O DEA aumenta o sucesso da RCP: a maioria das
PCR extra-hospitalares é em FV
65. Considerações Finais
• A participação de leigos no atendimento à PCR é
fundamental: grande parte das PCR ocorre em
ambiente extra-hospitalar
• No Brasil, mesmo nas escolas médicas, há déficit
no aprendizado de atendimento à PCR
• É necessário dar maior ênfase a este assunto e
expandir o SME para todo o território nacional, com
orientações aos profissionais de saúde e leigos
66. Considerações Finais
• Além disso, o acesso rápido ao DEA deve ser
instituído por todo o país, com treinamento da
população no uso do equipamento e preparo no
atendimento à emergência, assim como
orientações para o início precoce da RCP
Fonte: I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e
Cuidados Cardiovasculares de Emergência da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras
Cardiol 2013;101(2 Supl. 3):1-221